A MODELAGEM E A MONTAGEM DE VESTUÁRIO: UMA · PDF fileGraduanda em Economia...
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XI JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO – JEPEX 2011 – UFRPE: Recife, 18 a 22 de outubro. A MODELAGEM E A MONTAGEM DE VESTUÁRIO: UMA VIVÊNCIA QUE CONTRIBUI PARA O DESENVOLVIMENTO DO ARTESANATO DA ZONA DA MATA NORTE-PE Juliana Felinto de Sena 1 , Cinthia Furtado Avelino 2 , Nailde Gonçalves da Silva 3 e Maria Alice Rocha Vasconcelos 4 ________________ 1. Discente de Economia Doméstica. Universidade Federal Rural de Pernambuco, Rua Dom Manoel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos - CEP: 52171-900 - Recife/PE. E-mail: [email protected] 2. Discente de Economia Doméstica. Universidade Federal Rural de Pernambuco, Rua Dom Manoel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos - CEP: 52171-900 - Recife/PE. E-mail: [email protected] 3. Graduanda em Economia Doméstica pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, Rua Dom Manoel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos-Cep52071- 030-Recife/PE. E-mail: [email protected] 4.. Doutora em Design de Moda - PhD in Fashion Design, Professora do Curso de Economia Doméstica – DCD/UFRPE. Universidade Federal Rural de Pernambuco, Rua Dom Manoel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos - CEP: 52171-900 - Recife/PE. E-mail: [email protected] Apoio financeiro: CNPq/MDS Introdução Em decorrência de alguns encontros realizados em vários municípios a partir do projeto de pesquisa e extensão desenvolvido na UFRPE, financiado pelo CNPq/MDS, com o título de “Fortalecimento do Consórcio de Segurança Alimentar e Desenvolvimento Local – CONSAD da Microrregião Itambé em Pernambuco”. Uma associação do Município de Paudalho, Associação Sócio Cultural de Artesãs da Mangueira (ASCAM), ao tomar conhecimento das áreas de atuação do curso de Economia Doméstica, nos procurou solicitando formação na área de modelagem. A partir das necessidades expressadas pelos/as associados/as foi desenvolvido um projeto de extensão A modelagem e a montagem do vestuário contribuindo para o desenvolvimento do artesanato da Zona Mata Norte-PE, voltado para formação na área de modelagem. A ASCAM desenvolve um trabalho artesanal chamado de Tenerife, sendo o mesmo é uma renda trabalhada em tear de madeira com o uso de linha de crochê e agulha. De origem espanhola, o Tenerife era ensinado pelos seminaristas à população local durante encontros paroquiais. Com o passar do tempo essa atividade foi sendo desvalorizada pelas novas gerações, devido, principalmente ao processo de valorização do produto industrializado e importado de outras regiões, nas a presidente da associação decidiu resgata este artesanato, o qual aprendeu com sua avó. Logo, surge o trabalho educativo que implica em desenvolver novas Formações, tais como: modelar, cortar, montar, costurar e utilizar moldes prontos para relacionar e interconectar-se, estimulando a comunicação, bem como o diálogo e a reflexão crítica. O objetivo desse trabalho e relatar o as atividades desenvolvidas com os/as associados/as da ASCAM. Material e métodos O presente projeto de extensão se encontra em andamento, sendo desenvolvido no laboratório de vestuário do departamento de ciências Domésticas, Universidade Federal Rural de Pernambuco/ UFRPE. Com o início das atividades está sendo utilizado material didático para o embasamento teórico das/os participantes durante as oficinas teóricas e práticas proporcionando o conhecimento inicial sobre os conceitos básicos de desenho geométrico: ponto, linha reta, plano, circunferência e figuras planas, a fim de dar segmento à aprendizagem de modelagem, corte e montagem de vestuário. A participação ativa tem um caráter de avaliação, visto que o conhecimento empírico dos 13 membros (homens e mulheres), com faixa etária de 23 à 57 anos é um ponto importante para a aprendizagem. O período de vivência tem duração de 520 horas no intervalo de março/2011 a dezembro/2011, dividido em cinco momentos: I – Desenho geométrico; II – Introdução a Modelagem; III - Decalque de moldes prontos; IV - Montagem das modelagens em tecido e V - Noções de máquina de costura. O trabalho artesanal foi exposto semanalmente e sempre esteve presente durante as oficinas a fim de estimular a criatividade e o desenvolvimento em grupo numa perspectiva de inovação. Resultados Durante os encontros, houve trocas de experiências com os/as artesãos/ãs que trabalham com vestuário, produção artesanal de produtos do lar, e as vivências de gênero, cidadania, igualdade e emancipação relacionadas com essas atividades artesanais, permitindo assim, diálogos sobre os aspectos do processo de comercialização dos produtos. O projeto de extensão: A Modelagem e a Montagem do Vestuário contribuindo para o desenvolvimento do Artesanato da Zona da Mata Norte-PE é uma experiência adotada para qualificar, tornar habilitado e
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XI JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO – JEPEX 2011 – UFRPE: Recife, 18 a 22 de outubro.
A MODELAGEM E A MONTAGEM DE VESTUÁRIO: UMA
VIVÊNCIA QUE CONTRIBUI PARA O DESENVOLVIMENTO DO
ARTESANATO DA ZONA DA MATA NORTE-PE
Juliana Felinto de Sena1, Cinthia Furtado Avelino
2, Nailde Gonçalves da Silva
3e Maria Alice Rocha Vasconcelos
4
________________
1. Discente de Economia Doméstica. Universidade Federal Rural de Pernambuco, Rua Dom Manoel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos - CEP: 52171-900 -
Recife/PE. E-mail: [email protected]
2. Discente de Economia Doméstica. Universidade Federal Rural de Pernambuco, Rua Dom Manoel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos - CEP: 52171-900 -
Recife/PE. E-mail: [email protected]
3. Graduanda em Economia Doméstica pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, Rua Dom Manoel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos-Cep52071-
030-Recife/PE. E-mail: [email protected]
4.. Doutora em Design de Moda - PhD in Fashion Design, Professora do Curso de Economia Doméstica – DCD/UFRPE. Universidade Federal Rural de
Pernambuco, Rua Dom Manoel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos - CEP: 52171-900 - Recife/PE. E-mail: [email protected]
Apoio financeiro: CNPq/MDS
Introdução
Em decorrência de alguns encontros realizados em
vários municípios a partir do projeto de pesquisa e
extensão desenvolvido na UFRPE, financiado pelo
CNPq/MDS, com o título de “Fortalecimento do
Consórcio de Segurança Alimentar e Desenvolvimento
Local – CONSAD da Microrregião Itambé em
Pernambuco”. Uma associação do Município de
Paudalho, Associação Sócio Cultural de Artesãs da
Mangueira (ASCAM), ao tomar conhecimento das
áreas de atuação do curso de Economia Doméstica, nos
procurou solicitando formação na área de modelagem.
A partir das necessidades expressadas pelos/as
associados/as foi desenvolvido um projeto de extensão
A modelagem e a montagem do vestuário contribuindo
para o desenvolvimento do artesanato da Zona Mata
Norte-PE, voltado para formação na área de
modelagem.
A ASCAM desenvolve um trabalho artesanal
chamado de Tenerife, sendo o mesmo é uma renda
trabalhada em tear de madeira com o uso de linha de
crochê e agulha. De origem espanhola, o Tenerife era
ensinado pelos seminaristas à população local durante
encontros paroquiais. Com o passar do tempo essa
atividade foi sendo desvalorizada pelas novas gerações,
devido, principalmente ao processo de valorização do
produto industrializado e importado de outras regiões,
nas a presidente da associação decidiu resgata este
artesanato, o qual aprendeu com sua avó.
Logo, surge o trabalho educativo que implica em
desenvolver novas Formações, tais como: modelar,
cortar, montar, costurar e utilizar moldes prontos para
relacionar e interconectar-se, estimulando a
comunicação, bem como o diálogo e a reflexão crítica.
O objetivo desse trabalho e relatar o as atividades
desenvolvidas com os/as associados/as da ASCAM.
Material e métodos
O presente projeto de extensão se encontra em
andamento, sendo desenvolvido no laboratório de
vestuário do departamento de ciências Domésticas,
Universidade Federal Rural de Pernambuco/ UFRPE.
Com o início das atividades está sendo utilizado
material didático para o embasamento teórico das/os
participantes durante as oficinas teóricas e práticas
proporcionando o conhecimento inicial sobre os
conceitos básicos de desenho geométrico: ponto, linha
reta, plano, circunferência e figuras planas, a fim de dar
segmento à aprendizagem de modelagem, corte e
montagem de vestuário.
A participação ativa tem um caráter de avaliação,
visto que o conhecimento empírico dos 13 membros
(homens e mulheres), com faixa etária de 23 à 57 anos é
um ponto importante para a aprendizagem. O período
de vivência tem duração de 520 horas no intervalo de
março/2011 a dezembro/2011, dividido em cinco
momentos: I – Desenho geométrico; II – Introdução a
Modelagem; III - Decalque de moldes prontos; IV -
Montagem das modelagens em tecido e V - Noções de
máquina de costura.
O trabalho artesanal foi exposto semanalmente e
sempre esteve presente durante as oficinas a fim de
estimular a criatividade e o desenvolvimento em grupo
numa perspectiva de inovação.
Resultados
Durante os encontros, houve trocas de experiências
com os/as artesãos/ãs que trabalham com vestuário,
produção artesanal de produtos do lar, e as vivências de
gênero, cidadania, igualdade e emancipação
relacionadas com essas atividades artesanais,
permitindo assim, diálogos sobre os aspectos do
processo de comercialização dos produtos.
O projeto de extensão: A Modelagem e a Montagem
do Vestuário contribuindo para o desenvolvimento do
Artesanato da Zona da Mata Norte-PE é uma
experiência adotada para qualificar, tornar habilitado e
XI JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO – JEPEX 2011 – UFRPE: Recife, 18 a 22 de outubro.
formando os membros da ASCASM para determinado
desempenho de uma função artesanal.
De acordo com os resultados obtidos nas aulas
práticas a respeito da modelagem, obtivemos uma
grande divergência nos diálogos do primeiro contato
com o momento atual.
1. Antes das aulas teóricas e práticas:
“Sempre costurei as roupas para os desfiles sem
a utilização da técnica da modelagem, costumo
descosturar uma roupa vindo de loja, tiro a
modelagem e em seguida elaboro uma nova peça. É
muito trabalho, mas sempre foi assim.” (membro da
ASCASM)
1. Após as aulas teóricas e práticas:
“Costurei uma saia pela primeira modelagem que
aprendi aqui no curso, fiquei tão feliz que meu desejo
é continuar até o fim.” (membro da ASCASM)
As estratégias pedagógicas adotadas no
desenvolvimento do projeto proporcionam alegria e
motivação aos 13 participantes que vivenciam e
valorizam o aprendizado em equipe.
É notável por nós integrantes do projeto de extensão
e estudantes do curso de Economia Doméstica, o auto-
desenvolvimento nas aulas e atividades práticas, através
dos fatores externos, tal como, o ambiente da
Universidade, que muito contribui para o incentivo dos
artesãos/ãs estarem presentes nos encontros realizados.
Procedente às discussões, dinâmicas e avaliação de
conteúdos de interesse coletivo, ficaram acordado com
o grupo que as oficinas adotarão do início ao término,
procedimentos que envolvam análise e solução de
problemas relacionados ao trabalho executado, com
expectativa de garantir resultados satisfatórios
atendendo todas as necessidades observadas.
Ao término da execução deste trabalho de extensão,
espera-se como resultado a transição para uma melhor
condição de vida, um melhor posicionamento de
produto para suas produções e uma maior
conscientização dos artesãos/ãs no que tange suas
potencialidades.
Agradecimentos
Agradecemos a todos que cooperaram no desenvolver
deste e em especial os membros da ASCASM que
tornaram possível a realização deste trabalho.
Referências
[1] IBGE. Censo Demográfico 2000 – Resultados do Universo.
Disponível em http://www.ibge.gov.br. Acesso em
01/setembro/2010.
[2] LEITÃO, M. R. F. A. Trabalho, Gênero e desemprego em Lagoa
do Carro. Territorios, Bogotá, n. 13, p. 115-132, 2005.
Paudalho: Pernambuco- PE. Disponível em:
<http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/pernambuco/pau
dalho.pdf> Acesso em: 15 de julho 2010.
[3] PETINGA, Carolina Santos. Mais definições em trânsito.
Disponível em: <http://www.cult.ufba.br/maisdefinicoes/
DESENVOLVIMENTOLOCAL.pdf> Acesso em: 12 de set.
2010.
[4] PETINGA, Carolina Santos. Mais definições em trânsito.
Disponível em: <http://www.cult.ufba.br/maisdefinicoes/
DESENVOLVIMENTOLOCAL.pdf> Acesso em: 12 de set.
2010.
[5] RICCI, Fábio; SANT’ANA, Rosangêla. Desenvolvimento
turístico sustentável: o artesanato local como alternativa na
cidade de Santo Antônio do Pinhal, SP. Disponível em:
<http://www.uesc.br/revistas/culturaeturismo/edicao4/artigo_5.p
df> Acesso em: 18 de set. 2010.
[6] CANCLINI, Néstor Garcia. Culturas híbridas: estratégias para
entrar e sair da modernidade. Tradução Genes Andrade. São
Paulo: USP, 2006.
XI JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO – JEPEX 2011 – UFRPE: Recife, 18 a 22 de outubro.
Figura 1. Oficinas realizadas durante o projeto de extensão.
