A Missao Dos Orixas

8/12/2019 A Missao Dos Orixas

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A misso e o poder dos OrixOldmarconstroi o equilibrio em Oxtua - s-Otw

O texto a seguir transcrio do Od -Otw como esta

registrado no livro Os Nag e a Morte, de Juana Elbein. omente esttranscrita a verso em !ortugu"s.

# $ualidade do conte%do &oi veri'cada. O mesmo conte%do &oiencontrado( com algumas !e$uenas varia)es em outros livros deoutros autores de di&erentes nacionalidades de maneira $ue o textono inventado ou &also.

O o*+etivo de transcrever este texto a$ui com comentrios devido aim!ort,ncia do seu conte%do !ara entendermos a religio oru*a esuas *ases. xistem in&orma)es im!ortantes e sua anlise e

entendimento contri*uem muito !ara a com!reenso do universometa&/sico $ue estamos lidando( de maneira $ue( deve serconsiderado de leitura e con0ecimento o*rigat1rio !or $uem $uerentender o conte%do teol1gico oru*a.

2as notem $ue o sentido no aumentar a so!a de letras em!alavras em or*. O o*+etivo $ue as !essoas entendam a religio$ue esta em volta e acima de toda a !rtica do dia a dia....$ue devia consultaro !orta-vo3-!rinci!al-do-culto-de-4&5a nuvem est !endurada !or cima da terra...

Babalw-dos-tem!os-imemoriais( os-6siris6-esto-no-rioa-marca-do-dedo-re$uer-7ererosun 8rrsn- !1 adivin0at1rio deI9.stes &oram os Babalw$ue +ogaram I!araos $uatrocentos irunmal!Ir"n#al$( sen0ores do lado direito( e+ogaram I!ara os du3entos irunmal!Ir"n#al$( sen0ores do ladoes$uerdo. +ogaram I!ara :xun 8%&un$($ue tem uma coroa toda tra*al0ada de contas(no dia em $ue ele veio a ser o dcimo stimo dos irunmal!Ir"n#al$$ue vieram ao mundo(

$uando Old"#ar'enviou os Orix 8r(&)$(os de3esseis( ao mundo(!ara $ue viessem criar e esta*elecer a terra. vieram verdadeiramente nessa !oca.#s coisas $ue Old"#ar'l0es ensinounos es!aos do :run !*run$constitu/ram os !ilares de &undao$ue sustentam a terra !ara a exist"ncia de todosos seres 0umanos e de todos os ;*1ra 8b*ra$.Old"#ar'l0es ensinou $ue$uando alcanassem a terra(deveriam a*rir uma clareira na


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a E+g"n( o IgbE+g"n $ue seria c0amado 4g*1-O!a!Igb%-$.=isse ele $ue deveriam a*rir uma clareirana


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:runmila!%r"n#(l)$diria a essa !essoa $ue a Or$ue ela devia adorar. ela seria condu3ida ?


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os Ori. !r(&)$-iru#ale !Ir"n#al$( seno encontrar um 0omem s*ioe instruido $ue !udesse ser enviado a Old"#ar'!ara $ue mandasse a soluo do !ro*lemae o ti!o de tra*al0o $ue devia ser &eito !ara o resta*elecimento daordem(

a 'm de $ue as coisas voltassem a normali3ar-se( enada mais inter&erisse em seu tra*al0o.=i3iam $ue tudo o $ue acontecesse(:runmila!%r"n#(l)$( deveria ir at a Old"#ar'.:runmila!%r"n#(l)$ergueu-se. erviu-se de seu con0ecimento !arautili3ar a !imenta(serviu-se de sua sa*edoria !ara tomar no3es de o*i(des!regou seu dn8tecido de ra'a9 e o !rendeu no seu om*ro(!uxou seu ca+ado do solo(um &orte redemoin0o o levou( eele !artiu at os vastos es!aos do outro mundo !ara encontrarOld"#ar'2Aoi la $ue :runmila 8r%nmDl?9reencontrou Kd)r)2'& /estava com Old"#ar'2'& &a3ia sua narrao a Old"#ar'2 x!licava $uea$uilo $ue estava estragando o tra*al0o deles na terraera o &ato de eles no terem convidado a !essoa $ue constitui adcima stima entre eles.>or essa ra3o( ela estragava tudo.Old"#ar' com!reendeu.#ssim $ue :runmila!%r"n#(l)$ c0egou( a!resentou seus agravos a

Old"#ar'2nto Old"#ar' l3edisse $ue deveriam ir ec0amar a dcima stima !essoa entre elese leva-la a !artici!ar de todos os sacri&/ciosa serem o&erecidos.>or$ue( alm disso(no 0avia nen0um outro con0ecimento $ue le l0es !udesse ensinarseno as coisas $ue le + l0es 0avia dito.@uando :runmila!%r"n#(l)$ voltou a terra(reuniu todos os Orix!r(&)$e l3estransmitiu o resultado de sua viagem.

F0amaram :xun 8%&un9e l0e disseram $ue ela deveria segui-los!or todos os lugares onde deveriam o&erecer sacri&/cios(mesmo na


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maltratava Oran&e 8ran&e9,ela continuava a maltratar todo mundo.ra o stimo dia( $uando :xun!%&un$ se a!a3iguou.nto eles l0e disseram $ue viesse.la re!licou $ue +amais iria(

disse( entretanto( $ue era !oss/vel &a3er uma outra coisa+ $ue todos estavam &artos dessa 0ist1ria.=isse $ue se tratava da criana $ue levava no seu ventre. omente seeles sou*essem como &a3er !ara $ue ela desse a lu3 uma criana dosexo masculino(isso signi'caria $ueela !ermitiria ento $ue ele a su*stitu/ssee &osse com eles.e ela desse a lu3 uma criana do sexo &eminino(!odiam estar certos de $ue essa $uestono se a!agaria em sua mente.Aicariam ai !edaos( !edaos e !edaos. eles deveriam sa*er com certe3a $ueesta terra !ereceria5deveriam criar uma nova.2as se ela desse a lu3 um 'l0o-0omem,isso $ueria di3er$ue( evidentemente( o !r1!rio Old"#ar'os tin0aa+udado.#ssim a!elou-se !ara Orix 8r(&)9 le !ara todos os outros Orix8r(&)9!ara sa*er o $ue deveriam &a3er !ara $ue a criana &osse dosexo masculino.

=isseram $ue no 0avia outra soluoa no ser $ue todos utili3assem o !oder G #x 8?95$ue Old"#ar' tin0a dado a cada um deles5 cada dia re!etidamentedeveriam vir( !ara $ue a criana nascesse do sexo masculino.Codos os dias iam colocar seu ?G seu !oder Gso*re a ca*ea de :xun 8un9,di3endo o $ue segue. MNoc" :xun 8un9Pomem ele devera nascer( a criana $ue voc" tra3 em siMCodos res!ondiam Massim se+aM( di3endot67 acima de sua ca*ea...#ssim '3eramtodos os dias( at $ue c0egou

o dia do !arto de :xun 8un9.la lavou a criana.=isseram $ue ela deveria !ermitir-l0es v"-la.la res!ondeu Mno antes de nove diasM.@uandoc0egou o nono dia, ela os convocou a todossse era o dia da cerimQnia do nome( da $ual se originaramtodos as cerimQnias de dar o nome.2ostrou-l0es a criana(e a !Qs nas mos de Orix 8BrD?92@uando Orix 8BrD? nl 9ol0ou atentamente a crianae viu $ue era um menino( gritouL8M"s8.. ! "#urra !$Codos os outros re!etiram MM"sM...


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Fada um carregou a criana5de!ois o a*enoaram.=isseramL Msomos gratos !or esta criana ser um meninoM.=isseramL M$ue ti!o de nome l0e daremosIMOri. !r(&)$ disseL Mvoc"s todos sa*em muito *em $ue

cada dia a*enoamos sua me com nosso !oder!ara $ue ela !udesse dar a lu3 uma criana do sexo masculino(e essa criana deveria +ustamente c0amar-seR-S-T-C-U-V-W 8!oder trouxe ele a nos9M=isseramL Macaso voc" no sa*e $ue &oi o !oder do #x 8?9,$ue colocamos nela( $ue &orou essa criana avir ao mundo(mesmo se antes ela no $ueria vir a terra so* a &orma de uma crianado sexo masculinoIAoi nosso !oder $ue a trouxe a terra.Mis !or $ue c0amaram a criana #xtua 8Rtw9.@uando c0egou o tem!o(9run#ila !%r"n#(l)$consultou o orculo Iacerca da criana(!or$ue todos devem con0ecer sua origem e destinocol0eram o instrumento de Ia !ara consult-lo.les o mani!ularam e o adoraram.ra c0egado o momento de consular Ia res!eito dele(!ara sa*erem $ual era seu Od( !ara$ue o !udessem iniciar no culto de I(Xevaram-no a


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=isse elaL MOxo 8O&$ a gerouM 8signi'cando $ue a criana era 'l0o do!oder mgico95!or$ue ela mesma era uma #+ 8)/$e a criana $ue ela gerou e um 'l0o 0omem.=isse elaL M#Yin Oxo 8:;in O& $M(

8 #Yin Oxo L !oderoso mago5 0omem *ravo dotado de um grande!oder so*renatural9eis o $ue a criana ser; !or isso $ue eles c0amaram Oxtua 8tw9 de:;in O.o !:;inO& $(entre todos os OdIe entre os de3esseis Ori. !r(&)$mais ancios.=e!ois eles disseram $ue em $ual$uer lugar onde os maiores sereunissem(seria com!uls1rio $ue a criana &osse um deles.e no !udessem encontrar o dcimo stimo mem*ro(no !oderiam c0egar a nen0uma deciso e se dessem um consel0ono !oderiam rati'c-lo.o*reveio uma seca na terra.Cudo estava secoZo 0avia orval0oAa3ia tr"s anos $ue tin0a c0ovido !ela %ltima ve3.O mundo entrou em decad"ncia.Aoi ento $ue eles voltaram a consultar I(I )/)l)i0+72@uando :runmila 8r%nmDl?9 consultou I )/)l)i0+ disse $uedeveriam &a3er uma o&erenda( um sacri&/cio( e !re!arar a o&erenda de

maneira $ue c0egasse a Old"#ar',!ara $ue Old"#ar'!udesse ter !iedade da terrae se ocu!asse dela !ara eles.>or$ue Old"#ar'no se ocu!ava mais da terra.e isso continuasse a destruio seria inevitvel5era iminente.omente se !udessem &a3er a o&erenda(Old"#ar' teria sem!re miseric1rdia deles.le se lem*raria deles e 3elaria !elo mundo.Aoi assim $ue !re!araram a o&erenda.les colocaramL

uma ca*ra(uma ovel0a(um cac0orro e uma galin0a(um !om*o(uma !re(um !eixe(um ser 0umano( eum touro selvagem(um !ssaro da


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$ue eles +untaram nesse dia. ovos de galin0a( ede3esseis !edaos de !ano *ranco !uro.>re!araram as o&erendas a!ro!riadas usando &ol0as de I($ue toda o&erenda deve conter.

Ai3eram um grande carrego com todas as coisas.=isseram ento( $ue o !r1!rio


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#ssim $uando Oxtua 8%&tw9 aca*ou de !re!arar a o&erenda( seis!om*osseis galin0as com seis centavos e$uando estava em seu camin0o(ele encontrou uma anci.

le carregava a o&erenda no camin0o $ue levaria a xu 8'&$$uando encontrou essa anci na sua rota.ssa anci era da !oca em $ue a exist"ncia se originou.=isseL M#Yin Oxo 8#Yin OB 9? casa de $uem vai voc" 0o+eIM=isseL Meu ouvi rumores a res!eito de todos voc"sna casa de l]'n $ueos de3esseis Od"mais idosos levaram uma o&erendaao !oderoso :run 8*run$sem sucessoM.=isseL Massim se+aM.=isseL M sua ve3 0o+eIM=isseL M min0a ve3M.=isseL Mtomou alimentos 0o+eIM^es!ondeu eleL Meu tomei alimentosM.=isse elaL M$uando voc" c0egar a seu s/tio(diga-l0es $ue voc" no ir 0o+eM.=isse elaL Messes seis centavos $ue voc" me deuM(=isse( 0 tr"s dias no tin0a din0eiro!ara com!rar comida.=isseL Mdiga-l0es $ue voc" no ir 0o+eM.=isseL M$uando c0egar aman0( voc" no deve comer(

voc" no deve *e*er antes de c0egar aliM.=isseL Mvoc" deve levar a o&erendaM.=isseL Mtodos esses $ue ali &oram( comeramda comida da terra(essa a ra3o !or $ue Ol1d%marK no l0es a*riu a !ortaM@uando Oxtua 8tw9 voltou ? casa de O*a #+?l?i7(todos os Od% 4AW estavam reunidos i.=isseramL Mvoc" deve estar !ronto agora( sua ve3 0o+e de levar a o&erenda ao :run 8]run9(talve3 a !orta se+a a*erta !ara voc"M=isse ele $ue estaria !ronto no dia seguinte(

!or$ue no tin0a sido avisado na vs!era.@uando c0egou o dia seguinte( Oxtua 8tw9 &oi encontrar xu!'&$,e l0e !erguntou o $ue deveria &a3er.xu !'&$ res!ondeuL MFomo[amais !ensei $ue voc" viria me avisarantes de !artirM.=isse eleL isso vai aca*arL0o+e eles l0e a*riro a !ortaM>erguntou eleLMComou algum alimentoIMOxtua 8tw9 l0e res!ondeu $ue uma anci l0e tin0a dito navs!era5 $ue ele no devia comer- a*solutamente nada.


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nto Oxtua 8tw9 e xu 8K9 !useram-se a camin0o.>artiram em direo aos !ort)es do :run.@uando c0egaram l(as !ortas + se encontravam a*ertas5encontraram as !ortas a*ertas. @uando levaram a o&erenda a

Ol1dumarK e le 8Ol1dumarK9 a examinou(Ol1dumarK disseL MPaaaNoc" viu $ual &oi o %ltimo dia $ue c0oveu na terraIu me !ergunto se o mundo no &oi com!letamente destruido.@ue !ode ser encontrado lIMOxtua 8tw9 no !odia nem a*rir a *oca !ara di3er $ual$uercoisa.Ol1dmarK l0e deu alguns M&eixesM de c0uva.^euniu( como outrora( as coisas de valor do :run 8]run9(todas as coisas necessrias !ara a so*reviv"ncia do mundo( e deu-l0as.=isse $ue ele( Oxtua 8tw9( deveria retornar.@uando deixaram a morada de Old#ar'(eis $ue Oxtua 8tw9 !erdeu um dos M&eixesM de c0uva.nto a c0uva comeou a cair so*re a terra.F0oveu( c0oveu( c0oveu( c0oveu( c0oveu...@uando Oxtua 8tw9 voltou ao mundo(em !rimeiro lugar &oi ver @uia*o.le encontrou @uia*o.@uia*o tin0a !rodu3ido vinte sementes.@uia*o $ue no tin0a nem duas &ol0as(

um outro no tin0a mesmo nen0uma &ol0a em seus ramos.Noltou-se em direo ? casa do @uia*o escarlate(4l 4rBYB tin0a !rodu3ido trinta sementes.@uando c0egou ? casa de ?0(esse 0avia !rodu3ido cin$Jenta sementes.Aoi ento at ? casa da !almeira de &ol0as exu*erantes($ue se encontrava na margem do rio:wnr1n Mog"n.# !almeira tin0a dado nascimento a de3esseis re*entos.=e!ois $ue a !almeira deu nascimento a de3esseis re*entos( elevoltou? casa de O*a _+?l?i7(

#x 8?9 se ex!andia e se estendia so*re a terra."men convertia-se em 'l0os(0omens em seu leito de so&rimento se levantavam(e todo o mundo tornou-se a!ra3/vel(tornou-se !oderoso.#s novas col0eitas eram tra3idas dos !lantios.` O in0ame *rotava( omil0o amadurecia( a c0uva continuava a cair(todos os rios trans*ordavam( todo mundo era &eli3.@uando Oxtua 8tw9 c0egou( carregaram-no !ara montar numcavalo( estavam mesmo a !onto de levantar o cavalo do c0o!ara mostrar at $ue !onto as !essoas estavam ricas e &eli3es.stavam de tal &orma contentes com ele($ue o co*riram de !resentes(


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os $ue estavam ? sua direita(os $ue estavam ? sua es$uerda.Fomearam a saudar Oxtua 8tw9LMvoc" o %nico $ue conseguiu levar a o&erenda ao :run 8]run9(a o&erenda $ue voc" levou ao outro mundo era !oderosa

em 0esitao( r!ido( aceite meu din0eiroe a+ude-me a trans!ortar min0a o&erenda ao :run 8]run9Oxtua 8tw9 #ceite r!idoOxtua 8tw9( aceite min0a o&erendaMCodos os !resentes $ue Oxtua 8tw9 rece*eu(os deu todos a xu d?r?.@uando os deu a xu 8K9(xu 8K9 disseLMFomoMP tanto tem!o ele entregava os sacri&/cios( eno 0ouve ningum !ara retri*uir-l0e a gentile3a.MNoc" Oxtua 8tw9Codos os sacri&/cios $ue eles '3erem so*re a terra(se no os entregarem !rimeiro a voc"(!ara $ue voc" os !ossa tra3er a mim(&arei $ue as o&erendas no se+am mais aceitveisM.is a ra3o !ela $ualsem!re $ue os Babalwo&a3em sacri&/cios($ual$uer $ue se+a o Od" I$ue a!area e $ual$uer $ue se+a a$uesto(devem invocar Oxetua !ara $ue envie as o&erendas a xu.

>or$ue s1 de sua mo $ue xu 8K9aceitar as o&erendas!ara lev-las ao Bde Brun.>or$ue $uando xu 8K9 mesmorece*ia os sacri&/cios das !essoas da terrae os entregava no lugar onde as o&erendas so aceitas(eles no demonstravam nen0um recon0ecimento !elo $ue ele &a3ia!or todos(at o dia em $ue Oxtua 8tw9 teve de carregar o sacri&/cio(e xu 8K9 &oi a*rir o camin0o a!ro!riado !ara o Brun(!ara alcanar a morada de Old#ar'(

$uando se a*riram as !ortas !ara ele.# $ualidade de gentile3a $ue xu 8K9 rece*eu de Oxtua 8tw9era realmente muito valiosa !ara ele xu 8K9.nto ele e Oxetua decidiram com*inar um acordo !elo $ualtodas as o&erendas $ue deveriam ser &eitasdeveriam ser-l0e enviadas !or intermdio de Oxtua 8tw9.Aoi assim $ue Oxtua 8tw9 se converteu rio entregador deo&erendas !ara xu 8K9.xu Bd?r?( &oi assim $ue ele se converteu emO-!ortador-de-o&erendas-!era-Ol1d%marK-no-!oderoso-Brun.; assim como este Od% 4& ex!lica( a res!eito de xu 8K9 e Oxtua8tw9


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O texto de muita ri$ue3a de detal0es e &undamentos e &alar so*reele !oderia gerar muitas !ginas( assim vamos !rocurar manter umalin0a !rinci!al de &oco.# !rimeira coisa a destacar a lem*rana da necessidade de $ue!essoalmente n1s termos $ue envolver Iantes de $ual$uer

atividade ou tra*al0o religioso. 4sso esta !resente em todos os versosde I !s$mostrando $ue o sucesso s1 ocorre se a !essoa se!re!ara !ara o $ue vai &a3er de acordo com o $ue Il0e instrui. Iexiste !ara instruir os 0omens no *om cum!rimento de suasatividades es!irituais e de seus sacri&/cios.

Aoi assim !or exem!lo no mito da criao com mundo com Oxala8&)l$$ue aceitou a tare&a de Old#ar'!ara executar mas no se!re!arou !ara ela sendo su!erado !or Oduduwa( $ue antes te tomaressa tare&a !rocurou um babalwo!ara se orientar.=essa maneira nessa religio se algum $uer sucesso em algo deve

acreditar $ue !rimeiro deve !rocurar o orculo. =eve ter a 0umildadede !rocurar orientao. O ego no a+uda e a vaidade inimiga doresultado. Old#ar' colocou os Orix 8BrD?9 na terra !ara nosa+udar e devemos *uscar essa orientao.

; claro $ue ter acesso ao orculo um !ro*lema devido a $uestocomercial envolvida( mas( isso no cul!a da religio e sim dos0omens. =evemos lem*rar $ue um O*i um orculo muito e'ciente e$ual$uer iniciado !ode usar.

#lm do as!ecto envolvido em nossa vida normal existe o lado das

tare&as religiosas. >ara essas a situao muito sria. Aa3er as coisas!or intuio ou receita no resolve. O $ue resolve *uscar a a+udadivina atravs do orculo e seguir as indica)es $ue l0e so dadas.O divino( atravs do orculo e dos Orix 8BrD?9 existe !ara su!ortarnossa exist"ncia. O orculo o instrumento !ara essa comunicao(do divino com o 0omem( do :run 8%run9 com o #i7e e no aadivin0ao. >elo mito os Orix 8aw*n r(&)9 &oram enviados !orOld#ar'!ara a+udar os 0omens na sua vida na terra. Fomovivermos e su!erarmos as adversidades com a a+uda dos es!iritos do:run 8*run$.

#ssim entendemos $ue onde existem !essoas existem Orix 8BrD?9 eesses existem onde existem !essoas. Os Orix 8BrD?9 &oram a ddiva$ue Old#ar'deu !ara nossas vidas e !ara nossa assist"ncia. lesno so a nature3a( eles so enviados de Ol1dmarK es!eci'camente!ara nos a+udar.

Ol1dmarK mandou os Orix 8BrD?9 !ara nos livrar do mal $ue existeso*re a terra e nos ensinar a como cultuar a nossa religio. :runmila!%r"n#(l)$ assim a$uele $ue interage com Ol1dmarK !elos Orix8BrD?9 e !elos 0omens( +unto com xu 8b9( $uem tem acesso ?Old#ar'2

2as os versos deixam claro $ue o o*+etivo do culto no o divino esim o !r1!rio 0omem. Os Orix 84r(&)$no existem !ara ser adorados


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e sim !ara dar vida ao 0omem. O criados !rotege a sua criatura. Zo!ode evitar os !ro*lemas e males $ue existem no mundo e nanature3a $ue tem sua vida !r1!ria mas coloca seus ministros !arasu!ortar os 0omens.

xistem muitas !essos $ue a!esar disso tudo e !ossivelmentemotivados !elo descon0ecimento ou m & &a3em o&erendas eo*riga)es religiosas sem consultar antes e durante o seu orculo(&a3em seguindo o $ue con0ecem ou sua intuio. 4sso esta errado evo incorrer no mesmo erro de O*atala $ue &al0ou na misso $ueOld#ar' l0e deu.

Os versos mostram tam*m $ue :xun 8un9 &oi des!re3ada !elosOdna execuo das atividades e esta se voltou contra todos&a3endo com o $ue tudo o $ue '3essem &osse ao contrrio. ; dessamaneira im!ressionante o !oder de :xun 8un9 $ue se so*re!un0a

ao de todos os demais.:xun 8un9 atingia isso atravs de seu !oder com as #+ 8@/$2O seu!oder *aseado no &ato $ue :xun 8un9 #+ 8@/$ela 47ami( agrande =0 nla a grande me !rimordial( a !rimeira a ancestral. la l/der das #+ 8@/$e essas res!ondem a sua liderana.O !oder &eminino tem $ue estar !resente em $ual$uer tra*al0o de#x 8)&9 e dando im!ort,ncia a uma das *ases da religio( $ue oe$uil/*rio( somente com o e$uil/*rio entre o !oder masculino e o&eminino $ue as coisas se reali3am. @uando :xun 8%&un9 decidiuatra!al0ar as a)es no mais deram resultado.

#+ 8@/9 gan0a assim uma im!ort,ncia maior do $ue se imagina. #+8@/9 !oder na &ace da terra( no mundo $ue vivemos( no:i0e. lasacima de todos tem a ca!acidade de &a3er as coisas darem errado oucerto( e um !oder mani!ulvel !ara o *em ou !ara o mal.

Zo !odemos dessa maneira +amais de!re3ar a !artici!ao das #+8@/9 em tudo o $ue &a3emos no #i7e( !ara o *em ou !ara o mal(atravs de :xun 8%&un9 sua l/der.xiste um outro verso de outro Od( Osa 2e+i !%s M+/($,no $ualOld#ar'd a Odum enorme !oder( mais do $ue o de todos mas$ue ela no deveria a*usar desse !oderL

...la retorna e vai $ueixar-se a Oldu#ar'L MOs dois !rimeirosrece*eram o !oder da guerra e o da criao( e ela( Od%( nada rece*eudessa !artil0aM. Oldu#ar'di3-l0eL MCu sers( l7 won 8w*n9( medeles( !or toda a eternidade5 sustentars o mundo``. Fon&ere-l0e o!oder de e7e 809( o !ssaro5 d-l0e a ca*aa de ele7e 8l09( donado !ssaro.Oldu#ar'!ergunta-l0e como ele ir utili3ar os !ssaros e sua &ora.Od"res!onde-l0e $ue matar a$uelas $ue no a escutarem5 dardin0eiro e 'l0os ?$uelas $ue l0e !edirem mas se( em seguida( as!essoas se mostrarem im!ertinentes com ela( retomar suas ddivas.Old"#ar'di3-l0eL Mst *em( mas utili3a com calma o !oder $ue tedeiM. e ela o utili3asse com viol"ncia( ele o retomaria e re!eteL \Cu


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sers i0 won( a me de todos os 0omens5 elas devero !revenir-te( ati Od"( de tudo a$uilo $ue $uiserem &a3erM. Oldu#ar'deu o !oder ?smul0eres5 o 0omem so3in0o nada !oder &a3er na aus"ncia dasmul0eres.Za$uela !oca Od% entra nos recantos mais secretos do culto de

E+g"n( de Ore de diversos Orix 8r(&)9 .#0l@gb)( a antiga( exagerou( ela se recusa a &a3er as o&erendas!rescritas !or i( no ouve seus consel0os( no sentido de agir comcalma e !rud"ncia.*?ris? vem e di3L i ; a ele $ue Old"#ar'0avia con'ado omundo5 essa mul0er enrgica veio tir-lo de suas mos. la vai aoslugares secretos de E+g"n( Oro e dos outros Bris?( onde ele( 4b)ris)(no ousar entrar.4b)ris)vai consultar 4r"n#il)8i&9 e &a3 o&erenda de carac1is e deum c0icote $ue l0e indicado. 4r"n#il)di3-l0e $ue o mundo setornar seu( mas ele deve ser !aciente. M# mul0er ir exagerar( ela setornar tua criada( *?ris?( ela vir su*meter-se a ti. MZa$uele tem!o Od"tin0a o !oder5 toda coisa $ue ela di3ia sereali3ava. la di3 a 4b)ris)$ue os dois( ela e ele( devem morar+untos( no mesmo lugar.4b)ris)&a3 na$uele lugar o culto de sua ca*ea com o caracol. e*ea gua do caracol( contida em sua conc0a e o&erece-a a Od"( Fomem+untos a carne do caracol. O 0umor de Od"se acalma. =eclara $ue+amais comeu algo to *om.4b)ris)di3 a Od"$ue no l0e escondeu nen0um de seus segredos(mas $ue ela( !or seu lado( l0e escondeu o segredo de seu !oder. Od"

mostra a 4b)ris)o segredo da rou!a de E+g"n. [untos adoram E+g"n.Od"reveste a rou!a( mas &ala com vo3 normal. Zo sa*e &alar com avo3 rouca dos ar run( a gente do alm( os mortos. ^egressam ?casa. 4b)ris)volta so3in0o ao lugar de adorao( modi'ca a rou!a deE+g"n( veste-a( !ega o c0icote de sua o&erenda. ai com a rou!a narua e &ala com a vo3 rouca de g%n.Codo mundo sente medo( a !r1!ria Od"'ca assustada( masrecon0ece a rou!a e( assim( sa*e $ue 4b)ris)est dentro. nvia seu!ssaro em!oleirar-se nos om*ros de g%n. Cudo a$uilo $ue E+g"ndi3 age !elo !oder do !ssaro.=essa maneira o !oder $ue &oi dado a Od"( I0a#i( imenso !or$ue

ele o !oder $ue estava no ai7e( no mundo $ue vivemos.Fom o a&astamento de Ol1dmarK o mundo se descontrola e os Orix8r(&)9 ou Od tem $ue !rocur-lo( distante( mas acess/vel !or xu8b9.Fom a criao de Oxtua 8tw9 esse !assa a ser o invocador do!oder do #x 8?9. Zo se so*re!)e a xu 8b9 e sim se alia a esse!oder e gan0a desse o !oder se ser o %nico a invocar xu 8b9.O !a!el de xu 8b9 tam*m 'ca muito claro. le no um Orix8BrD?9 comum como muitos entendem( !rinci!almente noFandom*l. xu 8b9 no sistema religioso esta em uma lin0adistinta. le o trans!ortador do #x 8?9( o !olicial de Old#ar'como #*im*ola sem!re o caracteri3a( o mensageiro de Old#ar'(levando ao con0ecimento deste tudo o $ue ocorre no #i7e. le estava


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l diante de Old#ar'o !osicionando dos !ro*lemas com 9.un!%&un$ antes $ue Oxtua c0egasse.Com Oxtua ( tw) isso no se modifica. Oxtua ( tw) no Exu() E!e "uem #an$ou de Exu () o %ode& de se& o 'nico a inoc!o.*ssim toda a ce&im+nia "ue se necessite de Exu () %a&a a comunica,o ou

%a&a o t&ans%o&te de *x (-) dee se& inicia& com a s'%!ica a Oxtua( tw) %a&a este %ode& inoca& Exu (). Exu () existia antes deOxtua ( tw) continuou a existi& de%ois. Oxtua ( tw) foi co/e&to de$on&as %e!os Od0 "ue o #e&a&am e tam/m %o& Exu ().

Oxtua 8tw9 &oi criado !or :xun 8un9 o !oder &eminino( +untocom o #x 8?9 de todos os demais Od( masculinos. le oresultado de todo o #x 8?9 $ue Ol1dmarK deu !ara os Od$uando vieram ao mundo( mais o com!onente &eminino.

Outra coisa $ue esse texto deixa claro o !oder su!erior e su!remo

de Ol1dmarK so*re o mundo e so*re os Orix 8BrD?9.le no s1 estaacima como tam*m controla o mundo. omente divindadeses!eciais tem acesso a ele( Oxtua 8tw9 teve mas se mantevecalado. xu 8b9 tem acesso e &ala e ouve.

O mundo era controlado !or Ol1dmarK. # nature3a s1 &uncionava!or$ue Ol1dmarK a controla. Aoi ele $uem con&eriu o !oder aos Orix8BrD?9. =essa maneira a tese de $ue essa seria uma religio !olite/sta invlida. ^eligi)es !olite/sta so caracteri3adas !or deuses em n/velde igualdade e $ue com!etem entre si( so inde!endentes. sse Odno mostra nada disso.

2ostra uma divindade su!erior e a*soluta e outras $ue agem nomundo como seus *raos. 2ostra de &ato uma divindade distante $uerece*e in&ormao atravs de xu 8b9 e nem sem!re sa*e de tudo o$ue ocorre no mundo.

xiste um outro verso no $ual descreve $uando os Orix 8BrD?9disseram a Ol1dmarK $ue eles iriam tomar conta do mundo.Ol1dmarK ento deixou !or conta deles. O $ue ocorreu &oiigualmente o caos( as coisas da nature3a !araram de &uncionar e elestiveram $ue voltar a Old#ar'. Xamento a!enas no !odertranscrever a$ui esse verso.

n'm o $ue Oxtua 8tw9 so3in0o mostra a su!remacia deOl1dmarK so*re os demais Orix 8BrD?9. =essa &ormacaracteri3amos coisas im!ortantes com esse verso. # !rimeira $ue essa no e uma religio !olite/sta !or$ue existe uma divindadesu!eriora. O termo acad"mico mais !r1ximo o de uma religioPenote/sta. 2as( essa um discusso ruim !or$ue sem!re carregada de ignor,ncia e !reconceito mas esse texto tra3 isso atona.

u ac0o im!ortante citar isso !ara caracteri3ar $ue os Orix 8BrD?9

no so elementos da nature3a como $uerem os ignorantes $ue sein


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!olite/stas so de &ato a !r1!ria nature3a. 4sso um sincretismosmenor $ue e$ui!ara essa religio or* a outras semcorres!ondente real. omos muito !re+udicados !or esse sincretismoseuro!eu essa associao com religi)es l%dicas ou com o !ant0eismogrego.

Fontudo no estamos lidando com uma religio monote/sta. =evemoslem*rar $ue a caracteri3ao de uma religio como monote/sta ouno um !rocesso !reconceituo3o &eito a!enas !or uma correntereligiosa !redominante( $ue so as religi)es #*raamicas( Fristos([udeus e 4sl,micos. 2onoteismo no !ode ser entendido como umtermo genrico( e sim como um termos $ue caracteri3a esse con+untode religi)es. #ssim monote/stas sero elas !raticamente( todo o restoser alguma coisa di&erente.

O im!ortante no classi'car uma religio e sim entend"-la. @uando

se entende de &ato no vai se di3er $ue temos um >anteo de deuses(!or$ue esse termo no se a!lica !ertence unicamente a uma outrareligio $ue !olite/sta. Zo vamos di3er $ue nossos deuses soelementos da nature3a !or$ue isso no condi3 com a realidade(!ertence a uma outra religio. ; !reciso en'm entender o $ue areligio &a3 de *em !ara as !essoas( como as orienta a viver como asa+uda a viver mel0or.

Fontudo esse mesmo texto nos leva a concordar com a lin0a dea'rmao de $ue Old#ar' um =eus distante $ue colocou osOri. !r(&)$!ara ser seu intermedirio e nosso su!orte. 4sso !ode ser

entendido em !arte uma ve3 $ue tendo controle so*re o mundo eletem $ue ter ci"ncia do $ue ocorre( mas( essa discuo no vale a!ena( !odemos sim entender $ue ele se mant"m in&ormado atravsde $uem tem acesso a ele.

ostaria de lem*rar $ue o deus #*raamico no muito distinto disso.eus intermedirios so os an+os !ara todas as correntes e no casodos cat1licos os santos intercedem !elos vivos. # !resena de =eusno meio de todos teologicamente $uestionada e existem discu)es$ue se arrastaram sculos so*re isso.

Fontinuando no tema !rinci!al( o seguinte texto( tam*m do OdOxtua 8tw9 &oi o*tido do *a*alwo O7Kg*ad lt]n?( $ue o+g*]n? awo de og*o.

222Old#ar' os saudoue !erguntou so*re a dcima stima !essoaOld#ar' !erguntou !ara eles \!or $uevoc"s no se consultam com elaI6les res!onderam( \; !or$ueela a %nica mul0er entre n1s6Old#ar' disse( \Zo isso no !ode ser assim9.un !%&un$ a !rinci!al mul0er6Old#ar' disse(Bor1bor1, seu babalwoem Irgber1,


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!arte do orculo de 9.un !%&un$2g*a 8Agb)$seu babalwo e# =lu;)n( !arte do orculo de 9.un !%&un$2


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A Missao Dos Orixas

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