A mentalidade medieval

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A MENTALIDADE MEDIEVAL ‘’ A função do historiador é compreender, não julgar o passado”. (FRANCO JÚNIOR, 1986, p.20).

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A MENTALIDADE MEDIEVAL

‘’ A função do historiador é compreender, não julgar o passado”.(FRANCO JÚNIOR, 1986, p.20).

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Idade Média: várias abordagens • Renascimento e Iluminismo – “Idade das Trevas” (religiosos

protestantes, burgueses, soberanos absolutistas e intelectuais);• Romantismo do século XIX – visão idealizada, produzida por

românticos, nacionalistas, escritores e até mesmo historiadores, época dos “grandes cavaleiros”, da “nobreza”, do “amor cortês”, da ação “descomprometida” da Igreja, dos “heróis nacionais”;

• História das Mentalidades – (sec. XX) uma nova visão da Idade Média tendo por base temas como a sexualidade, a relação dos homens com a morte, a condição da mulher, a infância, a religiosidade popular, a loucura, etc.

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CONTEXTO HISTÓRICO• Europa – século XIV • A grande crise (o outono da Idade Média)• Crise econômica, política, social e religiosa• Fome, pestes e guerras

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ASPECTOS DA VIDA MENTAL• O monopólio cultural da Igreja • A insegurança como certeza• O predomínio do coletivo • Conflito ente os antagônicos• O poder do simbolismo• A tradição como guia

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ASPECTOS DA VIDA MENTAL• “A primeira característica notável de uma sociedade insegura é a de colocar

o passado acima do presente, ou seja, considerar como seguro apenas o que já foi colocado em prática, condenando as inovações. E retornado ao passado enxergavam a segurança nas antigas autoridades romanas, e como de todas as instituições romanas a única sobrevivente foi a Igreja, ela passou a regulamentar toda a vida espiritual e intelectual da sociedade medieval.” (LE GOFF, 2007, p.326).

• “Eles usavam o proverbio como guia da moral, em que desempenhava um papel capital. O peso do passado ganha toda sua força no enquadramento essencial da sociedade medieval, o das estruturas feudais” (LE GOFF, 2007, p.328).

• “Para o homem da Idade Média, toda a vida moral é um duelo entre o Bem e Mal entre as virtudes e os vícios entre a alma e o corpo” (LE GOFF, 2007 p.341).

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O ser humano é visto com certo desprezo porque é um pecador. Por isso as pessoas devem aceitar resignadamente

o sofrimento : merecemos sofrer porque somos pecadores.

A vida material é pouco importante. O que é preciso é a salvação da alma.

Tudo o que acontece na natureza deve ser explicado pela vontade direta de Deus.

As pessoas devem se conformar com o mundo tal como ele é porque foi Deus que o fez assim. A única grande mudança será o Apocalipse.

Devemos conhecer o mundo para admirar a obra de Deus e louvá-Lo.

A natureza é fonte de pecado. Devemos ficar afastados dela para fugir das tentações.

Visão de mundo baseada na filosofia escolástica, especialmente nas ideias do grego Aristóteles adaptadas ao cristianismo por Tomás de Aquino.

A razão (capacidade humana de pensar) deve estar subordinada à fé.

O ser humano é visto com certo desprezo porque é um pecador. Por isso as pessoas devem aceitar resignadamente o sofrimento: merecemos sofrer porque somos pecadores.

A vida material é pouco importante. O que é precioso é a salvação da alma.

Tudo que acontece na natureza deve ser explicado pela vontade direta de Deus.

As pessoas devem se conformar com o mundo tal como ele é porque foi Deus que o fez assim. A única grande mudança será o Apocalipse.

Devemos conhecer o mundo para admirar a obra de Deus e louvá-lo.

A natureza é fonte de pecado. Devemos ficar afastados dela para fugir das tentações.

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IMPLICAÇÕES GERADAS PELA PESTE• Intensificação de revoltas sociais;• Enfraquecimento da nobreza• Fortalecimento do poder real;• Declínio do poder da Igreja.