A Maçã de Eva

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1 A MAÇÃ DE EVA Depois de Darwin ter demonstrado a Evolução das Espécies, o Criacionismo Bíblico foi totalmente desprezado. Neste momento, até os próprios católicos, que têm as igrejas cheias de azulejos a descreverem a antropogénese, tal como a entenderam, sentem-se envergonhados com essa ignorância, que afinal é uma grande sabedoria, tivessem eles sido dignos de a ter assimilado! A classe culta tem-se deliciado a satirizar o Génesis. Fazer humor grosseiro é muito fácil em histórias sem nexo. Isso mostra a pouca valia da classe culta. Se cumprisse a sua função humana, melhor do que ridicularizar, teria visto que o Génesis e as Escrituras em geral, são mitos. Os poderosos e violentos, na sua ignorância e maldade, tomaram-nos como histórias factuais e fizeram-nos aceitar, à letra, pela força. Mitos correspondem a verdades para não serem reveladas na íntegra. À luz do conhecimento moderno, os responsáveis deviam investigar, com humildade, a ciência aí oculta. E aceitarem que existe um grande abismo entre os seus conhecimentos e a sabedoria de Cristo ou de qualquer outro Mestre. E os teósofos? O que pensam sobre a Maçã de Eva? Somos filhos de Deus ou filhos do macaco? - Os teósofos descobriram que apesar do estilo das Escrituras ser fanático, herança de um povo com um passado agreste, a descrição Bíblica é rigorosa; é um mito feito de símbolos importantes. Símbolos que escondem uma Ciência universal. Não se estuda Ciência sem previamente conhecer os seus símbolos e o significado exacto do que se descreve. Sophia é uma Ciência feita de símbolos muito fechados, para defesa dos ignorantes. O homem médio sabe que a interpretação materialista do mundo é dogmática, absurda e reveladora de grande fanatismo passional. Porque não está treinado para fazer investigação científica responde à loucura do materialismo com o paranormal - colecciona factos inexplicáveis pelas doutrinas que cientistas de pouco mérito resolveram estabelecer como ortodoxia. É um fenómeno reaccional. O homem intuitivo quer lutar contra a aridez materialista, não sabe como e provoca-a com factos paranormais, sem rigor, facilmente ridicularizados pela objectividade científica. As últimas décadas têm sido de luta entre o paranormal e a ortodoxia; ambos os lados esgrimem os seus argumentos, sem qualquer utilidade humana, porque não responde às angustiantes dúvidas insatisfeitas. Quem teve a intuição de que o materialismo científico é um absurdo gigantesco, explorador da credibilidade resultante da observação objectiva dos factos naturais, já devia ter entendido que não o podemos anular com o argumento de fenómenos inexplicáveis à luz daquelas doutrinas, porque tais factos são logo desqualificados. Devemos eliminar o erro do materialismo científico contrapondo a verdade às doutrinas falsas, servindo-nos de métodos adequados de investigação científica. Chegou a hora de enfrentar a crise humana e expurgar de vez a tendência para o miraculoso, o estranho, o sobrenatural. E quem insistir nesse caminho será rapidamente marginalizado como pouco inteligente e afim de ideias bizarras sobre o Mundo e o Universo, baseadas em factos idênticos aos das crendices religiosas. Temos de demonstrar que o materialismo científico é antagónico com os factos naturais e com o ensino dos Mestres, recolhido na Tradição universal dos povos. PROÉMIO O BEM E A LEI EXISTEM EM NÓS

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    A MA DE EVA

    Depois de Darwin ter demonstrado a Evoluo das Espcies, o Criacionismo Bblico foi totalmente desprezado. Neste momento, at os prprios catlicos, que tm as igrejas cheias de azulejos a descreverem a antropognese, tal como a entenderam, sentem-se envergonhados com essa ignorncia, que afinal uma grande sabedoria, tivessem eles sido dignos de a ter assimilado!

    A classe culta tem-se deliciado a satirizar o Gnesis. Fazer humor grosseiro muito fcil em histrias sem nexo. Isso mostra a pouca valia da classe culta. Se cumprisse a sua funo humana, melhor do que ridicularizar, teria visto que o Gnesis e as Escrituras em geral, so mitos. Os poderosos e violentos, na sua ignorncia e maldade, tomaram-nos como histrias factuais e fizeram-nos aceitar, letra, pela fora.

    Mitos correspondem a verdades para no serem reveladas na ntegra. luz do conhecimento moderno, os responsveis deviam investigar, com humildade, a cincia a oculta. E aceitarem que existe um grande abismo entre os seus conhecimentos e a sabedoria de Cristo ou de qualquer outro Mestre.

    E os tesofos? O que pensam sobre a Ma de Eva? Somos filhos de Deus ou filhos do macaco? - Os tesofos descobriram que apesar do estilo das Escrituras ser fantico, herana de um povo

    com um passado agreste, a descrio Bblica rigorosa; um mito feito de smbolos importantes. Smbolos que escondem uma Cincia universal.

    No se estuda Cincia sem previamente conhecer os seus smbolos e o significado exacto do que se descreve.

    Sophia uma Cincia feita de smbolos muito fechados, para defesa dos ignorantes. O homem mdio sabe que a interpretao materialista do mundo dogmtica, absurda e reveladora de grande fanatismo passional. Porque no est treinado para fazer investigao cientfica responde loucura do materialismo com o paranormal - colecciona factos inexplicveis pelas doutrinas que cientistas de pouco mrito resolveram estabelecer como ortodoxia. um fenmeno reaccional.

    O homem intuitivo quer lutar contra a aridez materialista, no sabe como e provoca-a com factos paranormais, sem rigor, facilmente ridicularizados pela objectividade cientfica. As ltimas dcadas tm sido de luta entre o paranormal e a ortodoxia; ambos os lados esgrimem os seus argumentos, sem qualquer utilidade humana, porque no responde s angustiantes dvidas insatisfeitas.

    Quem teve a intuio de que o materialismo cientfico um absurdo gigantesco, explorador da credibilidade resultante da observao objectiva dos factos naturais, j devia ter entendido que no o podemos anular com o argumento de fenmenos inexplicveis luz daquelas doutrinas, porque tais factos so logo desqualificados.

    Devemos eliminar o erro do materialismo cientfico contrapondo a verdade s doutrinas falsas, servindo-nos de mtodos adequados de investigao cientfica. Chegou a hora de enfrentar a crise humana e expurgar de vez a tendncia para o miraculoso, o estranho, o sobrenatural. E quem insistir nesse caminho ser rapidamente marginalizado como pouco inteligente e afim de ideias bizarras sobre o Mundo e o Universo, baseadas em factos idnticos aos das crendices religiosas.

    Temos de demonstrar que o materialismo cientfico antagnico com os factos naturais e com o ensino dos Mestres, recolhido na Tradio universal dos povos.

    PROMIO O BEM E A LEI

    EXISTEM EM NS

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    O resto so fantasias que podem dar um grande gozo sensual a quem as acarinha, mas no trazem a verdade ao mundo. Se querem ajudar o mundo comecem a fazer Cincia com os dados da Religio-Cincia e mostrem a sua verdade em comparao com o materialismo.

    As Escrituras tm, como os textos de outras tradies, um conjunto enorme de elementos de Cincia Espiritual a contrapor s doutrinas mistificadoras da Cincia profana.

    Uma das grandes dificuldades culturais do ocidental, em trevas agravadas pela opresso do fanatismo religioso, que rompeu com o Mundo Antigo, a ignorncia da estrutura do Homem e do Universo. Tema classificado esotrico para o homem ocidental era no-transmissvel no ocidente, por causa de conflitos humanos milenares e bloqueantes da vida espiritual, por se orientarem para realizaes materiais, revelia do esprito, j antes da Era Crist.

    Desde h milnios, o homem ocidental est vido de desenvolvimento do plo da matria custa do plo espiritual. E isso tem um custo!

    Enquanto no Ocidente as trevas espirituais desciam sobre o homem, no Oriente eram ensinadas: as estruturas dos seus veculos de manifestao; e os sete Planos da Natureza. Baseados nesse ensino podemos levantar o vu da Cincia Espiritual. O Imperador Alexandre Magno pensava que a crise do Ocidente era resolvel pela ligao ao Oriente. Ele mandou fundar uma cidade - Alexandria - dedicada promoo desse objectivo humano.

    Mas os cristos arrasaram os centros culturais daquela cidade, a primeira cidade dos tesofos, para que no pudesse cumprir o seu destino. Foi substituda, no ltimo sculo por Adyar, onde a Humanidade deposita grande esperana.

    Ningum diga - no se sabe, l porque os ocidentais no sabem. Quem o faz, rejeita bilies de homens por viverem no oriente, possuidores de uma outra cultura mais avanada espiritualmente, que foram explorados pelos que tinham recursos materiais e, s vezes, eram apenas andrides, sem esprito. As trevas espirituais do Ocidente no so ignorncia da Humanidade; ignorncia do homem ocidental e de andrides, orgulhosos da sua tecnologia, donos e polcias do saber! O ocidental no se limita a ser orgulhoso, autonomeou-se salvador do mundo, pela fora, e, com terrvel esprito de misso, faz tbua rasa do que no se identifique com os seus trilhos culturais.

    O ocidental era assim antes do Cristianismo; armado de fervor das crenas religiosas foi conquista e colonizao do mundo; equipado de tecnologia materialista, apoderou-se de civilizaes, natureza, espao csmico!

    Os psiclogos estudaram a gnese desta militncia patolgica, agravada no Ocidente com a Reforma - exaltada no Calvinismo com o dogma da predestinao levado ao absurdo. Quem eram os escolhidos de Deus? Os que tivessem sucesso material.

    Os ardores Calvinistas atenuaram-se, mas no inconsciente ocidental h uma procura de louvores, a nsia de reconhecimento, um substituto psicolgico, dos valores presentes no homem. Para ganhar o cu h que conquistar coisas e ser notado. O comportamento do homem ocidental, quer seja crente ou ateu, tm na base motivaes do tipo: estigma do eleito do Senhor e necessidade de ser louvado. a deformao espiritual convertida em materialismo, posses, separatividade. A escolha dos predestinados de Deus era avaliada pela riqueza e poder.

    Os vencedores na vida eram os escolhidos de Deus e assumiam o estatuto at s ltimas consequncias!

    Por contraste, a cultura espiritualmente viva de outras civilizaes, pobres de meios materiais, tida, no inconsciente ocidental, como de homens rejeitados de Deus, no-eleitos, no-vencedores,

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    to desprezveis quanto os no-arianos para os nazis. Os hindus eram os prias, o lixo de Deus. Ainda o so no inconsciente ocidental . Os tesofos tiveram de se esforar muito para abater o trono dos eleitos da f.

    O divino pode ser experimentado em cada homem, porque o homem a sua emanao, mas no pode ser descrito ou pensado. O povo faz os deuses e as religies medida das foras existentes na sua natureza temporal. Fosse qual fosse a religio aceite no ocidente encontraramos sempre as crenas necessrias para justificar as foras malignas, vivas na conscincia colectiva.

    Ningum desconhece a existncia de homens de sageza muito acima da mdia, em todas as civilizaes. Os gregos chamaram-nos filsofos. Eles eram educados como cientistas totais, em Escolas de Mistrios.

    A Cincia profana tem trs sculos. A Cincia Espiritual multissecular. O bloqueio de conhecimento, imperativo para defesa do homem ocidental, pelas ms consequncias do uso de um saber, gerou uma interpretao reducionista do Mundo: - o mundo a matria que vemos; e se no matria subjectivo, imaterial, inexistente. Para o ocidental todas as foras so materiais fsicas e no h outros Planos da Natureza seno o Fsico. Ele nunca poder entender factos to importantes como:

    - A energia do pensamento capaz de curar ou fazer adoecer, gerar epidemias, precipitar desastres naturais ou acidentes e que a vida depende daquilo que a comunidade pensa e sente.

    - A energia emocional que pode magnetizar uma massa popular;

    - A cura por transferncia de vitalidade atravs do magnetismo das mos e os fenmenos religiosos dependentes da imposio das mos; o poder dos sacramentos ministrados pelas Igrejas;

    - A importncia de manter centros sagrados de proteco noosfera.

    No h esprito sem matria. Logo, todas as funes da nossa conscincia (vontade, intuio, pensamento, emoo, sensao) tm um suporte material. Outras interpretaes tm um cariz avesso prtica cientfica de demonstrar tudo quanto conhecemos, por experincia de factos directos ou indirectos, incluindo a experincia exposta pelos Mestres, de conhecimento directo.

    O homem no procura a verdade, mas justificar-se . As ideologias sossegam a alma depois de terem sufocado a verdade l existente. Porque toda a Verdade e Bem existem em cada homem, desde toda a Eternidade; basta-nos abrir o acesso a esse nvel da conscincia. a realidade mais importante a aprender, se desejamos uma vida melhor.

    A mentira comea por ser uma recusa da verdade, por razes psicolgicas. uma incapacidade de ser livre, de assumir a verdade em ns. No deis aos ces as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas prolas, no acontea que... vos despedacem. Tirar ao cadver ou personalidade o erro desejado o mesmo que retirar o osso ou naco de carne da boca do co feroz e assassino. Cristo o disse.

    Todos j devem ter pensado no ridculo da situao narrada no Jardim do Paraso. Primeira pergunta: a descrio Bblica sabedoria ou ignorncia? Cincia ou fantasia? Se Cincia Cincia de uma linguagem simblica!

    Hoje sabe-se muito sobre os mecanismos da Evoluo, mas pouco sobre o significado da evoluo. A descrio Bblica no informa sobre os mecanismos evolutivos, mas d o - paradigma

    A MA E A PERDA DO PARASO

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    geral da doutrina da Evoluo - muito avanado em relao aos conhecimentos da Cincia, vtima da ignorncia dos cientistas, autolimitados aos aspectos materiais de algo que espiritual antes de ser material e s a partir dos aspectos superiores pode ser compreendido.

    Vejamos os smbolos usados na Simbologia Judaico - Crist - Teosfica.

    Deus fez Ado no fim do 6 Dia. E mandou-o pr nome a todos os seres. O den era um stio maravilhoso com quatro rios. Mais tarde fez a Eva da Costela de Ado e definiu os sexos. E Deus proibiu-os de comerem da rvore da Cincia do Bem e do Mal ou rvore do Conhecimento, que dava Mas. A proibio era para eles no serem deuses. Mas a Serpente seduze-os e f-los comer o Fruto Proibido; ficaram envergonhados, abriram-se-lhes os olhos e viram que estavam nus e tremeram ante o poder divino.

    O par foi expulso do Paraso e impedido de voltar atrs porque os Querubins com as espadas flamejantes, que andam volta, o impossibilitam.

    E tiveram de ganhar a vida a fazer culturas, com o suor do seu rosto e na obrigao de crescerem e multiplicarem os corpos temporais perecveis, porque os outros eram imperecveis.

    E o par primordial teve trs filhos: Abel, Caim e Seth. Dos filhos o Caim matou o Abel que ficou a clamar por Deus. E Seth foi o primeiro que teve filhos e filhas. E o primeiro que invocou o nome do Senhor - Jehovah.

    Para o leitor vislumbrar a luz oculta nesta aparente confuso convm dar uma ideia genrica sobre o significado cientfico de cada smbolo:

    Ado a essncia divina que habita o homem; a humanidade una.

    6 Dia significa que o homem s aparece no fim da evoluo de Seis Reinos (trs Elementais, Mineral, Vegetal e Animal). O

    homem o 7 Reino. A Cincia s conhece trs e inclui o homem nos animais.

    Colocar todos os Reinos no incio da Terra significa que a Vida aparece com algum desfasamento conforme a ordem dos Reinos mas todos eles na mesma Idade - Era Primordial.

    Fazer Eva a partir de Ado significa que existiu um homem sem sexo e depois andrgino. E mais tarde dividiram-se os sexos. No esquecer que os primeiros seres se dividiram por cissiparidade, depois por gemulao, esporulao, hermafroditas, ovparos e ovovivparos. O homem que repete em cada apario todo o processo evolutivo reproduz todas estas fases. Os embriologistas descobriram h muito que a ontogse ou embriogse repete a filgnese. Isto , em cada novo nascimento o homem percorre todas as fases precedentes at atingir o seu nvel: unicelular, pluricelular, peixe, batrquio, mamfero...

    Por raciocnio simples, quem faz Cincia devia ao menos ter imaginado que se isso assim na barriga da me, tambm deve ser na barriga da Natureza.

    A rvore da Cincia e do Bem e do Mal corresponde rvore da Vida sobre a qual tambm se definiram os Dez Mandamentos da Lei de Deus, o Pai Nosso, os Trs Princpios e as Sete Leis Fundamentais do Cosmos.

    Uma fora serpentgea - que obriga a percorrer ciclos, a fora do Esprito Santo, obriga o

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    homem a entrar no Ciclo de Necessidade para evoluir. Mas o homem estava nu; era pura essncia espiritual e no tinha existncia manifestada. Teve

    de se vestir, isto , manifestou-se na matria de cada um dos Sete Planos da Natureza, ou sete qualidades distintas de Matria.

    Teve de comer a Ma, porque o nico fruto com Cinco Sementes. E o homem evolutivo tem Cinco tomos Permanentes em evoluo nos Cinco Planos Evolutivos (dos Sete Planos).

    O homem verificou o grande Poder de Deus porque ao separar-se de Deus percebe-o como algo exterior a si mesmo. Deus existir, na iluso, fora de si at o homem verificar que afinal ele e Deus so uma Unidade.

    Expulsos do Paraso, aqui interpretado como Mundo Divino, para evolurem. E os Querubins com espadas flamejantes que andavam roda impedem o regresso pelo mesmo lado; para voltarem tm de percorrer o ciclo e entrarem na origem pelo outro lado. Tudo no mundo est sujeito a Ciclos ou Ritmos.

    E Eva teve filhos: Abel-Caim e Seth. Aqui j mais difcil porque se misturam vrios conceitos sobrepostos. Ado, Eva e os Filhos de Eva so as Raas Etricas, raas sem corpo fsico densificado. Ado a 1 Raa - sem sexo; Ado-Eva a Raa assexuada, com sexo mas no definido, 2 Raa; Abel-Caim correspondem 3 Raa: Caim o homem animal, a personalidade; e Abel o homem espiritual. Equivalem a todos os gmeos da Tradio: Rmulo-Remo, Castor-Polux...

    A Personalidade para se afirmar anula a presena do homem espiritual (Abel) ou Cristo em ns, em outro sentido. E Abel (Eu superior) continua a recordar a Caim (Personalidade), a sua divindade at sua salvao!

    O primeiro homem fsico denso com sexos separados que gerou filhos e filhas foi Seth - o homem da 4 Raa e 4 Sub-Raa da 3 Raa que teve filhos e filhas, sexos divididos; antes foi andrgino. Estava completada a Fragmentao Divina (no homem), que o smbolo de Seth na Bblia ou no Antigo Egpcio (Mito da Fragmentao de Osiris por Seth) representam. Tudo est conforme a Tradio Espiritual dos povos e ignorado pela Cincia actual.

    Seth o primeiro homem fsico com sexos separados e trs nveis de conscincia, dois deles para evoluir (temporal e espiritual) nasceu no Perodo Cretceo da Era Secundria. o Ado de Barro (cretceo). A Bblia diz e a Tradio confirma. O pr-homem veio para a Terra no incio da Vida na Era Primitiva e existe como homem completo ou Ado de Barro desde a Era Secundria. No um ser do Quaternrio e muito menos filho de macacos. Mas alguns antropides so filhos degenerados do homem.

    O primeiro homem fsico foi dotado de conscincia espiritual, chamada o Senhor. E ento

    PLANOS DA NATUREZA

    1. 1. Adi. Plano Raiz. o primeiro Plano de Manifestao do Universo emanado do No-Manifestado 2. 2. Anupadaka ou Mondico. Plano acima da Evoluo. Plano da unidade da vida. O Semeador 3. 3. tmico ou Vontade - o primeiro Plano da Evoluo. Nirvana. A funo mais elevada do homem 4. 4. Bdico ou Intuicional. O veculo do Esprito ou de Atma 5. 5. Mental -

    separa e liga o Mundo Temporal ao Espiritual. A razo em cima, o mental concreto em baixo

    6. 6. Astral - Passional, Emocional, Afectos 7. 7. Fsico - plano exterior Temporal com dois nveis: superior ou etrico e inferior ou fsico denso

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    comearam a invocar o nome do Senhor, o Eu Superior, a conscincia espiritual que antes no tinham pois foram apenas temporais, as estruturas elaboradas nos Seis Dias ou Seis Reinos da Criao. Porque em cada Dia da Criao (bilies de anos) a Vida sobe um Reino.

    Mas tambm ficou submetido a Jehovah, um nome que significa Yod - pnis e Hova - vagina. A fora que separa o homem na polaridade macho e fmea, e gera as personalidades separadas. o deus da separao e da oposio entre um e o outro. Cristo veio para nos libertar de Jehovah, pela unificao, a converso na fora oposta reunificadora.

    O homem a Arca de No das espcies, sentido de dar o nome aos seres. Pela sua ligao ao divino tem a capacidade de trazer os paradigmas evolutivos de toda a Criao a revelarem-se. Assim o homem de cada Era Geolgica o paradigma dessa Era. O que o homem for os seres so.

    A Ma foi a causa da expulso do Paraso, que uma necessidade evolutiva do homem para ser consciente no Todo e em si mesmo e de si mesmo.

    A Ma o nico fruto com cinco sementes. E pelo facto de ter cinco sementes representa o homem em evoluo, porque o homem

    um conjunto de cinco agregados, cada um deles com um tomo-permanente, chamado semente, sempre o mesmo, para todos os milhes de vidas de cada Ego. A ma o homem evolutivo; ma de ouro o homem perfeito, o que terminou a sua evoluo.

    A conscincia humana um reflexo do esprito puro, do Todo, mas, para se manifestar, fica envolta na matria, o si mesmo. Uma vez que isto acontea, s pode regressar origem se desenvolver, atravs dos Sete Reinos da Evoluo, os poderes da matria que a aprisiona.

    O homem evolutivo, para o distinguir do ser total, , como se disse, constitudo por cinco agregados, as cinco funes da conscincia individual: vontade, intuio, mental, emocional e sensorial.

    O ser tem necessidade de aprender a viver em Sete Planos da Natureza, cada um deles com matria-vida-conscincia prprias.

    O homem evolui em Cinco Planos da Manifestao, onde tem veculos, de cujo desenvolvimento depende a revelao da conscincia que os habita. Evoluir despertar os poderes da Matria dos veculos de manifestao.

    Os Sete Planos do Cosmos agrupam-se em trs Mundos - Divino, Espiritual e Temporal, logo em trs nveis de conscincia. Comeamos por dominar o Quaternrio inferior temporal.

    Evoluir gerar o que j existe em cada ser para ser transformado, segundo o Plano Evolutivo ou Divino. Logo, evoluir no um Acaso, nem um passo no escuro. um processo com objectivos bem determinados, que dependem da capacidade individual para despertar os poderes dos seus veculos.

    A perfeio do homem, no dizer dos Mestres, os nicos que podem ter experincia disso, no uma perfeio qualquer; a prpria daquele ser, desde toda a Eternidade. Claro que s no fim teremos uma experincia directa disto; por agora, basta consider-la uma hiptese lgica e concordante com a anlise dos homens.

    MA FRUTO de CINCO SEMENTES

    HOMEM FRUTO de CINCO SEMENTES

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    A semente germina pelo seu prprio dinamismo, como se diz em Mat. 4:26-29. Ela germina independentemente dos cuidados postos no terreno, embora os resultados sejam diferentes se o terreno for bom ou mau. Os Mestres comparam o homem a uma semente. No tomo-permanente, ou semente do ser em cada Plano, est o dinamismo que os gregos chamavam entelquia, a energia necessria para levar o ser mxima perfeio, segundo a sua qualidade essencial.

    O conceito de qualidade essencial introduz aqui a diferena. Os homens manifestados, nem na origem so todos iguais porque se manifestam atravs de um dos Sete Raios ou Sete Poderes de Manifestao. Logo, cada homem tem desde a origem a qualidade prprio do Raio atravs do qual entrou na Manifestao. Essa qualidade prpria original, sem possibilidade de alterao, distingue-o dos outros. Por exemplo, um educador ou filsofo, como o homem do 2 Raio, tem energia especfica para ser isso, mas no est dotada da energia prpria do legislador (1 Raio) ou do artista (4 Raio). H Sete Raios ou Foras bsicas, com as suas subdivises septenrias.

    O ser existe em Trs Mundos: Divino, Espiritual e Temporal, em Sete Planos de conscincia - vida -matria. O Homem o primeiro ser evolutivo com acesso aos Trs Mundos da Manifestao. Ele evolui nos Mundos - Temporal e Espiritual - de baixo para cima. O desenvolvimento no Mundo Divino algo acima do homem, ou melhor, a continuao do despertar da Vida para l do homem.

    O desenvolvimento do Homem Temporal um processo complexo. O homem temporal um Quaternrio gerado em Seis Reinos ou Seis Dias. Portanto, o Quaternrio Temporal do homem foi estruturado pela Vida ou Vontade Criadora que veio pela Natureza. Quando o pr-homem foi homem total, l pelos fins da Era Secundria, no Perodo Cretceo ou do Barro, o Ado de Barro que sucedeu ao Ado Etrico (Ado Roentgen, Ado Translcido, de Raios X) dotado de uma outra Vontade que lhe chegou vinda de cima para baixo.

    A Vontade da Natureza, ou Vontade dos Elementais organizadores da matria e dos veculos, que age de baixo para cima continua a existir no homem; a vontade que gere as necessidades humanas e defende a sobrevivncia do organismo e a sua integridade. Essa vontade reconhecida como instintos.

    Os veculos de manifestao do homem so habitados por duas vontades, devendo a Vontade humana verdadeira acabar por reger a Vontade instintiva da Natureza.(i[i]) Enquanto isso no acontece, o homem com a Vontade de cima, que dominante, pode alterar a vontade de baixo e introduzir at comportamentos estranhos sua sobrevivncia, que a vontade inferior, entregue a si-mesma, nunca permitiria. A vontade inferior, que nos chega da Natureza, por estar ao servio da separatividade e da conservao do indivduo e da espcie, oposta Vontade superior, que hostiliza e, em muitos casos, acaba por vencer. O conflito das duas vontades e a hiptese de a vontade superior ser colocada ao servio da inferior, com inverso do processo espiritual, determina expectativas diferentes das normais, com grande sofrimento para toda a vida que v assim comprometidos os seus objectivos evolutivos. Quando tal acontece, estes andrides que se isolaram da evoluo e vivem para si mesmos, tm de ser auto-isolados e auto-extintos, para que o processo continue.

    No Mundo Temporal devemos considerar no s o Plano Fsico ou plano exterior, mas tambm - o Plano Astral, o plano interior.

    A estrutura fundamental do Universo, descrita no grfico, de Sete Planos de Manifestao, cada um deles com Sete Sub-Planos, no representados. Eles esto repartidos por trs Mundos - Divino, Espiritual e Temporal, correspondentes aos trs nveis de conscincia do Homem desenvolvido.

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    O grfico sugere um crescente domnio do plo material de cima para baixo. No Plano de cima (branco) domina a conscincia, no de baixo (escuro) domina a matria.

    O homem evolui em

    cinco Planos da Natureza, os Planos da Evoluo. S o homem, o 7 Reino da Natureza, tem a capacidade para atingir o objectivo final da Evoluo - o conhecimento pleno dos Sete Planos, logo, o acesso ao Mundo Divino. Os seres abaixo do homem no tm ligao aos Mundos acima do Temporal. O homem filho de Deus.

    Os Sete Planos de Manifestao parecem estar integrados entre si. Pelo que sabemos h Planos que ligam na horizontal e alternam com outros que ligam na vertical, como se tivessem, respectivamente, uma polaridade feminina e masculina.

    Os Planos que integram na vertical , assinalados ( ), participam simultaneamente em dois Mundos, no superior e no inferior: - o Mental (liga o Mundo Temporal - Mundo Espiritual); e o tmico ou da Vontade (liga o Mundo Espiritual - Mundo Divino).

    E os Planos que integram os outros na horizontal - bdico e astral, assinalados por ( ) a sombreado, interpenetram-nos. O Plano Astral, em cima (metade superior) interpenetra o Plano Mental; e em baixo (metade inferior) interpenetra o Plano Fsico. O Plano Bdico interpenetra o Mental superior e o tmico inferior. Eles exercem a funo de ligao horizontal . No grfico, a cor simboliza a interpenetrao de um Plano no outro Plano.ii[ii]

    A interpenetrao de Planos, como acima se descreve e no domnio daquilo que preciso confirmar, faz-nos classificar o corpo interno do homem como Kama (Emocional) - Manas (Mental). O pensamento inferior inseparvel das emoes. O Quaternrio inferior obedece fora estruturante que vem da Natureza, de baixo para cima.

    O homem evolutivo est a aprender a integrar o nvel inferior (temporal) e intermdio (espiritual) de conscincia, pelo desenvolvimento dos seus veculos de manifestao. No grfico, os dois Mundos - superior Espiritual e inferior Temporal - esto separados pelo trao entre o mental superior/mental inferior.

    A simbologia da ma, com cinco sementes, reporta-se aos cinco nveis onde h a potencialidade de manifestar veculos individuais de vida, com e sem forma. Segundo a descrio anterior, no Mundo Temporal, o da vida com forma perecvel, existem apenas duas sementes - a do corpo exterior ou fsico-vital, e a do corpo interior dito subjectivo - das emoes/pensamento.

    No Mundo Espiritual - o da vida imperecvel, sem forma, existem trs sementes: razo, intuio e vontade. Mas se dissermos apenas duas sementes e classificarmos a 5 Semente como - o divino em ns, o Seja feita a Vossa Vontade, segundo um paradigma 2+2+1, tambm de considerar. A hespride ou ma de ouro significa a perfeio evolutiva das cinco sementes.

    CINCO PLANOS EVOLUTIVOS

    LIGAO VERTICAL

    LIGAO HORIZONTAL

    TMICO SUP.

    TMICO INF. BDICO SUP.

    MENTAL SUP. BDICO INF.

    MENTAL INF. .

    ASTRAL SUP.

    FSICO SUP. ASTRAL INF. FSICO INF.

    MA DE OURO OU HESPRIDE

    A PERFEIO EVOLUTIVA

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    Hspero era o irmo de Atlas; ele subiu ao cimo do monte para ver as estrelas e transformou-se em estrela ou sol, um modo alegrico para referir a sua divinizao (teose) - o fim ltimo do homem: atma, o divino em ns.

    O Grego Hesperius significa: ocidental. sinnimo do Latim Vesper - noite, tarde, ocidente, estrela do anoitecer - Vnus. Pela Lei das Analogias, onde todos os fenmenos se inscrevem, o oriente representa os comeos e o ocidente o fim, a concretizao do objectivo.

    Uma cultura chamada ocidental, por conveno, pois a Terra redonda e o ocidente uma referncia em relao a um ponto estabelecido, a cultura da concretizao de algo, orientada para os fins, neste caso para o mergulho na matria, por oposio cultura oriental dos princpios, o retorno origem. A cultura descendente da materialidade, de Jehovah, tem de ser completada pela cultura ascendente, da espiritualidade, de Buddha-Cristo-Teosofia.

    Os nossos Pais Solares so chamados Senhores de Vnus porque se manifestaram na 3 Raa e na 3 Era Geolgica (Era Secundria), regidas por uma fora csmica classificada como paradigmtica de Vnus.

    As sementes temporais so sempre as mesmas ao longo da cadeia de vidas-mortes. Vivemos em campos polares, e a vida temporal mantm-se enquanto houver uma polaridade estabelecida, no s no mesmo plano, mas entre planos contguos.

    O plo biolgico ou material do Mundo Temporal ou Mundo da Forma fornecido pelos pais, e perdura nos genes, na herana biolgica, associada ao inconsciente individual e colectivo. O plo da conscincia domina nos tomos-permanentes ou sementes, volta das quais se reconstituem os corpos temporais em cada nova vida, pois os dois corpos temporais (cada um deles com dois Princpios: Fsico e Duplo Etrico, o exterior; Prana-Kama e Kama-Manas o interior), so perecveis.

    O homem evolui para desenvolver os veculos com forma, suportes da sua conscincia temporal, herdada dos Reinos evolutivos abaixo de si, nos Planos - Astral e Fsico; e os veculos sem forma da conscincia espiritual, concedida pelos Pais espirituais.

    O homem o elo de ligao entre a conscincia herdada de seis Reinos, e a herdada dos Pais Espirituais, conhecidos sob muitos nomes: Melquisedeque da Bblia, melhor Melleck ou Molech (Rei) Tzedeck (Justo), Rei dos Justos, o chamado Rei do Mundo, Sanat Kumara e a Hierarquia Septenria dos Kumaras, os Devas (Anjos) ou Pitris (Pais) Solares e Senhores de Vnus.

    A conscincia temporal est ligada atravs do mental, sua verdadeira conscincia, a conscincia espiritual. O mental o mximo da conscincia temporal ou conscincia do cadver, assim chamado por a conscincia temporal estar sujeita a ciclos de vida - morte, comparveis a uma rvore de folha caduca.

    O homem um saptaparna (sete folhas). As folhas caducas so as personalidades, os cadveres, perecveis. Ao contrrio, as folhas do Eu Superior ou conscincia espiritual so perenes; a verdadeira conscincia humana imperecvel ou permanente.

    O homem diferente, dos Reinos abaixo de si, porque o primeiro ser vivo com trs nveis de conscincia quando os inferiores apenas tm um nvel de conscincia e pouco desenvolvido. Assumir-se o homem como animal errar muito.

    Desprezar o Mestre, porque as religies se apropriaram da sua Cincia, promover a ignorncia

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    espiritual. Fazer do Mestre que um deus, um homem vulgar, comparar um ser divino, com conscincia infinita e contnua, a um ser apenas consciente do seu nvel inferior de conscincia - muito limitada e intermitente.

    Ainda no somos deuses, mas j no somos animais. Porm, como os Mestres foram o melhor da Humanidade, pela sua ascendncia humana tm o poder de trazer o divino - a verdade e o bem - at aos homens.

    Em termos cientficos, o estudo do Universo feito pelos Mestres, e por quem tem capacidades acima do cadver (assim chamada a conscincia temporal, o mais baixo dos trs nveis de conscincia do Homem), coerente com a aceitao da existncia, em cada um de ns, de veculos materiais, suportes das cinco qualidades humanas: vitalidade e sensaes, emoes-paixes, pensamento, intuio, vontade. iii[iii]

    O objectivo da Evoluo a imortalidade. Como? -Procurai um lugar para vs no repouso, para no vos tornardes cadveres e no serdes comidos (Ev. Tom L70). O Repouso a Graa de Deus, a vida amorosa ou intuitiva, o que est acima do mental.

    Logicamente, a matria dos Planos acima do Plano Fsico (Plano Fsico conhecido da Cincia profana apenas na metade inferior, e no na sua totalidade, nos sete Sub-Planos) nada tem em relao com a matria fsica. E embora toda a matria tenha a mesma raiz, h sete qualidades distintas de matria. Logo, h Sete nveis ou Planos de Matria Vida - Conscincia, cada um deles com sete subdivises ou Sete Sub-Planos.

    Todavia, apenas os ltimos cinco Planos so envolvidos na Evoluo, e particularmente os dois ltimos Planos - Fsico e Astral, e metade inferior do Mental. Os Planos de matria-vida-conscincia, reproduzem a trade ou trindade indissocivel, os Trs Poderes (chamados no Cristianismo Pessoas da Santssima Trindade), onde o Cosmos se baseia. Os Trs Poderes Divinos reflectem-se em dois Mundos: Espiritual e Temporal. Em cada Mundo domina um dos Trs Poderes, sendo os outros dois secundrios, porque os Poderes so inseparveis, unos; no existe um sem os outros dois. iv[iv] ,v[v] ,vi[vi] ,vii[vii], viii[viii]

    Num dos textos apcrifos, o Proto Evangelho de Tiago, conta-se o modo como foram escolhidas sete Virgens para tecer os sete vus do templo.ix[ix]

    Os vus do templo divino so os Sete Princpios do Homem e seus veculos de manifestao. O homem considerado o templo de Deus. As Virgens simbolizam a Matria Virgem desses veculos, sobre os quais se vai manifestar a vida e a conscincia.

    E o sumo-sacerdote disse: Chamai as raparigas da tribo de David que esto sem mcula .

    Os servos procuraram e encontraram sete... E o padre disse-lhes: Tirem sorte aquela que fiar o

    II BASES DA EVOLUO

    TRS MUNDOS

    SETE PLANOS

    SETE PRINCPIOS

    SETE PRINCPIOS

    1. OURO. TMICO. VONTADE 2. AMIANTO INTUIO. RESISTNCIA AO FOGO

    3. LINHO. MENTAL. LIGAO ENTRE OS DOIS MUNDOS TEMPORAL E ESPIRITUAL

    4. SEDA. EMOCIONAL

    5. AZULADO. DUPLO-ETRICO 6. ESCARLATE. PRANA. SANGUE 7. PRPURA. FSICO DENSO

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    ouro, o amianto, o linho, a seda, o azulado, o escarlate, e a verdadeira prpura .

    O homem tem sete Princpios para desenvolver, em Cinco Planos. No Quaternrio Inferior ou Personalidade tem quatro Princpios. O Quadro d-nos uma correlao entre os Princpios, os seus veculos e os Planos. No 1 Sub-Plano de cada Plano h um tomo-permanente ou semente que a presena imperecvel de cada ser.

    As duas sementes do Mundo Temporal - correspondentes aos dois ltimos vus e aos quatro princpios inferiores, so de rvore de folha caduca, a vida perecvel - em cada ciclo as folhas ou vidas nascem na primavera e morrem no outono, isto , tm vidas-mortes sucessivas. A semente do Plano Fsico gera o chamado objectivo; a semente do Plano Astral gera o subjectivo (?) e funciona como modelador do objectivo. um ponto importante a reter, no modo como se processou a evoluo dos seres, a evoluo das espcies, onde o pr-homem astral

    fsico superior precedeu o homem fsico denso inferior.

    Evoluir, numa primeira fase, uma Queda do Esprito Matria. Depois, na segunda fase, uma Libertao do Esprito da Matria. Para o Esprito se libertar tem de exercer o controlo total sobre a Matria. A falta de domnio da Matria, do despertar dos seus poderes latentes, causa o obscurecimento do Esprito ou Luz - toda a Luz - e a perda da identidade humana. O homem envolvido na Matria no tem acesso ao Esprito ou tem-no de modo limitado. Fica incapaz de se reconhecer a si mesmo e tem necessidade de ser recordado , de fora para dentro, na sua identidade, por um testemunho de um deus ou ser aperfeioado. Eis porque Cristo e os Mestres tm de dar testemunho.

    Recordo o facto de o plano interior - Astral, ser em todos os casos o modelador do exterior. Foi assim no princpio da Humanidade na Terra. O processo repete-se em cada novo renascimento ou ressuscitao temporal. E nessa Era longnqua, onde a Cincia ainda no localizou o homem, no perodo Cretceo da Era Secundria e na Era Terciria, os nossos corpos fsicos eram menos densos ou menos materiais e conseguamos preservar a continuidade da memria de uma vida para outra vida. Havia maiores facilidades, em cada ressuscitao, de recuperar a vida no ponto onde a tnhamos deixado em cada morte, porque nos recordvamos da aprendizagem anterior.

    As Civilizaes dependem muito do modo como a Humanidade est enquadrada e pelo nvel dos seus dirigentes. Em tempos idos onde os homens necessitavam de uma assistncia muito cuidada, pois era impossvel sobreviverem sem ajuda directa, os governantes eram os prprios Mestres. Foram civilizaes regidas por deuses, do nvel do Senhor Cristo, culturalmente muito avanadas, embora fosse uma cultura passiva, ensinada. Estavam dotadas de um

    nmero reduzido de leis bsicas simples, de uma justia perfeita. Depois, tivemos de ficar entregues a ns mesmos para evoluirmos e a inexperincia fez lei. Ficou a lembrana de terem existido Idades de Ouro onde a felicidade reinava na Terra. E no uma mistificao.

    No julguemos a actual Civilizao a melhor de sempre e antes dela era o homem das cavernas.O homem ocidental do Quaternrio a vtima de uma srie de cataclismos espaados em milnios (850.000, 200.000, 75.025 A.C e 9.564 A.C. - nmeros ensinados, com alguma base geolgica).

    O cataclismo descrito por Plato (de 9.564 A.C.), corresponde Era Mesoltica e aos comedores de mariscos da histria (como se verifica nas pilhas de conchas de mariscos do vale do Tejo e do Sado), por ter havido uma noite planetria - ocultao da luz solar por poeiras - que durou um ano,

    IDADES DE OURO

    QUANDO O HOMEM ERA O RECM-NASCIDO FILHO DE DEUSES

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    com inibio da fotossntese e destruio generalizada da vida, por ruptura da cadeia alimentar; sobreviveram com mariscos, por falta de alimentos!

    O homem das cavernas um nufrago ignorado, na origem de uma iluso histrica: o pitecantropo. O homem ps-diluviano perdeu a memria dos tempos gloriosos (antes do Dilvio de No de cataclismos seriados, sendo o ltimo o de Plato ou do afundamento de Poseidnis, a ilha-continental do Atlntico norte), relatados nos mitos das idades de ouro. Esses mitos, presentes em todas as culturas arcaicas, no foram compreendidos pelos cientistas ocidentais, bloqueados por doutrinas errneas transmitidas pela infalvel Igreja e pelo seu oposto, o infalvel Darwinismo anti-clerical.

    Existem trs tipos de homens fsicos referentes a trs Raas Raiz e grosso modo a trs tipos de lnguas.

    1. monossilbicas; 2. aglutinadas em relao com a 4 Raa Raiz - dos ndios (chamada no snscrito antigo a lngua

    Rakshasi Bhasha, como a lngua dos bascos peninsulares (ver Apollonius de Tyane et Jsus, pg. 110);

    3. flexivas - o snscrito, a me de todas as lnguas indo-europeias (grego, latim, etc.).

    Elas correspondem s trs Raas fsicas densas j manifestadas (duas por manifestar). Mas os paleontologistas e estudiosos da pr-histria andam a juntar ossos para definir o chamado homo habilis, depois o homo erectus e mais tarde o homo sapiens com a variante homo sapiens neandartalensis e homo sapiens sapiens. x[x]

    As trs Raas Densas so diferentes e cada uma delas trouxe Manifestao uma Era geolgica - Secundria, Terciria e Quaternria: Continente, minerais, vegetais, animais e Homem com diferentes capacidades.

    Quando os historiadores falam do antepassado de h 800.000 anos, onde o homem parece ter descoberto o fogo, uma grande iluso.

    Esto efectivamente a falar de um mundo sujeito a convulses geolgicas globais (h cerca de 850.000 anos), que submergiram os grandes centros da cultura humana. Os historiadores encontraram os nufragos, mas no a cultura submersa.

    O homem da Idade Quaternria, isolado das suas razes culturais, teve de lutar pela sobrevivncia em condies muito difceis. Se no o interpretarem como nufrago, um Robinson Cruso colectivo e universal, desamparado, nunca chegaro a saber a nossa histria, quando fomos engolidos pelo afundamento de um continente. Corresponde a homens sem capacidade cultural,

    como as tribos de homens arcaicos de hoje, vizinhas de culturas tecnologicamente avanadas. A Europa estava povoada por essas tribos j com fraca capacidade evolutiva, a aguardarem o seu verdadeiro povo, a 5 Raa.

    Chamam pitecantropo ao homem oriundo de outras Eras. um mau nome porque chamar pitecantropo assumir uma origem simiesca e animal do homem e isso falso. Havia na 4 e 3 Raas, as duas primeiras raas fsicas densas, algumas analogias morfolgicas com o animal - o rebordo supra-orbitrio, a configurao dos membros, etc., porque o homem se animalizou - por incapacidade de viver humanamente, e por ter contestado os seus Instrutores Divinos. Porm, quando foram gerados pelos deuses, as formas humanas eram belas, como a Bblia diz, em Gn. 6:2: viram os filhos de Deus (conscincia espiritual) que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres (personalidade, conscincia temporal) de todas as que escolheram. As formas belas foram degradadas, por incapacidade de viver humanamente, tal como as crianas de hoje nascem lindas de ver e, passados uns anos, tornam-se horrorosas. A alma modela-lhes o corpo

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    e a beleza vai-se!

    Aceite, por erro, uma ascendncia simiesca, divide-se o homem recente ou homo sapiens em: homem de Neandertal com mas do rosto salientes e os maxilares projectados para a frente, aparentados aos da raa pele-vermelha e monglicos (a Raa Atlante miscigenada), um homem dominante na Era Terciria; e o homo sapiens sapiens, o chamado Ariano da tradio espiritual, o indo-europeu da Histria, o homem da Era Quaternria. Todavia, o homem de Neandertal uma mistura de dois homens, ou duas Raas diferentes, que apareceram em meados e fim da Era Secundria. A Pr-Histria coincide com a ocupao do Ocidente e ndia pelos indo-europeus (homo sapiens sapiens, a 5 Raa desenvolvida em dois centros: na orla de Gobi e na zona de Medina na Arbia), que substituram as duas Raas - homem de Neandertal da Cincia profana.

    O homo sapiens sapiens, ou homem da 5 Raa, o ariano, ocupou um espao recm-formado, que chegou a ser habitat das duas Raas anteriores. O indo-europeu da Era Quaternria o terceiro homem densificado.

    Cada Raa-Raiz corresponde grosso modo s qualidades de uma Era Geolgica. Desde meados da Era Secundria h homens fsicos densos. s trs ltimas idades geolgicas correspondem trs homens diferentes.

    Soobraram as brilhantes civilizaes antigas, por erro da sua humanidade, e porque havia chegado a hora de renovar a Terra por um dilvio. Fomos colocados em condies zero para recomear, porque a evoluo no existe para fazer coisas. As coisas existem para despertar a verdadeira identidade dos seres vivos. E ns, uma vez mais, voltmos para a materialidade e sensualidade exaltadas; repetimos tragdias antigas. Ficou-nos a lembrana de ter sido cometido um grande pecado. O pecado original no resultou de Ado e Eva terem comido a ma, porque para evoluir necessrio com-la (simbolicamente), mas julgaram que isso lhes bastava para serem deuses e substiturem-se aos seus Instrutores Divinos. Assistimos repetio cclica do pecado original, o orgulho do omnisciente e omnipotente materialista ou devoto, ignorante da Cincia dos seus Mestres espirituais. As consequncias podem ser idnticas.

    As funes da conscincia para l do pensamento esto desactivadas, no homem actual, quer no culto e instrudo, quer no inculto. A matria dos nossos corpos sujeita Evoluo - o despertar dos seus poderes latentes - para revelarmos a nossa identidade essencial, a luz viva em ns. Temos toda

    a Luz, porm, s passa uma pequena fraco de luz enquanto a matria dos veculos no for activada. O despertar dos veculos de manifestao processa-se em milhes de vidas teis, e estagna nas inteis.

    Evoluir no desenvolver a conscincia - todo o

    Poder e Sageza esto l; desenvolver os poderes da matria.

    O Mestre dificilmente se assemelha a um de ns! Ele tem acesso aos trs nveis de conscincia e por isso Perfeito, para l da evoluo Humana. A proximidade dos Mestre vida e o seu relacionamento com o 7 Reino - o humano, apenas para a poderem ajudar num processo muito

    1 2 3 4 5 6 7

    D TERRA

    A

    B

    C E

    F

    G CADEIA PLANETRIA

    SETE GLOBOS UM FSICO DENSO

    SETE RONDAS OU

    PASSAGENS DA VIDA PELOS

    SETE GLOBOS:

    A B C D E F G

    A VIDA PERCORRE A 4 RONDA NA CADEIA PLANETRIA TERRA

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    difcil onde as possibilidades de falhar so muitas e dolorosas. Uns Mestres tm maiores poderes do que outros, porque, embora tenham acesso conscincia do Todo, revelam nveis diferentes de conscincia nos Planos inferiores, por razes dum maior grau de despertar dos poderes dos seus veculos materiais.

    A Evoluo processa-se em Vagas de Vida como se cada uma delas fosse uma unidade, um organismo constitudo por um nmero incomensurvel de seres. A Vida percorre Sete Reinos para atingir a perfeio: Elemental I, Elemental II, Elemental III, Mineral, Vegetal, Animal e Humano. Para l dos Sete Reinos, quem o

    alcanar, entra no Reino de Deus.

    A Vida toma forma em Cadeias Planetrias de Sete Globos, e em cada Cadeia Planetria sobe um Reino. Quando isso acontece a Cadeia anterior gera uma nova Cadeia Planetria de Sete Globos onde a Evoluo prossegue. Ponto importante: no andamos por a a saltar de planeta em planeta; a Vida e a Terra, todos os seres da Terra e a Natureza, formam uma unidade inalienvel, um Ser uno. Toda a mudana grave da ordem humana ao mesmo tempo uma alterao da Natureza. xi[xi]

    Em cada Cadeia Planetria os Reinos de Vida so estanques, como se fossem um ser de muitas vidas, e o objectivo dos melhores de cada Reino alcanar o Reino seguinte e, depois, esperar por nova Cadeia Planetria para a prosseguir a sua Evoluo.

    A Terra vai na sua 4 Ronda. A actual vida na Terra, estudada pela Cincia profana, a Quarta Vaga de Vida deste Planeta, embora seja a primeira Vaga de Vida fsica densa. A razo destas sucessivas passagens da Vida pelos Sete Planetas da Cadeia Terra deriva da necessidade de se desenvolverem os paradigmas materiais, dos Planos Sem Forma ou espiritual e do Plano da Forma Astral, antes dos paradigmas das Formas Fsicas densas. Geramos primeiro em cima ou por dentro, o que ser um dia em baixo ou por fora.

    Cada Perodo de Vida de um Planeta tem Sete Raas-Raiz ou Geraes, com Sete Sub-Raas e Sete Famlias Sub-Raciais.

    As Raas Raiz ou Geraes deste Planeta correspondem a Eras Geolgicas com a sua Mineralogia, Vegetais, Animais e Homens, alm dos Trs Reinos Elementais, no conhecidos pela Cincia.

    E aqui lembro que o Homem a Arca das Espcies. Foi a Arca de Seth, Arca de Enoch e Arca de No, trs Raas com corpo fsico denso, correspondentes raa negra, vermelha-amarela, e branca (o hindu, egpcio, persa so escuros, mas so arianos.

    H poucos exemplares raciais puros). Arca usada no sentido de continente , genoma das espcies, etc., se tivermos presente o seguinte facto: a manifestao processa-se de um plano interior para o plano exterior, do Astral para o Fsico, do Espiritual para o Temporal, etc. E o homem o vector dessas transformaes. Do latim arca - caixo, fretro, guarda-roupa (arca vestiaria); e priso rigorosa (arca robustae).

    Todos estes significados so importantes: a roupa - os veculos dos seres; o caixo - o corpo fsico denso, priso - o mundo da forma ou Mundo Temporal...A arca - o homem - traz o paradigma dos seres manifestao.

    At actualidade, neste Perodo de Vida na Terra, esto reveladas cinco das sete Raas-Raiz. As duas primeiras Raas Raiz, correspondentes aos paradigmas das Eras Primitiva e Primria foram etricas, sem formas fsicas densas. A 3 Raa-Raiz ou Lemuriana (uma palavra simblica) foi

    EVOLUO DA VIDA EM CADEIAS PLANETRIAS

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    etrica na primeira metade da Raa e fsica densa, na metade seguinte, l pelos meados da Era Secundria do Jurssico e Cretceo. Da o Ado de Barro! A 4 Raa-Raiz, a primeira Raa densificada, foi a Atlante - iniciada nos meados da Era Secundria, plenamente desenvolvida na Era Terciria, a sua Era prpria.

    A 4 Raa-Raiz (vermelha-amarela), foi a primeira a densificar-se, antes da 3 Raa-Raiz (negra, azul), que demorou mais tempo a efectivar o processo.(xii[xii], xiii[xiii] ,xiv[xiv])Relatado na compra da progenitura de Esa (4 Raa) por Jacob (3 Raa). O prato de lentilhas!

    O homem astral precedeu o fsico, como na gestao biolgica o homem astral antecede o fsico, e s ganhou formas densas estveis, e acesso potencial aos trs nveis de conscincia, no perodo do barro, o Cretceo da Era Secundria. a histria fabulosa do Ado de Barro, separado em sexos, quando deixou de ser hermafrofita ou andrgino. E ento abriu os olhos fsicos, como diz o Gnesis, porque antes tinha viso astral.

    Em teoria, existiram at hoje trs Raas fsicas densas distintas, com 16 tipos diferentes de homens, nomeadamente: quatro Sub-raas densas da 3 Raa (as trs primeiras foram etricas), sete da 4 Raa, e cinco da 5 Raa ( a Raa dominante na actualidade e tem ainda duas Sub-Raas - a 6 e 7 Sub-Raas, por manifestar). So 17 tipos de homens de trs Raas, em trs Eras Geolgicas, porque o Homem, as Espcies e a Natureza so um todo.

    Os antroplogos no conseguiram at hoje separ-los, e no ser possvel faz-lo sem estudos genticos, enzimticos, lingusticos, histricos, etc., e no exclusivamente anatmicos.

    Como se disse acima, para l dos Sete Reinos h uma continuao da Vida, no chamado Reino de Deus. Seres a quem chamamos Mestres, Grandes Seres, Instrutores Divinos, Mahatmas (o termo degradou-se porque tem sido aplicado abusivamente a quem o no merece), Adeptos, etc. Eles so os dirigentes da Evoluo, e nada acontece sem o conhecimento d Eles. Guardies do Plano Divino, executam-no com Rigor e na Compaixo, dando a cada um o mximo de oportunidades admitidas pelo Todo, segundo as Leis.

    Se os Mestres escolheram o vocbulo ma e o fruto como smbolo da Queda do Esprito na Matria, e, no inverso, o da Libertao do Esprito da Matria, pela sublimao da matria dos veculos de manifestao, a qual tomava o nome de

    hespride, a ma de ouro, deve ser por muitas razes inclusas no paradigma da palavra, como veremos no ttulo seguinte.

    A Evoluo humana processa-se apenas no Mundo Espiritual e no Mundo Temporal - Mundo do Filho e Mundo do Esprito Santo, em cinco Planos da Natureza. o Campo Evolutivo, Campo de Culturas. O primeiro dos Sete Planos da Natureza corresponde ao Pai, o segundo Plano ao Filho, e os cinco Planos seguintes ao Esprito Santo.

    O nmero do Esprito Santo o Cinco, e os seus smbolos tm um paradigma do cinco: figueira, videira, rosa, pltano, etc., e a ma e macieira.

    A estrela de Cinco Pontas representativa dos nossos Pais Solares, ou Sanat Kumara, sobreposta ao paradigma

    O CAMPO EVOLUTIVO O PARADIGMA PENTANRIO

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    da folha, transmite o facto de o processo evolutivo decorrer segundo estruturas pentanrias.

    As folhas das plantas simblicas tm cinco lobos, cinco sementes, se tm flores tm cinco ptalas ou spalas, etc.

    Ao cortarem horizontalmente uma ma observam a disposio das cinco sementes, idnticas aos cinco lbulos da folha da figueira ou outro paradigma pentanrio do Esprito Santo.

    Cada smbolo tem um significado muito preciso para revelar um aspecto da Evoluo. Por exemplo, o smbolo da ma aplica-se ao desenvolvimento das formas at sua plenitude ou perfeio. O smbolo do figo e figueira relaciona-se com a cincia dos poderes da matria, no lado da conscincia.

    A Evoluo pressupe um processo encadeado onde, atravs da multiplicidade das formas, se despertam as potencialidades latentes que existem em cada ser para transformar ou desenvolver. Faz parte do ensino universal das religies incluindo as do Ocidente. A rvore humana repete as experincias at as desenvolver plenamente, por degraus sucessivos; a essncia do processo evolutivo.

    S. Paulo, ao dividir os homens em carnais e espirituais, claramente indica a Evoluo. O contrrio seria admitir que Deus fez homens de primeira, segunda e terceira!

    E Jesus algumas vezes se refere a Joo Baptista como Elias ou o inverso. Aludindo a Elias diz: E desde os tempos de Joo Baptista (Elias) at agora se faz violncia ao reino dos cus, e pela fora se apoderam dele. (Mat. 10:12). este o Elias que havia de vir. (Mat. 10:14). Ou no episdio do rei Herodes (filho do Herodes da Natividade) onde o rei fala de Jesus: Este Joo Baptista; ressuscitou dos mortos, e por isso estas maravilhas operam nele. (Mat. 14:2. Marcos 6:14-16).

    O episdio da relao Joo Baptista - Elias importante. Nos tempos de Elias, da Velha rvore da Vida, o Reino era alcanado por fora, pela fora, e agora, depois de Cristo, encontrado dentro de ns, pela intuio.

    E Cristo veio anunciar ao Mundo, ou iniciar - o Reino, o Evangelho do Reino (Nova rvore da Vida), a Vinda do Filho do Homem ou 6 Gerao, o Juzo e consumao dos sculos. (Mat. 16:27-28). De tal modo importante a prxima 6 Gerao em incio!

    A definio das Trs Idades do Homem no Cristianismo assim descrita: Idade de Jonas, trs dias no ventre do grande peixe ou baleia - elemento gua; Idade de Joo, Joahn, Iohan (Elias), acelerada por Jesus, Ioshua, trs dias no seio da Terra - elemento terra; Idade do Retorno do Filho do Homem - vindo sobre as nuvens do cu, com poder e grande glria (Mateus 24:30) - elemento ar.

    Cada Idade do Trinitrio, por efeito da Lei tem em si um trinitrio. Da resulta o simbolismo de estar trs dias na baleia, trs dias no seio da Terra. E o filho do homem? estar trs dias sobre as nuvens, ou em outro smbolo capaz de transmitir essa ideia?

    A morte - renascimento da personalidade tambm pode ser descrita de modo trinitrio - uma travessia de trs dias simblicos ou ciclos aps a morte fsica: 1 dia - vida no duplo-etrico; 2 dia -

    vida em Kama-Manas; 3 dia - vida no Mundo Espiritual.

    Em Filologia Sagrada apenas se considera o paradigma de consoantes. As vogais que servem de suporte s consoantes

    FILOLOGIA SAGRADA OS SMBOLOS DA EVOLUO

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    (soar com) para poderem ser pronunciadas, do a diversidade de todos os poderes relacionados com o timo, nos aspectos positivos e negativos. Os Judeus escreviam textos apenas com consoantes e assinalavam os lugares das vogais com pontos. Mar = M.R; Maria, Mara = M.R.

    Se num paradigma etimolgico substituirmos os pontos entre as consoantes por vogais, atravs das diferentes combinaes de vogais obtemos todos os timos relacionados com uma determinada fora manifestada. Uma palavra simblica da Cincia Espiritual a matriz de um som em relao com um processo da cosmo-antropognese. Quem conhecer os timos sagrados dos smbolos pode justificar a experincia da cosmo-antropognese ensinada pelos Mestres.

    A etimologia da palavra Ma, em latim, d-nos algumas pistas: Malus, macieira, Malum, rvore do conhecimento, Malo, escolher (entre bem e mal), Malum, mal. M.L.S - M.L.M. - M.L.

    Nos timos teutnicos, os significados de Apple so um desafio imaginao! Com o paradigma P.P.L. se constri a palavra Populus, o povo - a ma a passagem ao muitos, multiplicao dos seres para evoluirem - o crescei e multiplicai-vos. Se tivssemos excludo um dos pp no se entendia.

    Hespride ou ma de ouro representa o pleno sucesso evolutivo, a libertao pela experincia de atma, a vontade divina em ns. Hesperus era o planeta Vnus, e, como veremos no prximo smbolo - a conscincia espiritual foi-nos dada pelos nossos Pais Solares tambm chamados Senhores de Vnus.

    Naturalmente, o Hspero a conscincia holstica, total.

    Porqu ma de ouro? O ouro em todas as tradies o smbolo do princpio mais elevado do homem em evoluo: a vontade. Quando os alquimistas medievais purificavam a matria at transform-la em ouro, pretendiam, segundo o mtodo das analogias, por reflexo, purificar a matria-vida dos seus veculos, pois o trabalho era feito com essa inteno.

    Deixemos os sbios ignorarem o significado da obra alqumica, incapazes de reconhecerem tesouros que no sejam materiais. Ns, humildes, estudamos a Sabedoria que os Mestres ensinaram que no nossa Enquanto pensarem que os alquimistas procuravam efectivamente ouro material, por meios mgicos, fazem troa e no se debruam sobre o que , em verdade, importante. E afastam-se, com benefcio para eles e para os estudantes sinceros!

    Portanto, evoluir atingir o nvel do ouro, o Hspero. Camos pela Ma - Queda do Esprito na Matria. Libertamo-nos pela Ma de Ouro ou Hespride - Libertao do Esprito na Matria. Libertamo-nos na Matria e no da Matria.

    Hspero sinnimo de Vnus. As Hesprides so as Mas de Vnus. E a ma de Ado no pescoo, junto do chakra larngeo representa a mesma fora da densificao na matria e diviso sexual, e o inverso.

    Porqu Vnus? Em termos simblicos cada ciclo ou era geolgica tem uma relao Planetria. Em Cincia Espiritual as eras geolgicas fazem parte do conceito de Raa-Raiz.

    Desde a Antiguidade tem sido referida uma relao entre cada uma das Rondas e dos Sete Planetas da Cadeia Terra, e em todas as relaes do Septenrio, com um dos chamados Sete Planetas Sagrados - os Planetas que simbolicamente exercem uma influncia ou ligao ao

    MA DE OURO SMBOLO DA PERFEIO

  • 18

    Septenrio da Terra.

    Os Caldeus enumeravam-nos assim:

    1. Sol (substituto Urano). 2. Jpiter. 3. Vnus. 4. Saturno. 5. Mercrio. 6. Marte. 7. Lua.

    Esta correspondncia importante para a compreenso de determinados smbolos nas vrias culturas relacionados com a doutrina da Evoluo. Na 3 Raa Raiz, na 3 Era Geolgica (se as classificarmos em - Primitiva (1) e Primria (2), Secundria (3), Terciria (4), e Quaternria (5)), h uma relao com Vnus.

    E foram os Senhores de Vnus, os nossos Pais Solares, os Pais da nossa conscincia espiritual. Eles so Pentagramas e manifestaram o homem completo (saptaparna, de sete folhas , assim dito em snscrito).

    Quando a Terra manifestou o paradigma do trs, os Kumaras, os Senhores da Chama, os nossos Pais Solares, dotaram a humanidade da conscincia espiritual. Da a enorme difuso de achados arqueolgicos relacionados com Vnus, encontrados nas culturas antigas, nomeadamente na cultura maia, greco-romana: Nascimento de Vnus, nascimento do homem! Recordem o quadro de Botticelli (1444 ?-1510).

    Na antiga Grcia dizia-se que Hspero (centro anglico Peninsular) era o irmo de Atlas (centro dvico ou angelical do norte de frica). Estamos a falar da Montanha do Atlas. Foi o centro fsico principal da actividade da linha evolutiva dos Devas ou Anjos, paralela da evoluo humana, no lado material, intimamente ligada ao Esprito Santo. Os Anjos so o Plo Material. Os Homens so o Plo da Conscincia. O Homem transporta os paradigmas Manifestao. Os Devas ou Anjos do-lhe a Substncia ou Forma.

    A localizao provvel de um Centro Dvico na Pennsula e no Norte de frica Europeu, gerou a esperana de um dia nascer aqui um movimento capaz de instituir a nova idade do Homem. o chamado Quinto Imprio, das profecias. o Imprio acima dos Quatro Imprios do Mundo Temporal, de Bandarra, Padre Antnio Vieira e Fernando Pessoa. O movimento do Quinto Imprio existente em Portugal h sculos, no apenas de ideias, exerce um efeito de esperana na alma colectiva e propicia a mente humana para ser receptiva s mudanas necessrias para gerar um novo homem, espiritualmente mais desperto, esgotadas que esto as potencialidades espirituais do actual homem. xv[xv] ,xvi[xvi]

    Cames, um poeta pico portugus, ao registar a epopeia das Descobertas Martimas coloca-as sob a proteco de Vnus. Por causa destas relaes entre a Pennsula Ibrica e as Hesprides?

    Afrodite, a me terrena, a Eva Temporal, era representada com um ramo de macieira na mo, o smbolo da Evoluo na Forma. Comer a ma est associado ao conhecimento: comer do fruto da rvore do Conhecimento e da rvore do Bem e do Mal. Cito o Gn. 3:3:

    Mas do fruto da rvore que est no meio do jardim, disse Deus: no comereis dele nem nele tocareis, para que no morrais. Mas a serpente acrescentou, em Gn. 3:5: Porque Deus sabe que no dia que dele comerdes se abriro os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo todas as coisas.

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    Estabelecemos j uma equivalncia entre as Cinco Sementes e as cinco funes da conscincia: vontade, intuio, mental, emoo e sensao. O Campo Evolutivo tem uma estrutura pentanria.

    Porm, o Homem dotado de Sete Princpios nos Cinco Planos correspondentes ao Campo Evolutivo. Em outro sentido, como a rvore da Vida tem Dez Sephiroth, Poderes ou Numeraes, e o Campo Evolutivo do Esprito Santo, a Terceira Pessoa, diz-se que existem Oito Numeraes no Campo da Evoluo ou do Esprito Santo. O Senhor Buddha ensinou o Caminho dos Oito Passos para a libertao do Homem.

    A Queda na Matria produzida pelas Serpentes, o Fogo Serpentgeo do Esprito Santo, causa da Queda no Movimento Descendente, e da Libertao no Ascendente, e est relacionado com o Oito - a Glria de Deus, e a fora simbolicamente designada por Mercrio, representada pelo Caduceu de Mercrio. Para alcanarmos a Libertao, ou Glria de Deus, faz-se a Circunciso do 8 Dia, chamada no Caminho Espiritual - a Circunciso do Corao - a abertura da conscincia temporal conscincia espiritual.

    Decorre do paradigma da Ma a circunstncia de serem Cinco os chamados Kleshas ou infelicidades do homem - 1. Ignorncia; 2. Eu separado; 3. Atraces; 4. Repulses; 5. Desejo intenso de viver.

    Esta sequncia da Queda na Matria a mesma da evoluo psicolgica da criana. Alguns psiclogos j reconheceram, sem o saberem, a doutrina dos Kleshas. E no processo de retorno, ou libertao do Esprito na Matria, temos de fazer um trajecto oposto a este, comeando pelo 5 Klesha. Poderamos entender luz dos Kleshas (aflies) certas tendncias verificadas no nosso comportamento: a necessidade de domnio dos outros tem a ver com a repulso - 4; a necessidade de ser louvado ou a conquista do reconhecimento est relacionado com a atraco - 3. Estas duas situaes so frequentes da Psiquiatria. A inverso dos Kleshas d-nos uma perspectiva muito correcta do trabalho a desenvolver para nos libertarmos. Eles so a nossa natureza e muito difcil libertarmo-nos dela.

    Os vrios tipos de Yoga referem-se sempre a determinada sequncia de foras csmicas manifestadas no Universo. Cito o Raja Yoga como exemplo do tipo de transformaes a operar no homem para alcanar as Hesprides, as mas de ouro da libertao espiritual, aqui definidas em base pentanria.

    S atravs de esforos repetidos, ao longo de muitas vidas, comeamos a dominar a nossa natureza temporal.

    Para se alcanar um resultado h necessidade de cumprir todos os passos da tcnica de ligar a conscincia temporal conscincia espiritual.

    Os mtodos de preparao para o Raja Yoga recomendam como treino Cinco Abstenes e Cinco

    Obrigaes. No so meras intenes especulativas; so foras reconhecidas. Considera-se uma base

    pentanria de treino, num percurso anti-horrio, se for analisado na vertente astrolgica, como se enuncia:

    CINCO ABSTENES

    1. Violncia (Aries) 2. Falsidade (Touro) 3. Roubo (Gmeos)

    4. Sensualidade (Cancer) 5. Avareza, Reter algo (Leo)

    CINCO OBRIGAES

    1. Pureza, Limpeza (Virgem) 2. Contentamento, Resignao (Balana)

    3. Austeridade (Escorpio) 4. Estudo do Eu (Sagitrio)

    5. Consagrao a um ideal (Capricrnio)

    ESCRAVA, PROSTITUTA, SERVA

    LIVRE, VIRGEM, SENHORA

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    O ocidental leitor do texto da sua religio, supostamente o Cristianismo (a maioria nunca leu os textos da sua religio nem os entende), encontra frequentes referncias escrava ou prostituta, e livre, virgem, estril ou SENHOR.

    Quando invocamos o Senhor, e, no ritual da Missa, ao ouvirmos o padre dizer - Palavra do Senhor, efectivamente, no estamos a invocar Deus, como a maioria supe, todavia, a nossa conscincia espiritual, ou a conscincia de Cristo em ns. Estamos a invocar um nvel da nossa conscincia acima do usual, com outros poderes e conhecimentos, em outro sentido chamada - o deus vivo todo poderoso.

    Os tesofos designam este veculo de conscincia - o corpo causal, onde, como o nome indica, gerado o nosso destino. a conscincia processadora da separao entre os bons e os maus aspectos de cada vida, com rejeio do mal por ser incompatvel com a verdadeira identidade humana. E por isso se diz: horrenda coisa cair nas mos do deus vivo todo poderoso - a nossa conscincia espiritual que nos julga em permanncia. Ela a principal causadora dos conflitos existentes na nossa natureza, porque resolvemos ignor-la e optar por fazer quanto nos apetece. Depois, quando se torna insuportvel, s nos resta drogar o corpo para no sentir, mas sem possibilidade de resolver o problema. Se no encontrarmos soluo, a conscincia espiritual rejeita-nos, e teremos de recomear tudo do princpio a partir dos elementos, do mineral.

    Quem transfere o centro de vida para a conscincia espiritual filho da Virgem. Cristo era Filho da Virgem.

    Os patriarcas, smbolos representativos de aspectos da conscincia, tiveram muitas concubinas entre as servas, que lhes deram abundantes filhos, cujo destino no mereceu grandes comentrios do narrador, e, tardiamente, tiveram um filho da legtima, tambm chamada a Estril, muito saudado pelos cronistas. Era o Senhor ou Filho do Senhor, o Filho do Homem.

    Joo Baptista, segundo a descrio Bblica, era filho do sacerdote e de Isabel - a mulher estril avanada em anos, com um s filho tardio, nascido cheio do Esprito Santo (Lucas 1:7 e 15). Lembro aqui o uso da palavra estril como isento de infectantes, o no-contaminado, livre de impureza. Ao nvel da conscincia espiritual no chegam as nossas inferioridades. S a compaixo, amizade, rectido, solidariedade... os valores, passam.

    Se interpretarmos os textos letra ficamos convencidos da devassido sexual dos nossos patriarcas e mentores espirituais. Acreditam nisso? Acreditam mesmo que algum possa ter, literalmente, filhos da coxa (Gn. 46:26), como Zeus que guardou o filho na coxa? E que os servos tivessem de jurar sob a coxa de Abraham? (Gn. 24:9).

    Acreditam nos filhos da mulher velha, sem filhos? (Lucas 1:6). No acham estranho em vrias culturas distantes se repetirem as mesmas histrias inslitas? Nunca ousaram saber porque razo Afrodite e Eva tinham a Ma? No nos punam com obras de erudio e orgulho de classe ilgicas sobre os mitos Gregos. Porque insistem os responsveis culturais em conhecer muitas coisas e no saberem?

    Na Tradio Crist frequente o uso dos binmios simblicos acima enunciados (Virgem-Escrava, Livre-Serva...), os quais no foram decifrados, e so tomados por factos completamente alheios ao conceito transmitido.

    Seria muito diferente a vida se soubssemos da existncia no homem de trs nveis sobrepostos da conscincia. Cada um de ns a casa ou templo de Deus porque o nvel superior da nossa conscincia Divino:

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    1. Conscincia divina. 2. Virgem, criana, ou livre; do Mundo sem forma ou Espiritual. 3. Prostituta, velha, serva, escrava; do Mundo da Forma ou Temporal.

    notria a dificuldade em fazer coincidir estes conceitos com a velha classificao de - alma e corpo, ou esprito, alma e corpo, pelas dificuldades de interpretao, alm de estarem poludas numa secular utilizao infeliz. prefervel adoptar a nomenclatura Crist - Teosfica e os seus smbolos, a aceitar os erros culturais, difceis de mudar, das autoridades.

    Por exemplo, se chamarmos alma aos corpos do Quaternrio, teramos de dizer que a alma era mortal no fim de cada vida, pois o Quaternrio desagrega-se em duas mortes sucessivas, intervaladas por dcadas ou sculos. Primeiro morre o corpo fsico e o seu duplo-etrico (duas mortes), os corpos do cemitrio; e muitas dcadas depois morre o cadver ou Kama-Manas (terceira morte), a morte da ocasional alma do outro mundo das sesses espritas. L caa o mito da imortalidade da alma!

    Ser filho da virgem no um referncia sexual, ser filho da conscincia espiritual. Os seres espiritualmente avanados so sempre Filhos da Virgem (com maiscula), os primognitos, ou so filhos de uma mulher estril como Isabel, me de Joo Baptista. Embora o conceito seja idntico, provvel haver alguma diferena - o Filho da Virgem tem acesso conscincia divina e espiritual-temporal, o filho da estril Isabel - da Lua, Is, e Abel, o Eu Superior, tem acesso s duas conscincias - temporal-espiritual. Ser?

    Pela mesma razo, uns so Filhos da Virgem ou da mulher Estril (os capazes de revelarem a sua natureza espiritual), os outros (sem acesso conscincia espiritual) so sempre filhos da prostituta, e assim reconhecidos na linguagem popular, provavelmente em todas as culturas, e no calo das lnguas ocidentais dominantes. Naturalmente, a Jesus, como a outros Mestres, o Senhor Buddha - de conscincia divina e espiritual, chamamos Filhos de Virgens (Maria, Maya).

    Ignorado o sentido da evoluo, a Idade Devocional Crist, os ltimos 20 sculos, foi agitada por hbitos drsticos de rejeio da matria, assimilada ao demnio: as flagelaes, a tortura da carne, a procura do sofrimento fsico como caminho espiritual, etc.

    Torturava-se a matria e o prprio corpo, como substituto do diabo. Sem o desenvolvimento dos poderes da matria, constituinte dos nossos veculos de manifestao, no h libertao do esprito. Em vez de, por ignorncia, flagelarem o corpo, melhor tom-lo como a casa de Deus, pura e limpa, e nunca o torturar, pois ningum dono solitrio do seu corpo.

    O homem tem conscincia em Trs Mundos: Divino, Espiritual e Temporal. E em cada um ela um trinitrio analgico do Pai

    Filho - E.Santo - trifuncional, chamemos-lhe assim para no dizer tripartida e induzir em erro de separao

    inexistente.

    A conscincia temporal ou do Mundo Temporal foi a conscincia adquirida pelo domnio de seis reinos evolutivos: trs Elementais, Mineral, Vegetal e Animal. a conscincia velha dos Seis Dias da Criao, a conscincia do animal aperfeioado, a Serva, a quem o Divino concedeu uma Conscincia Espiritual - Livre, Virgem, Criana (xvii[xvii]) no 7 Dia, para vir a ser revelada atravs

    ID, EGO, SUPEREGO BABILNIA, ESCRAVA, VELHA JERUSALM

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    da Evoluo humana, se houver sucesso evolutivo. O objectivo do 7 Dia da Criao ou do 7 Reino da Evoluo a divinizao do ser evolutivo (teose).

    A conscincia temporal , por conveno, a chamada natureza humana - um conjunto de instintos, desejos, paixes, afectos, considerados imutveis ou constantes - o determinismo total. O termo natureza bom porque a conscincia temporal resulta de uma evoluo nos Reinos da Natureza.

    O conceito de Virgem introduz o no-determinismo, o Livre, acima do natural. Muitos autores tiveram a intuio da liberdade ser o fim ltimo do homem. Infelizmente confundiram a liberdade poltica com a liberdade espiritual e procuraram-na at na Revoluo Francesa.

    O fim da evoluo humana ser a Libertao do homem e no as liberdades , embora as liberdades ajudem ou no Libertao, tudo depende do modo como so usadas. A libertao em sentido espiritual entendida como um desprendimento das contingncia temporais, da escravido da serva, a conscincia temporal.

    Quem interpreta a liberdade como o direito de experimentar a matria e de a possuir cada vez menos livre ou mais escravo. Porque cada um s livre dentro dos parmetros da Lei Divina; livre de experimentar a Lei. Como as infraces so punitivas, o livre-arbtrio muito condicionado. Quem reivindica o direito de fazer o que quer - sem limites - no vive neste mundo; criou um mundo ilusrio para si mesmo, um mundo de ignorncia, que, por desconhecimento das Leis, acaba por ser um mundo de auto-destruio. Muitos pensadores ao escreverem sobre a liberdade, provavelmente referiam-se mais conscincia da Livre do que s lutas polticas. Quando Hegel diz: a histria do mundo no mais do que a tomada de conscincia da liberdade, est a falar-nos da Livre, a conscincia espiritual, porque o objectivo ltimo do homem centrar a sua conscincia na Livre. Neste sentido, o fim do reino humano a liberdade, como Hegel sugeriu. A liberdade de ser a Lei e no ser sujeito da Lei.

    Os regimes polticos devem ser livres para o homem poder evoluir. Mas o homem ser sempre escravo enquanto estiver dependente da conscincia escrava, e ser livre quando se libertar das suas escravides temporais e assumir-se como filho do homem, o livre, seja qual for a poltica. No reino humano o livre-arbtrio o mecanismo de seleco natural, o equivalente sobrevivncia dos mais fortes ou adaptados no reino animal e vegetal. Sem livre-arbtrio cessa a evoluo humana; sem luta pela sobrevivncia cessa a evoluo animal. No os troquem!

    Porm, a conscincia temporal no uma unidade. Desde Scrates e Plato reconhecida, porque foi ensinada, a diviso tripartida da alma , da personalidade ou conscincia temporal. Na cultura grega, espiritualmente bem informada, dizia-se assim: a alma (temporal) do homem trinitria:

    1 - a conscincia dos desejos voltados para fora, sexuais, alimentares, sensuais em geral; 2 - a conscincia mental ou de ponderao; 3 - o chamado thymos, que os autores modernos esto a recuperar.

    A classificao grega corresponde de baixo para cima, simbologia Crist de: Babilnia, Serva ou Prostituta e Velha Jerusalm.

    Portanto thymos a parte da conscincia em relao com a Velha Jerusalm, a qual uma projeco da Nova Jerusalm, do Eu Superior ou da conscincia espiritual, tambm ela tripartida, segundo a doutrina Crist. E assim teria de ser pela Lei das Analogias - a 2 Lei Espiritual.

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    O conceito de thymos foi analisado por muitos pensadores. Francis Fukuyama fez uma reviso do conceito de thymos na filosofia ocidental. Cada um deles mostrou alguns aspectos desse nvel. Plato chamou-lhe a fora de nimo, a coragem contra a

    injustia ou mal; Maquiavel - o desejo de glria; Hegel - o reconhecimento, a necessidade de ser apreciado em funo de valores supremos da conscincia onde o homem transcende a escrava; Rousseau - o amor prprio; Hamilton - o amor da fama; Madison - a ambio; Vaclv Havel - a capacidade crtica, a dignidade, o sentido de rectido.

    Muita gente usa apelar a este nvel da nossa conscincia atravs de palavras-chave de valor simblico inconsciente - dignidade, respeito, amor prprio, e principalmente - os valores da solidariedade, tolerncia, democracia, sentido inato de justia ...

    De facto o grego tymos era considerado: corao, alma, sopro, princpio de vida, o corao como sede de inteligncia. E tim - um valor, honra, dignidade. Provavelmente o timo latino timor tem relaes com o grego tymos porque entendido como: respeito, reverncia s coisas sagradas, acatamento do sagrado. E na Bblia Jehovah descrito como um deus de temor (timor) e tremor. Por outras palavras - a Velha Jerusalm ao exprimir os valores de tymos engloba o timor latino, porque uma fora desse tipo.

    Alguns filsofos desenvolveram, e bem, a problemtica do thymos como gerador de conflitos humanos. Estes valores eram considerados, desde a Antiguidade, como expresso da conscincia espiritual (livre) na conscincia temporal. Muito agnstico e ateu, descrente de uma vida para alm da morte, empenha-se ardorosamente nos valores em que diz no acreditar. Grande poder da conscincia humana este! que obriga a quem nega a sua origem a aceit-la e gera contradies caricatas. Todavia, em muitos casos, a incapacidade de resposta fora do Thymos na conscincia temporal, ocasiona um conflito entre o superior e o inferior. um dos dramas mais pungentes de assistir porque sem o back up cultural e espiritual insolvel.

    O tratamento dos drogados, cada vez em maior nmero, um fracasso sem soluo, excepto, se os conceitos de Cincia Espiritual e da Religio puderem ser aceites pela Cincia e desenvolvidos na Educao. Eis a urgncia e a justificao de estudos do tipo desta Monografia.

    Chegmos ao impasse: ou ensinamos Cincia Espiritual ou no sobreviveremos e entramos na lenta e dolorosa agonia. um problema de Cincia e no de prdica. Preleces sobre a Fraternidade servem para fazer cnicos; demonstraes das Leis que mostram a Unidade da Vida, fazem homens do Rigor e da Cincia, capazes de estruturarem um Mundo de Paz.

    Freud reduziu o conflito existente na conscincia humana, ao conflito entre o Ego e os valores importados da sociedade, cultura, religio, etc. Esta arbitrariedade cientfica tem uma conotao anti-religiosa. A religio a fonte de todos os males humanos; sem religio no h conflito. Sem Lei no h infraco da Lei. S. Paulo disse isto mas com outro sentido. Aqueles que so eles

    id

    su p ereg o

    C O N S C I N C IAE S P IR IT U A L

    C O N S C I N C IAT E M P O R A L

    S I O

    N O V AJ E R U S A L M

    V E L H AJ E R U S A L M

    C O R D E IR O

    S E R V A

    B A B IL N IA

    eg o

    V IR G E M

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    prprios a Lei, a sua verdadeira identidade, deixam de estar sujeitos Lei. Os psiquiatras tm mal entendido a natureza da desorganizao da conscincia temporal ou

    inferior humana, porque ignoram a conscincia superior ou espiritual humana. Eles reconheceram a conscincia velha - da prostituta, da escrava - e supem que todos os desvios do psiquismo so causados pela no satisfao das pulses nascidas nesta conscincia; e interpretam todos os valores espirituais como artefactos culturais. Os valores do esprito so inatos no homem, mas esto obscurecidos - a educao, meio ambiente e a cultura actuam como foras de bloqueio. E a guerra dos cus, a batalha entre Cristo e Anti-Cristo, do Apocalipse, d-se no prprio homem: a luta entre o poder da conscincia inferior que apela s foras telricas da separatividade, violncia, dio... e a conscincia superior unificadora, de Cristo em ns. A feio apocalptica da luta em curso na conscincia de muita gente apavora-nos, porque no temos solues que no sejam a reposio da Verdade e Paz. Elas iluminam as almas amorosas capazes de uma experincia cientfica, porm, a maioria no capaz de mudar. Sofrem e no temos cura...

    Freud classificou os trs nveis da conscincia temporal assim:

    1. Id - as pulses instintivas. 2. Ego - a conscincia que transforma as pulses do Id em condutas aceitveis. 3. Superego - os padres culturais, sociais, etc., assimilados de modo consciente ou inconsciente,

    determinantes dos tipos de conduta que o Ego deve aceitar.

    Para o homem escravo da sua conscincia temporal e com bloqueio da conscincia espiritual, a classificao de Freud clinicamente vlida. Este homem de Freud dificilmente merece este nome porque um andride. Andride por ser destitudo da verdadeira conscincia humana, a conscincia espiritual.

    A conscincia temporal depende das estruturas do Quaternrio inferior e no apenas do corpo fsido denso como os materialistas acreditam. Tudo leva a supor que tanto se adoece do corpo fsico, como do duplo-etrico, ou de Kama-Manas (mental-emocional), porque a Personalidade no apenas corpo fsico. (xviii[xviii])

    Na classificao de Freud, til para estabelecer uma ponte com a Cincia Espiritual Crist-Teosfica e Grega, os trs nveis da conscincia temporal foram interpretados como tendo origem em representaes vindas de dentro - Id, ou de fora - o Superego. xix[xix] difcil aceitar uma sistematizao destas. Em teoria, o bloqueio entre a conscincia temporal e a conscincia espiritual pode no ser to completo, circunstncia em que tudo era recebido por fora e nada por dentro. Mas no homem com desenvolvimento evolutivo acima da mdia, os valores do Superego seguramente so na sua maioria originados em si mesmo, vindo de cima para baixo.

    O estrato mais baixo - Id ou Babilnia - est relacionado com a componente instintiva trazida dos Seis Dias da Criao. Naturalmente os vectores sexuais e sensuais, da alimentao sobrevivncia, so dominantes. Este estrato ser substitudo, no homem desenvolvido, pelos poderes de Sio - as foras que movimentam os dharmas, as propriedades ou qualidades divinas daquele ser, tal como foi idealizado no Sempiterno (assim foi ensinado).

    Freud comeou por estudar a histeria, do grego hystera, tero, as doenas psquicas determinadas por alteraes da esfera sexual, nvel da Babilnia. A maioria destas foras nasciam do inconsciente ou Id e melhoravam se fossem tornadas conscientes, dominadas pelo Ego ou Serva: tornar o inconsciente consciente era o objectivo do psicoterapeuta. As razes dos distrbios podiam ser apenas psquicas (curveis pela psicanlise), ou precipitadas por factores orgnicos ou constitucionais.

    O estrato mdio - Ego, Serva ou Prostituta - a conscincia do homem temporal e ser

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    substituda pela conscincia livre ou virgem, a conscincia Crstica em cada um.

    O estrato superior - Superego ou Velha Jerusalm - o mais difcil de analisar porque depende dos valores implantados no colectivo, na sociedade onde o homem est inserido, e dos valores que o Ego pode transmitir sem bloqueios.

    Alguns autores alargaram o espectro das causas de neuroses enunciado por Freud. Adler estudou doentes onde havia conflitos emocionais de poder de uns sobre outros. E Jung chamou a ateno para o inconsciente colectivo e para a existncia de padres raciais ligados aos mitos, s lendas e heris. Jung no aceitou a natureza sexual de todas as neuroses, e mostrou como a doena psquica era muitas vezes o reflexo de problemas eternos, das relaes entre o indivduo e a vida. Ele havia descoberto, mas no o classificou, o terceiro nvel da conscincia temporal, - o dos valores, o thymos.

    Em termos de teraputica, os casos de Jung curavam-se quando era possvel harmonizar o homem com a existncia, os objectivos ltimos da sua identidade essencial com a natureza humana. Este dado muito importante porque, ao demonstrar-se um conflito superior na conscincia temporal, aponta-se para foras oriundas de cima, como as religies as descrevem. Se aceitarmos a cadeia funcional dos Kleshas e a estrutura crist da individualidade do homem, verificamos que as doenas psiquitricas podem ter causas muito complexas e diferentes conforme o nvel afectado. As classificaes dos psiclogos e psiquiatras holsticos sero muito mais rigorosas.

    Naturalmente para quem recusa a existncia de Esprito interpreta estas representaes como influncias culturais activas de fora para dentro. Jung queixou-se de no ter sabido convencer os seus pares da existncia de uma fora activa de cima para baixo - a verdadeira causa dos contedos culturais e do inconsciente colectivo a que teramos de chamar superior, por oposio ao inferior, vindo de baixo. Deduzimo-lo do ensino dos Mestres.

    O homem foi reduzido conscincia herdada do animal, e sofre a ignomnia de estar classificado entre os animais. um falso animal assumido. E como no existe a possibilidade de regredir ao 6 Reino est a entrar no caminho da decomposio nos seus elementos bsicos, com grande dor e poucas esperanas.

    Por ter havido uma assimilao do homem ao animal, alguns iniciadores de movimentos sociais e polticos no entenderam a fora espiritual do thymos e subvalorizaram-no. Como disse Havel no primeiro discurso nao (1990) depois da libertao do regime ditatorial:

    O regime anterior, armado com a sua arrogncia e ideologia intolerante, denegriu o homem transformando-o numa fora produtiva, e denegriu a natureza humana, transformando-a num instrumento de produo.

    Para concluir que o povo checoslovaco, aparentemente descrente de uma mudana na sua dramtica situao, em poucas semanas foi capaz de derrubar o sistema totalitrio, graas fora da dignidade e justia presentes na conscincia humana, no nvel da Velha Jerusalm, ou do thymos de Plato, acrescento eu. Se formos um pouco mais rigorosos no estudo da origem dos contedos do Superego no os restringimos mera influncia cultural.

    E seguramente h uma doena psquica, quer pelo conflito entre Ego (de Freud) e Superego (interpretado por Freud como herana cultural), ou entre Ego e Id, e nesse caso, como o psicanalista afirmou - h um conflito da esfera sexual dominante. A incapacidade do Ego em aceitar as projeces da conscincia espiritual, de Jerusalm, pelo conflito entre o superior e o inferior, determina uma patologia do tipo - rejeio de pai, hostilidade ao criador, atesmo, etc. Por alguma razo se chama ao nvel de conscincia de cima o dos nossos Pais Solares. O conflito superior no sexual. So os casos de contestao poltica, social...

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    Seria importante compreender a patologia derivada de um bloqueio ou alienao da - Velha Jerusalm chamada por alguns as megalotimias. Se a conscincia temporal receber energia acima das suas capacidades de utilizao, ou est impreparada para fazer bom uso desses poderes, sofrer graves perturbaes - misticismo ou espiritualidade exacerbada, mistura de proftico, bblico e medinico, estados alterados de conscincia, revolucionarismo insensato, contestaes culturais nos vrios domnios da arte e da cincia.

    A vida passional confusa de largas franjas dos artistas modernos impediu-os de darem expresso condigna energia oriunda da Livre, e no a souberam exteriorizar. Eles fizeram a arte da escrava, para ser entendida pelos escravos seus adoradores. Comeam a surgir alguns eleitos com uma arte mais adequada ao homem espiritual do futuro.

    Em suma, exposta a concepo crist da conscincia, necessrio reunir dados para aprofundar a existncia de dois inconscientes colectivos: o superior e o inferior - Velha Jerusalm e Babilnia, representados por cidades, e os nveis acima da conscincia temporal.

    Existem contedos de conscincia oriundas de dentro e de fora. O originrio fora de ns tem a ver com a cultura, educao, instruo, experincia pessoal. Porm, o que nasce dentro de ns de dois tipos:

    A.Inferior - herdado da conscincia animal, estudado na Etologia e Psiquiatria, e dos quais o homem tem de libertar-se.

    B.Superior - da conscincia espiritual, estudado no Yoga, misticismo, gnose. A verdadeira conscincia humana.

    Esta a classificao religiosa da escrava e da livre, da conscincia velha e da conscincia nova ou da criana, do filho da mulher e do filho do homem, da prostituta e da virgem.

    Habitualmente o homem acha que do espiritual apenas podem vir bnos, perdes, graas...Na verdade tambm pode ser causa de doena, morte, e perdio. E por ser assim, os conhecimentos espirituais so cuidadosamente reservados no v um incauto descobri-los e dar cabo da sua vida.

    Os textos religiosos so um enigma fechado a sete chaves com palavras de cdigo. Uma abertura a um maior nvel de conhecimento imposto por necessidades evolutivas, tal como, melhor tecnologia, mdias de vida mais elevadas e democratizao do saber, uma beno para alguns e a condenao de muitos! E nesse sentido podemos alargar o conhecimento da Cincia Espiritual, para contrabalanar os efeitos negativos do materialismo. E s por isso. Mas com moderao!

    E, a propsito da patologia de causa espiritual, chamo a ateno para os trabalhos de Jung, em psicticos.

    H pulses de origem religiosa, espiritual, em relao com os smbolos, os mandalas, a magia ritual, etc., em homens sem contacto prvio significativo com essas realidades. Muitas das observaes de Jung podem ser classificadas como anlise de contedos originados na conscincia espiritual. Os psicticos parecem ser um bom campo de investigao para o reconhecimento do papel dessa conscincia, se quisermos estud-la em doentes, onde aparece sob a forma de fragmentos isolados, mais fceis de analisar. xx[xx]

    Jung encontrou, sem poder justificar, fragmentos da conscincia espiritual, da virgem ou livre,

    CONSCINCIA ESPIRITUAL

    PERDIO E SALVAO

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    uma enorme fora na conscincia de cada um. Mas estes trabalhos morreram com aquele psiquiatra.

    Para os psiquiatras materialistas vencedores, as foras descritas por Jung so uma intromisso cultural, so artefactos. Falta-lhes a intuio para reconhecerem a conscincia espiritual e os seus poderes, e carecem de humildade para a estudar onde ela desenvolvida, nos homens espiritualmente despertos, porque se consideram ludibriados pela religio, o pio do povo.

    Efectivamente, muito fcil culpar a religio ou uma classe sacerdotal dos pecados do mundo, sobretudo quando se quer esconder culpas prprias. Razo tinha Jung para se lamentar de no ter sido capaz de demonstrar a existncia da alma. A alma no sei o que . Porm, Jung tinha prestado um grande servio se tivesse verificado a existncia de homens apenas com uma conscincia temporal e outros com nveis de conscincia acima dessa. E concluir pela diversidade evolutiva humana - os homens esto muito longe de serem todos iguais no grau de conscincia manifestado, por causa da imaturidade dos veculos, determinada por diferenas evolutivas. Sero os peixes do mar todos iguais?

    Falta investigar o modo como a conscincia espiritual impe conscincia temporal padres superiores de vida encontrados nas culturas dos povos, a maioria das vezes bastante deformados - os cultos do Esprito Santo, as peregrinaes, as festas religiosas; e palavras de uso corrente com valor simblico - cego, filho da prostituta, porco, javardo...

    Se estudarmos a linguagem popular e alguns temas culturais encontramos informaes, aceites inconscientemente, oriundas de cima. Todos as conhecem. Esto certas. Mas a maioria no sabe o que est a dizer, nem porque diz assim. Ento h um conhecimento que nos chega de cima, e actua de modo inconsciente. Cada homem devia ser alertado para a existncia dessa sageza e poder, e ser ensinado a ter mais confiana no nvel superior da sua conscincia, e recorrer a ele para resolver os seus problemas.

    Dou exemplos. Com a provvel aproximao das foras de uma Nova Raa-Raiz um dos contedos inconscientes, individual e colectivo a chamada Nova Gerao na qual a humanidade deposita toda a esperana. Todos olham para os jovens procura da Nova Gerao porque inconscientemente sabem que est a revelar-se uma Nova Gerao.

    Ora a esperana do Novo Homem passa pela entrada em funcionamento das estruturas da 6 Raa onde a presena da conscincia espiritual aumentada, mas tambm pela melhoria da educao, programada para um filho de Deus e no para um animal melhorado. E isso depende do modo como ns colaborarmos n