A Massa Dezembro 1979 pt 1

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Salário de fome e d•• -'to eo tnIbeIh8dor' o queRio f.ha ne Pio Amerlc.no. -

'lá .•••• m ,..~·pri!nlo:· como,ch8ntagem~

Essas, entretanto, são apenas algumas das irre-gularidadesentre tantas outras. No 'tllesmo diaem que' os companheiros entraram em greve, oSindicato assumiu a direção das .negociações,'considerando que o movimento brotou esponta-neamente, porque a situação de miséria e de des-respeito naquela firma era demais. Ainda nessedia, fomos â DRT e reiteramos as reivindicaçõesde aumento de63%, piso de Cr$ 5.000,00 e incor-poração do-prêmio ao salário, além de pedir, fis-calização para verificar as condições agressivas de

A,daciaiO'doe, companlHNroe foi para 8C8INIr com. .trabalho naquela empresa e o problema enfrenta-bagunÇII que "emp_ fu llOm,os~!_. .do pelos menores de idade.

Os companheiros depois de apresentarem essasCom esse movimento grevista, que teve a ade- reivindicações voltaram a reunir-se na subsede do'

são maciça de todos ,os funcionários ligados â Sindicato dos Bancários, em Santo Amaro. E não'ptodução> 'e· à 'distribuição, pudemos verificar aceitaram a contraproposta do patrão que era darmuitas irregularidades na empresa. Chegamos a o aumento de 6311/0só se o Conselho Interministe-ver carteiras de trabalho de companheiros em que 'rial de Preços _ Cip _ autorizasse o repasse; quan-a aplicação do aumento era feita sobre o salário , 10 ao piso" sequer dispôs-se à discutir. Voltamos ã'de agosto ou 'setembro de' 78, 'quando no acordo DRT com a mesma disposição de antes. Nova-assinado no Tribunal Regional do Trabalho - mente não foi possível um acordo com a firma eTRT - ficou, acertado que o aumento deve ser aí foi aberto odissidio no Tribunal do Trabalho.aplicado sobre o salário de novembro do ano pas-sado. Outra coisa: menores trabalhando até 14 Enquanto isso, .na fábrica; prosseguia a parali-'horas por dia é comum, lã na fábrica. sação do trabalho. Só que a polícia, a serviço

O julgamento' no Tribunal, entretanto, decla-rou a greve ilegal. Antes, na segunda-feira oscompanheiros já tinham voltado ao ttabalho decabeça erguida. Isso porque mostraram que estãounidos e dispostos â luta. Não vacilaram em mo-mento algum diante da pressão dos patrões e da,polícia. não aceitaram tambêm a contrapropostamesquinha dos patrões de.colocar o aumento nadependência da autorização do Cip, coisa que' ob-viamente é impossível. Também mostraram ma-turidade suficiente ao decidir pelo retôrno, já quea decisão do Tribunal era esperada como ilegal. Eos patrões, com seu revanchismo baixo, jã mos- ,traram disposição de Penalizar os companheiros.O recado é um s6: ninguém deve assinar nada,nem mesmo as possíveis dispensas, sem antes pro-.curar o Sindicato. É nossa.uníão que nos dá for-ça. '

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União e força é o que não faltou na nossà Campanha Salarial. Desde J

alll i, 1111I1111 J I II 1II

E ste ano tivemos uma Campanha, Salartâl que significou um verdà·deiro avariço dll categoria. Desde o inl·,cÍ9Procuramos encaJllinÍlar nossas rei-vindica~ dI! maneira que os patrõessentissem nossa dispo~ição de pressio.,

.nar utilitando para issi>de todas nossasarmas. ,Muhas 'disêus~ões, várias reu-niões com-os patrões e ao final,acerta-mos um acordo que estabeleceu reaius-tes escalonados, variando de 63"'" a56.,•. É claro que não foi a melhor res-posta para o que queríamos mas, dequalquer forma, foi um avanço e con-seguimos gradativamente aumentar ascontra-propostas patronais.

Voltamos aos patrões com a firmedisposição de não abrir mão de um au~

-memo de 8O'!. sobre a data-base. Novacontra-proposta dos Patrões apresen-ta,vil um indice de 61'10; Novamentenos- reúnímos e rechaçamos essa, pro-POSlll\Querh!1l1osum.aumento que sigonifícassé melhores condições para to-dos,os compapheirQ.s. Ai última contra-PJoposta dos patrões era a que, apre- 'sentava o Indice de 63'10 variando, eon-forme a faixa salarial. até 56.,.,

., No início da C!lmpariba o' Sindica~o,defendeu a proposta da Unidade Síndí-

'éal que era de 50'10 sobre os salánosatuais, um salário 'mínimo de CrS6, I04,00 e um aumento mínimo de CrS '3,000,00. .Essa proposta era abraçadapor 35 sindicatos, significando quemais de I milhão de trabalhadores doEstado estavam juntos na luta por me- 'Ihores salários, Esse índice, de 50"" so-bre os atuais, na verdade significava,um aumentº de 80% so:6re,adata-base.pois abríl.çava outros ,aumentos inter.·,"ediariO!'ean~ecipàçõCs. '. ,

Nossa primeira Assembléia aprovouessa proposta. Imediatamente ela foiencaminhada aos pátrões; Ai respostaveio e, infelizmente, os patrõesmostraram-se insensíveis. A primeira,contra-proposta dos patrões foi de,58'10 sobre os salários de novembro di>ano passado, nossa data,.base.' Nova,Assembléia, foi, feita ~,i>s,companhei-ros, lotàndóo' j,ienál'io,íÍa Sédedo Sin-',diêato 'do~ ,~orraélíeíl:os, reiteraramsua disposição de lutar com todas asforças para que fosse aprovada nossaproposta inicial.

Fomos para a Delegacia Regional doTrabalho - DRT - onde uma mesaredonda deveria mostrar nossa disposi-ção. Enquanto lá em cima diretores doSindicato lIiscutiam dom os patrões, iflnarúa'ós companheiros, portando fai·xas e cartazes, concentravam-se pedin-do os mesmos 80'10 sobre a data-base.Essa disposição é que nos deu mais for-ça e ao final acertamos esse acordo aido lado, que estabelece não só aumen-tos como também outras garantias.,"Nossa C,ampanha correu paralela-mente,â,dos metal6rSicos, pois a' data-

~,base"éa-mesma. ~Ea'morte do compa-"nlíeiro ~anto Dias também nos chocou.Por, i~ prestamos nossa homenagemao trabalhador ass8$sinado pela represosão, pois toda a classe trabalhadora foiatingida. Na Assembléia final, em queaceitamos a última contra-proposta,nos solidarizamos à luta dos compa-nheiros me~úrSicQS e nos unimos aoprotesto de todos os trabalhadores

, contra essa repressAo que ai e,stáparatentar nós esmagar,: :Nossa luta nãoco-meÇou:isohida e terminou com á dispo-sição da categoria de lutàr com' todosos meios. Afinal, quem trabalha temdireito allD!a,Yidadigna. '

ÇQr.~9~~g~a,:e~"a,cãlcuJo, precisa tomar, como referência 'f;CompensaÇÂo - Os aumentos queparà:Jmquad,r~ent!>'o SaláPo de maio Os "companhéiros porventura recebe-6ltimo. Agora, o cálculo de auménto é' . ràrn depois de novembro dó ano passa-sobre o que você ganhava em nevem- do serão descontados. Só não poderão

, bro do ano passado, ' .ser descontados os aumentos dados por, . ' , :- '. _ , ~'promoção, equiparação salarial, trans- ,

, ~. P~so~!an~ • A partir do mes de ferência e término de aprendizagem.novembro mnsuem ,pode trabalhar PQr : 6. .Comprovante de, pagamento • AsIpenos do q.ue Ct~, 3.30!!.•00. Bsse.ê .e , :firmas a partir deagora são obrigadas'

i.menor salário g~~ ~al!r~a a- , " ..a Iornécer comprovames dê pagamen.""'f"lar ,para qualqu~m, I1Icl , ra,· to com sua idelltificação (timbre); Nes-

'lI/em está c~meçan~~ n~ serviço. se comprovante, deve constar o salário.l.. Empregados' novos > O compa- e demais valores pagos, bem como a

nheiro contratado depois de novembro discriminação do' que, é descontado.'do ano pa~adó'vai ter o mesmo au- Deve mostrar também o depósito domento que os demais empregados (con- Fundo de Garantia. 'fome a faixa salarial). Só que não po- •• Fardamento • Quando a empresaderá ganhar mais do que um compa- exigir fardamento, uniforme ou qual-nheiro da mesma função e mais antigo /quer peça do vestuário, como avental eno emprego. Se a companheiro; entre- gorro por exemplo, é ela mesma quetanto; foi contratado depois de nevem- deve, fornecer esse material gratuita·,

, bro-do. ano passa,do';para exercer uma mente, sem descontar nadado.salário.c"'função não exercidapor outro empre- 7. Empregadó'estudante- Os cornpa-gado ou a firma fçi inaugurada depois. nheiros que estudam 'têm direito a abo-íla data-base passada, seu aumento se- / no de falta por motivo de prestação derá de 1/12 do percentual de reajuste. exames escolares. 'Para isso o compa-por mês de trabalho.' ~, nheiro deve avisar o patrão com ante-