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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE EDUCAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA À DISTÂNCIA

A MÚSICA COMO RECURSO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

ANTONIO ALVAÉCIO DE MOURA

GROSSOS/RN

2016

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ANTONIO ALVAÉCIO DE MOURA

A MÚSICA COMO RECURSO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Relato de experiência apresentado ao Curso de Pedagogia, na modalidade a distância, do Centro de Educação, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para obtenção do título de Licenciatura em Pedagogia, sob a orientação do Prof. Waldemar Cordeiro Valle Neto

GROSSOS/RN

2016

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A MÚSICA COMO RECURSO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Por

ANTÔNIO ALVAÉCIO DE MOURA

Relato de experiência apresentado ao Curso de Pedagogia, na modalidade a distância, do Centro de Educação, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para obtenção do título de Licenciatura em Pedagogia.

BANCA EXAMINADORA

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte

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RESUMO

Este trabalho refere-se a uma experiência vivida durante o estágio em uma escola de Ensino Fundamental no interior do estado. Apresenta a música como um recurso de aprendizagem para a Educação Infantil. Em um trabalho voluntário desenvolvido na mesma. Traz contribuições de como a música auxilia os professores na sala de aula e porque ela é considerada um elemento altamente motivador no processo pedagógico. Como a linguagem musical pode colaborar na alfabetização das crianças. Relata as experiências de um trabalho voluntário desenvolvendo aulas de musicalização com crianças do 1º ano do Ensino Fundamental e Discute a ausência do estudo da música no currículo da formação em Pedagogia, refletindo a falta de conhecimento teórico dos profissionais de educação Infantil.

Palavras chave: Experiência. Música. Formação. Educação Infantil.

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ABSTRAT

This study refers to an experience during internship in a school of Primary Education in the countryside. It presents music as a learning resource for Early Childhood Education. In a voluntary work developed in it. It brings contributions of how music helps teachers in the classroom and why it is considered a extremely motivating factor in the educational process. How the musical language can collaborate in the literacy of children. Relates the experience of a volunteer work developing music classes with children of the 1st grade of Elementary School and discusses the absence of the study of music in the formation curriculum of Pedagogy, reflecting the lack of theoretical knowledge of the Early Childhood Education professionals.

Keywords: Experience. Music. Formation. Early Childhood Education.

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SUMÁRIO

Introdução .................................................................................................................... 7

1 Vivência .................................................................................................................... 8

2 Breve História da Música ......................................................................................... 10

2.1 Educação e Música ................................................................................................ 11

Conclusão .................................................................................................................... 12

Referências .................................................................................................................. 13

Anexos ........................................................................................................................ 14

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INTRODUÇÃO

Esta produção, é um relato de experiência vivenciado durante os estágios proposto

pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte-UFRN para o Curso de Licenciatura

em Pedagogia. A escola escolhida foi a Escola Municipal Vila Sergipe, situada na cidade

de Serra do Mel/RN. Desde o primeiro estágio, o uso da música e suas contribuições para o

ensino na Educação Infantil tem se destacado como tema norteador para as observações,

vivencia e pesquisa neste momento de legitimar uma etapa muito importante da minha

formação.

Apresento de forma detalhada os momentos de vivencia enriquecido pela

experiência de poder contribuir com a escola, em um trabalho voluntario no período de um

semestre. Me disponibilizando ajuda-la com a implantação da musicalização no contexto

das crianças, mesmo sendo apenas um músico autodidata. A unidade de ensino já

disponibilizara dos instrumentos, que até então não era utilizado por falta de um

profissional que lecionasse música. A escola não poderia esperar por tempo indeterminado

para incluir a música na realidade daquelas crianças.

Veja o que afirma DALBEN (1991):

O que se percebe é que a construção do trabalho pedagógico da Educação Musical tem sido feito, nestes casos muito mais pela postura audaciosa, comprometida e competente de alguns professores, na maioria das vezes voluntarista, do que a partir de um projeto político-pedagógico de ensino que assume o conteúdo musical como fundamental na formação do cidadão. DALBEN(1991,p.18).

São muitos os autores que defendem o uso da música com fim pedagógico. Para

GAINZA (1988), a música é um elemento de fundamental importância, pois movimenta,

mobiliza e por isso contribui para a transformação e o desenvolvimento. Por muito tempo o

uso da música nas escolas limitava-se a uma ação recreativa ou a festividades, e não era

considerado como componente importante do currículo, visto que era um componente

optativo. A LDB Lei n.12.796 de abril de 2013 altera as leis n.9.394/96 e n.11.769/08 e

dispõe sobre a obrigatoriedade do ensino da música na educação básica. Tornando

obrigatório o ensino da música no Ensino Fundamental e Médio mostrando a importância

deste componente para o currículo.

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1. A VIVÊNCIA

Quando a disciplina Estagio Supervisionado I propôs a observação de uma escola,

cheguei a Escola Municipal Vila Sergipe. Surgiu ali a oportunidade de contribuir com a

escola que dispunha de alguns instrumentos, mais não tinha professor de música e sentia a

necessidade de trabalhar com os mesmos. Apesar de ser só um estagiário me senti à

vontade para colocar-me à disposição.

A pesar da minha experiência com música ser apenas vivencia e pesquisa. Conclui

que poderia contribuir com a escola como “professor” voluntário de música. Então busquei

entender sobre os benefícios que o estudo da música poderia proporcionar aquelas

crianças. A partir dessas premissas formaram-se os seguintes questionamentos: quais as

contribuições que o ensino de música poderia proporcionar no desenvolvimento das

crianças na educação infantil? E como a música pode auxiliar os professores na sala de

aula?

A linguagem musical já é usada em sala de aula como um recurso pedagógico,

demostrando os benefícios do uso da música, sua vivencia pela criança enriquece sua

aprendizagem e efetiva saberes, promovendo o desenvolvimento da oralidade e da

capacidade de expressão, aumentando o repertorio de palavras e melhorando sua

pronuncia, além de contribuir nos aspectos afetivo, social, cultural e cognitivo.

Durante as aulas começamos a perceber, o professor regente da sala de aula e eu,

que as crianças mostraram uma atenção maior que em outras aulas, um aluno que segundo

o professor tinha uma certa dificuldade de concentração estava muito interessado nas aulas

de violão e na formação de uma banda, outros alunos também demostraram um

desempenho maior em outras atividades. Em outro momento foi constatado uma avanço

com relação as dificuldades de fala de duas crianças de 06 e 07 anos que demostravam

dificuldades na fala. O primeiro costumava gaguejar e o segundo tinha dificuldade em falar

palavras completas, este estava começando a ser acompanhado por uma fonoaudióloga,

que inclusive sinalizou-se a favor da participação da criança em aulas de música.

Aproximando-se o 07 de setembro em comemoração à proclamação da

independência do Brasil, a escola sugeriu a formação de uma pequena banda para o desfile

cívico, Ideia esta que já vinha sendo aclamada pelo alunos desde o início das atividades de

musicalização. Com a necessidade intensificar as atividades com ensaios do hino nacional,

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me ocorreu a preocupação de não apresentar um produto final, mecanizado e pouco

expressivo, aproveitei o ensejo para formar nas crianças o conceito de Pátria e despertar o

sentimento de amor e patriotismo.

O desfile cívico ocorreu no finalzinho da tarde, contando com a presença de alguns

pais, da diretora da unidade e da Secretária de Educação do Município. Foi emocionante

quando a pequena banda começou a tocar (acompanhado de uma caixa de som). Alguns

pais pareciam não acreditar no que estava presenciando, que aqueles “pequeninos” estavam

tocando instrumentos que haviam aprendido na escola.

Algumas crianças demostram mais afinidade com instrumentos, e outras menos,

mais o importante é viver esse momento de amor à Pátria e aquisição de conhecimento.

Enfim um trabalho prazeroso e satisfatório foi realizado na escola, mostrando a teoria que

tantos pesquisadores afirmam sobre a música, revelando-se surpreendentemente

materializado na prática desta vivência. Meu trabalho voluntariado/pesquisa encerrou-se

em um pouco de tempo mais adiante, culminando com os festejos Natalinos e

encerramento do ano letivo.

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2 BREVE HISTÓRIA DA MÚSICA

A música sempre esteve presente na história do ser humano, desde o útero

materno, passando por todas as suas fases. Sua presença é incontestável.

Pesquisas em diversas áreas do conhecimento enfocam a contribuição da música no desenvolvimento infantil, procurando conhecer e analisar as ações e reações dos bebês ainda na gestação, logo após o nascimento e no período sensório-motor. (FERREIRA et al, 2007)

O estudo da música no Ensino Fundamental não tem o objetivo de formar músicos

mas sim efetivar a aprendizagem através da linguagem musical contribuindo assim para

integração do saber.

O trabalho com música deve considerar, portanto, que ela é um meio de expressão e forma de conhecimento acessível a bebês e crianças, inclusive aquelas que apresentem necessidades especiais. A linguagem musical é excelente meio para o desenvolvimento da expressão, do equilíbrio, da autoestima e autoconhecimento, além de poderoso meio de integração social (BRASIL, 1998, v. 3, p. 49).

Quando estudamos na história dos povos antigos como Grécia e Roma, vimos que

a música estava presente nos rituais e festas. Na idade média a música era usada

principalmente em cerimônias religiosas. Adotada principalmente pela igreja católica.

No Brasil a história da música passa inicialmente pelos jesuítas com o plano

educacional catequético idealizado por Manuel da Nóbrega que adaptou prevendo como

ponto de partida as escolas de ler e escrever, onde, além da língua portuguesa, era realizado

o ensino do catolicismo, os jesuítas utilizavam a música cotidianamente para ensinar,

inclusive fazendo o uso de instrumentos trazidos da Europa, os índios eram ensinados a

cantar em coro e até tocar em pequenas orquestras.

O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil-RCNEI(1998)

recomenda a iniciação musical na Pré-Escola, possibilitando vivências e descobertas,

constituindo-se numa experiência concreta. Quando a criança participa da ação de

aprendizado ela se sente capaz de mediar as dificuldades encontradas.

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2.1 EDUCAÇÃO E MÚSICA

Mesmo com as recomendações dos órgãos normativos da educação Brasileira

como: as Leis de Diretrizes e Bases LDB, o Conselho Nacional de Educação CNE e o

próprio ministério da Educação MEC. São raros os casos de professores com alguma

formação para desenvolver práticas pedagógico-musicais na Educação Infantil. Veja que

FONTERRADA, 2008 fala sobre essa necessidade.

É preciso que se promovam cursos de capacitação e orientação para professores e funcionários, e que se enfatizem questões referentes à educação infantil, nos cursos de licenciatura em Educação Artística ou em Música, além de ampliar a oferta de cursos de pós-graduação lato e stricto sensu, com linhas de pesquisa voltadas para a educação infantil, arte-educação e educação musical, para que os profissionais que lidam com a faixa etária abrangida possam ter uma boa formação, desenvolvendo condições de compreender a proposta e atuar de maneira adequada e transformadora (FONTERRADA, 2008, p. 245).

Sem formação adequada para o ensino da música, muitos professores da educação

infantil tem se utilizado de metodologias que evidenciam o seu uso e os benefícios trazidos

com sua prática. Essa constatação da realidade do uso da música na educação infantil, não

significa que o ensino está ocorrendo de maneira satisfatória. Infelizmente ainda é

superficial e insuficiente. PENNA, 2002 defende que:

[...] seja buscando novas formas de atuar na escola, seja construindo propostas pedagógicas e metodológicas adequadas para esse contexto educacional, seja ainda repensando a formação do professor, é preciso aprofundar cada vez mais o compromisso com a educação básica, pois só assim a educação musical pode de fato pretender o reconhecimento de seu valor e de sua necessidade na formação de todos os cidadãos. Este é, portanto, o grande desafio (PENNA, 2002, p. 18).

Entendemos ser imprescindível uma análise da realidade do Ensino da Música

desenvolvida na prática das escolas do Ensino Fundamental do nosso país. A ausência

deste componente curricular na formação do pedagogo dos anos iniciais da Educação

Infantil demostra uma inconsistência, entre o que a teoria prevê e a realidade clama. Esse

fato não desmerece o trabalho que vem sendo desenvolvido pelos professores, essa

“iniciação” musical promove uma democratização educacional a todos envolvidos,

educadores e alunos.

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CONCLUSÃO

A experiência que vivi na escola mostrou que a teoria que tantos pesquisadores

afirmam sobre a música, se revelou surpreendentemente materializado na prática, ou seja,

mostrando-se um combustível potencializador de outras aprendizagens. A música é de uma

riqueza gigantesca e desafiadora. Como prática pedagógica professor dispõe de um

elemento que contribui no desenvolvimento cognitivo, motor, linguístico e afetivo da

criança e deve fazer com que isso enriqueça sua aula.

Concluí que mesmo com as recomendações dos órgãos normativos da Educação

Brasileira, o estudo da música nos Cursos de Licenciatura em Pedagogia ainda aparece

com uma lacuna a ser preenchida, mesmo com essa carência, está sendo desenvolvida em

uma perspectiva cada dia maior e melhor

As experiências vividas neste período como voluntário e ao mesmo tempo

pesquisador, proporcionou a este graduando uma nova experiência docente. Nunca

saboreada nem mesmo através dos estágios. Além disso, essa experiência também pôde

proporcionar uma reflexão a respeito do uso da música como recurso para a construção da

aprendizagem e os benefícios que ela traz pra sala de aula, propiciando uma aprendizagem

mais prazerosa e significativa.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1998. V. 1: Documento Introdutório; v. 2: Formação Pessoal e Social; v. 3: Conhecimento de mundo.

DALBEN, Ângela I. L. de Freitas. A educação musical na atual organização do trabalho escolar. Cadernos de Estudo: Educação Musical, n. 2/3. São Paulo, p. 15-25, 1991. 270 DE CERTAU, Michael. A invenção do cotidiano: artes do fazer. Petrópolis: Vozes 2004.

FERREIRA, D. L. DE A.; GOES, T. A.; PARANGABA, C. DE O.; SILVA, M. DA R.; FERRO, O. M. DOS R. A Influência Da Linguagem Musical Na Educação Infantil. In: jornada do HISTEDBR, 7, 2007, Campo Grande.Anais da VII Jornada do HISTEDBR –

História, Sociedade e Educação no Brasil, Campo Grande, 2007.

FONTERRADA .De tramas e fios: um ensaio sobre música e educação. 2. ed. São Paulo: UNESP/Rio de Janeiro: Funarte, 2008.

GAINZA, Violeta Hemzy de. Estudos de psicopedagogia musical. Trad. Beatriz A. Cannabrava. São Paulo: Summus, 1988. (Coleção novas buscas em educação; v. 31).

NOGUEIRA. Música e educação infantil: possibilidades de trabalho na perspectiva de uma pedagogia da infância. ENCONTRO ANUAL DA ABEM, 14., 2005. Anais... Belo Horizonte: Abem, 2005. p. 1-12.

PENNA, Maura. Professores de música nas escolas públicas de ensino fundamental e médio: uma ausência significativa. Revista da ABEM, Porto Alegre, n. 7, p. 7-19, set. 2002.

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ANE XOS

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FIGURA 1 - INSTRUMENTOS

Fonte: O Autor

FIGURA 2 - ENSAIOS

Fonte: O Autor

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FIGURA 3 - DESFILE CIVICO

Fonte: O Autor