A leitura e sua relação

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A leitura e sua relação com a literatura e com a fantasia Maria da Graça Bermudez PUCRS “Há ocasiões em que a aventura da palavra se dá em num ato de ler em público. Em tais ocasiões, e, especialmente quando esse ato de ler em público tem lugar em uma sala de aula, costumamos dizer que se trata de uma lição. Lição, lectio, leitura.” ( LARROSA, 2003) Introdução O mundo contemporâneo tem escancarado e colocado em questão a qualidade da Educação que o Brasil tem oferecido, alguns indicadores têm apontado que, apesar de a criança e os jovens permanecerem na escola por longos anos, uma grande parcela, se testada, demonstrará um analfabetismo funcional. Portanto, discutir leitura tornou-se um tema que denota preocupação no universo acadêmico, o qual prepara profissionais para atuarem nessa área. Dentro desse enfoque é de se colocar a seguinte questão: qual é o tipo de leitura que se está favorecendo ao aluno? Qual a freqüência e a qualidade do encontro do leitor com o texto na escola? Por que os leitores não demonstram a competência lingüística e experiência cultural que deveriam evidenciar, se vivemos num mundo letrado. Além dessas interrogações, a necessidade de se constituir leitor proficiente impõe-se aos cidadãos do século XXI, como vital para a sua circulação no contexto social. As questões acima levantadas chegam como grito de urgência aos cursos de Pedagogia e de Letras e, conseqüentemente, promovem mudanças nas propostas de trabalho com os acadêmicos. Além disso, como professora de Literatura Infantil no Curso de Pedagogia (PUCRS - Campus Uruguaiana) tenho levado aos meus alunos um discurso sobre a necessidade de estimular a relação da criança com o livro, com a leitura, através de uma proposta lúdica de encontro com o universo inesgotável da literatura. Essa questão também me estimulou a empreender junto com eles uma reflexão-ação que pudesse ir ao campo-escolar refletir sobre Literatura – Fantasia – Leitura - Prática Pedagógica -, e eles, os acadêmicos, pudessem perceber como a escola trabalha a literatura infantil. Qual o sentido e a importância que os professores

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A leitura e sua relação com a literatura e com a fantasia

Maria da Graça Bermudez

PUCRS

“Há ocasiões em que a aventura da palavra se dá em num ato de ler em público. Em tais ocasiões, e, especialmente quando

esse ato de ler em público tem lugar em uma sala de aula, costumamos dizer que se trata de uma lição. Lição, lectio,

leitura.” ( LARROSA, 2003)

Introdução

O mundo contemporâneo tem escancarado e colocado em questão a

qualidade da Educação que o Brasil tem oferecido, alguns indicadores têm

apontado que, apesar de a criança e os jovens permanecerem na escola por

longos anos, uma grande parcela, se testada, demonstrará um analfabetismo

funcional. Portanto, discutir leitura tornou-se um tema que denota preocupação

no universo acadêmico, o qual prepara profissionais para atuarem nessa área.

Dentro desse enfoque é de se colocar a seguinte questão: qual é o tipo

de leitura que se está favorecendo ao aluno? Qual a freqüência e a qualidade

do encontro do leitor com o texto na escola? Por que os leitores não

demonstram a competência lingüística e experiência cultural que deveriam

evidenciar, se vivemos num mundo letrado. Além dessas interrogações, a

necessidade de se constituir leitor proficiente impõe-se aos cidadãos do século

XXI, como vital para a sua circulação no contexto social.

As questões acima levantadas chegam como grito de urgência aos

cursos de Pedagogia e de Letras e, conseqüentemente, promovem mudanças

nas propostas de trabalho com os acadêmicos. Além disso, como professora

de Literatura Infantil no Curso de Pedagogia (PUCRS - Campus Uruguaiana)

tenho levado aos meus alunos um discurso sobre a necessidade de estimular a

relação da criança com o livro, com a leitura, através de uma proposta lúdica

de encontro com o universo inesgotável da literatura. Essa questão também me

estimulou a empreender junto com eles uma reflexão-ação que pudesse ir ao

campo-escolar refletir sobre Literatura – Fantasia – Leitura - Prática

Pedagógica -, e eles, os acadêmicos, pudessem perceber como a escola

trabalha a literatura infantil. Qual o sentido e a importância que os professores

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dão à literatura? Como as práticas pedagógicas se relacionam com texto

literário? Como os professores compreendem o desenvolvimento infantil em

sua relação com a fantasia? Foi assim que surgiu o Projeto “A leitura e sua

relação com a Literatura Infantil e com o mundo da fantasia”. Ao aceitar o

desafio, as acadêmicas de Pedagogia perceberam que o movimento de ir até a

escola desencadearia vivências interessantes sobre a realidade escolar.

O projeto se justifica pela necessidade e urgência nos dias de hoje, de

formar leitores proficientes, ou seja, a escola possui o compromisso de formar

crianças leitoras num mundo multicultural, do qual elas participam. As crianças

estão na escola e suas famílias esperam que elas se tornem leitores

proficientes, o que somente se consegue se lhes oferecerem abundantes

situações de leitura.

Dentro dessa perspectiva, um importante caminho a ser seguido é a

exploração da literatura infantil que de maneira prazerosa coloca a criança em

contato com o mundo da imaginação, pois quem lê viaja pela fantasia,

descobre mundos diferentes, conhece histórias, aproxima-se das narrativas

humanas. E o professor que lê para criança, que oferece a ela a interlocução

com a Literatura está atento à importância da linguagem para o

desenvolvimento da condição humana, pois o universo literário desperta a

imaginação e a criatividade, desenvolve habilidades lingüísticas e promove

uma melhor visão de mundo.

O trabalho desenvolveu-se na Escola de Ensino Fundamental Ernesto

Dornelles, da cidade de Uruguaiana durante o segundo semestre de 2007. Em

primeiro lugar, possibilitou momentos de contação de histórias de forma lúdica

e divertida, ofereceu o encontro dos alunos com o mundo da fantasia, do leitor

com o texto fantasioso; em segundo, possibilitou aos professores experiências

para que pudessem aprimorar suas práticas em relação ao trabalho com a

leitura. Envolveu, então, professora de literatura infantil, acadêmicas do nível VI

de Pedagógica, direção da escola, professores e alunos de Educação Infantil e

dos anos iniciais.

A infância dentro de um contexto lúdico

As condições de vida da maioria das crianças brasileiras, ainda hoje,

impedem o contato com o mundo escrito contido na literatura infanto-juvenil.

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Essa realidade é causada pelas grandes desigualdades na distribuição de

renda e de poder as quais foram responsáveis por infâncias tão distintas, que

separam grupos sociais numa sociedade marcadamente estratificada, segundo

Nascimento (2007). E é importante refletir sobre a infância que temos em

nossa pluralidade dentro da escola, e também pensar nos espaços que têm

sido destinados para que as crianças possam viver esse tempo com todos os

seus direitos assegurados. Assim é de perguntarmos quem são as crianças e

que educação pretendemos lhes oferecer?

O certo é que o desenvolvimento dessas crianças ocorrerá em várias

dimensões se “sua inserção na escola fizer parte de algo que vá além da

criação de mais uma sala de aula e da disponibilidade de uma vaga”

(NASCIMENTO, 2007, p.31) ou merenda escolar. Entretanto, cuidados para

conhecer a infância são fundamentais na preparação dos profissionais de

educação, um deles é conhecer o valor do brincar na construção das

subjetividades e identidades das crianças.

Estudar o desenvolvimento da criança que freqüenta a Educação Infantil

e os Anos Iniciais possibilita analisar os significados das experiências do

brincar, sob dois ângulos: o primeiro, o brincar como atividade que tem

acompanhado as narrativas histórico-culturais das civilizações. A criança pelo

fato de se situar em:

(...) contexto histórico e social, ou seja, em um ambiente estruturado a partir de valores, significados, atividades e artefatos construídos e partilhados pelos sujeitos, incorpora a experiência social e cultural do brincar por meio das relações que estabelece com os outros. (BORBA, 2007, p.34).

Logo, a infância e suas brincadeiras espelham a cultura do homem do

seu tempo, pois é por isso que minha avó brincava de roda, eu brinquei de

roda, meus filhos e meus alunos brincam de roda.

Num segundo ângulo, é preciso considerar a importância do brincar

como uma atividade em ação, que colabora com o desenvolvimento de cada

um dos sujeitos-criança. Para Vygotsky (2002), o brinquedo, além de ser uma

das maneiras de expressão da cultura, também é objeto simbólico, pois ao

brincar a criança vê não um objeto, mas age de maneira diferente em relação

ao que vê, pois a ação numa situação imaginária ensina a criança a dirigir o

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pensamento não somente pela percepção imediata dos objetos, mas também

pelo significado dessa situação. O autor diz também que:

(...) a criação de uma situação imaginária não é algo fortuito na vida da criança; pelo contrário, é a primeira manifestação da emancipação da criança em relação às restrições situacionais. O primeiro paradoxo contido no brinquedo é que a criança opera com um significado alienado numa situação real. O segundo é que, no brinquedo, a criança segue o caminho do menor esforço – ela faz o que mais gosta de fazer, porque o brinquedo está unido ao prazer. (VYGOTSKY, 2002, p. 130).

Nesse contexto é importante refletir sobre esses dois aspectos, o

brinquedo como atividade mediada culturalmente que estabelece um diálogo

com a infância, e os resultados da ação do infante para apreender significados

e compreender a vida, relacionar-se com o mundo. Portanto, oficinas de

contação de histórias, prática lúdicas de leitura são formas de incorporar o

brincar na ação educativa, considerando todas as dimensões que o constituem.

Durante o desenvolvimento do Projeto, especialmente, nas reuniões

com os professores da Escola Ernesto Dornelles procuramos discutir a

importância de oferecer atividades pedagógicas significativas e lúdicas ao

planejar trabalhos com a leitura, pois acreditamos que o brincar-lendo é um

modo de disponibilizar às crianças linguagens verbais, artísticas, num tipo de

contexto de letramento.

Literatura e a leitura

Sabemos que a literatura contém em seu texto, elementos fundamentais

para criança conviver, entre eles: o maravilhoso com suas nuances fantasiosas

tão ao gosto da imaginação infantil; a plástica da palavra, que ora brinca com o

som, ora brinca com o imaginário infantil, as possibilidades de vôos

imaginativos e descobertas, além do simbolismo e significados ligados ao

eterno dilema existencial, o qual a criança necessita conviver para ir

compreendendo o mundo e ir construindo a sua própria identidade.

Na literatura, a criança irá encontrar a luta entre o bem e o mal, ou

seja, somos humanos, somos a soma dos contraditórios e devemos superar o

conflito que empreendemos para chegando ao final feliz ou não, dar

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significados e compreender fatos, sentimentos, emoções. Tudo isso envolto

nos meandros da fantasia.

Para Zilberman (1987, p.65), “O contato com a literatura se faz

inicialmente, através do ângulo sonoro: a criança ouve histórias narradas por

adultos”. A autora complementa ao dizer que “preservar as relações entre

literatura e a escola, ou o uso do livro em sala de aula, decorre do fato de que

ambas compartilham um aspecto em comum: a natureza formativa” (p.21),

mesmo que por caminhos diferentes a literatura forma o leitor e a escola forma

o cidadão. Nesse sentido, o trabalho implementado teve o cuidado de oferecer

uma contação de história que pudesse atender, por turno, uma platéia por volta

de 100 crianças nessa proposta de aprendizagem.

Além disso, o texto que se oferece ao público-leitor, enquanto lugar da

enunciação e produto da interação verbal, é o objeto da leitura. É no texto que

a língua se configura na sua concretude:

Dessa perspectiva, o que confere singularidade a um texto é o conjunto de aspectos constituintes de sua configuração verbal (...), assim como a circulação, utilização e repercussão logradas pelo projeto do autor ao longo da história (de leituras) do texto. (MORTATTI, 1999, p.14-15).

Como podemos observar é importante levar até a escola o texto literário,

pois nele estão contidas opções temáticas, estruturas formais, pontos de vista,

momento histórico, construção estética, que a “pretexto pedagógico”, não se

pode mais fugir hoje nos bancos dos cursos de Letras e de Pedagogia, que a

literatura infantil chega a pretexto da realização de uma atividade de leitura.

Como explica Bahktin:

O texto encena dramatiza relação dos sujeitos da leitura, nele o sujeito divide o espaço com o outro porque nenhum discurso provém de “um sujeito adâmico” que, num gesto inaugural, emerge a cada vez que fala/escreve como fonte única do seu dizer (2003, p. 43).

A questão é usar uma perspectiva interdisciplinar no encontro do texto

com o leitor, salientando sua essência e priorizando o diálogo ímpar entre

autor-leitor.

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Entretanto, a escola pública possui dificuldade de planejar estratégias e

procedimentos para com autonomia ligar qualitativamente a literatura às

práticas docentes, conseqüentemente, acomoda-se a eventuais teatrinhos ou

releituras de contos infantis em datas comemorativas. Mesmo assim é

necessário empreender um esforço para levar a Literatura Infantil em sua

relação com o leitor até a escola, a fim de se estabelecer uma aproximação de

mundos que se parecem, pois a marca da fantasia e do faz-de-conta são

características do leitor de educação infantil e dos anos iniciais e do texto

proposto, por isso é um atrativo que, se assegurado pela leitura ao aluno lhe

servirá de aprendizagem. Dentro desse aspecto, os objetivos da prática que as

alunas da pedagogia procuram alcançar foram cumpridos, naquele momento

histórico e contextual.

Relato de experiência

A proposta, inicialmente, foi construída em sala de aula dentro da

universidade, baseada no diálogo e na discussão sobre a necessidade de

práticas de leitura mais assídua, na educação infantil e nos anos iniciais. Esse

projeto teve como objetivo geral: despertar o interesse nas crianças pela

literatura e o prazer pela leitura a fim de desenvolver a imaginação, a

criatividade, a expressão e a compreensão de idéias, interagindo assim no

processo de construção do conhecimento infantil e ampliando a sua bagagem

cultural, sua visão de mundo e competência no uso da língua oral e escrita.

O primeiro passo, depois da concepção da idéia, foi realizarmos uma

visita à Escola Ernesto Dornelles. Na oportunidade sugerimos e discutimos a

possibilidade de desenvolver um trabalho com a literatura infantil, o que foi

incondicionalmente aceito pela direção e professores. Logo empreendemos

uma reunião pedagógica com as professoras da escola. Naquela oportunidade,

realizamos um levantamento de questões referentes às práticas com a leitura,

e o uso da literatura infantil. Através das vozes das professoras, foi possível

concluir que elas possuem muita dificuldade em trabalhar com a literatura em

sua relações com a leitura, porque: a) falta bibliografia adequada; b) falta

tempo para preparação de práticas mais elaboradas; c) exige esforço envolver

a criança no mundo da leitura, visto que ela tem a tv, internet e outros apelos

visuais, em especial os alunos de 4ª série; d) falta qualificação e formação

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continuada; e) a rotina do cotidiano desenvolve uma prática repetitiva, e o

trabalho com a literatura é mais complexo; f) não existe na escola projeto

coletivo de leitura que una em rede os interesses pedagógicos e que auxiliem

as professoras que possuem mais dificuldade.

Diante desse diagnóstico procuramos realizar mais duas reuniões de

formação pedagógica. A seguir, as alunas do nível VI de Pedagogia, divididas

em grupos, empreenderam um cronograma da contação de histórias que

possibilitou a apresentação das narrativas, a partir da dramatização e a

interação oral e expressiva com as crianças.

O resultado foi surpreendente. Depois da primeira apresentação,

percebemos o prazer e a alegria das crianças, e também o desejo delas por

mais contação de histórias. Numa das apresentações, um pequeno aluno,

talvez tivesse 7 anos, disse emocionado: “Profe, isso que assistimos não é um

teatro, isso é um ‘SHOW!’”.

Numa segunda etapa do trabalho, as docentes das diferentes séries,

durante a semana, exploravam o texto escrito de variadas formas em sala de

aula. Era nesse momento que os alunos passavam a ler o texto original escrito

e, novamente, interagiam com ele porque realizavam práticas de criação,

compreensão, interpretação releituras, montagem criativas. Durante o semestre

foram realizadas seis apresentações nos dois turnos (Manhã/tarde), em que

foram trabalhadas as seguintes histórias: “Metalino Latão”, “Chapeuzinho

Vermelho”, “O que será a coisa?” ‘ Orelha de Limão”, “Caso ou não caso? Mas

eu quero o meu violão” e “Rosaura de bicicleta”.

Considerações finais

Nessa rápida finalização, é importante refletir sobre as dificuldades

encontradas pelos professores, apontadas por eles, percebidas pelo grupo da

Pedagogia, que dificultam na escola pública, o acesso sistematizado à

literatura infantil. Entre elas, estão a baixa auto-estima dos professores; um

certo marasmo que provém da situação sócio-econômica do profissional e de

seus péssimos salários; uma relação pífia com as práticas pessoais de leitura

escrita; além do fato de a escola não contar com um compromisso efetivo da

família para constituir-se colaboradora no processo de letramento dos seus

filhos. Entretanto, para melhorar a qualidade de leitura desenvolvida na escola

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é urgente que políticas públicas de educação e o projeto político-pedagógico de

cada escola garantam à criança o direito à leitura prazerosa, através de uma

sistematização de práticas pedagógicas de leitura.

Sem dúvida, o ponto alto do projeto foram as oficinas de contação de

história bem coloridas, em que as alegorias e as cenas colocaram os

personagens perto das crianças. Os grupos de trabalho usaram formas lúdicas

para chamar a atenção para a beleza do texto, e para o convívio com as

histórias. A cada oficina eram estabelecidas inter-relacões com as nuances

literárias e o prazer de possibilitar o encontro da fantasia com a imaginação

infantil ou, conforme Larrosa (2003, p.139), “dada a lição, está feita a chamada

à leitura. O texto já aberto, recebe aqueles que ele convoca, oferece

hospitalidade”.

O projeto foi concluído experimentalmente com uma Mostra Pedagógica

em que comunidade e familiares visitaram as produções realizadas pelas

crianças de Educação Infantil e Anos Iniciais sobre as historinhas trabalhadas.

Acreditamos que é importante compreender e expressar a realidade por

meio da literatura – ficção, poesia, contos clássicos, pois ela mobiliza a

sensibilidade, a imaginação, a criação, além de ajudar o leitor a perceber que

existem diferentes linguagens e formas de referendar o mundo as quais se

abrem para que o sujeito se comunique com as histórias e com experiências

singulares. Nesse sentido este projeto se dispôs a provocar os alunos e os

docentes para o envolvimento nas maravilhas do texto literário.

Referências

BAKHTIN, M. A estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

BORBA, Ângela Mayer. O brincar como um modo de ser e estar no mundo. In: Ensino

fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de

idade. Brasília: MEC, 2007, p.33 46

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MORTATTI, Maria do Rosário. Entre a literatura e o ensino: um balanço das

tematizações brasileiras (e assisenses) sobre literatura infantil e juvenil. Miscelânea,

v.3, 1999, p. 14-15.

LARROSA, Jorge. Pedagogia profana: danças piruetas e mascaradas. Belo Horizonte:

Autêntica, 2003.

NASCIMENTO, Anelise Monteiro. A infância na escola e na vida: uma relação

fundamental. In: Ensino fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da

criança de seis anos de idade. Brasília: MEC, 2007, p.25-34.

VYGOTSKY,L.S. A formação social da mente. São Paulo:Martins Fontes, 2002.

ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. Porto Alegre: Globo, 1987.