A Massa 1930 1980 pt 1

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Órgão Oficial dos Trabalhadores na Indústriade Panificação e Confeitaria de São Paulo - dezembro 1980 n.o 58.

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SINDICATO50 ANOS dos PADEIROS

1930 1980

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Eita, festãobão!No dia 16 de novembro o Sindi-

cato dos padeiros e confeiteiros com-pletou 50 anos de existência. A festade aniversário foi no dia 15, um do-'rningo, no Sindicato dos Sapateiros,na Mooca. Fizemos lá porque oscompanheiros cederam o salão paraa gente e tinha também uma grandeárea livre onde as crianças correramà vontade.

Marcadaparaas 16 horas, a fes-ta começou com grande atràso.Também, não era pra menos. Está-vamos saindo de uma 'greve e issoprejudicou muito a organização dafesta. Mas fora o atraso, justificadopois sanduíches e bebidas tiveramque sei providenciados em cima dahora, a comemoração foi um suces-so. A música, o chope e o bate-papoentraram pela madrugada.

Todos os nossos amigos estavamlá. Os sócios mais antigos, os ex-presidentes do Sindicato.iassaciados

~nriiias~ funcionários,- companheiros de outros SIndicatos',deputados e ex-deputados. Os quenão estavam lá, nós sabemos que foiporque não puderam. Foi o caso,por exemplo, de companheiros quetrabalharam pela greve, quando elaacabou foram direto para as pada-rias e domingo à tarde precisavamdescansar.

As funcionárias doSindi~ato.

A festa foi até de madrugada.

Os sócios mais antigos receberammedalhas, iguais a esta aí do lado,quase todos 'fizer?'m vdíscursos ,(onosso presidente, o Raimundo, esta-va rouco de tanto falar na greve),houve momentos emocionantes co-mo quando falou o companheiroAntônio Durval com seus 82 anos dedisposição. Foi bom ver aquele povoali todo junto, pronto para outros 50anos no Sindicato.

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No dia da festa, ~s sócios ~ais antigos ~A,do Sindicato receberam uma medalha. Foi Qassim como uma condecoração pelos seus '~30, 40, 50 anos de lutas na categoria. Uma ~homenagem aos velh,os batalhadores que ,,"~J-' '.plantaram a semente da organização do '<.trabalhador em busca de uma vida melhor.

~

II

)Oão Martinez; Pedro Navikas; Hermes Mor-carde; Ignácio Marcilione; Ramiro Martins de Car-valho; Antônio Durval; JoãoSalles: Olímpio Antõ-

, nio da Silva; Cicero Rarrialho, Carlos Bezerra: José'Ferreira dos Santos; Jocarly Lino Coutinho: Antô-nio Ribeiro; Antônio Gomei Rocha; Joel Correiada Silva; Benedito Batista Leite; Antônio Guerrei-ro; Luiz Matheus Ribeiro; Mauro Henrique Mon-teiro; Jovino dos Santos; Manoel Fernandesda Sil-va; João Batista do Amaral; Divino Miguel dosSantos; Zacarias Antônio de"Oliveira; ';Tôão Ferreirade Barros; Luiz Correia do Nascimento;' Alcino Ce-zar de Azevedo; Constantino Bispo de Lisboa; Be-nedito Guilherme das Dores; Durval Pinto da Silva;Joaquim Figueiredo de Souza Filho; Sebastião Casedos Santos; Oscar Lopes da Silva; José Adriano deMacena; Aparecido Tuponi; NivaldoGonçalves deCarvalho; Antônio Nascimento; Antônio Pereirade Jesus; Raimundo Pereira da Silva; João Lima Fi-lho; Antônio Nascimento; Elizen TenganjArtur Si-queira; João Militão da Silva e os ex-presidentesGeraldo Antunes, Gentil Neves iCorrea, AdolfoSchaverin e Reginaldo Dias do Nascimento.' '

Sindicalizado há '44 anos, seu Olímpió éum exemplo de luta. i~r

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Silvério, dos sapateiros, Afonso e Raimundo, dos padeiros, députado Antônio Reske, de pé, Hermes Moscardi. "

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d Movimento de Cultura Popular A Federação dos Cineclubes de São Paulo junta-seOs 15 sindícatos 'da Baixada Santista que for- às comemorações do Cínq uentenário do Sindicato

• ' mam o Movimento de Cultura Popular enviam aos ~companheiros do Sindicato dos Padeiros deSão dos Trabalhadores na Indústria de Panificação e

• Paulo as mais sinceras felicitações pelo seu cin- Confeitaria de São Paulo para expressar os maisquentenário. . sinceros votos de que todas as bandeiras .de luta'. Há muito tempo atrás, 'para enganar os traba-

6'66'" lhadores, disseram que ao povo devia ser dado - levantadas ao longo deste meio século - venham"WIIIH, "pão e circo". Pois se enganaram: nós queremos a ser conquistadas pelo nosso Povo Unido -.

pão e circo, fartura e festa, lutar para vencer.

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A história de umSindicato combativo

A história do Sindicato dos pa-deiros começou em um bar. Nolargo GeneralOsório, no centrode São Paulo, todos os dia se reu-nia um grupo de padeiros; amaioria "imigtantes espanhóis"portugueses e italianos de tendên-ciaanarquista, .no boteco do Ber-nardo. Ali se discutiam as condi-ções de vida e trabalho e começa-va a surgir a' luta pelo reconheci-mento 'de uma, Jgrnada de traba-lho de oito horas, registro em car-teira, 'direito à saúde, pagamentode horas extras, aposentadoria,estabilidade no emprego, direitode greve e a tudo a que temos di-reito. '

O bar era o ponto de encontro, .não só para discussões políticas e

sociais, mas também o ponto dô~padeiros desempregados a quemBernardo dava comida e lugar pa-ra dormir. tudo na base, do "pen-

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Com a chegada ao Brasil dos padeirosanarquistas da Espanha, Portugal

e Itália, começa a se formar 'a idéia de organizar um Sindicato.Há 50 anos. Fizemos mais de dez

greves e tivemos conquistasimportantes.

dura", Os que viveramesta época passaram do boteco do Bernardogarantem que' o espanhol nunca para um salão alugado na Ruadeixou de receber. Brigadeiro Tobias, em 1930. Es-

A história do nosso Síndícato tava criado oficialmente o Sindi-não está escrita nos livros. Os do- cato dos Manipuladores de Pão,cumentos foram, jogados foram Confeiteiros e Similares de Sãopara evitar as perseguições da Paulo. Tão forte, que não se erapolícia. A época era dura, O que aceito pêlos mestres padeiros esabemos e vamos contar" está vi- confeiteiros sem uma apresenta-vo .na lembrança dos ex- ção do Sindicato,presidentes e sócios mais antigos. Dois anos depois foi deflagradaAlguns deles ainda se lembram a primeira das mais de dez grevesquando as reuniões dos padeiros que os padeiros fizeram nestes 50

ir

, anos.' As reivindicações eram ofim do fornecimento de cama ecomida pelos patrões, os traba-lhadores .querlam o tratamentochamado de "a seco", e aumentode-salários.

Nesta época a nossa sede-era naRua Quintino Bocaiúva ondeaconteceu um fato contado comorgulho por todos: a prova da, co-ragem do padeiro Natalino Ro-drigues. A polícia havia cercado asede do Sindicato e.ládentro esta-vam reunidos mais de 300 padei-ros e confeiteiros, O delegado deuvoz de prisão para todo mundo,ameaçando atirar. Natalino nãoteve dúvidas; saiu à janela; abriua camisa e apontando 'para o pei-to descoberto desafiava: "An-dem, atirem, podem atirar que es-

continua

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tarão atirando num homem e nãonum covarde". O delegado atiroumas não acertou Natalino que'acabou fugindo mas foi preso lo-go depois. "Fizemos movimentosonde carregávamos cartazes pe-

. dindo Natalino vivo ou morto",contou Ramiro Martins de Carva-lho, um dos primeiros sócios do'Sindicato. '

1937 é outra data importantepara o Sindicato e, para todos ospadeiros e trabalhadores em ge-ral. Começa o Estado Novo deGetúlio Vargas. Com ele, vem a .CL T e os sindicatos são obriga-dos a se registrar no Ministério doTrabalho ou então, fechar.

Como os dirigentes do Sindica-to dos Padeiros eram anarquístas--é-eles ficaram contra esse registrono Ministério e resolveram resis-tir. Nesta época funcionávamosno n.o 39 da Praça da Sé só quepor ser livre, a nossa entidade nãopoderia chamar-se Sindicato epassamos a ser Associação dosManipuladores de Pão, Confei-teiros e Similares de São Paulo.

O Governo então criou outroSindicato de padeiros, que fun-cionava no n.o 12 da Rua.Wen-

·__ -·~~anté·quatro anosficou a briga do "pessoal do 39contra o pessoal do 12". Os pri-meiros eram chamados de "ver-melhos" e os outros de "amare-los" ou "carneiros", acusados defazer as vontades do Governo.

Com 2 mil associados', a Asso-ciação era bem mais forte do queo sindicato que servia apenas parafazer carteiras de trabalho. Sóque depois de quatro anos nãohouve jeito senão fazer a fusão

.:~Reginaldo Dias do Nascimento,em seu discurso de posse-1962.

pois; ao mesmo tempo que tinhamais sócios a Associação não ti-nha poderes legais nem de convo-car uma assembléia.

Houve então dois presidentes,o José Araújo e o João Rezendeque ficaram pouco tempo e re-nunciaram. Em 1947 desapaljtcecompletamente a orientaçãoanarquista do Sindicato, com aeleição de Geraldo Camilo Antu-nes, oposição aos anarquistas.

Neste período houve uma grevedecretada pelos padeiros, sem adireção do Sindicato. Uma grevepolítica que resulta no afastamen-to, por algum tempo, dos seusprincipais líderes. Fazendo oposi-ção a Geraldo Antunes, José Fer-reira dos Santos não consegue re-gistrar sua chapa e Geraldo é elei-to outra vez, em 51, para a presi-dência. ,

Nestes 50 anos o nosso.Sindica-to sofreu três intervenções. A pri-meira foi em 53 quando a oposi-ção ganhou as eleições e a situa-ção impetrou um recursona DRTanulando. o pleito. Estávamosnesta época instalados ria Rua Jo-sé Bonifácio e foi uma épocaruim. Sem direção, a DRT no-meou uma junta governativa parapreparar novas eleições. Correutudo normalmente e em maio de1956 Gentil Neves Correia tomouposse.

tõnio Xavier é indicado como in-terventor. Ele fica até o final de1965 quando o Raimundo Rosa

'de Lima, o atual presidente, ê in-dicado pelo companheiro Antô-nio Moita como administrador eencarregado de realizar as elei-ções de 1966.

Berlim de Paul a Cavalcanti ga-nhou estas eleições, - cumpriu oínandato até 1968 quando há no-va intervenção no Sindicato. Asduas chapas concorrentes às elei-ções daquele ano empataram nadisputa dos cargos para o. Conse-lho fiscal. Como não houve quó-rum para o desempate, o pleitofoi anulado e durante alguns me-ses José Abud, interventor daDRT,. administra o Sindicato.São convocadas novas eleições,venci das pela chapa encabeçadapor Raimundo Rosa de Lima. Delá para cá, ele vem sendo eleito re-petidas vezes pela categoria... A história do Sindicato é a pró-

O presidente que veio em segui- pria história dos padeiros, umada, o 'Adolfo Schaverin, foi o categoria de 30 mil trabalhadoresfundador da. "Massa", Junto na Grande São Paulo, ABCD,com a sua diretoria. Antes o Sin- Mauá e Ribeirão Pires. Uma cate-dicato já havia tido. um jornai,goria dispersa .emmilhares depa-"O Trabalhador Padeiro", em darias de São Paulo, mas assim1936, do qual saíram apenas pou- mesmo demonstra união na horacos números. O outro jornal foi a decisiva, Aconteceu no ano pas-"Tribuna do Trabalhador Padei- sado quando a pão [email protected]", ... ,\ I

ro e· Confeiteiro" que saiu de cou parada durante cinco' dias. .:~1977 a 1979, quando voltou a Aconteceu no mês passado, quan-"Massa", que desde 1964 não do 50070das padarias deSão Pau-saía. . 10 pararam. E o que precisa é

De 1959 até 1964 foi o período acontecer cada vez mais daqui pa-de greves, uma atrás da' outra. ra frente, é preciso não deixarEra também urna época de grande morrer a memória de Natalinoliberdade política. Foi uma época Rodrigues. É' preciso não decep-de grandes passeatas e comícios cionar Antônió Dur~al,. Rami~ona' praça da Sê.. Estávamos ~artms <;arvalho, Olirnpio Antõ-no 'Edifício Martinelli, li. o .f mo. da Silva, Hermes Moscarde,andar. Jose. Ferreira dos Santos, Pedro

Navikas e tantos outros'. GenteO último presidente antes de 64 •••que até hoje está com a gente na

foi o Resinaldc Dias do Nascimen- batalha 'to. Ele dirigiu o Sindicato nos úl- .timos momentos de uma relativa CENTRO DE COLOCAÇÃOliberdade sindical. Quando os mi- O tradicional Centro de Colo-litares deram o golpe, no dia 31. cação criado em 1930, fechadode março; os padeiros estavam em 1976, por estar dando tnuitasem assembléia da campanha sala- despesas ao Sindicato, deverá ser.rial no Sindicato dos Metalúrgi- reaberto em breve quando o Sin-coso Da diretoria que estava na dicato mudar definitivamente pa-DRT tentando um acordo com os ra a sede própria na Rua Majorpatrões, veio o aviso: "Desman- Diogo, n.o 126. A reabertura dochem a assembléia que o Governo Centro atenderá aos vários pedi-foi derrubado." dos que temos recebido da cate-

O Sindicato foi fechado e An- goria.

Foto inédita dos fundadores do Sindicato.

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Metalúrgicos de São Caetano: Presente!

A categoria metalúrgica de SãoCaetano não comparece às comemora-ções do cinquentenário do ~estefIlidoSindicato dos Padeiros atraves de suaentidade de classe. Na verdade, estamossob intervenção. :E: uma vergonha que a

nossa categoria não possa se' manifestaratravés do seu Sindicato neste momen-to. O seu presidente usou de todos os ar-tifícios para evitar que a categoria apre-sentasse chapas às eleições que vão serealizar no começo de janeiro. Estamossob intervenção de um presidente que seacovardou 'durante as greves, de homem

que foge da luta e que trai os compa-nheiros. Mas não é por isso que as nos-sas categorias deixarão de se abraçarneste momento de alegria. Aqui e~ta~osnós para falar por todos os metalúrgicosde São Caetano. Unidos venceremos! .Movimento de Renovação Sindicaldos Metalúrgicos de São Caetano do Sul

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'rrês debatesdemocráticos

Outra parte das comemorações doaniversário do Sindicato foi a

realização de debates. Foram três e.trataram dos problemas de

estabilidade, política salarial,movimento sindical, partidos políticos

. e segurança do trabalho; David, Raimundo, Lula, Herval e.em cima, José Carlos Arouea.

PÁRAMUDARIDEPENDE DE NOSA primeira palestra foi feita

. por Luis Tenório de Lima, ex-diretor da CGT, e José CarlosArouca, advogado aqui do Sindi-cato .. Luís Tenório falou .sobre acrise econômica do País e os tra-balhadores, afirmando que o Go-verno, com a desculpa de comba-ter a .inflação, explora cada vezmais o trabalhador,

Tenorinho Iernbrou que só aclasse. trabalhadora é que pode as-sumir o comando da luta /bela Ii-

, herdade de si própria, "pois detudo o que se produz neste País,.ao trabalhador sobra apenas o sa-crifício e sofrimento", disse ele.

Na segunda quinta-feira dedebates, Lula, o ex-presidente doSindicato dos Metalúrgicos deSão Bernardo e David Capistra-no, fundador do Centro Brasilei-ro de Estudos de Saúde,reuniram-se para debater sobre o

O emprego é a propriedade do movimento sindical e os partidostrabalhador, que conta com ape- políticos .nas a sua força de trabalho para Lula fez um pequeno relato deviver. "Quando um patrão perde sua atuação no ABC e lembrou aum empregado, isso representa a época das primeiras greves depoisperda de uma pequena parte. da ..".de 64; quando, apesar da Lei, osforça de trabalho, mas quando o trabalhadores enfrentaram tudo etrabalhador é. despedido, ele per- cruzaram os braços'. Mas a orga-de 100% do seu emprego, afir- nização só foi possível quando omou Arouca. . Sindicato se abriu para a catego-

ria, "assim como está fazendoagora o Sindicato dos padeiros,promovendo palestras, cursos ediscussões" .

O líder cassado dos metalúrgi-cos de São Bernardo disse estarotimista quanto ao futuro do mo-vimento sindical, "pois hoje nin-guém mais engana o trabalha-dor".

David Capistrano Filho come-çou sua apresentação dizendo queo movimento operário não é so-mente o movimento sindical."São todas as iniciativas dos tra-balhadores pela defesa de seus di-reitos e para a luta pela transfor-mação da sociedade", por isso,continuou David, o movimentooperário é formado também pelascooperativas, associações deauxílio mútuo entre trabalhado-

'res, as entidades culturais e ospartidos políticos.

,São duas formas de represen-

Arouca falou sobre a impor-. tância ~elutarmos nos dissidioscoletivos pela estabilidade no em-prego, que nos foi tirada peloFundo de Garantia. Hoje muitos'companheiros são despedidosperto da época .do dissidio. De-pois, os patrões contratam outropelo salário antigo.

EUTA C'ONTRA A CARESTIÁo 1o Congresso Necionsl

Contres Carestia aconteceu .emBelo Horizonte nos dias 6 e 7 dedezembro. Participaram vários.sindicatos de todo o País e atémesmo empresários e profissio-nais liberais. No final, foi deci-dido que, ao longo deste ano queentra, os movimentos contra acarestia vão lutar pelas seguintesreivindicações: congelamentodos preços dos gêneros de pri-meira necessidade; salário míni-mo unificado; reajustes de salá-rios acima dos índices do Gover-no; melhores cotuiições de vida etrabalho para tod3s; liberdadesindical e direito de greve; refor-ma agrária; convocação de umaAssembléia Nacional Consti-

tuinte; .a conquista das liberda-des democráticas e um Governoeleito pelo povo. .

O Sindicato dos Padeiros esta-va presente e o nosso presidente,Raimundo Rosa de Lima; foieleito coordenador do 20 Con-gresso a ser rpa}izado em 1981.

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A tarestilllltinge 11 todos

A O~GANIZAÇÃODO tRABALHADOR

tação dos trabalhadores: os sindi-catos e os partidos políticos quenos representam no parlamento,Mas, segundo David.: essas duasformas devem caminhar indepen-dentes uma da outra, Pode, e de-ve, haver um. relacionamento en-tre os dois; Mas de igual paraigual, essas relações, Mo podemser nunca de subordinação, "nemdos. sindicatos aos partidos nemdos partidos aos sindicatos" ,

ELES ESTÃOCOM AjGENTE--__------.:-

Dr. Herval Pina Ribeiro, dire-tor do Departamento Intersindi-cal de Estudos sobre a Saúde doTrabalhador, o Diesat, criado noano passado, participou de umdebate, junto com o Walter Ba-relli, do Dieese, um médico e umeconomista.

Os dois dirigem entidades cria-das e sustentadas pelos sindicatose que estão a serviço do trabalha-dor. O dr. Herval falou sobre Hi-giene e Segurança no trabalho, oque nós padeiros temos militopouco. Ficamos muito próximosaos fornos com altas temperatu-ras e em certas padarias não hánem instalações sanitárias. O Die-sat cuida de examinar todas essasquestões, Nas negociações, nosdá assessoria. .

O Dieese, li' mesma coisa. Sóque em relação aos nossos salá-rios e empregos Barelli observoucomo a política salarial do Gover-no arrocha nossos salários e pro-voca uma grande rotatividade demão de obra. O Dieese fez 25anos no mês passado. São 25 anos.ao lado da classe trabalhadora.

o Sindicato dos Metitlúrgicos da Baixada Santísta não poderia ficar ausentenesta comemoração festiva pelos 50 anos do Sindicato dos Padeiros de São Paulo. Asnossas categorias há muito que estão unidas na luta: luta por melhores salários, lutapela democracia, luta pela unidade de todos os trabalhadores contra a injustiça e aprepotência, luta pela Central Única dos Trabalhadores.E quem fica amigo na briga não deixa de comparecer à festa.Parabéns a todos os confeiteiros e padeiros pelo Sindicato que têm há 50 anos.Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Mebalürgícas, Mecânicas e deMaterial Elétrico da Baixada Santista

Podemos entrar?./ .