A Lei do Triunfo - Lição (15) décima quinta

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8/8/2019 A Lei do Triunfo - Lição (15) décima quinta http://slidepdf.com/reader/full/a-lei-do-triunfo-licao-15-decima-quinta 1/23 HÁ NESTE MUNDO ALMAS QUE TÊM O DOM, DE ENCONTRAR ALEGRIA POR TODA PARTE E DE DEIXÁ-LA ATRÁS DE SI, ONDE QUER QUE VÃO. Faber. a lei do triunfo LIÇÃO DÉCIMA QUINTA  TOLERÂNCIA Querer é Poder! o início desta lição quero chamar a atenção do leitor Npara duas características significativas da intolerância. Primeiro: A intolerância é uma forma de ignorância que precisa ser veneida, antes de se poder conseguir qualquer forma de triunfo duradouro. É a causa principal de todas as guerras. Fabrica inimigos nos negócios e nas profissões e em todos os outros setores das relações humanas. Desintegra as forças- organizadas da sociedade de milhares de formas, e é uma barreira gigantesca que se opõe à abolição da guerra. Destrona a razão e coloca no seu lugar a psicologia das massas. Segundo: A intolerância é a principal força desintegrante das religiões organizadas, Qnde opera a destruição com a maior força do bem que existe na terra, quebrando essa força em pequenas seitas e denominações que dêspendem tanto esforço em se oporem umas às outras como em destruir os males do mundo. Mas falamos aqui de um modo geral. Vejamos de que maneira a intolerância afeta o indivíduo. É claro que tudo o que impede o progresso da civilização permanece como uma barreira ao indivíduo, e viee-versa, tudo o que anuvia a mente do homem e retarda o seu desenvolvimento

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HÁ NESTE MUNDO ALMAS QUE TÊM O DOM, DE ENCONTRAR ALEGRIA

POR TODA PARTE E DE DEIXÁ-LA ATRÁS DE SI, ONDE QUER QUE VÃO.Faber.

a lei do triunfo

LIÇÃO DÉCIMA QUINTA

 TOLERÂNCIA

Querer é Poder!

o início desta lição quero chamar a atenção do leitor Npara duascaracterísticas significativas da intolerância.

Primeiro: A intolerância é uma forma de ignorância que precisa serveneida, antes de se poder conseguir qualquer forma de triunfoduradouro. É a causa principal de todas as guerras. Fabrica inimigos nosnegócios e nas profissões e em todos os outros setores das relaçõeshumanas. Desintegra as forças- organizadas da sociedade de milhares deformas, e é uma barreira gigantesca que se opõe à abolição da guerra.Destrona a razão e coloca no seu lugar a psicologia das massas.

Segundo: A intolerância é a principal força desintegrante dasreligiões organizadas, Qnde opera a destruição com a maior força do bemque existe na terra, quebrando essa força em pequenas seitas edenominações que dêspendem tanto esforço em se oporem umas àsoutras como em destruir os males do mundo.

Mas falamos aqui de um modo geral. Vejamos de que maneira aintolerância afeta o indivíduo. É claro que tudo o que impede o progressoda civilização permanece como uma barreira ao indivíduo, e viee-versa,tudo o que anuvia a mente do homem e retarda o seu desenvolvimento

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moral e espiritual- retarda também o progresso mental,da civilização.

Mas tudo isso não é mais que uma maneira abstrata de declarar umagrande verdade: e 7 como as afirmativas abstraias -não são interessantesnem muito informativas, ilustremos de maneira mais concreta os efeitosprejudiciais da intolerância.

Começarei por descrever um incidente que venho mencionando emquase todos os meus discursos em público, nos últimos cinco anos; porém,como a palavra impressa tem um efeito modificador que torna possível a

interpretação errada do incidente aqui descrito, julgo necessário preveniro leitor para qu@ não leia nas entrelinhas um sentido que não era minhaintenção colocar aqui. O leitor fará a si próprio uma injustiça, se sedescuidar ou se recusar de propósito a estudar esse exemplo,apresentado em palavras exatas e com o sentido exato que lhe quero dar-um sentido tão claro como me é possível dar na língua inglesa.

Ao ler o incidente, ponha-se na minha situação e veja se não passoupor experiência igual e, neste caso, que lição tirou daí.

Apres'entaram-me um dia um rapaz de aparência extremamente

delicada. Os seus claros olhos azuis, o aperto firme da sua mão, o tom dasua voz e o gosto magnífico com que estava vestido indicavam um jovemde tipo altamente intelectual. Era o tipo clássico do jovem universitárioamericano, e, correndo os olhos sobre ele, estudei-lhe rapidamente. apersonalidade, como era natural em tais circunstâncias e observei quetinha na lapela uma insl,-nia representando um Cavaleiro de Colombo.

]Imediatamente soltei-lhe a mão, como se fosse uma pedra de gelo.

O meu gesto foi tão brusco e rápido que nos surpreendeu a ambos.Desculpando-me e afastando-me, lancei um rápido olhar para a insígnia

maçôniea que eu trazia na lapela; então, tornei a olhar para a outrainsígnia e admirei-me de que duas bagatelas tais como aquelas pudessemcavar um abismo tão profundo entre dois homens que nada sabiam um dooutro.

Durante o resto do dia continuei a pensar sobre o incidente, quemuito me abalara. Sempre me orgulhei de ser tolerante para com todas aspessoas; mas eis que tivera uma espontânea manifestação deintolerância, a qual vinha provar que no meu subconsciente existia um

complexo, que me influenciava para demonstrar estreiteza de espírito.

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Essa descoberta impressionou-me tanto que comecei imediatamenteum processo de psicanálise, por meio do, qual pesquisei as profundezas

da minha alma, em procura da causa de semelhante aspereza.Perguntava a mim mesmo, repetidamente:

Por que motivo soltaste abruptamente a mão do rapaz e te afastastedele, quando nada sabias a seu respeito?

Sem dúvida, a resposta me reeonduzia sempre à insígnia que eleusava. Mas isso não era uma resposta justa, e não me satisfazia.

Iniciei um trabalho de pesquisa sobre religiões. Comecei a estudar ocatolicismo e o protestantismo até que remontei à origem de ambos, e

encontrando uma linha de procedimento que, devo confessar, deu-me,dos problemas da vida, uma compreensão melhor do que todos osconhecimentos adquiridos anteriormente. Uma das coisas que descobri foique catolicismo e protestantismo diferem mais em forma do que emefeito, que ambos são fundados exatamente na mesma causa, que é ocristianismo.

Mas não foi essa a principal descoberta que fiz, porque as minhaspesquisas conduziram-me necessariamente em várias direções e levaram-me ao campo da biologia, onde aprendi muito do que precisava sabersobre a vida em geral, e sobre os seres humanos, em particular. Asminhas pesquisas conduziram-me também ao estudo da hipótese, deDarwin, sobre a evolução, tal como foi esboçada na Origem das Espécies,e isso, por sua vez, conduziu-me a, uma análise muito mais ampla do quefizera anteriormente, nas questões de psicologia.

Quando comecei a trilhar essa direção, compreendi quca minhamente começava a expandir-se com uma rapidez tão alarmante que  julguei necessário, imediatamente, pôr de lado o que julgava ser oconhecimento ad uirido an-

teriormente e desaprender o que pensara conduzir à verdade.

@ preciso apreender o sentido completo da afirmativa ,que acabo defazer.

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Imagine-se o leitor descobrindo de repente que quase toda a suafilosofia da vida tem sido construída com unilateralidades e preconceitos,

tornando-lhe necessário reconhecer que longe de ter terminado a suainstrução, está apenas qualificado para ser um estudante inteligente.

 Tal foi a situação em que me encontrei, em relaçã-o-a uma grandeparte do que julgava ser a verdadeira base da vida; mas de todas asdescobertas a que cheguei com esse trabalho de pesquisa, nenhuma foimais importante do que a da importância da hereditariedade social efísica, pois foi essa descoberta que me revelou a causa da minha ação,quando voltei as costas a um rapaz que me era inteiramentedesconhecido, conforme acabo de narrar.

Foi essa descoberta que me revelou de que maneira e ,onde adquirios meus pontos devista religiosos, políticos, econômicos e sobre muitosoutros assuntos importantes. Sinto-me ao mesmo tempo alegre e triste,declarando ter verificado que a maioria das minhas opiniões nessasquestões era inteiramente sem base, não tendo nem mesmo o apoio deuma hipótese razoável e muito menos de fatos reais.

Lembrei-me então de uma conversa que tive com o falecido senadorRobert L. Taylor, sobre questões de política. Era uma discussão amistosa,pois professávamos o mesmo credo político, porém o senador me fez umapergunta que não lhe perdoei senão depois que iniciei as pesquisas às

quais me referi."Vejo que o senhor é um democrata convicto, disse-me ele, e

desejaria saber se sabe a razão disso.','

Pensei um pouco sobre a pergunta e respondi com certa aspereza:

"Sem dúvida porque meu pai era democrata!"

Com um leve sorriso o senador Taylor retorquiu:

'ln exatamente o que eu pensava. Agora diga-me uma coisa: nãoestaria o senhor em má situação, se seu pai tivesse sido um ladrão decavalos?"

Somente muitos anos mais tarde, conforme declarei acima, me foipossível compreender o verdadeiro sígnificado da pergunta do senador  Taylor. Muitas vezes temos opiniões baseadas exclusivamente nospensamentos dos

outros.

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A fim de dar ao leitor uma demonstração dos mais importantesprincípios revelados por esse incidente e também para que, de um modo

geral, o leitor possa adquirir a sua filosofia da vida; a fim de que possadescobrir, conforme aconteceu comigo, que é em grande parte o resultadoda educação que recebeu antes de alcançar os quinze anos de idade,transcreverei aqui o texto completo de um plano para a abolição daguerra, que apresentei ao Comitê de Edward Bok. A contribuiçãoamericana para a abolição da guerra.

F,sse plano inclui não somente os mais importantes princípios a queme refiro como também, conforme se observará mostra de que maneira oprincípio do esforço organizado, tal como foi esboçado na Segunda liçãodeste curso, pode ser aplicado a um dos problemas mundiais mais

importantes, e ao mesmo tempo nos dá uma idéia mais compreensiva damaneira como aplieá-lo também na consecução do objetivo definido.

COMO -.&BOLM A. GUERIP.A

Antes de apresentar esse plano para evitar as guerras, parece-menecessário fazer um rápido esboço do princípio que constitui a suaessência.

As causas da guerra podem ser omitidas aqui, porque têm pouca ounenhuma relação com o princípio por meio do qual os conflitos podem serevitados.

O início deste esboço trata de dois importantes fatores queconstituem as principais forças que controlam a civilização. Um é a

hereditariedade física; o outro a hereditariedade social.

As dimensões e a forma do corpo, a cor da pele e dos olhos, ofuncionamento dos órgãos vitais são o resultado da hereditariedade física.São estáticos, fixos, não podem ser transformados, pois que são oresultado de um milhão de anos de evolução. Mas a parte mais importante

do que somos é o resultado da hereditariedade social e é adquirida doambiente em que vivemos e da educação recebida na infância.

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A nossa concepção de religião, política, economia, filosofia e outrasquestões de natureza semelhante, inclusive a guerra, é inteiramente o

resultado das forças dominadoras da nossa educação e do ambiente emque vivemos. ,O católico é católico em virtude da primeira educação querecebeu, e o protestante é protestante pelo mesmo motivo. Com muitopoucas exeeções, a religião que um indivíduo professa é o resultado daeducação religiosa recebida no período que vai dos quatro aos quatorzeanos de idade, período em que a religião lhe é imposta pelos pais ou pelosque dirigiram a sua educação.

Um eminente sacerdote mostrou compreender muito bem o princípioda hereditariedade social, quando afirmou: "Deixem-me dirigir umacriança até aos 12 anos de idade e em seguida podem ensinar-lhe

qualquer religião que desejarem, pois terei implantado a minha crença tãoprofundamente no seu espírito que não há poder terrestre capaz dedesfazer o meu trabalho."

As principais crenças de uma pessoa sao as que lhe foram impostasou as que ela absorveu, voluntariamente, sob condições altamenteemocionais, num período em que a sua mente se encontrava em estadoreceptivo. Em tais condições, o doutrinador pode implantar a idéia dereligião, de maneira mais profunda e permanente, durante as horas deserviços religiosos revivalistas, do que poderia fazê-lo sob condiçõesordinárias, durante anos e anos, não estando a mente em estado

emocional.

O povo dos Estados Unidos imortalizou Washington e Lincoln porqueeles foram líderes da nação em épocas nas quais o espírito popular seencontrava em estado de alta emoção, em conseqüência de calamidadesque abalavam os próprios alicerces do país e afetavam de maneira vital ointeresse de todo o povo. Por meio do princípio da here-

ditariedade social, operando através das escolas (ensino de história

americana) e através de outras formas de ensino, a idéia da imortalidadede Washington e Lineoln é implantada no espírito dos jovens americanos econservada aí sempre viva.

As três grandes forças organizadas por meio das quais opera ahereditariedade social são as seguintes:

As escolas, as igrejas e a imprensa.

Qualquer ideal que conte com a cooperação ativa dessas três forçaspode, durante o breve período de uma geração, ser imposto de maneiratão eficiente no espírito dos jovens que eles não lhe poderão resistir.

Uma manhã do ano de 1914 o mundo despertou para verificar que seencontrava nas ' chamas de uma conflagração em escala até então nunca

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vista. E a característica principal dessa calamidade mundial era o exércitoalemão, altamente organizado. Durante mais de três anos esses exércitos

ganharam terreno tão rapidamente que parecia certa a dominação domundo pela Alemanha. A máquina militar alemã operava com umaeficiência até então desconhecida. Tendo a kultur por ideal professado, aAlemanha moderna varria diante de si as forças que se lhe opunham,como se não tivessem chefe, conquanto os aliados ultrapassassem osalemães em número, em todos os f ronts.

A capacidade de sacrifício dos alemães, em apoio ao seu ideal, foi a@urpresa principal da guerra, e esta capacidade era, em grande parte, oresultado do trabalho de dois homens. Por meio do sistema alemão deeducação, controlado por esses dois homens, a psicologia que levou o

mundo à guerra, em 1914, f oi criada na forma definida da kultur. Essesdois homens foram Adalberto Falk, ministro prussiano da Educação até1879, e o imperador Guilherme II.

A agência por meio da qual os dois homens con . seguiram talresultado era o princípio da hereditariedade social: a imposição de umideal ao espírito da juventude alemã, sob condições altamente emotivas.

A kultur, como ideal nacional, foi incutida na mente dos jovens daAlemanha, a começar pela escola elementar e estendendo-se às escolassecundárias e superiores. Os pro-

fessores foram obrigados a implantar o ideal da kultur na mente dosalunos, e, desse ensino, numa única geração, nasceu uma tal capacidadede sacrifício do indivíduo em bem dos interesses da nação que o mundointeiro se surpreendeu.

Conforme declarou Benjamin Kidd, com muita verdade, "o objetivo doEstado Alemão era orientar em toda parte a opinião pública por meio doschefes, tanto do ponto de vista espiritual como temporal, por meio daburocracia, por meio dos oficiais do Exército, por meio da imprensacontrolada pelo Estado; e finalmente por meio do controle do Estado sobreo comércio e a indústria nacionais, levando assim o idealismo do povo auma concepção de apoio absoluto à política nacional da Alemanhamoderna".

A Alemanha controlou a imprensa, o clero e as escolas; deste modonão é de admirar que tenha conseguido um exército poderoso no decorrerde uma só geração, que represeiatava unanimemente o seu ideal de

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kultur. Poderá alguém admirar-se de que os soldados alemãesenfrentassem a morte com semelhante coragem quando se sabe que

todos eles foram ensinados, desde a mais tenra infância, que um talsacrifício significava um raro privilégio?

Passemos agora para um outro estranho processo de preparação eobservemos o caso japonês. Nenhuma nação ocidental, exeeto aAlemanha, demonstrou tão ampla compreensão do princípio dahereditariedade social. No decorrer de uma só geração, o Japão subiu dacondição de potência de quarta ordem, para a fileira das potênciasmundiais reconhecidas como civilizadas. Estudemos o Japão e veremosque aí se adota, para influenciar o espírito dos jovens, o mesmoexpediente alemão, isto é, a subordinação dos interesses individuais aos

interesses sagrados da pátria.

Em todas as controvérsias do Japão com a China, observadorescompetentes têm notado que atrás das causas aparentes de disputaesconde-se a tentativa furtiva japonesa, para controlar a mente da juventude das escolas. Se o Japão pudesse controlar as mentes dos jovenschineses, seria capaz de dominar a gigantesca nação dentro de umasimples geração.

Se quisermos estudar os efeitos da hereditariedade soeial, tal comoestá sendo empregada para o desenvolvimento de um ideal nacional, poroutra nação ocidental, observemos o que se passa na Rússia, desde aascendência do governo soviético que padroniza as jovens inteligênciasdentro do ideal nacional, euja natureza ninguém precisa ser grandeanalista para interpretar. Este ideal, devidamente amadurecido no decursode uma geração, constituirá justamente o que o governo comunista desejaque represente.

De toda a torrente de propaganda acerca do regímeil soviético, quese tem espalhado nos Estados Unidos atra,í,é$ da imprensa desde o fim

da grande guerra, o seguinte despacho constitui o exemplo maissignificativo:

"Os russos vermelhos encomendam livros. A Rússia fez à Alemanhauma encomenda de 20.000.000 de volumes. A propaganda edueativadestina-se principalmente às crianças.

"Especial para o noticiário do exterior do Chicago Daíly News. Berlim,novembro, 9-1920.

"Em nome do governo soviético o conhecido editor de Petrogra.do,Grsehebin, amigo de Máximo Gorki, acaba de fazer com a Alemanha um

contrato para a publicação de 20.000.000 de livros em língua russa,especialmente para crianças. Grsehebin se dirigira primeiramente àInglaterra, mas foi recebido com indiferença, quando falou sobre o assunto

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ao governo britânico. Os alemães, porém, não somente o acolheram comsatisfação como também fizeram preços tão baixos como teria sido

impossível em qualquer outro país. O jornal berlinense Ullsteins e várioseditores concordaram em imprimir vários milhões de livros por menos docusto."

Isso mostra bem o que se passa na Rússia.

Longe de se impressionar com esse despacho significa tivo, a maioriados jornais da América não o publicou, e

os que o fizeram, puseram-no num lugar escuro, em tipo miúdo. A suaverdadeira significação tornar-se-á mais aparente, daqui a uns vinte anos,quando o governo soviético tiver organizado um exército que apoiará,unanimemente, qualquer ideal nacional que estabelecer.

A possibilidade da guerra é hoje (l939) uma realidade severa, porqueo princípio da hereditariedade social não somente tem sido usado comouma força que sanciona a guerra como também tem sido empregado

como a principal agência por meio da qual as mentes humanas sãodeliberadamente preparadas para a guerra. A fim de encontrar provas emapoio da verdade desta afirmativa, examinemos a história de qualquerpaís ou a história universal, e observemos com que habilidade e eficiênciaa guerra é glorificado e de tal modo descrita que não somente causa vivaimpressão ao estudante como se estabelece aí a sua justificação plausível.

Nas praças públicas das nossas cidades observamos os monumentoserguidos em honra aos heróis das guerras. Vemos que todos eles sãoesculpidos de maneira a servir como símbolos para glorificar homens quenada fizeram senão dirigir os seus exércitos em jornadas de destruição.

Essas estátuas de guerreiros servem como meios de estimular as mentes jovens e prepará-las para a aceitação da guerra, não apenas como um atoperdoável, mas como um meio desejável de alcançar glória, fama ehonras. No momento em que escrevo estas linhas, um grupo de senhorasbem intencionadas encarregou-se de mandar esculpir no granitoimperecível de Stone Mountain, na Georgia, figuras de cem pés de altura,representando os soldados confederados e perpetuando assim a memóriade uma causa 44 perdida", que nunca chegou a ser "uma causa" e quequanto mais cedo fosse esquecida melhor seria.

Se estas referências a países longínquos como o Japão, Rússia e

Alemanha parecem inexpressivas e abstraias, estudemos o princípio dahereditariedade social, tal como funciona agora numa escala altamente

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desenvolvida nos Estados Unidos, pois é esperar muito da média do nossopovo supor que ele se possa interessar pelo que se passa f ora do país.

 Também nós estamos firmando na mente dos nossos jovens um idealnacional, que vem sendo tão eficientemente desenvolvido, por meio doprincípio da hereditariedade social, a ponto de já se ter transformado noideal dominante da nação.

Este ideal é o desejo de riqueza!

 Tanto neste país como no resto do mundo, a primeira pergunta queformulamos logo que somos apresentados a alguém é a seguinte: "Quanto

possui ele?" e logo depois: "Como adquiriu a sua fortuna?"

O nosso ideal não é medido em termos de guerra, mas em termos definanças, de indústria e de negócios. Nossos Patriek Henries, GeorgeWashingtons e Abraão Lincolns de gerações passadas são agorarepresentados por hábeis líderes que dirigem nossas indústrias de aço,carvão, madeiras, algodão, instituições bancárias e estradas de ferro.

Podemos negar o que quisermos, mas contra fatos não existemargumentos.

O principal problema do povo americano, atualmente, é o espírito deintranqüilidade, da parte das massas, as quais vêem que a luta pela vidatorna-se cada vez mais difícil, porque os cérebros mais competentes dopaís estão empenhados numa tentativa altamente competidora paraacumular bens e controlar a máquina produtora de riqueza da nação.

Não é necessário demorar sobre esse assunto ou oferecer provasdessa verdade, porque isso é evidente para todos, exeeto os quepretendem ignorá-la.

 Tão profundamente estabelecido se encontra esse prejudicial'desejode riqueza que não nos incomodamos que as outras. nações se armem omais possível, contanto que não interfiram com a nossa prosperidade. Háainda gente que estimula a guerra, vislumbrando os lucros que possa vir ater.

O PLANO

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A guerra nasce do desejo que sente o homem de con-

quistar vantagens à custa dos seus semelhantes e este de-sejo é insuflado pelos agrupamentos que colocam os seus

interesses acima dos de outros grupos.

Não se pode acabar de uma vez com as guerras.

A guerra só pode ser eliminada pela edueae-ão, por meio do auxíliodo princípio da subordinação dos interesses individuais aos interessesmais reais da raça humana, como um todo.

As tendências e atividades do homem, como já declaramos, sãooriundas de duas grandes forças. Uma é a hereditariedade física e a outraé a hereditariedade social. Por meio da primeira dessas forças, o homeniherda todas as tendências primitivas para destruir os seus semelhantes. P,esta uma prática muito antiga, herdada das eras em que a luta pelaexistência assumia tais proporções que apenas os fisicamente fortes

podiam sobreviver.

Pouco a pouco, os homens começaram a aprender que o indivíduopodia sobreviver sob circunstâncias mais favoráveis aliando-se comoutros, e, desta descoberta, nasceu a sociedade moderna, osagrupamentos de pessoas formaram os Estados e nações. É muitoinsignificante a tendência para a guerra entre os indivíduos de umamesma nação ou Estado, pois eles aprenderam, por meio do princípio dahereditariedade social, que podem viver melhor, subordinando o interesseindividual ao do grupo.

Agora, o problema é estender este princípio de agrupamento, demodo que as nações do mundo subordinem os seus interesses aos da raçahumana.

Isto só pode ser conseguido por meio do princípio da hereditariedadesocial. Impondo às mentes dos jovens de todas as raças o fato de que aguerra é uma cousa terrt'vel,, que não serve nem aos interesses doindivíduo nem aos do grupo.

Surge então a pergunta: "Como será isso possível?" Antes deresponder a esta pergunta, vamos mais uma vez definir a expressão

"hereditariedade sociais e ver quais as suas possibilidades.

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A hereditariedade social é o princípio por meio do qual os jovensabsorvem do seu ambiente, e particularmente da primeira educação que

recebem dos pais, professores e líderes religiosos, as crenças e astendências dos adultos que têm influência sobre eles.

Qualquer plano para abolir a guerra, para ter êxito, dependesobretudo da coordenação do esforço entre todas as igrejas e escolas domundo para o deliberado propósito de fertilizar o espírita dos jovens com aidéia da abolição da guerra, de modo que a simples palavra "guerra' lhesdesperte pavor.

NÃo IEIÁ OUTRO PROCESSO PARA ACABAIP COM AS GUERRAS!

pergunta que surge logo em seguida é a seguinte': "Como serápossível organizar as escolas e igrejas no mundo inteiro com este grandeideal por objetivo ?I A resposta é, a seguinte: "Nem todas podem serinduzidos a entrar numa tal aliança, de uma só vez; mas é possível

convencer um número suficiente das 'mais influentes dentre elas; estas,por sua vez, arrastarão as outras, pois rapidamente a opinião públicapassará a exigir tal cousa.l'

Surge depois outra pergunta: "Quem terá influência suficiente paraconvocar uma conferência dog mais poderosos líderes da educação e dasreligiões?" A resposta é clara:

"O Presidente e o Congresso dos Estados Unidos da América.'

  Tal empreendimento exige o apoio dá imprensa numa escala atéagora desconhecida, e por meio desta fonte, sozinha, a propagandacomeçará a alcançar e fertilizar os espíritos dos povos de todos os paísescivilizados, em preparativo para a adoção do plano pelas igrejas e escolasde todo o mundo.

O plano para acabar com as guerras pode ser comparado a umamagnífica peça dramática que seria constituída dos seguintes fatoresprmelpals:

CBNÁRio: O Capitólio dos Estados Unidos da América. .À.TORESPRINcipAis: O Presidente e os Membros do Congresso.

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ATORIZS MFNO'S IMPOIP.TANTES: Os ministros mais emínentes detodas as seitas religiosas, os educadores mais importantes convidados, e aexpensas do Governo dos Estados Unidos.

SALA DF, ImpRENsA: Representantes de todas as agênciastelegráficas do mundo.

EQUIPAMF,NTO: Uma emissora para enviar as notícias pelo mundointeiro.

 TÍTULO DA PEÇA: "Não matarás!"

OBJETIVO DA PEÇA: A criação de um Tribunal Mundial, formado derepresentantes de todas as raças, euja função será ouvir e julgar os casosresultantes de desacordo entre as nações.

Outros fatores entrarão neste grande drama do mundo, mas são demenor importância.

Os pontos principais, bem como os fatores mais importantes, já foramenumerados.

Surge uma outra pergunta: "Quem movimentará a máquinagovernamental dos Estados Unidos para convocar a conferências Aresposta é:

A opinião pública por meio do auxílio de um hábil líder, queorganizará e dirigirá os esforços de uma Sociedade da Regra de Ouro, cujoobjetivo será impelir à ação o Presidente e o Congresso.

Nenhuma Liga das Nações nem meros argumentos entre as naçõespoderão acabar com a guerra, enquanto houver corações humanos que asancionem. A paz universal entre as nações nascerá de um movimentoque será levado a ef eito, no princípio, apenas por um pequeno número depensadores. Pouco a pouco este número aumentará, até incluir osprincipais educadores, ministros de seitas religiosas e publieistas nomundo inteiro e estes, por sua vez, se encarregarão de incutir nosespíritos jovens o ideal da paz universal, até que isso se torne umarealidade.

Este fim desejado pode ser obtido dentro de uma única geração, sobuma liderança adequada, mas é muito provável que não se consiga issosenão depois de decorridas algumas gerações, porque os que têmcapacidade para assuniir a liderança estão ocupados demais com a "caçaà riqueza" para poderem sacrificar-se pelo bem das geraões vindouras.

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A guerra pode ser abohda, -não por meio de um apelo à razão, e simpor meio de um apelo ao lado emotivo da humanidade. @ possível

conseguir isso organizando e emocio,na,ndo os povos das diferentesnações do mundo em

apoio de um plano universal de paz, e esse plano deve ser

incutido no espírito das gerações vindouras com o mesmo

diligente cuidado com que incutimosno espírito dosnossos

 jovens os nossos ideais religiosos.

Não seria exagero dizer que as igrejas do mundo inteiro poderiam

estabelecer a paz universal como um ideal internacional, dentro de umaúnica geração, se dedicassem a este ideal pelo menos a metade doesforço que despendem em lutar umas contra as outras.

Estaremos ainda dentro dos limites do razoável, se declararmos queas igrejas cristãs por si sós têm influência suficiente para estabelecer apaz universal como um ideal de todo o mundo, dentro de três gerações, seas várias seitas congregassem suas forças neste sentido.

Que as principais igrejas de todas as religiões, as principais escolas ea imprensa do mundo poderiam conseguir êxito quanto a incutir o ideal da

paz universal tanto nas mentes das crianças como nas dos adultos nodecorrer de uma só geração é uma idéia que pode parecer absurda, masnão o é.

Se as religiões organizadas do mundo inteiro, tal como existem agora,não subordinarem seus interesses e propósitos individuais aos doestabelecimento da paz universal, então o remédio será oestabelecimento de uma igreja universal que funcionará por meio de todasas raças e cujo credo será baseado inteiramente sobre o propósito deincutir nas mentes dos jovens o ideal da paz universal.

Uma igreja assim iria aos poucos atraindo para o seu seio os crentesde todas as outras seitas.

E se as instituições educacionais do mundo inteiro não cooperarempara a realização e propagação deste ideal de paz universal, o remédioserá então a criação de um sistema de educação inteiramente novo, quese encarregará de impiantá-lo nas mentes dos jovens.

E, ainda no caso em que a imprensa mundial não coopere para isso, asolução estará na criação de uma imprensa independente que utilizarátanto a a ina im ressa como

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o rádio, para o objetivo de criar o apoio da massa em favor destegrande ideal.

Resumindo, se as atuais forças organizadas do mundo nãoemprestarem seu apoio para o estabelecimento da paz universal, comoidéia internacional, será então necessário criar novas organizações que seencarreguem disso. '

A primeira vista, parece demasiado esperar que as igrejasorganizadas do mundo inteiro sejam induzidos a empenhar o seu poder e

subordinar os seus interesses pessoais aos da civilização, em conjunto.

Mas este obstáculo que à primeira vista parece intransponível, narealidade não constitui nenhum empecilho, pois todo apoio que as igrejaspossam dar a este plano será compensado com um redobramento do seupoder.

Vejamos que vantagens adviriam para as tgre as, da sua participaçãono plano para o estabelecimento da paz universal, como. ideal em todo omundo: Antes de tudo, é evidente que igreja alguma perderia as suasprerrogativas, pelo fato de aliar-se a outras com o fim de estabelecer a

paz universal. Essa aliança não interfere de maneira alguma com o credode cada igreja em particular. Cada uma entraria na aliança e dela sairiacom todas as prerrogativas e vantagens que possuía antes e com avantagem adicional de uma maior influência que a igreja em conjuntogozará, visto ter servido como um fator dominante para forçar àcivilização o maior dos benefícios de que ela tem gozado em todos ostempos.

Se a igreja não conquistasse outras vantagens por meio da aliança,essa só seria suficiente para justifieá-la. Mas a vantagem mais importanteque a igreja ganharia com esta aliança seria a descoberta de que tem

poder suficiente para forçar os seus ideais ao mundo, quando coloca o seuapoio, em conjunto, em favor de um empreendimento.

Por meio desta aliança a igreja terá apreendido todo o amplosignificado do princípio do esforço organizado, mediante cujo auxílio lhefoi possível dominar facilmente o mundo e impor seus ideais à civilização.

A igreja é a maior força em potencial do mundo de hoje, mas todaesta força é meramente "potencial" e assim permanecerá até que elaempregue o princípio do esforço aliado ou organizado, o que quer dizer:até que todas as

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igrejas formulem um acordo de trabalho dentro do qual a força dareligião organizada será empregada como um i)@eio de Incutir um ideal

mais alto nas mentes dos jo-vens...

A igreja é a maior força em potencial do mundo, porque seu podernasce das emoções humanas. A emoção governa o m@tndo e a igreja é aúnica organização que repousa apenas no poder da emoção. A igreja é oúnico fator organizado da sociedade que tem o poder de dominar e dirigiras forças emocionais da civilização, porque as emoções são controladaspela Ffi e nõo pela razão. E a igreja é o único corpo organizado quecentraliza a fé mundial.

A igreja é hoje formada por várias unidades de poder, sem ligaçãoalguma, e não é fazer um cálculo exagerado dizer que quando estasunidades estiverem ligadas por meio do esforço aliado, o poder de talaliança dominará o mundo e nenhuma força na terra será capaz de der-

rot'á-la!

12 num espírito animador que esta afirmativa é seguida por outraainda mais radical:

A tarefa de realizar esta aliança das igrejas para apoio do ideal da paz

mundial deve repousar no elemento feminino das igrejas, porque aabolição da guerra promete vantagens que podem ser prolongadas nofuturo e que serão gozadas apenas pelas gerações vindouras.

Numa das suas mais acres arremetidas contra as mulheres,Schopenhauer fez inconscientemente uma @firmativa verdadeira sobre aqual repousa a esperança da civilização: "Para a mulher a raça é sempremais do que o indivíduo." Sehopenhauer acusa a mulher de ser a inimiganatural do homem, devido à sua característica inata de colocar osinteresses da raça acima dos do indivíduo.

Parece-me uma profecia razoável sugerir que a civilização passoupara uma nova era, que começou com a Guerra Mundial, e na qual amulher está destinada a to-

mar em mãos a tarefa de reerguer os padrões éticos do mundo. ]Éesse um indício esperançoso pois é da natureza feminina subordinar os

interesses do presente aos do futuro. IP, da natureza da mulher incutir noespírito dos jovens ideais que serão benéficos para as gerações vindouras,

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enquanto que o homem é geralmente movido pelos interesses dopresente.

Nos seus violentos ataques às mulheres Sehopenhauer

disse uma grande verdade no que se refere à sua natu-

reza: uma verdade que poderá ser utilizada por todos os

que se empenham na tarefa meritória de estabelecer a paz universalcomo ideal no mundo inteiro.

Os clubes de mulheres, no mundo inteiro, estão destinados adesempenhar um importante papel nos negócios mundiais, um papel

muito mais importante do que conquistar o direito de voto.

A civiLizAÇÃO NÃO PODF, ESQUECER ISTO!

Os que não querem a paz são os que tiram proveito da guerra. Emnúmero, esta classe constitui apenas um fragmento da potência mundial epoderia mesmo ser varrida da face da terra, como se não existisse, se iamultidão dos que não querem a guerra se organizasse com o alto ideal dapaz universal, como seu objetivo principal.

  Terminando, julgo do meu dever pedir desculpas por este ensaioincompleto, mas parece-me que é alguma coisa sugerir que os tijolos, aargamassa, as pedras para os alicerces, em suma todos os materiaisnecessários à construção do templo da paz Universal, estão aqui reunidose podem ser organizados e transformados neste alto ideal, como uma

realidade mundial.Prossigamos agora na aplicação do princípio da hereditariedade social

aos assuntos eeonomlcos e vejamos se o mesmo pode ou n@,o ser de ef cito benéfico para a consecução da riqueza material.

Fosse eu um banqueiro procuraria uma lista- de todos os nascimentosem famílias que residissem a uma dada distância do local do meuestabelecimento. A cada criança que nascesse enviaria uma carta,congratulando-me com a sua chegada ao mundo num momento tãooportuno, e

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num meio tão favorável; e, em cada aniversário, a criança receberiado meu banco um presente apropriado. Assim,. ao atingir a idade em que

se gosta dos livros de histórias, o banco enviaria um interessante livrocom todas as vantagens da economia, descrita& de uma maneiraatraente, em forma de contos. Se fosse uma menina, o livro contariahistórias de bonecas, mas te-ria impresso no dorso o nome do banco. Sefosse um menino, receberia bats de basebol. Um dos andares maisimportantes do estabelecimento, talvez mesmo um edifício inteiro queficasse próximo, seria transformado em play-ground onde instalariacarrosséis, trampolins, jogos de toda espécie, e um zelador competenteficaria encarregado de olhar a que os pequenos se divertissem bastante.Faria com que este playgrou,nd se tornasse o habitat popular das criançasda comunidade, onde as mães pudessem deixar os seus filhinhosenquanto fossem fazer compras ou visitas.

Proporcionaria tais distrações a essas crianças que quandocrescessem e se tornassem depositantes de Banco, estariaminseparavelmente ligadas ao meu. Nesse ínterim não iria perdendooportunidades para fazer com que os pais dessas crianças fizessemdepósitos no meu estabelecimento.

Se eu fosse proprietário de uma escola comercial, começaria porinstruir os rapazes e moças da minha comunidade desde que chegassem àquinta série do curs(> primário até atingirem a escola secundária, de

modo que quando terminassem o curso' superior, estando prontos paraescolher uma vocação, teriam bem fixo no espírito o nome da minhaescola.

Se fosse proprietário de uma loja, de uma mercearia ou de umafarmácia, não me descuidaria das crianças, pois, por seu intermédio,atrairia os pais para a minha freguesia. É fato bem conhecido que o meiomais f ácil de conquistar um pai é mostrar interesse por seus filhos. Se eufosse negociante e anunciasse nos jornais, como de costume, incluiria nosanúncios interessantes desenhos eômieos que atraíssem os pequenos.

Se fosse pregador, instalaria no porão da minha igreja uma sala derecreio tão interessante que atraísse as crianças da comunidade, todos osdias da semana. Participaria

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dos seus brinquedos e, assim, tiraria inspiração para melhoressermões. Ao mesmo tempo, conquistaria ouvintes futuros. Não poderia

encontrar um meio mais eficiente de prestar um ser viço em harmoniacom os ideais do cristia-nismo, e, ao mesmo tempo, faria da -minha igrejaum lugar preferido pelas crianças.

Se eu fosse um agente de publicidade, ou o proprietário de uma casa% distribuidora, encontraria meios apropriados para estabelecer um pontode contacto com as crianças do país, porque, deixem-me repetir aqui, nãohá melhor meio de influenciar os pais do que cativando os filhos.

Se eu fosse bdrbeiro teria uma sala equipada exclusivamente para.crianças, pois isso me traria a preferência tanto das crianças como de

seus pais.Nos arredores de cada cidade há oportunidade de ótimo negócio para

aquele que estabelecer um restaurante e servir refeições saudáveis,atraindo assim as famílias que desejarem levar seus filhos para jantar fora,uma vez ou outra.

Poder-se-ia ter aí tanques para pesca, pôneis para as criançasmontarem, outras espécies de animais, pássaros, em suma tudo o queinteressasse aos pequenos. Por que falar de minas de ouro quando asoportunidades se oferecem por toda parte?

São estes apenas alguns dos muitos casos nos quais ahereditariedade social pode ser empregada com vantagem em negócios.

.4traindo as crianças, atrairemos também os pais!

Se as nações podem construir soldados para a guerra, inclinando emfavor da guerra o espírito dos jovens, os homens de negócios podemtambém construir fregueses por meio do mesmo princípio.

Chegamos agora a outra característica importante desta lição pormeio da qual podemos ver, de outro ângulo, como

é possível acumular poder por meio do esforço organi-

zado ou de cooperação.

No plano organizado para a extinção das guerras, observamos de quemaneira a coordenação de esforços entro as três grandes forçasorganizadas do mundo (as escolas, a igreja e a imprensa) podem servirpara implantar a

paz universal.

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Apesar de toda a destruição que causou, a Guerra Mundial nosministrou muitas lições de valor. Mas nenhuma foi mais importante do que

a lição sobre o valor do esforço organizado. Devemos estar lembrados deque a maré começou a ser favorável aos aliados quando todos osexércitos foram colocados sob a direção suprema do Marechal

Foeh.

Núnea, na história do mundo, houve tanto poder concentrado nasmãos de um grupo de homens. Chegamos agora a um dos fatos maissignificativos que se pode encontrar, analisando esses exércitos aliados:isto é, o fato de representarem as tropas mais cosmopolitas que o mun-

do já conheceu.

Católicos, protestantes, judeus, pagãos, brancos, pretos e amarelos,todas as raças da terra estavam representadas ,naqueles exércitos. Seexistiam diferenças de credos ou de raça, tudo isso foi posto de lado embenefício da causa pela qual todos lutavam. Sob os horrores da guerra, agrande massa da humanidade foi reduzida a um nível comum, onde todoslutavam ombro a ombro, lado a lado, sem indagar de tendências raciais oucrenças religiosas.

Assim, se todos puderam pôr de lado a intolerância e lutar pelaprópria vida, porque não poderemos nós fazer o mesmo, lutando por umideal mais elevado, em busca de um melhor padrão de moral nosnegócios, nas finanças

e nas indústrias?

Será somente quando lutam pela própria vida que os povos põem delado a intolerância e cooperam decididamente para um fim comuml

Se os exércitos aliados encontraram mais vantagem em pensar e agircomo um só corpo, não haveria vantagem para o povo de uma cidade,para os membros de uma comunidade ou de uma indústria agir e pensar

como uma tal unidade I

Se todas as igrejas e escolas e todos os jornais, clubes e organizaçõescívicas de uma ;cidade se aliassem para trabalhar por uma causa comum,não seria possível assegurar o triunfo dessa causa?

Aproxiipe o leitor ainda mais este exemplo, aplieando-o aos seusinteresses individuais, imaginando uma aliança entre todos osempregados e empregadores da sua cidade, com o objetivo de reduzir os

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desentendimentos e tornando-lhes possível prestar melhores serviços, porpreços mais baixos, com proveito para o público e para si mesmo.

Aprendemos com a Guerra Mundial que não se pode destruir umaparte sem enfraquecer o todo; que, se uma nação ou grupo é reduzido àpobreza e à necessidade, o resto do mundo sofrerá também. Por outraspalavras, aprendemos com a Guerra Mundial que a cooperação e atolerância são a verdadeira base de todo sucesso duradouro.

O autor não deixa -de notar o fato de que, provãvelmente, o leitorsegue este curso com o objetivo de tirar proveito, de todos os modospossíveis, dos princípios em que ele se baseia. Assim, esforçou-se poresboçár a aplicação desses princípios ao maior número possível de

assuntos.Nesta lição, tivemos.a oportunidade de observar a aplicação dos

princípios do esforço organizado e da hereditariedade social, em talextensão que o leitor deve ter tirado matéria para muita reflexão e que asua imaginação deve ter encontrado muita ocasião para exercícioproveitoso. Esforcei-me por demonstrar que estes princípios podem serempregados tanto para defesa dos seus interesses pessoais, em qualquersetor do trabalho. como também em benefício da civilização.

Seja o leitor um pregador, um vendedor, um empregado doméstico,

um advogado, ou clínico, ou diretor de empresa, ou mesmo um simplesoperário tarefeiro, parece-me não ser demasiado esperar que tenhaencontrado nesta lição um estímulo que poderá conduzi-lo às mais altasrealizações. Caso seja um redator de anúncios seguramente encontraráaqui alimento suficiente para dar mais poder à sua pena. Se precisaoferecer serviços pessoais, não é desarrazoado esperar que esta lição lhetenha sugerido novos modos e

meios para colocação dos mesmos, com, maiores vantagens.

Descobriiido ao leitor as fontes-da intolerância esta liçãc levou-otambém ao estudo de outros assuntos que despertam,pensamentoscapazes, de marcar o ponto d@isivo mais proveitoso da sua, vida. Livros elições, em si, mesmos, são de pouco valor. O seu valor real não está naspáginas impressas, mas na possível açõo que podem despertar no leitor.

Por exemplo, áo terminar a leitura do manuscrito desta lição, minharevisara de prova,s informou-me de que tanto ela como seu maridotinham ficado por tal modo impressionados que formaram o plano dededicar-se à publicidade, com anúncios que. chegariam aos pais, pormeiodos filhos. E acreditavam que tal plano lhes renderia 10 mil dólares'por

ano.

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Na verdade, o seu plano me pareceu tãQ viável que chego a pensarque poderá render duas ou três vezes mais do que esperam, e até mesmo

cinco vezes mais, se for executado por gente capaz.Mas isso ainda não é tiido o que esta lição alcançou, mesmo antes de

ser impressa. Um eminente ' diretor de escola comercial, ao qual mostreios originais, começou a levar a efeito a sugestão a que me referi, sobre ahereditariedade social como meio de "cultivar" os estudantes. IP, bastanteotimista para acreditar que um plano semelhante ao que pretendeempregar poderá ser vendido à maioria das 1.500 escolas comerciais dosEstados Unidos e do Canadá, numa base que daria ao promotor desseplano uma renda superior ao salário recebido pelo Presidente dos EstadosUnidos.

E ao terminar a lição, recebi uma carta do Dr. Charles F. Croueh, deAtlanta, Georgia, na qual ele me informa que um grupo de importantescomerciantes de Atlanta acaba de fundar o Clube da Regra de Ouro, sendoo seu principal objetivo pôr em execução, em todo o país, o plano

para abolição da guerra, tal como foi esboçado neste capítulo. (O Dr.Croueh recebera uma cópia desta parte da lição, várias semanas antes determinada.)

F,stes três acontecimentos, ocorrendo um após o outro, num períodode poucas semanas, reforçaram minha crença de que é esta a maisimportante das dezesseis lições, mas seu valor dependerá inteiramente dograu em que estimular o pensamento do leitor.

O principal objetivo deste curso, e, particularmente, desta lição, éantes educar do que informar-educar tendo aqui o sentido de deduzir, isto

é, levar o leitor a fazer uso do poder latente que traz em si e que espera oestímulo apropriado para o despertar e pôr em ação.

Concluindo, deixo com o leitor a minha opinião pessoal sobre atolerância, no seguinte ensaio que escrevi na hora da minha grandeprovação, quando um inimigo procurava destruir a minha reputação e osresultados de toda uma vida de esforços honestos para fazer algum bemao mundo.

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 TOLERANCIA

Quando a aurora da Inteligêwia tiver espalhado as suas asas sobre ohorizonte do progresso, e a ignorância e a superstição tiverem deixado assuas últimas pegadas nas areias do Tempo, será registrado no livro doscrimes e erros do homem que o seu pecado mais grave foi a intolerância.

A intolerância mais acerbd nasce dos preconceitos religiosos e dasdiferen 's de opinião, como resultado da, educação. Por quanto tempo, óSenhor dos destinos humanos, ,nós, os pobres mortais, viveremos aindasem compreender que é loucura procurar destruir um ao outro, pordivergê,ncias de dogmas e credos e outras questões superficiais?

A nossa vida é apenas um breve momentol

Como uma vela, ardemos, brilhamos por um instante e logo nosextinguimos. Por que não podemos fazer esta breve jornada terrestre detal maneira que, quando a grande caravana da morte anunciar que estáterminada a nossa visita, estejamos prontos para dobrar as -,nossastendas e silenciosamente, como os árabes do deserto, se-

guir a grande caravana para as trevas do desconhecido, sem medo esem tremor?

Espero não encontrar judeus nem gentios, católicos nemprotestantes, alemães nem ingleses, franceses ou russos, brancos oupretos, vermelhos ou amarelos, quando tiver cruzado a fronteira para oAlém.

Então, espero encontrar apenas almas humanas, todos irmãos, semdistinção de raça, credo ou cor; desejo que não haja então intolerância,pois quero repousar em paz, livre da ignorância, da superstição e das

incõmpreensões mesquinhas que tornam a nossa vida terrestre um caosde tristeza e sofrimento.

Querer é Poder!