A ´ITICO E SUPERCR´ - Divisão de Ciências Fundamentais...
Transcript of A ´ITICO E SUPERCR´ - Divisão de Ciências Fundamentais...
Oscilacoes
AMORTECIMENTOS SUBCRITICO, CRITICO E
SUPERCRITICOMecanica II (FIS-26)
Prof. Dr. Ronaldo Rodrigues Pela
IEFF-ITA
20 de marco de 2013
R.R.Pela Oscilacoes
Oscilacoes
Roteiro
1 OscilacoesPendulosOscilacoes AmortecidasOscilacoes forcadas
R.R.Pela Oscilacoes
OscilacoesPendulosOscilacoes AmortecidasOscilacoes forcadas
Roteiro
1 OscilacoesPendulosOscilacoes AmortecidasOscilacoes forcadas
R.R.Pela Oscilacoes
OscilacoesPendulosOscilacoes AmortecidasOscilacoes forcadas
Exemplo
Calcule o perıodo de pequenas oscilacoes do pendulo
R.R.Pela Oscilacoes
OscilacoesPendulosOscilacoes AmortecidasOscilacoes forcadas
Solucao
Considerando um angulo θ:
(4Ma2)θ = −Mg(2a) sin θ − ka2 sin θ
sin θ ∼= θ,
θ +
(g
2a+
k
4M
)θ = 0
T = 2π
(g
2a+
k
4M
)− 12
R.R.Pela Oscilacoes
OscilacoesPendulosOscilacoes AmortecidasOscilacoes forcadas
Um bloco de 10,0kg esta suspenso por uma corda enrolada emtorno de um disco de 5,00 kg. Se a mola tem uma rigidezk = 200 N/m, determine o perıodo natural de vibracao dosistema.
R.R.Pela Oscilacoes
OscilacoesPendulosOscilacoes AmortecidasOscilacoes forcadas
Solucao
Ec =Mx2
2+I02
(x
r
)2
I0 =mr2
2
∴ Ec =x2
2
(M +
m
2
)Ep =
1
2k(x+ x20)−Mgx
E =x2
2
(M +
m
2
)+
1
2k(x+ x0)
2 −Mgx
R.R.Pela Oscilacoes
OscilacoesPendulosOscilacoes AmortecidasOscilacoes forcadas
Solucao
Derivando em relacao a t:
0 = xx(M +
m
2
)+ k(x+ x0)x−Mgx(
M +m
2
)x+ k(x+ x0)−Mg = 0
Fazendo a mudanca y = x+ x0 −Mg
k(M +
m
2
)y + ky = 0
Portanto:
w0 =
√k
M + m2
= 4,00 rad/s
T =2π
w0= 1,57 s
R.R.Pela Oscilacoes
OscilacoesPendulosOscilacoes AmortecidasOscilacoes forcadas
Desafio
Considere uma barra delgada de comprimento L que seencontra sobre um hemisferio fixo de raio r. Determine operiodo de pequenas oscilacoes da barra.
R.R.Pela Oscilacoes
OscilacoesPendulosOscilacoes AmortecidasOscilacoes forcadas
Introducao
As oscilacoes harmonicas simples estudadasanteriormente, ocorrem em sistemas conservativos.Na pratica, sempre existe dissipacao de energia.
Por exemplo, no cado de um pendulo, as oscilacoes seamortecem devido a resistencia do ar (alem do atrito nosuporte).
O modelo para a forca de amortecimento e f = −ρvEla e designada como forca de atrito viscoso (ja que aresistencia de um fluido ao deslocamento de um obstaculoe proporcional a velocidade – para velocidadessuficientemente pequenas).
R.R.Pela Oscilacoes
OscilacoesPendulosOscilacoes AmortecidasOscilacoes forcadas
Introducao
Para um oscilador unidimensional, a inclusao de um atritoviscoso resulta em
Mx = −kx− ρxx+ 2γx+ w2
0x = 0
Sendo γ =ρ
2Me w0 =
√k
M. Esta EDO possui a seguinte
equacao caracterıstica:
λ2 + 2γλ+ w20 = 0 ∆ = 4(γ2 − w2
0)
E dependendo do sinal do ∆, teremos solucoesqualitativamente bem diferentes para a EDO.
∆ > 0 (supercrıtico): solucoes sao exponenciais∆ < 0 (subcrıtico): solucoes sao oscilatorias comamplitude decrescente∆ = 0 (crıtico): solucao exponencial
R.R.Pela Oscilacoes
OscilacoesPendulosOscilacoes AmortecidasOscilacoes forcadas
Amortecimento supercrıtico (γ > w0)
A equacao caracterıstica admite duas solucoes reais edistintas:
λ1 = −γ +√γ2 − w2
0
λ2 = −γ −√γ2 − w2
0
Note que:λ1 < λ2 < 0
Solucao geral da EDO:
x(t) = aeλ1t + beλ2t = e−γt(a∗ coshw∗dt+ b∗ sinhw∗
dt)
w∗d =
√γ2 − w2
0
Sendo a e b determinados a partir das condicoes iniciais.R.R.Pela Oscilacoes
OscilacoesPendulosOscilacoes AmortecidasOscilacoes forcadas
Amortecimento supercrıtico (γ > w0)
E interessante notar que para t→∞, x→ 0, ou seja, osistema tende a permanecer em repouso na posicao deequilıbrio apos um tempo suficientemente grande.Alem disso, o sistema nem sequer chega a oscilar, ouseja, γ > w0 representa uma situacao de elevadoamortecimento.
R.R.Pela Oscilacoes
OscilacoesPendulosOscilacoes AmortecidasOscilacoes forcadas
Amortecimento subcrıtico (γ < w0))
As solucoes da equacao caracterıstica sao duas raızescomplexo-conjugadas
λ1 = −γ + iwd
λ2 = −γ − iwd
Sendo wd =√w20 − γ2
A solucao geral da EDO e:
x(t) = e−γt(a sinwdt+ b coswdt)
= Ae−γt cos(wdt+ϕ) = Ae−γt sin(wdt+φ)
Esta e uma solucao que oscila comamplitude decrescente.
R.R.Pela Oscilacoes
OscilacoesPendulosOscilacoes AmortecidasOscilacoes forcadas
Amortecimento subcrıtico (γ < w0)
Td: perıodo das oscilacoes amortecidas oupseudo-perıodo ou simplesmente perıodo.
R.R.Pela Oscilacoes
OscilacoesPendulosOscilacoes AmortecidasOscilacoes forcadas
Amortecimento subcrıtico (γ < w0)
E interessante analisar qual fracao da energia e dissipadaem cada ciclo do oscilador.Para tanto, consideremos (de forma aproximada) um ciclocomo a ocorrencia de dois maximos na amplitude.
x1 = Ae−γt1
x2 ∼= Ae−γt1−γTd = x1e−γTd
Energia armazenada =kx212
Energia dissipada ∼=kx212
(1− e−2γTd)
∼=kx212
(2γTd)
R.R.Pela Oscilacoes
OscilacoesPendulosOscilacoes AmortecidasOscilacoes forcadas
Amortecimento subcrıtico (γ < w0)
Pode-se definir o fator de qualidade do oscilador como:
Q = 2π
(Energia armazenada
Energia dissipada num ciclo
)∼= 2π
1
2γTd=wd2γ
Q ∼=w0
2γ
Note que, quanto maior o Q, menor o amortecimento(menor perda de energia).Estas ultimas deducoes sao validas quando oamortecimento e pequeno, ou seja, quando γ << w0.
R.R.Pela Oscilacoes
OscilacoesPendulosOscilacoes AmortecidasOscilacoes forcadas
Amortecimento crıtico (γ = w0)
A equacao caracterıstica, neste caso, tem uma raiz dupla
λ = −γ
A solucao geral da EDO e
x(t) = e−γt(a+ bt)
Esta solucao (em geral) decai mais rapidamente (paratempos grandes) que a solucao supercrıtica.
R.R.Pela Oscilacoes
OscilacoesPendulosOscilacoes AmortecidasOscilacoes forcadas
O balanco de energia
Ja vimos que a equacao de oscilador amortecido e:
Mx+ ρx+ kx = 0
Multiplicando por x:
Mxx+ kxx = −ρx2 ,
Mxx+ kxx =dEMEC
dt, e
ρx2 e a potencia da forca de atrito viscoso = Fv
Note quedEMEC
dt< 0, isto e, a energia mecanica sempre
diminui.
R.R.Pela Oscilacoes
OscilacoesPendulosOscilacoes AmortecidasOscilacoes forcadas
Exemplo
A barra tem uma massa de 3,00 kg. Se a rigidez da mola ek = 120 N/m e o amortecedor tem um coeficiente deamortecimento c = 1,00 kN.s/m, determine a equacaodiferencial que descreve o movimento em termos do angulo θde rotacao da barra. Alem disso, qual deveria ser o coeficientede amortecimento para um movimento criticamenteamortecido?
R.R.Pela Oscilacoes
OscilacoesPendulosOscilacoes AmortecidasOscilacoes forcadas
Exemplo
Considerando um pequeno deslocamento angular θ.
Analisando os torques em relacao ao ponto C:
−k(θ−θ0)L2 − cθb2 −MgL
2=ML2
3θ
ML2
3θ + cb2θ + k(θ − θ0)L2 +Mg
L
2= 0
R.R.Pela Oscilacoes
OscilacoesPendulosOscilacoes AmortecidasOscilacoes forcadas
Exemplo
Com a mudanca α = θ − θ0 +MgL
2kα2
ML2
3α+ cb2α+ kL2α = 0
α+3cb2
ML2α+
3k
Mα = 0
9c2b4
M2L4=
4.3.k
MSubstituindo:
α+ 360α+ 120α = 0→ amortecimento supercrıtico
Para amortecimento crıtico:
ccr = 2
√Mk
3
(L
b
)2
= 60,9 Ns/m
R.R.Pela Oscilacoes
OscilacoesPendulosOscilacoes AmortecidasOscilacoes forcadas
Introducao
Vamos estudar agora o efeito produzido sobre o osciladorpor uma forca externa F (t). Estudaremos dois casos paraF (t):
F (t) = F0 → degrau de amplitude F0
F (t) = F0 sinwt
O primeiro caso e bastante simples de ser analisado, mastem uma importancia capital em projetos de controladores.No segundo caso a forca externa e periodica comfrequencia angular w, que pode coincidir ou nao com afrequencia natural do proprio oscilador.A EDO de um oscilador forcado e:
Mx+ ρx+ kx = F (t)
EDOL nao homogenea de 2a ordem.
R.R.Pela Oscilacoes
OscilacoesPendulosOscilacoes AmortecidasOscilacoes forcadas
Resposta ao degrau
Se F (t) = F0 = kx0, entao a resposta do oscilador sera:
x(t) = x0 + xH(t) (1)
A solucao completa e a mesma do caso homogeneo, amenos de um deslocamento (“shift”) de x0.
xH(t) =
Aeλ1t +Beλ2t, amortecimento supercrıticoAe−γt sin(wdt+ φ), amortecimento subcrıticoe−γt(A+Bt), amortecimento crıtico
R.R.Pela Oscilacoes
OscilacoesPendulosOscilacoes AmortecidasOscilacoes forcadas
Resposta ao degrau
E interessante estudar caso de uma entrada degrauporque ele aparece muito em problemas de engenharia.Os sistemas fısicos, por mais complexos que parecam,comumente admitem um modelo simplificado de sistemamassa-mola.Quando e necessario controlar um sistema fısico,geralmente se aplica uma forca F (t) (ou uma correnteI(t), ou uma tensao E(t), ou algum outro mecanismoatuador, conforme o caso) para que ele se comporte comodesejado.O caso em que F (t) = kx0 e muito comum:, geralmentedeseja-se que o sistema (considerado inicialmente emrepouso na posicao x = 0) atinja a posicao x0 (a novaposicao de equilıbrio) o mais rapido possıvel e aıpermaneca.Vamos vislumbrar como isso e possıvel para o casosubcrıtico (o mais comum).
R.R.Pela Oscilacoes
OscilacoesPendulosOscilacoes AmortecidasOscilacoes forcadas
Resposta ao degrau
Nas hipoteses de condicoes iniciais nulas, a solucao e:
x(t) = x0
[1− e−γt sin(wdt+ β)
sinβ
]sendo β o suplementar do argumento do complexo−γ + iwd.
R.R.Pela Oscilacoes
OscilacoesPendulosOscilacoes AmortecidasOscilacoes forcadas
Resposta ao degrau
Para esta situacao, a resposta x(t) aparece plotada nafigura seguinte
Mp: “overshoot” (mede o quanto o primeiro pico se afasta,percentualmente de x0): Mp = e−π cot β
tr: tempo de subida (“rise time”): tr ∼=π − βwd
ts: tempo de estabilizacao (“settling time”):
ts ∼=3
γ(para ± 5%)
R.R.Pela Oscilacoes