A Moreninha

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Esse é um trabalho que eu fiz para a minha escola, é o livro "A Moreninha", resumido e transformado para uma linguagem mais atual.

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INTEGRADO – Colégio e Faculdade

TEXTO ADAPTADO DO LIVRO “A Moreninha”(JOSÉ DE ALENCAR)

Autores:

Ariádne Fernandes Zago

Caroline Bispo Leal

Larissa Greco da Silva

Matheus Oliveira Kühn

Nicole Fernanda Soares de Paula

8ª “B”

Profª Alessandra O. S. Beltramim

Campo Mourão, setembro / 2010

“This is the way the world ends.

Not with a bang but a whimper.”

- T.S. Eliot “The Hollow Men”

“É assim que o mundo acaba.

Não com uma explosão, mas com um suspiro.”

- T.S. Eliot “Os Homens Ocos”

Page 3: A Moreninha

Capítulo 1

Aposta Imprudente

Filipe entra na sala e já começa a fazer discurso. Na

sala em que entra, estão três amigos conversando,

Leopoldo, Augusto e Fabrício. Filipe começa a fazer

sátiras, e os outros começam a interrompê-lo, até que

desiste e para com as sátiras. Então diz:

- Basta! Vamos falar de coisa séria. Onde vocês vão

passar o dia de Sant’Ana?

- Por quê? Teremos festa? - perguntou Leopoldo.

- Minha avó se chama Ana e me permitiu convidá-

los para passar a véspera do dia de Sant’Ana com ela na

ilha de...

- Eu vou - disse Leopoldo.

- São dois – falou Fabrício.

Augusto ficou em silêncio, então, Filipe perguntou se

ele iria ou não.

- Eu? Eu não conheço sua avó.

Fabríco e Leopoldo dizem que também não a

conhecem. Mesmo assim, ele não aceita a proposta, então,

Filipe começa a falar o que terá de bom, até que, quando

ele fala que terão garotas bonitas, Augusto muda de idéia e

admite de não gostou de saber disso, pois essa é sua

fraqueza.

Então, Augusto e Filipe fazem uma aposta, que eles

iriam para a ilha de ... e caso Augusto, que era “o”

inconstante, se apaixonasse por alguma garota da ilha, ele

teria de escrever um livro de seu romance, e caso ele não

se apaixonasse, Filipe teria de escrever um livro sobre o

que aconteceu na ilha de ...

Capítulo 2

Fabrício em Apuros

Depois de feita a aposta, todos iam saindo, menos

Fabrício que queria conversar com Augusto. Entretanto, os

seus amigos não deixaram. Então, ele pede que Augusto

mande Rafael para pegar uma carta que ele lhe escreveria.

Depois de um tempo de espera, Rafael volta com a carta.

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Na carta, Fabrício dizia que, seguindo os conselhos

de Augusto, encantou uma moça. Essa moça se apaixonou

por ele, mas ela é muito intensa na paixão, ela faz com que

ele passe pela sua casa várias vezes, que tenha de

mandar várias cartas, entre outras coisas.

Fabrício diz que começou a falir por causa dessa

paixão. E então, queria que Augusto a cortejasse, para que

então ele pudesse se fazer de ciumento e acabasse com o

namor.

Depois de ler, Augusto ri um monte e diz “E esta...”.

Capítulo 3

Manhã de Sábado

No dia anterior ao dia de Sant’Ana, Augusto chega à

ilha de ... No mesmo dia, eles fazem uma festa na casa de

D. Ana (avó de Filipe).

No baile, Augusto é apresentado a alguns dos

presentes (destacando as moças, principalmente as primas

e a irmã de Filipe). Uma senhora chamada Violante,

“prende” Augusto e não o larga, pois fica falando um monte

de coisas pra ele, até ele ficar entediado, mas por ele ser

cavalheiro, não demonstra isso.

Até que em um momento, D. Violante diz que sofre

de alguns sintomas, e queria saber o que tinha. Ele então,

para se ver livre dela, diz que ela tem hemorróidas. D.

Violante praticamente o expulsa de seu lugar, e então

Carolina (a irmã de Filipe) vai brincar com Augusto, sobre a

situação em que ele se encontrava.

Capítulo 4

Falta de Condescendência

Após esse acontecimento, Fabrício levou Augusto

até o gabinete dos homens, e então perguntou a resposta

da carta que ele mandara, Augusto falou que não iria

ajudá-lo, pois não era certo brincar com o coração de uma

jovem.

Fabrício então declara guerra com Augusto. Fabrício

disse que iria contar a todos, no jantar daquele dia, que

Augusto era inconstante.

Então, uma voz anunciou:

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- Vamos jantar.

Capítulo 5

Jantar Conversado

Durante o jantar, Fabrício cumpre com o que disse

e, durante a conversa, diz que Augusto é inconstante e que

ama a todas. Augusto afirma ser inconstante, mas se

defende, dizendo que, na verdade, é mais constante que

qualquer outro, dizendo que ele é amante da beleza e

acha injusto amar a beleza em uma moça e não amar a de

outra moça.

Depois da conversa, Leopoldo diz para brindarem e

dizerem a inicial do nome da mulher que amam, então,

disseram que Augusto não poderia participar, mas Carolina

insiste para que ele brinde ao alfabeto inteiro. E assim foi.

Depois do brinde Leopoldo pergunta a Augusto

quem iria ganhar a aposta, Augusto afirma que seria ele e

que já estava encantado com umas três moças. Leopoldo,

então, pergunta o que ele achou da irmã de Filipe, e

Augusto responde que, no começo, a achou feia, depois

começou a gostar um pouco dela, até que naquele

momento, poderia já até chamá-la de engraçada e

bonitinha.

Capítulo 6

Augusto e suas Ficantes

Poucos momentos depois do ocorrido, a sala de

jantar ficou praticamente vazia, pois lá só havia Keblerc,

que entendeu, não sabemos se mal ou bem, que era muito

mais proveitoso ficar fazendo honras a meia dúzia de

garrafas de ótimo vinho do que acompanhar as moças que

foram passear pelo jardim. Outro tanto não fizeram os

rapazes, que de perto as acompanharam, assim como

pais, maridos e irmãos, todos animados e cheios de prazer

e harmonia, dispostos a acabar o dia e entrar pela noite

com gosto.

Mas dissemos que não sabíamos se Keblerc havia

feito bem ou mal em não imitar os outros. Homens de maus

gosto já nos condenaram, devemos dar algumas razões

para isso. Entendemos, cá para nós, que por diversos

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caminhos vão, tanto o alemão como os rapazes, a um

mesmo fim. Em resultado, com todas as garrafas vazias e

com o passeio terminado, haverá mona, não só na sala do

jantar, mas também no jardim; a diferença é que uma será

mona de vinho e a outra de amor. Esta última pode ser

mais perigosa. Pela nossa parte, confessamos que não há

pinga que embebede mais rápido do que uma que se bebe

nos olhos travessos de certas pessoas.

Todos passeavam. Cada homem com uma mulher,

e, divagando-se assim pelo jardim, o dicionário das flores

era sempre lembrado. Havia meninas que, apenas algum

lhe dizia, apontando para a flor:

- Acácia!

- Sonhei com você! - respondia.

- Amor-perfeito!

- Existo só para você! Respondia novamente.

Um moço e uma moça, porém, andavam, como se

costuma dizer, sozinhos; o garoto se aproximava dela

várias vezes, mas, quanto mais perto ela o via, saltava,

corria, voava como um beija-flor, como uma abelha... Eram

eles Carolina e Augusto. Augusto passeava sozinho, contra

sua vontade; Carolina, por assim o querer. Augusto viu, de

repente, todos acompanhados. Tentou falar com duas

meninas, mas fingiram não ouvi-lo, ou se desculparam.

O “pegador” não lhes fazia conta, ou, antes,

queriam, tornando-se difíceis, vê-lo querendo-as; porque,

desde o programa de Augusto, cada uma delas entendeu

lá consigo que seria grande glória para qualquer uma,

poder prendê-lo com inquebráveis cadeias aquele capoeira

do amor, e que o melhor meio de o conseguir era fingir

desprezá-lo e mostrar não fazer conta com ele.

Exatamente tentavam derrotá-lo por meio dessa tática

poderosa, com qual quase sempre as mulheres “triunfam”,

isto é, pouco a pouco. Carolina, pelo contrário, havia

rejeitado dez meninos. Queria passear sozinha. Um garoto

era uma prisão e a engraçada Moreninha gosta, sobretudo,

da liberdade. Ela quer correr, saltar e entender com as

outras; agora adiante de todos, e daqui a pouco ser a

última no passeio: viva, com seus olhos sempre brilhantes,

ágil, com seu pezinho sempre pronto para a carreira;

inocente para não se envergonhar de suas travessuras e

criada com mimo demais para prestar atenção aos

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conselhos de seu irmão, ela está em toda a parte, vê,

observa tudo e de tudo se aproveita para rir: em contínua

hostilidade com todas aquelas que passeavam com moços,

de cada vista dos olhos, de cada suspiro, de cada palavra,

de cada ação que percebia tirava motivo para suas

epigramas; e, inimigo invencível, porque não tinha travo

por onde fosse atacado, era por isso temido e acariciado.

Deixemos ela correr e saltar, aparecer e desaparecer ao

mesmo tempo; nem à nossa pena é dado o poder

acompanhá-la, que ela é tão rápida como o pensamento.

Finalmente, o pobre Augusto encontrou uma mulher

que teve pena dele: dona Ana. Conversavam afastados de

todos.

- Tenho que confessar que me espantei ouvindo

você defender com tanta insistência a inconstância no

amor.

- Não sei por que o espanto!... é só uma opinião.

- Um erro!... ou, melhor ainda, um sistema perigoso

e capaz de fazer muitos males.

- Isso também me espanta!

- Não há nada exagerado aqui; peço que, por favor,

por um instante, pense comigo: se o seu sistema é bom,

deve ser seguido por todos; e se acontecesse assim, onde

iríamos achar o sossego das famílias, a paz dos maridos,

se faltasse a sua base - a constância?...

Augusto ficou em silêncio e ela continuou:

- Eu acho que você pensa de maneira

absolutamente diferente daquela a qual explicou, Augusto.

Permita que eu te diga: no seu sistema, o que tem é muita

velhacaria; finge não se curvar por muito tempo diante de

beleza alguma, para plantar no amor-próprio das garotas o

desejo de triunfar de sua inconstância.

- Não, dona Ana, o único partido que eu procuro e

tenho conseguido tirar é o sossego que há algum tempo

aproveito.

- Como?

- É uma história muito longa, mas que eu resumirei

em poucas palavras. Eu realmente não sou como me

descrevi durante o jantar. Não tenho mania de amar um

belo ideal, como pretendi fazer acreditar; porém, o certo é

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que eu sou e quero ser inconstante com todas e me manter

firme no amor de uma só.

- Então você já ama?

- Acredito que sim.

- A uma moça.

- Mas a quem?

- Sem dúvida, linda!...

- Acho que deve ser.

- Mas você não sabe?...

- Juro que não.

- O seu rosto?

- Não me lembro dele.

- Faz parte da elite?...

- Ignoro esse fato.

- Você a vê todos os dias?

- Não.

- Como se chama?...

- Não sei, mas também desejo saber.

- Que mistério!...

- Eu devo agradecer à bondade com que tenho sido

tratado, satisfazendo a curiosidade que vejo no seu rosto;

e, pois, a senhora vai ouvir o que nenhum dos meus

amigos ouviu ainda, o que eu nunca os diria, porque eles

provavelmente ririam da minha cara. Se deseja saber

sobre o melhor momento da minha vida, entremos nesta

gruta, onde podemos conversar com mais liberdade.

Eles entraram.

Era uma gruta pequena e cavada na base de um

rochedo que dominava o mar. A entrada era uma abertura

alta e larga, como qualquer porta simples. Ao lado direito

havia um banco de relva, em que caberiam três pessoas;

no fundo havia uma pequena bacia de pedra, onde caía,

gota a gota, água limpa e fresca; preso por uma corrente à

bacia de pedra estava um copo de prata, para servir a

quem quisesse provar da água do rochedo.

Foi este o lugar escolhido por Augusto para fazer

suas revelações à digna hóspeda.

O estudante, depois de certificar-se de que toda a

“multidão” estava longe, sentou-se ao lado de dona Ana,

no banco de relva, e começou a história dos seus amores.

Capítulo 7

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Os Dois Pacotinhos, Branco e Verde

Augusto contou sobre seus amores, mas entre eles

havia um mais especial, que foi aos treze anos, quando

conheceu uma linda garotinha de oito anos durante uma

viagem com seus pais, com quem brincou muito na praia,

quando um pobre menino pediu-lhes ajuda. Eles foram

levados a uma cabana onde estava um velho à beira da

morte, entre sua mulher e seus filhos, que estavam

chorando.

As crianças deram todo o dinheiro que possuíam à

mulher do pobre velho, que agradeceu e pediu de cada um

deles um objeto de valor. O menino entregou a ele um

camafeu de ouro e a menina deu-lhe um botão de

esmeralda. Os objetos foram envolvidos em fitas de cores

verde e branca, transformando-os em pacotinhos. O

camafeu ficou com a menina e a esmeralda com o menino.

Depois de trocados os presentes, o velho os abençoou e

disse que mais tarde eles se reconheceriam por causa dos

presentes trocados, e se casariam. Depois que foram

embora, a menina saiu correndo de encontro a seus pais

sem ter revelado o seu nome, e a partir daquele momento

nunca mais se viram.

Capítulo 8

Augusto Prosseguindo

Augusto ainda contou mais sobre seus amores.

Depois do ocorrido aos treze anos, ele apenas

queria ficar apaixonado esperando pela sua esposa

“prometida”. Mas seu pai começou a se preocupar, então,

ele resolveu que iria se apaixonar, mas os seus primeiros

romances não deram certo, então ele resolveu que iria

continuar amando apenas a sua “mulher” e namoraria

outras moças enquanto esperava a sua amada.

Terminando a história, Augusto se levantou para

beber um copo de água da gruta.

Capítulo 9

A Sra. D. Ana com suas Histórias

Page 10: A Moreninha

Ao pegar o copo de prata, foi interrompido por Ana,

que resolveu contar a história da gruta: a lenda de uma

moça que se apaixonou por um índio, mas ele não a

amava. De tanto ela chorar, deu origem a uma fonte, cuja

água era encantada.

Assim, quem bebesse daquela água teria o poder de

adivinhar os sentimentos alheios e não sairia da ilha sem

se apaixonar por alguém. Dona Ana explicou também que

a moça cantava uma canção muito bela. De repente eles

escutaram uma linda voz. Augusto perguntou a dona Ana

de onde vinha aquela melodia, e ela explicou que era

Carolina que estava cantando sobre a pedra de gruta.

Augusto ficou encantado.

Capítulo 10

A Balada no Rochedo

Os dois saíram então da gruta e, adentrando no

jardim para vencer a altura do rochedo, viram a linda

Moreninha com seus cabelos negros divididos em duas

tranças, cantando com sua afinada voz uma canção, a

mesma música cantada pela índia do conto de D. Ana.

Essa canção falava sobre uma garota morena que tem um

amor não correspondido.

I

Capítulo 11

Travessura de Carolina

Carolina não parava um minuto, o movimento era

sua vida, ela estava no jardim e, ao mesmo tempo, em

toda parte da casa. O mesmo Augusto não podia resistir à

felicidade da menina sapeca. Encontrando Leopoldo,

conversaram um pouco sobre ela.

- Então, o que acha agora?... - Disse Leopoldo,

apontando para Irmã de Felipe.

- Interessante, faz qualquer um esquecer os seus

problemas e dar uma boa risada. Fabrício fica doido perto

dela.

- Só isso sobre ela?

- Eu a acho bonita.

- Nada mais?...

Page 11: A Moreninha

- Ela tem uma voz muito agradável.

- É tudo o que pensa dela?...

- Tem a boca mais engraçada que você pode

imaginar.

- Só?...

- Muito linda.

- Que mais?

- É rápida como uma mulher.

- Fala tudo de uma vez, logo.

- O que você quer que eu fale?

- Que você a ama! Que paga qualquer preço por ela.

- Não falta nada, eu a amo como amo as outras

garotas.

- Pois, meu amigo, todos nós estamos derrotados: o

diabinho nos tem no coração presos. Se fizemos o brinde

com a letras da garota que amamos de novo, todos, menos

Felipe falaria C...

- Sério?

- Sério, mas ela não dá bola para a gente, finge que

não ouve nossos cumprimentos.

Todos eram vitimas da Carolina, mas Fabrício era o

predileto, porque havia arranjado briga com ela.

Capítulo 12

Meia Hora Embaixo da Cama

Felipe como um bom amigo e hóspede foi ajudar

Augusto, que estava se trocando, pois haviam derrubado

café em sua roupa. Felipe chegou e disse para ele se

trocar no quarto das moças por causa dos benefícios que

as moças têm com os espelhos onde elas se olham e

coisas tocadas por elas.

Ao chegar, mal tinha tirado as roupas, Augusto

percebe moças andando em sua direção. Para que elas

não o vissem, ele se escondeu embaixo da cama. As

moças pensando que estavam sozinhas, começaram a

conversar normalmente.

As moças começaram a falar mal das outras moças

e sobre rapazes e casamentos, e Augusto debaixo da

cama, até que Carolina dá um grito de dor e as quatro

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moças saem do quarto para ver o que houve e Augusto se

veste correndo e, também, vai ver o que aconteceu.

Capítulo 13

Os Quatro em Conferência

O grito era sim da Carolina, mas a dor não era dela,

pois Paula, a empregada da família, estava bêbada e

Carolina ficou horrorizada com aquilo, pois sua empregada

não estava bem e ninguém desconfiava que ela estava

bêbada, pois ela não era de fazer isso.

Os estudantes, para que ninguém desconfiasse,

resolveram fazer um exame falso e falar palavras difíceis

que os outros não entendessem, mas eles sabiam que ela

estava bêbada.

Depois da conferência, Carolina escolheu Augusto

para fazer um exame e dar o resultado sozinho.

Capítulo 14

Lavagem Sentimental

Todos já tinham esquecido o que tinha acontecido

com Paula.

Então, quando todos estavam brincando, Augusto

estava triste, e dona Ana foi falar com ele e ver se estava

gostando da brincadeira, então ele disse:

- Minha senhora, é claro que estou gostando.

- Não é o que seu rosto mostra.

- Não, eu estou me divertindo muito.

- Então, o que está faltando?

- A Carolina.

- Então, vá buscá-la.

Quando ele foi buscá-la, ele a viu limpando os pés

de Paula e, com isso, ele se propôs a terminar de fazer o

serviço, depois de lavados os pés de Paula, ele se

ofereceu para levar Carolina para a sala, ela não

respondeu, mas pegou em seu braço.

Capítulo 15

Um Dia em Quatro Palavras

Page 13: A Moreninha

Com a chegada de Carolina, a brincadeira ficou

mais animada. Todos brincaram até ouvirem o “- Vamos

dormir”.

Todos foram dormir, menos Augusto, que deu um

passeio noturno e só então foi dormir.

No outro dia, quando brincavam, Augusto elogiou

uma rosa que estava no cabelo de Joaquina, e esta então

deu-lhe a rosa como presente. Augusto então pediu pra

deixar a rosa nos cabelos de Joaquina. Carolina provoca

Joaquina e fala que vai pegar a rosa.

Carolina consegue pegar a rosa, então, ela e

Joaquina brigam pela flor e acabam estragando a rosa. As

pessoas que estão em volta, formam um “júri” e

consideram Carolina culpada e ela deveria dar um beijo ao

dono da rosa. Côo ele a perdoa pelo seu crime, ela então

dá o beijo em Augusto.

Assim que passaram a manhã, começaram a

preparar a festa.

Capítulo 16

A Festa

À noite aconteceu uma festa. Augusto dançou com

Carolina.

Depois da festa, no banheiro, Quinquina,

Clementina, Joaninha e Gabriela estavam discutindo sobre

o que aconteceu na festa, pois Augusto havia elogiado as

três e falado que eram melhores em alguns aspectos. Elas

resolveram que iriam desmascará-lo.

As quatro bolaram um plano. Elas escreveriam uma

carta a Augusto dizendo que era uma admiradora e que o

estaria esperando no banco da gruta.

Capítulo 17

Foram Buscar Lã e Saíram Tosquiadas

Augusto encontrou uma carta em seu casaco, esta

carta era das quatro garotas, dizendo ser uma admiradora

secreta. Depois de ler a primeira carta, ele encontrou uma

segunda, que dizia que quem escreveu a primeira eram

quatro garotas e que essas queriam humilhá-lo.

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Augusto resolve ir à gruta, mesmo assim. Quando

ele chegou na gruta, realmente tinham lá não uma garota,

mas quatro.

Augusto as cumprimenta e começa a contar uma

história. Ele diz que quem tomar a água da fonte que tinha

ali, poderia saber, através de uma fada que vive na fonte,

os segredos dos outros.

Então, Augusto fala no ouvido com uma de cada

vez, e vai dizendo alguns segredos delas e que tinha

provas. Sempre justificando o seu conhecimento através

da fada imaginária.

As quatro vão embora derrotadas por Augusto.

Capítulo 18

Achou Quem o Tosquiasse

Depois que todas saíram, apareceu por detrás de

Augusto Carolina. Ela, então, aproveita-se da história da

fada, e fala que acaba de descobrir algumas coisas sobre

ele pela fada.

Ela conta que sabe a verdade de sua inconstância,

que se deve à sua história de quando tinha apenas 13

anos. Também conta que ele conseguira as provas dos

segredos das quatro moças com certo esforço.

Quando Augusto estava quase para se confessar

para Carolina, ela dá um jeito e consegue escapar por uma

fenda que estava atrás da gruta.

Capítulo 19

Entrando nos Corações

Acabadas as festividades, todos voltam para suas

casas.

Na casa de Augusto, ele e Leopoldo conversam.

Augusto conta o que ocorreu na gruta, então ele e

Leopoldo começam a discutir o que aconteceu, e Leopoldo

começa a falar que Augusto se apaixonou por Carolina e

Augusto, dizendo que realmente gostava dela, mas que em

quinze dias trocaria de amor três vezes.

Page 15: A Moreninha

Na casa de D. Ana, Carolina andava desanimada,

pois havia se apaixonado por Augusto, e estava com

saudades e temor da inconstância dele.

Filipe vai á casa de sua avó no sábado, e diz que no

próximo dia Augusto irá visitá-los. Carolina, então, no

fundo, fica feliz por isso.

Capítulo 20

Primeiro Domingo: Ele Marca

Augusto madrugou muito; quando o dia começou a

raiar, ele já havia vencido meia viagem e seu desejo era ir

acordar na ilha de..., por ser uma pessoa que tinha o mau

costume de dormir até de tarde; Augusto persistia em ficar

acordado mesmo estando com muito sono, com seus olhos

lacrimejando, as pálpebras pesando, ele sentia-se

vagaroso; então, este começou a pensar em como era a

ilha de... e, em seus pensamentos começou a ver a casa, o

rochedo onde o pássaro tamoia cantou seus amores e há

oito dias, D. Carolina a sua canção; depois, aos poucos, foi

lhe aparecendo um objeto branco na forma de mulher, que

usava um vestido esvoaçado. Depois, ele desviou o olhar e

ao retornar, a imagem havia desaparecido do rochedo.

Então, o barco chegou na ilha de...; Augusto correu em

direção à casa com saudades; todos já estavam

acordados, D. Carolina estava vestida de branco.

- Obrigada, Sr. Augusto, disse a D. Ana, após

cumprimentá-lo; agradeço a visita; nós passamos oito dias

angustiadas, até que Filipe disse que viria para trazer de

volta a alegria; Carolina, por exemplo, desde ontem à noite

voltou às suas travessuras.

- Minha avó, eu sempre fui assim; e se ontem me

antecipei, foi porque chegou um amigo para brincar

comigo.

- Não minta, menina; você ficou desanimada e

abatida toda esta semana; eram as saudades. Descobri

pelos suspiros que você soltava, também acho que não há

mal nenhum em confessar.

D. Carolina virou o rosto. Augusto arregalou os olhos

e sentiu-se feliz pelo que aconteceu.

- O mesmo aconteceu conosco, disse Filipe,

estivemos todos aborrecidos e para falar a verdade,

Page 16: A Moreninha

Augusto foi o que mais gostou de nossa hospitalidade e

companhia; ele foi o que mais sofreu saudades.

- É verdade, Sr. Augusto? - perguntou D. Ana.

- D. Ana, o meu retorno serve como resposta.

D. Carolina lia um livro de música, porém prestava

mais atenção na conversa de Augusto, sorrindo após as

suas últimas palavras.

- Qual a razão das risadas, Carolina? - perguntou

Filipe.

- Achei engraçado uma parte da música, pedacinho

da cavatina do Fígaro, no Barbeiro de Sevilla.

Então ele viu no livro que Carolina havia mentido,

porque o livro não continha o que ela havia citado. Duas

horas depois foi servido o almoço. Porém, durante essas

duas horas, que se passaram muito depressa, Augusto

agradeceu a atenção da avó de Filipe, que dizia adorar o

rapaz, e também sentir que ele era muito gentil. O mesmo

reparou na beleza de D. Carolina, que estava mais

atraente do que as outras vezes que a vira, seu olhar a

deixava mais bela.

Durante o almoço a conversa foi bastante variada;

até que o lenço de D. Carolina se tornou assunto, e que, se

não estivesse nas mãos desta, passaria desapercebido.

- Eu acho que este lenço está muito bem feito, disse

Augusto.

- Eu não tenho muita certeza disto, olhe bem e verá

que está um pouco mal costurado, respondeu a menina.

- Na minha opinião, está muito bom e que este X foi

feito pela mão de uma menina travessa.

- Quer dizer que foi pela minha mão? Adivinhou.

- Tem um belo dom, D. Carolina.

- Que é muito comum.

- E nem por isso merece menos.

- Eu não entendi, sei bem pouco o que todo mundo

sabe. Quem não sabe bordar?

- Eu.

- É porque não quer.

- É porque não posso; eu não consigo controlar uma

agulha.

- Se você tiver paciência, conseguirá.

Page 17: A Moreninha

- Quem quer ver Carolina ensinar Augusto a bordar?

- disse Filipe.

- Você está brincando comigo?

- Não, a minha irmã pode mesmo te ensinar.

- Eu não, sou muito raivosa e quando ele

arrebentasse a primeira linha, eu o xingaria bastante. Disse

D. Carolina.

- Se isso é uma condição, eu aceito, D. Carolina;

pode me ensinar com palmatória.

- Pense bem!...

- Eu posso até repetir.

- Pois bem; palmatória não, porque, o senhor

poderia ficar muito ferido; mas eu poderia te dar um puxão

de orelha quando achar necessário.

- Menina! Disse D. Ana.

-Mas, minha avó, eu não estou pedindo que ele

venha aprender comigo.

- Porém, você pode ensinar sem bater.

- É o que pretendo fazer.

- Ele vai aproveitar muito.

- Também terá os meus elogios.

- E se, por acaso, errar alguma vez?

- Levará um puxão de orelha.

- Eu aceito as condições. - disse Augusto.

- Sendo assim, o senhor está matriculado na minha

aula de bordar e daqui a uma hora principiaremos a nossa

lição. -disse Carolina.

- Então, ele não vai passear comigo? - perguntou

Filipe.

- Após a lição. - respondeu Carolina.

Depois de se levantarem da mesa, todos foram

descansar, Filipe desafiou Augusto para uma partida de

cartas e foram para a varanda; Filipe derrotou Augusto três

vezes seguidas; quando estavam no começo do quarto

jogo, tocou uma campainha; os dois estudantes não deram

atenção a isso e continuaram o jogo, que já estava no fim,

porém, D. Carolina apareceu e, disse, com engraçada

seriedade, a Augusto:

- O senhor não ouviu tocar a campainha?

- Era comigo?

- Sim, senhor, está na hora de começar as aulas.

Page 18: A Moreninha

- Entendo que preciso ir, mas eu poderia terminar

esta partida?

- Não.

- Está no fim!

- Não me importa!

- Ora, é boa! - acudiu Filipe; então quer você...

- Não preciso dizer o que quero, nem o que não

quero, vamos Augusto.

- Preciso obedecer. - disse Augusto.

Assim, Augusto, sentado em um banco junto de sua

bela mestra, escutava, com os olhos fixos no rosto dela, as

explicações. Às vezes, a bela mestra e o aprendiz

trocavam sorrisos; e ela se mostrava mais pacífica e ele

menos atento do que haviam prometido, porque era já pela

quarta vez que a mestra recomeçava suas explicações e o

aprendiz cada vez a entendia menos.

Filipe apareceu na sala, preparado para ir caçar, e

convidou o seu amigo para fazer companhia. Augusto

disse que não; mesmo podendo dizer que não queria

caçar, porque estava pescando, contentou-se em dizer:

- Minha bela mestra não me autoriza.

-Tome cuidado no modo de pegar nessa agulha!... -

gritou ela sem se importar com Filipe.

- Está bem. - disse Filipe.

E depois acrescentou, sorrindo-se:

- Fique aí, Sr. Hércules, aos pés da sua bela Deusa!

- Ouviu o que ele disse? - perguntou Augusto.

- Já repeti três vezes que não é assim que se pega

na agulha.

- Ora, minha senhora...

- Ora, minha senhora!... ora, minha senhora! eu não

sou sua senhora, sou sua mestra.

- Minha bela mestra!

- Estou com pouca paciência. O senhor não presta

atenção no que faz!... a linha já arrebentou quatro vezes e

é a décima segunda que cai o dedal.

- Não se desespere, minha bela mestra, eu vou

pegar e não vai cair mais.

Augusto curvou-se e ficou quase de joelhos diante

de D. Carolina; o dedal estava ao lado dos pés dela e o

aprendiz, quando foi pegar, tocou, com seus dedos em um

Page 19: A Moreninha

daqueles delicados pezinhos; contato que fez mal; a

menina estremeceu.

Augusto olhou para ela admirado, os olhos de

ambos se encontram e continham fogo. Um momento se

passou; o sossego voltou.

- No posso mais! O senhor arrebentou a linha pela

quinta vez; nenhum ponto presta; não há outro remédio...

Dizendo isto, a bela mestra deu um tapa na orelha

do aprendiz, que deu um grito. As mãos de ambos se

encontraram, debateram, e nesse momento os dedos da

bela mestra foram docemente apertados pela mão do

aprendiz.

- Menina, tenha modos!... O Sr. Augusto não é

criança, disse D. Ana, que tinha ido ver como estavam os

dois.

A aula durou até o meio-dia e mais de mil vezes se

repetiu a mesma cena do encontro das mãos; D. Carolina

não conseguiu puxar a orelha do estudante e o aprendiz

não perdeu uma só ocasião de apertar os dedos da

mestra. Augusto levou como tarefa para casa bordar no

tecido um nome.

O resto do dia se passou como se tinha passado

para Augusto e D. Carolina. Eles não se chamaram mais

por seus nomes próprios; o amor ensinou outros: “meu

aprendiz”, e “minha bela mestra”.

A madrugada seguinte foi triste, pois aconteceu a

despedida do aprendiz e sua bela mestra, ambos

meigamente se disseram:

- Até domingo!

Capítulo 21

Segundo Domingo: Brincando com Bonecas

No domingo seguinte, Augusto, junto de Filipe foi á

ilha de ... ; porém desta vez ao chegar na ilha vê D.

Carolina estava esperando por ele. Augusto e D. Carolina

se cumprimentam e esta já pergunta sobre a tarefa dada a

Augusto, este diz ter feito. Assim seguem os dois junto de

Filipe para a casa. Onde almoçam e depois começam as

aulas de Augusto.

- Vamos, meu aprendiz, o senhor se comprometeu a

trazer um nome bordado por você; que nome marcou?

Page 20: A Moreninha

- Entendi que devia ser o nome da minha bela

mestra.

Ela não esperava outra resposta.

- Veremos a sua obra.

Augusto deu para ela o tecido em que em cada

extremo estava escrito o nome Carolina e no centro “Minha

bela mestra”. Tudo estava perfeito e nem D. Carolina

poderia ter feito melhor. Augusto esperava que sua mestra

adorasse a sua obra, porém, esta se zangou, porque

achava que um homem nunca poderia bordar daquela

forma.

- Foi uma mulher! Uma moça que bordou este tecido

para o senhor vir zombar de mim, de minha credulidade, de

tudo...

- Minha senhora...

- Vejam!... já nem me quer chamar sua mestra!...

agora só sabe dizer “minha senhora!”...

D. Carolina tinha ficado com ciúmes, correndo para

D. Ana disse:

- Minha avó, aqui está o tecido que ele me traz! Eu

esperava um nome muito mal feito, algo que eu não

entendesse, o pano suado e feio, tudo mau, tudo péssimo;

eu daria risadas com ele. Porém, ele foi ter aulas com outra

mestra, que borda melhor que eu!...ele tem outra mestra!...

- Que loucura é essa?

Após perguntar o nome da moça que fez o bordado

Augusto responde:

- Juro que não sei. Eu quis trazer um lenço bem

bordado para mostrar que tive progressos e mandei uma

senhora muito idosa fazer o bordado.

D. Carolina duvidou um pouco, até tentou rasgar o

lenço, sendo impedida por D. Ana que começava a

desconfiar dos sentimentos dos dois. Sendo assim, a

mestra desistiu de ensinar seu aprendiz e, dando uma

desculpa esfarrapada, mudou de assunto, convencendo

seu ex-aprendiz a brincar de bonecas com ela. A tarde na

ilha se passou e Augusto e Carolina foram passear pela

ilha onde encontraram com algumas pombas que se

tornaram assunto de alguns instantes e que logo se tornou

motivo de perguntas:

- Por acaso, já tem amado? - perguntou Augusto

- Eu?!... e o senhor?!

Page 21: A Moreninha

- Comecei a amar há poucos dias. E a senhora já

amou também?

- Não sei... talvez...

- E a quem?

- Eu não perguntei a quem o senhor amava.

- Quer que diga?...

- Eu não pergunto.

- Posso dizer?

- Não impeço.

- É a senhora.

- Por quantos dias?

- Para sempre!... E a senhora não me revela o nome

feliz?...

- Eu não... não posso...

- Mas por que não pode?

- Porque não devo.

- Um só nome que peço!...

- É impossível... eu não posso!...

- Serei eu?...

A menina tremeu e não respondeu. Augusto

perguntou novamente e ela respondeu com um talvez.

Capítulo 22

Mau Tempo

Depois de outra semana, hegou o sábado, neste dia

Augusto pediu permissão a seu pai para passar o domingo

na ilha de... e obteve em resposta um não. Mesmo dizendo

ter dado sua palavra para D. Carolina que ia para a ilha, o

pai de Augusto achou certo trancar este em seu quarto

como castigo. O menino, por sua vez não parou de pensar

na Moreninha, tentou até escapar do quarto, mas falhou.

Augusto passou a noite inteira acordado, não comeu nada

o dia inteiro e o pai deste chamou o médico para fazer o

diagnóstico, o médico lhe perguntou:

- O que sente?

- Eu amo.

- E mais nada?

- Senhor doutor, acha isso pouco?

Sem melhora, Augusto seguiu doente por alguns

dias até que seu pai resolveu levar ele para a ilha de ...;

onde D. Carolina também padecia. Ela estava triste pelo

Page 22: A Moreninha

fato de Augusto não aparecer, ela cantava várias estrofes

de sua balada para se alegrar e conter as esperanças.

Capítulo 23

A Esmeralda e o Camafeu

D. Carolina tinha poucas esperanças e acreditava

que Augusto não queria vê-la mais, porém não sabia que

ele estava doente. No dia seguinte, ao amanhecer, a

menina acordou, se arrumou e foi para o rochedo, e como

D. Carolina havia previsto, seu amado chegou junto do pai.

Algumas horas depois da chegada de Augusto, o pai deste

e a D. Ana conversaram sobre os dois namorados. Quando

eles se sentaram, o ancião falou:

- Augusto, eu acabo de obter a permissão para o

pedido da mão de D. Carolina.

Como Augusto não disse uma palavra, o pai deste

pediu a mão de D. Carolina pelo filho; Carolina disse não

saber e pediu meia hora para pensar e que na gruta daria a

resposta. Quando os dois estavam na gruta Augusto pede

a reposta:

- Pois bem, Sr. Augusto, não se lembra que aqui

mesmo lhe disse “que não longe estava o dia em que o

Senhor havia de esquecer sua mulher”?

- Mas eu nunca fui casado...

- O senhor há de cumprir a palavra que deu há sete

anos!

- Agora já é impossível! Para que, pois, animou o

amor que pela senhora sinto?...

- Para satisfazer as minhas vaidades de moça. Eu o

ouvi gabar-se de que nenhuma mulher seria capaz de

conservá-lo em amor por mais de três dias, e desejei vingar

o meu sexo. Trabalhei, fiz mais do que devia, só para ter a

glória de perguntar-lhe uma vez: “Então, senhor, quem

venceu: o homem ou a mulher?...” Junto ao leito de um

moribundo jurou que havia de amá-la para sempre.

Embora, foi um juramento; trocou com ela aí mesmo

prendas de amor, e quando a menina lhe apresentar a que

recebeu e lhe pedir a que lhe ofereceu e o senhor

aceitou?... Por que deu o senhor o breve à menina?...

Após ouvir essas palavras, Augusto prometeu sair

daquela ilha e ir atrás da sua mulher para dizê-la que não

Page 23: A Moreninha

poderia cumprir o que prometeu, pois não estava mais

apaixonado por ela. Quando Augusto ia sair, Carolina se

lembrou do pacotinho verde e o impediu de sair, pois

acabava de se lembrar dos acontecimentos e, então,

revelou que era ela a esposa de Augusto há sete anos

atrás.

Epílogo

Chegaram Filipe, Fabrício e Leopoldo na gruta.

Acontecia o planejamento do casamento de Augusto e D.

Carolina.

- Muito bem! muito bem!, quem pôs o fogo ao pé da

pólvora fui eu, que obriguei Augusto a vir passar o dia de

Sant’Ana conosco. - disse Filipe.

- Então, está arrependido?...

- Não muito, apesar de perder minha irmã.

- Mas, meu maninho, ele perdeu ganhando...

- Como?...

- Estamos no dia 20 de agosto: um mês!

- É verdade! Um mês! exclamou Filipe.

- Um mês!... gritaram Fabrício e Leopoldo.

- Eu não entendo isto! - disse a senhora D. Ana.

- Minha boa avó, acudiu a noiva, isto quer dizer que,

finalmente, está presa a borboleta.

- Minha boa avó, exclamou Filipe, isto quer dizer que

Augusto deve-me um romance.

- Já está pronto, respondeu o noivo.

- Como se intitula?

- A Moreninha.