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NEGÓCIOS, POLÍTICA e DESENVOLVIMENTO REGIONAL
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EmpreendedorismoIncubadora D. Dinis: as primeiras sementes
Paulo AndrezCláudia Mataloto
Gonçalo Lage
Ranking Quem são e o que fazemas melhores da Guarda e de Viseu
A máquina de fazer empresasEm apenas um ano e meio, a DNA Cascais ajudou a criar 50 novas empresas e mais dez vão nascer até ao fim do ano.
O modelo já é cobiçado por outros municípios. A INVEST foi perceber o segredo junto dos seus mentores
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Dele, do rei, se diz que mandou plantar o Pinhal de Leiria, cuja madeira terá sido usada nas naus portuguesas que deram “novos mundos ao mundo”. E também que foi um rei poeta e
apaixonado. Ligado para sempre a Leiria, o nome do rei D. Dinis surge
mais uma vez como sinónimo de inovação e empreendedorismo, com a criação da Incubadora D. Dinis. No mês em que os novos projectos são “plantados” na incubadora, a INVEST dá a conhecer os investimentos, projectos e objectivos dos primeiros incubados.
Para já são seis, mas os próximos estão a caminho. Saiba quem são as novas sementes de negócios que vão estrear a Incubadora D. Dinis
As novas sementes de D. Dinis Digiwest – Wireless and Embedded Solutions
Investimento inicial 50 mil euros Sector Desenvolvimento de equipamentos electrónicos
Descrição do projecto
Desenvolvimento e comercialização de equipa-mentos eléctricos baseados em sistemas em-bebidos e comunicações sem fios. Aplicável, por exemplo, em telemetria, sistemas de vigilância e geolocalização
Estado de desenvolvimentoEm actividade desde Junho de 2008 – já tem um produto desenvolvido e a ser comercializado
Promotores
Associação Inovação, Desenv. e Ciência, Filipe Perdigoto, José Carreira, Sérgio Faria e Telmo Fernandes
Volume de negócios estimado(3º ano de actividade) 900 mil euros
ObservaçõesEscolheram a IDD pela localização e pelas condi-ções fornecidas
BitXpress
Investimento inicial 10 mil eurosSector Serviços Informáticos
Descrição do projecto
Assistência informática na hora, 24 horas por dia, todos os dias. Deslocação a domi-cílios, assistência a empresas, implementação e manutenção de redes informáticas, recuperação de dados, etc.
Estado de desenvolvimento Em actividade desde Janeiro deste ano
Promotores Edgar Pratas, João Parreira, Patrícia Lopes e Romeu PazVolume de negócios estimado
(3º ano de actividade) 75 mil euros
Observações
Escolheram a IDD por causa da visibilidade, pela centralização de serviços, pelo carácter inovador e por acreditarem que será um local capaz de estimular o desen-volvimento da sua actividade
Natureza Brincalhona – Educação ambiental
Investimento inicial 25 mil euros Sector Serviços – educação ambiental
Descrição do projecto
1 – Eco-formações (acções de formação divertidas e educativas sobre protecção do ambiente para crianças dos 6 aos 10 anos); 2 – Livro infantil (em produção)
Estado de desenvolvimento Criação de empresa e início de funcionamento
Promotores Dina Silva, Mónica Silva e Vítor RosárioVolume de negócios estimado
(3º ano de actividade) 120 mil euros
ObservaçõesEscolheram a IDD por ter serviços vantajosos. Projecto com apoio do IEFP
foto Paulo Cunha
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As novas sementes de D. Dinis
Dreambyte Informática
Investimento inicial 150 mil eurosSector Informática (desenvolvimento de software)
Descrição do projecto
1 – Desenvolvimento de software (gestão de consultórios médicos); 2 – Web design; 3 – Design
Estado de desenvolvimento
Empresa constituída desde Agosto de 2004. Tem criados software de gestão para consultórios de psiquiatria e psicologia
Promotores Rui Alexandre Reis e Rui Ferreira CasalVolume de negócios estimado
(3º ano de actividade) 750 mil euros
Observações
Escolheram a IDD pela visibilidade, pela ligação ao meio académico, a outras incubadoras e a uma dinâmica de incubação
Nigmatech
Investimento inicial 5 mil euros Sector Informática
Descrição do projecto
Serviços na área de redes informáticas, desenvolvimento de software, criação de páginas web, web design e assistência online. Serviços na área de comunicação e marketing (em parceria)
Estado de desenvolvimento Empresa constituída e aberta ao público
PromotoresElsa Almeida, Francisco Bagulho, Nuno Cerca e Rafael Duarte Lopes
Volume de negócios estimado(3º ano de actividade) 90 mil euros
ObservaçõesEscolheram a IDD para terem despesas mensais diminuídas e para terem acesso privilegiado às empresas da região
BigMall - Formação e Gestão de Plataformas Electrónicas
Investimento inicial 100 mil euros Sector Comércio electrónico e formação profissional
Descrição do projecto Plataforma de vendas online
Estado de desenvolvimento Empresa constituída. Plataforma em fase final de testes Promotores João António Vaz e Sílvia Duarte
Volume de negócios estimado(3º ano de actividade) 260 mil euros
ObservaçõesEscolheram a IDD pela redução de custos, pela possibilidade de parcerias com incubadoras e pela visibilidade e notoriedade
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Rui Reis tem 42 anos e uma empresa de software que já passou por várias fases, como o próprio relatou aos seus colegas de
incubação. E aproveitou para lembrar que lançar um projecto próprio implica um enorme grau de envolvimento e dedicação, esforço que nem sempre é recompensado e que pode, muitas vezes, custar o dinheiro investido e, mais do que isso, relações pessoais. Apesar disso, Rui Reis continua com a sua empresa, agora a incubar na IDD – In-cubadora D. Dinis, porque espera ser contagiado pelo espírito da incubação. Isto é, usufruir de um espaço que se quer de dinamismo e inovação, começando com as parcerias entre as incubadas e podendo chegar à projecção internacional. Esse é um sentimento comum aos incubados, o de acreditarem que incubar lhes permite um contacto permanente com a inovação e com a possibilidade de conhecer novos projectos e potenciais clientes e fazer parcerias. Mas não é só isso que leva alguém a escolher uma incubadora para iniciar um projecto ou uma empresa. Na maior parte das vezes, as questões financeiras são um factor importante, como admitem todos os incubados na IDD. É que, além do espaço físico, há normalmente serviços
associados e preços fixos, nomeadamente no acesso à Internet, que tornam as incubadoras locais interessantes para quem está a começar um projecto. Até porque a maioria destas empresas tem grande ligação às novas tecnologias, seja en-quanto empresa produtora, seja como produtora de serviços que dependem da tecnologia. Apenas uma empresa – Natureza Brincalhona – parece fugir a esta tendência. E, afinal, quem são os empreendedores que vão dar os primeiros passos nesta incubadora? São, na sua maioria, jovens, com formação superior, que dão corpo a projectos que criaram no âmbito dos seus cursos. Aliás, boa parte dos projectos incubados têm ligação ao Instituto Politécnico de Leiria. Mas nem todos.Embora entre o mais velho dos incubados - José Carreira, 52 anos - e o mais novo – Francisco Bagulho, 20 anos – haja pelo menos uma geração de diferença, as expectativas não são assim tão diferentes. A maior delas, claro, está no potencial da IDD. Todos acreditam que o sucesso da incu-badora será o seu e que, ao serem incubados, ganham visibilidade para que os seus projectos tenham sucesso.
Séfora C. Silva
A hora da tecnologia Quem são os futuros habitantes da IDD
e o que os faz correr?A INVEST foi conhecê-los
Por Isabel Martodirectora executiva da IDD
O efeito bola de neve* O sucesso da incubadora está directamente ligado ao sucesso comercial das empresas incubadas, e desse ponto de vista, a qualidade dos seus serviços em termos de assessoria de negócio e de coaching será fundamental. No entanto, o envolvimento das empresas e instituições da região nas diversas fases do processo de incubação é, sem dúvida, uma característica que irá marcar a diferença, permitindo enriquecer o projecto e criar sinergias entre os novos empresários e as empresas já instaladas. A prazo, a experiência adquirida pela IDD será aproveitada para aperfeiçoar os mecanismos de antecipação das necessidades dos promotores, permitindo agilizar o início da actividade e eliminar barreiras e surpresas iniciais que provocam a desmotivação dos empreende-dores. Paralelamente à sua actividade de incubação, a IDD deverá promover a cultura do empreendedorismo junto da comunidade, como forma de criar viveiros de ideias.Estruturas como a IDD contribuem para a dinamização do tecido empresarial porque ajudam as empresas a crescer mais rapida-mente e de forma mais consolidada, facilitando a sua fixação na região. O aumento da inovação, da competitividade, do crescimento económico e da oferta de empregos qualificados são resultados esperados, potenciando-se a atractividade da região através de um efeito de bola de neve. Ao criar e reforçar as práticas de parceria entre empresas da região ou entre empresas e instituições, por exemplo de ensino e investigação, a IDD irá garantir a durabilidade deste fenómeno.
Opinião
*Título da responsabilidade da redacção