A literacia da leitura em adultos análise diacrónica de processos … · Setembro de 2012 Texto...
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Faculdade de Letras da Universidade do Porto
A literacia da leitura em adultos anlise diacrnica de processos de
(re)socializao num grupo de Educao e Formao de Adultos,
construdo no feminino
Elisabete Correia Brito
Tese elaborada para a obteno do grau de Doutor em Sociologia
na especialidade das Desigualdades, Cultura e Territrio, sob a orientao da Professora
Doutora Natlia Maria Azevedo Casqueira e coorientao do Professor Doutor Joo
Miguel Trancoso Vaz Teixeira Lopes
Parte II Anexos
Porto
Setembro de 2012
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Texto escrito conforme o Acordo Ortogrfico (convertido pelo programa Lince).
Nas citaes de obras portuguesas editadas antes da entrada em vigor do Acordo
Ortogrfico mantm-se a grafia original, assim como em todos os documentos em anexo
entregues pela autora e os que foram redigidos por outrem antes da entrada em vigor do
referido Acordo.
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SUMRIO
Anexo 1A
Referencial dos cursos de Educao e Formao de Adultos Nvel Bsico 10
Anexo 1B
Desenho curricular dos cursos EFA certificao escolar de nvel bsico e certificao
profissional 11
Anexo 1C
Planos curriculares dos cursos de Educao e Formao de Adultos percursos
formativos B1, B2, B1+B2, B3, B2+B3: referncia em horas (a) 12
Anexo 1D
Referencial de formao dos cursos EFA Percursos formativos S e S3, tipos A, B ou
C 13
Anexo 1E
Planos curriculares dos cursos EFA NS dupla certificao 14
Anexo 4A
Exemplificao de ofcios e e-mail enviados aos atores institucionais 15
Anexo 4B
Guio de entrevista aos interlocutores institucionais formadoras, mediadora e
coordenadoras 19
Anexo 4C
Grelha de categorias de anlise entrevista institucional a tcnicos de formao:
mediadora, formadoras e coordenadoras 23
Anexo 4D
Guio de entrevista ao Presidente da Junta de Freguesia de Soza Vagos 27
Anexo 4E
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6
Grelha de categorias de anlise entrevista institucional ao Presidente da Junta de
Freguesia de Soza 30
Anexo 4F
Guio de entrevista Tcnica Superior da Biblioteca Municipal de lhavo 32
Anexo 4G
Grelha de categorias de anlise entrevista institucional Tcnica Superior da
Biblioteca Municipal de lhavo 35
Anexo 4H
Guio de entrevista exploratria com um investigador da rea da sociologia da leitura e
da literacia 37
Anexo 4I
Grelha de categorias de anlise entrevista exploratria com um investigador da rea da
sociologia da leitura e da literacia 40
Anexo 4J
Mapa de entrevistas realizadas e no realizadas aos atores institucionais - 2010 42
Anexo 4K
Grelha com indicao da data, local e durao de entrevistas realizadas aos
interlocutores institucionais formadoras, mediadora e coordenadoras 43
Anexo 4L
Registos de observao da situao de entrevista aos interlocutores institucionais
Formadoras, mediadora e coordenadoras 44
Anexo 4M
Grelhas de excertos das entrevistas aos atores institucionais que integraram o curso EFA
B3 Ao Educativa de Soza formadoras, mediadora e coordenadoras 54
Anexo 4N
Grelha com indicao da data, local e durao das entrevistas realizadas aos
interlocutores institucionais locais 68
Anexo 4O
Registos de observao da situao de entrevista aos interlocutores institucionais 69
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7
Anexo 4P
Grelhas de excertos de entrevistas aos atores institucionais locais Presidente da Junta
de Freguesia de Soza 73
Anexo 4Q
Grelhas de excertos de entrevistas aos atores institucionais locais Tcnica Superior de
Bibliotecas e Documentao de lhavo 79
Anexo 4R
Grelha com indicao da data, local e durao da entrevista exploratria com um
investigador da rea da sociologia da leitura e da literacia 84
Anexo 4S
Registo de observao da situao de entrevista exploratria com um investigador da
rea da sociologia da leitura e da literacia 85
Anexo 4T
Grelhas de excertos da entrevista exploratria com um investigador da rea da
sociologia da leitura e da literacia 87
Anexo 4U
Registo de observao da consulta de documentao na Biblioteca Municipal de Vagos
92
Anexo 4V
Guio de entrevista ao grupo de mulheres do curso EFA B3, de Vagos 94
Anexo 4W
Grelha de categorias de anlise das entrevistas ao grupo de mulheres do curso EFA B3,
de Vagos 102
Anexo 4X
Mapa de entrevistas individuais realizadas e no realizadas ao grupo - 2008 110
Anexo 4Y
Mapa de entrevistas individuais realizadas e no realizadas ao grupo 2011 111
Anexo 4Z
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8
Grelha com meno da data, local e durao das entrevistas individuais realizadas com
ao grupo do curso EFA B3, de Vagos 112
Anexo 4AA
Registo de observao da situao de entrevista com o grupo de mulheres 114
Anexo 4AB
Registo de observao de visitas informais a alguns elementos do grupo 138
Anexo 4AC
Grelha de fragmentos das entrevistas de histria de vida dos elementos do grupo
trajetria familiar 146
Anexo 4AD
Grelha de fragmentos das entrevistas de histria de vida dos elementos do grupo
trajetria escolar 185
Anexo 4AE
Grelha de fragmentos das entrevistas de histria de vida dos elementos do grupo
trajetria profissional 218
Anexo 4AF
Grelha de fragmentos das entrevistas de histria de vida dos elementos do grupo
prticas de leitura 239
Anexo 4AG
Planificao do grupo focal 260
Anexo 4AH
Exemplificao do guia de orientao para anotaes do Grupo focal 267
Anexo 4AI
Transcrio da mensagem de Antnio Torrado 268
Anexo 4AJ
Histria do grupo 269
Anexo 4AK
Mapa de presenas/ ausncias na sesso do grupo focal (2011-07-16) 296
file:///C:/Users/Elisabete/Desktop/para%20rever%20fase%20final/fn/Parte%20II_anexos_uv.docx%23_Toc335908246file:///C:/Users/Elisabete/Desktop/para%20rever%20fase%20final/fn/Parte%20II_anexos_uv.docx%23_Toc335908247
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9
Anexo 4AL
Registo de observao da situao do Grupo Focal 297
Anexo 4AM
Grelha com trechos dos discursos das intervenientes na sesso de grupo focal 302
Anexo 4AN
Registos da anotadora sobre a sesso do grupo focal 312
Anexo 6A
Quadro sinptico de disposies ou competncias do grupo (30.09.2011) 324
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Anexo 1A
Referencial dos cursos de Educao e Formao de Adultos Nvel Bsico
Referencial de Competncias-Chave
re
as
de
com
pet
nci
as
c
have
Nveis B1 B2 B3
Cidadania e
Empregabilidade
(CE)
25H
A
25H
B
25H
C
25H
D
25H
A
25H
B
25H
C
25H
D
50H
A
50H
B
50H
C
50H
D
Linguagem e
Comunicao
(LC)
25H
A
25H
B
25H
C
25H
D
25H
A
25H
B
25H
C
25H
D
25H
LEA
25H
LEB
50H
A
50H
B
50H
C
50H
D
50H
LEA
50H
LEB
Matemtica para
a Vida (MV)
25H
A
25H
B
25H
C
25H
D
25H
A
25H
B
25H
C
25H
D
50H
A
50H
B
50H
C
50H
D
Tecnologias da
Informao e da
Comunicao
(TIC)
25H
A
25H
B
25H
C
25H
D
25H
A
25H
B
25H
C
25H
D
50H
A
50H
B
50H
C
50H
D
Formao
tecnolgica
Unidades de forma-
o de curta dura-
o (pode incluir
formao prtica
em contexto de
trabalho).
Unidades de formao de curta
durao (pode incluir formao
prtica em contexto de
trabalho).
Unidades de formao de curta
durao.
Pode incluir formao prtica
em contexto trabalho.
Fonte: Portaria n. 817/2007; Portaria n. 283/2011
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Anexo 1B
Desenho curricular dos cursos EFA certificao escolar de nvel bsico e
certificao profissional
Percurso formativo
Nvel de
desenvolvimento
Aprender com
autonomia
Formao de base Formao
tecnolgica
Total
Bsico 1 40h Entre 100h- 400h Entre 100h- 360h Entre 240h-
800h
Bsico 2 40h Entre 100h- 450h Entre 100h- 360h Entre 240h-
850h
Bsico 1+2 40h Entre 100h- 850h Entre 100h- 360h Entre 240h-
1250h
Bsico 3/ nvel 2 de
formao
profissional
40h Entre 100h- 900h Entre 100h-
1200h
Entre 240h-
2140h
Bsico 2+3/ nvel 2
de formao
profissional
40h Entre 100h- 1350h Entre 100h-
1200h
Entre 240h-
2590h
TEMAS DE VIDA
Fonte: Portaria n. 817/2007.
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12
Anexo 1C
Planos curriculares dos cursos de Educao e Formao de Adultos percursos
formativos B1, B2, B1+B2, B3, B2+B3: referncia em horas (a)
Percurso
formativo
Condies
mnimas de
acesso
Componentes de formao
Total Aprender com
autonomia
Formao de base
(b)
Formao
tecnolgica (b)
Cursos EFA relativos ao 1. ciclo do ensino bsico
B1
1. ciclo de
ensino bsico
40
400
650
790
Curso EFA de nvel 1 do quadro nacional de qualificaes
B2 1. ciclo do
ensino bsico
40
(c) 450
350
840
B1+B2 < 1. ciclo de
ensino bsico
40
(c) 850
350
1240
Curso EFA de nvel 2 do quadro nacional de qualificaes
B3
2. ciclo do
ensino bsico
40
(c) 900
(*) (d) 1000
1970
B2+B3 1. ciclo do
ensino bsico
40
(c) 1350
(*) (d) 1000
2390
Cursos EFA relativos ao 1. ciclo do ensino bsico ou ao nvel 1 ou ao nvel 2 de qualificao do
quadro nacional de qualificaes
Percurso
flexvel a
partir de
processo
RVCC
< 1. ciclo de
ensino bsico
40
(c) (e) 1350
(*) (d) (e) 1000
(e)
Fonte: Portaria n. 283/2011
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13
a) No caso de cursos EFA que sejam desenvolvidos apenas em funo de uma das componentes de
formao, so consideradas as cargas horrias associadas especificamente componente de formao de
base ou tecnolgica, respectivamente, acrescidas do mdulo Aprender com Autonomia.
b) A durao mnima da formao de base de 100 horas, bem como a da formao tecnolgica.
c) Incluso obrigatria de uma lngua estrangeira com carga horria mxima de 50 horas para o nvel B2 e
de 100 horas para o nvel B3.
d) Inclui, obrigatoriamente, pelo menos 120 horas de formao prtica em contexto de trabalho, para os
adultos nas situaes previstas no n. 2 do artigo 11..
e) O nmero de horas ajustado (em termos de durao) em resultado do processo RVCC, sempre que
aplicvel.
*) Este limite pode ser ajustado, tendo em conta os referenciais constantes no Catlogo Nacional de
Qualificaes.
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13
Anexo 1D
Referencial de formao dos cursos EFA Percursos formativos S e S3, tipos A, B
ou C
Referencial de Competncias-Chave
Form
a
o d
e B
ase
Nveis Nvel Secundrio/ nvel 3 de Formao
Cidadania e
Profissionalidade
(CP)
50H
UFCD
50H
UFCD
50H
UFCD
50H
UFCD
50H
UFCD
50H
UFCD
50H
UFCD
50H
UFCD
Cultura, Lngua
e Comunicao
(CLC)
50H
UFCD
50H
UFCD
50H
UFCD
50H
UFCD
50H
UFCD
50H
UFCD
50H
UFCD
Sociedade,
Tecnologia e
Cincia (STC)
50H
UFCD
50H
UFCD
50H
UFCD
50H
UFCD
50H
UFCD
50H
UFCD
50H
UFC
Formao
tecnolgica
Unidades de Formao de Curta Durao (UFCD)
Pode incluir formao em contexto de trabalho
Fonte: Portaria n 283/2011, p. 4712.
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14
Anexo 1E
Planos curriculares dos cursos EFA NS dupla certificao
Certificao escolar e profissional
Percurso
formativo
Condies
mnimas de
acesso
Componentes de formao
Formao
de base
Formao
tecnolgica
*
Formao
prtica em
contexto de
trabalho
PRA
Total
S3 tipo A 9. ano 550 1200 210 85 2045
S3 tipo B 10. ano 200 1200 210 70 1680
S3 Tipo C 11. ano 100 1200 210 65 1575
Percurso
flexvel a
partir do
processo de
RVCC
< ou = 9.
ano
550
1200
210
85
Ajustado em
resultado do
processo de
RVCC
Fonte: Portaria n 283/2011, p. 4711.
*O limite de horas na formao tecnolgica ajustado de acordo com a carga horria dos referenciais
patentes no Catlogo Nacional de Qualificaes (CNQ)
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Anexo 4A
Exemplificao de ofcios e e-mail enviados aos atores institucionais
Exma. Sra. Vereadora
da Cmara Municipal de Vagos
Rua da Saudade
3840-420 Vagos
Data: 28 de Junho de 2010
Assunto: Colaborao da vereadora na realizao do Projecto de Doutoramento sobre a literacia da
leitura em adultos
Na qualidade de investigadora e no mbito do projecto de Doutoramento em Sociologia - A
literacia da leitura em adultos -, da Faculdade de Letras da Fundao Universidade do Porto, venho, por
este meio, solicitar a V/ colaborao para a prossecuo deste projecto.
Pretendemos com este estudo fazer uma anlise diacrnica de processos de (re)socializao num
grupo de mulheres que frequentou um curso de Educao e Formao de Adultos, no concelho de Vagos,
entre 2007/2008.
Na fase actual do projecto, interessa-nos realizar um conjunto de entrevistas exploratrias com
actores institucionais, neste caso concreto da autarquia e da vereao em causa, de modo a identificarmos
factores de promoo da literacia e da leitura que possam contribuir para a formao de polticas pblicas
no concelho de Vagos.
Solicito, por isso, a V/ disponibilidade para a realizao de uma entrevista. Interessa-nos
tambm, na fase actual, proceder consulta de um conjunto de fontes de documentais relativamente a esta
temtica. A sua colaborao de todo imprescindvel para o prosseguimento deste projecto.
Certa do V/ interesse, agradeo, desde j, a disponibilidade e a colaborao dispensadas.
Contactos:
Email: [email protected]
Telemvel: 964745961
Sem outro assunto de momento, e aguardando a V/ resposta, subscrevo-me com os melhores
cumprimentos.
O(A) Investigador (a)
(Dra. Elisabete Brito)
-
16
Exma. Sra. Dra.
Coordenadora Pedaggica
Multiaveiro Projectos e Investimentos Lda.
Rua Cais dos Remadores Olmpicos (Antigo Cais de
So Roque), 75
3800 - 156 Aveiro
Data: 29 de Junho de 2010
Assunto: Colaborao da coordenadora pedaggica na realizao do Projecto de Doutoramento sobre a
literacia da leitura em adultos
Na qualidade de investigadora e no mbito do projecto de Doutoramento em Sociologia - A
literacia da leitura em adultos -, da Faculdade de Letras da Fundao Universidade do Porto, venho, por
este meio, solicitar a V/ colaborao para a prossecuo deste projecto.
Pretendemos com este estudo fazer uma anlise diacrnica de processos de (re)socializao num
grupo de mulheres que frequentou um curso de Educao e Formao de Adultos, no concelho de Vagos,
entre 2007/2008.
Na fase actual do projecto, interessa-nos realizar um conjunto de entrevistas de aprofundamento
com actores institucionais, neste caso concreto com actores que contactaram com o grupo em causa, de
modo a aprofundar e contextualizar a importncia da aco institucional e explorar o caso concreto da
formao EFA, associada a trajectrias de aprendizagem da leitura.
Solicito, por isso, a V/ disponibilidade para a realizao de uma entrevista. A sua colaborao
de todo imprescindvel para o prosseguimento deste projecto.
Certa do V/ interesse, agradeo, desde j, a disponibilidade e a colaborao dispensadas.
Contactos:
Email: [email protected]
Telemvel: 964745961
Sem outro assunto de momento, e aguardando a V/ resposta, subscrevo-me com os melhores
cumprimentos.
O(A) Investigador(a)
__________________________
(Dra. Elisabete Brito)
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17
Exma. Sra.
Bibliotecria Responsvel da Biblioteca
Municipal de lhavo
Av. General Elmano Rocha - Alqueido
3830-198 lhavo
Data: 29 de Junho de 2010
Assunto: Colaborao da bibliotecria responsvel na realizao do Projecto de Doutoramento sobre a
literacia da leitura em adultos
Na qualidade de investigadora e no mbito do projecto de Doutoramento em Sociologia - A
literacia da leitura em adultos -, da Faculdade de Letras da Fundao Universidade do Porto, venho, por
este meio, solicitar a V/ colaborao para a prossecuo deste projecto.
Pretendemos com este estudo fazer uma anlise diacrnica de processos de (re)socializao num
grupo de mulheres que frequentou um curso de Educao e Formao de Adultos, no concelho de Vagos,
entre 2007/2008.
Na fase actual do projecto, interessa-nos realizar um conjunto de entrevistas de aprofundamento
com atores institucionais, neste caso concreto com actores que contactaram com o grupo em causa, de
modo a identificarmos factores de promoo da literacia e da leitura que possam contribuir para a
formao de polticas pblicas.
Solicito, por isso, a V/ disponibilidade para a realizao de uma entrevista. Interessa-nos
tambm, na fase actual, proceder consulta de um conjunto de fontes de documentais relativamente a esta
temtica. A sua colaborao de todo imprescindvel para o prosseguimento deste projecto.
Certa do V/ interesse, agradeo, desde j, a disponibilidade e a colaborao dispensadas.
Contactos:
Email: [email protected]
Telemvel: 964745961
Sem outro assunto de momento, e aguardando a V/ resposta, subscrevo-me com os melhores
cumprimentos.
O(A) Investigador(a)
_________________________
(Dra. Elisabete Brito)
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18
Exmo. Sr.
Presidente da Junta de Freguesia de Soza
Data: 23 de Setembro de 2010
Assunto: Colaborao do Sr. Presidente da Junta de Freguesia na realizao do Projecto de
Doutoramento sobre a literacia da leitura em adultos
Na qualidade de investigadora e no mbito do projecto de Doutoramento em Sociologia - A
literacia da leitura em adultos -, da Faculdade de Letras da Fundao Universidade do Porto, venho, por
este meio, solicitar a V/ colaborao para a prossecuo deste projecto.
Pretendemos com este estudo fazer uma anlise diacrnica de processos de (re)socializao num
grupo de mulheres que frequentou um curso de Educao e Formao de Adultos, no concelho de Vagos,
entre 2007/2008.
Na fase actual do projecto, interessa-nos realizar um conjunto de entrevistas de aprofundamento
com actores institucionais, neste caso concreto com actores que contactaram com o grupo em causa, de
modo a aprofundar e contextualizar a importncia da aco institucional e explorar o caso concreto da
formao EFA, associada a trajectrias de aprendizagem da leitura. Importa tambm, neste caso em
particular, captar o discurso poltico e compreender, atravs desse mesmo discurso, a realidade da
freguesia supra mencionada.
Solicito, por isso, a V/ disponibilidade para a realizao de uma entrevista. A sua colaborao
de todo imprescindvel para o prosseguimento deste projecto.
Certa do V/ interesse, agradeo, desde j, a disponibilidade e a colaborao dispensadas.
Estarei disponvel para qualquer informao adicional. Como tal, disponibilizo o contacto de e-
mail [email protected] e o nmero de telemvel 964745961.
Sem outro assunto de momento, e aguardando a V/ resposta, subscrevo-me com os melhores
cumprimentos.
O(A) Investigador(a)
______________________________
(Dra. Elisabete Brito)
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19
Anexo 4B
Guio de entrevista aos interlocutores institucionais formadoras, mediadora e
coordenadoras
I. Caracterizao sociogrfica
1. Sexo
2. Idade
3. Naturalidade
4. rea de residncia
5. Nvel de escolaridade
6. Atividade profissional em exerccio
II. Educao e Formao de Adultos
1. Papel nos cursos EFA:
1.1.Tempo de trabalho com cursos EFA
1.2.Tempo de desempenho de funes enquanto coordenadora pedaggica
1.2.1. Papel desempenhado enquanto coordenadora pedaggica
1.2.2. Zonas de trabalho
1.2.3. Articulao com a coordenadora tcnica
1.3.Tempo de desempenho de funes de mediao
1.3.1. Papel desempenhado enquanto mediadora
1.4.Formador
1.4.1. Mdulos lecionados
1.4.2. Contedos desenvolvidos e trabalhos pedidos
1.4.3. Dificuldades associadas ao mdulo
1.4.4. Importncia do mdulo nestes cursos
1.4.5. Articulao com outros mdulos
1.4.6. Mdulos com uma maior articulao
1.4.7. Contedos relacionados com esses mdulos
1.4.8. Adequao dessa articulao
2. Seleo dos elementos do grupo que integrou o curso EFA B3 Ao
Educativa 2007/2008
2.1.Critrios de seleo do grupo
-
20
2.2.Carncias identificadas nos elementos deste grupo
2.3.Dificuldades identificadas partida no grupo
2.4.Seleo dos formadores da equipa formativa que trabalhou com este grupo
2.5.Expectativas iniciais em relao ao grupo
3. Grupo que integrou o curso EFA B3 Ao Educativa 2007/2008
3.1.Dificuldades identificadas no grupo durante o processo de RVC
3.2.Discrepncias entre os elementos do grupo
3.2.1. Carncias no que diz respeito s prticas leitura
3.2.1.1.Forma como influenciam o mdulo
3.3.Competncias trabalhadas
3.4.Trajetria do grupo ao longo do curso
3.5.Trabalho da equipa formativa - articulao
3.6.Expectativas iniciais em relao ao grupo
4. Trabalho desenvolvido ao longo da formao pelo grupo
4.1.Desenvolvimento de atividades de promoo da leitura neste curso,
nomeadamente
4.1.1. Chocoleitura
4.1.2. Participao na atividade
4.1.2.1.Interao do grupo
4.1.2.2.Seleo do pblico
4.1.2.3.Reaes do pblico
4.1.2.4.Coordenao do grupo
4.1.2.5.Espao fsico de concretizao da atividade
4.1.2.6.Reaes do grupo
4.1.2.7.Resultados finais
4.1.3. Centileia
4.1.3.1.Reaes do grupo
4.1.3.2.Efeitos
4.1.4. Visita bibliotecas
4.1.4.1.Participao na atividade
4.1.4.2. Interao do grupo
4.1.4.3.Seleo do pblico
4.1.4.4.Reaes do pblico
4.1.4.5.Coordenao do grupo
-
21
4.1.4.6.Espao fsico de concretizao da atividade
4.1.4.7.Reaes do grupo
4.1.4.8.Resultados finais
4.1.5. Dramatizaes
4.1.5.1.Participao na atividade
4.1.5.2.Interao do grupo
4.1.5.3.Seleo do pblico
4.1.5.4.Reaes do pblico
4.1.5.5.Coordenao do grupo
4.1.5.6.Espao fsico de concretizao da atividade
4.1.5.7.Reaes do grupo em diferentes fases
4.1.5.8.Discrepncias
4.1.5.9.Dificuldades
4.1.5.10. Resultados finais
4.2.Recurso a atividades em torno da leitura nos mdulos
4.2.1. Relevncia dada pelo mdulo a esta temtica nestes cursos
4.2.2. Dificuldades no dia a dia da formao com este grupo
4.3. Atividades integradoras
4.4. Anlise do que o grupo alcanou ao longo do curso
5. Integrao dos adultos que frequentaram o curso EFA B3 Ao Educativa
formao prtica em contexto de trabalho
5.1. Seleo das instituies para a formao prtica em contexto de
trabalho
5.2. Recetividade das instituies
5.3. Critrios de colocao destes adultos na formao prtica em
contexto de trabalho
5.4. Localizao das instituies
5.5.Acompanhamento pela mediadora no decorrer da formao prtica
5.6.Mercado de trabalho aps a concluso da formao
III. Biblioteca municipal enquanto promotora das polticas pblicas de leitura
1. Papel que as bibliotecas municipais a nvel concelhio
2. Papel e contributo da biblioteca municipal nestes cursos - relevncia
-
22
3. Importncia desta articulao para estes cursos
4. Papel da biblioteca municipal nestes cursos articulao com a biblioteca
municipal de lhavo
4.1.Benefcios desta articulao para as formandas
4.2.Influncia nos mdulos
4.3.Papel desta articulao enquanto fator para o desenvolvimento de
competncias exigidas
4.4.Articulao entre as bibliotecas municipais e o trabalho em torno da
promoo da leitura enquanto componente complementar para estes
cursos
5. Anlise das atividades, desenvolvidas na biblioteca, em dois momentos distintos, no
mbito da promoo da leitura com este grupo
5.1.Evoluo
5.2.-vontade/ Estado de esprito
5.3.Ambiente/ espao fsico
5.4.Recetividade
5.5.Adequao das atividades
5.6.Pontos de melhoria
Plano de observao
Entrevistador
Entrevistado
Data
Local
Incio
Fim
Observaes
-
23
Anexo 4C
Grelha de categorias de anlise entrevista institucional a tcnicos de formao:
mediadora, formadoras e coordenadoras
Categoria Dimenso Indicador
1.
Ed
uca
o e
Form
a
o d
e A
du
ltos
1.1. Equipa tcnica: papel nos cursos EFA 1.1.1 Tempo de trabalho com cursos EFA
1.1.2 Funes de coordenao/mediao
1.1.2.1 Papel desempenhado
1.1.2.2 Zonas de trabalho
1.1.2.3 Articulao com coordenao tcnica
1.1.3 Formador
1.1.3.1 Mdulos lecionados
1.1.3.2 Contedos desenvolvidos e trabalhos
1.1.3.3 Dificuldades associadas ao mdulo
1.1.3.4 Importncia do mdulo nos cursos
1.1.3.5 Articulao com outros mdulos
1.1.3.5.1 Mdulos com maior articulao
1.1.3.5.2 Contedos relacionados
1.1.3.5.3 Adequao da articulao
-
24
Categoria Dimenso Indicador
2.
Cu
rso E
FA
B3 A
o E
du
cati
va
2.1. Curso EFA B3 Ao Educativa:
seleo dos elementos
2.1.1 Critrios de seleo
2.1.2 Carncias identificadas
2.1.3 Dificuldades identificadas
2.1.4 Equipa formativa
2.1.5 Expectativas inicias em relao ao grupo
2.2. Curso EFA B3 Ao Educativa: o
grupo
2.2.1 Dificuldades no grupo durante RVCC
2.2.2 Discrepncias entre os elementos
2.2.3 Carncias de prticas de leitura
2.2.3.1 Forma como influencia o mdulo
2.2.4 Competncias trabalhadas
2.2.5 Trajetria do grupo ao longo do curso
2.2.6 Trabalho da equipa formativa: articulao
2.2.7 Expectativas iniciais em relao grupo
2.3 Trabalho desenvolvido pelo grupo: 2.3.1 Chocoleitura
atividades de promoo da leitura 2.3.1.1 Participao na atividade
2.3.1.2 Interao do grupo
2.3.1.3 Seleo do pblico
2.3.1.4 Reao do pblico
2.3.1.5 Coordenao do grupo
2.3.1.6 Espao fsico da atividade
2.3.1.7 Reaes do grupo
2.3.1.8 Resultados finais
2.3.2 Centileia
2.3.2.1 Reaes do grupo
2.3.2.2 Efeitos
2.3.3 Visita a bibliotecas
2.3.3.1 Participao na atividade
2.3.3.2 Interao do grupo
-
25
Categoria Dimenso Indicador
2.
Cu
rso E
FA
B3 A
o
Ed
uca
tiva
2.3.3.3 Seleo do pblico
2.3.3.4 Reao do pblico
2.3.3.5 Coordenao do grupo
2.3.3.6 Espao fsico da atividade
2.3.3.7 Reaes do grupo
2.3.3.8 Resultados finais
2.3.4 Dramatizaes
2.3.4.1 Participao na atividade
2.3.4.2 Interao do grupo
2.3.4.3 Seleo do pblico
2.3.4.4 Reao do pblico
2.3.4.5 Coordenao do grupo
2.3.4.6 Espao fsico da atividade
2.3.4.7 Reaes do grupo
2.3.4.8 Discrepncias
2.3.4.8 Dificuldades
2.3.4.9 Resultados finais
2.3.5 Atividades em torno da leitura nos
mdulos
2.3.5.1 Relevncia
2.3.5.2 Dificuldades
2.3.6 Atividades integradoras
2.3.7 O que alcanou o grupo
2.4. Formao prtica em contexto de
trabalho
2.4.1 Seleo das instituies
2.4.2 Recetividade das instituies
2.4.3 Critrios de colocao do grupo na FPCT
2.4.4 Localizao das instituies
2.4.5 Acompanhamento pela mediadora
2.4.6 Mercado de trabalho aps a concluso
-
26
Categoria Dimenso Indicador
3.
Bib
liote
ca m
un
icip
al
enq
uan
to p
rom
oto
ra d
e p
ol
tica
s p
b
lica
s d
e l
eitu
ra
3.1. Relao entre bibliotecas e cursos
EFA
3.1.1 Papel das bibliotecas a nvel concelhio
3.1.2 Papel e contributo da biblioteca nestes
cursos
3.1.3.Importncia da articulao
3.1.4 Articulao com a Biblioteca municipal
de lhavo
3.1.4.1 Benefcios para o grupo
3.1.4.2 Influncia nos mdulos
3.1.4.3 Papel da articulao para
desenvolvimento de competncias
3.1.4.4 Articulao enquanto componente
complementar nos cursos
3.2. Atividades de leitura na biblioteca 3.2.1 Evoluo
3.2.2 -vontade/ Estado de esprito
3.2.3 Ambiente/ espao fsico
3.2.4 Recetividade
3.2.5 Adequao das atividades
3.2.6 Pontos de melhoria
-
27
Anexo 4D
Guio de entrevista ao Presidente da Junta de Freguesia de Soza Vagos
I. Caracterizao sociogrfica
1. Sexo
2. Idade
3. Naturalidade
4. rea de residncia
5. Nvel de escolaridade
6. Atividade profissional em exerccio
7. Tempo de exerccio em funes polticas
II. Populao de freguesia de Soza
1. Tendo em conta o tempo de exerccio de funes enquanto Presidente de uma Junta
de Freguesia, neste caso de Soza, tem tido um contacto mais direto com a populao:
1.1. Maiores necessidades identificadas
1.2. Mtodos de identificao dessas necessidades
1.3. Meios da Junta de Freguesia para ultrapassar essas necessidades
1.4. Iniciativas da parte da Junta de Freguesia, a nvel cultural, em relao
populao
1.4.1. Adeso da populao a essas iniciativas
1.4.2. Espaos culturais existentes na freguesia
1.4.3. Articulao com a Cmara Municipal
III. Educao e Formao de Adultos
1. Entre 2007/2008 a Junta de Freguesia acolheu um curso EFA B3 de Ao Educativa,
do qual fizeram parte 13 mulheres
1.1. Identificao de necessidades para a abertura de uma candidatura para
este curso
1.2. Motivos da concretizao do curso na Junta de Freguesia
1.3. Relao entre o Centro Social entidade promotora e a Junta de
Freguesia
-
28
2. tambm Presidente do Centro Social desta freguesia, que esteve envolvido na
concretizao deste curso enquanto entidade promotora, atravs da sua
coordenadora tcnica
2.1. Vantagens para o centro com essa candidatura
2.1.1. Benefcios detetados a piori
2.1.2. Benefcios a posteriori
3. Adequao do curso s necessidades da populao da freguesia/ Vantagens para a
freguesia
4. Trabalho desenvolvido pelo grupo:
4.1. Feedback
4.2. Acompanhamento do grupo
4.3. Impresses do grupo e do trabalho desenvolvido
4.4. Contacto com a equipa pedaggica
4.5. Correspondncia entre as expectativas criadas e o trabalho desenvolvido
em formao
IV. Biblioteca municipal enquanto promotora das polticas pblicas de leitura
1. Tempo de sediao da biblioteca no Centro de Educao e Recreio
1.1. Existncia de parcerias entre a biblioteca e outras entidades/ organismos
municipais para a concretizao destas polticas de promoo da leitura
1.2. Dinamizao de eventos no concelho para a populao
1.2.1. Faixas etrias da populao-alvo
2. Projeto de construo das novas instalaes da biblioteca municipal
2.1. Opinio acerca do novo projeto
2.2. Previso da concretizao do projeto
2.3. Impasses para o atraso da construo destas novas instalaes
2.4. Benefcios da nova biblioteca para a populao/ concelho
3. Preocupaes no que diz respeito promoo da leitura relativamente populao do
concelho
-
29
Plano de observao
Entrevistador
Entrevistado
Data
Local
Incio
Fim
Observaes
-
30
Anexo 4E
Grelha de categorias de anlise entrevista institucional ao Presidente da Junta de
Freguesia de Soza
Categoria Dimenso Indicador
1.
Pop
ula
o:
Fre
gu
esia
de
Soza
1.1.Contacto com a populao pelo cargo
que ocupa
1.1.1 Maiores necessidades identificadas
1.1.2 Mtodos de identificao das
necessidades
1.1.3 Meios para ultrapassar as necessidades
1.1.4 Iniciativas da Junta de Freguesia a nvel
cultural
1.1.5 Adeso da populao
1.1.6 Espaos culturais na freguesia
1.1.7 Articulao com a Cmara Municipal
2.
Ed
uca
o e
Form
a
o d
e A
du
ltos
2.1 Acolhimento do grupo na Junta de
Freguesia
2.1.1 Identificao das necessidades para
abertura do curso
2.1.2 Motivos de concretizao na Junta de
Freguesia
2.1.3 Relao Centro Social/ Junta de
Freguesia
2.2 Centro Social enquanto entidade
promotora do curso EFA B3 Ao Educativa 2.2.1 Vantagens da candidatura para o Centro
2.2.2. Benefcios a piori
2.2.3 Benefcios a posteriori
2.2.4 Adequao do curso s necessidades da
populao
2.3 Trabalho desenvolvido pelo grupo do
curso EFA B3 Ao Educativa 2.3.1 Feedback
2.3.2 Acompanhamento do grupo
2.3.3 Impresses do grupo e do trabalho
desenvolvido
2.3.4 Contacto com a equipa pedaggica
2.3.5 Expectativas criadas vs trabalho
desenvolvido
-
31
Categoria Dimenso Indicador
3.
Bib
liote
ca M
un
icip
al
enq
uan
to p
rom
oto
ra d
e p
ol
tica
s p
b
lica
s d
e le
itu
ra
3.1. Biblioteca/ Centro de Educao e
Recreio 3.1.1 Tempo de sediao naquele espao
3.1.2 Parcerias entre biblioteca e outras
entidades
3.1.3 Dinamizao de eventos no concelho
3.1.4 Faixas etrias da populao alvo
3.2. Instalaes da nova biblioteca municipal
de Vagos 3.2.1 Viso do novo projeto
3.2.2 Previso da concretizao do projeto
3.2.3 Impasses no atraso da obra
3.2.4 Benefcios para a populao/ concelho
3.3. Preocupaes relativas promoo da
leitura no concelho
-
32
Anexo 4F
Guio de entrevista Tcnica Superior da Biblioteca Municipal de lhavo
I. Caracterizao sociogrfica
1. Sexo
2. Idade
3. Naturalidade
4. rea de residncia
5. Nvel de escolaridade
6. Atividade profissional em exerccio
II. Biblioteca municipal enquanto promotora das polticas pblicas de leitura
1. Data de abertura da Biblioteca ao pblico
2. Misses da biblioteca municipal no concelho
3. Prioridades da biblioteca
4. Peculiaridades da biblioteca
5. Servios disponibilizados aos utilizadores
6. Equipa tcnica
6.1.Estruturao da equipa
6.2.Distribuio de pessoal
7. Outras infraestruturas para a concretizao dessas polticas de promoo da
leitura
8. Projetos desenvolvidos no tempo
9. Papel desempenhado pelos tcnicos desta biblioteca e a proximidade em relao
populao do concelho
10. Articulao entre a biblioteca e trs plos (Gafanha da Nazar, do Carmo, da
Encarnao)
10.1. Assegurar de cada um dos plos
10.2. Atividades desenvolvidas em cada um dos plos
10.3. Pblicos em cada um dos plos
-
33
11. Interao com os CNOs, nomeadamente com o CNO da Escola Secundria com
3. Ciclo do Ensino Bsico de Gafanha da Nazar
12. Adeso dos utilizadores ou populao em geral a iniciativas da Biblioteca
Municipal
12.1. Formas de obteno de feedback s iniciativas desenvolvidas
12.2. Relao com as bibliotecas escolares e formas de cooperao
13. Preocupaes da biblioteca com os utilizadores
14. N de utilizadores atuais
14.1. Idades dos utilizadores inscritos
14.2. Relao entre o nmero de utilizadores inscritos e o nmero efetivo de
utilizadores que recorre frequentemente biblioteca
15. Regulamento da Biblioteca, data de 12 de abril de 2006, restries
15.1. Elementos presentes na elaborao do regulamento
15.2. Atualizaes ao Regulamento
15.3. De acordo com o regulamento, no n do artigo 5 (p.3), podero ter
iguais direitos os utilizadores de outras bibliotecas e outros concelhos
s quais a Biblioteca Municipal de lhavo se venha a associar, para esta
e outras finalidades, de acordo com o que estiver expresso nos
respetivos protocolos de cooperao.
15.3.1. Gnero de cooperao
15.4. Forma de apresentao de sugestes
15.5. O carto de utilizador tem uma validade de 5 anos, desde que se
mantenham as condies de residncia, trabalho ou estudo presentes
data de emisso, sendo validado anualmente.
15.5.1. Motivos dessa validade
III. Lugar que a promoo da leitura ocupa no concelho
1. Maiores necessidades da populao do concelho/utilizadores da biblioteca
relativamente leitura
1.1. Formas de identificao dessas necessidades
1.2. Por quem feita essa identificao
1.3. Formas de combater essas necessidades
1.4. Redefinio dos projetos
-
34
2. Fatores de promoo da literacia e da leitura como contributo para a formao de
polticas pblicas a nvel concelhio
3. Aes de formao ou de sensibilizao no mbito da leitura
3.1.Tipo de pblicos
3.2.Tipo de divulgao
IV. Abertura da biblioteca a utilizadores externos ao concelho
1. Abertura da biblioteca a um projeto desenvolvido em torno dos cursos EFA no
concelho vizinho
1.1. Burocracias a ultrapassar para esta abertura
1.2. Abertura espordica ou abertura para outros pbicos
2. Atividades na biblioteca por esse grupo EFA
2.1. 1 Momento: Visita biblioteca e hora do conto
2.2. 2 Momento: Dramatizao de histrias
2.3. 3 Momento: Dramatizao de histrias
3. Inscrio dos elementos desse grupo no final de 2007
3.1. Burocracias na inscrio
3.2. Recurso/utilizao da biblioteca, entre finais de 2007 e 2010
3.3. Balano da abertura ao exterior para novos utilizadores
Plano de observao
Entrevistador
Entrevistado
Data
Local
Incio
Fim
Observaes
-
35
Anexo 4G
Grelha de categorias de anlise entrevista institucional Tcnica Superior da
Biblioteca Municipal de lhavo
Categoria Dimenso Indicador
1.
Bib
liote
ca M
un
icip
al
e a p
rom
o
o d
a l
eitu
ra
1.1. Espao cultural e de
promoo de polticas pblicas
de leitura
1.1.1 Data de abertura ao pblico
1.1.2 Misses da biblioteca
1.1.3 Prioridades da biblioteca
1.1.4 Peculiaridades da biblioteca
1.1.5 Servios disponibilizados
1.1.6 Estruturao da equipa tcnica
1.1.6.1 Estruturao do pessoal
1.1.7 Outras infraestruturas de apoio
1.1.8 Projetos desenvolvidos no tempo
1.1.9 Papel dos tcnicos e a proximidade com a
populao
1.1.10 Biblioteca e polos de leitura
1.1.10.1 Assegurar dos polos
1.1.102 Atividades desenvolvidas
1.1.10.3 Pblicos dos polos
1.1.11 Interao com os CNO's
1.1.12. Adeso dos utilizadores s iniciativas
1.1.121 Formas de obteno de feedback
1.1.12.2 Relao com as bibliotecas escolares
1.1.13 Preocupaes com os utilizadores
-
36
Categoria Dimenso Indicador 2.
Pop
ula
o
do c
on
celh
o e
a p
rom
o
o d
a l
eitu
ra
1.2 Utilizadores e regulamento 1.2.1 Utilizadores inscritos
1.2.1.1 Idades
1.2.1.2 Relao: inscritos e efetivos
1.2.2 Restries do regulamento de 12-04-2006
1.2.2.1 Feitura do regulamento
1.2.2.2 Atualizao
1.2.2.3 Cooperao
1.2.2.4 Forma de apresentao de sugestes
1.2.2.5 Motivos da validade do carto de utilizador
2.1. Necessidades da populao
do concelho em relao leitura
2.1.1 Formas de identificao
2.1.2 Por quem feita a identificao
2.1.3 Formas de combater necessidades
2.1.4 Redefinio de projetos
2.1.5 Fatores de promoo da literacia
2.1.6 Aes de formao e sensibilizao para a leitura
2.1.6.1 Tipo de pblicos
2.1.6.2Tipo de divulgao
3.
Uti
liza
dore
s e
os
curs
os
EF
A
3.1. Abertura ao curso EFA de
Vagos
3.1.1 Burocracias
3.1.2 Abertura espordica ou para outros pblicos
3.2.1 Visita biblioteca e hora do conto: 1. Momento
3.2.2 Dramatizao de histrias: 2. Momento
3.2.3 Dramatizao de histrias: 3. Momento
3.3.1 Burocracias na inscrio
3.3.2 Recurso/ utilizao da biblioteca por estas
mulheres (2007/2010)
3.3.3 Balano da abertura ao exterior/novos utilizadores
-
37
Anexo 4H
Guio de entrevista exploratria com um investigador da rea da sociologia da leitura
e da literacia
I. Caracterizao sociogrfica
1. Sexo
2. Idade
3. Naturalidade
4. rea de residncia
5. Nvel de escolaridade
6. Atividade profissional em exerccio
II. Literacia
1. Fatores explicativos para os nveis de iliteracia em Portugal
1.1. Crianas/ jovens
1.2. Adultos
2. Razes das desigualdades no domnio da literacia em Portugal
3. De acordo com os vrios estudos realizados nos ltimos anos, os nveis de literacia
da populao adulta em Portugal continuam a ser preocupantes, nomeadamente no
que diz respeito leitura
3.1. Solues para ultrapassar estes ndices e aproximarmo-nos dos ndices europeus.
3.2. Meios mais eficazes para fazer face a esta realidade
4. Equipa do PIAAC Programa Internacional para a Anlise das Competncias dos
Adultos programa de investigao internacional
4.1.Contributos deste estudo para ultrapassar o panorama atual em Portugal
4.2.Relao entre os nveis de literacia da populao portuguesa e a economia do pas;
4.3.Principais diferenas entre este estudo e os anteriores
4.4. PIAAC enquanto contributo para a tomada de conscincia do trabalho desenvolvido
ltimos anos pelos profissionais
5. Balano do Plano Nacional de Leitura (PNL, 2006)
5.1.Evoluo desde a sua implementao
-
38
5.1.1. Impacto do PNL desde a sua implementao
5.1.2. Resultados mais relevantes relativamente ao ltimo ano
5.1.3. Resultados globais, aps 4 anos
5.1.4. Medidas a equacionar e os resultados a melhorar, aps esta avaliao
5.1.5. Nveis de recetividade do PNL ao longo dos ltimos 4 anos
6. Projeto PNL e ANQ relativamente aos cursos de Educao de Adultos nos Centros
Novas Oportunidades (CNOs), em 2009
6.1.Viabilidade do projeto
6.2.Influncia deste projeto sobre os adultos
6.3.Situao dos adultos que no frequentam um CNO, mas frequentam um curso
noutra instituio, sendo o CNO um mero centro de validao de competncias
6.3.1. Abrangncia de todos os adultos, mesmo dos que no frequentam CNOs
6.4.Sensibilizao por parte dos prprios profissionais para esta problemtica da
literacia e da promoo da leitura
6.4.1. Formas motivao dos prprios formadores
6.4.2. Situao dos 300 mil desempregados e a obrigatoriedade de formao
III. Leitura
1. Nos ltimos anos ocorreu uma redefinio do conceito de leitura
1.1. Formas de encarar, em termos sociais, essa redefinio do conceito de leitura
1.2. As preocupaes com a leitura comearam a alargar-se tambm aos adultos nos
ltimos anos, a partir da dcada de 90
1.2.1. Resultados do trabalho que tem sido desenvolvido desde ento
1.2.2. Recetividade dos adultos para ultrapassar as dificuldades da literacia e da leitura.
1.3. Papel das novas tecnologias relativamente leitura e literacia
1.3.1. Conceito de hipertexto: motivao ou disperso
1.3.2. E-book ou livro em formato tradicional
2. Influncia das prticas de promoo da leitura na formao de identidades
2.1 Papel das bibliotecas nos ltimos anos junto das populaes
-
39
Plano de observao
Entrevistador
Entrevistado
Data
Local
Incio
Fim
Observaes
-
40
Anexo 4I
Grelha de categorias de anlise entrevista exploratria com um investigador da rea
da sociologia da leitura e da literacia
Categoria Dimenso Indicador
1.
Lit
eraci
a
1.1. Fatores explicativos dos nveis de iliteracia 1.1.1 Crianas jovens
1.1.2 Adultos
1.2 Desigualdades de literacia em Portugal 1.2.1. Solues
1.2.2. Meios
1.3. PIAAC 1.3.1 Contributos
1.3.2 Relao entre nveis de literacia e a
economia
1.3.3 Diferenas em relao a estudos
anteriores
1.3.4 Tomada de conscincia do trabalho dos
profissionais
1.4 Plano Nacional de Leitura 1.4.1 Evoluo
1.4.2 Impacto
1.4.3 Resultados mais relevantes no ltimo
ano
1.4.4 Resultados globais de 4 anos
1.4.5 Medidas a equacionar e resultados a
melhorar
1.4.6 Nveis de recetividade
1.5. Projeto conjunto PNL/ ANQ 1.5.2. Viabilidade do projeto
1.5.3 Influncia do projecto sobre os adultos
1.5.4 Situao dos adultos externos aos CNO's
1.5.5 Sensibilizao dos profissionais para a
problemtica
1.5.6 Formas de motivao dos formadores
1.5.7 Obrigatoriedade da formao em
desempregados
-
41
Categoria Dimenso Indicador 2.
Lei
tura
2.1. Redefinio do conceito de leitura
2.1.1 Forma de encarar, em termos sociais a
redefinio
2.2 Preocupaes da leitura alargadas aos adultos 2.2.1 Resultados do trabalho desenvolvido
2.2.2 Recetividade dos adultos
2.3. Papel das novas tecnologias
2.3.1 Hipertexto: disperso ou motivao
2.3.2 E-book ou livro em formato tradicional
2.4 Prticas de promoo da leitura na formao
de identidades
2.4.1 Papel das bibliotecas junto das
populaes
-
42
Anexo 4J
Mapa de entrevistas realizadas e no realizadas aos atores institucionais - 2010
Atores
Estado de concretizao
Data Realizadas
No
realizadas
Vereadora da Cultura da C.M. de Vagos X
Vereadora da Educao da C.M. de Vagos X
Presidente da Junta de Freguesia de Soza X 2010-09-27
Tcnica Superior de Bibliotecas e Documentao de lhavo X
2010-10-25
Mediadora X 2010-07-22
Coordenadora tcnica X 2010-07-14
Coordenadora pedaggica X 2010-07-28
Formadora de TIC X 2010-08-19
Formadora de Ingls X 2010-09-25
Formadora da componente tecnolgica X 2010-07-08
Socilogo X 2010-11-25
-
43
Anexo 4K
Grelha com indicao da data, local e durao de entrevistas realizadas aos
interlocutores institucionais formadoras, mediadora e coordenadoras
Interlocutores Data Local Durao Observaes
Coordenadora
pedaggica do curso
EFA B3 Ao
Educativa entre
2007/2008
2010-07-
28
Multiaveiro
92m
Acumula a funo de formadora e
consultora de formao
Coordenadora tcnica
do curso EFA B3 Ao
Educativa entre
2007/2008
2010-07-
14
Centro
Social de
Soza
80m
Tcnica de Servio Social
Mediadora do curso
EFA B3 Ao
Educativa entre
2007/2008
2010-07-
22
Domiclio da
mediadora
217 m
Profissional de Reconhecimento,
Validao de Competncias no
Programa das Novas Oportunidades
Formadora de TIC do
curso EFA B3 Ao
Educativa entre
2007/2008
2010-08-
19
Domiclio da
formadora
53m
Continua a exercer as funes de
formadora de TIC
Formadora de Ingls do
curso EFA B3 Ao
Educativa entre
2007/2008
2010-09-
25
Domiclio da
formadora
76m
Continua a exercer as funes de
formadora de Ingls
Formadora da
componente
tecnolgica do curso
EFA B3 Ao
Educativa entre
2007/2008
2010-07-
08
Domiclio da
formadora
135m
Continua a trabalhar a componente
tecnolgica, com diferentes mdulos
em cursos EFA
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44
Anexo 4L
Registos de observao da situao de entrevista aos interlocutores institucionais
Formadoras, mediadora e coordenadoras
Ator institucional
Data
Local
Durao
Formadora da componente tecnolgica
2010-07-08
Domiclio da formadora
135 m (15h45 18h00)
Observaes
A entrevista que anteriormente estava marcada para as 15h foi alterada para as 15h30 pela formadora
duas horas antes, uma vez que a reunio que tinha no decorrer da manh terminara mais tarde. Esta foi a
primeira de uma srie de entrevistas a atores institucionais que trabalharam de perto com o grupo EFA B3
Ao Educativa, que decorreu no concelho de Vagos, entre 2007/2008.
O dia estava quente, o sol aqueceu durante a viagem. Tentei descontrair um pouco, aumentando
ligeiramente o volume do rdio. 10m antes da hora marcada Cheguei a casa dela. O caminho parecia bem
mais curto do que da ltima vez que l tinha estado. Tentei ligar-lhe, embora o porto estivesse aberto.
Estava interrompido. Voltei a tentar. Entrei. Ela, entretanto, voltou a ligar para a chamada que tinha
anteriormente outra formadora. Sentamo-nos um pouco no hall enquanto ela resolvia alguns assuntos
com a outra formadora. No quintal notava-se a presena da filhota dela. Embora estivesse tudo muito
silencioso s se ouviam os sons da natureza havia imensos brinquedos espalhados carrinhos,
piscina, bonecos. S mesmo com crianas em casa encontramos este cenrio. A filhota de dois anos
estava a dormir, por isso resolvemos aproveitar para iniciar logo a entrevista. Acabmos por ficar na sala,
uma em frente outra, para no fazer muito barulho, no fosse ela acordar.
Como ela j sabia o tema do trabalho e aquilo que se pretendia desenvolver, falmos por breves minutos e
sumariamente acerca dos temas da entrevista. Liguei a mquina de filmar. Inicimos s 15h45m.
Estvamos ambas relativamente descontradas, embora a mquina inicialmente possa ter causado alguma
estranheza. Como no era uma situao habitual senti-me um pouco nervosa e apreensiva tambm pela
posio em que estava, mas aos poucos fomos descontraindo. A entrevista desenvolveu-se num ambiente
informal, pela prpria relao de -vontade que construmos a nvel profissional. Em algumas situaes
remetia para o trabalho conjunto que realizmos. Por vrias vezes mexeu no cabelo, rabiscou no papel
que tinha em cima da mesa, a caneta ia saltitando nas mos, a mo passava pelo brao, sorriu e riu quando
abordou algumas questes e atividades desenvolvidas pelo grupo em causa. O facto de ter trabalhado com
esta formadora no mbito da formao fez com que, embora tentasse evitar, interviesse mais do que
pensara. Alm disso, ela fez referncia a essas situaes, em algumas procurou esclarecer uma ou outra
dvida. A certa altura os nossos discursos sobrepunham-se, por interrupo de uma ou de outra.
Pouco tempo depois de termos comeado fomos interrompidas pela vizinha mida de 11 anos que
bateu porta da cozinha e entrou logo a seguir em casa, sem que desse sequer tempo nossa interlocutora
-
45
de responder. A porta da cozinha estava aberta e ela trazia um co pequenino para mostrar. Minutos
depois de ela ter sado retommos. No muito tempo depois a filha acordou. Foi busc-la e deixou-a
entretida com uns brinquedos. Porm, uma srie de interrupes sucessivas da filha no nos deixaram
avanar muito. Ela no gostava que a deixssemos sozinha e estivssemos ali a conversar sem lhe dar
ateno e por isso chorava. A entrevistada resolveu levar a filha a casa da vizinha para que pudssemos
continuar. Portanto, entre as 16h35 e as 17h foram mais as interrupes do que os momentos reais de
entrevista. Da a dificuldade de contar o tempo efetivo. Os 135 m em que andmos num para-arranca
converteram-se em metade do tempo de entrevista real, sem interrupes. Importa salvaguardar que
depois de ter desligado a mquina, aps ter trabalhado o guio com ela, estivemos a conversar um pouco
mais, de forma igualmente descontrada, acerca da posio dela enquanto formadora de algumas destas
formandas noutro curso EFA, mas de nvel secundrio. Nessa altura voltei a ligar a mquina, uma vez que
considerei estes dados relevantes para a temtica e que no estavam contempladas a priori no guio e que
valia a pena ter explorado um pouco mais, para se poder compreender o percurso destas mulheres.
No final, j completamente off the record, dialogmos acerca do desenvolvimento da entrevista e
apercebemo-nos que devamos ter feito uma viagem no tempo para recordar e contextualizar um pouco
situaes do curso, antes de termos entrado propriamente na entrevista. No obstante, havia a questo do
tempo e do facto de a filha poder acordar. Contudo, mostrou total disponibilidade para continuar a
colaborar com o projeto e agendarmos uma nova entrevista para dialogarmos sem tantas interrupes.
C fora continuava tudo muito calmo ouviam-se os sons dos sapos e de outros animais e um ou outro
carro mais abaixo. O sol estava meio escondido e um vento tornava o ambiente j no to acolhedor
naquele final de tarde.
Nota: Registos de observao realizados a partir da proposta de Azevedo (2007).
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Ator institucional
Data
Local
Durao
Coordenadora tcnica do curso EFA B3 Ao Educativa
2010-07-14
Centro Social
80 m (10h10 11h30)
Observaes
O dia acordou encoberto. As nuvens sisudas teimavam em tornar aquele dia de vero mais tristonho, mas
ainda assim estava agradvel. O sol insistia em espreitar, mas as nuvens mais densas encobriam-no.
Cheguei a Vagos 30 m antes da hora marcada. Por isso, em vez de ir diretamente para o Centro Social,
optei por ir at ao centro de Vagos. Corria uma brisa suave. Tentei descontrair um pouco porque estava
ansiosa, por motivos de outra ordem.
Assim, 8 m antes das 10h cheguei ao Centro Social, onde funciona a creche da instituio. O edifcio,
com linhas simples e funcional, foi inaugurado em setembro de 2007. Quando entrei, estava apenas um
dos funcionrios na receo. A tcnica estava no ATL (outro edifcio da instituio, mais antigo). Por
isso, sentei-me nas cadeiras que estavam mesmo ali ao lado. Das salas ouviam-se as vozes, mais
estridentes ou mais fracas, das crianas. Mas, 5 m depois das 10h a nossa interlocutora chegou, com o
mesmo sorriso, simpatia e boa disposio de sempre. Entrmos no gabinete. No gabinete, no muito
grande, vrios dossiers estavam distribudos pelas estantes, algumas folhas em cima da mesa. No gabinete
sentmo-nos frente a frente com uma mesa redonda no meio. Discutimos o modelo de conversa e
mencionei de forma genrica os temas a abordar ao longo da entrevista.
A entrevista decorreu num ambiente informal e descontrado e a mquina de filmar no teve qualquer
interferncia, tendo ficado mais desviada na mesa. Houve duas interrupes ao longo da entrevista, mas
apenas por breves momentos chamadas que implicaram o respetivo atendimento. As vozes das crianas
que ouvi quando cheguei ao Centro mantinham-se, mas no perturbaram as condies de gravao nem
os nossos discursos.
Ao longo da entrevista procurei que ela desenvolvesse o seu discurso, procurando igualmente ao longo da
mesma olhar para a entrevistada, sentada defronte de mim. Ela sorriu e riu abertamente quando abordou
algumas questes. Ficou mais sria quando lhe era colocada alguma questo, respondendo de forma
imediata. As mos, em determinados momentos mexeram no rosto nariz, pescoo -, no cabelo. Pela
forma informal como a entrevista se foi desenrolando acabei por evitar confrontar-me diretamente com o
guio que estava minha frente. Consoante se foi tornando mais uma conversa o guio deixou de ser a
minha base. Pelo discurso da entrevistada, fui intervindo e colocando novas questes. A certa altura, os
nossos discursos sobrepunham-se, com a interrupo de uma ou de outra.
Depois de desligar a mquina de filmar e concluirmos a entrevista, conversmos ainda 10/15 m. Fomos
interrompidas por uma das funcionrias, que necessitava da presena da tcnica noutra sala. A despedida
foi afvel, como sempre, e a disponibilidade, verbalmente, mantm-se.
Sa do Centro quando faltava pouco para a hora de almoo. Estava um pouco mais quente, mas as nuvens
teimavam em permanecer densas. Apesar dessa teimosia para tirar um pouco de brilho ao dia, sa dali
com um grande sorriso.
Nota: Registos de observao realizados a partir da proposta de Azevedo (2007).
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Ator institucional
Data
Local
Durao
Mediadora do curso EFA B3 Ao Educativa
2010-07-22
Domiclio da mediadora
217 m (10h40 14h17)
Observaes
s 10h em ponto cheguei ao apartamento de Anadia. A porta de entrada estava aberta, subi. A campainha
no estava a funcionar, por isso s quase cerca de 8m depois que ouvi barulho no apartamento, bati
porta. Entrei e esperei na sala at que a nossa entrevistada acabasse de se arranjar. Na sala havia um sof
maior e dois mais pequenos, uma lareira com fotografias e outras recordaes, entre elas do curso e das
vrias formaes que deu. A secretria mostrava que tinha estado a trabalhar at tarde. O porttil estava
aberto, com redes sociais abertas, o que revela o contacto permanente com o trabalho mesmo estando de
baixa mdica. Pela secretria estavam espalhadas folhas, dossiers, uma impressora. As estantes continham
livros, dossiers, encadernaes. Numa mesa redonda ao lado estava um vidro com uma vela no meio e
algumas chvenas volta. Revelava ser um espao de convvio em simultneo com espao de trabalho. A
porta da varanda estava aberta, com a persiana aberta at meio. quela hora entrava uma ligeira brisa.
Ouviam-se vozes de crianas a brincarem. Mais abaixo e do outro lado da rua estava a Santa Casa da
Misericrdia. O sol raiava com mais energia. Subitamente ouviu-se o som estridente de um carro de
bombeiros que passou na rua.
Depois de fechar a porta da varanda para diminuir um pouco o barulho dos carros na rua, a mediadora
deitou-se no sof, devido ao problema de sade que a obriga a estar mais tempo com a perna esticada. s
10h40 inicimos e entrevista, que decorreu num ambiente informal e descontrado. Ao longo da entrevista
procurei que ela desenvolvesse o seu discurso de forma fluente e articulada, procurando igualmente ao
longo da mesma olhar para a entrevistada, sentada defronte de mim, o que fez com que ao longo de toda a
entrevista mantivssemos o contacto visual. Ela sorriu e riu abertamente quando abordou algumas
questes. Ficou mais sria quando lhe era colocada alguma questo, respondendo de forma imediata.
Mudou de posio em alguns momentos, no deixando de estar deitada no sof. As mos foram
acompanhando o seu discurso, numa relao entre a linguagem verbal e a no verbal. Inicialmente parecia
ligeiramente mais retrada, qui pela presena da mquina de filmar, mas paulatinamente foi ficando
mais -vontade. A interrupo pelo vibrar do telemvel levou a que fizssemos, aps 99 m de entrevista,
uma pausa de 10m para um caf e uma gua. Nessa altura a mquina de filmar comeou a dar sinais de
bateria fraca e aproveitei para ligar a mquina corrente, para evitarmos outras interrupes. Pela forma
informal como a entrevista se foi desenvolvendo acabei por evitar confrontar-me diretamente com o guio
que estava minha frente. Consoante se foi tornando mais uma conversa o guio deixou de ser a minha
base e foram surgindo outras questes que ela foi abordando e considerei pertinente desenvolver. Pelo
discurso da entrevistada, fui intervindo e colocando novas questes nos momentos em que considerei
serem pertinentes. A certa altura, os nossos discursos sobrepunham-se, com a interrupo de uma ou de
outra, procurando sempre que o tempo de discurso dela fosse superior ao das minhas intervenes, que
surgiram apenas para clarificar algumas questes.
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O dilogo e os temas foram surgindo to naturalmente que nem sequer nos apercebemos do passar das
horas. No final mostrou-se, semelhana de outras conversas com os atores institucionais deste curso,
disponvel para continuar a colaborar com este projeto. Eram j 14h17 quando desliguei a mquina. S a
nos apercebemos que j estvamos com alguma fome, por isso, aps 217 m de conversa, fomos almoar
juntas Cria. L fora o vento fazia bulir as folhas das rvores, mas estava agradvel porque fazia com
que o calor no fosse demasiado intenso.
Nota: Registos de observao realizados a partir da proposta de Azevedo (2007).
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Ator institucional
Data
Local
Durao
Coordenadora pedaggica do curso EFA B3 Ao Educativa
2010-07-28
Multiaveiro
92 m (14h43 16h15)
Observaes
O dia estava bastante quente. Em Aveiro, junto ria, corria uma ligeira brisa, mas nem por isso estava
mais fresco. Mas medida que me fui aproximando de Aveiro, o cu foi ficando mais encoberto pelo
fumo dos incndios. J em Aveiro deparei-me com as sirenes de vrios carros de bombeiros que se iam
cruzando comigo no frenesim do trnsito. Depois de uma viagem entre Coimbra e Aveiro sob este calor,
cheguei a Aveiro completamente a pingar. Depois de estacionar, atravessei a ponte pedonal e fui at
Multiaveiro. Nessa altura, dois barcos cruzavam-se na ria, ali mesmo em frente, com alguns turistas que
aproveitavam para tirar fotografias.
s 14h20 cheguei Multiaveiro, 10 m antes da hora combinada. Estava tudo muito calmo, em nada se
comparava com a agitao visvel noutras alturas do ano. Na receo ligaram para a sala onde estava a
coordenadora pedaggica e ela pediu para subir para a sala de reunies. Quando cheguei sentei-me para
recuperar um pouco o flego. Apesar da diferena de temperatura da rua para as instalaes da
Multiaveiro, eu continuava literalmente a pingar. Na sala de reunies, espao exguo, havia somente uma
mesa redonda com algumas cadeiras volta e no canto, em frente porta, um pequeno armrio que tinha
em cima recordaes de alguns cursos. Passado pouco tempo, ela veio ter comigo Cumprimentmo-nos
afavelmente como sempre. Sentmo-nos novamente, ao lado e ao mesmo tempo de frente uma para a
outra, e passados alguns minutos, ela entreabriu a porta porque estava um pouco abafado. Discutimos o
modelo de conversa. Como me tinha solicitado o envio, por e-mail, do guio da entrevista, no voltei e
repetir a informao, at porque j tnhamos falado sobre isso tambm em contactos anteriores por
telefone. Acabmos por ficar durante quase 30 m, a conversar sobre diferentes temas, mais ou menos
banais.
s 14h43 inicimos a entrevista, num ambiente informal, tal como j tinha acontecido com as entrevistas
anteriores com os atores institucionais ligados aos cursos EFA. Ao longo da entrevista procurei que ela
desenvolvesse o seu discurso de forma fluente e articulada, procurando igualmente ao longo da mesma
olhar para a entrevistada, sentada diante de mim, o que fez com que ao longo de toda a entrevista
mantivssemos o contacto visual. Ela sorriu quando abordou algumas questes, mas manteve ao longo de
toda a entrevista o olhar calmo e sereno que a caracterizava. Diante dela, em cima da mesa, estava uma
folha impressa com o guio e uma caneta. Ia mexendo com as mos com um bocado de cartolina que
servia tambm de leque, mas que foi sendo dobrado aos bocadinhos ao longo da entrevista e que no final
ficou mesmo em quadradinhos. A certa altura deparei-me com um dilogo acerca de algumas situaes da
formao do curso em causa, para esclarecer e que foram o mote para ela dar novos exemplos ou
aprofundar o que tinha dito a piori. Contudo, apercebi-me, contrariamente s entrevistas anteriores, que
falou de forma mais genrica, no direcionado as suas respostas para este curso em concreto. Essa
situao ocorreu somente quando lhe foram colocadas questes mais particulares. Tal como aconteceu
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50
nas entrevistas anteriores, no seguimos o guio na ntegra, pela prpria fluidez do discurso. Pelo discurso
da entrevistada, fui intervindo e colocando novas questes nos momentos em que considerei serem
pertinentes. Assenti em determinadas alturas, intervim noutras. Durante a entrevista no houve qualquer
interrupo, embora tenhamos sentido o movimento de algumas pessoas na sala do lado e ouvido telefone
que tocou vrias vezes, mas nada disto afetou o decorrer da entrevista.
s 16h15 a mquina desligou-se porque ficou sem bateria, mas no me preocupei porque j tnhamos
abordado, de uma forma geral, as questes que considermos mais pertinentes para o tema. A partir desse
momento acabamos por conversar acerca de casos particulares de formandos e outras questes mais
gerais, mas sempre em torno da formao. s 17h despedimo-nos, mais uma vez de forma afvel. No
final mostrou-se, semelhana de outras conversas com os atores institucionais deste curso, disponvel
para continuar a colaborar com este projeto. Desci e, no andar de baixo, deparei-me com duas pessoas,
que cumprimentei de forma cordial. Sa para a rua. Corria uma ligeira brisa, mas continuava abafado e
quente. Na rua no se via muita gente. Duas senhoras, apesar do calor, faziam exerccio fsico, sombra
de uma rvore. Dois senhores conversavam junto ponte pedonal. Um barco passeava na ria, mas ia
praticamente vazio. Um final de tarde bastante quente, tal como vinha sendo habitual nos ltimos dias,
mas mesmo assim tinha de regressar a Coimbra.
Nota: Registos de observao realizados a partir da proposta de Azevedo (2007).
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51
Ator institucional
Data
Local
Durao
Formadora de TIC do curso EFA B3 Ao Educativa
2010-08-19
Domiclio da formadora
53m (16h30 17h23)
Observaes
O dia, contrariamente s previses meteorolgicas, estava lmpido e sem nuvens. Estava quente, embora
fosse uma temperatura normal para a poca, contrariamente quilo que vinha acontecendo nas ltimas
semanas. Embora estivesse de frias, fiz um interregno para me encontrar com a formadora de TIC
(Tecnologias da Informao e Comunicao) do curso EFA B3 Ao Educativa, que tambm que estava
de frias. Setembro, como habitualmente, avizinhava-se um ms de retorno ao trabalho e horrios mais
apertados. Por isso aproveitmos para nos reencontrarmos e realizarmos a entrevista.
Depois de me ter enviado as indicaes do endereo atravs de SMS, cheguei l s 15h20. entrada de
Aveiro estava alguma confuso de trnsito, no propriamente para o centro da cidade, mas em direo das
praias. Quando cheguei porta de entrada do prdio, aproveitei que uma senhora estava a entrar e entrei
com ela. Enquanto ela chamava o elevador, liguei formadora para confirmar o andar. Subi. Toquei
campainha e segundos depois ela veio abrir. Entrei e fui com ela at varanda, no muito grande, para ela
terminar de fumar o cigarro.
Entretanto, entrmos para a sala. Na sala havia um sof maior e dois mais pequenos, uma lareira e uma
mesa pequenina junto de um dos sofs. Na outra ponta da sala, que no era muito grande, estava uma
mesa cheia de livros e materiais de trabalho, juntamente com o porttil. Este espao revelava ser em
simultneo um espao de convvio e de trabalho. Conciliando estes dois espaos, havia duas plantas, a do
conto j a esbarrar no teto e a virar ligeiramente. A gata Nina andava pela sala muito calmamente e
vontade, sem se importar com as visitas, o que revela a relao da entrevistada com os animais, mesmo
residindo num apartamento. Depois de vaguear um pouco, deitou-se no sof junto da dona e ali
permaneceu durante todo o nosso dilogo prvio e da entrevista. No cho estavam espalhados alguns
objetos um rato miniatura, uma bola pequena, uma folha de papel amarrotada em forma de bola.
Antes de iniciarmos a entrevista acabmos por abordar outras questes acerca da formao que tnhamos
dado em conjunto e dos cursos com que ela estava a trabalhar naquele momento. Acabmos por ficar
sensivelmente 1h naquela conversa mais descontrada, at porque j no nos vamos h algum tempo. s
16h30 liguei a mquina de filmar e comemos a entrevista, que decorreu num ambiente informal e
descontrado.
Ao longo da entrevista procurei que ela desenvolvesse o seu discurso de forma estruturada, procurando,
ao longo da mesma, olhar para a entrevistada, sentada defronte de mim. No olhou em momento algum
diretamente para a mquina de filmar, foi fixando outros pontos daquele espao. Ela sorriu e riu
abertamente quando abordou algumas questes. As mos foram acompanhando o seu discurso. O nico
som que se ouviu ao longo da entrevista foi o do comboio, em dois momentos distintos, no fosse o facto
de a estao ser na rua paralela ao apartamento. Depois de desligar a mquina de filmar e concluirmos a
entrevista, continuamos a conversar de outros temas. O dia l fora continuava quente.
Nota: Registos de observao realizados a partir da proposta de Azevedo (2007).
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52
Ator institucional
Data
Local
Durao
Formadora de Ingls do curso EFA B3 Ao Educativa
2010-09-25
Domiclio da formadora
76m (16h37-17h53)
Observaes
O dia estava lmpido, sem nuvens e o sol aquecia, embora no com a energia das ltimas semanas.
Notava-se perfeitamente que este sol era de outono. De qualquer modo, estava uma tarde agradvel. Eram
15h quando cheguei a lhavo. Estacionei e caminhei alguns metros at ao prdio onde morava a nossa
interlocutora. Neste espao de tempo fui ouvindo o chilrear dos pssaros. No andava muita gente na rua,
apenas um casal estava numa das varandas dos prdios contguos. Dei-lhe um toque para o telemvel, a
porta abriu-se e subi. Embora tivesse de subir apenas at ao 1 andar, acabei por ir de elevador. Quando a
porta do elevador se abriu no 1andar assustei-me porque apareceu subitamente o co dela, que se atirou
logo a mim na brincadeira.
Entrmos para a sala, ligeiramente diferente em relao ltima visita que lhe tinha feito. Nas paredes
estavam vrios quadros, em cima de um dos mveis havia vrias fotografias das filhotas. O parque das
gmeas estava encostado ao mvel. L dentro estavam vrios brinquedos. A televiso encontrava-se
ligada, afinal ela estava a ver um dos filmes do Harry Potter. O sof era mais espaoso. Naquela altura as
filhotas ainda estavam a dormir, mas no demorou muito para que uma delas despertasse e nos fizesse
companhia, andando a gatinhar pela sala. Acabmos por nos sentarmos no sof e conversar sobre uma
srie de temas, que no propriamente o da entrevista.
Eram j 16h37 quando inicimos a entrevista, at porque nem sequer nos tnhamos apercebido que tinha
passado tanto tempo desde que tinha chegado. Nessa altura j andavam as meninas a gatinhar pela sala.
Mesmo assim, sabendo, partida, que poderamos ter algumas interrupes pelo meio, resolvemos
comear. No obstante, 5m depois de termos iniciado, fomos interrompidas pelo som da campainha.
Fizemos uma pequena pausa. Retommos alguns minutos depois, desta vez apenas com o som de fundo
das vozes das meninas que estavam na cozinha com a av. O telemvel dela ainda tocou, mas acabou por
desligar a chamada e a me dela acabou por aparecer na sala para perguntar algo, mas foram interrupes
fugazes, que no justificaram a interrupo da gravao.
A entrevista decorreu num ambiente informal e descontrado. Ao longo da entrevista procurei que ela
desenvolvesse o seu discurso de forma natural e estruturada, procurando igualmente ao longo da mesma
olhar para a entrevistada, o que fez com que durante toda a entrevista mantivssemos o contacto visual.
Ela sorriu e riu francamente quando abordou algumas questes. Ficou mais sria quando lhe era colocada
alguma questo, respondendo de forma instantnea. O facto de a entrevista estar a ser filmada no teve
qualquer interferncia, afinal, a certa altura, os nossos discursos acabaram por se sobrepor, com a
interrupo de uma ou de outra, procurando sempre que o tempo de discurso dela fosse superior ao das
minhas intervenes, que surgiram apenas para clarificar algumas questes. Tal como aconteceu nas
entrevistas anteriores, no seguimos o guio na ntegra, pela prpria fluncia do discurso. At porque
-
53
acabou por surgir um ou outro assunto que ela ia abordando e no era necessrio repetir apenas porque
estava no guio. Outros temas foram surgindo pelo prprio discurso dela. As mos foram acompanhando
o seu discurso, numa relao entre a linguagem verbal e a no-verbal. Sentada no sof, foi mudando
ligeiramente de posio, ora numa posio mais direta, ora reclinando a cabea mais para trs. A dada
altura, pelo tema que estava a abordar notei uma mudana no olhar, mais brilhante e ligeiramente
lacrimejante.
s 17h53 acabmos por concluir a entrevista, tendo, contudo, ficado ainda mais 45m numa conversa
informal sobre vrios temas. Quando sa, o tempo tinha mudado consideravelmente. O sol ainda no tinha
desaparecido, mas o vento era bastante mais frio, tornando-se desagradvel. A temperatura era
completamente diferente daquela que tinha encontrado ao incio da tarde.
Nota: Registos de observao realizados a partir da proposta de Azevedo (2007).
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