A Isca de SAtanas

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A ISCA DE SATANÁS Saiba como Enfrentar e Vencer o Inimigo John Bevere Título original: The Bait Of Satan Tradução de João Alves de Souza Filho Editora Atos, 2002 Digitalizado e Revisado por Alicinha WWW.SEMEADORESDAPALAVRA.NET

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Muito provavelmente este livro que você tem em suas mãos seja o maior confronto com a verdade que você irá ter em sua vida. Digo isto com muita confiança não porque o escrevi, mas pelo assunto em si. O tema ofensa - o centro de A Isca de Satanás - é freqüentemente o obstáculo mais difícil que um indivíduo enfrenta ou supera.

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OS CINCO PONTOS DO CALVINISMO

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A ISCA DE SATANS

Saiba como Enfrentar e Vencer o Inimigo

John Bevere

Ttulo original: The Bait Of Satan

Traduo de Joo Alves de Souza Filho

Editora Atos, 2002

Digitalizado e Revisado por

Alicinha

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CONTEDO3Prefcio

4Introduo

61. Eu, Escandalizado?

92. Um grande escndalo

153. Como isto pde acontecer comigo?

194. Meu Pai, Meu Pai!

255. Como nascem os errantes espirituais

316. Escondendo-se da realidade

377. Pedra solidamente assentada

428. Tudo o que pode ser abalado ser abalado

519 . A rocha da ofensa

5810. Para que no os escandalizemos

6211. Perdo: Voc no d, voc no recebe

6812. Vingana: a armadilha

7413. Escapando da armadilha

7814. Objetivo: Reconciliao

82Concluso

82Eplogo: Tomando uma atitude

Minha profunda gratido...

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minha esposa, Lisa, que, depois do Senhor, minha amiga mais querida. Voc realmente uma mulher virtuosa. Serei eternamente grato ao Senhor por nos fazer marido e mulher. Muito obrigado por ajudar-me de modo abnegado na editorao deste livro.

A nossos quatro filhos, Addison, Austin, Alexander e Arden, que sacrificaram tempo com o papai para que este projeto pudesse ter sido completado. Vocs, garotos, so a alegria do meu corao.

Um agradecimento especial a John Mason, que acreditou nesta mensagem e encorajou-me a public-la; Deborah Poulalion por seu talento e apoio e aos funcionrios da Creation House que trabalharam conosco neste projeto.

Mais importante: meu sincero agradecimento ao nosso Pai que est no cu, por sua ddiva indescritvel, ao nosso Senhor Jesus, por sua graa, verdade e amor; e ao Esprito Santo, por sua direo fiel durante este projeto.

PrefcioMuito provavelmente este livro que voc tem em suas mos seja o maior confronto com a verdade que voc ir ter em sua vida. Digo isto com muita confiana no porque o escrevi, mas pelo assunto em si. O tema ofensa - o centro de A Isca de Satans - freqentemente o obstculo mais difcil que um indivduo enfrenta ou supera.

Os discpulos de Jesus testemunharam grandes e notveis milagres. Assistiram maravilhados cegos verem novamente e mortos se levantarem. Ouviram Jesus ordenar que uma tempestade sossegasse. Viram milhares serem alimentados pelo milagre da multiplicao de poucos pes e peixes. A lista de milagres e maravilhas de Jesus era to exaustiva que, segundo a Bblia, um mundo de livros jamais poderia cont-la.

Nunca a raa humana testemunhou a milagrosa mo de Deus de forma to impressionante e palpvel. Os discpulos andavam maravilhados e surpresos. Entretanto, no foi por causa desses milagres que foram levados beira da dvida. No, esse desafio viria mais tarde, no fim do ministrio de Jesus na Terra. Jesus instruiu seus discpulos: "Se teu irmo pecar contra ti [...] se, por sete vezes no dia, pecar contra ti e, etc. vezes, vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe. Ento, disseram os apstolos ao Senhor: Aumenta-nos a f" (Lc .17:3-5). Os milagres no os inspiraram no sentido de aumentar-lhes a f, levantar os mortos ou acalmar o mar; mas o simples mandamento de perdoar aqueles que os ofenderam!

Jesus disse: " inevitvel que venham escndalos..." (Lc 17:1) No estou falando das oportunidades em que seremos escandalizados, Infelizmente, fato que muitos so escandalizados e se tornam cativos.Este livro foi lanado em 1994 e reeditado vrias vezes. Nesse meio-tempo recebemos inmeras cartas e testemunhos de pessoas, famlias e ministrios que curados e transformados pelas verdades da Palavra de Deus contidas nele. Decidimos incluir alguns exemplos para seu encorajamento. Por todos eles nos regozijamos e damos a Deus toda a glria!

Um lder compartilhou conosco: "Nossa igreja estava a caminho de uma grande diviso. Parecia que no tinha volta. Dei uma cpia de A Isca de Satans para cada membro do conselho. A diviso foi evitada, e agora somos um!"

Muitos casamentos foram salvos. Recentemente dei uma palestra no Nebrasca e um casal veio falar comigo. A esposa confessou: "Fui escandalizada h dez anos pelos lderes desta igreja. Fiquei muito amarga e desconfiada, e constantemente defendia a minha posio. Meu casamento sofreu com tudo isto e meu marido comeou o processo de divrcio. Ele no era salvo e no queria saber de igreja. Uma pessoa ps uma cpia de A Isca de Satans em minhas mos. Eu o li e em pouco tempo fui liberta ofensa e da amargura. Quando meu marido viu as mudanas em minha vida, rendeu sua vida ao senhorio de Jesus Cristo e encerrou o processo de divrcio O marido estava de p ao lado da esposa e confirmou as maravilhosas mudanas em sua vida e em sua casa!

O testemunho que mais me comoveu foi quando estava ministrando em Naples, Flrida. Logo aps minha palestra, um homem de meia-idade foi a frente da igreja e, chorando, relatou sua trgica histria: "Toda a minha vida senti que havia um muro entre Deus e eu. Participava dos encontros e enquanto todos sentiam a presena de Deus, eu ficava desligado e amortecido. Mesmo quando orava no acontecia nada. H algumas semanas ganhei o livro A Isca de Satans. Li de capa a capa. Percebi que tinha comido a isca de Satans muitos anos. Odiava minha me por ter me abandonado quando tinha seis meses de idade. Descobri que tinha de ir at ela e perdo-la. Telefonei para ela e nos falamos pela segunda vez em trinta e seis anos. Eu chorei: `Me, nunca liberei perdo , para voc em toda a minha vida, por ter me abandonado.' Ela tambm comeou a chorar e disse: 'Filho, eu me odiei nestes trinta e seis anos por ter abandonado voc.

Ele continuou: "Eu a perdoei, e ela se perdoou; agora estamos reconciliados". Ento, veio a parte mais emocionante: "Agora o muro que me separava da presena de Deus foi derrubado!"

A esta altura, ele relaxou e chorou. Lutou para pronunciar estas ltimas palavras: "Agora eu chorona presena de Deus como um beb".

Conheo a fora e a realidade desse cativeiro. Fui feito refm desse tormento por muitos anos. Este livro no uma teoria; a Palavra de Deus que se fez matria. Ele transborda de verdades pelas quais eu mesmo caminhei. Creio que ir fortalec-lo. Enquanto estiver lendo, pea ao Senhor que aumente sua f! Enquanto voc cresce na f, Ele receber glria e voc ser cheio de alegria! Que Deus o abenoe ricamente.

John Bevere

INTRODUOQualquer pessoa que j tenha feito uma armadilha para animais sabe que precisa de uma ou duas coisas para obter sucesso: ela deve estar bem escondida, na esperana de que o animal tropear nela, e deve haver uma isca para atrair o animal para dentro dessa armadilha mortal.

O inimigo de nossa alma, incorpora essas duas estratgias para montar suas mais mortais e enganadoras armadilhas. Elas esto bem escondidas e com iscas.

Satans, juntamente com seus comparsas, no to espalhafatoso como cremos. sutil e seu maior deleite est no engano. astuto e ardiloso quando opera. Nunca se esquea de que ele pode disfarar-se como mensageiro de luz. Se no formos treinados pela Palavra de Deus para separar corretamente o que bom do que mau, no reconheceremos suas armadilhas como realmente so.

Uma de suas iscas mais enganosas e traioeiras algo com que todo crente se depara: a ofensa. Na realidade, a ofensa no mortal: ela ficar na armadilha. Mas, se a pegarmos, a consumirmos e alimentamos nossos coraes com ela, ficaremos escandalizados. Pessoas escandalizadas produzem frutos como dor, raiva, cime, ressentimento, amargura, dio e inveja. Algumas das conseqncias de permitirmos ser escan-dalizados so insultos, ataques, diviso, separao, relacionamentos quebrados, traio e tropeo.

Muito freqentemente, aqueles que so escandalizados no percebem que caram na armadilha. No esto cientes de sua condio, por se concentrarem no mal que lhes fizeram. Esto negando sua situao. O modo mais eficaz que o inimigo usa para nos cegar fazendo com que nos concentremos em ns mesmos.

Este livro expe esta armadilha mortal e revela como escapar dessa garra e livrar-se dela. Estar livre da ofensa e do escndalo essencial para cada crente, porque Jesus disse que " inevitvel que venham escndalos.

Em muitas igrejas nos Estados Unidos e em outros pases onde preguei esta mensagem, mais de 50 por cento das pessoas responderam ao apelo. Embora seja um ndice alto, ainda assim no foram todos. O orgulho impede alguns de responder. J vi pessoas cheias do Esprito sendo curados e obtendo respostas de orao quando so libertas dessa armadilha. Elas relatam que o que esperaram por muitos anos recebem em poucos minutos quando so libertas.

No fim do sculo 20, o conhecimento aumentou assustadoramente, em nossas igrejas. Mas, mesmo com esse aumento, passamos por mais divises entre crentes, lideres e congregaes. A razo: a ofensa violenta quando vem da falta de amor genuno. "O saber ensoberbece, mas o amor edifica" (1 Co 8:1). Muitos so pegos na armadilha do engano e passamos at a acreditar que esse um modo de vida normal.

Antes da volta de Cristo, os verdadeiros crentes sero unidos como nunca no passado. Creio que hoje muitos homens e mulheres sero libertos da armadilha da ofensa. Isto ser o maior impulso ao avivamento, que ir inundar a nao. Os no crentes, que esto cegos, vero Jesus atravs do nosso amor um pelo outro.

No acredito em escrever livros apenas por escrever. Deus me deu esta mensagem, a qual tem ardido meu corao, e vejo seu fruto persistir. Um pastor me disse aps um culto onde preguei esta mensagem: Nunca vi tanta gente sendo liberta de uma s vez".

Deus falou ao meu corao que isso somente o comeo. Muitos sero libertos, curados e restaurados enquanto estiverem lendo este livro se obedecerem ao mover do Esprito. Creio que quando voc ler estas palavras, o Mestre e Conselheiro vai aplic-las pessoalmente a voc. Quando o fizer, essa palavra de revelao vai trazer grande liberdade para a sua vida e seu ministrio. Vamos orar juntos antes de iniciarmos:

Pai, em nome de Jesus, peo que o Senhor nos seja revelado pelo Esprito Santo e por sua palavra para mim, enquanto leio este livro. Mostre-me cada rea escondida do meu corao que tem me impedido de conhec-lo e servir deforma mais eficaz. Dou boas-vindas ao, seu Esprito que me convence e peo que sua graa faa cumprir o que o Senhor tem preparado para mim. Que eu possa conhec-lo mais intimamente atravs do que o Senhor falar comigo durante a leitura deste livro. Amm."Nossa reao a uma ofensa determina nosso futuro.

1. EU, ESCANDALIZADO?

inevitvel que venham escndalos (Lc 17:1).

Quando viajo pelos Estados Unidos ministrando percebo umas armadilhas mais enganosas e mortais. Elas aprisionam inmeros crentes, rompem relacionamentos e nos separam ainda mais: a armadilha da ofensa, do escndalo. Muitos no conseguem responder ao chamado por causa das feridas e da mgoa que as ofensas causaram vida deles. Eles esto incapacitados e impedidos de usar todo o seu potencial. Muito freqentemente, foi um outro crente que causou a ferida. Isso faz com que a ofensa parea uma traio. No Salmo 55:12-14 Davi lamenta-se:

Com efeito, no inimigo que me afronta; se o fosse, eu o suportaria; nem o que me odeia quem se exalta contra mim, pois dele eu me esconderia; mas s tu, homem meu igual, meu companheiro e meu ntimo amigo. Juntos andvamos, juntos nos entretnhamos e amos com a multido Casa de Deus.

So aqueles que se sentam ao nosso lado e cantam conosco, ou talvez aquele que prega. Passamos frias juntos, participamos de reunies sociais e dividimos o escritrio com eles. Talvez sejam at mais prximos. Crescemos juntos, confiamos neles e dormimos com eles. Quanto mais estreita a relao, maior a ofensa! Os maiores sentimentos de dio esto entre aqueles que um dia foram prximos.

Os advogados podem atestar que os casos mais horrveis esto na audincia de divorcio. A mdia americana constantemente relata casos de homicdios cometidos por membros desesperados de uma famlia. No Novo Testamento, ela geralmente descreve um engodo do inimigo. O escndalo e a ofensa so ferramentas do diabo para levar as pessoas cativas. Paulo instruiu o jovem Timteo:

Ora, necessrio que o servo do Senhor no viva a contender, e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente, disciplinando com mansido os que se opem, na expectativa de que Deus lhes conceda no s o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade, mas tambm o retorno sensatez, livrando-se eles dos laos do diabo, tendo sido feitos cativos por ele para cumprirem a sua vontade (2 Tm 2:24-26 - Destaque acrescido)

Aqueles que vivem a contender, e que se opem, caem na armadilha e so feitos prisioneiros para fazer a vontade do diabo. E o que mais alarmante que no sabem que foram cativos! Como o filho prdigo, precisam acordar para sua verdadeira condio. Precisam perceber que esto vomitando gua amarga em vez de gua pura. Quando a pessoa enganada, acredita que est certa, mesmo quando no est.

Independentemente da situao, podemos dividir os ofendidos em duas, grandes categorias: a) aqueles que foram injustiados ou b) aqueles que acreditam que foram injustiados. As pessoas da segunda categoria acreditam de todo o corao que foram tradas. Geralmente, a concluso a que chegam provm de informaes incorretas; ou a informao est correta, mas a concluso est distorcida. De qualquer forma, elas esto feridas e seu entendimento obscurecido. Julgam por deduo, aparncia e rumor.

A verdadeira condio do corao

Uma forma de o inimigo usar a pessoa escandalizada mantendo a ofensa escondida, num manto de orgulho. O orgulho nos impedir de admitir nossa verdadeira condio.

Certa vez fui severamente magoado por alguns ministros. As pessoas diziam No acredito que eles fizeram isso com voc. Voc est magoado?

Eu respondia rapidamente: "No, estou bem. No estou magoado. Sabia que estava errado em sentir-me escandalizado e ofendido, mas o que fiz, ento, foi negar e reprimir esse sentimento. Convenci-me de que no estava ressentido, mas na realidade estava, e muito. O orgulho mascarou a verdadeira condio do meu corao.

O orgulho nos impede de lidar com a verdade. Ele distorce nossa viso. Nunca mudaremos se acreditarmos que estamos bem. O orgulho endurece o corao e obscurece os olhos do entendimento. Impede a mudana - o arrependimento - que nos vai libertar (veja 2 Tm 2:24-26).

O orgulho faz com que nos vejamos como vtimas. A nossa atitude, ento, : "Fui maltratado e mal-entendido; ento, tenho justificativa para meu comportamento". Porque achamos que somos inocentes e que fomos falsamente acusados, retemos o perdo. Embora a verdadeira condio do corao esteja escondida aos nossos olhos, no est escondida de Deus. S porque fomos maltratados no podemos nos agarrar ofensa.

A Cura

No livro de Apocalipse, Jesus se dirige igreja de Laodicia dizendo, inicialmente, como eles se vem como pessoas ricas, abastadas, sem precisar de coisa alguma e depois expe a verdadeira condio - eles eram infelizes, miserveis, pobres, cegos e nus (Ap 3:14-20). Eles confundiram sua fora financeira com a espiritual. O orgulho escondeu sua verdadeira condio.

Muitos so assim em nossos dias. No enxergam a verdadeira condio de seu corao da mesma forma como fui incapaz de enxergar meu ressentimento contra aqueles ministros. Havia-me convencido de que no estava magoado. Jesus diz ao povo de Laodicia como sair do engano: comprando o ouro de Deus e vendo sua verdadeira condio.

O lar, constitudo para ser um abrigo de proteo, proviso e crescimento, onde aprendemos a dar e a receber amor , freqentemente, a raiz de toda a dor. A histria nos mostra que as guerras mais sangrentas so as civis. Irmo contra irmo. Filho contra pai. Pai contra filho.

A lista de ofensa to interminvel como a de relacionamento, no importa quo simples ou complexa. Verdade seja dita: apenas aqueles com quem voc se importa so capazes de feri-lo. Voc tem uma expectativa maior em relao a eles - afinal, voc deu mais de voc a eles. Quanto maior a expectativa, maior a queda.

O egosmo impera em nossa sociedade. Os homens e as mulheres esto preparando-se para a rejeio e a dor que os outros lhes podem causar. Isso no deveria ser uma surpresa para ns. A Bblia bem clara que nos ltimos dias os homens sero "egostas" (2 Tm 3:2). Podemos esperar isto de no crentes, mas Paulo no se est referindo queles fora da igreja. Ele est falando dos que esto dentro da igreja. Muitos esto feridos, amargurados e machucados. Esto ofendidos, mas no conseguem perceber que caram na armadilha de Satans.

nossa culpa? Jesus deixou claro que inevitvel que sejamos escandalizados. Mesmo assim, muitos crentes ficam chocados, confusos e, at mesmo, surpresos quando isso acontece. Acreditamos que somos os nicos a sofrer uma ofensa. Isso nos deixa vulnerveis raiz de amargura. Assim, devemos estar preparados e armados contra a ofensa e contra o escndalo, porque nossa reao determina nosso futuro.

A Armadilha Enganosa

A palavra "escandalizar", de Lucas 17:1, vem do grego skandalon, que originalmente se referia parte da armadilha onde se colocava a isca. Dessa forma, a palavra significa montar um armadilha no caminho de algum!

Comprar o Ouro De DEUS

A primeira instruo de Jesus para nos livrar do engano comprando ouro refinado pelo fogo (Ap 3:18). O ouro refinado malevel e no pode ser corrodo. S quando misturado a outros metais (cobre, ferro, nquel e assim por diante) que se torna duro, menos malevel e mais corrosivo. A mistura chamada liga. Quanto mais alta a porcentagem de metais estranhos, mais duro ouro fica. Inversamente, quanto mais baixa a porcentagem de liga, mais malevel e flexvel.

Imediatamente vemos o paralelo: o corao puro como o ouro - malevel e flexvel. Hebreus 3:13 nos diz que o corao pode ser endurecido atravs do engano do pecado! Se no conseguimos lidar com uma ofensa, ela vai produzir mais fruto de pecado, como amargura, dio e ressentimento. Essas substncias misturadas endu-recem o corao, assim como as ligas fazem com o ouro. Elas reduzem ou tiram a ternura, causando uma grande insensibilidade. Somos, dessa forma, impedidos de ouvir a voz de Deus. Nossa capacidade visual obscurecida. Cria-se um ambiente perfeito para o engano.

O primeiro passo no refino do ouro pulveriz-lo e mistur-lo a uma substncia chamada solvente. Essa mistura levada ao forno em alta temperatura, as ligas e impurezas so atradas ao solvente e levadas a superfcie. O ouro (que mais pesado) permanece no fundo. As Impurezas ou escria (como cobre, ferro e zinco, combinados com o solvente, so removidas, rendendo um metal mais puro.

Note o que Deus nos diz: "Eis que te acrisolei, mas disso no resultou prata; provei-te na fornalha da aflio" (Is 48:10). E tambm:

Nisto exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessrio, sejais contristados por vrias provaes, para que, unta vez confir-mado o valor da vossa f, muito mais preciosa do que o ouro perecvel, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glria e honra na revelao de Jesus Cristo (1 Pe 1:6, 7).

Por essa razo, Jesus nos aconselha a ungir nossos olhos com colrio, para que vejamos (Ap.3.18) Vejamos o qu? Nossa verdadeira condio! Este o nico modo de conseguirmos "ser zelosos e nos arrependermos" conforme Jesus nos manda fazer. S nos arrependemos quando paramos de culpar os outros.

Quando culpamos outras pessoas e defendemos nossa posio, estamos cegos. Lutamos para remover o argueiro do olho de nosso irmo enquanto temos uma trave em nosso prprio olho. a revelao da verdade que nos traz liberdade. Quando o Esprito de Deus nos revela o pecado sempre o faz de tal forma que separado de ns. Somos, ento, convencidos, e no condenados.

Minha orao que, medida que voc for lendo este livro, a Palavra de Deus ilumine seus olhos do entendimento para que veja sua verdadeira condio e livre-se da ofensa que guarda. No permita que o orgulho o impea de enxergar e arrepender-se.Construmos muros, quando somos feridos, para salvaguardar nosso corao e prevenir futuras feridas.

2. Um grande escndalo HYPERLINK \l "0.0.0.24. Alm do horizonte|outline"

Neste tempo, muitos ho de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros; levantar-se-o muitos falsos profetas e enganaro a muitos. E, por se multiplicar a iniqidade, o amor se esfriar de quase todos. Aquele, porm, que perseverar at o fim, esse ser salvo (Mt 24:1a13).

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Neste captulo de Mateus, Jesus d sinais do final dos tempos. Seus discpulos lhe perguntaram: "Qual ser o sinal de tua vinda?".

Muitos concordam que estamos nos aproximando do tempo da Inda de Jesus. intil tentar saber o dia exato de sua volta. Apenas o Pai sabe. Mas Jesus diz que saberamos o tempo, e exatamente agora. Nunca antes vimos tantas profecias sendo cumpridas na Igreja, em Israel e na natureza. Dessa forma, podemos dizer, com segurana, que estamos vivendo o tempo a que Jesus se refere em Mateus 24.

Note um dos sinais de sua volta: "Muitos sero escandalizados" ao poucos, mas muitos. Primeiro, devemos perguntar: "Quem so estes muitos? So os crentes ou a sociedade em geral? Encontramos a resposta conforme continuamos a leitura: "E, por se multiplicar a iniqidade, o amor se esfriar de quase todos". A palavra grega para amor neste versculo gape. H vrias palavras gregas pana amor no Novo Testamento, mas as duas mais comuns so gape e phileo.

Phileo define o amor que existe entre amigos. um amor afetuoso que condicional. Phileo diz: "Voc coa minhas costas e eu as suas" ou: "Voc me trata bem e eu a voc".

Deus refina com aflio, tribulao e provao e separa as impurezas com falta de perdo, amargura, dio e inveja e imprime o seu carter em ns.

O pecado facilmente se esconde onde no h o calor das provaes e aflies. Em pocas de prosperidade e sucesso, at mesmo o mpio parece generoso e gentil. Sob o calor das provaes, as impurezas vem a tona.

Houve uma fase em minha vida que passei por uma provao que nunca havia experimentado. Tornei-me grosseiro e spero para com os que me eram mais queridos. Minha famlia e meus amigos comearam a me evitar. Eu clamei ao Senhor: "De onde vem todo este dio? Ele no estava aqui antes!" O Senhor me respondeu: "Filho, quando o ouro liquefeito, as impurezas aparecem". Ento, Ele me fez uma pergunta que mudou minha vida: "Voc consegue ver as impurezas do ouro antes de que seja levado ao fogo? "No", respondi. "Mas no significa que no estejam l. Quando o fogo das provaes o atinge, essas impurezas vm tona. Embora lhe paream escondidas, elas so sempre visveis para mim. Agora voc tem uma escolha que poder mudar seu futuro: pode permanecer com raiva, culpando sua esposa, seus amigos, o pastor e at mesmo as pessoas com quem trabalha ou voc pode ver a escria como ela verdadeiramente e se arrepender, receber perdo, e Eu pegarei minha p e removerei as impurezas de sua vida."

Veja sua condio

Jesus disse que nossa habilidade de enxergar corretamente outra chave para nos livrarmos do engano. Geralmente, quando somos ofendidos nos vemos como vtimas e culpamos aqueles que nos magoaram. Justificamos a amargura, a falta de perdo, a raiva, a inveja e ressentimento quando eles vm tona. Algumas vezes, at mesmo nos ressentimos com aqueles que nos fazem lembrar dos que nos magoaram. Por outro lado, gape o amor que Deus derrama no corao de seus filhos. o amor que Jesus nos d livremente. Ele incondicional. No baseado em desempenho e no dado em troca de algo. um amor dadivoso, mesmo quando rejeitado.

Sem Deus s podemos amar com amor egosta - o que no pode ser dado se no for recebido ou retribudo. O amor gape, porm, independe de resposta. Esse gape o amor que Jesus derramou quando perdoou na cruz. Dessa forma, os "muitos" a quem Jesus se refere so os crentes cujo gape esfriou.

Houve um tempo em que eu fazia de tudo para demonstrar amor por uma certa pessoa. Mas me parecia que, a cada vez que tentava demonstrar, ela retribua com crticas e aspereza. Por meses essa situao se prolongou. Um dia fiquei saturado.

Reclamei com Deus: "J basta. Agora o Senhor precisa conversar comigo sobre isso. Toda vez que demonstro seu amor por esta pessoa ela me devolve dio!"

O Senhor comeou a falar comigo. "John, voc precisa desenvolver a f no amor de Deus!" "Que o Senhor quer dizer?" - perguntei. "O que semeia para a sua prpria carne da carne colher corrupo". Ele explicou: "Mas o que semeia para o Esprito do Esprito colher vida eterna. E no nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se no desfalecermos" (veja Gl 6:8, 9).

Voc precisa perceber que quando semeia o amor de Deus colher o amor de Deus. Voc tem de desenvolver a f nesta lei espiritual - mesmo que no colha do solo onde semeou, ou isso no acontece to rpido quanto gostaria.

O Senhor continuou: "Quando mais precisei, meu melhor amigo me abandonou. Judas me traiu, Pedro me negou e os outros tentaram salvar a prpria pele. Somente Joo me seguiu a distncia. Eu cuidei deles por trs anos, alimentando-os e ensinando-os. Mesmo assim, quando morri pelos pecados do mundo lhes perdoei. Muros de proteo?

O irmo ofendido resiste mais que uma fortaleza; suas contendas so ferrolhos de um castelo (Pv 18:19).

Um irmo ou irm ofendidos(as) resistem mais que uma fortaleza. As cidades fortificadas possuam muros ao seu redor. Esses muros eram a segurana de que a cidade estaria protegida. Eles mantinham algumas pessoas e invasores fora. Todos os que entravam eram revistados. Aqueles que deviam impostos no podiam entrar at que pagassem o que deviam. Os que eram considerados uma ameaa segurana ou sade da cidade eram mantidos fora.

Construmos muros, quando somos feridos, para salvaguardar nosso corao e prevenir futuras feridas. Tornamo-nos seletivos, barrando a entrada de todos os que nos feriram. Selecionamos todos os que nos devem algo. Negamos-lhes o acesso at que nos paguem tudo o que devem. Abrimos nossa vida s queles que acreditamos estarem do nosso lado.

Freqentemente, essas pessoas que esto "do nosso lado" esto ofendidas tambm. Dessa forma, em vez de ajudar, colocamos pedras adicionais em nossos muros. Sem sabermos exatamente como aconteceu, esses muros se tornam prises. A essa altura, no apenas tomamos precauo em relao queles que entram, mas tambm, aterrorizados, no nos aventuramos a sair da fortaleza.

O crente ofendido se concentra no seu prprio interior e se torna introspectivo. Guardamos nossos direitos e relacionamentos pessoais cuidadosamente. Nossa energia consumida enquanto cuidamos de que nenhuma outra ferida futura ocorra. Se no nos arriscamos ser machucados, no podemos tambm dar amor incondicional. O amor incondicional d aos outros o direito de nos machucar.

O amor no procura seu prprio interesse, mas as pessoas machucadas se tornam mais e mais introspectivas e retradas. Nesse ambiente, o amor de Deus se torna frio. Um exemplo natural os dois mares na Terra Santa. O mar da Galilia, liberalmente d e recebe gua. Ele tem abundncia de vida, alimentando diferentes espcies de peixes e plantas. A gua do mar da Galilia levada pelas de um Rio Jordo at o Mar Morto. O Mar Morto apenas recebe gua e no a doa. No h vida vegetal ou animal nele. As guas vivas do mar da Galilia se tornam mortas quando misturadas s do Mar Morto.

A vida no consegue ser sustentada se for retida: ela deve ser dada livremente. Dessa forma o crente ofendido, escandalizado aquele que recebe vida e por causa do medo, no consegue liber-la. Conseqentemente, sua vida fica estagnada entre muros ou prises da ofensa. O Novo Testamento descreve esses muros como fortalezas:

Porque as armas da nossa milcia no so carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando ns sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento obedincia de Cristo (2 Co 10:4,5).

Essas fortalezas criam padres de raciocnio por meio dos quais toda informao recebida processada. Embora elas sejam originalmente levantadas por motivo de proteo, tornam-se fonte de tormenta e distoro, porque entram em guerra contra o conhecimento ou a sabedoria de Deus.

Quando filtramos tudo atravs de feridas passadas, rejeies e experincias ruins, achamos muito difcil acreditar em Deus. No consegue, acreditar que Ele realmente tenha a inteno de fazer o que disse. Duvidamos de sua bondade e fidelidade, uma vez que o julgamos pelos padres dos homens em nossa vida. Mas Deus no um homem! Ele no mente (Nm 23:19). Seus caminhos no so os nossos caminhos, e s pensamentos no so nossos pensamentos (Is 55:8, 9).

Eu libero todos eles desde o meu amigo que me abandonou at o soldado romano que me crucificou. Eles no pediram perdo, mas perdoei livremente. Eu tinha f no amor do Pai. Eu sei disso porque havia semeado amor e ento colheria amor de muitos filhos e filhas do Reino. Por causa do meu sacrifcio de amor eles me amariam. Eu disse amai os vossos inimigos, orai pelos que vos perseguem, para que vos torneis filhos do vosso Pai celestial. Ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos.

Porque, se amardes os que vos amam, que recompensas tendes? No fazem os publicanos tambm o mesmo? E, se saudardes somente os vossos irmos, que fazeis de mais? No fazem os gentios tambm o mesmo?"' (Mt 5:44-47)

Grandes expectativas

Eu percebi que o amor que eu estava dando era semeado do esprito, e eventualmente colheria as suas sementes. Eu no sabia de onde, mas sabia que a colheita viria. No via mais como fracasso o fato de no ser retribudo com amor. Fui liberto para amar aquela pessoa ainda mais!

Se mais crentes reconhecessem isso, desistiriam de se sentirem ofendidos. No andamos com muita freqncia nesse tipo de amor. Andamos num amor egosta que facilmente nos desaponta quando nossas expectativas no so preenchidas.

Se tenho expectativas em relao a certas pessoas, elas podem desapontar-me. O desapontamento ser proporcional expectativa que deposito nelas. Mas, se no tenho expectativas em relao s pessoas, qualquer coisa que eu der ser uma bno e no algo que deva ser retribudo em troca.

Preparamo-nos para ser ofendidos quando esperamos certos comportamentos daqueles com quem temos nos relacionado. Quanto mais esperamos, maior o potencial para a ofensa.

Pessoas ofendidas sero capazes de achar trechos bblicos que apiem sua posio, mas sem usarem corretamente a Palavra de Deus. O conhecimento da Pala-vra sem amor uma fora destrutiva porque nos incha de orgulho e legalismo (1 Co 8:193). Isso faz com que nos justifiquemos em vez de nos arrependermos, porque no somos capazes de perdoar. Cria-se, dessa forma, uma atmosfera na qual podemos ser enganados, porque o conhecimento de Deus sem o amor dele, leva ao engano.Jesus nos alerta sobre os falsos profetas imediatamente aps a declarao de que muitos sero escandalizados: "Levantar-se-o muitos falsos profetas e enganaro a muitos" (Mt 24:10). Quem sero os muitos enganados? Resposta: os escandalizados, ofendidos, que esfriaram seu amor (Mt 24:12).

Os falsos profetas

Jesus chama de falsos profetas os lobos disfarados de ovelhas (Mt 7.15) So homens interesseiros que tm a aparncia de crente (disfarce de ovelha), mas a natureza interior de lobo. Os lobos gostam de estar perto das ovelhas. Podem ser achados tanto na congregao como no plpito. So enviados pelo inimigo para se infiltrarem e enganar. Devem ser identificados pelos seus frutos, no pelos ensinamentos e profecias Geralmente, seus ensinamentos parecem bem slidos, ao contrrio dos frutos de sua vida e seu ministrio, que no so consistentes. Um ministro ou um crente o que ele vive, no o que ele prega.

Os lobos geralmente vo para cima das ovelhas novas ou das feridas, no das saudveis e fortes. Esses lobos diro s pessoas o que elas querem ouvir, no o que precisam ouvir. Elas no querem doutrina slida; querem algum que lhes agrade os ouvidos. Vejamos o que Paulo diz sobre os ltimos dias:

Sabe, porm, isto: nos ltimos dias, sobreviro tempos difceis, pois os homens sero [.. ] implacveis [...] tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder.

No importa o quanto voc tem se atualizado em novas revelaes, seminrios e escolas bblicas, no importa quantos livros tem lido ou quantas horas passa orando e estudando. Se voc foi ofendido e recusa-se a perdoar e arrepender-se do pecado, ainda no alcanou o conhecimento verdade. Est em engano, e ainda confunde outros com sua vida hipcrita. No importa qual a revelao: seu fruto ter uma histria diferente para contar. Voc se tornar uma fonte de guas amargas que levaro ao engano, e no verdade.

Traio

Nesse tempo, muitos ho de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros(Mt 24:10 - Destaques acrescidos).

Analisemos essa sentena. Se observarmos atentamente, veremos uma progresso. A ofensa leva traio, e a traio leva ao dio.

Como discutido anteriormente, pessoas ofendidas constroem muros de proteo. O foco se toma a auto-preservao. Devemos proteger-nos a qualquer preo. Isso nos toma capazes de traio. Quando tramos, procuramos nossa prpria proteo e interesse custa de outra pessoa geralmente algum com quem temos um relacionamento.

Desse modo, uma traio no Reino de Deus acontece quando um crente procura seu prprio interesse e proteo custa de outro crente. Quanto mais prxima a relao, maior a traio. Trair algum o maior exemplo de abandono da aliana. Quando a traio ocorre, o relacionamento no pode ser restaurado se no for seguido de arrependimento genuno.

A traio leva ao dio com srias conseqncias. A Bblia nos fala claramente que aquele que odeia seu irmo um assassino e todo assassino no tem vida eterna permanente em si (1 Jo 3:15). Que tristeza encontrarmos exemplos de ofensa, traio e dio entre os crentes atualmente! Isso est to freqente em nossa casa e nas igrejas que se tomou um comportamento normal. Estamos anestesiados demais para nos entristecermos quando um ministro do Evangelho leva outro ao tribunal. No nos surpreendemos mais quando casais crentes se divorciam. As divises na igreja so to comuns e previsveis! A poltica na igreja exercida constantemente. Ela vem disfarada, como se fosse de interesse para o Reino ou para a igreja.

Os "crentes" esto protegendo seus direitos, para que no sejam maltratados ou passados para trs por outros crentes. Ser que nos esquecemos da exortao da nova aliana?

Por que no sofreis, antes, a injustia? Por que no sofreis, antes, o dano?(1 Co 6:7)

Ser que nos esquecemos das palavras de Jesus?

Eu, porm, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem

(Mt 5:44).

Da ordem de Deus?

No faais por partidarismo ou vanglria, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo(Fp 2:3).

Por que no vivemos sob essas leis de amor? Por que somos rpidos em trair em vez de sacrificar nossa vida em favor dos outros, mesmo correndo o risco de sermos trados? A razo: nosso amor esfriou, o que resulta na autoproteo. No somos mais capazes de entregar nossos cuidados a Deus quando tentamos cuidar de ns mesmos.

Quando Jesus foi ofendido, Ele no revidou, mas entregou sua alma a Deus, que julgaria retamente. Somos admoestados a seguir os seguintes passos:

Foge tambm destes. [... ] Pois haver tempo em que no suportaro a s doutrina; pelo contrrio, cercar-se-o de mestres segundo as suas prprias cobias, como que sentindo coceira nos ouvidos (2 Tm 3:1-5 e 4:3, Destaques acrescidos).

Note que tero forma de piedade ou de "crentes", mas negaro o poder. Como faro isso? Negaro que o cristianismo pode transformar algum implacvel em algum perdoador. Eles vo alardear que so seguidores de Jesus e proclamar suas experincias de "novo nascimento; mas o que falam no penetra em seu corao para imprimir-lhes o carter de Cristo.

Gerao da informao

Paulo pde de enxergar profeticamente que esses homens e mulheres enganados possuam um zelo pelo conhecimento, mas permaneciam imutveis, uma vez que nunca o aplicavam. Ele os descreveu como pessoas que aprendem sempre e jamais podem chegar ao conhecimento da verdade" (2 Tm 3:7).

Se Paulo estivesse vivo hoje, ficaria extremamente triste ao ver acontecendo o o que havia dito que aconteceria. Ele veria muitos homens e mulheres participando de retiros, seminrios e cultos, acumulando conhecimentos bblicos. Saindo caa por "novas revelaes", para que pudessem viver mais egoisticamente e ter uma vida mais bem-sucedida. Ele veria ministros levando outros ao tribunal por "causas justas".

Veria publicaes crists e programas de rdio atacando nominalmente homens e mulheres de Deus. Carismticos correndo de igreja em igreja, tentando escapar das ofensas, todos professando o senhorio Jesus e, ao mesmo tempo, no conseguindo perdoar. Paulo clamaria: arrependam-se e libertem-se do engano, gerao egosta e hipcrita!"

Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que tambm Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos, o qual no cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca; pois ele, quando ultrajado, no revidava com ultraje; quando maltratado, no fazia ameaas, mas entregava-se quele que julga retamente (1 Pe 2:21-23).

O capacitador

Devemos confiar em Deus e no na carne. Muitos prestam culto a Deus, como sua fonte, mas vivem como rfos. Vivem a vida como bem entendem e confessam com a boca: "Ele meu Senhor e Deus.

A essa altura voc j percebeu como o pecado ofensa srio. Se no for tratada, a ofensa, eventualmente, levar a morte. Mas, quando voc resiste tentao de ser ofendido, Deus lhe d grande vitria.Ele diz que ser o lder. Deixemo-lo tentar nos liderar quando estiver mortos" Ento, jogaram-no numa cisterna para que morresse. Tiraram-lhe a tnica, rasgaram-na e mancharam-na com sangue de animal para convencer o pai de que Jos tinha sido devorado por um animal selvagem.

Aps jogarem Jos na cisterna, viram uma caravana de ismaelitas a caminho para o Egito. Ento, Jud disse: "Esperem um momento. Se deixarmos que apodrea na cisterna, no teremos proveito algum. Vamos ganhar algum dinheiro vendendo-o como escravo. Ser como se estivesse morto; no nos importunar mais e ainda dividiremos o lucro!" Dessa forma, venderam-no por vinte ciclos de prata. Jos os ofendera, por isso o traram, privando-o de sua herana e de sua famlia. Prestem ateno. Foram os irmos que fizeram isso: o mesmo pai, a mesma carne e o sangue.

difcil compreender a severidade com que esses homens praticaram esse ato. Mat-lo j teria sido horrvel o suficiente. Naquele tempo, era muito importante ter filhos. Os filhos de um homem carregavam seu nome e herdavam tudo o que possua. Quando algum era vendido como escravo a outro pas, permanecia escravo at morte. A mulher com quem se casasse seria escrava, e todos os seus filhos tambm!

Deveria ser terrvel nascer como escravo, mas era indescritivelmente pior nascer herdeiro de uma grande fortuna, com um grande futuro e ter tudo roubado. Teria sido mais fcil se Jos nunca soubesse como seria sua vida. Era como se fosse um morto-vivo. Tenho certeza de que preferia ter sido morto por seus irmos. O que seus irmos fizeram era mau e cruel.

Compreendendo perfeitamente o que acontecera

Voc, que leu essa parfrase da histria de Jos, provavelmente j compreendeu o resultado. uma histria que nos serve de inspirao quando conhecemos o final. Mas no foi assim que Jos a viveu. Parecia que ele nunca mais veria seu pai e a realizao do sonho dado por Deus. Ele era escravo num pas estrangeiro. No poderia sair do Egito. Era propriedade de um outro homem.

Jos foi vendido a um homem chamado Potifar, um oficial de Fara e capito da guarda. Ele serviu quele homem por dez anos. Nunca mais teve notcias de sua famlia e tambm sabia que seu pai o considerava morto. No tinha mais esperanas de que seu pai o resgatasse.

O tempo passava e Jos encontrou o favor de seu dono e era muito bem tratado. Potifar lhe confiou toda sua casa e tudo o que possua.

Todas as condies eram favorveis a Jos, mas algo muito errado estava sendo gerado no corao da esposa de Potifar. Ela lanava olhares a Jos e queria cometer adultrio com ele. Diariamente, tentava seduzi-lo e ele a recusava. Um dia, estando os dois ss na casa, ela o encurralou e insistiu em deitar-se com ele. Jos recusou e correu, deixando sua tnica talar para trs, nas mos da mulher. Quando isso aconteceu, ela gritou: "Estupro!" Potifar, ento, jogou Jos na priso de Fara. A priso do Fara no era exatamente como as nossas prises atuais da Amrica. J ministrei em vrias delas e, por mais desagradveis que sejam, seriam consideradas clubes de campo em comparao aos calabouos do Fara. Sem sol ou rea de ginstica, era um lugar subterrneo, desprovido de qualquer luz ou calor. As condies variavam de cruis a desumanas. Os prisioneiros eram deixados l at apodrecerem, enquanto ainda sobreviviam com "escassez de po e gua(1Rs.22:27). Recebiam comida suficiente para sobreviver, a fim de que sofressem mais. Segundo o Salmo 105:18, os ps de Jos doam por causa dos grilhes que o prendiam. Ele foi largado no calabouo para morrer.

Se ele fosse egpcio, talvez tivesse alguma chance de ser libertado, mas como escravo estrangeiro, acusado de estupro, tinha pouca ou nenhuma esperana. As coisas no poderiam estar piores. Jos foi rebaixado ao mximo possvel, sem que estivesse morto.

Se o diabo pudesse destruir-nos quando quisesse, ele j nos teria aniquilado h muito tempo.

3. Como isto pde acontecer comigo?

Respondeu-lhes Jos: No temais; acaso, estou eu em lugar de Deus?(Gn 50:19, 20)

No primeiro captulo agrupamos todas as pessoas ofendidas em duas categorias principais: a) aquelas que, genuinamente foram maltratadas e b) aquelas que pensam que foram maltratadas mas, na realidade no foram Neste captulo gostaria de me dirigir primeira categoria.

Comecemos com a seguinte pergunta: Se voc foi maltratado, voc tem o direito de se sentir ofendido? Em resposta, vamos considerar vida do filho preferido de Jac, Jos (veja Gn 37:48).

O sonho se torna um pesadelo

Jos era o dcimo primeiro filho de Jac. Ele era desprezado por seus irmos mais velhos por causa do favoritismo de seu pai que o separou, dando-lhe uma tnica talar colorida. Deus deu a Jos, dois sonhos. No primeiro, ele viu feixes num campo. O feixe de Jos ficava de p, enquanto os dos irmos se inclinavam perante o dele. No segundo sonho, o Sol, a Lua e onze estrelas (representando seu pai, sua me e irmos) inclinando-se perante ele. Quando Jos lhes contou os sonhos, os irmos obviamente no ficaram muito entusiasmados. Eles o odiaram mais ainda.

Pouco depois, seus dez irmos foram levar o rebanho de seu pai para o pasto. Jac enviou Jos para ver o trabalho deles. Quando viram Jos se aproximando, conspiraram contra ele, dizendo: "L vem o sonhador, Vamos mat-lo! Veremos o que ser feito de seu sonho! Voc consegue imaginar seus pensamentos na escurido mida do calabouo? Eu sirvo a meu senhor com honestidade e integridade por dez anos. Sou mais fiel que sua esposa. Fui leal a Deus e a meu senhor diariamente fugindo da imoralidade sexual. Qual foi minha recompensa? O calabouo! Quanto mais tento fazer o que correto, a situao piora! Como Deus pde permitir isso?! Ser que meus irmos poderiam roubar tambm minha promessa de Deus? Por que este Deus poderoso, o Deus da aliana, no intervm em meu favor? assim que um Deus amoroso e fiel cuida de seus servos? Por que eu? Que fiz para merecer isto? Apenas cri que ouvia a voz de Deus".

Tenho certeza de que ele lutou contra esses pensamentos ou pensamentos parecidos. Jos tinha uma liberdade muito limitada mas, ainda assim, tinha o direito de escolher a reao a tudo o que estava acontecendo com ele. Ser que sentia-se ofendido e amargurado com seus irmos e at com Deus? Desistiu de ter esperana no cumprimento da promessa, privando-se da ltima coisa que ainda lhe dava motivao para viver?

Deus est no controle?

Imagino que nunca passou pela mente de Jos, at que tudo terminou, que esse era o processo de Deus para prepar-lo para ser lder. Como usaria sua autoridade futura sobre seus irmos que o traram? Ele estava aprendendo com tudo que sofrera a ser obediente. Seus irmos eram instrumentos habilidosamente manipulados por Deus. Jos se agarrou promessa, buscando o propsito de Deus?

Talvez quando Jos teve seus sonhos os tenha visto como uma confirmao do favor em sua vida. Ele ainda no havia aprendido que a autoridade dada para servir, e no para separar. Geralmente, nos processos de treinamento enfocamos a impossibilidade de nossas circunstncias em vez da grandeza de Deus. Como resultado, sentimo-nos desencorajados e necessitamos de algum que sirva de culpado. A lista interminvel. muito fcil culpar os outros pelos nossos problemas e imaginar como estaramos bem melhor se no fosse pelos outros ao nosso redor. Sabemos que nossa decepo e nossa mgoa so culpa deles.Gostaria de enfatizar o seguinte ponto: Absolutamente, nenhum homem, mulher criana ou demnio poder tir-lo da vontade de Deus! Ningum a no ser Deus, detm seu destino. Os irmos de Jos tentaram de todos os modos, destruir a viso que Deus lhe deu. Eles pensaram ter acabado com Jos. Disseram com suas prprias palavras: "Vinde, pois, agora matemo-lo e lancemo-lo numa destas cisternas [...] vejamos em que lhe daro os sonhos" (Gn 37:20 - Grifo acrescido). Estavam a fim de destru-lo. No foi um acidente. Foi deliberado! No queriam que existisse oportunidade para o sucesso dele.

Agora, voc acha que quando os irmos de Jos o venderam como escravo Deus l do cu olhou para o Filho e para o Esprito Santo e disse: "Que faremos agora? Vejam o que os irmos de Jos fizeram eles destruram nossos planos para Jos. Temos de pensar em algo, rpido! Temos outro plano alternativo?"

Muitos crentes reagem s situaes de crise como se fosse exatamente assim que acontecesse no cu. Voc consegue ver o Pai dizendo a Jesus: "Jesus, Jim acabou de ser demitido por causa de uma mentira de um colega de trabalho. Que faremos agora? Voc tem alguma outra vaga aberta para ele l embaixo?" Ou "Jesus, Sally est com trinta e quatro anos e ainda no se casou. Voc tem algum rapaz disponvel para ela l embaixo? O rapaz com quem queria que ela se casasse casou-se com sua melhor amiga, que fez uma fofoca sobre ela e roubou o corao do rapaz". Parece uma coisa absurda, e mesmo assim a forma como reagimos insinua que esse o modo como vemos a Deus.

Vejamos o que aconteceria com Jos em nossas igre-jas atualmente. Se ele fosse como a maioria de ns, voc sabe o que estaria fazendo? Planejando uma vingana. Ele se confortaria com pensamentos como: "Quando eu colocar as mos naquela pessoa, eu a matarei! Eu a matarei pelo que fez comigo. Ela me paga".

Mas, se Jos houvesse, realmente, tido essa atitude, Deus o deixaria apodrecer no calabouo! Isso porque, se tivesse sado da priso com este impulso, teria matado, cortado a cabea de dez lderes das tribos de Israel, at mesmo Jud, linhagem da qual descende Jesus.

Exatamente os que mais maltrataram Jos foram os patriarcas de Israel E Deus prometeu a Abrao que eles comeariam uma nao. Atravs deles Jesus viria! Jos se livrou da ofensa, e o plano de Deus foi cumprido na sua vida e na de seus irmos.

Ser que isso poderia ficar pior?

A priso foi um teste para Jos, mas foi tambm uma poca de oportunidade. Havia dois outros prisioneiros com Jos, e ambos tiveram sonhos muito vvidos e atormentadores. Jos interpretou ambos os sonhos com grande exatido. Um dos homens seria restaurado, enquanto o outro seria executado. Jos pediu quele que seria restaurado que se lembrasse dele quando tivesse readquirido o favor de Fara. O homem voltou a servir ao Fara, mas dois anos se passaram e ele no deu notcias. Foi outra decepo para Jos e outra oportunidade para ficar ofendido.

Deus sempre tem um plano

Chegou a vez de o Fara ter um sonho perturbador. Nenhum de seus magos ou sbios puderam dar-lhe explicao. Foi ento que o servo restaurado se lembrou de Jos. Ele compartilhou como Jos tinha interpretado o seu prprio sonho e o sonho de seu companheiro na priso, Jos foi trazido ao Fara, disse-lhe o significado de seu sonho - a fome i ria assolar o pas - e, sabiamente instruiu-o sobre como se preparar para a crise. O Fara, imediatamente, o promoveu. Ele seria o segundo homem mais importante no comando do Egito. Jos, com a sabedoria que Deus lhe dera, preparou tudo para a fome que estava por vir.

Ento, buscamos aquele que nos causou todo o nosso desespero. Quando enfrentamos o fato de que Deus poderia ter evitado toda nossa confuso - e no o fez - freqentemente o culpamos.

Isso ficou atormentando a mente de Jos: "Vivi de acordo com o que sei de Deus. No transgredi seus estatutos ou sua natureza. Apenas repeti o sonho que o prprio Deus me deu. E qual foi o resultado? Meus irmos me traram e fui vendido como escravo! Meu pai acha que estou morto, e nunca vir ao Egito para me encontrar".

Para Jos, tudo se resumia em seus irmos. Eles eram a fora que o jogara no calabouo. Provavelmente, Jos pensava como as coisas seriam diferentes quando estivesse no poder, quando Deus lhe desse a posio de autoridade que viu em seu sonho. Como tudo teria sido diferente se seus irmos no tivessem abortado seu futuro!

Quantas vezes vemos nossos irmos e irms caindo na mesma armadilha de culpar os outros? Por exemplo:

"Se no fosse minha esposa, poderia estar no ministrio. Ela tem impedido e destrudo muito aquilo com que sonhei".

"Se no fossem meus pais, eu teria tido uma vida normal. Eles so culpados pela situao na qual me encontro hoje. Como que os outros tm pais normais e eu no? Se meus pais no tivessem divorciado, eu teria sido mais bem-sucedido no meu prprio casamento."

"Se no fosse o meu pastor haver reprimido os dons que tenho, eu teria tido liberdade. Ele no permitiu que eu seguisse meu destino no ministrio. Ele fez com que as outras pessoas se virassem contra mim."

"Seno fosse meu ex-marido, meus filhos e eu no teramos tido este problema financeiro."

"Se no fosse aquela mulher da igreja, eu ainda teria o respeito dos lderes. Por causa de suas fofocas, ela destruiu-me e a qualquer esperana que tinha de ser respeitada."

Mais tarde, quando a fome chegou a todas as naes conhecidas, os irmos de Jos foram ao Egito buscar ajuda. Se Jos guardava alguma coisa em seu corao contra seus irmos, esta seria a hora da desforra. Ele poderia t-los jogado na priso, torturado e at mesmo matado. No seria culpado, porque era o segundo homem mais importante do Egito. Seus irmos no tinham nenhuma importncia para Fara.

Mas Jos decidiu dar-lhes os gros sem pagamento. Depois, receberam a melhor terra do Egito para suas famlias e do melhor que ela oferecia. Em resumo: tudo o que havia melhor no Egito lhes foi dado. Jos terminou abenoando aqueles que o amaldioaram e fazendo o bem queles que o odiavam (veja Mt 5:44).Deus sabia o que os irmos de Jos iriam fazer antes mesmo que o fizessem. De fato, o Senhor sabia o que eles iriam fazer antes de dar o sonho a Jos e antes mesmo do nascimento deles.

Vejamos o que Jos disse a seus irmos quando se reuniram:

Agora, pois, no vos entristeais, nem vos irriteis contra vs mesmos por me haverdes vendido para aqui; porque, para conservao da vida, Deus me enviou adiante de vs. Porque j houve dois anos de fome ti, r terra, e ainda restam cinco anos em que no haver lavoura nem colheita. Deus me enviou adiante de vs, para conservar vossa sucesso na terra e para vos preservar a vida por um grande livramento. Assim, no fostes vs que me enviastes para c, e sim Deus... (Gn 45:5-8 Destaques acrescidos)

Quem enviou Jos? Seus irmos ou Deus? Deus o enviou, por intermdio de duas testemunhas. Jos disse a seus irmos: "No fostes vs que me enviastes". Oua o que o Esprito tem a dizer!

Note que o versculo diz que Deus "prover livramento", e no prover um livramento qualquer". Deus conhece todo tipo de circunstncia adversa que encontraremos - no importa se grande ou pequena - e planejou o livramento para escaparmos. E, o que mais interessante: quando parece que um plano de Deus foi abortado, na realidade esse vem a ser o caminho para se cumprir aquele plano, se estivermos em obedincia e livre da ofensa.

Lembre-se, ento: submeta-se a Deus, no aceitando ofensa; resista ao diabo, e ele fugir de voc (Tg 4:7). Resistimos ao diabo quando no nos ofendemos. O sonho ou a viso, provavelmente acontecer diferentemente do que voc imaginou, mas a Palavra e as promessas de Deus nunca falharo. S nos arriscamos a abort-los quando estamos em desobedincia.

Outro tipo de traio

Muitas pessoas nunca tiveram o tratamento que Jos recebeu de seus irmos. No teria sido to dolorido se seus inimigos houvessem feito isso. Mas foram seus irmos, sua carne e seu sangue. Eles que deveriam ter encorajado, apoiado, defendido Jos e cuidado dele. Poderia haver uma situao pior do que essa que Jos viveu?Uma coisa ser prejudicado e rejeitado por um irmo ou irmo; outra, completamente diferente, ser prejudicado ou rejeitado pelo pai.4. Meu Pai, Meu Pai!Pai (...] v que no h em mim nem mal nem rebeldia, e no pequei contra ti, ainda que andas caa da minha vida para ma tirares (1 Sm 24:11).

No captulo anterior, vimos como os irmos de Jos tentaram destru-lo. Vimos a dor que experimentou por causa dessa traio. Talvez esteja familiarizado com essa situao. Voc foi trado por aqueles eram prximos a voc, aqueles de quem esperava amor e encorajamento.

Neste captulo, quero lidar com uma situao ainda mais dolorosa do que a traio de um irmo. Uma coisa ser rejeitado e prejudicado por um irmo, outra, bem diferente, ser rejeitado e prejudicado pelo pai. Quando falo de pais, no estou me referindo a apenas pais biolgicos, mas a qualquer lder que Deus nos deu. As pessoas que achamos que iam amar-nos, treinar-nos, alimentar-nos e cuidar de ns.

Uma relao de amor e dio

Vamos examinar este exemplo de traio atravs do relacionamento entre o rei Saul e Davi (veja 1 Sm 16 - 31). Suas vidas se encontraram mesmo antes de se Conhecerem, uma vez que Samuel, o profeta de Deus, tingiu Davi para ser o prximo rei de Israel. Davi deve ter ficado maravilhado pensando: "Este o mesmo homem que ungiu Saul. Vou mesmo ser rei"

De volta ao palcio, Saul estava sendo atormentado por espritos imundos, porque havia desobedecido a Deus. Seu nico alvio era quando algum tocava harpa. Os servos de Saul procuraram por um jovem que pudesse sentar-se na presena de Saul e ministrar-lhe. Como j foi discutido, nenhum homem mortal ou demnio pode antecipar-se aos planos de Deus para sua vida. Se voc conhecer a verdade, ela o libertar. Mas h somente uma pessoa que pode tir-lo da vontade de Deus, e essa pessoa voc!

Considere os filhos de Israel. Deus enviou um libertador, Moiss, para tir-los da escravido do Egito e lev-los Terra Prometida. Aps um ano no deserto, os lderes foram enviados para espionar a terra. Eles voltaram reclamando. Tinham medo das outras naes que ocupavam a terra e tinham um contingente militar maior e mais forte.

Todos os israelitas, com exceo de Josu e Calebe, concordaram com os lderes. Eles sentiam como se Deus os houvesse trazido para morrer. Ficaram ofendidos com Moiss e com Deus. Essa situao continuou por mais de um ano. Porque se sentiam ofendidos, aquela gerao nunca viu a terra que Deus prometera.

Muitos servem a Deus de todo o corao e passam por situaes muito difceis por terem sido maltratados por mpios ou crentes carnais. A verdade que foram tratados injustamente. Mas ficar ofendido apenas cumpre o propsito do inimigo de tir-lo da vontade de Deus.

Se voc ficar livre da ofensa, permanecer na vontade de Deus. Se voc continuar ofendido, ser levado ao cativeiro pelo inimigo a fim de cumprir seu prprio propsito e sua vontade. Faa sua escolha. muito mais proveitoso ficar livre da ofensa.

Devemos lembrar-nos de que nada pode vir contra ns sem o conhecimento prvio de Deus. Se o diabo pudesse destruir-nos a qualquer momento, j nos teria aniquilado h muito tempo, porque ele, com toda a sua fora, odeia o homem. Lembre-se sempre desta exortao:

No vos sobreveio tentao que no fosse humana; mas Deus fiel e no permitir que sejais tentados alm das vossas foras; pelo contrrio, juntamente com a tentao, vos prover livramento, de sorte que a possais suportar (1 C'o 10:13 - Grifo acrescido).

Um dos servo sugeriu Davi, o filho de Jess. O rei Saul mandou buscar Davi e pediu-lhe para vir ao palcio ministrar a ele.

Davi deve ter pensado: "Deus j est cumprindo sua promessa que veio atravs do profeta. Certamente ga-nharei o favor do rei. Esta deve ser a posio de entrada".

O tempo foi passando, e o pai de Davi lhe pediu que levasse alimento aos seus irmos mais velhos que estavam em guerra com os filisteus. Quando chegou ao campo de batalha, Davi viu o campeo dos filisteus, Golias, zombando do exrcito de Deus e soube que isso estava acontecendo h quarenta dias. Ele soube, tambm, que o rei havia oferecido a mo de sua filha em casamento quele que derrotasse o gigante.

Davi foi at ao rei e pediu permisso para lutar. Ele matou Golias e ganhou a filha de Saul. Dessa forma, ganhou o favor de Saul e foi levado ao palcio para viver com o rei. Jnatas, o filho mais velho de Saul, fez um pacto de amizade eterna com Davi. Em tudo o que Saul dava a Davi para fazer, a mo de Deus podia ser vista, e, assim, ele prosperava. O rei pediu que ele se sentasse mesa para comer com os seus prprios filhos.

Davi estava animado. Ele morava no palcio, comia mesa com o rei, casou-se com a filha dele, ficou amigo de Jnatas; enfim, era bem-sucedido nas campanhas. Estava at ganhando o favor do povo. Ele podia ver a profecia se desenrolar diante dos seus olhos.

Saul preferia Davi a todos os outros servos. Ele se tornou um pai para ele. Davi tinha certeza de que Saul ia orient-lo, trein-lo e um dia, com grande honra, coloc-lo no trono. Davi regozijava-se na fidelidade de Deus.

Mas um dia, tudo mudou. Quando Saul e Davi voltavam de uma batalha, lado a lado, as mulheres de todas as cidades de Israel vieram danando e cantando: "Saul matou seus milhares e Davi seus dez milhares". Isso deixou Saul enfurecido, e daquele dia em diante ele comeou a desprezar Davi. Por duas vezes, enquanto Davi tocava harpa, Saul tentou mat-lo.

Quando Saul descobriu, ficou furioso. Matou oitenta e cinco inocentes sacerdotes do Senhor e correu o fio da espada em toda a cidade de Nobe: homem, mulher, criana, beb que amamentava, gado, burros e ovelhas. Ele cumpriu julgamento contra eles - os inocentes - que deveria ter cado sobre os amalequitas. Era um assassino. Como Deus poderia ter posto seu Esprito sobre um homem assim?

A essa altura, Saul soube que Davi estava no deserto de Em Gedi e saiu a sua procura com trs mil guerreiros. Durante a viagem, para descansar do lado de fora de uma caverna, sem saber que Davi estava l dentro. Saul tirou seu manto e o deixou de lado. Vagarosamente Davi saiu de seu esconderijo, cortou um pedao do manto e se retirou Sem ser notado.

Depois que Saul saiu de perto da caverna, Davi se prostrou e chorou:

Olha, pois, meu pai, v aqui a orla do teu manto na minha mo [...] v que no h em mim nem mal nem rebeldia, e no pequei contra ti, ainda que andas caa da minha vida para ma tirares (1 Sm 24:11-Destaque acrescido).

O clamor de Davi para Saul era: "Meu pai, meu pai!" Na verdade, ele clamava: "Veja meu corao! Seja um pai para mim. Eu preciso de um lder que me treine, no que me destrua!" Mesmo quando Saul planejava mat-lo, o corao de Davi queimava de esperana.

Onde esto os pais?

J vi esse choro em inmeros homens e mulheres no corpo de Cristo. Muitos deles so jovens e tm um forte chamado de Deus. Eles clamam por um pai, um homem que os discipline, ame, apie e encoraje. Esta a razo pela qual Deus disse que "converter o corao dos pais [lderes] aos filhos [pessoas] e o corao dos filhos a seus pais, para que eu (Deus) no venha e fira a terra com maldio" (M14:6).

Nossa nao perdeu seus pais (biolgicos, lderes ou ministros) nos anos 40 e 50, e agora nossa condio est cada vez pior. Assim como Saul, muitos lderes de nosso lar, empresa e igreja esto mais preocupados com seus alvos do que com seus filhos.Por causa dessa atitude, esses lideres vem o povo de Deus recursos para servira sua viso, em vez de ver a viso como meio de servir s pessoas. O sucesso da viso justifica o custo de vidas ma-chucadas e pessoas destrudas. Justia, misericrdia, inte-gridade e amor so deixados de lado por causa do sucesso. As decises se baseiam em dinheiro, nmeros e resultados.

Isso abre as portas para o tratamento que Davi recebeu: afinal, Saul tinha um reino para proteger. Esse tipo de tratamento aceitvel na mente dos lideres porque esto trabalhando na pregao do Evangelho.

Quantos lderes dispensaram homens que trabalhavam sob sua autoridade por causa de alguma suspeita? Por que esses lderes suspeitam? Porque no esto servindo a Deus. Esto servindo a uma viso. Assim como Saul, esto inseguros sobre o seu chamado e fomentam inveja e orgulho. Eles reconhecem qualidades de Deus em algumas pessoas e, ento, usam-nas enquanto lhes forem teis. Saul aproveitou o sucesso de Davi at que ele se tornou uma ameaa. Dispensou Davi e esperou uma razo para destru-lo.

Tive a oportunidade de conversar com inmeros homens e mulheres, que clamavam por algum a quem prestar contas. Eles desejavam submeter-se a um lder que os discipulasse. Sentiam-se isolados e solitrios. Procuravam algum que lhes servisse de pai. Mas Deus permitiu que sofressem rejeio, pois queria fazer neles o que fez em Davi. Oua o que o Esprito tem a dizer!

Davi estava preocupado que Saul acreditasse em sua rebeldia e maldade. Deve ter sondado seu corao, dizendo: "Onde foi que eu errei? Como foi que o corao de Saul se voltou contra mim?" Por isso ele clamou:: "No fato de haver eu cortado a orla do teu manto sem te matar, reconhece e v que no h em mim nem mal nem rebeldia (veja 1Sm 21.11 - Grifo acrescentado). A Bblia diz que Saul odiava Davi porque sabia que Deus estava com Davi e no com ele. Davi foi forado a fugir para salvar sua vida. Sem ter para onde ir, correu para o deserto.

Que est acontecendo?" Davi se perguntava. "A promessa estava se cumprindo, e agora tudo desmoronava. O homem que meu mentor est tramando matar-me. Que farei? Saul o servo ungido de Deus. Com ele contra mim, que chance tenho? Ele o rei, o homem de Deus sobre a nao de Deus. Por que o Senhor est permitindo que isso acontea?

Saul perseguiu Davi de deserto em deserto, de caverna em caverna, acompanhado de trs mil dos maiores guerreiros de Israel. Eles tinham um propsito: destruir Davi.

A essa altura, a promessa era apenas uma sombra. Davi no mais vivia no palcio ou comia mesa do rei. Ele habitava cavernas midas e comia restos de animais selvagens. No andava mais ao lado do rei, mas era caado pelos homens com quem um dia lutou lado a lado. No havia cama macia ou servos para servir-lhe. Sua noiva foi dada a outro. Ele conheceu a solido de um homem sem nao.

Note que Deus - no o diabo - colocou Davi sob os cuidados de Saul. Por que Deus no s permitiu, mas planejou tudo? Por que Davi teve o favor do rei e abruptamente o perdeu? Esta era a oportunidade para Davi ficar ofendido - no s com Saul, mas com Deus tambm. Todas as perguntas que ficavam sem respostas aumentavam a tentao de questionar a sabedoria e o plano de Deus.

Saul estava determinado a matar o jovem Davi a qualquer custo, tanto que sua loucura aumentava. Ele se tornou um homem desesperado. Os sacerdotes da cidade de Nobe providenciaram um abrigo, comida e a espada de Golias para Davi. No sabiam que Davi estava fugindo de Saul e achavam que ele estava numa misso para o rei. Eles perguntaram a Davi sobre o Senhor que estava em favor dele, e o mandaram seguir seu caminho.

Davi pensou que, se pudesse provar seu amor por Saul, este restauraria o seu favor por ele e a profecia seria cumprida.

As pessoas que foram rejeitadas por seu pai ou lder tendem a tomar toda a culpa para si. So prisioneiras de pensamentos que as tentam, como: "Que foi que fiz?" e "Meu corao era impuro?" Algumas vezes questionam: "Quem virou o corao do meu lder contra mim?'" Dessa forma, tentam constantemente provar sua inocncia. Acham que, se demonstrarem lealdade e valor, sero aceitos. Infelizmente, quanto mais tentam, mais rejeitados se sentem.

Quem ir vingar-me?

Saul reconheceu a bondade de Davi quando perce-beu que ele poderia t-lo matado e no o fez. Ele e seus homens se retiraram. Davi deve ter pensado: "Agora, o rei vai restaurar-me. Agora, a profecia ser cumprida. Obviamente, ele v meu corao e vai tratar-me melhor.

Devagar, Davi! Pouco tempo depois, os homens relataram a Saul que Davi estava nas montanhas de Haquil. Saul foi a sua procura com os mesmos trs mil soldados. Tenho certeza de que isso deixou Davi arrasado. Ele percebeu que no era um mal-entendido e que Saul, intencionalmente, queria tirar-lhe a vida. Como deve ter se sentido rejeitado! Saul conhecia seu corao e, mesmo assim, marchou ao seu encontro.

Davi desceu com Abisai para o acampamento de Saul. Nenhum guarda os viu, porque Deus os fez dormir profundamente. Os dois homens se esgueiraram at onde Saul estava dormindo, passando por todo o exrcito sem serem notados. Abisai argumentou com Davi: "Deus te entregou, hoje, nas mos o teu inimigo; deixa-me, pois, agora, encrav-lo com a lana, ao cho, de um s golpe; no ser preciso segundo" (1 Sm 26:8).

Abisai tinha boas razes para achar que Davi o deixaria matar Saul: primeiro, Saul j havia assassinado, a sangue frio, oitenta e cinco sacerdotes inocentes e suas famlias; segundo, estava com um exrcito de trs mil para matar Davi e seus seguidores. Davi provou a pureza de seu corao quando poupou Saul a primeira vez. At mesmo quando Davi teve uma segunda oportunidade de matar Saul, ele nem o tocou. Saul era ungido de Deus e Davi o deixou nas mos de Deus para que Ele o julgasse,

Quantos possuem o corao como o de Davi? No usamos mais espadas reais para assassinar, mas outro tipo de espada para arruinar os outros: a lngua. "A morte e a vida esto no poder da lngua (Pv 18:21).

Igrejas se dividem, famlias se separam, casamentos se quebram e o amor morre, esmagado pelo constante massacre de palavras usadas para machucar e frustrar. Ofendidos pelos amigos, pela famlia e pelos lderes, atingimos com palavras afiadas cheias de amargura e dio. Mesmo que a informao seja verdadeira, os motivos so impuros. Em Provrbios 6:16-19 est escrito que semear discrdia e contenda entre irmos abominao para o Senhor. Quando repetimos algo com inteno de separao ou danos a relacionamentos e reputao - mesmo que seja verdade - estamos afrontando Deus.

Ser que Deus me est usando para expor os pecados de meu lder?

Durante sete anos trabalhei no ministrio de assistncia social e pastoreei os jovens antes de Deus liberar-me e a minha esposa para este ministrio atual. Quando era pastor de jovens, havia um homem que no gostava de mim ou de minhas pregaes. Geralmente, isso no me afetava, mas esse homem era autoridade sobre mim. Acreditava que Deus me havia dito para pregar sobre pureza e ousadia aos jovens, e seu filho fazia parte do grupo. O corao desse jovem estava comeando a borbulhar. Um dia, ele veio a ns chorando. Ele estava extremamente chateado porque sentia que o estilo de vida que experimentava em sua casa contradizia com o que eu o desafiava a seguir.

Esse incidente e outros conflitos pessoais fizeram com que seu pai se decidisse livrar de mim. Ele ia ao pastor titular por causa do dio que sentia por mim e me acusava injustamente. Depois, vinha at mim dizendo como o pastor titular estava contra mim, mas que ele prprio me defendia. Houve uma srie de memorandos que, apesar de no terem meu nome escrito, indicavam que se tratava de minha pessoa. Ele sorria para mim, mas sua inteno era me destruir.

Vrios membros do grupo de jovens disseram ter ouvido que eu ia ser despedido. O filho desse homem estava espalhando a notcia no de forma maliciosa, mas apenas repetindo o que ouvira em casa. Eu estava com muita raiva e confuso. Fui at esse homem e ele admitiu ter dito isso, mas estava apenas repetindo os pensamentos do pastor titular.

Muitos meses se passaram e parecia que nada aliviava a situao. Ele impedia qualquer contato entre eu e o pastor titular. Isso no s acontecia comigo, mas com todos os outros pastores que no estavam a seu favor.

Minha famlia estava sob constante presso, sem saber se continuaramos na igreja ou se nos mandariam embora. Havamos comprado uma casa, minha esposa estava grvida e no tnhamos para onde ir. No queria enviar currculos procurando outra posio. Acreditava que Deus havia mandado para aquela igreja, e no queria recorrer a nenhum plano B.

Minha esposa estava com os nervos flor da pele. "Querido, sei que iro despedir voc. Todos dizem isso."

"Eles no me contrataram e no podem despedir-me sem a aprovao de Deus", disse-lhe. Ela achava que eu estava negando as circunstncias e me implorou que sasse de l logo.

Finalmente, recebi a notcia de que a deciso final sobre minha sada sido tomada. O pastor titular anunciou que a igreja estava passando por um momento de mudanas em relao aos jovens. Eu ainda no havia conversado com ele sobre o conflito com o lder que ele tinha escolhido para mim. Tinha um encontro com o pastor num dia, e o outro lder ia conversar com ele no dia seguinte. Deus me impediu de me defender.

Se voc no mata o inimigo primeiro, Abisai pensou, ele certamente o matar. legtima defesa. Qualquer tribunal concordaria com isso; terceiro, Deus, atravs de Samuel, ungiu Davi como o prximo rei de Israel. Davi deveria querer sua herana se no queria ser um homem morto sem que a profecia se cumprisse; quarto, Deus fez um exrcito inteiro cair em sono profundo para que Davi e Abisai pudessem chegar at Saul. Por que Deus faria tudo isso? Parecia a Abisai que Davi nunca mais teria uma chance como esta novamente.

Todas essas razes pareciam boas. Elas faziam sentido, e Davi estava sendo encorajado por um irmo. Ento, se Davi estava um pouquinho s, ofendido, teria uma justificativa para permitir que Abisai encravasse a lana a em Saul.

Veja resposta de Davi:

No o mates, pois quem haver que estenda a mo contra o ungido do Senhor e fique inocente? [.. ] To certo como vive o Senhor, este o ferir, ou o seu dia chegar em que morra, ou em que, descendo batalha, seja morto. O Senhor me guarde de qu eu estenda a mo contra o seu ungido (1 Sm 26:9-11-Destaque acrescido).

Davi no mataria Saul, apesar dele ter assassinado inocentes e desejado o mesmo de Davi tambm. Davi no se vingaria; deixou a vingana nas mos de Deus.

Certamente, teria sido mais fcil colocar um ponto final em tudo naquele momento - mais fcil para Davi e para o povo de Israel. Ele sabia que a nao era como um rebanho de ovelhas sem pastor. Sabia que um lobo os estava roubando por causa de desejos egostas. Foi difcil para ele no se defender, mas era provavelmente mais difcil no libertar o povo, a quem amava, de um rei louco. Tomou essa deciso, mesmo sabendo que o nico conforto de Saul seria sua morte.

Quando o pastor e eu nos encontramos, me surpreendi ao encontr-lo sentado, s, em seu gabinete. Ele olhou para mim e disse: "John, Deus o enviou para esta igreja. Eu no deixarei que se v". Eu estava aliviado. Deus me protegeu no ltimo instante.

"Por que este homem o persegue?" - o pastor me perguntou. Por favor, acerte as coisas entre vocs dois."

Um pouco depois da reunio, recebi evidncias es-critas da deciso do lder em relao s minhas reas de responsabilidade. Seus verdadeiros motivos estavam ex-postos. Estava pronto para levar o papel ao pastor titular.

Naquele dia, andei pela sala e orei por quarenta e cinco minutos, tentando superar o mal-estar que sentia. Eu dizia, "Deus, esse homem tem sido muito desonesto e perverso. Ele deve ser desmascarado. uma pessoa destrutiva no ministrio. Tenho de dizer ao pastor quem ele realmente ".

Mais tarde, quis justificar minhas intenes de desmascar-lo: "Tudo que vou relatar fato e est documentado, no nada levado pela emoo. Se ele no for detido, sua maldade vai infiltrar-se na igreja". Finalmente, muito frustrado, bradei: "Deus, o Senhor no quer que eu o exponha, quer?"

Quando pronunciei essas palavras, a paz de Deus inundou meu corao. Sacudi minha cabea maravilhado. Sabia que Deus no queria, que tomasse providncias, e ento joguei fora todas as evidncias. Mais tarde, quando pude analisar a situao com mais objetividade, percebi que queria vingar-me mais do que proteger pessoas no ministrio. Havia me convencido de que meus motivos no eram egostas. Minhas informaes eram precisas, mas meus motivos eram impuros.

O tempo passou e um dia, quando estava orando do lado de fora da igreja antes do expediente, aquele homem caminhava em direo ao prdio. Deus me impeliu a ir at ele e me humilhar. Imediatamente fiquei na defensiva. "No, Senhor, ele que tem que vir at mim. Ele o responsvel por todo este problema".

Davi foi muito sbio quando decidiu deixar Deus ser o juiz. Voc pode perguntar: "Quem Deus usou para julgar Saul, seu servo?" Os filisteus. Saul, juntamente com seus filhos, morreu combatendo os filisteus. Quando a notcia chegou at Davi, ele no comemorou. Ficou de luto.

Um homem cheio de si disse a Davi que havia matado Saul. Ele esperava que a notcia o favorecesse, mas ela teve o efeito oposto. "Como, ento, no teve medo de matar o ungido de Deus?", Davi perguntou. Ordenou ento, que o homem fosse executado (veja 2 Sm 1.14, 15).

Davi, ento, comps uma cano para o povo de Jud cantar em honra de Saul e seus filhos. Davi pediu ao povo que no noticiasse nas cidades dos filisteus, para que eles no se alegrassem. Ordenou que no chovesse, nem nada crescesse no lugar onde Saul foi morto. Conclamou o povo de Israel para chorar a morte de Saul. Este no um corao ofendido de um homem. Um homem ofendido teria dito Teve o que merecia!

Davi foi, ainda, mais longe. No matou os que ficaram da casa de Saul, em vez disso, providenciou comida e terra e concedeu a um descendente um lugar mesa do rei. Alguma semelhana com um homem ofendido?

Embora Davi tivesse sido rejeitado por aquele que deveria ter sido como um pai para ele, permaneceu fiel at aps a morte de Saul. fcil ser fiel a um lder ou pai que nos ama, mas que dizer daqueles que nos destroem? Voc quer ser um homem ou mulher que age segundo o corao de Deus, ou pretende vingar-se? correto Deus vingar seus servos, mas incorreto os servos de Deus se vingarem.

5. Como nascem os errantes espirituaisO Senhor me guarde de que eu faa tal coisa ao meu senhor, isto , que eu estenda a mo contra ele, pois o ungido do Senhor." Com estas palavras, Davi conteve os seus homens e no lhes permitiu que se levantassem contra Saul (1 Sm 24:6, 7).

No captulo anterior, vimos como Davi foi maltratado por aquele ele desejava que fosse seu pai. Davi ainda tentava imaginar qual o erro: o que tinha feito para virar o corao de Saul contra ele, e como Davi o teria de volta? Davi provou sua lealdade poupando a vida de Saul, mesmo que este o estivesse perseguindo.

Davi gritou, inclinando-se e colocando o rosto na terra: "V e reconhece que em mim no h nem mal, nem rebeldia, que no pequei contra ti".

Davi sabia que havia demonstrado sua fidelidade a seu lder, ento ficou tranqilo. Depois, soube de uma notcia que o deixou arrasado: Saul ainda pretendia mat-lo. Mas Davi se recusou a levantar suas mos contra aquele que tramava tirar-lhe a vida, embora Deus houvesse colocado o exrcito inteiro para dormir e lhe dado um companheiro que implorava para matar Saul. Davi percebeu que o sono do exrcito tinha outro propsito: testar seu corao.

Deus queria ver se Davi mataria para estabelecer seu reino ou permitira que Ele estabelecesse seu trono na justia, para sempre.

No vingueis a vs mesmos, amados, nem dai lugar a ira; porque est escrito: A mim me pertence a vingana; eu que a retribuirei, diz o Senhor (Rm 12:19).

Continuei orando mas, novamente, o Senhor insistiu em que eu de veria ir imediatamente at ele e me humilhar. Sabia que era Deus. Liguei para seu gabinete e fui at l. O que disse e como disse foi muito diferente do que teria sido se Deus no tivesse tratado comigo antes.

Com toda sinceridade, pedi perdo. "Tenho criticado e julgado voc", confessei.

Ele, imediatamente, relaxou, e ento caminhamos juntos durante uma hora. Daquele dia em diante, seus ataques contra mim cessaram, apesar de ainda haver alguns problemas entre ele e outros pastores.

Seis meses mais tarde, quando estava ministrando fora do pas, tudo o que aquele homem havia feito de errado foi exposto ao pastor titular. Nada tinha a ver comigo, mas com outras reas do ministrio. O que ele estava fazendo era bem pior do que eu sabia. Ele foi, imediatamente, demitido.

O juzo veio, mas no por intermdio de minhas mos. O mesmo que ele quis fazer comigo acabou acon-tecendo com ele. Quando tudo isso porm aconteceu, no fiquei contente. Fiquei triste por ele e sua famlia. Compreendi sua dor porque eu mesmo j havia passado por ela quando estava nas mos daquele homem.

Eu o amava, j que o havia perdoado seis meses antes. No queria que isso estivesse acontecendo com ele. Se ele houvesse sido despedido quando eu ainda estava com raiva, teria ficado contente. Eu sabia que estava livre da ofensa que guardava. Humildade e o fato de no aceitar vingana, me livraram da priso da ofensa.

Um ano mais tarde, encontrei com ele no aeroporto. Eu estava atordoado com o amor de Deus. Corri at ele e o abracei. Se no me houvesse humilhado naquele dia no gabinete, no teria sido capaz de olh-lo nos olhos aquele dia no aeroporto. J se passaram sete anos desde que o vi, mas sinto muito amor por ele, e meu desejo que a vontade de Deus se cumpra em sua vida.

correto Deus vingar seus servos. incorreto os servos de Deus se vingarem. Saul era um homem que queria vingana. Perseguiu Davi, um homem honrado, por quatorze anos e assassinou os sacerdotes e suas famlias.

Quando Davi estava ao lado de Saul, que dormia, enfrentou uma difcil prova. Ela diria se Davi ainda possua um corao nobre de pastor ou se era inseguro como Saul. Ser que permaneceria segundo o corao de Deus? Em princpio, muito mais fcil resolver os problemas com nossas prprias mos, em vez de descansarmos no Deus justo.

Deus testa a obedincia de seus servos. Deliberadamente, colocando-nos em situaes em que os padres religiosos e sociais aparentemente justificariam nossos atos. Permite que outros, principalmente os que esto mais prximos de ns, incentivem-nos a reagir. Podemos, at, achar que estamos sendo nobres e protetores se nos vingarmos. Mas Deus no assim. A sabedoria do mundo carnal.

Quando penso na oportunidade que tive de expor meu lder, lembro-me de que lutei contra o pensamento de que ele poderia magoar algum se no fosse desmascarado. Eu pensava: "Estarei apenas relatando a verdade. Se no fizer isso, nunca ter fim". Fui incentivado por outras pessoas a desmascar-lo.

Hoje, porm, sei que Deus me deu essas informaes por uma razo: para me testar. Tornaria-me como o homem que tentava destruir-me? Ou permitiria que o juzo e a misericrdia de Deus alcanassem este homem caso se arrependesse?

Como Deus pode usar lideres corruptos?

Muitos perguntam: "Por que Deus coloca pessoas sob a liderana de outros que cometem erros graves e que, at mesmo, so insensatas?"Veja a infncia de Samuel (1 Sm 2 - 5). Deus, no o diabo, foi quem colocou esse homem sob a autoridade de um sacerdote corrupto chamado Eli e de seus dois indig-nos filhos, Hofni e Finias, que tambm eram sacerdotes. Mesmo assim, a palavra de correo no veio de Samuel, mas de Deus. Se mais pessoas entendessem essa verdade, nossas igrejas seriam bem diferentes.

Igrejas no so lanchonetes

Atualmente, homens e mulheres deixam suas igrejas assim que acham algo de errado na liderana. Talvez seja a forma que o pastor usa para recolher as ofertas. Talvez seja como o dinheiro empregado. Se no gostam da pregao do pastor, vo embora da igreja. Ou ele no muito acessvel ou muito ntimo de todos. A lista de reclamaes no termina. Em vez de enfrentarem as dificuldade e ter esperana, essas pessoas correm para onde parece no haver conflito.

Vamos encarar a realidade: Jesus o nico pastor perfeito. Ento, por que ns no enfrentamos as dificuldades em vez de correr delas? Quando no enfrentamos esses conflitos diretamente, h uma grande oportunidade de sairmos de l ofendidos. Algumas vezes dizemos que nosso ministrio proftico no foi bem recebido. Ento, vamos de igreja em igreja, procurando uma liderana impecvel.

Enquanto escrevo este livro, posso dizer que s fiz parte de duas igrejas em dois diferentes Estados nos ltimos quatorze anos. J tive inmeras oportunidades de me sentir ofendido com minha liderana (a maior parte delas, devo acrescentar, por minha prpria imaturidade). Tinha chance de me tornar crtico em relao liderana; mas sair da igreja no era a sada. Em meio a uma circunstncia bem difcil, o Senhor falou comigo atravs de um versculo: "Esta a forma que se deve sair da igreja":

Saireis com alegria e em paz sereis guiados (Is 55:12 - Destaque acrescido).

Muitos no saem dessa maneira. Acham que igrejas so como lanchonetes: podem escolher e pegar o que mais gostarem! Sentem-se livres para ficar enquanto no houver problemas. Mas isso est em total desacordo com o que a Bblia ensina. No voc que escolhe a qual ir. Deus quem escolhe! A Bblia no diz: "Deus disps os membros colocando cada um deles no corpo, como aprouve a cada um". Ao contrrio, a Bblia diz: "Deus disps os membros, colocando cada um deles no corpo como lhe aprouve" (1 Co 12:18 - Grifos acrescidos).

Lembre-se de que se voc est onde Deus quer que esteja o diabo vai tentar escandaliz-lo para que saia de l. Ele quer tirar as razes de onde Deus nos plantou. Se puder tir-lo de l, isso ser uma vitria para voc resistir, mesmo em meio a um grande conflito, acabar com os planos do diabo.

O perigoso engano

Freqentei uma igreja vrios anos. O pastor era um dos maiores pregadores dos Estados Unidos. Quando fui quela igreja pela primeira fiquei de boca aberta, maravilhado com os ensinamentos bblicos vindos daquele homem.

O tempo foi passando e, porque eu servia direta-mente quele pastor, pude ver bem de perto suas falhas. Questionei algumas de suas decises pastorais. Comecei a critic-lo e a julg-lo, e dei lugar ofensa. Quando ele pregava, no sentia inspirao ou uno. Seus ensinamentos no eram mais uma bno para mim.

Um casal de amigos que tambm trabalhava na igreja parecia estar sentindo o mesmo. Deus os tirou do ministrio naquela igreja e comearam seu prprio ministrio em outro lugar. Nos pediram para os acompa-nhssemos. Sabiam das nossas lutas e nos incentivaram a seguir o nosso prprio chamado. O casal nos contava tudo o que o pastor, sua esposa e a liderana faziam de errado. Soframos juntos; sentamos que no tnhamos mais esperana, que estvamos encurralados.

Eles pareciam sinceramente preocupados com nosso bem-estar. Mas nossas conversas serviam somente de mais combustvel para o fogo do descontentamento e ofensa. Como est muito claro em Provrbios 26:20: "... sem lenha, o fogo se apaga; e, no havendo maldizente, cessa a contenda". Esses homens eram terrveis. Tomavam as ofertas atravs de manipulao e fora, e fornicavam com as mulheres que ficavam na porta do tabernculo.

Imagine servir a um ministro que leva esse tipo de vida! Um ministro que era to insensvel ao Esprito, que acusava mulheres que estavam em orao de estarem bbadas! To conivente com os erros dos filhos, que chegou at a cham-los para serem lderes, e eles fornicavam dentro da igreja.

Muitos crentes dos nossos dias ficariam ofendidos e buscariam outras igrejas contando a todos como se livraram do modo de vida corrupto de seus ex-pastores e lderes. No meio de tanta corrupo, acho fantstico o que o jovem Samuel fez: "O jovem Samuel servia ao Senhor, perante Eli" (1 Sm 3:1). Deus parecia muito distante de toda a comunidade hebraica. A lmpada de Deus estava prestes a se apagar no templo do Senhor. Ser que Samuel foi a outro lugar de adorao? Foi aos lideres desmascarar Eli e seus filhos? Formou um comit para destitu-los do pastorado? No, ele servia ao Senhor! Deus colocou Samuel ali, e ele no era o responsvel pelo comportamento de deles. Foi posto sob a autoridade daqueles homens no para julg-los, mas para servir-lhes. Sabia que Eli era servo de Deus, e no seu. Estava ciente que Deus era capaz de lidar com seu prprio servo.

Filhos no corrigem pais. Mas obrigao dos pais treinar e corrigir seus filhos. Devemos confrontar e lidar com aqueles a quem Deus nos deu para treinar. Esta a nossa responsabilidade. Os que esto no mesmo nvel que ns devem ser encorajados e exortados como irmos. Mas neste captulo, assim como no ltimo, discutirei como devemos reagir autoridade.

Samuel serviu ao ministro escolhido de Deus da melhor maneira possvel, sem ser pressionado a corrigi-lo ou a julg-lo. A nica vez que Samuel proferiu palavras de correo foi quando Eli veio a Samuel e perguntou-lhe que profecia Deus havia lhe dado na noite anterior. Pode ser que o que nos disseram era um erro aos olhos de Deus, porque a situao adicionava lenha na fogueira da ofensa que havia neles e em ns.

"Sabemos que voc um homem de Deus, disseram-me. Por isso que est tendo esses problemas naquele lugar. Parecia um bom argumento.

Minha esposa e eu concordamos: " isso a. Estamos numa situao complicada. Precisamos sair da igreja. Este pastor e sua esposa nos amam e vo nos pastorear. Os membros da igreja deles nos recebero e permitiro que continuemos o ministrio que Deus nos deu".

Samos de nossa igreja e comeamos a freqentar a desse casal, por pouco tempo. Embora tivssemos fugido de nossos problemas, percebemos que ainda estvamos em luta. Nosso esprito no tinha alegria. Estvamos presos ao medo de nos tornarmos exatamente aquilo de que fugimos. Parecia que tudo o que fazamos era forado e artificial. No conseguamos sentir o Esprito fluir. At mesmo nosso relacionamento com o novo pastor e sua esposa estava abalado.

Finalmente, decidimos que deveramos voltara nossa igreja. Quando o fizemos, soubemos, no mesmo instante, que estvamos cumprindo a vontade de Deus, mesmo que parecesse que seramos mais amados e aceitos em outro lugar. Ento, Deus me sacudiu: "John, nunca lhe disse que era para sair desta igreja. Voc saiu porque se sentiu ofendido!"

No era culpa do pastor e da sua esposa, mas nossa prpria. Eles compreenderam nossa frustrao e tentavam resolver os mesmos problemas no corao deles. Quando estamos fora da vontade de Deus, nunca seremos bno ou ajuda em outra igreja. Quando estamos fora da vontade de Deus, at mesmo os bons relacionamentos so abalados. Eu e minha esposa estvamos fora da vontade dele.

As pessoas ofendidas reagem a uma situao e fazem coisas que parecem ser corretas, mesmo que no sejam inspiradas por Deus. No somos chamados para reagir, mas, sim, para agir.

Ponha-me num lugar onde no haja calor insuportvel ou tempestades!"

Se o jardineiro acatasse o pedido da rvore, ele a prejudicaria. As rvores resistem s tempestades e ao sol forte, espalhando suas razes mais profundamente. A adversidade que sofrem so a fonte de sua grande estabilidade. A severidade dos elementos da natureza faz com que elas procurem por outra fonte de vida. Chegar o dia em que a rvore poder enfrentar as maiores tormentas sem que sua habilidade de produzir frutos seja afetada.

Moro na Flrida, a capital ctrica. A maioria dos moradores da Flrida sabe que, quanto mais frio o inverno mais doces as laranjas se tornam. Se no fugssemos to prontamente das barreiras espirituais, nossas razes teriam a chance de ficar mais profundas e fortes, e nossos frutos seriam muitos e dulcssimos aos olhos de Deus e ao paladar de seu povo! Seramos rvores maduras que alegrariam ao Senhor, em vez de rvores arrancadas por falta de frutos (Lc 13:6-9) No devemos evitar aquilo que Deus envia para que amadureamos.

O salmista Davi, inspirado pelo Esprito Santo, faz uma tremenda relao entre a ofensa, a lei de Deus e nosso crescimento espiritual. Ele escreveu no Salmo 1:1,2:

Bem-aventurado o homem... [cujo] prazer est na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.

No Salmo 119:165, ele fala mais sobre as pessoas que amam leis de Deus:

Grande paz tm os que amam [ou tm prazer] a tua lei; para eles no h tropeo (Destaque acrescido).

O versculo 3 do Salmo 1, finalmente, descreve o destino de tal pessoa:

Ele como