A morte não é uma opção! VIDA A morte nossa de cada dia!

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A morte não é uma opção!

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VIDA

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A morte nossa de cada dia!

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Ajudamos as pessoas nascerem!

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Ajudamos as pessoas

morrerem?

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Nos séculos passados (XII) as pessoas morriam em suas casas, cercadas de parentes e conscientes do processo que estavam vivênciando (MOREIRA; NASCIMENTO; FIGUEIREDO, 2004).

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EFEITO IDENTIFICATÓRIO

Ele (o sujeito que está morrendo) sou eu amanhã!

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Localização anatômica da morte

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MORTE CEREBRAL OU MORTE ENCEFÁLICA

• É quando o cérebro não tem mais atividade

ESTADO VEGETATIVO

• É quando o sujeito não tem mais consciência do que se passa a sua volta, porém há certas regiões do cérebro que controlam

funções automáticas como: pressão arterial, respiração e batimentos cardíacos

COMA

• É o estado de inconsciência

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Como enfrentamos a morte?

Que poder exercemos

sobre a ela?

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Distanásia: ação, intervenção ou procedimento médico que prolonga o processo do morrer, procurando distanciar a morte.

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Eutanásia: significa prática pela qual se busca abreviar, sem dor ou sofrimento a vida de um doente.

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Ativa: significa tirar a vida de uma pessoa por meios diretos.

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Passiva: significa ajudar uma pessoa a morrer, retirando parte do tratamento a que ela se submete.

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Limitação de tratamento: consiste em não submeter o indivíduo a tratamento desnecessários. A diferença em relação à eutanásia passiva seria a falta de intenção de levar o sujeito à morte.

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A MORTE E PROCESSO DE MORRER NA CRIANÇA

Desenvolvimento do Conceito de Morte

A maneira pela qual a criança vai dar sentido à morte dependerá de seu desenvolvimento cognitivo, emocional e físico. As noções apresentadas a seguir baseiam-se em estudos empíricos (Piaget, 1929; Kane, 1979) e foram, portanto, baseadas em generalizações para as quais, obviamente, há exceções.

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Crianças até 5 anos de idade:

- aspecto cognitivo: até 4 anos, a criança não entende a permanência da morte.

- aspecto emocional: antes de 4 anos, a criança sente falta do pai ou mãe ausente e espera pela volta. Crianças pequenas apresentam humor deprimido por longos períodos de tempo.

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-Crianças até 5 anos de idade:

- aspecto físico: crianças pequenas que não têm ainda habilidade para se comunicar verbalmente reagem fisicamente ao luto por outros meios: enurese, perda de apetite, distúrbio de sono, vulnerabilidade a infecções.

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Crianças de 5 a 10 anos de idade:

- aspecto cognitivo: é por volta dos 7 anos que ficam claros os conceitos de ‘vida’ e ‘morte’. Por volta de 8 a 9 anos, a criança percebe que a mortalidade se aplica a ela também. Por volta dos 5 anos a criança percebe a perda da mobilidade da pessoa morta, mas pode ainda não entender que ela não vê, sente ou ouve.

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- aspecto emocional: são comuns os distúrbios emocionais e comportamentais, como recusa em ir à escola, roubo, falta de concentração, até um ano depois da morte.

A irreversibilidade da morte é entendida por volta dos 6 anos, mas pode ser complicada pelas vivências que as crianças têm com jogos e brincadeiras nos quais o personagem morre e volta à vida.

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-Adolescentes:

- aspecto cognitivo: o adolescente fica muito interessado em entender as características da condição do morto. Como os adultos, reconhecem a permanência da morte e se colocam na busca de sentido para perguntas como ‘Por que?’.

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Considera-se que por volta dos 8 anos 100% das

crianças já acreditam na própria mortalidade,

enquanto que aos 5 anos apenas 50% delas têm essa

consciência.

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Clunnies-Ross e Landsdowne (1988), descreveram os estágios que indicariam o grau de consciência sobre morte que tem a criança doente. Estes estágios são:

1- Estou muito doente.2-Tenho uma doença que pode matar as pessoas.3-Tenho uma doença que pode matar as crianças.4- Posso não melhorar.5- Estou morrendo.

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Como enfrentar com a criança a proximidade da morte?

Genericamente falando, leva-se em conta o desejo dos pais quanto ao que deve ser informado à criança sobre suas condições diante da doença, principalmente diante do agravamento dessas condições.

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1) O papel dos pais como modelos: se os pais respondem com coragem e expressam tranquilidade, a criança tenderá a responder de maneira semelhante.

É importante considerarmos que algumas crianças se preocupam extremamente com o impacto que sua doença causa nos pais e como sua morte irá afetá-los.

Alguns aspectos devem ser considerados :

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2) Resistência diante de más notícias: a criança geralmente é mais forte que os pais diante do agravamento de seu estado e da proximidade da morte.

3) Os direitos das crianças: extrema atenção deve ser dada ao direito da criança em saber a verdade sobre seu estado. A criança que percebe a existência de um segredo a seu próprio respeito pode se sentir isolada e abandonada.

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O que dizer à criança?

Convém lembrar que a criança não é cega aos sinais não-verbais, como linguagem gestual, tom de voz e algumas expressões utilizadas pela família ou equipe.

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A criança pode não se utilizar de perguntas abertamente expressas para trazer à tona suas inquietações. Pode, e isso ela faz com frequência, utilizar-se de linguagem simbólica para manifestar o que a preocupa e as interpretações que faz a respeito das informações que recebe.

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O que dizer à criança?

A criança que está internada pode presenciar a morte de outras crianças no hospital, o que a leva, inevitavelmente, a querer saber sobre esses acontecimentos que, de maneira geral, são escondidos ou disfarçados no cotidiano hospitalar. Esta atitude colabora grandemente para aumentar a ansiedade da criança, que tenta, ela mesma, buscar respostas para se situar diante desses acontecimentos.

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A MORTE E PROCESSO DE MORRER NA CRIANÇA

Algumas maneiras de facilitar o desenvolvimento desse assunto junto à criança são apresentadas a seguir, de acordo com o sugerido por Herbert (1996):

* buscar ocasiões para conversar com a criança, enquanto brinca, desenha ou faz outra atividade com ela.

* deixar claro que ela pode sentir medo, raiva ou alguma forma de sofrimento. Ao mesmo tempo, estar atento a verbalizações e comportamentos que sejam indicadores de problemas, como: medo, solidão, depressão.

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A MORTE E PROCESSO DE MORRER NA CRIANÇA

* dar tempo e atenção e, ao mesmo tempo, garantir que a criança possa usufruir de alguma privacidade, para poder expressar suas emoções ou até mesmo ficar quieta, sem ser perturbada.

* ao fim, sugerir e apoiar que ela escreva cartas de despedida, ou que faça desenhos para presentear as pessoas importantes em sua vida.

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O que podemos fazer para auxiliar as pessoas no processo da morte?

•Assistir adequadamente a criança ou adolescente em fase terminal. As necessidades biológicas devem ser amplamente atendidas. Evitar o sofrimento físico.

•Proporcionar contatos íntimos - paciente e pessoas queridas.

•Oportunizar as práticas religiosas

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O que podemos fazer para auxiliar as pessoas no processo da morte?

•Formar grupo de apoio com pessoas que já vivenciaram o processo da perda.

•Fornecer aos familiares, diariamente, informações sobre o estado do paciente.

•Respeitar o afastamento de alguns familiares com relação ao cuidado.

•Oportunizar aos familiares expressar seu pesar, a sua culpa, a sua revolta...

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O que podemos fazer para auxiliar as pessoas no processo da morte?

TER EMPATIA •Se eu fosse o paciente

•Se eu fosse a mãe/pai

•Se eu fosse a filha (o)

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O que podemos fazer para auxiliar as pessoas no processo da morte?

“Se colocar a disposição”

•Se quiser conversar

•Se quiser chorar

•Se quiser rezar

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“Se desejamos saber como as pessoas sentem

- qual sua experiência interior, o que lembram,

como são suas emoções e seus motivos, quais as

razões para agir como os fazem – por que não

perguntar a elas?”

(Allport)