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Anais do Congresso I Congresso Cearense das Ligas Acadêmicas de Cirurgia e Trauma 2018

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Anais do Congresso I Congresso Cearense das Ligas

Acadêmicas de Cirurgia e Trauma 2018

CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO

ID: 01. Área: CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO. Data: 23/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: Brígida Lima Carvalho; Clarice Sampaio Torres; Hudson Martins de Brito; Igor Almeida de Oliveira; Márcio Ribeiro Studart da Fonseca; Michelly Carneiro Collyer; Jônatas Catunda de Freitas. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Brasil. TÍTULO: NEOPLASIA DE CÉLULAS GIGANTES EM BASE DE CRÂNIO: RELATO DE DOIS CASOS. INTRODUÇÃO: Os tumores de células gigantes (TCG) são neoplasias primárias ósseas, que costumam ocorrer nas epífises de ossos longos. São raros os que acometem ossos do crânio (1%), sendo os mais acometidos o esfenoide e o temporal. Em geral, são neoplasias benignas, contudo, quando situados em base de crânio, tendem a ser localmente agressivos. São mais comuns em adultos entre a 2a e 4a década de vida. OBJETIVOS: Relatar o caso de dois pacientes que apresentaram tumor de células gigantes em ossos de base de crânio. RELATO DE CASO: 1- Paciente feminino, 34 anos, iniciou quadrode dificuldade progressiva para abrir a boca, abaulamento em região parotídea e dor em região zigomática direita. À ressonância magnética (RM), viu-se formação expansiva em espaço mastigatório, de contornos lobulados e limites indefinidos com isossinal em T1 e hipersinal em T2 com pequeno realce de contraste. Seus limites eram: lâmina lateral do processo pterigoide (medial), incisura da mandíbula (inferior); anterolateralmente determinava indefinição com o arco zigomático, posterolateralmente em contato com a parótida direita, e superiormente imprimia adelgaçamento e abaulamento do soalho da fossa média craniana com suave rechaço dos giros inferiores do lobo temporal. Biópsia revelou histopatológico de TCG. 2- Paciente feminino, 41 anos, iniciou quadro de dor em região temporal e diminuição da acuidade auditiva à esquerda. O estudo tomográfico e de RM revelou volumosa formação expansiva e lítica em osso temporal esquerdo com provável origem em escama temporal, predominantemente sólida com áreas císticas, sinais de rotura da cortical óssea com acometimento da fossa média do crânio e leve espessamento da dura-máter adjacente. Invadia ainda ouvido médio e conduto auditivo externo, bem como se justapunha ao forame estilomastoide. A biópsia da lesão a céu aberto revelou TCG em osso temporal. DISCUSSÃO: Os tumores de base de crânio compõem um grupo heterogêneo de tumores, cujo diagnóstico diferencial se faz principalmente através da topografia do tumor, de dados radiológicos e, por fim, da análise por biópsia da lesão. As aparições clínicas costumam variar com a topografia do tumor. O tratamento do TCG em base de crânio geralmente consiste em excisão da lesão e radioterapia adjuvante, tendo sido este o tratamento ofertado nos casos aqui relatados. Até o momento, não foi relatada recorrência do tumor, embora não seja incomum recorrência nesta região (25%), devido à dificuldade de excisão total mantendo estruturas nobres adjacentes. CONCLUSÃO: A ablação cirúrgica e radioterapia adjuvante constituem terapia de 1a escolha para os TCG de base de crânio. Embora sejam raros, devem ser considerados como diagnóstico diferencial nos tumores cranianos. O prognóstico dos pacientes com estas neoplasias muito depende do correto diagnóstico e do tratamento precoce, uma vez que tratamentos errôneos e tardios podem trazer prejuízos aos pacientes, como a necessidade de cirurgias mais agressivas. Palavras-chave: tumor de células gigantes, neurocirurgia, base de crânio, osso esfenoide, osso temporal.

ID: 02. Área: CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO. Data: 23/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: Clarice Sampaio Torres; Gustavo Mesquita de Oliveira; Joana de Oliveira Pinheiro Parente; Lia de Freitas Araújo Alves; Taíse Muna Pinheiro Cordeiro; Filadelfo Rodrigues Filho; Frederico Carlos de Sousa Arnaud. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Brasil. TÍTULO: ISQUEMIA CIRCUNFERENCIAL EM PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO DE TIREOIDECTOMIA TOTAL POR BÓCIO MERGULHANTE: RELATO DE CASO. INTRODUÇÃO: O bócio mergulhante (BM) é considerado uma patologia rara, consistindo em um aumento da glândula tireoide que invade a cavidade torácica, geralmente de evolução insidiosa e assintomático em até 65% dos casos. A tireoidectomia total é indicada na maioria dos casos, por possuir baixa morbimortalidade e ser a única forma de prevenir a progressão da lesão. Diversas complicações deste procedimento são descritas na literatura. OBJETIVOS: Este trabalho se propõe a apresentar o caso de um paciente submetido a tireoidectomia total, que evoluiu no pós-operatório (PO) imediato com síndrome coronariana aguda (SCA) circunferencial. RELATO DE CASO: Paciente de 74 anos, masculino, portador de hipertensão arterial sistêmica e BM, foi submetido à extirpação de BM via transesternal. No PO imediato, o paciente apresentou pico pressórico, com resolução após administração de anti-hipertensivo endovenoso. Durante a alta hospitalar, evoluiu com dor torácica típica e, após análise eletrocardiográfica, evidenciou-se supradesnivelamento nas derivações V1 e aVR, com infradesnivelamento difuso, constituindo padrão de isquemia circunferencial. Nos exames solicitados, evidenciou-se anemia, leucocitose e marcadores de necrose miocárdica positivos. Foi transferido à emergência de hospital terciário especializado e, à admissão, encontrava-se hemodinamicamente estável e sem alterações ao exame físico inicial. Paciente evoluiu com queda dos níveis de hemoglobina, com necessidade de hemotransfusão, e provável sepse pulmonar, com antibioticoterapia precoce. Não havia evidências de derrame pericárdico, hemorragias na cavidade mediastinal ou déficits segmentares em ecocardiograma à beira do leito. DISCUSSÃO: As principais complicações relacionadas ao tratamento cirúrgico do BM são lesão de nervo laríngeo recorrente, hipoparatireoidismo transitório, hipocalcemia, lesão do nervo laríngeo externo, hemorragia e infecção. O paciente deste caso foi acometido por uma SCASSST do tipo 2, caracterizada por um desequilíbrio oferta/demanda, podendo estar associado a: anemia, liberação transoperatória de hormônios tireoidianos, pico pressórico e ainda possível infecção. Em um estudo observacional retrospectivo, o qual avaliou complicações nos primeiros 30 dias de PO de tireoidectomia total em 40.025 pacientes, apenas 0,054% apresentou SCA, configurando uma complicação rara. Dentre as cirurgias em geral, a ocorrência de IAM costuma ocorrer no pós-operatório imediato, conforme no caso. CONCLUSÃO: A descrição deste caso alerta acerca da multiplicidade de fatores causais secundários a um quadro de isquemia miocárdica. A correção destes é essencial, uma vez que definem prognóstico e a possibilidade de reincidência da isquemia, além de reduzir a necessidade de condutas mais invasivas, custos hospitalares e riscos para o paciente. Ademais, no contexto terapêutico, deve-se avaliar o custo-benefício do uso de trombolíticos e anticoagulantes devido a contraindicação dos mesmos no PO. Palavras-chave: isquemia circunferencial, bócio mergulhante, tireoidectomia total.

ID: 03. Área: CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO. Data: 23/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: Alexandre Soares de Mesquita; Francisco Monteiro de Castro Junior; Francieudo Justino Rolim; Gabriela Correia Pequeno Marinho; João Victor Souza Sanders; Luís Guilherme Bezerra Mota e Mota; Matheus de Sousa Silva. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Brasil. TÍTULO: RESSECÇÃO CRANIOFACIAL DE CÂNCER DE PELE EM PACIENTES PORTADORES DE XERODERMA PIGMENTOSO. INTRODUÇÃO: Xeroderma Pigmentoso (XP) é uma doença genética rara, de caráter autossômico recessivo, onde há hipersensibilidade aos raios ultravioleta (UV). Ela afeta áreas mais expostas à luz solar, que ficam ressecadas, com manchas brancas e sardas. Os sintomas surgem, comumente, nos dois primeiros anos de vida. Há maior probabilidade de aparecimento de carcinoma espinocelular (CEC) e de carcinoma basocelular (CBC), os quais decorrem de defeitos no reparo do DNA, em especial na via por excisão de nucleotídeos, que, quando mutada, torna-se incapaz de corrigir mudanças induzidas pelos raios UV. OBJETIVOS: Relatar dois casos de ressecção craniofacial de câncer de pele, em que houve reconstrução da área afetada, expondo seus resultados estéticos e funcionais. RELATO DE CASO: 1- Paciente do sexo masculino, 22 anos, portador XP, com CBC em pavilhão auricular direito com invasão do conduto auditivo, membrana timpânica e orelha média. Feita ressecção ampla do pavilhão auricular direito, conduto auditivo e mastoidectomia com preservação do n. facial mais esvaziamento cervical de oportunidade dos níveis II, III, retroauricular e suboccipital direito. Feito reconstrução com retalho do m. temporal direito e, 11 meses após a cirurgia, sem evidência de recidiva. 2- Paciente do sexo masculino, 12 anos, submetido à exenteração alargada de órbita direita, amputação da pirâmide nasal e ressecção da base anterior central do crânio e do osso frontal por CEC. A reconstrução foi feita com tela de titânio, retalho de m. temporal para preencher a cavidade orbitária e retalho de avanço de escalpo, ficando parte do pericrânio exposto para correção posterior. O orifício nasal foi coberto com o retalho de escalpo e foi feita traqueostomia. O paciente foi submetido ao segundo tempo da reconstrução para cobertura da área do pericrânio exposta, com rotação do retalho redundante de escalpo de volta à área doadora, enxerto de pele e realização de abertura do orifício nasal. A traqueostomia foi retirada e seguida por radioterapia. DISCUSSÃO: XP é uma doença rara com neoplasias malignas em 70% dos casos, sendo 57% destes acometidos com CBC ou CEC. Os planos cirúrgicos são complexos e podem agravar-se com recorrências do carcinoma. A literatura indica que, quando o câncer envolve estruturas mais profundas, a ressecção deve ser ampla e a utilização de retalhos livres de tecido através de microcirurgia são a melhor opção na reconstrução. No caso 1, a ressecção foi reconstruída com retalho do m. temporal, sem recidiva após 11 meses. No caso 2, a reconstrução foi feita em dois tempos cirúrgicos, utilizando tela de titânio, retalho de m. temporal e retalho de avanço de escalpo, sendo feito adjunto uma traqueostomia temporária. CONCLUSÃO: Detalhes da reconstrução, utilizando-se tela de titânio, m. temporal e retalho de escalpo, promovem resultados estéticos e funcionais satisfatórios mesmo sem uso de enxertos microcirúrgicos. Palavras-chave: Xeroderma Pigmentoso, Cirurgia Craniofacial, Reconstrução.

ID: 04. Área: CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO. Data: 23/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER NÃO RELATO DE CASO. Autores: Sarah Girão Alves; Luiz Guilherme Vasconcelos Barbosa; Alexandre Soares de Mesquita; Letícia Chaves Vieira Cunha; Marcelo Emanuel Ericeira da Costa; Mateus Jereissati Pinho; Luis Alberto Albano Ferreira. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Brasil. TÍTULO: ANÁLISE DAS CIRURGIAS CRANIOFACIAIS REALIZADAS POR CÂNCER DE PELE AGRESSIVO NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO WALTER CANTÍDIO. INTRODUÇÃO: O câncer de pele não melanoma é a neoplasia maligna mais frequente no Brasil. Quando diagnosticado precocemente e apropriadamente tratado, tem excelente taxa de cura e um bom prognóstico. Porém, quando negligenciado, pode ser localmente agressivo, como em casos de acometimento facial, e invadir estruturas nobres, tais como a base do crânio. OBJETIVOS: O objetivo do estudo é analisar os aspectos clínicos e epidemiológicos dos pacientes portadores de câncer de pele não melanoma com invasão da base do crânio submetidos à cirurgia craniofacial e acompanhados no Serviço, o tratamento realizado, o tipo de reconstrução, os índices de complicação, a sobrevida livre de doença, específica e a global e identificar fatores prognósticos. METODOLOGIA: Estudo longitudinal de caráter retrospectivo, descritivo, incluindo todos os pacientes portadores de câncer de pele não melanoma com acometimento da base do crânio submetidos à ressecção craniofacial em um período de dez anos. A ressecção foi considerada craniofacial quando houve exposição da dura-máter. Foram incluídos no estudo 35 pacientes. O follow up médio foi de 33 meses. 71,5% dos pacientes eram do sexo masculino, com média de 61 anos. RESULTADOS: O tipo histológico mais prevalente foi o carcinoma basocelular, responsável por 57,1% dos casos. 51,4% dos pacientes, 18 casos, realizaram tratamento prévio, 16 deles cirurgia e 2 radioterapia. 54,2% das lesões acometem a fossa anterior do crânio e 42,9% o osso temporal. 48,6% das reconstruções foram feitas utilizando retalhos locorregionais, como o de m. temporal e o de escalpo, e 42,9% usando retalhos miocutâneos pediculados, o retalho de m. peitoral maior. 28,6% dos pacientes apresentaram complicação no pós-operatório. Não houve mortalidade cirúrgica. A sobrevida global em 5 anos foi 55%, livre de doença 76% e a específica de doença 54%. CONCLUSÃO: Com base na análise dos dados encontrados, pode-se perceber que é frequente a utilização de outros músculos para reparos anatômicos nos tipos de procedimento supracitados, com baixos índices de complicações pós-operatórias e, além disso, é também perceptível que os pacientes tratados precocemente evoluíram com bom prognóstico, havendo boa sobrevida pós cirurgia. Palavras-chave: Câncer de pele, Base do crânio, Cirurgia craniofacial.

ID: 05. Área: CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO. Data: 23/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: Francisco Charles Barbosa Filho; Amanda Carolina Trajano Fontenele; Emanuel Saraiva Carvalho Feitosa; Henrique Schultz de Oliveira; Luana Maria Moura Ferreira; Wellington Alves Filho; Ana Carla Albuquerque dos Santos. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Brasil. TÍTULO: METÁSTASE VOLUMOSA DE CARCINOMA PAPILÍFERO VARIANTE DE CÉLULAS ALTAS SIMULANDO METÁSTASE DE ADENOCARCINOMA PARA NÓDULO DE VIRCHOW. INTRODUÇÃO: O carcinoma papilífero de tireoide (CPT) é o câncer tireoidiano mais comum e possui prognóstico geral bom, com alta taxa de sobrevida, em média 90% em 10 anos. Entretanto, a variante de células altas do carcinoma papilífero de tireoide (VCA/CPT), a qual acomete habitualmente pessoas idosas, possui um comportamento agressivo, tendendo à extensão extratireoidea, invasão de vasos, metástases distantes e recorrência. Sua patogênese associa-se a mutações no gene BRAF e à translocação de RET/PTC que, conjuntamente, favorecem seu potencial agressivo. OBJETIVOS: Descrever o caso de um paciente com metástase volumosa de VCA/CPT. RELATO DE CASO: Paciente masculino, 63 anos, procurou o Serviço de Cabeça e Pescoço do Hospital Universitário Walter Cantídio devido a uma massa supraclavicular volumosa à esquerda, de 14cm, com 5 anos de evolução. A biópsia incisional indicou um carcinoma papilífero de tireoide. Foi submetido à tireoidectomia total e esvaziamento cervical dos níveis II-V e VI esquerdo, com achado histopatológico de VCA/CPT de 1cm em lobo esquerdo e massa supraclavicular esquerda de 14cm, compatível com metástase cervical de CPT. Evoluiu sem evidências clínicas da doença por 3 anos, em supressão de TSH com levotiroxina exógena e acompanhamento dos valores de tireoglobulina (TG) sérica. Após este período, começou a apresentar valores aumentados de TG e surgimento de nodulação cervical em região supraclavicular esquerda. Realizou punção aspirativa por agulha fina (PAAF), que revelou adenocarcinoma. Para rastrear metástase, realizou-se tomografia computadorizada cervical, revelando uma lesão de 4,9cm em região supraclavicular esquerda, a qual decidiu-se ressecar. No intraoperatório, apesar da lesão ter aderência à clavícula e à fossa infraclavicular, havendo lesão da veia subclávia esquerda durante a remoção, a ressecção completa teve êxito. O exame de congelação da peça cirúrgica constatou adenocarcinoma, porém seu laudo histopatológico final confirmou recidiva local do VCA/CPT, de 6,5cm, com presença de margens livres. O paciente evolui bem e sem complicações pós operatórias precoces. Quando encaminhado para radioiodoterapia adjuvante, foi identificada nova lesão de 2cm, de aspecto endurecido, em região infraclavicular esquerda, com discreto aumento na TG sérica. Foi realizada nova ressecção da lesão, também com diagnóstico histopatológico de VCA/CPT, de 3,5cm, margens livres. Paciente encaminhado para radioiodoterapia adjuvante em seguida. DISCUSSÃO: Na literatura, a incidência e o grau de morbimortalidade de VCA/CPT são maiores entre a população idosa. O tratamento radioterápico com iodo radioativo se faz de extrema importância em pacientes com CPT, uma vez que as células cancerosas captam bem essa substância. CONCLUSÃO: A VCA/CPT possui, observado no relato, alta agressividade, alto índice de recorrência e pode cursar com metástases. Portanto, é necessária maior atenção no manejo clínico e cirúrgico, diferenciando-o de outros achados. Palavras-chave: Metástases, Papilífero, Células Altas, Simulando, Adenocarcinoma.

ID: 06. Área: CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO. Data: 23/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: Luiz Guilherme Vasconcelos Barbosa; Brígida Lima Carvalho; Francisco Charles Barbosa Filho; João Victor Souza Sanders; Wellington Alves Filho; Aline Pinheiro de Figueiredo; Francieudo Justino Rolim. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Brasil. TÍTULO: NOVA NEOPLASIA EM GLÂNDULAS SALIVARES - CARCINOMA SECRETOR ANÁLOGO AO DA MAMA INTRODUÇÃO: O carcinoma secretor análogo ao de tecido mamário em glândulas salivares ou MASC (Mammary analogue secretor carcinoma) é uma entidade patológica rara, apresentando poucos casos na literatura desde sua primeira descrição em 2010 por Skálová et al. Geralmente ocorre uma translocação t(12;15) associada à fusão de genes ETV6-NTRK3, formando um oncogene ativo gerador desse carcinoma. Comumente é um tumor de baixa agressividade e curso benigno, entretanto guarda potencial para raras transformações malignas de alto grau histológico, existindo, inclusive, relato de metástase para o cérebro. Na maior parte dos casos, apresenta-se como um nódulo ou pequena massa palpável indolor na topografia da região parotídea. OBJETIVOS: Descrever o caso de uma paciente com MASC e o resultado clínico após o tratamento. RELATO DE CASO: Paciente do sexo feminino, 44 anos, procurou assistência médica após observar um nódulo na região parotídea e após atendimento foi indicada a parotidectomia. Após retirada, foi realizado o exame histopatológico da peça cirúrgica, sendo detectado um carcinoma secretor análogo ao de tecido mamário em glândula parótida. Na microscopia pôde ser observada neoplasia de células epiteliais atípicas com núcleos volumosos, vesiculosos e nucléolos evidentes. As células exibiam arranjo acinar, focalmente de aspecto microcístico, ductal e ocasionalmente folicular, havia ainda arranjo sólido com esboços papilares e infiltração de estroma com moderada reação desmoplásica, sem necrose, com presença de invasão perineural extensa e margem cirúrgica comprometida. Imunohistoquímica foi fortemente reagente para S100, mamaglobina e AE1AE3. Tais achados são indicativos da existência de um MASC de parótida. DISCUSSÃO: Foi realizada radioterapia adjuvante para a paciente que encontra-se em bom estado geral e sem evidência da doença após 6 meses do tratamento. Dessa maneira, pode-se dizer que a cirurgia junto ao tratamento foi um sucesso, além de que a neoplasia não teve, até o momento relatado, caráter metastático como acontece na maioria dos casos. CONCLUSÃO: O carcinoma secretor análogo ao de tecido mamário em glândulas salivares é um tumor novo e ainda pouco conhecido. Apesar de ser considerado um carcinoma de evolução benigna, na maioria dos casos, é importante reconhecer sinais de evolução maligna. Dessa maneira, é necessário o conhecimento sobre esse tipo de neoplasia, em virtude de que ainda não existem maneiras de prever quais tumores serão mais agressivos e de que, clínica e radiologicamente, o MASC é indistinguível dos outros tumores que podem afetar glândulas salivares. Assim, faz-se necessária a realização de ainda mais estudos sobre esta patologia emergente. Palavras-chave: Carcinoma secretor análogo ao de tecido mamário, Parótida, Parotidectomia, MASC.

ID: 07. Área: CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO. Data: 23/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: Andeson Abner de Souza Leite; Érika de Meneses Peres; Francisco Januário Farias Pereira Filho; Gabriel Jucá Bezerra; Joice de Oliveira Amorim; Mariana Mota Monteiro Latorre; Jônatas Catunda de Freitas. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Brasil. TÍTULO: CARCINOMA MEDULAR E PAPILÍFERO DA TIREOIDE: RELATO DE CASO. INTRODUÇÃO: O Câncer de Tireoide está entre as neoplasias mais comuns do sistema endócrino e da região da cabeça e pescoço, com incidência maior em mulheres. O Carcinoma Papilífero da Tireoide (CPT), adenocarcinoma bem diferenciado, é o subtipo maligno mais comum dessa neoplasia, atingindo o epitélio folicular da tireoide (origem endodérmica). Já o Carcinoma Medular da Tireoide (CMT) é um tumor maligno raro que atinge as células parafoliculares da tireoide, estruturas responsáveis por produzir calcitonina e com origem a partir da crista neural (origem ectodérmica). A ocorrência dos dois tipos de neoplasia de forma simultânea é rara, já que as origens embriológicas são diferentes e os principais fatores de risco, incomuns entre si. OBJETIVOS: Relatar uma ocorrência simultânea de carcinoma papilífero e medular no mesmo lobo e as suas abordagens cirúrgicas. RELATO DE CASO: Paciente feminina, 66 anos, procurou assistência médica em março de 2014, devido aumento de volume cervical. A ultrassonografia evidenciou nódulo tireoidiano medindo 1,6x1,2cm em lobo direito evidenciando carcinoma papilífero na PAAF, sendo submetida à tireoidectomia total. Em agosto de 2015, a paciente procurou assistência médica por linfonodomegalia cervical à direita, sendo encaminhada ao HUWC. Ao ultrassom cervical, apresentava linfonodos hipoecóicos de contornos regulares à direita, 1,1x0,6cm em nível III e 0,9x0,6cm em nível IV com vascularização central. Foi resgatado histopatológico da peça cirúrgica inicial, indicando carcinoma medular da tireóide de 1,5cm em LD com invasão angiolinfática presente, concomitante a microcarcinoma papilífero de 0,4cm em LD. Foi então decidido realizar esvaziamento cervical II-V à direita e recorrencial bilateral. Calcitonina de 367 (VR<5) e CEA 7,9 (VR< 5) no pré-operatório. O estudo histopatológico evidenciou metástase de carcinoma medular em 07 de 24 linfonodos dissecados. Paciente evoluiu bem, sem sinais de hipoparatireoidismo ou lesão de n. recorrente. Evolui há 10 meses sem sinais de recidiva. DISCUSSÃO: Relatamos o caso de uma paciente com ocorrência simultânea de CMT e CPT no Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Universitário Walter Cantídio. Casos assim têm sido relatados na literatura com uma condição rara, sendo menos de 1% dos cânceres tireoidianos. Os relatos de ocorrência sincrônica são, em maioria, em sítios separados. O fato de o caso relatado apresentar ambos carcinomas no mesmo lobo é mais um aspecto de sua singularidade e pode sugerir a presença de uma alteração patogênica comum, como alguns estudos relatam ser possível, apesar de os principais fatores de risco para cada serem diferentes. CONCLUSÃO: Embora a ocorrência simultânea de CMT e CPT seja um evento raro, essa possibilidade deve ser levada em conta no manejo do paciente com nódulo tireoidiano. Além disso, a ocorrência desses tumores em sincronia dá suporte à importância da avaliação de calcitonina sérica em pacientes com nódulo tireoidiano. Palavras-chave: Carcinoma; medular; papilífero; raro; tireoide; tireoidectomia.

ID: 08. Área: CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO. Data: 23/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: Juliana Oliveira Gurgel; Caio Fortier Silva; Clarice Sampaio Torres; Gabriel Jucá Bezerra; Luis Alberto Albano Ferreira; Michelly Carneiro Collyer; Jônatas Catunda de Freitas. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Brasil. TÍTULO: DOENÇA RARA EM SUPRAGLOTE - AMILOIDOSE PRIMÁRIA DE LARINGE. INTRODUÇÃO: A amiloidose consiste em um espectro de doenças causadas pela deposição extracelular de fibrilas formadas por proteínas com “folding” incorreto que causam lesões teciduais. A amiloidose AL, ou primária, está associada a imunoglobulinas de cadeia leve κ ou λ anormais produzidas por plasmócitos clonais na medula óssea. Geralmente, apresenta-se como doença sistêmica, acometendo principalmente órgãos como coração, rins, pulmão, intestinos e nervos periféricos. A amiloidose localizada é uma condição ainda mais rara, sendo a laringe a região mais acometida por ela, sobretudo a porção supraglótica. OBJETIVOS: Relatar um caso de amiloidose primária de laringe no Ceará, apresentando o quadro clínico do paciente e a conduta diagnóstica aplicada. RELATO DE CASO: Paciente masculino, 28 anos, procurou atendimento médico com queixa de disfonia há 04 anos, sem sintomas associados ou história de tabagismo. Laringoscopia mostrou lesão expansiva submucosa em prega ariepiglótica esquerda, sem ulceração, e pregas vocais móveis. A tomografia computadorizada cervical evidenciou lesão de 2,5 x 1,6 cm em prega ariepiglótica esquerda, não captante de contraste, sem invasão da cartilagem tireoide. Foi decidido por ressecção da lesão por microcirurgia de laringe com biópsia de congelação, que não apresentou células neoplásicas. Devido ao estreitamento glótico, foi realizada uma traqueostomia antes da indução anestésica e “debulking” de toda a lesão. O resultado histopatológico evidenciou amiloidose primária de laringe. Paciente encontra-se clinicamente estável até o presente relato, com resolução parcial da disfonia. DISCUSSÃO: Desde que foi descrita pela primeira vez, por Burow e Neumann, em 1875, até o ano de 2006, havia pouco mais de 300 casos de amiloidose laríngea relatados na literatura, o que ratifica a relevância deste relato de caso. Em geral, essa condição apresenta-se clinicamente com queixa de disfonia associada a um abaulamento observado por laringoscopia causado por lesão com efeito de massa em algumas das estruturas laríngeas. O desafio diagnóstico se dá pela sua forma de apresentação semelhante à de outros tumores de laringe, inclusive malignos. A confirmação diagnóstica pode ser obtida por meio da análise de biópsia da lesão com uso de corantes (Hematoxilina-Eosina e Vermelho Congo) e de técnicas de imunohistoquímica. CONCLUSÃO: A amiloidose primária de laringe, apesar de rara, deve ser lembrada no diagnóstico diferencial de lesões laríngeas. Sua característica de tumor benigno ressecável propicia aos pacientes excelente prognóstico. É importante realizar o manejo e o seguimento de forma adequada a fim de evitar recidivas ou acometimento sistêmico. Palavras-chave: Amiloidose primária, Microcirurgia de laringe, Lesão laríngea.

ID: 09. Área: CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO. Data: 23/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: Luana Maria Moura Ferreira; Caio Fortier Silva; Helário Azevedo e Silva Neto; Joice Oliveira Amorim; Marcelo Emanuel Ericeira da Costa; Mateus de Miranda Dino; Márcio Ribeiro Studart da Fonseca. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Brasil. TÍTULO: COMO ABORDAR O BÓCIO MERGULHANTE DESCOBERTO NO INTRAOPERATÓRIO. INTRODUÇÃO: O bócio mergulhante (BM) corresponde a uma apropriação de mais de 50% da glândula tireóidea para o interior da caixa torácica. É uma afecção glandular rara e de bom prognóstico, que afeta principalmente mulheres acima de 60 anos. Tem evolução insidiosa e pode ser assintomático em até 65% dos casos. OBJETIVOS: Este trabalho objetiva descrever o caso de uma paciente submetida à tireoidectomia total, devido à presença de um BM assintomático visto no intraoperatório, bem como sua conduta. RELATO DE CASO: Paciente feminina, 65 anos, previamente hígida, buscou atendimento médico devido a um aumento de volume tireoidiano em exame de rotina. Não havia sintomas ou sinais compressivos nem desvio de traqueia à radiografia. Foi afastada inicialmente a possibilidade de bócio retroesternal, o que justificou a não-indicação de tomografia computadorizada (TC). À ultrassonografia observou-se nódulo em lobo esquerdo da tireoide, sendo indicada tireoidectomia. Durante a cirurgia, notou-se componente mergulhante da tireoide. Sem exames de imagem para avaliar a extensão da lesão, o procedimento cirúrgico foi interrompido. A paciente realizou TC e foi encaminhada ao Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) para abordagem interdisciplinar com a equipe de cirurgia torácica. Uma nova abordagem cirúrgica foi feita, com extirpação do BM através de cervicotomia. Paciente evoluiu clinicamente estável, sem sintomas ou sinais de hipoparatireoidismo ou disfonia, tendo alta hospitalar no 2o dia do pós-operatório. DISCUSSÃO: Desconfia-se de BM quando é inviável a palpação tireoidiana acima da fúrcula esternal ou quando há desvio traqueal na radiografia, dentre outros fatores. No caso relatado, ambos estavam ausentes. A indicação cirúrgica como tratamento é quase unânime a pacientes sintomáticos, porém há controvérsia quanto à necessidade desta nos assintomáticos, priorizando a qualidade de vida do paciente. No caso em questão, levou-se em consideração o perfil funcional da paciente, a história clínica da doença atual e a presença de comorbidades prévias. Desse modo, optou-se pela ressecção cirúrgica do bócio, visto que a tireoidectomia total apresenta baixos índices de morbimortalidade, sendo o único tratamento efetivo que evita a progressão desta lesão à malignidade, presente em cerca de 20% dos casos assintomáticos. Na literatura, é aceito que o tratamento cirúrgico deve ser a escolha para todo BM, independente dos sintomas. As complicações pós-operatórias mais comuns são: hipoparatireoidismo transitório, hipocalcemia, lesão do nervo laríngeo externo e do nervo laríngeo recorrente, hemorragia e infecção. A paciente, até o presente relato, não apresentou quaisquer dessas complicações. CONCLUSÃO: A abordagem do BM descoberto no intraoperatório esteve em concordância com relatos na literatura, os quais concluem que o tratamento cirúrgico para o BM é de alta eficácia, com baixo índice de complicações e reduzida morbimortalidade no período peri- e pós-operatório. Palavras-chave: Bócio, Cervical, Intraoperatório, Mergulhante, Tireoide.

CIRURGIA DA OBESIDADE - METABÓLICA

ID: 10. Área: CIRURGIA DA OBESIDADE - METABÓLICA. Data: 23/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER NÃO RELATO DE CASO. Autores: Matheus de Lucena Holanda; Lucas Nunes Ferreira Andrade; Heron Kairo Sabóia Sant’Anna Lima; Emerson Chaves Correia Filho; Aprígio Sant’Anna Lima Neto. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade de Fortaleza - UNIFOR. TÍTULO: COMPARATIVO ENTRE AS TÉCNICAS DE CIRURGIA BARIÁTRICA: GASTRECTOMIA VERTICAL E BYPASS GÁSTRICO EM Y-DE-ROUX. INTRODUÇÃO: As cirurgias bariátricas são métodos eficazes para o controle do peso e manutenção ponderal a longo prazo. Sua utilização está cada vez mais frequente no Brasil tendo tido um aumento de 46,7% de 2012 a 2017. Dentre as principais modalidades desse tipo de cirurgia estão a gastrectomia vertical e o bypass gástrico em Y-de-Roux. Devido à relevância desse tema para a realidade brasileira, esse trabalho propõe avaliar a eficácia e comparar essas diferentes modalidades de cirurgia bariátrica. OBJETIVOS: Avaliar a eficácia e comparar as técnicas de cirurgia bariátrica: Gastrectomia vertical (GV) e Bypass gástrico em Y-de-Roux (RYGB). METODOLOGIA:Trata-se uma de revisão da literatura com busca ativa de informações nas bases de dados do MEDLINE, PMC e a biblioteca virtual SciELO. Os descritores de assunto utilizado para a busca de artigos foram: complicações pós-operatórias; anastomose em Y-de-Roux; Sleeve surgery. São critérios de inclusão: Artigos publicados entre 2011-2018, dos tipos descritivo e intervencionista. Os critérios de exclusão foram: Artigos de revisão e artigos que não abordarem assuntos relevantes para ser discussão dos objetivos deste estudo. RESULTADOS: O RYGB é a cirurgia bariátrica mais realizada em todo o mundo e segue considerada por muitos como a técnica padrão ouro. Esse procedimento consiste em diminuir a capacidade gástrica por meio da criação um reservatório gástrico, ligando este a uma anastomose de jejuno. Essa técnica é considerada um método misto pois promove tanto o efeito restritivo, diminuindo o volume gástrico, quanto disabsortivo, diminuindo a absorção de nutrientes. A GV utiliza somente o mecanismo restritivo, removendo 70 a 80% do estômago. Esses dois métodos conseguem promover uma redução considerável de peso dos pacientes em um ano e apresentam uma baixa mortalidade, além disso, ambas promoveram uma redução semelhante na apneia do sono, na dislipidemia, na hipertensão e no diabetes, entretanto, o RYGB apresentou melhores resultados na resolução da doença do refluxo gastroesofágico e menor reganho de peso. As principais complicações da gastrectomia vertical: fístula, estenose, infecção nos portais, hérnias, colelitíase, doença do refluxo gastroesofágico, dilatação da câmara gástrica após dois anos de operação e possível reganho de peso. As principais complicações da RYGB: gastrite de refluxo alcalino, síndrome de má absorção, estase em Y de Roux, fístula, hérnia interna e alterações nutricionais. CONCLUSÃO: Como pôde ser observado, melhores resultados são obtidos no RYGB, quando comparado com a técnica GV, fato que é evidenciado em um maior número de pesquisas disponíveis sobre o RYGB. Apesar disso, esta apresenta um maior índice de complicações e mortalidade. Entretanto, é preciso ressaltar que para que o tratamento obtenha o máximo de eficácia, é fundamental que seja feito um acompanhamento pré-operatório multidisciplinar com o foco em reeducação alimentar, acompanhamento emocional e prática de atividades físicas. Palavras-chave: Sleeve, Bypass gástrico em Y-de-Roux, Gastroplastia, Complicações pós-operatórias.

ID: 11. Área: CIRURGIA DA OBESIDADE - METABÓLICA. Data: 23/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: Raquel Mourisca Rabelo; Marcos Miranda Vasconcelos; Davi Rocha Macambira Albuquerque; Julia Cunto Goulart; Ana Carla Brito Nunes; Bárbara Miranda Porto; Henrique Jorge Macambira. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade de Fortaleza, Universidade Christus, Centro Universitário INTA, Brasil. TÍTULO: OBSTRUÇÃO INTESTINAL CIRÚRGICA PÓS BY-PASS GÁSTRICO: UM RELATO DE CASO. INTRODUÇÃO: A obesidade é definida pela Organização Mundial da Saúde como acúmulo anormal ou excessivo de gordura corporal. Atualmente, apresenta caráter epidêmico e, nesse contexto, a cirurgia bariátrica pode ser considerada o método mais efetivo na perda de peso a longo prazo. Na maioria dos casos, utiliza-se algum tipo de by-pass gástrico (BG), que é uma cirurgia capaz de tratar a obesidade e de melhorar doenças crônicas associadas. Entretanto, o BG pode gerar complicações agudas, como fístulas e hemorragias, ou tardias, como obstrução do canal alimentar e deficiências nutricionais. OBJETIVOS: Discutir acerca das complicações associadas ao BG. RELATO DE CASO: Paciente, feminino, 33 anos, portadora de obesidade sem melhora em tratamento clínico, apresentava comorbidades de asma, DRGE e dislipidemia. Seu IMC pré-operatório era 39,8 kg/m2. Foi submetida a BG em Y-de-Roux por videolaparoscopia em 2002 e evoluiu sem complicações, sendo orientada a manter uso contínuo de polivitamínico e reposição oral de vitamina B12. Após o primeiro mês, iniciou dieta semissólida e relatou dificuldade na adaptação alimentar, principalmente com carnes. No retorno de 6 meses, ainda referia impedimento com alimentos sólidos e uso inadequado da suplementação vitamínica, apresentando quadro de anemia ferropriva, tendo como provável causa a redução da absorção de ferro pela dieta. Em 2004, apresentou quadro de dor abdominal epigástrica e mesogástrica recorrente, em cólica, sem irradiação e com alívio temporário por analgésicos, realizando endoscopia e ultrassonografia que foram normais. O raio x de abdome evidenciou dilatação de alça delgada em hipocôndrio esquerdo. Paciente foi submetida à laparoscopia, a qual diagnosticou e desfez uma brida que angulava a alça. Evoluiu bem, apresentando IMC de 21,09 kg/m2, porém a intolerância à sólidos permanecia, realizando-se endoscopia que mostrou migração do anel de silicone para luz gástrica, o qual foi retirado em outra sessão endoscópica, melhorando a tolerância alimentar. Atualmente, a paciente está assintomática e com IMC de 26,17 kg/m2. DISCUSSÃO: O BG em Y-de-Roux consiste na incisão do estômago junto ao esôfago, formando a alça biliopancreática e a alimentar. Realizou-se incisão no jejuno, que se ligou, por anel de silicone, à porção menor do estômago, formando nova passagem do alimento. No caso, foi observado surgimento de brida, que uniu segmentos do intestino e ocasionou angulação de alça, resultando em oclusão alimentar. Além disso, o anel intragástrico deslocou-se para a luz gástrica, causando os sintomas obstrutivos. Realizou-se remoção endoscópica do anel, com posterior retirada de bridas e aderências no coto gástrico. CONCLUSÃO: Conclusão: As complicações relacionadas ao BG podem manifestar-se com quadro clínico de obstrução intestinal, tendo como etiologias as bridas pós cirúrgicas e o deslocamento do anel de silicone. O tratamento consiste na remoção das aderências e retirada do anel, como descrito no caso. Palavras-Chave: obesidade, bariátrica, by-pass.

ID: 12. Área: CIRURGIA DA OBESIDADE - METABÓLICA. Data: 23/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER NÃO RELATO DE CASO. Autores: Douglas Marques Ferreira de Lima; Heron Kairo Sabóia Sant’Anna Lima; Afonso Nonato Goes Fernandes; Victor Ary Câmara; José Walter Feitosa Gomes. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade de Fortaleza - UNIFOR. TÍTULO: CONTROLE GLICÊMICO EM PACIENTES PORTADORES DE DIABETES MELLITUS TIPO 2 SUBMETIDOS A BYPASS GÁSTRICO EM Y-DE-ROUX. INTRODUÇÃO: Introdução:A prevalência da Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) vem crescendo no mundo todo e está intimamente relacionada com a obesidade, que praticamente dobrou desde 19802. A cirurgia bariátrica por meio da técnica disabsortiva e restritiva influência de maneira positiva o controle glicêmico desses pacientes, apresentando desempenho significativamente superior na remissão da DM2 quando comparada ao tratamento medicamentoso. Atualmente, existem duas principais técnicas utilizadas na cirurgia bariátrica, entre elas o Bypass gástrico demonstrou vantagens não só no controle em geral mas como na velocidade em que ocorre, apresentando melhorias desde a primeira semana pós-operatória. OBJETIVOS: Revisar a literatura e demonstrar as principais dificuldades do controle glicêmico em pacientes portadores de DM2 submetidos à cirurgia de Bypass Gástrico em Y-de-Roux. METODOLOGIA: Foi realizada a revisão de literatura de artigos acoplados nas bases de dados eletrônica PubMed, sciELO. Foram utilizados artigos de revisão, publicados nos últimos 5 anos em concordância com o objetivo deste trabalho. RESULTADOS: Nesta revisão de literatura, foram avaliados 7 artigos que atenderam os critérios previamente mencionados. O RYGB está estabelecido como eficaz em procedimentos bariátrico e metabólico, sendo capaz de proporcionar um bom controle de peso a longo prazo e redução de comorbidades apresentando um baixo número de complicações graves. Quanto a melhoria ou resolução da DM2, os resultados demostrados variam de 86% a 93.3% no primeiros 3 meses e com uma taxa de resolução da DM2 variando de 44 a 83%. Em um período de 2 anos foi visto a superioridade no controle dos níveis de glicose no sangue e da hemoglobina glicada com a cirurgia quando comparado com o uso de tratamento medicamentoso, possuindo uma taxa de remissão da DM2 49% maior. 5 Apesar de ainda não completamente compreendido o motivo, foi comprovado que há um aumento na GLP-1 (peptídeo semelhante a glucagon 1) pós-prandial após RYGB, sendo fundamental para um melhor controle glicêmico. Apesar das boas taxas de remissão da DM2 relacionadas a cirurgia bariátrica, é importante ressaltar que há um diferença importante nas taxas de remissão dos pacientes submetidos a cirurgias com IMC > 35, cerca de 62% de remissão, para aqueles com IMC < 35, cerca de 90% de remissão. CONCLUSÃO: Visto que a DM2 é uma comorbidade crônica e progressiva, o manejo desta doença é um desafio para os profissionais de saúde, mesmo com as mudanças de estilo de vida, os medicamentos e outras formas clínica de controle glicêmico. Assim, os procedimentos cirúrgicos como a cirurgia bariátrica provaram ser uma alternativa plausível para seu tratamento e controle, tendo taxas de remissão elevadas nos pacientes com IMC < 35. No entanto, visto a diminuição da taxa de remissão em pacientes com IMC > 35, há necessidade de estudos sobre resultados a longo prazo dos controles glicêmico em pacientes obesos com IMC > 35 submetidos à RYGB. Palavras-chave: Bypass gástrico em Y-de-Roux, Glicemia, Diabetes Mellitus 2.

CIRURGIA PEDIÁTRICA

ID: 13. Área: CIRURGIA PEDIÁTRICA. Data: 23/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: Gabriel Magalhães Saraiva; Caio Antônio Borges Girão Silva; Beatriz Rocha de Oliveira Braga; Gustavo Sá Palácio Câmara; Gabriel Vidal de Vasconcelos; Rogério Cruz Saraiva. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade de Fortaleza, Universidade Christus, Brasil. TÍTULO: ÂNUS IMPERFURADO EM RECÉM-NASCIDO: UM RELATO DE CASO. INTRODUÇÃO: Ânus imperfurado é uma anomalia cuja incidência varia de 1:1500 a 1:5000 em recém-nascidos e é mais frequente, por motivos desconhecidos, em crianças portadores de síndrome de Down. Ela faz parte de uma síndrome com extenso conjunto de alterações congênitas chamadas de malformações anorretais. Esses defeitos são frequentemente associados a sequelas a longo prazo, como incontinência fecal e urinária, constipação e disfunção sexual. OBJETIVOS: Relatar um caso de ânus imperfurado em recém-nascido, bem como seu manejo cirúrgico. RELATO DE CASO: Recém-nascido, um dia de vida, nascido de parto cesariano no dia 20/10/2017 na maternidade do Hospital Regional Unimed Fortaleza, pesando 2.8kg, foi admitido no centro cirúrgico após observar-se uma anomalia anorretal denominada ânus imperfurado. Ultrassonografia realizada no pré-natal mostrava aumento do líquido amniótico, demonstrando obstrução no trato gastrointestinal do feto. No 3o dia de vida do recém-nascido, foi realizado uma colostomia em duas bocas com ponte de pele para que fosse possível o ato da evacuação pelo recém-nascido através da boca proximal. Foi feito um alçograma do colo distal que revelou uma interrupção do reto ao nível da reflexão peritoneal. Com 1 ano de vida do paciente, foi realizado o abaixamento da alça distal, via abdome - perineal, para confecção do reto, na qual identificou-se o complexo muscular com eletroestimulador e inseriu-se o novo reto no seu interior, resguardando a continência fecal e fixando o ânus. No pós-operatório, em 3 a 6 meses após realização da cirurgia, será feito, de acordo com o protocolo, dilatação do novo ânus com vela de Hegar, com diâmetro cada vez maior até o normal para idade por 3 meses, fechando, dessa forma, a colostomia, para que seja possível a defecação pelo ânus. DISCUSSÃO: A sintomatologia básica dessa malformação baseia-se na dificuldade ou impossibilidade de eliminação meconial e o diagnóstico é feito pela inspeção do períneo do recém-nascido, que deve ser feito inicialmente com a separação dos glúteos para a avaliação do ânus. No que tange à cirurgia, o objetivo é permitir o funcionamento normal do ânus, tentando manter calibre e anatomia adequados, sendo essa anomalia uma das urgências cirúrgicas que devem sempre ser investigadas em recém-nascidos devido à alta incidência de malformações urogenitais associadas, sendo as mais frequentes cloaca longa, fístula vesical ou prostática (que podem ser identificadas pela saída de mecônio por locais não usuais) e cloaca curta. CONCLUSÃO: O atraso no diagnóstico do ânus imperfurado pode estar associado a alta taxa de morbidade evitável e pode complicar uma intervenção cirúrgica oportuna, logo, o diagnóstico precoce do ânus imperfurado, bem como seu manejo cirúrgico é de suma importância, visto que evita a sua evolução desfavorável, diminui o risco de complicações e possibilita o diagnóstico de possíveis anomalias associadas. Palavras Chave: Ânus, Imperfurado, Recém-nascido.

CIRURGIA PLÁSTICA

ID: 14. Área: CIRURGIA PLÁSTICA. Data: 23/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER NÃO RELATO DE CASO. Autores: Douglas Marques Ferreira de Lima; Heron Kairo Sabóia Sant’Anna Lima; Afonso Nonato Goes Fernandes; Aprigio Sant’Anna Lima Neto. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade de Fortaleza - UNIFOR. TÍTULO: ENDOMETRIOSE CUTÂNEA, UM DESAFIO DIAGNÓSTICO: REVISÃO DE LITERATURA. INTRODUÇÃO: A endometriose é uma doença ginecológica comum, porém complexa. Essa doença é definida pela presença de tecido endometrial fora da cavidade uterina. Muitos são os possíveis sítios de implantação endometrial, porém os órgãos mais comumente afetados são os órgãos pélvicos e o peritônio. Todavia em situações atípicas os focos de endometriose podem atingir outros locais, a exemplo a endometriose cutânea. A endometriose cutânea é rara e geralmente afeta a parede abdominal de mulheres com história de cirurgia abdominal aberta. Tem um quadro clínico característico de uma massa e dor associada à menstruação.Devido a raridade dessa afecção, o diagnóstico torna-se difícil, mesmo com às características clínicas típicas dessa patologia. Dessa forma, uma vez que haja suspeita, uma anamnese e exame corretos geralmente são suficientes para um correto diagnóstico, ainda nesse mérito o diagnóstico inicial de endometriose cutânea é falho em mais de 52% dos casos. OBJETIVOS: Revisar a literatura acerca da endometriose cutânea e demonstrar as dificuldades diagnósticas. METODOLOGIA: Foi realizada a revisão de literatura de artigos acoplados nas bases de dados eletrônica PubMed e sciELO. Foram utilizados os fatores de inclusão aqueles artigos de revisão, publicados nos últimos 5 anos, publicados em português ou inglês e em concordância com o objetivo deste trabalho. RESULTADOS: Nesta revisão foram utilizados 9 artigos de acordo com os critérios supracitados. A revisão revelou dados importantes acerca das condições que levam a suspeitar de uma caso de endometriose cutânea. A relação entre cirurgia prévia e endometriose cutânea variou entre 93.94 a 100%, sendo a cirurgia mais prevalente a cesária. A localização mais prevalente dos endometriomas foi na própria cicatriz cirúrgica, variando de 84.7 a 84.84% dos casos, em grande maioria dos casos havia uma massa única. Além disso, os sintomas mais comumente presentes foram: Massa Abdominal (96,6 à 100%), dor cíclica (40 à 51,51%), dor não cíclica (42,42 à 45%) e sangramentos (2,5 à 9,09%). O diagnóstico inicial ocorreu em 45,45 à 47,5% dos casos, esse número aumentou em média 24% após os exames iniciais, sendo o exame mais utilizado a ultrassonografia. CONCLUSÃO: A endometriose cutânea se mostrou um desafio diagnóstico, possuindo um diagnóstico inicial falho na maioria dos casos. Todavia, uma boa anamnese e exame clínico são suficientes para o correto diagnóstico desta afecção, para isso o profissional de saúde deve se atentar para uma história de cirurgia abdominal prévia com sintomas de massa abdominal na cicatriz cirúrgica. A dor foi outro achado importante que chama atenção para a patologia em questão, todavia sua relação com o ciclo menstrual não parece ser um bom parâmetro, visto a alta prevalência de dor não cíclica. Assim sendo, ressaltamos a importância de uma boa anamnese e do conhecimento da patologia em questão a fim de facilitar seu diagnóstico precoce. Palavras-chave: endometriose, endometriose cutânea.

ID: 15. Área: CIRURGIA PLÁSTICA. Data: 23/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER NÃO RELATO DE CASO. Autores: Gabriel Studart Gurgel Dias; Danilo Rocha Dias. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade de Fortaleza - UNIFOR. TÍTULO: OTIMIZAÇÃO DE PONTOS CIRÚRGICOS NA MARCAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA PARA MELHORA DO CONTORNO CORPORAL NAS ABDOMINOPLASTIAS. INTRODUÇÃO: A abdominoplastia associada ou não à lipoaspiração está entre as cirurgias plásticas estéticas mais realizadas em nosso país. A parede abdominal tem como função dar suporte, envolver e proteger todo o conteúdo da cavidade abdominal, além de participar na constituição da estética e do contorno corporal. Entretanto para que essas funções sejam exercidas é necessário que a parede abdominal esteja íntegra e os músculos não apresentem pontos de fragilidade, sendo a gestação e a obesidade as principais causas de deformidade da parede abdominal. Com isso, são empregadas técnicas e táticas no intuito de melhorar a estética abdominal. OBJETIVOS: Este trabalho tem como objetivo demonstrar táticas cirúrgicas na abdominoplastia que proporcionassem adequado posicionamento e redução da cicatriz permitindo a paciente utilizar diversos tipos de roupa sem expô-la, acinturamento da paciente e um desenho mais anatômico do abdome. METODOLOGIA: Foi realizado estudo descritivo, prospectivo e consecutivo, entre agosto de 2016 e agosto de 2017. Foram operadas 100 pacientes do sexo feminino, idade entre 24 a 57 anos, média 37 anos. As pacientes passaram por consulta préanestésica e classificadas segundo o risco cirúrgico utilizando tabela da ASA (American Society of Anesthesiologists). RESULTADOS: A média de peso no préoperatório foi de 68,2 Kg (45,5-88 kg) e no pós de 02 meses 65,75 kg(45-85,8 kg) apresentando redução de 5,18% em 02 meses de pós operatório. As alturas da linha que se extende da rima vulvar até a cicatriz horizontal da abdominoplastia variaram entre 4,2- 5,0 cm com média de 4,55 cm. A hemimarcação inferior teve variações entre 4,8-5,6 cm, com média de 5,16 e a superior variou de 8,1-11,5 cm. O maior diâmetro da plicatura infra umbilical variou de 4,5-5,6 cm com média 5,26 cm e supraumbilical variou de 5,0-6,5 cm, com média de 5,7 cm. Os valores de descolamento da região localizada 5 cm acima da cicatriz umbilical variaram antes da plicatura de 5,5 a 7 cm com média de 6,33 cm e após plicatura de 2,8-3 cm com média de 2,9 cm. CONCLUSÃO: A busca por melhores resultados e diminuição do índice de complicações são, sem dúvida, a maior preocupação dos cirurgiões plásticos. Esta nova abordagem proporciona melhora do contorno corporal com alto grau de satisfação para os pacientes e equipe. Palavras-chave: abdominoplastia, pré-operatório.

ID: 16. Área: CIRURGIA PLÁSTICA. Data: 23/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER NÃO RELATO DE CASO. Autores: Bárbara Matos de Carvalho Borges; Marco Antônio de Lucena Furtado; Thiago Maciel Valente; Pedro Augusto Dodt Bezerra; Samy Lima Carneiro; Nelson Gurgel Simas de Oliveira. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade de Fortaleza - UNIFOR. TÍTULO: UTILIZAÇÃO DO MÉTODO DE LIPOENXERTIA EM PROCEDIMENTOS DE RECONSTRUÇÃO E ESTÉTICOS DE MAMA: UMA REVISÃO DE LITERATURA. INTRODUÇÃO: Atualmente, essa técnica tem sido bastante utilizada na reconstrução ou na cirurgia estética de mama, pois apresenta várias vantagens. Entretanto essa abordagem remonta a séculos atrás, tendo sido documentada pela primeira vez por Czerny, na Alemanha, em 1895, que extraiu um lipoma da nádega para repor o tecido mamário. Desde então novas metodologias foram sendo criadas a fim de aprimorar a técnica. Entretanto a Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos, em 1987, proibiu a realização desse procedimento devido aos altos índices de complicação, sendo permitida novamente em 2009, após novos estudos. Entre diversos métodos, o de Coleman é evidenciado em diversos trabalhos, pois gera um maior número de adipócitos viáveis. OBJETIVOS: Identificar e analisar os artigos sobre lipoenxertia em mamas, abordando técnica, vantagens e desvantagens desse procedimento METODOLOGIA: Foram utilizadas as plataformas PubMed e Scielo para a busca de artigos, utilizando os descritores em inglês Fat Graft Breast. Foram analisados 349 artigos, que após o refinamento – publicados nos últimos 5 anos, texto integro disponível e da espécie humana – e com a leitura, foram selecionados 4, em que todos pertenciam a plataforma PubMed, excluindo os que não abordavam a técnica da lipoenxertia ou que tinham associação com aparelhos radiológicos. RESULTADOS: Apesar de casos em que ocorreu inflamação, causando hipersensibilidade e dor, a maioria mostrou segurança para o paciente, visto que além de relatarem sucesso, os quais, de acordo com um dos trabalhos, demonstram uma taxa de complicação de apenas 7,4%. O procedimento consiste na utilização de células-tronco derivadas dos adipócitos, bastante indicadas para a regeneração tecidual e aumento local, porém muito depende da técnica e experiência do cirurgião, e, entre as técnicas, a de Coleman se destacou nos trabalhos, pois ela envolve a aspiração manual da gordura, centrifugação e colocação meticulosa, o que causou ótimos resultados, pois manteve uma maior porcentagem de vitalidade de adipócitos, permitindo um melhor resultado a longo prazo. Entretanto um dos estudos menciona que o procedimento pode ser demorado de acordo com a quantidade de gordura injetada. Além disso, pode ser utilizada para atingir vários objetivos como: corrigir defeitos e assimetrias, melhorar a cobertura de tecidos moles após a implantação de próteses, reconstrução total da mama com enxerto de gordura seriado, preencher cicatrizes atróficas e reduzir contratura. CONCLUSÃO: Desse modo, foi possível observar que esse procedimento é aceitável, não compromete os resultados oncológicos e minimiza o desconforto aos pacientes. Suas aplicações são diversas, podendo ser utilizada em cirurgias de reconstrução e estética, buscando deixar o mais natural possível, devendo ser utilizada a técnica que se consiga um maior número de adipócitos viáveis e menores complicações, sendo de grande importância a capacitação do cirurgião para realizá-la corretamente. Palavras-chave: Cirurgia Plástica/Plastic Surgery; Mamoplastia; Mammaplasty; Tecido adiposo/Adipose tissue.

ID: 17. Área: CIRURGIA PLÁSTICA. Data: 23/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER NÃO RELATO DE CASO. Autores: Arthur Antunes Coimbra Pinheiro Pacífico; Aline Santos Correia; Carolina Feijó Cavalcante; Marcus Vinícius Santiago Barreto Santos; Matheus Catunda Aguiar; Nelson Gurgel Simas de Oliveira. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade de Fortaleza - UNIFOR. TÍTULO: RETALHO MIOCUTÂNEO TRANSVERSO DO RETO ABDOMINAL PARA RECONSTRUÇÃO DE MAMA (TRAM): ANÁLISE DE COMPLICAÇÕES - REVISÃO DE LITERATURA. INTRODUÇÃO: O câncer de mama é estabelecido mundialmente como uma das doenças com maior prevalência e incidência dentre os tumores malignos nas mulheres. Por ter incidência considerável em todo o mundo, consequentemente, a demanda por reconstruções mamárias tem ganhado grande impulso, assumindo papel central no seu tratamento devido aos comprovados benefícios psicoemocionais para as pacientes. O retalho miocutâneo transverso do reto-abdominal para reconstrução de mama (TRAM), tem sido o procedimento com tecido autólogo mais popular para reconstrução mamária. Suas vantagens são bem documentadas e incluem excelentes resultados na simetria, forma e aparência estética da mama reconstruída. No entanto, apesar de todos os esforços, o riscos de complicações ainda são altos em pacientes com câncer. OBJETIVOS: Analisar as complicações mais frequentes na técnica de retalho miocutâneo do reto abdominal e esclarecer suas principais causas. METODOLOGIA: Realizou-se uma revisão bibliográfica de 4 estudos publicados entre 2013 e 2018, tendo como base: Scielo e LILACS. Foram escolhidos artigos originais que exploram as complicações causadas pela técnica de retalho miocutâneo transverso do reto-abdominal (TRAM) na mamoplastia reparadora. RESULTADOS: Analisou-se um total de 1623 pacientes com média de idade de 51,77 anos (a maioria sob tratamento radioterápico e fazendo o uso de medicamentos quimioterápicos). As complicações mais frequentes foram: infecção da ferida (109 casos), falha na prótese e retalho (63 casos) e choque séptico (54 casos). As complicações de maior gravidade necessitaram de reinternação para tratar da falha cirúrgica (167 casos). O tratamento do câncer com quimioterapia e radioterapia pode danificar o sistema imunológico e provocar efeitos colaterais, como a neutropenia, que predispõem esses pacientes à infecções mais frequentes. Além disso, os agentes quimioterapêuticos prejudicam a cicatrização de feridas, logo, a administração de quimioterapia seguida da colocação de prótese ou potencial pressão sobre os retalhos cutâneos pode aumentar a incidência de complicações pós-operatórias do sítio cirúrgico. Os portadores de neoplasia têm maiores chances de desenvolverem sepse, comparados à pacientes sem neoplasia, determinando entre 2,3 e 25% de todos os casos de choque séptico. CONCLUSÃO: Dessa forma, apesar da técnica de retalho TRAM ser uma das técnicas mais eficientes para a reconstrução mamária, as complicações ainda estão presentes. A infecção deve ser extremamente prevenida pela equipe cirúrgica através do uso adequado de protocolos pré-operatórios fundamentais para o sucesso cirúrgico. Além disso, as complicações tem relação com o tratamento quimio e radioterápico quando administrados ainda no período pré e pós operatório recentes. Sabe-se que estes tratamentos ocasionam a imunossupressão, alterando a funcionalidade de células não cancerosas, aumentando assim a probabilidade de disfunções cicatriciais, infecções, recusa da prótese etc. Palavras-chave: retalho miocutâneo, câncer de mama, complicações do retalho TRAM, reconstrução mamária, complicações da reconstrução mamária, pós-operatório de mamoplastia reparadora.

ID: 18. Área: CIRURGIA PLÁSTICA. Data: 23/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER NÃO RELATO DE CASO. Autores: Arthur Antunes Coimbra Pinheiro Pacífico; Ana Beatriz de Sousa Moura; Ana Vitória Gabriel Diógenes; Marina Isidório Cruz Macêdo; Nelson Gurgel Simas de Oliveira. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade de Fortaleza - UNIFOR. TÍTULO: COMPLICAÇÕES EM ABDOMINOPLASTIA: FATORES PREDITIVOS E PREVENÇÃO - REVISÃO DE LITERATURA INTRODUÇÃO: O abdômen é tido como um dos pontos críticos de deformidade pós-perda ponderal significativa, pois a flacidez resultante pode causar prejuízos no cotidiano do indivíduo. A busca pela melhora do contorno corporal e pela qualidade de vida desses pacientes levou a um aumento da procura por cirurgiões plásticos. Dentre as cirurgias em ex-obesos, a abdominoplastia é a que apresenta um melhor resultado estético, porém, está associada à múltiplas complicações que lentificam o retorno do paciente às atividades da vida diária. OBJETIVOS: Esclarecer as complicações mais frequentes em pacientes submetidos à abdominoplastia e indicar as formas de prevenção dessas complicações nos períodos pré, intra e pós-operatório. METODOLOGIA: Realizou-se uma revisão bibliográfica de estudos publicados entre 2014 e 2018, tendo como base: Scielo, Revista Brasileira de Cirurgia Plástica, Amazônia: Science & Health, Aesthetic Surgery Journal. Foram escolhidos estudos abrangendo as principais complicações do pré-operatório, transoperatório e pós-operatório de pacientes submetidos a abdominoplastia, contando com a relevância das duas principais técnicas utilizadas, as quais são em âncora e a convencional. RESULTADOS: Analisou-se um total de 602 abdominoplastias, sendo 300 pelo método convencional e 302 pelo método em âncora; 415 abdominoplastias isoladas, e 187 associadas à outros procedimentos: 35 lipoaspirações e 152 mamoplastias. A amostra foi composta por 545 mulheres e 57 homens, com média de idade de 38,9 anos. As complicações mais frequentes foram: seroma (38 casos), deiscência (23 casos) e cicatrizes desarmoniosas, sejam quelóides e hipertróficas (36 casos). CONCLUSÃO: As complicações decorrentes das cirurgias plásticas podem afetar negativamente o ganho de qualidade de vida que o paciente buscava antes do procedimento. Dessa maneira, com o fito de prevenir as três complicações mais frequentes na amostra, são necessárias ações antes, durante e após a abdominoplastia. Entre as medidas preventivas no pré-operatório estão: exames à procura de hérnias; distúrbios nutricionais; hemograma; glicemia de jejum e proteínas totais; eletrocardiograma de repouso; radiografia de tórax; ecocardiograma com Doppler. Medidas preventivas no intraoperatório: uso da técnica Saldanha; uso das técnicas de sutura de Quilting; de adesão de Baroudi; de tensão de Pollock; uso cauteloso de bisturi eletrocautérico. No período pós-operatório recomenda-se: crioterapia; tratamento fisioterapêutico; utilização do ultrassom; uso de radiofrequência; utilização de microcorrente e corrente galvânica; descanso em decúbito dorsal, com o tronco um pouco elevado, evitando ficar com o tronco ereto; andar com leve encurvação; limpeza diária da incisão com água e sabonete; manter-se sempre com a cinta modeladora compressiva; aumentar a ingestão hídrica; deitar em posição de Fowler; realizar sessões de drenagem linfática; esvaziar diariamente o dreno de 4 em 4 horas. Palavras-chave: abdominoplastia, abdominoplastia em âncora, abdominoplastia convencional, complicações da abdominoplastia, pré-operatório de abdominoplastia, pós-operatório de abdominoplastia, abdominoplastia isolado, abdominoplastia associada a outras cirurgias, prevention of seroma.

CIRURGIA TORÁCICA

ID: 19. Área: CIRURGIA TORÁCICA. Data: 23/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER NÃO RELATO DE CASO. Autores: Caio Vitor Saunders Barreto; Dharien Oliveira Correia; João Felipe Carvalho Rodrigues; Lara Poti Nobre; Matheus de Souza Mendes; Rodrigo Teófilo Parente Prado; Israel Lopes de Medeiros. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade de Fortaleza - UNIFOR. TÍTULO: TUMORES ÓSSEOS PRIMÁRIOS DA PAREDE TORÁCICA: UMA REVISÃO DA LITERATURA. INTRODUÇÃO: Existem 4 tumores de origem óssea que se iniciam na parede torácica, os quais têm diferentes incidências quando vistos como lesões primárias, sendo divididos em benignos, osteoma osteóide (1,4%) e o cisto ósseo aneurismático (COA) (5%) e em malignos, osteossarcoma (10-15%) e o sarcoma de Ewing (5-10%). OBJETIVOS: Revisar a literatura, buscando caracterizar esses tumores, quanto a seus sintomas, sua apresentação radiológica e sua conduta cirúrgica indicada. METODOLOGIA: Foi feita uma revisão nas bases de dados PubMed e Scielo. Com os seguintes descritores, “chest wall”, “tumors”, “neoplasms”, “primary”, “review”, “surgical” e “management”, em combinações diferentes tanto em inglês quanto em português. O critério para a inclusão dos artigos foi ser dos últimos 10 anos. Após isso as referências foram lidas e comparadas. RESULTADOS: O osteoma osteóide se expressa pela presença de uma dor à noite que melhora ao uso de Aspirina. No exame físico escoliose pode ser encontrada, devido a topografia da lesão. A radiografia (Rx) demonstra uma lesão com centro radiotransparente e borda esclerótica. A conduta indicada gera conflito, estudos sugerem ablação por radiofrequência e outros a retirada da costela afetada. Realiza-se Rx após a extração. O COA, comumente não apresenta sintomas, porém se causar uma fratura origina dor, edema e sintomas topográficos. O Rx aponta uma lesão lítica, com aspecto explosivo bem definido, e a ressonância magnética (RM) fluido vindo de cistos hemorrágicos, porém a RM baixa especificidade. Recomenda-se a ressecção da área afetada, especialmente em casos com dor. O osteossarcoma retrata-se como uma massa de crescimento rápido e dolorosa. O Rx tem padrão de sol radiante com matriz óssea esclerótica, já a RM lesão óssea com região central heterogênea. Trata-se com quimioterapia (QT) neoadjuvante e adjuvante mais cirurgia de ressecção. A sobrevida em 5 anos é de 15-50%. O sarcoma de Ewing, expõe-se como uma massa intermitente e dolorosa, associada a febre, perda de peso e dispnéia, é mais comum em homens. Escápula e clavícula podem ser afetadas. A RM mostra uma massa de tecido mole junto com destruição óssea (casca de cebola). Para o tratamento, usa-se QT neoadjuvante mais cirurgia e radioterapia (RT). A sobrevida de 60% em 5 anos, com altas taxas de reincidência e metástase. Diante disso, nota-se tumores com sintomas parecidos, mostrando a importância da radiologia, a qual aponta de forma diferente as neoplasias, auxiliando no diagnóstico. Já o tratamento não foge da extração da área afetada com possível uso de QT e RT. CONCLUSÃO: Observou-se que a literatura não mostra grandes divergências, porém há uma escassez de estudos, sobre os tumores benignos, mostrando uma falta de exploração dessa área, gerando a necessidade de se realizar mais pesquisas sobre o tema. Palavras-chave: parede torácica, tumores, primários, osteossarcoma, revisão.

ID: 20. Área: CIRURGIA TORÁCICA. Data: 23/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER NÃO RELATO DE CASO. Autores: Lettícia Palloma Moreira de Lima; Beatriz Rocha Alves do Nascimento; Eduardo Saraiva Martins Neto; Igor de Albuquerque Oliveira Sousa; Paulo Victor Batista Reis Soares; Taynah Maria Aragão Sales Rocha; Evandro Aguiar Azevedo. Instituições: Faculdade de Medicina, Centro Universitário Inta. TÍTULO: A IMPORTÂNCIA DA SIMULAÇÃO PRÁTICA DE DRENAGEM TORÁCICA EM CONTEXTO DE OFICINA EM SIMPÓSIO ACADÊMICO: RELATO DE EXPERIÊNCIA. INTRODUÇÃO: A drenagem pleural é definida como um procedimento cirúrgico para introdução de um dreno através da parede torácica na cavidade pleural. É, também, largamente utilizado na prática médica diária, permitindo o reestabelecimento das pressões negativas no espaço pleural. Assim, considerando a importância do procedimento, a Liga Acadêmica de Pneumologia e Cirurgia Torácica do Centro Universitário INTA, (LIPCIT) ministrou uma oficina com o tema no V Outubro acadêmico. OBJETIVOS: O objetivo deste trabalho é relatar a experiência dos autores na condução de um grupo de acadêmicos de medicina, desenvolvido com metodologia participativa, no qual procurou-se preservar a técnica original da drenagem torácica e simular, da maneira mais fidedigna possível, o procedimento em pacientes reais. METODOLOGIA: Os métodos utilizados foram por meio de apresentação de slides, contendo a técnica detalhada da drenagem torácica, além de suas indicações e utilidades, seguida pela demonstração prática realizada pelos ligantes, os quais atuaram como monitores da oficina, e, posterior prática individual dos alunos inscritos. A simulação foi realizada com a paramentação dos alunos e ligantes, além da utilização de línguas de boi com campos cirúrgicos, para representação da pele, e materiais reais de anestesia e da drenagem pleural propriamente dita, tais como seringas, agulhas e dreno torácico. RESULTADOS: A prática de drenagem pleural em cenário acadêmico foi de extrema importância tanto para os ligantes, que estudaram para ministrar a oficina e, assim, puderam ter contato direto com a docência, quanto para os alunos, que puderam praticar e ter uma boa noção de um procedimento pouco abordado na grade curricular da maioria dos cursos de medicina do Brasil. CONCLUSÃO: Tendo em vista o objetivo traçado para a simulação ministrada, foi possível atingi-lo e agregar ideias e experiência aos participantes da oficina, passando, de tal forma, conhecimento novo e de importância bastante significativa para todos os futuros médicos; sabendo-se que, ao formar um médico, o mesmo deve ter conhecimento gerais sobre todas as áreas. Palavras-chave: prática de grupo, derrame pleural, terapêutico.

ID: 21. Área: CIRURGIA TORÁCICA. Data: 23/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: Lucas Castro de Oliveira; Thales Cândido da Silva; Leiliane da Silva Pinto; Babara Cavalcante Holanda; Lucas Castro do Nascimento; Caio Braga de Sousa; Antero Gomes Neto, Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará. TÍTULO: CORREÇÃO DE PECTUS EXCAVATUM POR VIDEOTORACOSCOPIA PELA TÉCNICA DE NUSS: RELATO DE CASO. INTRODUÇÃO: Pectus Excavatum (PE) ou peito escavado é um defeito congênito na parede torácica caracterizado por depressão do esterno e cartilagens costais anteriores, comumente acompanhada de uma protrusão das costelas no rebordo. A etiologia mais provável hoje é que a deformidade advém de um crescimento condral excessivo que desloca o esterno posteriormente. Dentre os tratamentos cirúrgicos recomendados, destaca-se a Cirurgia por Cirurgia Torácica Vídeo-Assistida (VATS), utilizando-se a Técnica de Nuss. O procedimento consiste em utilizar a maleabilidade que a caixa torácica ainda tem na pré-adolescência para introduzir uma barra metálica através do hemitórax e deixá-la em ação por 2 a 3 anos, resultando no reposicionamento do esterno na parede torácica. Os resultados pós-operatório são excelentes em relação à recuperação da autoestima e das relações sociais da paciente. OBJETIVOS: Descrever o caso de um paciente com PE pela Técnica de Nuss e o resultado clínico. RELATO DE CASO: CASO: Paciente feminino, 12 anos, parda e solteira, natural e procedente de Fortaleza. Relata que desde os 8 anos nota aprofundamento da parte inferior ao esterno com progressão do problema desde então. Apesar de não manifestar indicativos de comprometimento das funções cardiorrespiratórias, afirma que a deformidade vem provocando transtornos psicossociais a sua vida. Ao exame físico, apresentava-se com ausculta cardiopulmonar sem alterações e confirmou-se a presença de pectus assimétrico com depressão esternal mais acentuada no lado direito. Relata dispneia apenas em exercícios extenuantes, nega dor torácica e palpitações. Eletrocardiograma e exames laboratoriais sem alterações. TC evidenciou desvio do coração para o lado esquerdo, compressão cardíaca e diâmetro assimétrico do tórax; Índice de Haller = 5,2, indicando alterações severas a moderadas no tórax e demandando correção cirúrgica. Foi realizada cirurgia corretiva da deformidade por VATS com barra de Nuss de 12 polegadas, que consiste na introdução de barra entre o mediastino anterior e a porção posterior do esterno, através de incisão de 5cm na lateral do hemitórax. DISCUSSÃO: Paciente recebeu alta no 3o dias sem complicações. No pós-operatório vem apresentando boa evolução. A deformidade na parede torácica foi corrigida e a paciente continua muito satisfeita 1 ano depois da cirurgia. CONCLUSÃO: A cirurgia de correção do PE pela técnica minimamente de NUSS se mostrou benéfica ao paciente, sem nenhum tipo de complicação e com excelente resultado estético, sendo atualmente o procedimento de eleição para a correção desse tipo de deformidade congênita do tórax. Palavras Chave: VATS, pectus excavatum, Técnica de Nuss.

ID: 22. Área: CIRURGIA TORÁCICA. Data: 23/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER NÃO RELATO DE CASO. Autores: Lettícia Palloma Moreira de Lima; Beatriz Rocha Alves do Nascimento; Clara de Assis Oliveira de Menezes; Eduardo Saraiva Martins Neto; Paulo Victor Batista. Instituições: Faculdade de Medicina, Centro Universitário Inta. TÍTULO: A IMPORTÂNCIA DA SIMULAÇÃO PRÁTICA DE TORACOCENTESE EM CONTEXTO DE OFICINA EM SIMPÓSIO ACADÊMICO: RELATO DE EXPERIÊNCIA. INTRODUÇÃO: A Toracocentese é um procedimento médico de punção da parede torácica para a aspiração de líquido pleural. É utilizada para determinar a etiologia do derrame pleural (toracocentese diagnóstica), aliviar a sintomatologia causada por líquido pleural (toracocentese terapêutica) e, eventualmente, realizar pleurodese. Esse procedimento é de extrema valia por ter ampla utilidade. Por essa razão, a Liga Acadêmica de Pneumologia e Cirurgia Torácica do Centro Universitário INTA, (LIPCIT) resolveu ministrar uma oficina com o tema no V Outubro acadêmico. OBJETIVOS: O objetivo deste trabalho é relatar a experiência dos autores na condução de um grupo de acadêmicos de medicina, desenvolvido com metodologia participativa, na qual procurou-se preservar a técnica original da Toracocentese e simular, da maneira mais fidedigna possível, o procedimento em pacientes reais. METODOLOGIA: Os métodos utilizados foram por meio de apresentação de slides, contendo a técnica detalhada da Toracocentese, além de suas indicações e utilidades, seguida pela demonstração prática realizada pelos ligantes, os quais atuaram como monitores da oficina, e, posterior prática individual dos alunos inscritos. A simulação foi realizada com a paramentação dos alunos e ligantes, além da utilização de línguas de boi com campos cirúrgicos, para representação da pele, e materiais reais de anestesia e da toracocentese propriamente dita, tais como seringas, agulhas e torneira de 3 vias. RESULTADOS: A prática de Toracocentese em cenário acadêmico foi de extrema importância tanto para os ligantes, que estudaram para ministrar a oficina e, assim, puderam ter contato direto com a docência, quanto para os alunos, que puderam praticar e ter uma boa noção de um procedimento pouco abordado na grade curricular da maioria dos cursos de medicina do Brasil. CONCLUSÃO: Tendo em vista o objetivo traçado para a prática lúdica ministrada, foi possível atingi-lo e agregar conhecimento e experiência aos participantes da oficina, passando, de tal forma, conhecimento novo e de importância bastante significativa para todos os futuros médicos; sabendo-se que, ao formar um médico, o mesmo deve ter conhecimento gerais sobre todas as áreas. Palavras-chave: prática de grupo, derrame pleural, diagnóstico, terapêutico.

ID: 23. Área: CIRURGIA TORÁCICA. Data: 23/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER NÃO RELATO DE CASO. Autores: Dharien Oliveira Correia; João Felipe Carvalho Rodrigues; Caio Vitor Saunders Barreto; Victor Frota Dias; João Carlos Fechine Machado; Lara Poti Nobre; Israel Lopes Medeiros. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade de Fortaleza - UNIFOR. TÍTULO: DESFECHOS DE TRATAMENTO CIRÚRGICO PARA HIPERIDROSE: SUCESSOS E COMPLICAÇÕES. INTRODUÇÃO: A hiperidrose é causada por disfunção do sistema autonômico, caracterizada pela sudorese excessiva nas palmas, axilas, face e/ou superfície plantar. Essa doença causa problemas de cunho social, emocional e profissional para quem é acometido. Uma opção de tratamento é a simpatectomia. Entretanto, sucesso do tratamento não é universal, com complicações importantes, como a hiperidrose compensatória (HC). OBJETIVOS: Revisar a literatura dos desfechos positivos e negativos da simpatectomia, demonstrando os aspectos da hiperidrose compensatória como complicação pós-operatória. METODOLOGIA:Foi realizada a revisão de literatura de artigos das plataformas MEDLINE, PubMed, Elsevier. Foram selecionados artigos dos últimos 10 anos, que abordam os objetivos deste trabalho. RESULTADOS: A satisfação dos pacientes com resultados é de 80%. Pacientes insatisfeitos e que não recomendariam a cirurgia variam entre 5 e 15%. Foi relatado que os pacientes apresentavam queixas de sudorese compensatória em 12 a 100% do tempo, mas menos de 10% dos pacientes se arrependem do procedimento. Em 10 anos de acompanhamento, há maiores índices de satisfação, pois existe a atenuação da HC em alguns pacientes. Há euforia inicial com a ausência de hiperidrose inicial, mas, com o tempo, a HC diminui a satisfação dos pacientes e leve ao arrependimento. A simpatectomia toracoscópica é segura e eficaz, mas, a HC é mais intensa. A síndrome de Horner era a complicação mais temida, com uma taxa de 5% dos casos. Atualmente há grande redução da frequência devido à mais indicações de abordagem seletiva do gânglio T4 e ao uso do bisturi harmônico. Estudos trazem a simpatectomia de T3 ou T4 como locais de menos efeitos de HC, relatando que quanto maior o nível da cadeia em que foi feita a ressecção, maior o risco. O grande avanço que houve recentemente foi a identificação do segundo gânglio simpático como provável centro da HC, e sua preservação é a maneira mais segura de prevenir a ocorrência da mesma, sem comprometer o controle efetivo da hiperidrose palmar e axilar. Preservado o segundo gânglio, pode-se, ainda, observar algum grau de sudorese reflexa; porém, geralmente leve, tolerável e fugaz. Desta forma, modificações no nível da simpatectomia têm sido consideradas, principalmente evitando a termoablação de T2. O uso de grampos para bloqueio do simpático se mostrou com menor risco de HC quando comparado com a ressecção da cadeia, pois, com a possibilidade de remoção dos grampos em um tempo viável (indicado até 2 semanas) já que após isso há fibrose ou necrose. CONCLUSÃO: A HC é o mais importante efeito colateral da simpatectomia, sendo as mais afetadas a região tórax, abdome e dorso principalmente quando os pacientes são obesos, adultos ou adolescentes mais velhos, sendo usualmente bem tolerada, mas, pode tornar-se complicação séria e motivo de arrependimento. A percepção do paciente e do médico no pré-operatório sobre a real necessidade do procedimento é fundamental. Palavras-chave: Hiperidrose, Simpatectomia, Hiperidrose Compensatória, Complicações.

ID: 24. Área: CIRURGIA TORÁCICA. Data: 23/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER NÃO RELATO DE CASO. Autores: Lucas Nunes Ferreira Andrade;, Douglas Marques Ferreira de Lima; Heron Kairo Sabóia Sant’Anna Lima; João Felipe Carvalho Rodrigues; Rodrigo Teófilo Parente Prado; Israel Lopes de Medeiros. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade de Fortaleza - UNIFOR. TÍTULO: DOR NO PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA TORÁCICA: UMA REVISÃO DA LITERATURA. INTRODUÇÃO: A dor pós-operatória relacionada com as cirurgias torácicas é extremamente frequente, independente se toracotomia aberta ou minimamente invasiva, possuindo características multifatoriais e ainda não completamente compreendidas, podendo estar relacionada com o tipo de incisão, da irritação pleural durante a cirurgia, de fatores iatrogênicos, como fraturas nas costelas durante as cirurgias e lesões devido ao posicionamento inadequado de equipamentos durante o procedimento, tubos, por exemplo, e das características individuais de cada paciente. Devido ao fato de que a dor pode persistir e se tornar crônica, é importante expor que o marco para se considerar a cronicidade da dor na toracotomia é o tempo de 3 meses após a cirurgia. Dessa forma, esse trabalho justifica-se a buscar na literatura os principais fatores relacionados à dor pós-operatória e o que auxilia na sua resolução ou diminuição da presença. OBJETIVOS: Revisar a literatura acerca da dor torácica após cirurgia torácica e de seus principais fatores. METODOLOGIA: Trata-se uma de revisão da literatura com busca ativa de informações nas bases de dados do MEDLINE, PMC, Redalyc e a biblioteca virtual SciELO. Os descritores de assunto utilizado para a busca de artigos foram: Cirurgia torácica; Postoperative Pain; Thoracic surgery. São critérios de inclusão: Artigos publicados entre 2014-2018, dos tipos descritivo e intervencionista. Os critérios de exclusão foram: Artigos de revisão, artigos que não abordarem assuntos relevantes para a discussão dos objetivos deste estudo. RESULTADOS: Na literatura, foi apontado que, no pós-operatório da cirurgia torácica, a escolha de técnicas ou equipamento pode influenciar na intensidade da dor que o paciente pode sentir. Exemplos disso são o uso da sutura transversal para fechamento de toracotomias, sendo está associada a diminuição da intensidade dor, e o uso de afastadores Finochietto, que foi considerado diretamente relacionado com o surgimento da dor no pós-operatório. Com relação às características subjetivas e individuais da dor, foi encontrado também uma relação direta dos sentimentos do paciente, como a ansiedade e o medo, com a dor em todo o contexto do perioperatório. A analgesia é um fator prejudicado, pois muitos pacientes que são candidatos à toracotomia possuem patologias pulmonares severas, consequentemente, possuem menores tolerâncias aos efeitos respiratórios causados por anestésicos opióides. Ademais, foi demonstrado que a técnica minimamente invasiva obteve resultados melhores em relação a dor do que a cirurgia aberta e menor tempo de internação, sendo encontrado em pacientes com câncer de pulmão 4 a 5 dias de internação na cirurgia aberta e 3 a 4 dias na minimamente invasiva. Por fim, a dor pós-cirúrgica crônica foi encontrada após 3 meses em 57% dos pacientes que fizeram toracotomia aberta e em 29% dos que fizeram a toracoscopia, já no período de 6 meses essas taxas foram para 47% e 25%, respectivamente, em um estudo por meta-análise, no entanto, outros autores, utilizando o mesmo tipo de estudo, não encontraram diferenças entre os métodos de cirurgia, com relação ao desenvolvimento de dor. CONCLUSÃO: A dor pós-operatória em cirurgias torácicas é um desafio significante. Seu controle é importante para evitar o desconforto pós-operatório e aumento no tempo de internação. Dessa forma, concluímos que a dor possui influência de fatores tanto técnicos, tipo de incisão e técnica utilizada, quanto particulares de cada indivíduo. Fazendo necessário o cuidado do profissional de saúde que lida com essa questão, assim como novos estudos a respeito, visando aprimorar o controle da dor pós-operatória em cirurgia torácicas. Palavras-chave: dor, pós-operatório, cirurgia torácica.

ID: 25. Área: CIRURGIA TORÁCICA. Data: 23/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER NÃO RELATO DE CASO. Autores: João Felipe Carvalho Rodrigues; Dharien Oliveira Correia; João Carlos Fechine Machado; Lara Poti Nobre; Victor Frota Dias; Israel Lopes de Medeiros. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade de Fortaleza - UNIFOR. TÍTULO: FÍSTULA BRONCOPLEURAL EM ADULTOS, UMA REVISÃO DA LITERATURA. INTRODUÇÃO: A fístula broncopleural (FBP) é uma abertura entre a árvore brônquica e o espaço pleural, existindo passagem de ar para pleura. A causa mais comum é por complicação de cirurgia de ressecção pulmonar. Na Pós-pneumectomia tem incidência, de 4 a 20%, associada a alta mortalidade, entre 25 a 71%. Um fator de risco associado é a pneumectomia direita, com incidência é 4 a 5 vezes maior do que à esquerda. Outros fatores são idade > 60 anos, imunodepressão, radioterapia neoadjuvante, ventilação mecânica prolongada e diâmetro do coto > 25mm. OBJETIVOS: Revisar a literatura sobre fístula broncopleural, abordando seus principais aspectos. METODOLOGIA: Revisão feita com artigos dos últimos 10 anos sobre FBP nas plataformas PubMed, sciELO e LILACS. RESULTADOS: FBP pós-operatórias, são divididas em aguda (até 7 dias), subaguda e crônica (após 30 dias). A classificação anatômica separa entre central e periférica, que diferem por suas etiologias. Na fístula aguda, há pneumotórax hipertensivo, enfisema subcutâneo, expectoração purulenta ou hemoptóica, tosse, dispneia, desvio de traquéia, persistência de vazamento de ar. Na subaguda e crônica a apresentação é por empiema pleural, tosse produtiva, febre, leucocitose e função respiratória deteriora. FBP pequena não terá sintomas ou serão pouco perceptíveis. Fístulas maiores, o paciente pode apresentar desconforto respiratório devido à aspiração para o outro pulmão. O Diagnóstico de FBP pode ser desafiador, logo, é importante a associação da clínica com exames de imagem para o Diagnóstico da FBP. O principal método de imagem é a fibrobroncoscopia, que permite a visualização da fístula diretamente ou sinais indiretos da presença da fístula. Na radiografia de tórax pode haver sinais de atelectasias, pneumotórax e aumento ou diminuição de níveis líquidos. Existem métodos menos difundidos, como cintilografia ventilação e métodos menos invasivos, como Broncoscopia virtual. O melhor tratamento é a prevenção. A correção deve ser imediata e consiste em três princípios: drenagem pleural, oclusão da fístula e fechamento do espaço pleural. A abordagem aberta ou fechada depende se o quadro é agudo ou crônico. Em pequenas fístulas, a correção pode ser feita com cola biológica por broncoscópio. Em fístulas maiores de 5mm, a abordagem é aberta, com ressutura e cobrimento de colo. As vias de acesso são toracotomia ipsilateral, esternotomia e toracotomia contralateral. Se reincidir, a conduta é toracoplastia com toracectomia. Para prevenção, fechar adequadamente o coto pulmonar, com alto suprimento sanguíneo, colocação precisa de suturas, evitar coto longo e dissecção excessiva, margem livre de doença, controle da infecção e suporte nutricional do paciente. CONCLUSÃO: A FBP é uma importante complicação na cirurgia torácica, com importante incidência e mortalidade. Diagnosticada por suspeita clínica e broncoscopia, seu tratamento é imediato. A prevenção, feita com a técnica correta, é essencial na ressecção pulmonar. Palavras-chave: Fístula broncopleural, Cirurgia torácica, Complicação. Ressecção pulmonar.

ID: 26. Área: CIRURGIA TORÁCICA. Data: 23/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER NÃO RELATO DE CASO. Autores: Lucas Nunes Ferreira Andrade; Caio Vitor Saunders Barreto; Dharien Oliveira Correia; João Felipe Carvalho Rodrigues; Lara Poti Nobre; Matheus de Souza Mendes; Israel Lopes de Medeiros. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade de Fortaleza - UNIFOR. TÍTULO: TIMECTOMIA POR VATS NO TRATAMENTO DA MIASTENIA GRAVIS: UMA REVISÃO DA LITERATURA. INTRODUÇÃO: AA miastenia gravis é uma doença auto-imune associada às ligações, nas junções neuromusculares do músculo esquelético, de anticorpos com os receptores de acetilcolina, o que gera uma modificação dessas junções e, inclusive, sua destruição. A timectomia é o tratamento padrão preferencial para pacientes jovens com miastenia gravis sem timomas ou que estejam no estado inicial do timoma. O prognóstico desse tratamento está relacionado a remoção total do tecido do timo. Pesquisas atuais demonstram benefícios no uso da Cirurgia Torácica Vídeo Assistida (VATS). Esse trabalho justifica-se devido a relevância do tratamento cirúrgico para o paciente e da necessidade de se discutir as formas mais segura de realizá-lo. OBJETIVOS: Analisar a eficiência e os benefícios do uso das VATS no tratamento da Miastenia Gravis. METODOLOGIA: Trata-se uma de revisão da literatura que tem como a metodologia a busca ativa de informações nas bases de dados do PMC e MEDLINE, além da biblioteca virtual SciELO. Os critérios de inclusão foram: Artigos publicados entre 2014-2018, dos tipos descritivos e intervencionista. Os critérios de exclusão foram artigos de revisão, relatos de caso ou artigos que não abordem assuntos relevantes para serem discutidos de acordo coms os objetivos. RESULTADOS: Na literatura, é demonstrado que a VATS está associado com diversos benefícios como menor perda de sangue, tempo no operatório reduzido, menor trauma à parede torácica e uma recuperação mais rápida, quando comparado com a toracotomia. A redução da probabilidade de algumas complicações pós-cirúrgicas, como dor no pós-operatório e risco de infecções, são outros benefícios que se podem obter desse tratamento. Entretanto, a VAST pode gerar possíveis complicações, como dano vascular. Em alguns casos, o tratamento precisa ser convertido para toracotomia devido à essas complicações cirúrgicas, como um exemplo relatado de sangramento da artéria mamária interna. Não foi encontrado diferenças significativas na escolha do lado em que é realizado a VATS em relação a dificuldade cirúrgica, apesar de que alguns estudos ressaltam que utilizar o lado direito permite melhor visualização e controle da aorta, veia cava superior e átrio direito. CONCLUSÃO: Concluímos que, diante dos diversos benefícios do uso da Cirurgia Torácica Vídeo Assistida, a utilização dela, ao invés da cirurgia aberta, é positiva para o paciente e também para o sistema de saúde, visto que o custo do cuidado do paciente é menor, devido a menor estadia do paciente nos hospitais, a menor frequência de complicações pós- cirúrgicas, entre outros fatores. A VATS se demonstrou segura no tratamento de pacientes com Miastenia Gravis, sendo sugerido na literatura como um tratamento alternativo com resultados melhores do que o dos tratamentos com métodos tradicionais. Palavras-chave: Myasthenia gravis, Thymectomy, Video-assisted thoracoscopic surgery, Timectomia, Miastenia Gravis.

ID: 27. Área: CIRURGIA TORÁCICA. Data: 23/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER NÃO RELATO DE CASO. Autores: Rodrigo Teófilo Parente Prado; João Felipe Carvalho Rodrigues; Douglas Marques Ferreira de Lima; Heron Kairo Sabóia Sant’Anna Lima; Israel Lopes de Medeiros. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade de Fortaleza - UNIFOR. TÍTULO: CLÍNICA E CONDUTA CIRÚRGICA NA SÍNDROME DO DESFILADEIRO TORÁCICO: UMA REVISÃO DA LITERATURA. INTRODUÇÃO: A síndrome do desfiladeiro torácico (SDT) é uma série de sintomas atribuídos à compressão do feixe neurovascular, que pode ocorrer por estreitamento anatômico ou por trauma em um de três sítios: triângulo intercostoescalênico, espaço costoclavicular e espaço retrocoracopeitoral. Os sintomas mais prevalentes são os neurológicos como dor, em membro superior e região cervical, e parestesia, que corresponde de 90 a 95% das queixas. Outras sintomas possíveis relacionam-se com o acometimento vascular, como o de veias e artérias. A intervenção é comumente cirúrgica, passando por diversos avanços nos últimos anos devido ao advento da cirurgia minimamente invasiva. OBJETIVOS: Revisar a literatura e demonstrar os principais aspectos acerca da apresentação clínica e conduta diante a síndrome do desfiladeiro torácico. METODOLOGIA: Foi realizada a revisão de literatura de artigos acoplados nas bases de dados eletrônica PubMed e sciELO. Foram utilizados os fatores de inclusão aqueles artigos de revisão, publicados nos últimos 10 anos em concordância com o objetivo deste trabalho. RESULTADOS: A clínica varia com o sítio acometido, neurogênico, plexo braquial; venoso, veia subclávia; e arterial, artéria subclávia. Quando há comprometimento neural, os sintomas mais comumente encontrados são: Parestesia do membro superior (98%), dor na região do trapézio (92%), dor cervical (88%) e dor no braço e/ou ombro (88%). No comprometimento vascular, o acometimento venoso é mais frequente que o arterial. Essa síndrome é causada por uma combinação de variações anatômicas, que reduzem o espaço que se estende da abertura superior do tórax até a região axilar, combinadas com a hipertrofia, lesão ou espasmo persistente do músculo escaleno e/ou peitoral menor. Acerca das variações anatômicas, a costela cervical, que é uma costela anômala de origem no processo transverso de C7 ou T1, é a mais comum, presente em 85% dos pacientes com alteração anatômica. A radiologia é fundamental no diagnóstico, principalmente em casos de variação óssea. Na conduta, o tratamento conservador deve começar com a mudança nos hábitos para diminuir os sintomas do paciente, a correção postural e a fisioterapia que aborda a compressão nervosa e o desequilíbrio muscular cérvico-escapular. A intervenção cirúrgica deve ser reservada àqueles pacientes com compressão vascular grave ou compressão do plexo braquial que não melhore com o tratamento conservador, e consiste inicialmente, na remoção da primeira costela, o que pode ser feito por vias como: a transaxilar, a supraclavicular e a transtorácica. CONCLUSÃO: O diagnóstico de SDT é clínico, baseado na reprodução dos sintomas do paciente com teste de provocação e exclusão de outras condições. A utilização de exames de imagem auxilia no diagnóstico, principalmente em casos com anormalidade óssea. O tratamento dependerá da etiologia, da duração da síndrome e da intensidade dos sintomas, podendo então ser feito de forma conservadora ou cirúrgica. Palavras-chave: Síndrome do Desfiladeiro Torácico; Apresentação; Conduta Cirúrgica, Revisão.

ID: 28. Área: CIRURGIA TORÁCICA. Data: 23/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: Ívina Costa Albuquerque; Jessé Rodrigues da Silva; Valeska Alves Holanda; Ana Rebeca Mendes Reis; Leiliane da Silva Pinto; Érika Andrade dos Santos; Antero Gomes Neto. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará - UNIFOR. TÍTULO: LOBECTOMIA COM BRONCOPLASTIA POR MINITORACOTOMIA VÍDEO-ASSISTIDA PARA RESSECÇÃO DE CARCINOMA BRONCOGÊNICO - RELATO DE CASO INTRODUÇÃO: O câncer de pulmão é o tumor sólido com maior taxa de mortalidade em homens e mulheres nos países de primeiro mundo, sendo em torno de 90% deles relacionados ao consumo do tabaco. Os sintomas são diversos, sendo tosse, hemoptise e dor torácica os mais comuns. O tratamento de eleição é o cirúrgico nos estádios iniciais, sendo a lobectomia a cirurgia padrão. Nos tumores localmente avançados a lobectomia com broncoplastia é uma excelente alternativa à pneumonectomia, visando a redução da morbimortalidade e a melhor qualidade vida desses pacientes. OBJETIVOS: Relatar um caso de lobectomia com broncoplastia, bem como seu manejo cirúrgico. RELATO DE CASO: Paciente masculino, 75 anos, pardo, casado, natural e procedente de Itaitinga (CE), ex tabagista (20 anos), refere que em Set/2018 apresentou um quadro de tosse produtiva, associado a dispneia aos médios esforços, febre não aferida, hiporexia e perda de peso não mensurada, levando o paciente a buscar assistência médica. Nega dor torácica ou edema de MMII. Ao exame físico, paciente apresentava-se com bom estado geral, com ausculta pulmonar evidenciando murmúrios vesiculares diminuídos em ápice do hemitórax direito, sem ruídos adventícios. Não apresentava linfonodos palpáveis. A TC de tórax evidenciou tumor situado na região central no lobo superior direito, obstruindo totalmente a luz do brônquio lobar superior direito (LSD) e promovendo atelectasia parcial do referido lobo. No mediastino havia linfonodos maiores que 1 cm nas cadeias paratraqueais direitas. A broncoscopia confirmou a presença de lesão vegetante em brônquio do lobo superior direito, sem coto para lobectomia, e a biopsia endobrônquica foi positiva para adenocarcinoma pouco diferenciado, do tipo broncogênico. Foi realizada vídeomediastinoscopia e biópsia dos linfonodos mediastinais, cujo anatomopatológico foi negativo para malignidade, indicando processo inflamatório. Com o mediastino negativo para tumor e sem metástases à distância, foi indicada lobectomia com broncoplastia, também denominada de lobectomia em “manga”, sendo realizada ressecção completa do tumor (R0), seguida de reimplante do brônquio intermediário no BPD, por minitoracotomia vídeo-assistida, preservando-se parênquima pulmonar e evitando-se uma pneumonectomia. DISCUSSÃO: Paciente apresentou boa evolução pós-cirúrgica. Houve melhora da função respiratória e da qualidade de vida. CONCLUSÃO: A lobectomia com broncoplastia como escolha cirúrgica para tratamento do câncer de pulmão localmente avançado, sem que haja prejuízo dos princípios oncológicos e com preservação da função pulmonar, permite um melhor resultado no pós-operatório, no que diz respeito a sobrevida global e a melhor qualidade de vida dos pacientes, portanto, constituindo-se em uma alternativa cirúrgica de eleição em relação a procedimentos maiores, como a pneumonectomia. Palavras Chave: carcinoma, broncoplastia, lobectomia.

ID: 29. Área: CIRURGIA TORÁCICA. Data: 23/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: Ana Júlia de Holanda Veloso; Jessé Rodrigues da Silva; Jamille Gadelha de Freitas; Valeska Alves Holanda; Karoline Gonzaga da Costa; Lucas Castro de Oliveira; Antero Gomes Neto. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará - UNIFOR. TÍTULO: BRONQUIECTASIA E BOLA FÚNGICA COMO SEQUELA DE TUBERCULOSE: RELATO DE CASO. INTRODUÇÃO: A colonização fúngica pulmonar tem como agente etiológico predominante o Aspergillus fumigatus e, como principal fator predisponente, a cavidade tuberculosa saneada. Nesta, ocorre epitelização endocavitária e neovascularização, e ação dos fungos promove erosão das paredes cavitárias e sangramento que se exterioriza como hemoptise. A agressão inicial à via aérea causada por infecção e a obstrução brônquica, levando à diminuição do clearance mucociliar e à resposta inflamatória local, tem sido a razão proposta para explicar o dano à árvore brônquica e a origem da bronquiectasia. Assim, tanto o aspergiloma como as bronquiectasias se apresentam como consequência direta de um processo tuberculoso. Nesses casos, a terapêutica mais eficaz em pacientes que atendem os critérios de indicação cirúrgica é, portanto, o tratamento cirúrgico. OBJETIVOS: Descrever o uso da lobectomia pulmonar na resolução de um caso de bronquiectasia e aspergiloma como consequência direta de um processo tuberculoso. RELATO DE CASO: Paciente feminino, 48 anos, casada, parda, refere história pregressa de tuberculose pulmonar tratada há cerca de 17 anos, apresentando em Ago/2016, um quadro de tosse persistente associada a hemoptise, procurando assistência médica em Out/2016 após aumento do volume hemoptoico. Nega dor torácica ou dispneia. Nega quadros semelhantes pregressos. Ao exame físico, paciente apresentava-se com estado geral regular, com ausculta pulmonar evidenciando murmúrios vesiculares diminuídos, acompanhados de crepitações em hemitórax esquerdo. A tomografia de tórax evidenciou sequelas de tuberculose com fibroatelectasia no lobo pulmonar superior esquerdo, contendo bronquiectasias saculares, distorção arquitetural, granuloma calcificado e escavação multilobulada contendo bola fúngica (micetoma). A broncoscopia demonstrou hiperemia e leve edema de mucosa no lobo inferior esquerdo. Já a radiografia de tórax evidenciou um desvio do mediastino para a direita por atelectasia do lobo inferior esquerdo, bem como um pneumotórax de pequeno volume no pulmão esquerdo. Assim, foi indicada a lobectomia do lobo superior esquerdo por videotoracoscopia. DISCUSSÃO: A paciente apresentou ótima evolução clínica pós-operatória, sem quaisquer complicações, e com expansibilidade do lobo remanescente em exames de imagem. CONCLUSÃO: O tratamento cirúrgico de aspergiloma representa um desafio técnico significativo devido às adesões massivas, à necessidade de decorticação pulmonar, à falta de fissuras interlobares, fibrose intensificada e reações inflamatórias ao redor dos vasos do hilo pulmonar. Assim, lobectomia pulmonar visando a resolução do quadro aspergiloma associado a bronquiectasia mostrou-se benéfica como tratamento primário tendo em vista o controle rápido dos sintomas, bem como a prevenção de outros episódios hemoptoicos. Palavras Chave: bronquiectasia, bola fúngica, aspergiloma, lobectomia, VATS.

ID: 30. Área: CIRURGIA TORÁCICA. Data: 23/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: Erika Andrade Santos; Jessé Rodrigues da Silva; Thales Cândido da Silva; Nathércia Castro Mota; Lucas Castro de Oliveira; Caio Braga de Sousa; Antero Gomes Neto. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará - UNIFOR. TÍTULO: ESTERNOCONDROPLASTIA COMO TRATAMENTO ESTÉTICO PARA CORREÇÃO DE PECTUS CARINATUM: RELATO DE CASO. INTRODUÇÃO: O pectus carinatum (PC), conhecido também como peito de pombo, é uma desordem genética caracterizada por uma protrusão do esterno e das cartilagens costais. Essa anomalia afeta mais o sexo masculino, na proporção de 4:1, acentuando-se durante o crescimento na adolescência, sendo percebido por volta dos dez anos de idade. A esternocondroplastia é uma técnica cirúrgica empregada para a correção de deformidades torácicas como o PC. Consiste na ressecção subpericondral das cartilagens envolvidas e osteotomia do esterno quando necessário. Está indicada nos casos de deformidades evidentes e acentuadas com notável benefício estético. Percebe-se uma melhora da autoestima, da autoconfiança, do comportamento, da prática de esportes e do convívio social de crianças e adolescentes no pós-cirúrgico. OBJETIVOS: Descrever um caso de esternocondroplastia realizado em paciente com PC. RELATO DE CASO: Paciente masculino, 13 anos, pardo, solteiro, natural e procedente de Juazeiro do Norte (CE). Refere que, desde o nascimento, apresenta deformidade da parede torácica que evoluiu progressivamente ao longo do tempo, sem o acompanhamento de sintomas cardíacos ou respiratórios. A deformidade, mesmo sem repercussões clínicas, causava impactos emocionais negativos no paciente, limitando suas atividades escolares, bem como quaisquer atividades com possível exposição do tórax. Paciente fez o uso de Compressor Dinâmico do Tórax (CDT) durante alguns anos, sem obter melhora, levando a busca por assistência médica. Nega dor torácica, dispneia ou palpitações. No exame físico, apresentava-se com estado geral regular, e com a presença de pectus carinatum acentuado e assimétrico, mais evidenciado à direita; ausculta cardiopulmonar sem alterações; não apresenta linfonodos palpáveis. A tomografia de tórax evidenciou uma assimetria da caixa torácica com aumento da distância ântero-posterior do hemitórax direito em relação ao hemitórax esquerdo, por meio da protusão anterior do esterno, na presença de articulação manúbrio-gladiolar e núcleos de ossificação esternais sem alterações. Exames laboratoriais e ecocardiograma sem alterações. Foi, dessa maneira, indicada a esternocondroplastia, realizada por meio da ressecção subpericondral do 3o aos 7o arcos costais com osteotomia transversa entre o 2o e 3o arco costal. DISCUSSÃO: Paciente apresentou ótima evolução, sem quaisquer complicações, recebendo alta no quarto dia de pós-operatório. A cirurgia corrigiu a deformidade da parede torácica, com boa satisfação do paciente e, mesmo não sendo possível, em homens, amenizar a visualização da cicatriz cirúrgica, esta é preferível ao pectus carinatum, com todo o estigma que essa afecção acarreta. CONCLUSÃO: A cirurgia se mostrou benéfica na correção da deformidade do paciente em um quadro onde tratamentos convencionais como fisioterapia e uso de ortopédicos não apresentaram bons resultados, assim contribuindo com a manutenção de sua autoestima e repercutindo em suas relações sociais. Palavras Chave: esternocondroplastia, pectus carinatum, peito de pombo.

ID: 31. Área: CIRURGIA TORÁCICA. Data: 23/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: Jamille Gadelha de Freitas; Nelson Matteson Ferreira de Almeida; Ívina Costa Albuquerque; Lucas Castro de Oliveira; Ana Júlia de Holanda; Ana Rebeca Mendes Martins; Antero Gomes Neto. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará - UNIFOR. TÍTULO: LOBECTOMIA INFERIOR DIREITA POR VÍDEO PARA RESSECÇÃO DE TUMOR CARCINÓIDE: RELATO DE CASO. INTRODUÇÃO: Os tumores carcinóides brônquicos compreendem um grupo numeroso de lesões neuroendócrinas raras e de crescimento lento, representando 1-2% de todas as neoplasias pulmonares. Ocorrem mais frequentemente entre os 40 e os 60 anos de idade. Sua classificação histológica se divide em tumores carcinóides típicos de baixo grau de malignidade e atípicos, os quais são mais agressivos e menos frequentes. Tais tumores podem produzir grande variedade de peptídeos e causar diversas síndromes clínicas, tais como a síndrome carcinoide (2-5% dos casos) e a síndrome de Cushing (2% dos casos). OBJETIVOS: Descrever um caso de tumor endobrônquico carcinóide e sua abordagem por meio de lobectomia por Videotoracoscopia Assistida (VATS). RELATO DE CASO: Feminino, 39 anos, não fumante, não etilista, com história de tosse crônica e seca há 4 anos, sem outros sintomas. Refere que os acessos de tosse são mais intensos na presença de ansiedade e nervosismo. Ao exame físico, normotensa, eupneica, ausculta pulmonar normal. TC de tórax evidenciou lesão expansiva heterogênea e captante de contraste, lobulada, localizada no segmento basal medial do lobo pulmonar inferior direito, de aspecto inespecífico, que envolve e estenosa o brônquio do lobo inferior. A broncoscopia evidenciou presença de lesão vegetante ocluindo brônquios segmentares da pirâmide basal direita (segmento 6 livre) e presença de mucosa hiperemiada a nível da carina secundária com o lobo médio. A biópsia da lesão brônquica demonstrou neoplasia epitelial com sugestivo fenótipo neuroendócrino. Estudo de PET-CT com FDG-18F evidenciou aumento anormal da atividade metabólica (SUV = 7,4), sugestiva de doença neoplásica em atividade em massa pulmonar no lobo inferior direito, além de aumento focal anormal do metabolismo glicolítico em área de densificação interposta entre a bexiga e o reto e aumento difuso do metabolismo glicolítico na cavidade endometrial uterina, aguardando parecer do serviço especializado. Na RM de crânio não foram encontradas lesões relacionáveis com a doença de base. Após exames pré-operatórios normais, a paciente foi submetida a lobectomia inferior direita por VATS com linfadectomia mediastinal. O diagnóstico patológico foi sugestivo de tumor carcinóide atípico, (aguardando confirmação por imunoistoquímica), com focos de necrose tumoral e neoplasia metastática em 2 de 5 fragmentos de linfonodos. Estadiamento patológico: pT2b, pN1. DISCUSSÃO: A paciente recebeu alta no 3° PO, sem complicações e com boa evolução. Apenas 6 dias após a cirurgia a paciente apresentou tosse produtiva, sendo prescrito cloridrato de moxifloxacino 400mg por 7 dias, foi solicitado Raio X de tórax que mostrou obliteração do seio costofrênico direito. CONCLUSÃO: A ressecção cirúrgica é o tratamento de escolha para tumor brônquico carcinoide, sendo a lobectomia por VATS o método de escolha nesse caso, já que se trata de um procedimento menos invasivo, com recuperação mais rápida e com menores taxas de complicações. Palavras Chave: tumor de pulmão, videotoracoscopia, lobectomia.

CIRURGIA VASCULAR

ID: 32. Área: CIRURGIA VASCULAR. Data: 23/11/2018 Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: Karmelita Emanuelle Nogueira Torres Antonioll; Lorena Alves Brito; Bruno de Sousa Soares; Afrânio Almeida Barroso Filho; Ivna Leite Reis; Irapuan Teles de Araújo Filho. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade Estadual do Ceará, Brasil. TÍTULO: RESSECÇÃO DE LEIOMIOSSARCOMA DE EXTREMIDADE COM RECONSTRUÇÃO VASCULAR COMO ALTERNATIVA A AMPUTAÇÃO: RELATO DE CASO. INTRODUÇÃO: Os sarcomas de partes moles (SPM) são tumores raros, correspondendo a 0,7-1% de todos os tumores malignos em adultos e 4-8% em pacientes pediátricos. As extremidades são os principais sítios de acometimento primário e um dos subtipos histológicos mais comuns de SPM é o leiomiossarcoma. São doenças com baixa resposta à quimioterapia, sendo a ressecção cirúrgica o tratamento padrão para a maioria dos pacientes. OBJETIVOS: Relatar um caso onde a abordagem terapêutica possibilitou a preservação do membro por técnica de revascularização feita após a ressecção do sarcoma como conduta alternativa à amputação. RELATO DE CASO: Paciente do sexo feminino, 71 anos, 55 kg, com histórico de hipertensão arterial sistêmica controlada, encaminhada para investigação de dor em queimação na região posterior da coxa esquerda que irradiava para todo o membro, com piora ao sentar ou deitar e alívio ao caminhar lentamente. Cerca de 7 meses de evolução, com sintomatologia intensificada gradualmente. Fez ressonância magnética, a qual mostrou lesão sólida expansiva medindo cerca de 6,7x1,9x3,1cm, com isossinal em T1 e hipersinal em T2 com supressão de gordura, lobulada, com restrição à difusão e apresentando realce homogêneo pelo meio de contraste paramagnético, sem plano de clivagem com os vasos femorais superficiais e o músculo o vastomedial, localizada na topografia do terço médio e distal medial da coxa entre os músculos vastomedial, sartório e adutor magno. Realizou-se uma biópsia simples. O laudo histopatológico foi de neoplasia fusocelular compatível com leiomiossarcoma bem diferenciado. A paciente foi submetida à cirurgia. No procedimento foi evidenciado tumor indissociável dos vasos femorais superficiais. Não foi identificada invasão de outras estruturas vasculares adjacentes, ou doença à distância. Foi realizada, inicialmente, a separação da massa de estruturas periféricas e o controle vascular proximal e distal dos vasos femorais superficiais, preservando outras formações neurovasculares importantes. A seguir, procedeu-se a ressecção total da lesão e reconstrução vascular com enxerto utilizando a veia safena magna para a realização do bypass - possibilitando o retorno da vascularização do terço médio da coxa e perfusão das áreas subsequentes à essa região. O procedimento ocorreu de forma satisfatória, com margens cirúrgicas negativas vistas macroscopicamente. Houve boa evolução pós-operatória e a paciente recebeu alta hospitalar dois dias após o procedimento com enoxaparina sódica 40mg profilática. Não foi indicado quimioterapia adjuvante. DISCUSSÃO: Foi possível manter perfusão e a capacidade de efetuar marcha, preservando a funcionalidade do membro. Esse resultado foi alcançado devido ao trabalho multidisciplinar envolvendo diversas especialidades médicas. CONCLUSÃO: Apesar do acometimento de grandes vasos, membros afetados por neoplasias como o leiomiossarcoma podem ser preservados num estágio inicial, deixando a amputação como último recurso. Palavras-chave: Sarcoma de tecidos moles. Leiomiossarcoma. Enxerto vascular.

ID: 33. Área: CIRURGIA VASCULAR. Data: 23/11/2018 Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: Letícia Macedo Pinto; Thiago de Gaultier Oliveira do Amarante de Paulo; Stela de Castro Freitas; Frederico Carlos de Sousa Arnaud; Filadelfo Rodrigues Filho; Márcio Maia Vieira; Luccas Victor Rodrigues Dias. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade de Fortaleza - UNIFOR, Universidade Christus. TÍTULO: OCLUSÃO ARTERIAL AGUDA: UMA COMPLICAÇÃO PÓS INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO. INTRODUÇÃO: A isquemia aguda do membro resulta de uma interrupção abrupta do suprimento sanguíneo para os membros. Embolia, trombose, dissecção e trauma são os principais mecanismos envolvidos na oclusão arterial aguda. As fontes mais comuns de embolia são o coração, aorta e grandes vasos, sendo causas a fibrilação atrial, o infarto agudo do miocárdio(IAM), os aneurismas ventriculares, a endocardite infecciosa e trombos associados a valvopatias. OBJETIVOS: Chamar a atenção para a apresentação de isquemia aguda de membro após IAM, ressaltando a relevância das causas cardíacas de tromboembolismo e a importância do diagnóstico e tratamento precoce. RELATO DE CASO: Paciente, sexo feminino,57 anos, admitida com quadro de dor torácica de forte intensidade com irradiação para epigástrio, associada a dispneia e sudorese.Após ser diagnostico com IAM sem supra de ST foi submetida a tratamento através de revascularização miocárdica por angioplastia. Ecocardiograma transtorácico pós revascularização evidenciou acinesia apical e de toda parede anterior, e hipocinesia médio-basal da parede septal anterior do VE, além de presença de estrutura hiperecogênica, ovalada, móvel, aderida a parede septal-apical do VE. Posteriormente ao tratamento a paciente evoluiu com dor, cianose e ausência de pulso em membro inferior direito, sendo considerada a hipótese de obstrução arterial. Assim, a paciente foi submetida a tromboembolectomia, porém evoluiu com persistência da isquemia em membro, sendo então decidido por amputação infra-patelar. Apesar das medidas, paciente evoluiu com cianose fixa em coto de amputação, ausência de pulsos distais, em processo de delimitação de necrose, sendo realizada nova cirurgia para amputação infra-patelar. Após o procedimento, evoluiu com melhora do quadro, recebendo alta com anticoagulação com AAS, clopidogrel e varfarina. DISCUSSÃO: A paciente evolui com oclusão arterial aguda em membro inferior.A incidência da oclusão em membros inferiores(MMII) é de 14/100.000 pessoas/ano, sendo que MMII são mais acometidos, representando cerca de dois terços. A oclusão arterial pode ser decorrente trombos ou êmbolos arteriais, sendo o primeiro responsável pela maioria dos casos. Os trombos ocorrem principalmente na presença de aterosclerose, já os êmbolos tem sua origem em 85% dos casos no coração, sendo decorrente da fragmentação de trombo no coração, secundário a IAM, endocardite, valvopatias, flutter e fibrilação, estando os dois últimos responsáveis por cerca de 75% dos êmbolos arteriais. No contexto do pós-infarto, os trombos se originam em regiões discinéticas dos ventrículos. Os êmbolos arterias geralmente se alojam em bifurcações de vasos, nos membros inferiores. CONCLUSÃO: O IAM, quando associado a discinesia ventricular, constitui um fator de risco potencial para a embolia de membros, principalmente para membros inferiores. A abordagem desses casos deve ser rápida, com o objetivo de preservar a área afetada e evitar desfechos desfavoráveis. Palavras-chave: Infarto; Embolia; Isquemia.

ID: 34. Área: CIRURGIA VASCULAR. Data: 23/11/2018 Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: Susana de Mesquita Rios; Eduardo Luis de Oliveira Batista; Ana Carolina Oliveira Cavalcante; Ana Yasmin Vasconcelos de Oliveira Melo; Gabriel Oliveira Cavalcante; Marianna Cals Vasconcelos De Francesco; Antônio Wilon Evelin Soares Filho. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade de Fortaleza - UNIFOR, Universidade Christus. TÍTULO: INTERVENÇÃO CIRÚRGICA PARA O TRATAMENTO DE ANEURISMA DA ARTÉRIA CARÓTIDA INTERNA EXTRACRANIANA: RELATO DE CASO. INTRODUÇÃO: Os aneurismas, em geral, são decorrentes de uma dilatação maior que 50% do diâmetro original do vaso sanguíneo, por enfraquecimento local de sua parede. Nessa perspectiva, os aneurismas da artéria carótida interna extracraniana (ACIE) correspondem a apenas 0,4 a 4% dos casos, sendo considerados um dos mais raros. Apresentam-se como massas palpáveis e pulsáteis, decorrentes, principalmente, de aterosclerose, arterites, traumas e dissecções. Frequentemente são assintomáticos,mas podem aparecer associados a sintomas,dependendo do tamanho, localização e etiologia do aneurisma, como rouquidão, disfagia, dor por compressão nervosa e alterações neurológicas que incluem ataque isquêmico transitório (AIT) e AVC, causados por embolização do aneurisma para o cérebro OBJETIVOS: Apresentar caso de aneurisma de artéria carótida interna extracraniana. RELATO DE CASO: Paciente do sexo feminino, F.V.P, 55 anos, casada, natural e procedente de Senador Pompeu/CE, católica, agricultora aposentada, portadora de massa cervical palpável e pulsátil esquerda há longa data. Procurou assistência médica no seu município de origem, informando queixa de aumento progressivo do volume na região cervical, associado à disfagia. Foi encaminhada para hospital terciário em Fortaleza. Realizou exames diagnósticos, entre estes, ultrassom, angioTC e arteriografia de vasos cervicais, que confirmaram o diagnóstico de aneurisma de artéria carótida interna esquerda, medindo +/- 10cm. Queixa-se também de cefaleia recorrente que melhora com o uso de Ibuprofeno. Nega HAS, DM, AVC ou IAM prévios. Nega alergias, cirurgias prévias e internamentos hospitalares. Ex-tabagista, parou há 10 anos. Nega etilismo. Foi indicado, portanto, o tratamento cirúrgico convencional. Realizou-se ressecção do aneurisma da carótida com a reconstrução término-terminal do vaso. Evoluiu no pós-operatório com praxia do nervo hipoglosso, manifestada por intermédio de paralisia da corda vocal esquerda e dificuldade de deglutição, sendo necessário acompanhamento fonoaudiológico, com evolução satisfatória. DISCUSSÃO: As opções de tratamento incluem cirurgia aberta ou técnica endovascular com o uso de stents, além da importância de levar em consideração o princípio da não-maleficência ao paciente. Nesse relato de caso, o tratamento cirúrgico de aneurisma na carótida interna extracraniana foi o escolhido e realizado com sucesso. CONCLUSÃO: O aneurisma da carótida interna extracraniana, apesar de raro, entra no diagnóstico diferencial das massas cervicais, e o seu diagnóstico precoce e tratamento adequado é de suma importância no resultado cirúrgico, diminuindo o risco de complicações e morbidade pós-operatória. O tratamento endovascular apresenta-se como uma alternativa em casos selecionados. Palavras-chave: Aneurisma, artéria carótida interna, cirurgia.

URGÊNCIAS NÃO TRAUMÁTICAS

ID: 35. Área: URGÊNCIAS NÃO TRAUMÁTICAS. Data: 23/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER NÃO RELATO DE CASO. Autores: Lucas Nunes Ferreira Andrade; Ana Osmira Carvalho Saldanha; Matheus de Lucena Holanda; Emerson Chaves Correia Filho; Heron Kairo Sabóia Sant’Anna Lima; Aprígio Sant’Anna Lima Neto. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade de Fortaleza - UNIFOR. TÍTULO: ANTIBIOTICOTERAPIA COMO TRATAMENTO DE APENDICITE AGUDA: REVISÃO DA LITERATURA. INTRODUÇÃO: Apendicite aguda (AA) é uma das causas mais comuns de dor abdominal aguda nas emergências médicas, principalmente em paciente jovens, onde, na maioria dos casos, a cirurgia de apendicectomia costuma ser a principal estratégia resolutiva. Estudos recentes sugerem que fisiopatologias diferentes determinam se a AA será complicada, normalmente necessitando de apendicectomia, ou se será simples, podendo receber tratamento conservador com antibióticos. Devido a alta relevância desse tema, o presente estudo se propõe a revisar a literatura, em busca da antibioticoterapia tratamento de AA. OBJETIVOS: Analisar a antibioticoterapia (AT) como tratamento de AA. METODOLOGIA: Trata-se uma de revisão da literatura que tem como a metodologia a busca ativa de informações nas bases de dados do PMC, além da biblioteca virtual SciELO. Os critérios de inclusão foram: Artigos publicados entre 2009-2018. Os descritores de assunto utilizado para a busca de artigos foram: apendicite aguda, Non-operative management, Conservative treatment, antibiotic therapy. Os critérios de exclusão foram artigos de revisão ou artigos que não abordem assuntos relevantes para serem discutidos. RESULTADOS: Resultados melhores foram alcançados quando se tratava de uma apendicite não complicada. Dentre os critérios clínicos usados para defini-la, há a ausência de peritonite e de plastrão apendicular. A radiologia foi fundamental para a realização de diagnósticos diferenciais, sendo a Tomografia Computadorizada excelente para auxílio diagnóstico. Foi encontrado na literatura que, em casos de AA não complicada, a AT teve uma boa taxa de resolução, variando entre 80 e 90%, sem recidiva por no mínimo 12 meses após a AT. Ademais, em casos onde o paciente apresentou sinais de piora clínica, novos esquemas de antibióticos foram propostos e, nos casos de piora persistente, a apendicectomia foi realizada. Apesar dos pacientes em que a AT foi o tratamento proposto passarem mais tempo no hospital, o custo social geral foi 1,6 vezes menor do que quando comparado com a apendicectomia. Ademais, as complicações por cirurgias desnecessárias são mais prejudiciais para o paciente do que podem ser geradas pela AT. Alguns autores apontam que a antibioticoterapia deveria ser uma das etapas iniciais do algoritmo de tratamento da apendicite, sendo a apendicectomia uma das etapas finais. CONCLUSÃO: Diante do que foi apresentado no trabalho, a AT como tratamento para a AA mostrou bons resultados quando realizado em apendicites simples. Foi perceptível a importância de um maior acompanhamento do paciente, tanto no aspecto clínico quanto radiológico, para acompanhar a situação do paciente e decidir se o tratamento continuaria conservador, ou se faria a apendicectomia. Além disso, seria importante futuros estudos avaliando a inclusão da AT no algoritmo de tratamento da apendicite. Palavras-chave: Apendicite aguda, tratamentos não cirúrgicos.

ID: 36. Área: URGÊNCIAS NÃO TRAUMÁTICAS. Data: 23/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: CANUTO, Ilana F. P.; PARENTE, Adreza D. de S.; ALVES, Brenda E. M.; AGUIAR, Marina V. C.; SILVA, Renata G. C.; BARRETO, Adller G. C.; LIMA, Ramon R. B. M. de. Instituições: Faculdade de Medicina, Centro Universitário Christus. TÍTULO: PSOÍTE COMO COMPLICAÇÃO DE FÍSTULA – UM RELATO DE CASO. INTRODUÇÃO: O abscesso de psoas é uma entidade rara na prática médica, mas com altas taxas de morbidade e risco de sepse, podendo apresentar etiologia primária ou secundária. Cerca de 80 a 90% dos casos de abscessos primários têm como agente causador Staphylococcus aureus, em abscessos secundários predominam infecções entéricas. O diagnóstico clínico é difícil, pois as manifestações são inespecíficas . OBJETIVOS: Relatar a ocorrência de psoíte decorrente de fístulas, alertando para a sua existência como patologia clínica-cirúrgica e para a importância do tratamento efetivo para redução de morbi-mortalidade. RELATO DE CASO: Paciente masculino, 60 anos, buscou atendimento por dor em fossa ilíaca direita, perda ponderal e anorexia, com piora do quadro há 2 meses. Ao exame físico, encontrava-se com estado geral bom, emagrecido, hipocorado (++/4+), PA: 100x60mmHg; abdome com cicatriz paramediana e prováveis trajetos fistulosos prévios (Foto 1), sem peritonismo e visceromegalias, além do sinal do psoas positivo. De antecedentes apresentava: HAS, laparotomia exploratória por lesão de arma de fogo em 1984 e internamento por “complicações intestinais” por 9 meses. Para diagnóstico, foram solicitados: endoscopia digestiva alta – normal -, colonoscopia – possível bloqueio em óstio de entrada do fundo cecal – e TC de abdome – densificação adiposa em retroperitônio com focos líquidos e gasosos infiltrando a musculatura do psoas e do ilíaco, estendendo-se até o nível do canal inguinal, acometendo a raiz da coxa e medindo 19,5x7,4x3,4cm. Devido aos achados acima, foi feita laparotomia exploratória para tratamento de abscesso intracavitário bloqueado, sendo encontrado o mesmo em região retroperitoneal com ceco friável, além de abdome hostil devido a bridas que, oportunamente, foram lisadas. Ademais, fez-se uma colectomia direita com entero-transverso anastomose e linfadenectomia, associada à aspiração de conteúdo purulento e colocação de dreno Blake. O anatomopatológico não evidenciou neoplasia, ficando como hipótese diagnóstica uma apendicite bloqueada. O paciente evoluiu bem, tendo alta no 7o dia de pós-operatório. DISCUSSÃO: O principal mecanismo de formação de uma fístula apendicular é a “ruptura espontânea do apêndice inflamado no intestino adjacente ou na pele”. A formação de abscessos retroperitoneais graves pode ser uma importante complicação da apendicite aguda perfurada. A mortalidade permanece alta e requer diagnóstico precoce. A TC é o método de eleição para a confirmação da hipótese, apresentando alterações típicas mesmo no início dos sintomas, e para tratar a apendicite com abscesso retroperitoneal, as considerações mais importantes são o manejo da fonte de infecção e a drenagem adequada do abscesso. CONCLUSÃO: Dessa forma, podemos concluir a importância de um bom diagnóstico, a fim de efetuarmos a conduta correta para o caso, minimizando as complicações e as taxas de mortalidade associadas a esse tipo de caso. Palavras-chave: Psoíte, fístulas, abscesso retroperitoneal, apendicite.

ESÔFAGO

ID: 37. Área: ESÔFAGO. Data: 23/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: Lisa Maressa Monteiro Farias; Angela Gabriele Gomes Lira; Idalina Jessica Matias Veloso; Barbara Maria Vidal Freire; Gleydson César de Oliveira Borges; Ivens Filizola Soares Machado. Instituições: Faculdade de Medicina, Centro Universitário Christus. TÍTULO: FÍSTULA ESOFÁGICA POR IMPACTAÇÃO DE UM OSSO DE GALINHA: UM RELATO DE CASO INTRODUÇÃO: Os traumas de esôfago apresentam baixa prevalência, porém, possuem alto grau de letalidade, principalmente quando diagnóstico tardio. Em relação a esse trauma, a causa mais comum consiste na perfuração iatrogênica secundária a procedimentos endoscópicos. Outras etiologias prováveis são trauma, ingestão de corpo estranho, tumores, ingestão de substâncias cáusticas, lesão por medicamento e intubação endotraqueal difícil. Existe uma relação muito importante entre taxa de mortalidade e o tempo transcorrido até o diagnóstico. A mortalidade é de aproximadamente de 10-25% quando o tratamento é instituído nas primeiras 24 horas, chegando a 40-60% quando realizado após. OBJETIVOS: Analisar a antibioticoterapia (AT) como tratamento de AA. METODOLOGIA: Trata-se uma de revisão da literatura que tem como a metodologia a busca ativa de informações nas bases de dados do PMC, além da biblioteca virtual SciELO. Os critérios de inclusão foram: Artigos publicados entre 2009-2018. Os descritores de assunto utilizado para a busca de artigos foram: apendicite aguda, Non-operative management, Conservative treatment, antibiotic therapy. Os critérios de exclusão foram artigos de revisão ou artigos que não abordem assuntos relevantes para serem discutidos. RESULTADOS: Resultados melhores foram alcançados quando se tratava de uma apendicite não complicada. Dentre os critérios clínicos usados para defini-la, há a ausência de peritonite e de plastrão apendicular. A radiologia foi fundamental para a realização de diagnósticos diferenciais, sendo a Tomografia Computadorizada excelente para auxílio diagnóstico. Foi encontrado na literatura que, em casos de AA não complicada, a AT teve uma boa taxa de resolução, variando entre 80 e 90%, sem recidiva por no mínimo 12 meses após a AT. Ademais, em casos onde o paciente apresentou sinais de piora clínica, novos esquemas de antibióticos foram propostos e, nos casos de piora persistente, a apendicectomia foi realizada. Apesar dos pacientes em que a AT foi o tratamento proposto passarem mais tempo no hospital, o custo social geral foi 1,6 vezes menor do que quando comparado com a apendicectomia. Ademais, as complicações por cirurgias desnecessárias são mais prejudiciais para o paciente do que podem ser geradas pela AT. Alguns autores apontam que a antibioticoterapia deveria ser uma das etapas iniciais do algoritmo de tratamento da apendicite, sendo a apendicectomia uma das etapas finais. CONCLUSÃO: Diante do que foi apresentado no trabalho, a AT como tratamento para a AA mostrou bons resultados quando realizado em apendicites simples. Foi perceptível a importância de um maior acompanhamento do paciente, tanto no aspecto clínico quanto radiológico, para acompanhar a situação do paciente e decidir se o tratamento continuaria conservador, ou se faria a apendicectomia.Além disso, seria importante futuros estudos avaliando a inclusão da AT no algoritmo de tratamento da apendicite.

Palavras-chave: Apendicite aguda, tratamentos não cirúrgicos

ID: 38. Área: ESÔFAGO. Data: 23/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: Beatriz Rocha de Oliveira Braga; Caio Antônio Borges Girão Silva; Gabriel Magalhães Saraiva; Larissa Férrer Freire Dias; Thaís Stefany Pinho Quinderé; Rogério Cruz Saraiva. Instituições: Faculdade de Medicina, Centro Universitário Christus; Faculdade de Medicina, Universidade de Fortaleza. TÍTULO: PERFURAÇÃO ESOFÁGICA POR CORPO ESTRANHO EM PACIENTE ADULTO COM PARALISIA CEREBRAL: UM RELATO DE CASO. INTRODUÇÃO: A Paralisia Cerebral (PC) engloba um grupo de afecções permanentes do Sistema Nervoso Central sem caráter progressivo. Os indivíduos acometidos por essa afecção apresentam distúrbios da motricidade e têm maior mortalidade e menor expectativa de vida do que a população geral, visto que 87% das pessoas com PC sobrevivem até os 30 anos. Outrossim, estudos mostram que 90% dos pacientes afetados pela PC apresentam disfagia como sintoma associado. OBJETIVOS: Relatar um caso de perfuração esofágica por osso de galinha decorrente da disfagia em um paciente adulto com PC. RELATO DE CASO: Paciente masculino, 41 anos, portador de paralisia cerebral (PC), foi admitido no Instituto Doutor José Frota, no dia 24/10/2018 com queixa de engasgo durante alimentação com osso de galinha. O hemograma comprovou anemia com hemácias normocíticas e normocrômicas, leucocitose por neutrofilia e PCR elevada. A TC evidenciou um abcesso no Espaço “Danger” até o mediastino superior ao nível da carina traqueal, além da presença do corpo estranho, sendo solicitado uma endoscopia digestiva alta, a qual confirmou lesão esofagiana a nível de C5 e C6. No procedimento, houve retirada de fragmentos do osso de galinha e passagem de sonda nasogástrica. O paciente foi submetido à cervicotomia exploradora por suspeita de mediastinite, encontrando lesão esofágica de ± 2cm ao nível da cricóide, sendo observado grande quantidade de pus e odor pútrido. Foi realizado uma sutura no local e path com bordas do ECM após desinserção do mesmo, além da aposição de 2 drenos pen rose próximos à lesão e 1 no mediastino. No 4o dia foi implantado um cateter venoso central na veia subclávia D por necessidade de NPT. Paciente continua internado sob observação. DISCUSSÃO: A paralisia cerebral acomete o desenvolvimento neuromotor de acordo com o local lesionado, podendo resultar, em especial, na alteração do processo de deglutição. Esse processo necessita de uma grande eficácia do controle da motricidade para passagem do alimento sem complicações clínicas, a exemplo da obstrução do canal esofágico e aspiração de alimentos e líquidos para as vias aéreas. Essas complicações podem piorar durante a fase adulta e são sugeridas mudanças na nutrição, com o uso, por exemplo, de sondas. Em relação ao paciente do caso, a disfagia foi fator preponderante para o engasgo, resultando na perfuração esofágica, seguida das inflamações decorridas. O acesso à informação amparado pelo acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, como forma de prevenção dos distúrbios alimentares, contribui para uma ferramenta importante aos cuidados necessários em pacientes acometidos pela PC. CONCLUSÃO: Os distúrbios motores, como a disfagia, decorrentes da PC, devem ser evidenciados aos familiares como meio de prevenção visto que são dificuldades passíveis de piora na fase adulta. Por fim, ressalta-se a importância de um rápido manejo para casos similares com o intuito prolongar a sobrevida desses pacientes e evitar futuras complicações. Palavras-chave: Perfuração esofágica; Paralisia cerebral; Disfagia.

MISCELÂNEA

ID: 39. Área: MISCELÂNEA. Data: 23/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER NÃO RELATO DE CASO. Autores: Heron Kairo Sabóia Sant’Anna Lima;, Douglas Marques Ferreira de Lima; João Felipe Carvalho Rodrigues; Rodrigo Teófilo Parente Prado; Lucas Nunes Ferreira Andrade; Israel Lopes de Medeiros. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade de Fortaleza - UNIFOR. TÍTULO: OS EFEITOS DA MUSICOTERAPIA NO PÓS-OPERATÓRIO: UMA REVISÃO DA LITERATURA. INTRODUÇÃO: A musicoterapia é definida como a utilização de música, pré-gravada, por um especialista que leva em consideração aspectos individuais de cada paciente, por meio de uma avaliação inicial e uma subsequente, e o tipo de tratamento a qual ele está sujeito. Difere da medicina musical, pois essa envolve apenas o estímulo e a resposta, e pode ser aplicada por qualquer pessoa. Sabe-se que a dor é uma experiência sensitiva e emocional, sendo uma das complicações mais comuns no período pós-operatório, o que pode gerar alterações clínicas e psicológicas, como dificuldade de respirar, de dormir e de comer, perda de peso e aumento da frequência cardíaca e da ansiedade, aumentando a dificuldade do tratamento. Com base nisso, é descrito que a musicoterapia pode ajudar no manejo de algumas complicações pós-operatórias. Dessa forma, esse trabalho justifica-se a buscar na literatura os principais efeitos da musicoterapia no período pós-operatório, principalmente, em relação com à dor. OBJETIVOS: Analisar na literatura os benefícios da musicoterapia no período pós-operatório. METODOLOGIA: Trata-se uma de revisão da literatura com busca ativa de informações nas bases de dados do MEDLINE, PMC, Redalyc e SciELO. Os descritores de assunto utilizado para a busca de artigos foram: Music Therapy, Surgery, Pain perception. São critérios de inclusão: Artigos publicados nos últimos 10 anos, dos tipos descritivo e intervencionista. Os critérios de exclusão foram: Artigos de revisão, artigos que não abordarem assuntos relevantes para a discussão dos objetivos deste estudo. RESULTADOS: Os artigos estudados, possuíam metodologias semelhantes, visto que aplicavam um pré-teste e um pós-testes, tendo como intervalo a utilização da musicoterapia, avaliando variáveis como: Pressão arterial sistólica (PAS), Pressão arterial diastólica (PAD), Frequência cardíaca (FC), Frequência respiratória (FR), Saturação de Oxigênio (SatO2), Analgégicos administrados pelo paciente (AAP), os níveis de dor, ansiedade, por meio de questionários validados, e o tempo de musicoterapia aplicado, que variou de 30 a 160 minutos. Os achados foram positivos para a aplicação de tal terapia, uma vez que a maioria dos estudos mostrou diminuições, principalmente, nos parâmetros de PAS, FC, AAP, dor e ansiedade. Além disso, os resultados foram mais favoráveis, quando a musicoterapia foi aplicada em períodos maiores. A musicoterapia, também, pode estar associada ao uso normal de analgésicos, melhorando ainda mais a satisfação e bem-estar do paciente, já que as possibilidades de se evitar a dor no período pós-operatório, agora, são maiores e podem agir em conjunto. CONCLUSÃO: A revisão feita, demonstra, então, que a musicoterapia é, de fato, um método que melhora, além da experiência pessoal do período pós-operatório do paciente, aspectos como PAS, ansiedade, FC, dor, AAP, o tratamento e o prognóstico do paciente. Palavras-chave: Música; Musicoterapia; Pós-operatório; Prognóstico.

ID: 40. Área: MISCELÂNEA. Data: 23/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER NÃO RELATO DE CASO. Autores: Emerson Chaves Correia Filho; Matheus de Lucena Holanda; Heron Kairo Sabóia Sant’Anna Lima; Lucas Nunes Ferreira Andrade; Aprígio Sant’Anna Lima Neto. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade de Fortaleza - UNIFOR. TÍTULO: TERAPIA DO ESPELHO E TERAPIA DE REALIDADE VIRTUAL COMO ALTERNATIVAS NÃO FARMACOLÓGICAS PARA O TRATAMENTO DA DOR FANTASMA. INTRODUÇÃO: A amputação é caracterizada pela retirada total ou parcial de um membro e tem como objetivo criar novas perspectivas para a melhora de função da região amputada. Dentre os pacientes que são submetidos a esse procedimento, uma porção significativa destes vivenciam uma variedade de sensações no membro retirado, entre elas a dor, comumente citada como dor fantasma. A fisiopatologia do fenômeno ainda não é completamente compreendida, contudo, a teoria mais aceita é de que a tentativa do cérebro de remodelar o funcionamento nervoso do membro perdido leva à percepção de dor neste. Essa patologia é comumente tratada com a utilização de fármacos como: analgésicos, antidepressivos, anticonvulsivantes e relaxantes musculares. Tendo em vista a relevância desse tema, o presente artigo se propõe a revisar a literatura pertinente acerca dos tipos de tratamentos alternativos não farmacológicos. OBJETIVOS: Analisar a terapia do espelho e a terapia de realidade virtual como tratamentos alternativos à dor fantasma após amputação dando ênfase em sua eficácia e seu uso. METODOLOGIA: Trata-se uma de revisão da literatura que tem como a metodologia a busca ativa de informações nas bases de dados do PMC, além da biblioteca virtual SciELO. Os descritores de assunto utilizado para a busca de artigos foram:terapia de espelho; gerenciamento de dor; dor fantasma; amputação; terapia de realidade virtual. Os critérios de inclusão foram: Artigos publicados entre 2014-2018, dos tipos descritivos e intervencionista. Os critérios de exclusão foram artigos de revisão ou artigos que não abordem assuntos relevantes para serem discutidos. RESULTADOS: Entre os principais tratamentos não farmacológicos disponíveis para a dor fantasma estão a terapia do espelho e a terapia de realidade virtual. A primeira, consiste no uso do reflexo do membro intacto como ilusão para compensar a falta do membro que perdeu. Isso traz de volta parcialmente a compatibilidade entre o feedback visual e a intenção motora do membro amputado. Além disso, a técnica se mostra barata, pois necessita apenas de um espelho que possibilita visualização total do membro intacto. Ela se mostrou eficiente em estudos que acompanhavam os pacientes durante semanas, com uma avaliação decrescente da Escala Visual Analógica (VAS). Entretanto, a eficácia terapêutica desse método possui seus limites já que este só promove a experiência visual, excluindo outros sentidos como o auditivo e tátil. Foi justamente com o objetivo de preencher essas lacunas que foi criada terapia baseada em sistemas de realidade virtual, que, por meio da utilização de aparelhos digitais, cria um espaço tridimensional para o paciente interagir com o membro perdido, tornando essa interação mais realista possível. CONCLUSÃO: Portanto, diante da efetividade dos tratamentos apresentados, é imprescindível que estes sejam considerados no tratamento da dor fantasma, associados à utilização de fármacos, tornando a conduta mais abrangente e eficiente. Palavras-chave: Terapia de espelho; Dor fantasma; terapia de realidade virtual.

ID: 41. Área: MISCELÂNEA. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER NÃO RELATO DE CASO. Autores: Emanoel Lucas Pinheiro Xavier; Ianê Bastos Maia; Luana Menezes Agostinho; Myrella Messias de Albuquerque Martins; Taíse Muna Pinheiro Cordeiro; Daniel Souza Lima. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará. TÍTULO: TIPIFICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DOS ACIDENTES DE TRABALHO NO ESTADO DO CEARÁ NO PERÍODO DE 2010 A 2016. INTRODUÇÃO: Conforme dispõe o art. 19 da Lei no 8.213/9, "acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho". Nesse sentido, é relevante elaborar uma análise sobre o trabalhador cearense, buscando conhecer suas condições de trabalho e traçar uma configuração do cenário atual. OBJETIVOS: Quantificar e tipificar os acidentes de trabalho no Ceará, a fim de estabelecer padrões e informar a população em geral acerca das principais lesões e mecanismos de trauma no que tange a essas ocorrências. METODOLOGIA: Análise dos dados públicos disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e pelo Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho referentes a acidentes de trabalho no Estado do Ceará no período de 2010-2016. Esses dados foram tipificados por ano, área de atividade laboral e sexo. RESULTADOS: Segundo dados do DataSUS e Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho, verificou-se que no Ceará no período de 2010 a 2016 houve 61532 acidentes de trabalho, sendo 8147 em 2010, 8229 em 2011, 8423 em 2012, 8929 em 2013, 9346 em 2014, 9032 em 2015, 9426 em 2016. Nota –se um crescimento no número de acidentes no período supracitado. Na análise das áreas de trabalho em que ocorrem os acidentes, observam-se maiores números em preparação de couros e fabricação de artefatos (6492 – 10,5%), atividades de atenção à saúde humana (6381 – 10,3%), comércio varejista (4462 – 7,25%), construção de edifícios (3463 – 5,62%), fabricação de produtos alimentícios (3457 – 5,61%), obras de infraestrutura (2366 – 3,84%) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (2122 – 3,44%). Em relação aos principais acometimentos nos trabalhadores por agrupamento do CID, temos os traumatismos osteoarticulares ocupando posição de destaque com 44746 (72,7 %) ocorrências, seguidos de queimaduras com 1325 (2,15 %) acidentes, transtornos dos tecidos moles com 1091 (1,77 %), transtornos psiquiátricos com 942 (1,53 %) eventos e doenças transmissíveis com 889 (1,44 %) ocorrências. CONCLUSÃO: O perfil do cearense vítima de acidente de trabalho, no período de 2010-2016, é de um homem que desempenha trabalhos mais manuais e, assim, com maior probabilidade de se tornar incapacitado por lesões. Destaca-se como possíveis agentes causadores importantes de acidentes de trabalho o uso de máquinas e de equipamentos por empregados sem o devido treinamento e, muitas vezes, sem o uso dos equipamentos de segurança adequados. Assim, o aumento, no período analisado, dos casos de acidentes de trabalho no Ceará evidencia a necessidade do combate a essa situação e da melhoria da saúde e da segurança do trabalhador, além de análises acerca de questões epidemiológicas sobre acidentes de trabalho no Estado. Palavras-chave: acidentes de trabalho; Ceará; lesões; mecanismos de trauma.

ID: 42. Área: MISCELÂNEA. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER NÃO RELATO DE CASO. Autores: Sandrirla da Silva Sousa; Yan Bruno Colares Botêlho; Ana Cecília Soares Brigido; Taíse Muna Pinheiro Cordeiro; Amanda Marques Santos; Letícia Costa Vasconcelos; Daniel Souza Lima. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará. TÍTULO: ANÁLISE COMPARATIVA DE HOMICÍDIOS NO ESTADO DO CEARÁ E NO BRASIL EM 2017. INTRODUÇÃO: O debate sobre violência é assunto sempre presente em diferentes âmbitos de discussão no país. No Ceará, o aumento de 16,4% no número de homicídios entre os anos de 2014 e 2017, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) realizado em 2018, reflete a ampliação dos gastos com segurança pública e a persistência do sentimento de vulnerabilidade. Associado a isso, Fortaleza é considerada uma das capitais mais desiguais socioeconomicamente do país, evidenciando a causa multifatorial da criminalidade. OBJETIVOS: Esse trabalho visa a produzir conhecimento e a ponderar algumas causas acerca dos homicídios ocorridos no estado do Ceará e no Brasil no período supracitado, por meio da comparação dos dados encontrados e da constatação do perfil das ocorrências de cada local. METODOLOGIA: Foram coletados dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2018, realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, acerca dos homicídios ocorridos entre 2014 e 2017 no Ceará e no Brasil. RESULTADOS: Em 2017, o número de mortes violentas intencionais (MVI) notificadas no estado do Ceará foi equivalente a 5.332, sendo 94,5% homicídios dolosos e 1,5% latrocínios. Além disso, 0,47% dessas foram vitimizações policiais, ou seja, morte de policiais, e 3% letalidades policiais, mortes decorrentes de intervenções policiais. Já usando dados nacionais, tem-se um total de 63.880 MVIs, 87,5% homicídios dolosos, 3,85% latrocínios, 0,57% vitimizações policiais e 8% letalidades policiais. Analisando os dados, percebe-se que os homicídios no estado do Ceará correspondem a 8,34% do total brasileiro, apesar do estado conter apenas 4,28% da população total. Comparando com os dados de outros estados, o Ceará ocupa o lugar de 3° estado mais violento, perdendo apenas para Rio Grande do Norte e Acre. CONCLUSÃO: Em 2017, a maioria das mortes violentas intencionais no Ceará ocorreram por homicídio doloso. Pequena parte dessas mortes tiveram como vítimas policiais, e uma parte pouco maior das letalidades foi causada por esses profissionais da segurança pública. Tal cenário, segundo alguns estudos, pode estar diretamente relacionado à grande desigualdade social presente no estado do Ceará e à falta de preparo policial adequado. Em comparação com os dados nacionais, o número de homicídios no Ceará é elevado para o tamanho da população desse estado, fato que o torna o terceiro mais violento do País. Palavras-chave: Homicídios; Violência; Segurança pública; Letalidades policiais.

ID: 43. Área: MISCELÂNEA. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER NÃO RELATO DE CASO. Autores: Yan Bruno Colares Botêlho; Ana Victoria Alves de Oliveira; Ianê Bastos Maia; Sandrirla da Silva Sousa; Myrella Messias de Albuquerque Martins; Jonathan Barros Cavalcante; Heladio Feitosa de Castro Filho. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará. TÍTULO: ENSINO DE REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR EM SHOPPING DE FORTALEZA: RELATO DE EXPERIÊNCIA. INTRODUÇÃO: O ensino do Suporte Básico de Vida para leigos é fundamental para o atendimento precoce em emergências, pois previne sequelas mais graves e se configura como um mecanismo para salvar vidas. Como as doenças cardiovasculares são relevantes causas de morte no Brasil e no mundo, o Dia Nacional da Reanimação Cardiopulmonar se estabelece como um evento de grande porte para capacitação da sociedade leiga no que tange à abordagem de um paciente em Parada Cardiorrespiratória (PCR). Nesse âmbito, essa ação foi desenvolvida pela Liga de Trauma – CE, sendo um momento gratificante para todos os membros e oportunizando um aprendizado bilateral. OBJETIVOS: Disseminar o conhecimento teórico-prático sobre Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) a fim de contribuir para a diminuição da taxa de mortalidade e morbidade relativa à PCR Extra-hospitalar. METODOLOGIA: A ação, realizada em um Shopping de Fortaleza, foi dividida em 3 estações, em esquema de rodízio, sendo a primeira acerca do reconhecimento de uma parada cardiorrespiratória (PCR) e acionamento do serviço de emergência, seguida de uma estação prática da manobra de reanimação, onde o público teve a oportunidade de realizar a manobra em bonecos fornecidos pela liga, e, por fim, uma estação sobre o uso adequado do desfibrilador portátil (DEA) e de conscientização acerca da importância do seu uso e da sua disponibilização em locais públicos. RESULTADOS: Durante suas 4 horas de duração, o evento conseguiu capacitar 50 transeuntes entre crianças, jovens e adultos sobre RCP, assunto no qual a maioria eram leigos. Durante as estações, foi perceptível a importância do evento para o esclarecimento do tema, pois, apesar de grande parte dos capacitados saberem identificar uma parada cardiorrespiratória, poucos sabiam como acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) com eficiência. Além disso, como a maioria nunca havia participado de capacitações práticas sobre o assunto, não sabiam como realizar uma RCP de qualidade. Acerca do uso de Desfibrilador Externo Automático (DEA), percebeu-se que a população leiga em geral desconhece a existência do equipamento e muitos dos que conhecem não sabem onde encontrá-lo. Dessa forma, foi possível a propagação de informações e o esclarecimento de dúvidas acerca do tema. CONCLUSÃO: Essa vivência proporcionou uma experiência engrandecedora, tendo em vista a aproximação com a população leiga no que diz respeito à educação em saúde. Foi possível constatar, nesse contexto, o interesse dos transeuntes acerca das manobras de ressuscitação cardiopulmonar. Assim, essa ação e seus resultados suscitam a possibilidade da existência de outros espaços públicos passíveis de intervenções dessa natureza. Alguns desafios, contudo, foram encontradas, a exemplo do espaço limitado para a atividade e da pouca visibilidade do local destinado para tal. Felizmente, essas dificuldades não impediram o sucesso do projeto e o aprimoramento do processo de ensinar-aprender durante o evento. Palavras-chave: Parada Cardiorrespiratória; Ressuscitação Cardiopulmonar; extensão; ensino.

ID: 44. Área: MISCELÂNEA. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER NÃO RELATO DE CASO. Autores: Ricardo Sammuel Moura Lima; Ana Victoria Alves de Oliveira; Yan Bruno Colares Botêlho; Ana Cecília Soares Brigido; Rafael Mota Ferreira; Maria Vitória de Araújo Bezerra; Heládio Feitosa de Castro Filho. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará. TÍTULO: DISSEMINAÇÃO DO CONHECIMENTO ACERCA DE TRAUMA E EMERGÊNCIA PARA ESTUDANTES DE MEDICINA ATRAVÉS DE CURSO TEÓRICO-PRÁTICO DE 40 HORAS: UM RELATO DA EXPERIÊNCIA. INTRODUÇÃO: No mundo, mais de 9 pessoas morrem por minuto por ferimentos ou violência, e 5.8 milhões de pessoas de todas as idades e grupos econômicos morrem todo dia por violência e ferimentos não intencionais. Nesse contexto, a Liga de Trauma da Universidade Federal do Ceará, desde 1999, promove Programa de Treinamento Acadêmico em Suporte de Vida no Trauma (PTA-SVT), curso teórico-prático que tem como público-alvo alunos da graduação de Medicina, especialmente no período do ciclo clínico e do internato. Assim, tivemos a oportunidade e a grande responsabilidade de organizar a 22° edição do curso, ocorrida entre 13 de agosto e 1 de setembro de 2018. OBJETIVOS: Relatar experiência de um curso com o fito de disseminar o conhecimento teórico e prático sobre Trauma e Emergência para alunos de Medicina. METODOLOGIA: O curso teve uma carga horária total de 40 horas, sendo 16 aulas teóricas, cada uma com duração de 2 horas, e 8 práticas, com duração de 1 hora cada. As aulas teóricas foram ministradas por profissionais convidados, cada um com notória experiência no respectivo assunto, tendo como temas: Atendimento inicial, vias aéreas, anestesiologia, monitorização, choque, radiologia, cirurgia vascular, princípios de ouro, parada cardiorrespiratória, pacientes especiais e traumas crânio-encefálico, cervical, abdominal, pélvico, torácico, raquimedular e pediátrico. As aulas práticas foram ministradas pelos membros da Liga de Trauma, após capacitações internas sobre cada modalidade, sendo divididas em: Imobilização, acessos periférico e intraósseo, cricotireoidostomia e intubação orotraqueal, controle de hemorragia, reanimação cardiopulmonar, atendimento inicial, drenagem torácica e retirada rápida de veículo. RESULTADOS: O curso abrangeu 91 acadêmicos de medicina, obtendo uma média de 90% de presença, o que demonstra a adesão dos participantes. Durante as aulas teóricas, os alunos interagiram ativamente por meio de perguntas ou de simulações realísticas, as quais foram propostas com o fito de facilitar o aprendizado e de estimular a participação. Ademais, as aulas práticas foram aplicadas para grupos contendo no máximo 10 alunos por vez, a fim de que todos tivessem a oportunidade de treinar nos modelos, possibilitando maior interação com os monitores e consolidação do conhecimento. Com isso, o curso proporcionou aos participantes uma experiência com temas relevantes para o exercício da profissão, os quais muitas vezes são vistos de forma superficial durante a graduação, capacitando-os de forma eficaz. CONCLUSÃO: Assim, mostra-se inquestionável a importância e a necessidade da disseminação de conteúdos tão relevantes ao ensino médico acadêmico, pois tais temas vistos tardiamente podem prejudicar ou diminuir a compreensão e a realização do suporte básico e avançado de vida quando necessário. Assim, a procura elevada e presença relevante dos inscritos demonstra a importância da continuidade desse curso para promover uma formação prática e diversificada. Palavras-chave: Ensino; Cirurgia; Trauma; Emergência; Medicina.

ESTÔMAGO E INTESTINO DELGADO

ID: 45. Área: ESTÔMAGO E INTESTINO DELGADO. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: SOUZA, J.; RODRIGUES, G.; OLIVEIRA, I.; FARIAS, L.; NETO, O.; BORGES, G. MACHADO, I. Instituições: Faculdade de Medicina, Centro Universitário Christus. TÍTULO: COMPLICAÇÃO DE ÚLCERA PÉPTICA: UM RELATO DE CASO. INTRODUÇÃO: A úlcera péptica consiste em uma lesão no estômago ou duodeno causada por desequilíbrio nos fatores agressores e protetores da mucosa. O uso crônico de AINES, infecção por H. pylori, tabagismo e alcoolismo são condições que predispoem à doença ulcerosa. A perfuração da úlcera é umas das complicações mais temidas, sendo que a frequência de perfurações agudas em pacientes hospitalizados por úlcera péptica varia de 2% a 25%. Além disso, é mais comum no sexo masculino e em indivíduos entre 25 e 50 anos. OBJETIVOS: Relatar um caso de perfuração aguda de úlcera péptica. RELATO DE CASO: F.H.S, masculino, 38 anos compareceu no dia 09/10 ao pronto socorro apresentando dor súbita e intensa em FID. À palpação, tinha dor à descompressão brusca e abdome em tábua. Foi levado ao centro cirúrgico devido à forte suspeita de abdome agudo perfurativo. Os achados da laparatomia exploratória foram volumosa quantidade de líquido citrino em cavidade, presença de fibrina e úlcera perfurada em parede anterior do estômago, próximo à grande curvatura. Realizou-se exérese da lesão ulcerosa com margens de segurança, gastrorrafia e teste com azul de metileno, sendo o mesmo negativo.Também foram realizados aposição de patch com omento em vagotomia troncular. Paciente seguiu aceitando bem a dieta no pós- operatório. No dia 18/10 apresentou dispnéia, sendo solicitada uma radiografia de tórax que evidenciou uma áera de consolidação. Então, realizou-se uma Tomografia computadorizada no dia 20/10 que mostrou extenso derrame pleural bilateral, ascite e pneumoperitôneo. Devido às características do derrame e exames laboratorias mostrando albumina em baixos níveis (2,7mg/dL), foi atribuído à desnutrição como causa do derrame. Após a administração de dieta hiperproteica, o paciente seguiu com melhora da dispnéia, mantendo- se estável. DISCUSSÃO: A perfuração aguda ocorre mais frequentemente em úlceras da parede anterior do duodeno ou do estômago. No momento da perfuração ocorre uma dor súbita e explosiva em todo o abdome e posteriormente pode se localizar no QID, onde o conteúdo intestinal se acumula. Um dos sinais que ajudam no diagnóstico diferencial é a presença de pneumoperitôneo, particularmente no espaço subfrênico, evidenciado na radiografia simples de tórax em otostase. Nesses casos a intervenção cirúrgica é mandatória, sendo melhor o prognóstico quando realizada nas primeiras 6 horas após a perfuração. Em pacientes jovens com bom estado geral a abordagem de escolha é a ressecção gástrica subtotal. Porém, em pacientes com estado geral ruim, idosos ou com mais de 6 horas de evolução, a simples rafia da perfuração pode ser realizada. Postergando a cirurgia mais definitiva, se necessário, até que o paciente possa estar em uma condição mais favorável. CONCLUSÃO: Diante de um paciente com quadro de dor abdominal subida e intensa e peritonite devemos estar atento ao diagnóstico diferencial e tratar o mais precoce possível, melhorando o prognóstico do doente. Palavras-chave: úlcera péptica; complicação; abdome agudo perfurativo.

ID: 46. Área: ESTÔMAGO E INTESTINO DELGADO. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: Lorena Alves Brito; Leonardo Marinho; Ivelise Regina Canito Brasil; Karmelita Emanuelle Nogueira Torres Antoniollo; Nubyhélia Maria Negreiro de Carvalho; Laura Pinho Schwermann; José Eudes Bastos Pinho. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade Estadual do Ceará. TÍTULO: ADENOCARCINOMA ESTENOSANTE DE JUNÇÃO DUODENO-JEJUNAL: RELATO DE CASO. INTRODUÇÃO: As neoplasias malignas de intestino delgado são excepcionalmente raras e constituem cerca de 2 a 3% das neoplasias gastrointestinais. O adenocarcinoma é um dos tipos mais prevalentes de lesão neoplásica intestinal (33%). Essa malignidade afeta principalmente o duodeno, localizando-se frequentemente na sua segunda porção. Este caso, no entanto, descreve um achado raro de adenocarcinoma estenosante localizado na 4a porção duodenal – junção duodeno-jejunal. OBJETIVOS: Relatar um caso raro de câncer gastrointestinal: adenocarcinoma estenosante de junção duodeno-jejuno. RELATO DE CASO: V.M.F, feminino, 54 anos, iniciou quadro de vômitos pós-prandiais, evoluindo com hiporexia e anorexia com mudança no padrão dos vômitos (biliosos), constipação, perda ponderal de 24 kg em 2 meses, e parestesia em membros inferiores. Paciente foi internada com oligúria, síncope e adinamia, sendo liberada com encaminhamento para psiquiatria, com suspeita de transtorno somatoforme. Após 1 mês, iniciou-se investigação diagnóstica, por evidência de alteração à nível do intestino delgado, com possibilidade de semioclusão do TGI, em enterografia TC, que evidenciou lesão captante de constraste, ocluindo a quarta porção duodenal. Paciente foi submetida à enterectomia segmentar com anastomose duodeno-jejunal, com diagnóstico de neoplasia de comportamento incerto ou desconhecido do intestino delgado. O anatomopatológico e imunohistoquímico evidenciaram tumor de 3,0x2,5 cm, do tipo histológico adenocarcinoma bem diferenciado. DISCUSSÃO: O sintoma mais comum nos tumores de intestino delgado é a dor abdominal em cólica, que não foi referida pela paciente, apresentando predominantemente vômitos biliosos, que se manifestam em 17 a 64 % dos casos. A perda ponderal ocorre em 44% dos pacientes, chamando atenção para uma possível malignidade. Além disso, os adenocarcinomas são mais encontrados nas porções iniciais do duodeno devido ao metabolismo ou diluição de carcinogênicos ingeridos, bem como à maior interação com as secreções pancreaticobiliares, que são relacionadas a neoplasias. O tratamento realizado dispensou a pancreatoduodenotomia devido à localização do tumor - obrigatório nas 1a e 2a porções do duodeno acometidas. A enterectomia segmentar é o melhor tratamento quando a 3a e 4a porções são envolvidas. CONCLUSÃO: O adenocarcinoma representa um desafio devido à raridade das lesões e aos sintomas não específicos, resultando em atraso do diagnóstico e piores resultados no tratamento. Enfatiza-se também a necessidade de investigação por outras localizações menos frequente da doença. Palavras-chave: Adenocarcinoma de Duodeno; Neoplasia de Intestino Delgado; Tratamento Cirúrgico.

ID: 47. Área: ESTÔMAGO E INTESTINO DELGADO. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: CANUTO, Ilana F. P.; PARENTE, Adreza D. de S.; ALVES, Brenda E. M.; AGUIAR, Marina V. C.; SILVA, Renata G. C.; LIMA, Ramon R. B. M. de. Instituições: Faculdade de Medicina, Centro Universitário Christus. TÍTULO: OBSTRUÇÃO GÁSTRICA: OBSTÁCULOS NO SEU DIAGNÓSTICO - RELATO DE CASO. INTRODUÇÃO: Entidades clínicas que podem resultar em obstrução da saída gástrica geralmente são categorizadas em dois grupos bem definidos de causas: benignas e malignas. No passado, quando a doença ulcerosa péptica era mais prevalente, as causas benignas eram as mais comuns; no entanto, uma revisão mostrou que apenas 37% dos pacientes têm doença benigna e os demais pacientes têm obstrução secundária à malignidade. OBJETIVOS: Relatar a dificuldade diagnóstica na etiologia de uma obstrução gástrica e a surpresa com o que fora encontrado. RELATO DE CASO: Paciente masculino, 70 anos, chega ao serviço de saúde no dia 21 de dezembro de 2017 com queixa de vômitos pós-prandiais com restos alimentares, associados à plenitude gástrica e pirose, sem perda de peso e diarreia, há 5 dias. No exame físico, encontrava-se com estado geral bom, desidratado (++/4+) e com abdome globoso e doloroso à palpação profunda em epigástrio, sem irritação peritoneal e visceromegalias. De história pregressa, apresentava hipertensão e história de tumor renal de células claras com nefrectomia à direita há 30 anos. Para investigação diagnóstica, foi utilizada uma sonda nasogástrica, que aspirou volumosa quantidade de líquido, e uma TC sem contraste a qual evidenciou dilatação pilórica difusa sem resido gástrico. Adiante, fez-se uma endoscopia digestiva alta, que apresentou apenas uma estenose pilórica inespecífica. Diante disso, realizou-se uma TC com contraste que indicou a mesma estenose já apresentada, ilustrada na foto 1. Por fim, conduziu-se o caso cirurgicamente por uma obstrução pilórica a esclarecer que ocorreu no dia 03 de janeiro de 2018 – fazendo-se uma gastrostomia com exploração direta da área, sendo encontrada a causa da obstrução: um corpo estranho (pedaço plástico – foto 2) – sendo retirado e realizada gastroenteroanastomose a Billroth II. DISCUSSÃO: Muitas vezes, o diagnóstico de uma patologia encontra diversos obstáculos na sua execução, como clínicas semelhantes ou exames inconclusivos – fato visto no relato do paciente acima. Diante do caso apresentado, surgem várias hipóteses diagnósticas, entre as mais comuns estão: neoplasia (CA pancreático, carcinoma antral, etc), cicatriz de úlcera péptica e pólipos gástricos. Além desses, não podemos esquecer patologias como a estenose pilórica idiopática, benzoars e, como visto, corpo estranho, que são casos mais raros e específicos, mas que não podem ter seu diagnóstico negligenciado. Acerca da obstrução por corpo estranho em adultos, quando ocorre, é em pacientes com baixo intelecto ou em alcóolatras e tem necessidade de intervenção endoscópica ou cirúrgica em 20% dos casos. CONCLUSÃO: Conclui-se assim a importância de uma boa investigação diagnóstica para a elucidação de casos como esse, em que a clínica do paciente nos induz a hipóteses mais comuns mas, por fim, nos deparamos com achados surpresa, como esse corpo estranho, sendo a real causa da estenose pilórica do paciente. Palavras-chave: Obstrução pilórica; diagnóstico; obstrução da saída gástrica; benzoars.

VIAS BILIARES E PÂNCREAS

ID: 48. Área: VIAS BILIARES E PÂNCREAS. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: Lívia Barreto de Araújo Galvão; Ana Beatriz de Souza Moura; Ana Vitória Gabriel Diógenes; Arthur Antunes Coimbra Pinheiro Pacífico; Beatriz Hyppolito da Justa; Marina Isidório Macêdo; José Antônio Carlos Otaviano David Morano. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade de Fortaleza - UNIFOR. TÍTULO: COLANGITE POR ENDOCARDITE INFECCIOSA EM PACIENTE ALBINO: RELATO DE CASO. INTRODUÇÃO: A fisiopatologia da colangite consiste na obstrução do ducto biliar principal, seguida de contaminação bacteriana por refluxo ou bacteremia. Endocardite bacteriana é uma das causas de bacteremia com possível colangite. OBJETIVOS: Relatar caso de paciente albino com colangite associada a endocardite infecciosa. RELATO DE CASO: Paciente do sexo masculino, albino, 52 anos, tabagista desde os 18 anos, deu entrada em hospital público de Fortaleza-CE. DISCUSSÃO: paciente na admissão apresentava icterícia (4+/4) de início súbito, dor no hipocôndrio direito, colúria, acolia fecal, hiporexia, náuseas e vômitos pós-prandiais. Ao exame, evidenciaram-se ruídos hidroaéreos reduzidos, abdome tenso, traube ocupado, fígado palpável em hipocôndrio direito à 5 cm do rebordo costal, indolor. A ultrassonografia de abdome mostrou esplenomegalia e hepatocolédoco aumentado. TC de abdome revelou presença de calcificações na vesícula biliar e aumento nas dimensões do fígado. TC de tórax evidenciou área cardíaca levemente aumentada. Exames laboratoriais atestaram Hb 7,4; leucócitos de 9.400; plaquetas de 130.000; fosfatase alcalina 310; gama-GT 175; BT 20,59; BD 13,33. A colangiopancreatografia por RM mostrou ductos hepáticos sem dilatações, hepático comum e colédoco com trajetos normais, vesícula biliar semi repleta, ducto pancreático com calibre normal, sem falhas de enchimento no interior das vias biliares. Realizou-se ecocardiograma, no qual foi diagnósticada endocardite de válvula. CONCLUSÃO: A endocardite infecciosa é uma doença grave associada à morbidade e mortalidade, podendo causar uma variedade de complicações, sendo uma delas a colangite. O quadro ictérico do paciente aqui relatado tornou-se mais evidente devido ao seu albinismo. Nesse contexto, a hemocultura e a obtenção da ecocardiografia são importantes etapas para o diagnóstico final. Dessa maneira, faz-se necessária uma estreita cooperação entre infectologistas, cardiologistas e cirurgiões cardiotorácicos. Palavras-chave: pancreatite; vesícula biliar; endocardite.

ID: 49. Área: VIAS BILIARES E PÂNCREAS. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: Olavo Napoleão de Araújo Neto; Gleydson César de Oliveira Borges; Ivens Filizola Soares Machado; Lisa Maressa Monteiro Farias; Jamile Lucena da Silva; Angela Gabriele Gomes Lira; Jullyana Bezerra Souza. Instituições: Faculdade de Medicina, Centro Universitário Christus. TÍTULO: RELATO DE CASO: NEOPLASIA DE PÂNCREAS AVANÇADA. INTRODUÇÃO: O tipo de tumor pancreático mais comum é o adenocarcinoma pancreático, o qual se origina no tecido glandular, correspondendo a 90% de todos os casos de neoplasia pancreática. Geralmente, esse tipo de tumor acomete a cabeça do órgão, podendo afetar também, o corpo e a cauda. Devido a sua difícil detecção, esse tipo de neoplasia ainda possui uma alta mortalidade no Brasil, sendo responsável por 2% de todos os tipos de neoplasias e 4% do total de mortes por câncer. OBJETIVOS: Discorrer acerca de um caso de neoplasia pancreática e o seu tratamento cirúrgico. RELATO DE CASO: Paciente masculino, 54 anos, admitido no Instituto Doutor José Frota no dia 13/08/2018, com queixas de empachamento, constipação, astenia, epigastralgia com irradiação para o dorso e vômitos pós-prandiais desde o final de maio de 2018. Além disso, apresentou perda ponderal importante de 10kg (63-53kg), desde o início da sintomatologia apresentada. Realizou-se uma tomografia computadorizada de abdome no dia 07/08/2018, a qual evidenciou fígado com múltiplas lesões hipodensas, pâncreas com formação expansiva heterogênea localizada na cauda pancreática, com áreas hipodensas centrais, as quais eram compatíveis com necrose, havendo íntimo contato com estruturas vasculares do hilo esplênico e anteriormente com alças duodenais, considerando-se a possibilidade de lesão neoplásica. Foi realizada uma laparotomia exploradora no dia 16/08, com os seguintes achados: Pequena quantidade de líquido ascítico, tumoração em terço distal de pâncreas, com invasão de estômago e duodeno, com acentuada gastrectasia, além de implantes hepáticos em segmentos II, III e V e implantes peritoneais. Realizou-se uma Gastroenteroanastomose látero-lateral em 2 planos, ressecção de implante em segmento II hepático e de 1 implante peritoneal. DISCUSSÃO: Paciente evoluiu clínica e hemodinamicante estável, encontrando-se apto para alta hospitalar 7 dias após a realização do procedimento cirúrgico. CONCLUSÃO: A neoplasia pancreática, apesar de possuir, muitas vezes, uma taxa alta de mortalidade, o que se deve bastante à localização retroperitoneal do órgão, o que dificulta a detecção precoce de tumores e sua terapêutica precoce, quando descoberto em suas fases iniciais e indicado a terapia adequada, a qual, na grande maioria dos casos, é a cirurgia com ressecção do tumor, a chance de cura aumenta consideravelmente. Palavras-chave: Neoplasia; pancreática; ressecção.

ID: 50. Área: VIAS BILIARES E PÂNCREAS. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: Laura Pinho-Schwermann; Leonardo Marinho; Lorena Alves Brito; Ivelise Regina Canito Brasil; Nubyhélia Maria Negreiro de Carvalho; José Eudes Bastos Pinho. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade Estadual do Ceará. TÍTULO: RETOCOLITE ULCERATIVA GRAVE ASSOCIADA À CIRROSE HEPÁTICA POR COLANGITE ESCLEROSANTE PRIMÁRIA: RELATO DE CASO INTRODUÇÃO: A retocolite ulcerativa consiste na Doença Inflamatória Intestinal (DII) de maior prevalência com caráter preponderantemente idiopático. Está intimamente associada à colangite esclerosante primária, rara doença de acometimento hepático e biliar que acompanha em 5% os casos de RCU. Pacientes com CEP evoluem com inflamações e fibrose, resultando lentamente em cirrose hepática e necessitando, em situações de agravamento, transplante de fígado. OBJETIVOS: Relatar caso de paciente com retocolite ulcerativa associada à colangite esclerosante primária acompanhada de cirrose hepática. RELATO DE CASO: M.M.S, feminino, 31 anos, com história inicial de quadro de poliartralgia há 27 anos com sinais flogísticos e síndrome diarreica que evoluiu com hematoquezia, sendo diagnosticada com retocolite ulcerativa idiopática. Aos sequenciais sinais clínicos de icterícia e às sorologias virais negativas, foi evidenciada colangite esclerosante primária com posterior associação à hipertensão portal acompanhada de esplenomegalia. Aos 28 anos de idade, após colonoscopia, foi evidenciada região nodular em região proximal e íleo terminal com edema, identificando-se, há dois anos, pancolite intensa e ileíte por refluxo colônico com evolução de pólipos e pseudopólipos com displasia de alto grau. Paciente foi submetida em 2017 à proctocolectomia total e de ileostomia terminal com excelente evolução clínica com ganho de peso e melhora da qualidade de vida. No pós-operatório, mostrou agravamento de função hepática com observação de varizes esofágicas. Ultrassonografia de abdome realizada no atual ano evidenciou hepatopatia crônica com diagnóstico de cirrose hepática. Atualmente, paciente está aguardando transplante hepático no serviço do Hospital Geral de Fortaleza. DISCUSSÃO: Paciente foi diagnosticada com retocolite ulcerativa crônica após colonoscopia, evoluindo com grave colangite esclerosante primária identificada ao exame de colangioressonância. Devido à observação de pancolite intensa com pólipos e pseudopólipos com localização difusa, realizou-se proctocolectomia total e ileostomia. A biópsia da peça cirúrgica mostrou lesão polipoide cecal e os cortes histológicos indicaram elevado grau de displasia. O quadro de hipertensão portal se confirmou após endoscopia digestiva alta, sendo diagnosticada hepatopatia crônica e cirrose hepática pelo exame de ultrassonografia abdominal. O tratamento definitivo para a significativa cronicidade da doença demanda transplante hepático. Paciente ainda aguarda doador de fígado. CONCLUSÃO: A retocolite ulcerativa grave com desenvolvimento de colangite esclerosante primária juntamente à disfunção hepática crônica é um acometimento raro e representa um desafio devido à dependência de transplante hepático com sobrevida em torno de 85%. Ressalta-se que a demora dos diagnósticos influi no agravamento da doença e na qualidade de vida da paciente. Palavras-chave: Retocolite ulcerativa; Colangite esclerosante primária; Cirrose hepática.

ID: 51. Área: VIAS BILIARES E PÂNCREAS. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: Leonardo Marinho; Lorena Alves Brito; Antonio Davi Pinto Marinho; Rafael Ximenes Oliveira; Nubyhélia Maria Negreiro de Carvalho; Laura Pinho Schwermann; José Eudes Bastos Pinho. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade Estadual do Ceará. TÍTULO: CISTOADENOMA MUCINOSO BORDELINE DE PÂNCREAS GIGANTE EM PACIENTE OLIGOSSINTOMÁTICA – RELATO DE CASO. INTRODUÇÃO: Nas últimas décadas com o aumento na qualidade e disponibilidade dos exames de imagem, as neoplasias císticas pancreáticas frequentemente tem sido diagnósticas. A prevalência de detecção incidental nos exames de imagem é torno de 10%. 70% das lesões são benignas e um potencial risco de malignização varia de acordo com o tipo de lesão. O Cistoadenoma Mucinoso, um dos tipos de lesões císticas pancreáticas, é uma lesão sem comunicação com o sistema ductal, ocorre predominantemente em mulheres e se localizam em corpo e cauda pancreática. OBJETIVOS: Relato de caso de Cistoadenoma Mucinoso de Pâncreas Gigante em paciente oligossintomática. RELATO DE CASO: R.F.S. relatava quadro de dor epigástrica há 9 meses e surgimento de massa abdominal em região epigástrica/flanco; referia episódios esporádicos de náuseas e vômitos. No início da investigação realizou ultrassonografia evidenciado imagem na do cauda do pâncreas, medindo 13 x 11cm podendo representa cistooadenoma de pâncreas. Nessa mesma época, tomografia mostrava formação cística hipodensa adjacente a cauda do pâncreas de 122 x 122mm. Em agosto desse ano realizou EcoEndoscopia sendo esta sugestiva de pseudocisto. Porém, na história clínica não havia dados que sugerissem pancreatite prévia e a dosagem do marcador do CA 19-9 estava aumentada em 10x. Nova imagem de tomografia obtida foi sugestiva de neoplasia cística mucinosa com cerca de 1300 cm3 de volume. DISCUSSÃO: Em vista do quadro clínica negativo para pancreatite aguda prévia, bem como imagem tomográfica sugestiva de neoplasia, além do CA19.9 aumentado, optou-se pelo tratamento cirúrgico. Realizou-se pancreatectomia distal. A paciente evoluiu estável no pós operatório, recebendo alta em boas condições. Os achados histológicos documentaram o diagnóstico Cistoadenoma Mucinoso Bordeline do Pâncreas, sem áreas invasivas ou desmoplasia, com presença de epitélio mucoprodutor típico em sua maior parte, porém com pesudoestratificações e pseudopapilas configurando uma estrutura mais complexa que um cistoadenoma simples; daí a denominação de bordeline. CONCLUSÃO: Mesmo diante dos avanços tecnológicos o diagnóstico das Lesões Císticas do Pâncreas pode permanecer um desafio em certas situações, principalmente, quando os exames são conflitantes. Além da necessária evolução tecnológica para obter fragmentos das lesões, com total segurança, cabe ao médico sempre valorizar e reunir os dados da história clínica e, dessa forma, oferecer o melhor tratamento, seja evitando cirurgias desnecessárias, seja indicando-as, inclusive, em casos de dúvida diagnóstica. Palavras-chave: Lesões Císticas do Pâncreas; Cistoadenoma Mucinoso; Tratamento Cirúrgico.

FÍGADO

ID: 52. Área: FÍGADO. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: Afrânio Almeida Barroso Filho; Ivna Leite Reis; Lorena Alves Brito; Karmelita Emanuelle Nogueira Torres Antoniollo; Ivelise Regina Canito Brasil. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade Estadual do Ceará. TÍTULO: TRANSPLANTE HEPÁTICO SEM HEMOTRANSFUSÃO EM PACIENTE TESTEMUNHA DE JEOVÁ: UM RELATO DE CASO. INTRODUÇÃO: O transplante de fígado, que consiste na substituição de um fígado doente por aloenxerto de um fígado saudável, é o tratamento de escolha para pacientes com doença hepática em estágio terminal. Apesar de uma redução da probabilidade de sangramento e das taxas de hemotrasfusão nas últimas décadas, uma proporção significativa de pacientes submetidos a esse procedimento ainda necessita da transfusão de hemoderivados. Nesse contexto, o transplante hepático em Testemunhas de Jeová representa um grande desafio para os cirurgiões, uma vez que os adeptos dessa religião recusam a transfusão de sangue ou de seus componentes primários. OBJETIVOS: Relatar o caso de um paciente adepto da religião Testemunha de Jeová que foi submetido a um transplante hepático sem hemotransfusão. RELATO DE CASO: Paciente J.M, 45 anos, sexo masculino, Testemunha de Jeová, hipertenso, diabético e portador de doença celíaca foi diagnosticado com cirrose hepática criptogênica em 2012, sob suspeita de esteato-hepatite não alcoólica (NASH). Desenvolveu como complicações: esclerose hepatoportal (EHP), episódios de hemorragia digestiva alta (HDA) e crises recorrentes de encefalopatia hepática. Apresentava escore MELD = 16. No dia 09/11/2018 foi submetido a um transplante hepático no Hospital Geral de Fortaleza. Durante o procedimento foi utilizada a “técnica piggyback”; não houve sangramento importante; não foi necessário hemotransfusão. A recuperação pós-operatória ocorreu sem intercorrências e o paciente evoluiu orientado e sem queixas relevantes. DISCUSSÃO: Em procedimentos cirúrgicos de grande porte envolvendo o fígado, como o transplante hepático, é quase inevitável a ocorrência de sangramentos. Assim, a exigência de bancos de sangue nessas operações permanece alta. Esse risco de sangramentos depende de fatores pré e intraoperatórios, como: gravidade da doença (escore MELD), distúrbios de coagulação, técnica adotada pelo cirurgião e duração do procedimento. Dessa forma, o transplante hepático em paciente Testemunha de Jeová é uma operação extremamente desafiadora, já que sua concepção religiosa os impede de aceitar transfusões sanguíneas. Felizmente, o refinamento das técnicas cirúrgicas e anestésicas tem minimizado a necessidade de transfusão. A técnica Piggyback representa um avanço expressivo na redução de perda sanguínea intraoperatória. Outras estratégias importantes são: técnica de resgate de células; hemostatos biológicos; uso de aquecedores de ar forçado e aquecedores de fluidos intravenosos e medicamentos antifibrinolíticos. CONCLUSÃO: A evolução das técnicas cirúrgicas, associada às estratégias anestésicas e farmacológicas intraoperatórias, viabilizou a realização de cirurgias de grande porte, como o transplante hepático, em que há significativo potencial de sangramentos, sem a hemotransfusão. Assim, uma perspectiva positiva conduz o dilema ético e moral que envolve os pacientes Testemunhas de Jeová submetidos a tais procedimentos. Palavras-chave: Testemunhas de Jeová; Transplante hepático; Transfusão de sangue.

ID: 53. Área: FÍGADO. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER NÃO RELATO DE CASO. Autores: Ivna Leite Reis; Ticiana Mota Esmeraldo; Tamízia Cristino Severo de Souza; Lorena Alves Brito; Karmelita Emanuelle Nogueira Torres Antoniollo; Afrânio Almeida Barroso Filho; Ivelise Regina Canito Brasil. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade Estadual do Ceará. TÍTULO: PERFIL CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO DOS DOADORES E RECEPTORES DE FÍGADO NO HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA. INTRODUÇÃO: O transplante de fígado (TxH) surgiu como um tratamento efetivo para pacientes com doenças hepáticas agudas e crônicas graves sem recursos de terapêutica clínica. Inicialmente o procedimento foi desencorajador devido aos desfechos negativos, com alta mortalidade transoperatória por sangramento, lesão de isquemia-reperfusão do enxerto e complicações cirúrgicas precoces. A evolução dos estudos trouxe mais segurança ao procedimento e a obtenção de dados para comparação e otimização do serviço mantém-se uma prioridade. OBJETIVOS: Apresentar o perfil clínico e epidemiológico dos doadores e receptores de fígado no Hospital Geral de Fortaleza (HGF). METODOLOGIA: Coleta de dados de prontuários dos 89 TxH realizados no HGF entre janeiro de 2016 e outubro de 2017. A organização dos resultados em tabelas e os cálculos de p valor foram obtidos com o programa Microsoft Excel. Doadores e receptores foram divididos em dois grupos de acordo com os medicamentos imunossupressores everolimo (EVR) e micofenolato de sódio (MPS). RESULTADOS: Quanto aos receptores, os grupos EVR e MPS foram semelhantes em idade (55,6 ± 11 vs. 52,7 ± 12 anos, p=0,453), sexo masculino (72,2 vs. 76,3%, p= 0,687), raça não negra (88,9 vs. 94,7%, p= 0,357) e índice de massa corpórea, IMC, (26,1 ± 4,0 vs. 25,2 ± 5,0 Kg/m2, p= 0,929). A principal doença que levou ao TxH foi a cirrose alcoólica, representando 29,7% da amostra (25 vs. 34,2%, p= 0,610). As prevalências de carcinoma hepatocelular (CHC), hepatite C e diabetes antes do transplante foram de 17,6%, 13,5% e 41,9% respectivamente. A média do valor do MELD (Modelo para Doença Hepática Terminal) e MELD ajustado foi de 20,7 ± 8,6 e 25,3 ± 6,2, respectivamente. Com relação aos dados dos doadores, os grupos EVR e MPS foram semelhantes quanto à idade (40 ± 16 vs. 32 ± 15,1 anos, p=0,361), sexo masculino (55,3 vs. 44,7%, p= 0,139) e causa de morte (traumática 47,2 vs. 60,5%, p=0,264). Quanto ao status sorológico do citomegalovírus (CMV) do doador (D) e receptor (R), D+/R+ (71,6%) foi o mais prevalente, sem diferença entre os grupos (72,2 vs. 71,1%, p= 0,648). CONCLUSÃO: O perfil dos receptores de fígado no HGF no período caracterizou-se por maioria masculina de idade adulta avançada, raça não negra e IMC indicando sobrepeso, sendo a cirrose alcoólica a principal causa do TxH. CHC, hepatite C e diabetes representam comorbidades importantes. Os valores de MELD indicam hepatopatia grave e risco de mortalidade elevado. Comparativamente, os doadores são em média 15,6 anos mais jovens e mantém-se a maioria masculina. A sorologia de CMV mais presente foi positiva para doador e receptor. Os dados encontrados convergem com o perfil mundial de receptores de TxH em idade, sexo e causa principal do transplante. Entretanto, denota-se a escassez de dados sobre o perfil de saúde de pacientes transplantados, comprovando a importância de estudos que apresentem esses valores para futuras comparações e aperfeiçoamento do serviço. Palavras-chave: Transplante de Fígado. Perfil de Saúde. Doadores de Tecidos.

ID: 54. Área: FÍGADO. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: José Carlos Apolonio da Silva; Gleydson César de Oliveira Borges; Francisco Caio Milfont Quental; Douglas Rodrigues de Macêdo; Tony Hélton Felipe Ângelo; Vitor Sarmento Mesquita. Instituições: Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza. TÍTULO: ADENOMA HEPÁTICO HEMORRÁGICO - RELATO DE CASO. INTRODUÇÃO: Adenomas hepáticos (AH) são massas hepáticas benignas com incidência anual de 1-4 por 100.000 adultos. São lesões bem vascularizadas e a hemorragia é uma complicação comum, ocorrendo em aproximadamente 25% dos pacientes. Uso de anticoncepcional oral, tamanho maior que 5 cm, crescimento exofítico e o subtipo inflamatório (I-HCA) estão associados a um maior risco de sangramento. Objetivamos relatar o caso de um volumoso AH que evoluiu com relevante hemorragia intralesional. OBJETIVOS: Relatar o caso de um adenoma hepático hemorrágico. RELATO DE CASO: Trata-se de uma paciente de 31 anos, feminino, em uso de anticoncepcional oral há 6 anos, apresentou dor abdominal súbita de forte a moderada intensidade associado a vômitos, com duração de cerca de 8 horas, com melhora parcial após uso de medicação analgésica intravenosa em hospital de pequeno porte. Nos dias seguintes, evoluiu com melhora clínica progressiva. Realizou exames laboratoriais com hemoglobina 8 mg/dl. Após dois dias do início dos sintomas, realizou tomografia abdominal com volumosa lesão nodular hepática exofítica nos segmentos V e VI, com componente sugestivo de coágulo no interior, medindo 15,8cm, em contato com vesícula biliar. Após 20 dias, paciente foi admitida na Santa Casa de Fortaleza e submetida a hepatectomia segmentar não anatômica estendida de segmentos V e VI com presença de massa periférica hemorrágica de 15 cm de diâmetro. Procedimento sem intercorrências no intra- e pós-operatório. DISCUSSÃO: Apesar da rotura e hemoperitônio ser quadro potencialmente letal, as taxas de instabilidade hemodinâmica nestes casos são baixas. Os sintomas mais comumente encontrados são dor abdominal, sensação de plenitude (peso) ou compressão de estruturas contíguas. Observam-se casos assintomáticos, que têm sido cada vez mais diagnosticados incidentalmente por exames de imagem. Dentre suas complicações, a ruptura hemorrágica e a degeneração maligna são as mais temidas. A possibilidade de ruptura não é desprezível (15% a 33%) e pode estar associada a alta mortalidade, principalmente quando realizada cirurgia de urgência (5% a 10%). Na última década, muita coisa mudou em termos de tratamento do AH. Costa et al, 2011, indicam que o tratamento do adenoma hepático por ressecção hepática segmentar pode ser método seguro, com baixa morbidade e bom resultado em longo prazo. Em recente estudo, Klompenhouwer et al, 2017, afirmam que pacientes com hemorragia maciça devido a AH rompido, mas com a cessação do sangramento e em condição estável, podem ser tratados conservadoramente na situação aguda. O advento da embolização arterial seletiva há 10 anos permitiu que os pacientes fossem tratados de forma ainda menos invasiva, podendo ser uma solução para pacientes instáveis com sangramento persistente e diminuição dos níveis de hemoglobina. CONCLUSÃO: Conclui-se que pacientes com AH podem ser submetidos a tratamento com hepatectomia segmentar de forma segura e eficaz. Palavras-chave: Adenoma Hepático; Hemorragia; Cirurgia; Hepatectomia.

COLOPROCTOLOGIA

ID: 55. Área: COLOPROCTOLOGIA. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: Sarah Gonzales de Andrade; Evellyne Maciel Guimarães; Érico de Carvalho Holanda. Instituições: Faculdade de Medicina, Centro Universitário Christus. TÍTULO: TRATAMENTO CIRÚRGICO DA DOENÇA PILONIDAL: RELATO DE CASO. INTRODUÇÃO: Doença pilonidal, do latim: pilus - pêlo e nidus - ninho. Hodges, em 1880, foi o primeiro a usar a frase cisto pilonidal. Durante a Segunda Guerra Mundial, a condição foi denominada ''jeep disease” porque acreditava-se que os passeios prolongados nos veículos acidentados causaram a condição devido à irritação e pressão sobre o cóccix.1 Tem como objetivo relatar um caso de cisto pilonidal, abordando as manifestações clínicas e o tratamento cirúrgico. OBJETIVO: Relatar um caso acerca do tratamento cirúrgico da doença pilonidal. RELATO DE CASO: L.G.R, masculino, 22 anos, branco, procurou coloproctologista em junho de 2018, referindo história de abscesso perianal com drenagem espontânea há 1 mês, que desde então permaneceu com saída de secreção purulenta em pequena quantidade. Ao exame proctológico, apresentava, à inspeção, orifício primário de cisto pilonidal em região posterior da margem anal e orifício fistuloso secundário posterior do orifício primário. À palpação externa, havia endurecimento na região dos orifícios. O exame da região sacrococcígea foi considerado normal. O paciente foi submetido a avaliação pré operatória clínica e laboratorial, com resultados normais. Posteriormente, sob anestesia raquidiana, foi realizada a marsupialização, que consiste na excisão da parte frontal do seio e dos tratos laTem como objetivo relatar um caso de cisto pilonidal, abordando as manifestações clínicas e o tratamento cirúrgico. terais, bem como a cavidade é lavada para remover o pêlo e o tecido de granulação e, em seguida, os retalhos cutâneos são suturados à fáscia pré-sacra com a cicatrização da ferida realizada por segunda intenção. A alta hospitalar ocorreu no 1o dia pós-operatório. O seguimento ambulatorial, durante os 2 primeiros meses, mostrou uma ferida operatória com boa cicatrização. DISCUSSÃO: A doença pilonidal é uma afecção classicamente descrita com localização na linha média da região sacrococcígea, que evolui para um processo infeccioso por formação de pseudo-cistos contendo pêlos e/ou fístulas crônicas. Ocorre principalmente em pacientes homens, adultos jovens, hirsutos, brancos e obesos. A fisiopatogenia é decorrente do trauma, no qual há a sucção dos pêlos da região sacrococígea para o tecido subcutâneo, causando uma infecção aguda que pode se cronificar com a formação dos sinus.2,3 Na fase crônica, restam persistentes orifícios que eliminam secreções, mostrando sinais de inflamação crônica, associado à vermelhidão e dor. No presente relato, podemos observar uma concordância com a literatura no que diz respeito ao método cirúrgico utilizado, pois a técnica de marsupialização tem baixa porcentagem de recorrência e um período de cicatrização curto, quando comparado a outros métodos. CONCLUSÃO: Portanto, a doença pilonidal é uma condição benigna, que pode requerer abordagem mais elaborada para seu tratamento definitivo. É válido ressaltar que o manejo bem-sucedido depende não só da cirurgia, mas também dos cuidados no pós-operatório. Palavras-chave: doença pilonidal; tratamento cirúrgico; marsuapialização; curetagem.

ID: 56. Área: COLOPROCTOLOGIA. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER NÃO RELATO DE CASO. Autores: Afonso Nonato Goes Fernandes; Maximilian Pinho Schwermann; Matheus de Souza Mendes; Douglas Marques Ferreira de Lima; Heron Kairo Sabóia Sant’Anna Lima; Heitor Moita Mota; Francisco Julimar Correia de Menezes. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade de Fortaleza TÍTULO: COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS NAS CIRURGIAS DE RECONSTRUÇÃO DE TRÂNSITO APÓS HARTMANN POR VIDEOCIRURGIA. INTRODUÇÃO: A sigmoidectomia com fechamento de coto distal do reto (cirurgia de Hartmann) é uma das principais abordagens para casos de diverticulite, neoplasia e trauma em cólon. Inicialmente, a cirurgia não foi descrita com reconstrução do trânsito intestinal, sendo este possível com o avanço das técnicas cirúrgicas, possibilitando uma melhora na qualidade de vida dos pacientes, retorno rápido das funções intestinais e menor tempo de permanência hospitalar. A reconstrução do trânsito intestinal por via videolaparoscópica ainda é considerado um procedimento com elevadas taxas de morbimortalidade, não sendo indicada para todos os pacientes submetidos à esse tipo de cirurgia. OBJETIVOS: Revisar a literatura e demonstrar as principais complicações pós-operatórias na cirurgia de reconstrução de trânsito após a cirurgia de Hartmann. METODOLOGIA: Foi realizada a revisão de literatura de artigos acoplados nas bases de dados eletrônica PubMed, sciELO e LILACS. Foram utilizados como critério de inclusão aqueles artigos de revisão, publicados nos últimos 10 anos em concordância com o objetivo deste trabalho. A pesquisa consistiu na utilização dos seguintes descritores: Hartmann AND Laparoscopy OR Videosurgery como filtros foram selecionados artigos publicados em inglês e em concordância com o objetivo deste trabalho. Como critério de exclusão foi utilizado aqueles artigos escritos em línguas outras línguas que não português, espanhol e inglês. RESULTADOS: Na análise da literatura foram utilizados 6 artigos de revisão de acordo com os critérios supracitados. A revisão revelou que o procedimento é seguro e viável. No estudo mais relevante utilizado, o qual utilizava uma amostra de 684 pacientes submetidos à reversão do procedimento de Hartmann, a taxa de complicações foi de 16,4% e, em outro, 10,7%. As principais complicações obtidas foram infecções de ferida (36,6%), perfurações de íleo (11,6%), estenoses anastomóticas (10,7%). No outro estudo analisado, as principais complicações mencionadas foram infecção de hematoma de parede abdominal e sangramento mesentérico. A maioria delas foi controlada ainda pela abordagem laparoscópica, sendo poucos casos em que foi necessária a conversão para laparotomia. A mortalidade geral ficou em torno de 1%. CONCLUSÃO: A reversão da colostomia laparoscópica após um procedimento de Hartmann é segura e viável em mãos experientes, visto que tal procedimento está associado a baixos índices de morbidade e mortalidade, retorno rápido da função intestinal e curta permanência hospitalar. Além de que, uma abordagem minimamente invasiva deve ser considerada uma boa alternativa a uma laparotomia para reversões de Hartmann, a qual nós estudos mostrou-se, em geral, pouco necessária. Palavras-chave: Hartmann; reconstrução de trânsito; videocirurgia.

ID: 57. Área: COLOPROCTOLOGIA. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: Andreza D. S.; Holanda, Érica U.; Canuto, Ilana F. P.; Aguiar, Marina V. C.; Parente; Alves, Brenda E. M.; Ribeiro, M. M.; Holanda, Érico C. Instituições: Faculdade de Medicina, Centro Universitário Christus. TÍTULO: ABORDAGEM VIDEOLAPAROSCÓPICA DO CISTOADENOMA MUCINOSO DE APÊNDICE - UM RELATO DE CASO. INTRODUÇÃO: Cistoadenoma mucinoso do apêndice é uma lesão rara, caracterizada pelo acúmulo de secreção mucóide em sua luz. O diagnóstico precoce é essencial para que seja instituído o tratamento adequado, no intuito de evitar possíveis complicações. A complicação mais temida é o pseudomixoma peritonial, que significa o extravazamento de secreção mucóide na cavidade peritonial, que aumenta muito a morbimortalidade do paciente. OBJETIVO: Relatar sobre a ocorrência do cistoadenoma mucinoso de apêndice e avaliar os cuidados na cirurgia videolaparóscopica para evitar complicações. RELATO DE CASO: Cistoadenoma mucinoso do apêndice é uma lesão rara, caracterizada pelo acúmulo de secreção mucóide em sua luz. Diagnóstico precoce é fundamental para evitar o extravasamento de secreção mucóide na cavidade peritoneal, causando pseudomixoma peritoneal. Descrição do caso: Paciente sexo masculino, 59 anos, completamente assintomático. Realizou uma colonoscopia para rastreio de câncer colorretal que evidenciou abaulamento em topografia do óstio apendicular apresentando compressão extrínseca e também uma lesão, supostamente epitelial, elevada e espraiada sugestiva de adenoma, justa abaulamento. Tomografia de abdome evidenciou no flanco direito estrutura cística compatível com mucocele de apêndice cecal. Exames laboratoriais e dosagem do CEA encontravam- se sem alterações. O paciente foi submetido a uma colectomia direita videolaparoscópica com anastomose íleo-transversa látero-lateral por duplo grampeamento. O exame histológico mostrou tratar-se de cistoadenoma mucinoso do apêndice vermiforme. O paciente evoluiu sem intercorrências. DISCUSSÃO: As principais causas de cistoadenoma mucinoso de apêndice incluem cisto de retenção, mucocele secundária a epitélio hiperplásico, cisto de ovário, cisto de duplicação, cisto mesentérico e cistoadenocarcinomas. A doença é geralmente assintomática e o diagnóstico pré-operatório é raro. O tratamento para cistoadenoma mucinoso de apêndice é cirúrgico e a preocupação principal do cirurgião é evitar o extravasamento do conteúdo da mucocele na cavidade abdominal. CONCLUSÃO: O cistoadenoma mucinoso de apêndice é uma entidade incomum e com alto potencial de complicação, usualmente curável com tratamento cirúrgico adequado. Palavras-chave: Cistoadenoma mucinoso; pseudomixoma peritoneal; videolaparoscopia.

ID: 58. Área: COLOPROCTOLOGIA Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: Antonio Davi Pinto Marinho; Leonardo Marinho; Nubyhélia Maria Negreiro de Carvalho; Lorena Alves Brito; Laura Pinho-Schwermann; José Eudes Bastos Pinho. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade Estadual do Ceará; Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará. TÍTULO: POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAR FORMA ATENUADA - RELATO DE CASO. INTRODUÇÃO: A polipose adenomatosa familiar (PAF) é uma doença autossômica dominante caracterizada pelo surgimento de inúmeros (mais de 100) pólipos adenomatosos no colón devido mutação no gene de supressão tumoral APC localizado no cromossomo 5q21. No entanto, podem existir mutações em outros locais do gene gerando outros fenótipos, o que causa a síndrome conhecida com PAF atenuada(PAFA).Esta doença tem um curso mais brando e se caracteriza por apresentar menos de 100 pólipos no colón, geralmente preservar o reto e o aparecimento de câncer colorretal mais tardio. OBJETIVO: Descrever o relato de uma síndrome genética de polipose e alertar para sua importância como origem de câncer colorretal hereditário. RELATO DE CASO: Paciente, sexo feminino, 48 anos, admitida na emergência do HGF em junho de 2015 com história de hematoquezia, constipação e perda de peso (9kg) há 2 meses. Apresentava colonoscopia que mostrava mucosa retossigmoideana com formação vegetante, séssil, irregular e sangrante a mais ou menos 38 cm da margem anal, provocando obstrução e impossibilitando a progressão do aparelho. Biópsia mostrou adenocarcinoma in situ. Foi submetida então no dia 12/06/15 a sigmoidectomia+ linfadenectomia retroperitoneal e anastomose colon-retal (estadiamento pT3pN0 – 16 linfonodos na peça).Apresentava história familiar positiva para CA colorretal, com irmã sendo diagnosticada ao 49 anos. Por ser uma paciente de alto risco( apresentação da doença com obstrução e história familiar importante) paciente foi encaminhada para QT adjuvante. Durante seguimento clínico em ambulatório de cirurgia oncológica em 2018 a paciente realizou nova colonoscopia que mostrou inúmeros pólipos sésseis de tamanhos variados com predominância em cólon esquerdo e preservando o reto,sendo realizada polipectomia de alguns. Biopsia dos pólipos mostrou adenomas túbulo vilosos com displasia de baixo grau. Definido então o diagnóstico de Polipose Adenomatosa Familiar (PAF), diagnóstico que não pode ser realizado em 2015 devido o caráter obstrutivo da lesão neoplásica que impediu a progressão do aparelho de colonoscopia e consequentemente a visualização dos múltiplos pólipos. DISCUSSÃO: A Peritoneostomia é uma arma importante no controle da infecção intra-abdominal, podendo dar bons resultados na luta contra a síndrome da resposta inflamatória sistêmica nesses pacientes. CONCLUSÃO: A peritoniostomia assim como outros procedimentos invasivos tem risco de complicações como fistulas e eventração, por isso merece um acompanhamento rigoroso dos pacientes submetidos a esses procedimentos. Palavras-chave: Polipose adenomatosa familiar atenuada; Câncer colorretal; Síndromes hereditárias.

TRAUMA

ID: 59. Área: TRAUMA. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: Lisa Maressa Monteiro Farias; Angela Gabriele Gomes Lira; Alberto Jorge Castelo Branco Roque; Jullyana Bezerra Souza; Ivens Filizola Soares Machado; Gleydson Cesar de Oliveira Borges. Instituições: Faculdade de Medicina, Centro Universitário Christus TÍTULO: TRAUMA ABDOMINAL FECHADO EVOLUINDO COM SEPSE ABDOMINAL: RELATO DE CASO. INTRODUÇÃO: O tratamento da sepse abdominal é prioritariamente cirúrgico, agindo no controle da fonte de infecção, remoção e drenagem de seus produtos, aliado a antibioticoterapia,suporte ventilatório e hemodinâmico adequados. Em alguns pacientes pode ser necessária, como abordagem cirúrgica, a realização da peritoneostomia para tratamento da infecção intra-abdominal, minimizando a intensidade ou reduzindo a ocorrência de síndrome da resposta inflamatória sistêmica OBJETIVO: Relatar caso de sepse abdominal e outras complicações após trauma abdominal fechado. RELATO DE CASO: Paciente vitima de colisão moto-carro com trauma abdominal fechado, foi admitido consciente, orientado, com sinais de peritonite na emergência de um hospital terciário. Submetido a laparotomia exploradora com achados de lesão grau II em terceira porção duodenal a qual foi feita rafia. Além disso, realizada aposição de dreno tubulaminar em flanco direito. Paciente evoluiu com instabilidade, choque séptico, derrame pleural sendo encaminhado à UTI após o procedimento cirúrgico. Toracocenteseoi no 10° PO com saída de aproximadamente 550 ml de líquido de aspecto citrino. No 16° PO paciente evoluiu com deiscencia de toda aponeurose da parede abdominal e evisceração, com US abdominal mostrando pequena quantidade de líquido livre na escavação pélvica e espaço hepatorrenal. Devido piora do quadro, realizada nova laparotomia com confecção de peritoneostomia (aposição de tela de Marlex com plástico impermeável). Em revisão de peritoneostomia, houve saída de moderada quantidade de secreção purulenta por dreno, sendo colhido material para cultura de secreção abdominal que isolou KPC, paciente já estando em uso de antibioticoterapia de amplo espectro. TC de abdome realizada após um mês de internação evidenciou presença de coleção perinefrética a direita e gás estendendo-se até loja pré-sacral. Paciente foi submetido a revisão de peritoneostomia com os seguintes achados: tecido de granulação envolvendo conteúdo abdominal, ausência de coleção purulenta ao exame digital, drenagem de conteúdo purulento por orifício de drenagem em flanco direito. Após revisão de peritoneostomia, paciente evoluiu com formação de fistula duodenal. DISCUSSÃO: A doença pilonidal é uma afecção classicamente descrita com localização na linha média da região sacrococcígea, que evolui para um processo infeccioso por formação de pseudo-cistos contendo pêlos e/ou fístulas crônicas. Ocorre principalmente em pacientes homens, adultos jovens, hirsutos, brancos e obesos. A fisiopatogenia é decorrente do trauma, no qual há a sucção dos pêlos da região sacrococígea para o tecido subcutâneo, causando uma infecção aguda que pode se cronificar com a formação dos sinus.2,3 Na fase crônica, restam persistentes orifícios que eliminam secreções, mostrando sinais de inflamação crônica, associado à vermelhidão e dor. No presente relato, podemos observar uma concordância com a literatura no que diz respeito ao método cirúrgico utilizado, pois a técnica de marsupialização tem baixa porcentagem de recorrência e um período de cicatrização curto, quando comparado a outros métodos. CONCLUSÃO: Portanto, a doença pilonidal é uma condição benigna, que pode requerer abordagem mais elaborada para seu tratamento definitivo. É válido ressaltar que o manejo bem-sucedido depende não só da cirurgia, mas também dos cuidados no pós-operatório. Palavras-chave: trauma abdominal.

ID: 60. Área: TRAUMA. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: Guilherme Marques Rodrigues; Gleydson César de Oliveira Borges; Ivens Filizola Soares Machado; Iohana Arruda de Oliveira; Alberto Jorge Castelo Branco Roque; Angela Gabriele Gomes Lira; Jamile Lucena da Silva. Instituições: Faculdade de Medicina, Centro Universitário Christus. TÍTULO: TRAUMA POR ARMA BRANCA EM REGIÃO CERVICAL ANTERIOR COM MANEJO CONSERVADOR: UM RELATO DE CASO. INTRODUÇÃO: Lesões cervicais penetrantes são definidas como qualquer ferida que consiga atravessar o platisma. Estão presentes em cerca de 5-10% dos pacientes vítimas de trauma, com mortalidade estimada em 3-10%. No Brasil, existe incidência similar entre os ferimentos provocados por armas de fogo e branca, sendo a zona II a mais acometida. Por conta da região cervical conter uma grande quantidade de estruturas importantes em um pequeno espaço, a avaliação e tratamento dessas lesões ainda são de difícil manejo. OBJETIVO: Relatar um caso sobre ferimento por arma branca em região cervical anterior observado em um hospital terciária de Fortaleza-CE. RELATO DE CASO: Paciente RMM, 19 anos, sexo feminino, vítima de ferimento por arma branca em região cervical anterior e dorso à esquerda, admitida no setor de emergência do Instituto Doutor José Frota, apresentando-se clinicamente com escarros hemoptoicos e enfisema subcutâneo. Por isso, foi indicado a realização de uma tomografia computadorizada de região cervical e torácica, evidenciando-se extenso enfisema de partes moles dissecando os planos músculos-adiposos e os espaços cervicais profundos bilateralmente, contíguo com volumoso pneumomediastino e presença de pequena quantidade de pneumorraque. Além disso, identificou-se pequena solução de continuidade na região posterior da traqueia, medindo cerca de 0,2 cm e distando 5,6 cm da carina. Dessa maneira, foi indicado uma broncoscopia, em seguida, que confirmou a presença de lesão ao nível do terceiro anel traqueal de 1,5 cm, na junção membranosa e do anel traqueal à direita, já com fibrina. Decidindo-se optar por conduta conservadora e avaliação seriada. Paciente evoluiu estável hemodinamicamente, aceitando a progressão da dieta e sem queixas. DISCUSSÃO: No trauma cervical às lesões vasculares (21-27%) são as mais comuns, seguidas por lesões de medula espinhal (16%) e lesões do trato aerodigestivo (6-10%). No manejo, a cervicotomia exploradora, que era mandatória no passado, está caindo em desuso, por levar a um grande número de procedimentos cirúrgicos não terapêuticos, onde a cirurgia de urgência possui índices elevados de procedimentos desnecessários (45%), como no caso em questão. Deve-se levar em consideração o estado hemodinâmico para definir a conduta. Se estável, como no caso, ainda há controvérsias, porém a evolução dos métodos propedêuticos garantiu maior segurança na opção por uma abordagem não cirúrgica. CONCLUSÃO: A importância desse caso reside no fato de que mesmo lesões em locais importantes, como o pescoço, o uso correto dos exames complementares podem ser crucias na tomada de conduta. Portanto, nesse caso, evitou-se uma abordagem cirúrgica, procedimento que carrega intrinsecamente certa morbimortalidade, optando-se por uma abordagem conservadora com base nos resultados clínicorradiológicos e evoluindo com sucesso terapêutico. Palavras-chave: Trauma cervical; Ferimento por arma branca; Manejo conservador.

ID: 61. Área: TRAUMA. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: Caio Antônio Borges Girão Silva; Gustavo Sá Palácio Câmara; Gabriel Magalhães Saraiva; Beatriz Rocha de Oliveira Braga; Caio Magalhães Barbosa; Rodolfo Victor Moreira Cavalcannte; Rogério Cruz Saraiva. Instituições: Faculdade de Medicina, Centro Universitário Christus, Universidade de Fortaleza - UNIFOR. TÍTULO: FRATURA DE COSTELA ASSOCIADA A PNEUMOTÓRAX EM IDOSO: UM RELATO DE CASO. INTRODUÇÃO: O pneumotórax é definido pela presença de ar no espaço pleural, impedindo a expansão completa do pulmão e gerando os seus principais sintomas que são dispneia e dor ventilatória dependente. Essa condição clínica apresenta várias causas, sendo as principais delas traumas e doenças pulmonares. Pode ser classificado de acordo com a sua causa como espontâneo primário, secundário, traumático ou de tensão. OBJETIVO: Relatar um caso de pneumotórax secundário a uma fratura de costela em um paciente idoso, bem como seu manejo cirúrgico. RELATO DE CASO: Paciente, 71 anos, sexo masculino, asmático, foi admitido na emergência do Hospital Instituto Doutor José Frota, no dia 18 de Outubro de 2018, com queixas principais de dispneia intensa e dor torácica após uma queda da escada (SIC). Ao exame físico paciente apresentava taquidispneia grave, abaulamento em região dorsal à direita e diminuição do murmúrio vesicular em base pulmonar direita com sibilos difusos. Após a avaliação clínica, foi prescrito analgésico e suporte de oxigênio. Solicitou-se também uma radiografia torácica e exames laboratoriais. Foi evidenciado uma anemia (hemoglobina 8,4 g/dl) normocítica e normocrômica, e uma leucocitose (14.700/m3) com neutrofilia (87%). A radiografia de tórax mostrava fratura de 4 arcos costais com lesão perfurante no hemitórax direito, confirmando diagnóstico de pneumotórax por perfuração de costela. O paciente permaneceu em avaliação clínica com analgesia e suporte de oxigênio aguardando a toracostomia. Posteriormente, foi realizada a drenagem torácica em selo d’água por incisão no 5o espaço intercostal direito e fixação do dreno à pele com mono-nylon 2.0. DISCUSSÃO: A sintomatologia básica dessa condição clínica baseia-se na dispneia e dor torácica, e o diagnóstico é clínico, sendo necessário a radiografia de tórax apenas na suspeita de pneumotórax hipertensivo. Os casos de pneumotórax causados por trauma devem ser tratados com toracostomia e inserção de tubo com a finalidade de recuperar a expansibilidade pulmonar. Assim, é importante o manejo clínico desse quadro, visto que apresenta uma alta prevalência e risco de vida. CONCLUSÃO: O pneumotórax traumático, que é causado por traumas fechados ou perfurantes do tórax, é considerado uma emergência médica, podendo em alguns casos evoluir para pneumotórax hipertensivo, que apresenta um alto risco de vida. Desse modo, o atraso no seu diagnóstico está associado a uma alta taxa de mortalidade evitável, logo, o diagnóstico precoce, bem como seu manejo cirúrgico é de suma importância, visto que evita a sua evolução desfavorável, diminui o risco de complicações e alivia a dor e dispneia mecânica do paciente. Palavras-chave: fratura de costela; pneumotórax; idoso.

ID: 62. Área: TRAUMA. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: Caio Antônio Borges Girão Silva; Gabriel Bezerra Castaldelli; Hiorrana Sousa Dias; Giulia de Carvalho Firmino; Roberta Helena Picanço Browne de Oliveira; Dr. Samuelson Hugo Félix Maia. Instituições: Faculdade de Medicina, Centro Universitário Christus. TÍTULO: TRAUMA ABDOMINAL FECHADO ASSOCIADO A QUADRO DE SEPSE. INTRODUÇÃO: O trauma abdominal fechado (TAF) geralmente está relacionado a um golpe direto, impacto ou desaceleração repentina, podendo causar somente um hematoma em órgão sólido ou na parede de uma víscera oca ou até lacerar ou romper as estruturas intra-abdominais. OBJETIVO: Relatar um caso de TAF com evolução para choque séptico e as intervenções cirúrgicas realizadas. RELATO DE CASO: Paciente masculino, 27 anos, vítima de trauma de alta energia com moto, admitido na emergência com TAF. Foi entubado e submetido a laparotomia exploratória (LE), revelando lesão em terceira porção do duodeno grau II, que foi suturada em dois planos. Realizou-se também aposição de sonda nasoenteral (SNE) em jejuno e de dreno tubulolaminar em flanco direito (FD). No primeiro dia do pós-operatório (PO1), paciente evoluiu com choque séptico. Hemocultura e cultura de secreção abdominal revelaram, respectivamente, presença de Staphylococcus epidermidis e KPC. No PO4, a ultrassonografia (US) toracoabdominal revelou derrame pleural (DP) de mais de 1000 ml, consolidação pulmonar e fina lâmina de líquido hepatorrenal. No PO9, a US de tórax revelou DP à direita, toracocentese identificou 550 ml de líquido citrino. No PO15, ocorreu evisceração do paciente, devido à deiscência de toda a aponeurose da parede abdominal. Com isso, optou-se por relaparatomizar o paciente, a fim de colocar tela Marlex com plástico impermeável. No PO17, foi realizada drenagem de tórax à direita, devido à reicidiva do DP. Observou-se ainda continuidade do quadro de sepse. No PO25, foi feita primeira revisão da peritoneostomia, revelando saída de moderada quantidade de secreção purulenta por orifício do dreno em FD. Realizou-se aposição de novo plástico impermeável, plicatura da tela e troca do dreno. Em segunda revisão, no PO37, identificou-se tecido de granulação envolvendo conteúdo intra-abdominal. Optou-se por ampliar o orifício de drenagem em FD com lavagem de conteúdo purulento retroperitoneal. Em TC de abdome, identificou-se coleção purulenta perinéfrica à direita, e gás estendendo-se para loja pré-sacral. No PO40, houve ruptura de pontos da tela. No PO41, paciente apresentou febre persistente e evoluiu com hipotensão, sendo solicitada vaga de UTI no PO42. DISCUSSÃO: Alguns pacientes com TAF, devido às diversas modificaçõesimpostas a sua homeostase e às intervenções cirúrgica, apresentam-se sujeitos a adquirir infecções e a evoluir para sepse e choque séptico. CONCLUSÃO: O manejo do TAF é desafiador uma vez que as lesões intra-abdominais podem estar ocultas, exigindo o uso de LE como intervenção cirúrgica. Além disso, é importante destacar o reconhecimento dos fatores de mau prognóstico, como rompimento de vísceras ocas que liberam o conteúdo do seu lúmen para a cavidade peritoneal, favorecendo a instalação de um quadro séptico. Palavras-chave: trauma abdominal; Sepsemia.

ID: 63. Área: TRAUMA. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: *Caio Antônio Borges Girão Silva; Gabriel Bezerra Castaldelli; Hiorrana Sousa Dias; Giulia de Carvalho Firmino; Roberta Helena Picanço Browne de Oliveira; Dr. Samuelson Hugo Félix Maia. Instituições: Faculdade de Medicina, Centro Universitário Christus. TÍTULO: POLITRAUMA ASSOCIADO A LESÃO HEPÁTICA MULTISEGMENTAR (V, VI,VII, VIII): UM RELATO DE CASO. INTRODUÇÃO: As lesões hepáticas podem ter diversas etiologias traumáticas, como um impacto significativo ou trauma penetrante por arma branca ou arma de fogo. Podem variar de hematomas subcapsulares e pequenas lacerações capsulares a lacerações profundas do parênquima. Podem ser classificadas em seis graus de lesões hepáticas de acordo com a gravidade. OBJETIVO: Relatar um caso de lesão hepática secundária a um politrauma, bem como seu manejo cirúrgico. RELATO DE CASO: Paciente masculino, 34 anos, foi admitido na emergência do Hospital Instituto Doutor José Frota, no dia 8 de novembro de 2018, apresentando fratura fechada de fêmur direito, fratura exposta do pé direito, hemotórax, choque hipovolêmico e trauma fechado de abdome. Paciente foi submetido a drenagem torácica em hemitórax direito, a fixação externa de urgência da fratura do fêmur, a transfusão sanguínea e a laparotomia exploratória onde foram contestadas lesões hepáticas em segmentos V, VI, VII e VIII. Foi realizado “packing” com 7 conjuntos (1 luva para 2 compressas) e colocado dreno tubulolaminar em loja sub-hepática. Paciente prosseguiu hemodinamicamente estável no pós-operatório, permanecendo sedado com drogas vasoativas, recebendo ventilação mecânica e mantendo dreno de tórax com débito de 700 ml. Apresentou cianose de 2o e 3o pododáctilos direitos e ausência de distensão abdominal, aguardando reabordagem da equipe cirúrgica. Com 48 horas da cirurgia foi retirado o “packing” hepático, sem intercorrências. No 2o dia pós-operatório das retiradas das compressas paciente evoluiu hemodinamicamente estável, fora da ventilação mecânica e da analgesia, com dreno torácico e com conduta de retirada da sonda nasogástrica. Foi solicitada avaliação da equipe vascular sobre amputação de pododáctilos isquemiados. DISCUSSÃO: A principal consequência desse tipo de lesão é a hemorragia. O volume pode ser abundante dependendo da natureza e do grau da lesão, muitas vezes causando choque hemorrágico. A mortalidade é significativa em lesões hepáticas de alto grau e sua abordagem cirúrgica pode ser complicada. Assim, é importante o manejo dessa condição, visto que pode apresentar risco de vida. CONCLUSÃO: A lesão hepática grave, que é causada por traumas fechados ou perfurantes, deve ser tratada como urgência médica, podendo em alguns casos evoluir para choque hipovolêmico, que apresenta um alto risco de vida. Desse modo, o atraso no seu diagnóstico está associado a uma alta taxa de mortalidade. Logo, o diagnóstico precoce, bem como seu manejo cirúrgico é de suma importância, visto que evita sua evolução desfavorável, diminui riscos de complicações e alivia a dor do paciente. Palavras-chave: lesão hepática, trauma.

ID: 64. Área: TRAUMA. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: Raquel Mourisca Rabelo; Andresa Mayra de Sousa Melo; Fabríolo José Gomes da Frota Filho; Frederico Perboyre Melo Freitas; Ingrid Victor Almeida; Lucas Lima Ellery; Marcelo Bitu de Almeida. Instituições: Faculdade de Medicina, Centro Universitário INTA. TÍTULO: LESÃO PANCREÁTICA E COMPLICAÇÕES CIRÚRGICAS POR TRAUMA ABDOMINAL FECHADO: UM RELATO DE CASO. INTRODUÇÃO: O trauma contuso pancreático é raro. Representa 4% das lesões abdominais traumáticas e 0,4% das internações por esse agravo. Isso se deve ao fato de que esse órgão está localizado em uma região anatômica privilegiada, no quadrante superior esquerdo do abdome retroperitoneal. Além disso, os sintomas podem se manifestar tardiamente e o atraso no diagnóstico determina um pior prognóstico. Essa lesão possui alta incidência de outras complicações associadas, o que contribui, decisivamente, para elevada mortalidade desse tipo de trauma, sendo superior a 50% dos casos. OBJETIVO: Contribuir com a literatura para que médicos assistentes possam diagnosticar precocemente agravos dessa natureza. RELATO DE CASO: G.F.P, masculino, 16 anos, admitido na Santa Casa de Misericórdia de Sobral queixando-se de dor abdominal, febre e vômitos por trauma abdominal fechado devido à acidente de moto. Foi internado nesta unidade para acompanhamento clínico. Após 4 dias, por piora do quadro, submeteu-se a laparotomia exploratória, sendo encontrado grande quantidade de líquido entérico e pancreático na cavidade, lesões em “pingo de vela” em alças diversas, lesão da segunda porção do duodeno e lesão pancreática extensa. Colocaram-se 2 drenos de penrose em loja pancreática e subsplênica e realizou-se colostomia. Paciente foi admitido na UTI por complicações cirúrgicas, sendo submetido a 2 novas laparotomias, nas quais realizou hemicolectomia direita, gastrojejunostomia e drenagem de abcesso em goteira paracólica direita. Evoluiu instável hemodinamicamente, com dor abdominal em hipocôndrio direito, sendo observado bloqueio firme entre Fígado, Estômago, Omento Maior e entre Estômago e Baço, submetendo-o a peritoneostomia com tela inorgânica, drenagem de abcessos subfrênicos e pélvicos, além da liberação de aderências intestinais. Paciente evoluiu com Sepse, iniciando antibioticoterapia. Segue em cuidados na Unidade de Terapia Intensiva. DISCUSSÃO: Inicialmente, executou-se laparotomia exploratória, a fim de analisar o conteúdo abdominal, tendo em vista o quadro do paciente. Realizou-se drenagem de abcessos, de coleções pancreáticas e entéricas livres na cavidade abdominal e hemicolectomia de cólon ascendente, devido existência de lesões importantes e em início de necrose. A gastrojejunostomia, objetivou livrar o duodeno lesionado da passagem natural do trato gastrointestinal. Por fim, executou-se peritoneostomia, deixando a cavidade abdominal aberta, a fim de permitir drenagem espontânea, inspeçäo diária da região, debridamento de tecidos desvitalizados e prevenção da reacumulaçäo do pus, considerando-se os intensos focos infecciosos. CONCLUSÃO: O trauma abdominal fechado com lesão pancreática está associado a um prognóstico mais reservado, principalmente pelas complicações subsequentes ao quadro, visto que é um órgão retroperitoneal e está menos exposto a lesões que os demais. Assim, esses pacientes necessitam de um diagnóstico precoce e cuidadosintensivos. Palavras-chave: trauma, pancreático, abdome.

ID: 65. Área: TRAUMA. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER NÃO RELATO DE CASO. Autores: Heron Kairo Sabóia Sant’Anna Lima; Lucas Nunes Ferreira Andrade; Emerson Chaves Correia Filho; Matheus de Lucena Holanda; Aprígio Sant’Anna Lima Neto. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade de Fortaleza - UNIFOR. TÍTULO: FATORES QUE INFLUENCIAM NA DOR NO PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIAS ORTOPÉDICAS. INTRODUÇÃO: A dor é uma experiência subjetiva multidimensional, tendo como características aspectos sensitivos e emocionais, podendo ser decorrentes de lesões teciduais reais ou potenciais. As cirurgias ortopédicas e traumatológicas frequentemente são associadas à dor severa no pós-operatório, devido à duas principais características: intensa estimulação nociceptiva e analgesia pós-operatória insatisfatória. Essa situação possui repercussões negativas na vida dos pacientes ao reduzir a deambulação, interromper o sono e desgastar fisicamente. O artigo atual justifica-se a analisar os fatores que influenciam na dor, devido ao impacto negativo gerado na vida dos pacientes. OBJETIVOS: Analisar os fatores que influenciam na dor no pós-operatório de cirurgias ortopédicas. METODOLOGIA: Trata-se uma de revisão da literatura com busca ativa de informações nas bases de dados do MEDLINE, PMC, Redalyc e a biblioteca virtual SciELO. Os descritores de assunto utilizado para a busca de artigos foram: orthopedic surgery; pain perception. São critérios de inclusão: Artigos publicados entre 2014-2018, dos tipos descritivo e intervencionista. Os critérios de exclusão foram: Artigos de revisão, artigos que não abordarem assuntos relevantes para ser discussão dos objetivos deste estudo. RESULTADOS: A percepção da dor é uma experiência complexa e individual, pois ela sofre influências da idade, experiências anteriores e estado emocional pré-operatório. Acerca das influências das experiências vividas, foi observado que pacientes que já tinha sido internados em hospitais, antes da cirurgia ortopédica, possuíam escores maiores de dor. Um exemplo de como o estado emocional pré-operatória pode influenciar na dor é a ansiedade, que é um dos fatores emocionais mais comuns, e há uma associação direta entre estas duas variáveis. Foi encontrando a associação entre pacientes que tinham o diagnóstico de depressão no pré-operatório e uma menor satisfação no alívio da dor durante o pós-operatório. Acerca das medicações, literatura afirma que os pacientes que utilizaram mais medicações opióides no pós-operatório relataram uma menor satisfação e uma maior intensidade da dor, independente do tipo de cirurgia. Além disso, a quantidade de opióides não têm relação com a gravidade da lesão ou com o número de fraturas, sendo explicado por fatores culturais e psicológicos. CONCLUSÃO: Diante do que foi exposto, nota-se que a dor tem considerações subjetivas relacionadas com características experienciadas do paciente. Devido esta relação subjetiva, a dor pode ser considerada exagero do paciente, por partes dos profissionais da saúde, isso pode gerar um subtratamento da dor. Sendo assim, é importante que o tratamento de analgesia seja feito de maneira personalizada para proporcionar maior alívio da dor pós-operatório. Ademais, é importante que sejam protocolados métodos adequados para avaliar as características individuais que podem influenciar na dor, e se possível, como tratá-las antes da realização da cirurgia. Palavras-chave: Cirurgia ortopédica; Dor na cirurgia ortopédica, percepção da dor.;

ID: 66. Área: TRAUMA. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER NÃO RELATO DE CASO. Autores: Marco Antonio de Lucena Furtado; Thiago Maciel Valente; Anna Letícia Silveira Parnaiba; Mateus Pinheiro Fernandes Feitosa Arrais; Samy Lima Carneiro; Maria Eliane Maciel de Brito. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade de Fortaleza - UNIFOR. TÍTULO: EPIDEMIOLOGIA DE IDOSOS VÍTIMAS DE QUEIMADURA EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM FORTALEZA-CE. INTRODUÇÃO: A queimadura é uma lesão causada por um fator externo, podendo destruir várias camadas da pele ou ela toda, tendo como diferença em sua gravidade o agente causal, a profundidade da lesão e a extensão corporal atingida. Entre todos os casos, estima-se que 10% sejam idosos, dado preocupante, visto que eles são os que apresentam maior mortalidade. Tais dados podem ser corroborados com as mudanças na derme dos idosos, o que deixam a pele mais atrófica, fina, desidratada, com maior risco de infecção e cicatrização mais lenta. Diante disso, justifica-se esse estudo acerca dos casos de queimaduras em idosos, tanto para aumentar a consciência da gravidade de tal lesão quanto para expandir o conhecimento de suas peculiaridades. OBJETIVOS: Analisar o perfil epidemiológico dos pacientes idosos atendidos no Centro de Tratamento de Queimados de um Hospital de referência em Fortaleza-CE. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal, descritivo e retrospectivo. Os dados foram adquiridos por meio da análise do livro de atendimento de um hospital de referência no atendimento ao queimado. A amostra do estudo foram idosos, a partir de 60 anos, queimados no ano de 2017. RESULTADOS: Evidenciou-se uma amostra de 55 idosos vítimas de queimaduras em 2017. Dentre eles 45,5% eram mulheres e 55,5% homens, demonstrado uma discreta predominância masculina nas lesões nessa população. No tocante as idades, a faixa etária de 60-70 anos demonstrou-se mais propícia à lesão por queimadura, contendo 49% da amostra. No tocante aos meses do ano, não se notou padrão no número de agravos, salvo nos meses de setembro a dezembro, nos quais em cada mês obtiveram 4 idosos queimados. No que tange ao agente etiológico e ao diagnóstico o estudo não pode tirar conclusões acerca dessas variáveis, devido ao não preenchimento ou ao preenchimento incorreto dessas informações, ratificando a importância do preenchimento adequado do livro de atendimento, para posterior estudo e efetivação de medidas profiláticas. CONCLUSÃO: Portanto, podemos observar que com o progressivo envelhecimento populacional, os casos de queimadura em idosos também aumentaram, devido aos déficits sensoriais, funcionais e cognitivos, além de fatores sociais e ambientais peculiares a esse grupo, expondo-os a maiores complicações e uma diminuição da taxa de sobrevida, o que justifica a necessidade de medidas profiláticas baseados em estatísticas de detecção dos riscos, objetivando conscientizar, ensinar e orientar, os familiares, cuidadores e idosos, principalmente, os que vivem sozinhos, já que a maioria dos incidentes ocorre no âmbito doméstico. É importante relatar, ainda, que apesar de outros estudos demonstrarem que o agente causal mais frequente são a chama, seguido do líquido quente, no nosso estudo foi impossibilitado devido ao mau preenchimento de algumas informações, ratificando a importância do preenchimento correto para que informações úteis não sejam omitidas ou enviesadas em estudos futuros. Palavras-chave: Idoso/Aged; Queimadura/Burn; Epidemiologia/Epidemiology.

ID: 67. Área: TRAUMA. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: Chayandra Sabino Custódio; Bruno Vasconcelos Aragão; Noailles Magalhães Couto Pinheiro; Maria Clarisse Alves Vidal; Ana Cristina Fiuza de Albuquerque; Patrick Teles Frota Capote. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade de Fortaleza - UNIFOR. TÍTULO: HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA TRAUMÁTICA À DIREITA: UM RELATO DE CASO. INTRODUÇÃO: A hérnia diafragmática traumática (HDT) é caracterizada pela passagem de parte do conteúdo abdominal para o interior da cavidade torácica através de lesão diafragmática. Apesar de ser incomum, com incidência global de 0,8% a 5,8%, continua sendo desafiador atender esses pacientes na emergência, devido à dificuldade diagnóstica inicial e à presença, em mais de 94% dos casos, de ruptura diafragmática aparecer associada a múltiplas lesões. As lesões podem decorrer de traumas contusos, penetrantes e de causas iatrogênicas. Quanto à localização da lesão no diafragma, mais de 70% dos casos ocorrem do lado esquerdo, especificamente na área póstero-lateral, que é o ponto de maior fraqueza embrionária. OBJETIVOS: Relatar caso de HDT à direita em paciente vítima de ferimento por arma de fogo (FAF). RELATO DE CASO: C.S.G., masculino, 18 anos, procedente de Granja/CE, soldador. Em 29/09/2018, foi vítima de FAF, acidental, em região toracoabdominal direita. Foi submetido à drenagem pleural fechada, em Hospital de referência em trauma da região Norte, recebendo alta após quatro dias. Paciente evoluindo com dor torácica ventilatório dependente e febre diária, sendo internado, em 10/10/2018, em Hospital terciário da região Norte não especializado em trauma, apresentando dor à palpação em hipocôndrio direito, sinais de peritonite, eupneico e hipocorado. Realizado exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC) de tórax, com presença de hemotórax e fragmentos de projétil na base pulmonar direita, hemitórax direito com pneumoperitôneo e derrame pleural e TC de abdome com abcesso hepático e fragmentos de projétil em segmento 4 hepático. Paciente encaminhado ao centro cirúrgico, em 13/10/2018, para drenagem torácica à direita e laparotomia exploratória para drenagem de abcesso, onde foi evidenciada a presença de uma HDT à direita e realizada a frenorrafia. Paciente evoluiu estável no pós-operatório e fez antibioticoterapia por dez dias. Recebeu alta, após dez dias, sem sequelas. DISCUSSÃO: A conduta realizada permitiu o diagnóstico tardio da HDT evitando futuras complicações. CONCLUSÃO: O diagnóstico da HDT ainda permanece um desafio por apresentar sinais clínicos inespecíficos, apesar dos vários exames complementares disponíveis para a sua identificação, podendo o diagnóstico ser feito, muitas vezes, apenas durante a técnica cirúrgica. Palavras-chave: Hérnia Diafragmática; Ferimentos por Arma de Fogo; Cirurgia Geral.

ID: 68. Área: TRAUMA. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: Chayandra Sabino Custódio; Fernanda Cândido Pereira; Noailles Magalhães Couto Pinheiro; Maria Clarisse Alves Vidal; Ana Cristina Fiúza de Albuquerque; Patrick Teles Frota Capote. Instituições: Faculdade de Medicina, Centro Universitário Inta. TÍTULO: ATENDIMENTO INICIAL AO POLITRAUMATIZADO: UM RELATO DE CASO. INTRODUÇÃO: Segundo dados do DATASUS (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil), no Brasil, 130 mil pessoas, ao ano, morrem por trauma. 450 mil, ao ano, ficam com sequelas graves. Os acidentes de trânsito e a violência urbana são as principais causas de trauma. Pacientes vítimas de politrauma apresentam um intervalo crítico de uma hora entre a lesão, o transporte para o hospital mais adequado e o tratamento. Nesse período conhecido como “golden hour”, a probabilidade de redução da mortalidade e sequelas aumenta muito se o paciente dispuser do tratamento adequado. OBJETIVO: Relatar a importância do primeiro atendimento a vitima de trauma grave. RELATO DE CASO: M.E.S.M., 16 anos, masculino, estudante, natural e procedente de Tamboril-CE. Paciente vítima de atropelamento por trem, em 12/10/2018, sofrendo amputação do membro superior direito associado a trauma abdominal fechado. Deu entrada na Emergência do Hospital de referência em trauma da região Norte, consciente, orientado, responsivo, com pele fria, sudoreico, hipotenso e taquicardico, apresentando hematúria macroscópica, equimoses em flancos e hipogástrio, escoriações e contusões por todo o corpo. Realizado o ABCDE do trauma com ênfase a dois acessos calibrosos, reposição volêmica com ringer lactato, curativo compressivo do coto do braço direito, concentrado de hemácias e oxigênio suplementar. Paciente evoluindo com melhora do quadro de choque, sendo realizado, após estabilização do mesmo, exames de imagem como tomografia computadorizada de abdome que evidenciou grande quantidade de sangue na cavidade abdominal e extenso hematoma em rim direito. Conduta: tratamento conjunto da traumato-ortopedia, que realizou cirurgia para controle do sangramento do coto do braço direito, com a cirurgia geral que realizou laparotomia exploratória, onde se observou hematoma expansivo retroperitoneal direito por avulsão do hilo-renal direito. Realizado nefrectocmia total. RESULTADOS: Paciente evoluiu com sinais vitais estáveis, já em uso de antimicrobianos, dieta pastosa hipercalórica e hiperproteica, sem sinais de complicações e transição intestinal funcionante. CONCLUSÕES: No período de primeira hora, o atendimento em nosso hospital de trauma a esta vítima visou evitar complicações, desde sequelas graves até o óbito. Foi realizado por uma equipe multiprofissional e altamente especializada, baseado em protocolos médicos internacionais que garantem o tratamento das lesões por ordem de gravidade. As manobras realizadas para a ressuscitação volêmica, a manutenção das aéreas pérvias, o controle da hemorragia, o controle da hipotermia e o conjunto de procedimentos realizados nas etapas A, B, C, D e E foram determinantes para o desfecho positivo deste paciente.

Palavras-chave: Atendimento inicial; Trauma; Cirurgia Geral.

UROLOGIA

ID: 69. Área: UROLOGIA. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER NÃO RELATO DE CASO. Autores: Leticia Macedo Pinto; Beatriz Nogueira Gabriel; Eduardo Linhares Soares; Ingryd Diógenes Pinheiro Gomes; Sarah de Sousa Magalhães; Pedro Gabriel Sucupira Saraiva; Ivon Teixeira de Souza. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade de Fortaleza. TÍTULO: RASTREAMENTO DAS PRINCIPAIS DOENÇAS PROSTÁTICAS NO NÚCLEO DE ATENÇÃO MÉDICA INTEGRADA EM FORTALEZA: RELATO DE EXPERIÊNCIA. INTRODUÇÃO: Novembro Azul é uma campanha nacional, que difunde à população sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do Câncer de Próstata. Assim, acadêmicos de Medicina, com ênfase na visão humanitária, participaram dessa Campanha, realizando, com orientadores, uma prática clínica acessível à comunidade a fim de contribuir para a modificação do atual cenário em que a população masculina ainda possui bastante resistência em procurar os serviços de saúde. OBJETIVO: Rastrear as principais doenças e alterações prostáticas através do toque retal e da anamnese direcionada na população masculina acima de 45 anos. METODOLOGIA: Esse relato foi redigido com base em um mutirão do exame do toque retal promovido pela LINUR- Liga Acadêmica de Nefrologia e Urologia, realizado no Núcleo de Atenção Médico Integrada (NAMI), na cidade de Fortaleza, Ceará, no dia 10 de novembro de 2018, para os homens que resolveram comparecer a ação por espontânea vontade. Primeiramente os pacientes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido, para que seus dados pudessem ser utilizados para a realização de pesquisa pela liga; passaram por uma triagem, na qual foram questionados sobre sintomas prostáticos,e tiveram seu exame de PSA-realizado anteriormente ao dia do mutirão- avaliado. Posteriormente foi realizado o exame do toque retal em cada paciente. DISCUSSÃO: No dia 28 de novembro de 2017, no Núcleo de Atenção Médica Integrada, Nami, localizado em Fortaleza, Ceará, membros da Liga de Nefrologia e Urologia da Universidade de Fortaleza realizaram anamnese e exame físico voltados para o rastreio de doenças prostáticas. Os alunos foram previamente orientados e treinados por médicos urologistas quanto ao que e como perguntar e a forma de proceder durante o toque retal. Assim, pôde-se observar maior segurança dos acadêmicos durante a prática, o que é essencial para a construção da relação médico-paciente.Foram realizadas 65 consultas, onde notou-se um maior receio dos pacientes de que fossem encontradas alterações no exame físico do que mesmo de ser submetido ao toque retal. Contudo, essa vivência foi oportuna para todos os envolvidos, pois houve um considerável interesse dos pacientes em realizar o exame e em receberem informações. CONCLUSÃO: Através da ação Novembro Azul realizada no Nami foi observado primeiramente a aderência dos pacientes para esse tipo de mutirão, demonstrando o reconhecimento da população acerca da importância do rastreio de doenças prostáticas. Além disso, a instituição docente é um local em que foi possível aliar o exame clínico com o exame laboratorial (PSA) para uma investigação mais completa. Assim, podendo levar a detecção precoce e o seguimento imediato para o devido tratamento. Por fim, a experiência adquirida nessa ação pelos alunos trouxe uma capacitação da vida acadêmica para a prática médica levando ao reforço do vínculo médico paciente e ao aumento da confiança dos discentes na realização do exame clínico. Palavras-chave: Doenças prostáticas; Novembro azul; Neoplasia prostática; Busca ativa.

ID: 70. Área: UROLOGIA. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: Letícia Macedo Pinto; Beatriz Nogueira Gabriel; Ianara Nogueira Dutra; Luccas Victor Rodrigues Dias; Pedro Ivo do Amaral Rangel; Sarah de Sousa Magalhães; Ivon Teixeira de Souza. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade de Fortaleza. TÍTULO: CIRÚRGIA EXTENSA PARA TRATAR CÂNCER DE PÊNIS LOCALMENTE AVANÇADO: RELATO DE CASO.

INTRODUÇÃO: O Carcinoma Escamoso (CE) do pênis é raro e os invasivos são mais comuns acima dos 60 anos. No CE invasivos, prevalecem as lesões únicas, maiores de 2 cm, em geral ulceradas ou úlcero-vegetantes com prurido e/ou dor. O exame dermatológico da região genital favorece o diagnóstico precoce. Os fatores de risco são falta de higiene no pênis, infecção por HPV, fimose, doenças venéreas e tabagismo. A prevenção está fortemente ligada ao auto-cuidado e à higienização genital. A utilização de preservativo é importante, pois previne a infecção pelo HPV. Ao perceber alterações penianas, o homem deve procurar auxílio médico para uma avaliação e solicitação de exames. Dentre estes, a biópsia é a responsável pelo diagnóstico. As modalidades terapêuticas são radioterapia, braquiterapia, quimioterapia e cirurgia, incluindo amputação total ou parcial do pênis.

OBJETIVOS: Relatar caso de câncer escamoso de pênis e tratamento.

RELATO DE CASO: Paciente AAS, 60 anos, masculino, metalúrgico, natural e procedente de Fortaleza, procurou assistência médica no interior do Ceará com quadro de “ferida no pênis”, sendo encaminhado para o serviço de urologia da Santa Casa de Misericórdia em novembro/17. Referia que há 9 meses surgiu uma úlcera maior que 2 cm na glande, dolorosa e pruriginosa, progressiva, insidiosa, que motivou a procura ao serviço de saúde. Relata que tinha fimose. Ao exame físico, evidenciou-se lesão ulcerada no extremidade da haste peniana acometendo a glande e prepúcio, fístulas no corpo do pênis, úlceras, edema e eritema em região pubiana e saco escrotal. Não apresentava lesões verrucosas genitais. Havia linfonodos aumentados na região inguinal bilateral. O diagnóstico clínico era de câncer avançado do pênis com metástase inguinal. Submeteu-se a biópsia do pênis, pele pubiana e de saco escrotal no dia 01/12/17, que confirmou a presença de carcinoma de células escamosas, moderadamente diferenciado. O paciente foi submetido no dia 05/12/2017 a uma cirurgia de emasculação, com ressecção extensa da área cutânea envolvida e linfadenectomia inguinal. O laudo histopatológico evidenciou carcinoma espinocelular moderadamente diferenciada com invasão dos corpos cavernosos e esponjoso, acometimento linfonodal extenso com invasão extracapsular em 7 de 8 linfonodos inguinais direito e em 7 de 9 linfonodos inguinais esquerdo. O paciente teve um evolução estável, recebendo alta 15 dias após a cirurgia.

RESULTADOS: O carcinoma escamoso de pênis pode ocorrer em pacientes idosos com queixas de úlceras maiores que 2 cm, podendo ser acompanhadas de prurido e dor. A confirmação diagnóstica ocorre através de biópsia. No presente caso, o paciente necessitou a retirada de área afetada e linfadenectomia inguinal como tratamento.

CONCLUSÃO: O Carcinoma Escamoso do pênis é raro e os invasivos são mais comuns em idosos. O exame dermatológico da região genital favorece a detecção precoce. A biópsia é a responsável pelo diagnóstico. A terapêutica pode envolver cirurgia. Palavras-chave: HPV; Câncer; Tratamento.

ID: 71. Área: UROLOGIA. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: Letícia Macedo Pinto; Luccas Victor Rodrigues Dias; Ianara Nogueira Dutra; Ivon Teixeira de Souza; Eduardo Linhares Soares; Ingryd Diógenes Pinheiro Gomes; Sarah de Sousa Magalhães. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade de Fortaleza. TÍTULO: GRANDE CÁLCULO VÉSICO-URETERAL SECUNDÁRIO À SONDA DE NÉLATON APÓS CIRURGIA PROCTOLÓGICA: RELATO DE CASO.

INTRODUÇÃO: O cateter de Nélaton é usado no cateterismo simples e tem como indicações: aliviar a retenção urinária aguda; determinar o resíduo urinário; obter amostra de urina para exame laboratorial; explorar a uretra.

OBJETIVOS: 1.Descrever caso de cálculo vésico-ureteral causado pela sonda de Nélaton após uma cirurgia proctológica. 2. Relacionar o caso do paciente com a literatura existente.

RELATO DE CASO: Paciente masculino, 67 anos, procedente de Fortaleza, buscou a Santa Casa de Misericórdia alegando dor pélvica, em hipogástrio e em fossa ilíaca esquerda, além de disúria, hematúria intermitente e infecção urinária. Exame físico: paciente não cooperativo, hipocorado (+/4+), com cicatriz infraumbilical e no flanco esquerdo. Palpação abdominal dolorosa em hipogástrio e em flanco esquerdo. Dor a punho-percussão presente à esquerda. Exames complementares: US pélvico: grande cálculo vésico-ureteral distal à esquerda com hidronefrose ipsilateral. TC pélvico e Raio-X abdominal: cálculo vesical em contiguidade com cálculo ureteral esquerdo que se prolonga até a bifurcação até a artéria ilíaca comum esquerda. O paciente foi submetido a intervenção cirúrgica, abordando a bexiga e o ureter esquerdo. Com a retirada do cálculo, foi observada a presença de uma sonda de Nélaton, sobre a qual o cálculo se desenvolveu. O paciente evoluiu com infecção da ferida cirúrgica, tratada sem dificuldade, a micção do paciente ocorreu adequadamente e houve melhora da hidronefrose.

RESULTADOS: O uso de cateteres e de sondas no ureter é uma prática recomendada quando é necessário drenar o trato urinário alto, moldar o processo de cicatrização ureteral pós-trauma ou pré-operatório para facilitar a localização do ureter em cirurgias retroperitoneais. No entanto, certas precauções devem ser respeitadas para o uso adequado desses materiais.

CONCLUSÃO: Foram feitas melhorias significativas nos cateteres para reduzir as complicações graves, como migração, fragmentação, incrustação e calcificação, especialmente quando os stents são deixados, colocando um dilema de gestão e jurídica. Palavras-chave: Cálculo ureteral, cirurgia, próstata.

ID: 72. Área: UROLOGIA. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: Pedro Ivo de Amaral Rangel; Amanda Marques Pinheiro; Beatriz Nogueira Gabriel; Felipe Gomes do Nascimento; Georgia Praça Pinto; Ivon Teixeira de Souza; Luccas Victor Rodrigues Dias. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade de Fortaleza. TÍTULO: RUPTURA DE FÓRNICE RENAL POR OBSTRUÇÃO URETERAL E FORMAÇÃO DE GRANDE URINOMA: RELATO DE CASO.

INTRODUÇÃO: A ruptura espontânea de fórnices renais com extravasamento de urina é uma complicação pouco frequente em casos de obstrução ureteral . Essa complicação por vezes é resultado de uma ureterolitíase. A retenção urinária aumenta a pressão no ureter proximal, resultando em ruptura dos fórnices renais – a estrutura mais frágil do sistema coletor renal. O diagnóstico é bastante complicado pois seus sintomas se confundem com os da ureterolitíase.

OBJETIVO: Relatar um caso de ruptura de fórnice renal provocada por obstrução ureteral, culminando na formação de urinoma.

RELATO DE CASO: Paciente de 32 anos, sexo feminino, procurou a emergência médica com dor em flanco direito com irradiação para a região lombar, associada a vômitos. Foi tratada com sintomáticos, recebendo alta em seguida. Permaneceu com esse quadro por cerca de 48 horas, quando retornou ao hospital e foi novamente tratada com sintomáticos. Após 3 dias, houve piora da dor e a paciente percebeu o surgimento de um abaulamento em flanco direito doloroso a palpação e dificultava deambulação. Encontrava-se febril (38,5 °C), sem calafrios. Realizou-se Ultrassonografia de vias urinárias constatando hidronefrose à direita e coleção circundando rim direito. Internada, foi realizado exames de imagem que evidenciaram hidronefrose, hidroureter à direita, coleção de volume 430ml em flanco direito e cálculo em ureter direito. O diagnóstico radiológico revelou tratar-se de um urinoma por ruptura do fórnice ureteral devido a obstrução. A paciente foi submetida a ureterorenolitotripsia e colocação de duplo J sob raquianestesia, com melhora significativa do quadro álgico no pós- operatório.

RESULTADOS: A ruptura espontânea do fórnice renal é um evento incomum, sendo, geralmente, causada por obstrução urinária. Clinicamente, esse quadro é suspeitado quando se observa mudança na sintomatologia. Da clássica cólica ureteral lombar do início a dor passar ser difusa, crescente. Associada a mudança no padrão da dor pode haver sinais de irritação peritonial, adoção de posição antálgica e febre alta. O diagnóstico é confirmado com auxilio de exames de imagem, sendo utilizada a ultrassonografia e tomografia computadorizada. O tratamento consiste na desobstrução do trata urinário e controle do extravasamento. No tratamento invasivo, a realização de uretererorrenolitotripsia é mais indicado nos quadros sem infecção. No presente caso, optou-se por tratamento invasivo com ureterorreno rígido, pois tratava-se de uma mulher, o cálculo tinha 0,7cm de diâmetro e estava localizado no ureter distal. O mesmo foi removido com um basket e em seguida introduziu-se um cateter duplo jota.

CONCLUSÃO: A ruptura do fórnice é um problema raro, mas que requer um diagnóstico precoce. O tratamento depende do quadro clínico do paciente. A ureterorrenolitotripsia é uma opção, pois não aumenta a morbidade e resolve o problema em um único procedimento.

Palavras-Chave: Retenção Urinária; Diagnóstico; Complicação.

ID: 73. Área: UROLOGIA. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: Pedro Ivo de Amaral Rangel; Bruno Henrique Nogueira Ramos; Felipe Gomes do Nascimento; Izabelle Monteiro de Lima; Ivon Teixeira de Souza; Luccas Victor Rodrigues Dias; Yvilla Cinara Rolim Magalhães. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade de Fortaleza. TÍTULO: LUXAÇÃO TESTICULAR TRAUMÁTICA BILATERAL: RELATO DE CASO.

INTRODUÇÃO: A luxação do testículo é um evento bastante incomum e pode ser definido como o deslocamento de um ou ambos os testículos para fora do escroto. Isso geralmente acontece após o trauma escrotal. Colisões de motocicletas são a causa mais frequente hoje. Geralmente resulta de lesões de sustentação sofridas em colisão de motocicleta, como resultado de lesão escrotal contusa. Um espasma da musculatura cremastérica é um importante fator contribuinte.

OBJETIVO: Apresentar um caso de luxação testicular bilateral causada por um acidente automobilístico.

RELATO DE CASO: Paciente, masculino, motociclista, 27 anos, chegou à emergência em 31/10/2015, após uma acidente de trânsito, que resultou em politraumatismo grave, trauma cranioencefálico, contusões hemorrágicas e fratura zigomática. A irmã do paciente relatou que ele tinha luxação dos dois testículos desde o acidente, o que levou a episódios de retenção urinária e de infecções do trato urinário repetidas. Após alta da internação, a paciente procurou atendimento em Urologia. O paciente foi submetido a US abdominal e inguinal em 19/08/2016, ambos normais, e também foram submetidos a um US com doppler do saco escrotal no mesmo dia, que revelou criptorquidia bilateral. O paciente foi admitido no dia 26/03/2017 para correção cirúrgica. Na admissão,o paciente apresentava tanto escroto vazio quanto a presença de uma massa macia na área inguinal bilateralmente. Redução manual não foi tentada. No centro cirúrgico, a virilha e a área escrotal foram cirurgicamente explorados, e ambos os testículos foram abordados; Após, uma dissecção de um túnel subcutâneo elevando o saco escrotal foi realizada e uma incisão escrotal transversal foi feito bilateralmente.O paciente recebeu alta do hospital no hospital no segundo dia pós-operatório com equimoses nas bordas da sutura escrotal. Duas semanas depois, a ferida apresentava crosta seca em toda sua extensão e os testículos estavam em posição anatômica.

RESULTADOS: Embora a luxação testicular seja mais comum unilateralmente, é bilateral em um terço dos casos. Em 50% dos casos, o testículo migra para a região inguinal. Encontrar uma massa macia e consistente com testículos deslocados em conjunto com um hemiscrotum vazio ajuda a diagnosticar essa condição. O US é geralmente o primeiro exame a ser feito e o US com Doppler colorido pode ajudar no diagnóstico. Em alguns casos, uma TC pode ser necessária. Alguns estudos recomendam intervenção cirúrgica porque lesões testiculares coexistentes podem estar presentes e a redução manual é um procedimento mal sucedido.

CONCLUSÃO: A luxação do testículo é uma lesão incomum que acarreta risco de malignidade, perda de fertilidade e disfunção endócrina. Apresentamos um caso de luxação bilateral, que é ainda mais incomum. Neste caso, o diagnóstico demorou quase um ano. Apesar do atraso na realização do tratamento, ambos os testículos foram viáveis e a cirurgia não teve complicações. O paciente evoluiu com melhora clínica.

Palavras-Chave: Testículo; Cirúrgia; Escroto.

ID: 74. Área: UROLOGIA. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER NÃO RELATO DE CASO. Autores: Amanda Alencar de Carvalho; Bruno Henrique Nogueira Ramos; Ivon Teixeira de Souza; Letícia Albuquerque Cavalcante; Lucas Loiola Ponte Ribeiro; Pablo Cunha Marques; Yvilla Cinara Rolim Magalhães. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade de Fortaleza. TÍTULO: ABORDAGEM DE ITU EM UMA ESCOLA PÚBLICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

INTRODUÇÃO: A infecção do trato urinário (ITU) é uma das causas mais comuns de infecção na população geral. A infecção urinária é caracterizada pelo crescimento bacteriano de pelo menos 100.000 unidades formadoras de colônias por ml de urina colhida em jato médio e de maneira asséptica. É mais prevalente no sexo feminino no qual mulheres adultas têm 50 vezes mais chances de adquirir ITU do que os homens, e 30% das mulheres apresentam ITU sintomática ao longo da vida. A infecção pode acometer somente o trato urinário inferior, denominando-se cistite ou pode ascender e acometer o trato superior, caracterizando a pielonefrite. As ITUs podem ser classificadas também em sintomáticas ou assintomáticas, não complicadas ou complicadas.

OBJETIVO: Objetivo Geral: Conscientizar a população acerca da prevenção das Infecções do Trato Urinário (ITUS).

METODOLOGIA: Ocasionamos esse relato a partir da ação de ensino e extensão na escola Yolanda Queiroz na cidade de Fortaleza-CE, no dia 22 de setembro de 2018, para a população que estava no local. A ação abrangeu cerca de 25 pessoas do sexo feminino e masculino, que foram abordadas por alunos da Liga de Nefrologia e Urologia da UNIFOR. Durante a ação foi questionado ao público sobre o seu conhecimento acerca de Infecções do Trato Urinário (ITUS), as principais causas e sintomas. Em seguida, foi dado orientações a respeito de sua prevenção.

RESULTADOS: As ações em saúde tem o objetivo de levar informações acerca de comorbidades ao público leigo. Isso é, de fato, importante para o estudante de medicina, pois com tais experiências molda-se o aperfeiçoamento de linguagens, de conteúdo acerca da temática da ação e, assim, há benefício mútuo entre população e discentes. Em nossa ação, foi proposto divulgar sinais e sintomas de alerta acerca da ITU na criança, como disúria, poliaciúria, dor em baixo ventre ou abdominal não específica. O diagnóstico, muitas vezes, é prevalente e não diagnosticado por médicos em unidades de UBS ou pronto socorro, fazendo então ser um importante diagnóstico diferencial. Em nossa ação, entregamos panfletos para o público alvo (mães das crianças) aliado a procura ativa destas. Encontramos um público alvo com nivel socioeconômico baixo, porém com muitas dúvidas bastante interesse, pois tal ação era focada para seus filhos. Além de fazer cartazes e entregar panfletos, o mais interessante é o contato com o público, a interação com este e a retirada de dúvidas.

CONCLUSÃO: Portanto, é de grande importância conscientizar a população a respeito das ITUs em crianças, promovendo um maior conhecimento do assunto ao público envolvido na ação, além de informar sobre as causas e sintomas principais dessa infecção, objetivando a prevenção desta na idade infantil. De mesma forma, a experiência docente realizada na escola Yolanda Queiroz permitiu aos alunos uma vivência no campo prático, possibilitando sedimentar o aprendizado sobre o tema abordado.

Palavras-Chave: Conscientização; Sistema urinário; Infecção.

ID: 75. Área: UROLOGIA. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: Ianara Nogueira Dutra; Amanda Alencar de Carvalho; Georgia Praça Pinto; Letícia Albuquerque Cavalcante; Letícia Macedo Pinto; Pablo Cunha Marques; Ivon Teixeira de Souza. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade de Fortaleza. TÍTULO: OBSTRUÇÃO CONGÊNITA DE DUCTOS EJACULATÓRIOS POR CISTO DE WOLFF: RELATO DE CASO.

INTRODUÇÃO: A obstrução dos ductos ejaculatórios é uma causa incomum de infertilidade, estando presente em apenas 5% dos casos de azoospermia. A obstrução dos ductos ejaculatórios pode ser dividida entre causas congênitas ou adquiridas. Dentre as etiologias congênitas podemos citar estenoses ou atresias do próprio ducto, além da presença de cistos, que podem ter origem do ducto de Müller ou de Wolff.

OBJETIVO: Relatar o caso de um homem que procurou assistência urológica com queixa de infertilidade conjugal primária.

RELATO DE CASO: Paciente, 25 anos, referia dor genital constante, de leve intensidade, que piorava na ejaculação. Há dois anos estava tentando engravidar mas não havia conseguido. Na consulta inicial portava um espermograma recente que demonstrava azoospermia e hipoespermia. No exame físico constatou-se congestão epididimária e de defrentes, com volume testicular normal. Um segundo espermograma foi realizado com dosagem de frutose e avaliação hormonal. As mesma alterações do inicial foram observadas mas a frutose estava reduzida e a avaliação hormonal normal. Um ultrassom transretal foi solicitado e observou-se distensão das vesículas seminais e um cisto na porção central da próstata. Realizou-se o diagnóstico de obstrução de ductos ejaculatórios que foi confirmado com uma vasografia bilateral. O paciente submeteu-se a ressecção transuretral da parede anterior do cisto prostático.

RESULTADOS: Na avaliação do homem infértil faz-se a anamnese detalhada e um exame físico completo. No exame genital avalia-se o volume testicular, a presença dos ductos deferentes e epidídimos deve ser determinada. Na suspeita dessa patologia no exame digital retal pode-se palpar as vesículas seminais e detectar-se um cisto prostático. O espermograma é o exame padrão para se avaliar um homem infértil. Nos casos onde suspeita-se de obstruções de ductos ejaculatórios, a ecografia transretal pode mostrar sinais inflamatórios ou estruturas císticas intra ou peri-prostáticas. A ecografia, hoje, é considerado o método de imagem padrão. O tratamento padrão para esses casos é cirúrgico empregando a ressecção transuretral. Nesse caso, o cisto prostático se localizava na linha média da próstata e proximal ao verumontano, embaixo do colo vesical. Essa localização e o preenchimento do cisto pelo contraste, demonstrando uma comunicação com os ductos ejaculatórios sugere tratar-se de cisto de Wolff. O paciente foi tratado com ressecção transuretral da parede do cisto com preservação do colo vesical.

CONCLUSÃO: A obstrução de ductos ejaculatórios é uma patologia rara, porém deve ser suspeitada em casos onde o volume seminal é persistente baixo, descartando-se outras patologias. Por tratar-se de uma causa de infertilidade masculina cirurgicamente corrigível diagnóstico é de grande relevância restituindo ao casal a capacidade de obterem uma gravidez de forma natural.

Palavras-Chave: azoospermia; ductos ejaculatórios; obstrução; infertilidade.

ID: 76. Área: UROLOGIA. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: Beatriz Rocha Alves do Nascimento; Diego Benvindo Martins; Jheymer Wender Silva Martins; João Vitor Benvindo Martins; Lucas Lima Ellery; Diego Levi Silveira Monteiro. Instituições: Faculdade de Medicina, Centro Universitário Inta. TÍTULO: CISTOSTOMIA E COLOSTOMIA PROTETORA NA SÍNDROME DE FOURNIER: UM RELATO DE CASO. . INTRODUÇÃO: A síndrome de Fournier trata-se de uma variante de fasceíte necrosante, uma infecção grave e profunda do tecido subcutâneo sendo caracterizada por endarterite obliterante, que ocasiona gangrena da pele e estruturas subjacentes, acometendo, principalmente, região perineal, perianal ou genital. Resulta de uma complicação causada por bactérias anaeróbias, aeróbias ou ambas atuando em sinergia. É uma síndrome rara que apresenta tratamento e cura, porém, quando em estágios avançados, pode provocar sepse e colocar em risco a vida do paciente.

OBJETIVO: Descrever através de um relato de caso as complicações em decorrência da Síndrome de Fournier secundária a uma infecção de pele por estafilococcia necrosante.

RELATO DE CASO: Paciente de 76 anos, masculino, admitido na Santa Casa de Misericórdia de Sobral com edema, eritema e dor em região inguinal direita e escrotal há cerca de sete dias. Foi identificada flutuação de testículo esquerdo, sendo indicado orquiectomia associada à colostomia e cistostomia protetoras. Paciente apresentava importante edema peniano com risco de lesão uretral. Foi realizada cistostomia e orquiectomia com obliteração do cordão espermático, encontrando-se testículo esquerdo com zona esverdeada, flutuação e necrose. Foi observada extensa ferida em região períneo-escrotal e inguinal, com esfacelos e desvitalização de tecidos, necessitando desbridamento. Apresentou boa resposta ao tratamento instituído e apesar da melhora, ainda apresenta distensão abdominal e edema de membros inferiores. Tem como proposta de plano terapêutico a realização de enxerto das regiões desbridadas.

RESULTADOS: A princípio foi realizada a inserção de sonda vesical para prevenção de contaminações. Ademais, não foi eficaz, fazendo-se necessária a cistostomia. Em seguida, foi realizada a orquiectomia radical para remoção dos testículos necrosados, além de obliteração do cordão espermático e o desbridamento cirúrgico de tecidos desvitalizados. Foi realizada, também, colostomia protetora com finalidade de desviar a passagem do conteúdo fecal pelo reto, os quais se localizam próximo à infecção.

CONCLUSÃO: O quadro de necrose rápida e extensa, com gangrena da pele e das estruturas subjacentes, como bolsa escrotal e pênis, é uma característica da gangrena de Fournier, sendo uma variante da fasceite necrosante. Necessita uma abordagem terapêutica urgente com antibioticoterapia de amplo espectro, e empenho nos cuidados da infecção com estomaterapeuta e trocas de curativos, pelo menos duas vezes ao dia, assim como revisões do desbridamento cirúrgico.

Palavras-Chave: Gangrena, Síndrome de Fournier, Estomaterapia, Cistostomia, Colostomia Protetora.

ENSINO EM CIRURGIA

ID: 77. Área: ENSINO EM CIRURGIA. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER NÃO RELATO DE CASO. Autores: Karmelita Emanuelle Nogueira Torres Antoniollo; Amanda Holanda Cardoso Maciel; Lucas Pontes Coutinho; Gleiry Yuri Rodrigues Cardoso; Jonas Ramos Sales; Lídia Vieira do Espírito Santo; Matheus de Vasconcelos Araújo. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade Estadual do Ceará. TÍTULO: A METODOLOGIA ATIVA COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO EM LIGA ACADÊMICA EMERGÊNCIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA. INTRODUÇÃO: Observando o desenvolvimento de diferentes estratégias de ensino em saúde e a procura por diferentes maneiras de atuar com a formação de conhecimento no âmbito do ensino superior, expõe-se a necessidade de empregar alternativas metodológicas variadas para fomentar o aprendizado de forma que consolide aspectos cognitivos e estimule a autonomia dos estudantes. Experiências pedagógicas embasadas em metodologias ativas possibilitam atividades inovadoras na conjectura didática de grupos de estudo na área da saúde, favorecendo processos que ampliam o aprendizado. Nesse sentido, este trabalho se qualifica como um relato de experiência sobre a metodologia de ensino empregada na Liga de Emergência (LEMERG) da Universidade Estadual do Ceará. Na esfera do ensino, são abordados conteúdos que abrangem temáticas envolvendo emergências clínicas e cirúrgicas.

OBJETIVO: Descrever práticas de metodologias ativas de ensino como instrumento pedagógico capaz de proporcionar uma aprendizagem mais eficaz.

RELATO DE EXPERIÊNCIA: A LEMERG possui 10 membros ativos e realiza reuniões quinzenais, onde são apresentados seminários de assuntos variados dentro do contexto da emergência. Anualmente é construído o calendário de ensino, o qual é segmentado em ciclos de acordo com grandes subáreas, como trauma ou emergências neurológicas. Posteriormente, os ligantes se dividem em duplas e cada dupla é responsável por elaborar uma abordagem diferente para o tema da reunião. Durante o encontro é sorteado qual das duplas irá conduzir o tema, desse modo, todos os presentes têm que se preparar previamente para serem capazes de liderar, caso sejam sorteados. Essa sistemática propicia que as discussões sejam embasadas em múltiplas fontes literárias, além disso favorece a interpolação de perspectivas variadas acerca daquele conteúdo de acordo com o tempo de curso que os alunos se encontram.

RESULTADOS: A proposta pedagógica adotada contribui para a formação do raciocínio crítico dentro dos temas abordados. As diferentes fontes de pesquisa elencadas como proposição de fundamento teórico enriquecem a discussão, complementando e dando maior alicerce para enraizar o conteúdo aprendido.

CONCLUSÃO: A manutenção de estratégias de ensino que utilizam metodologias ativas é um processo dinâmico e integrativo que deve se adaptar à realidade do coletivo a que se destina. Essas

didáticas são ferramentas amplamente difundidas em grupos de estudos na área de saúde. Dentro da LEMERG, essa configuração proporciona resultados positivos em relação a questões de consolidação do conhecimento e autonomia dos estudantes, sendo uma proposta válida para fins metodológicos.

Palavras-chave: Liga acadêmica. Educação médica. Emergência.

ID: 78. Área: ENSINO EM CIRURGIA. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER NÃO RELATO DE CASO. Autores: Karmelita Emanuelle Nogueira Torres Antoniollo; Lorena Alves Brito; Ivna Leite Reis; Afrânio Almeida Barroso Filho; Ivelise Regina Canito Brasil. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade Estadual do Ceará. TÍTULO: O USO DE SEMINÁRIO INTERATIVOS COMO METODOLOGIA DE ENSINO EM LIGA DE CIRURGIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

INTRODUÇÃO: O presente estudo é um relato de experiência sobre a metodologia de ensino empregada na Liga Acadêmica de Cirurgia e Anatomia (LACAN) da Universidade Estadual do Ceará. Quinzenalmente ocorrem reuniões com o grupo de ligantes para explorar assuntos pertinentes dentro da área de clínica cirúrgica. O ensino adotado implica a participação ativa de alunos, no status de responsáveis pelo conteúdo ministrado. A estruturação ideológica formatada com a qual o conteúdo desses encontros é apresentado vem contribuindo para melhoria da qualidade do ensino. Esse estudo visa a colaborar com a formação acadêmica ilustrando um exemplo didático de estratégia de ensino.

OBJETIVO: Difundir metodologias de ensino participativas como recurso eficaz no processo de aprendizagem.

RELATO DE EXPERIÊNCIA: A LACAN possui 15 membros ativos, os quais dividem entre si temáticas na área de clínica cirúrgica a serem ministradas durante o ano. Os seminários interativos foram implementados como alternativa aos tutoriais de pequenos grupos, como o utilizado pelo método Problem Based Learning (PBL). Os encontros para execução das atividades foram realizados quinzenalmente, com uma duração média de três horas, onde foram abordados casos clínicos que eram apresentados por um ligante responsável por mediar a temática. Os casos eram debatidos pelos discentes e o mediador do tema frequentemente questionava o grupo. As perguntas tinham o intuito de embasar um fundamento teórico para as discussões das hipóteses levantadas, bem como para elucidar o motivo da conduta de escolha. Tal abordagem encoraja a interação entre os alunos e direciona o enredo abordado. Para implementação dos seminários foram utilizados recursos audiovisuais como apresentações em PowerPoint e vídeos.

RESULTADO: Essas estratégias participativas propiciaram uma maior interação entre os estudantes de diferentes semestres, evocando conhecimento prévio, revisando conteúdos, construindo novos conhecimentos de forma individual e coletiva. Além disso possibilitaram uma melhora no que diz respeito a atenção dos alunos ao induzir a participação ativa dos membros. Nesse sentido, foi observado que os seminários interativos são uma alternativa eficiente para o aprendizado em clínica cirúrgica.

CONCLUSÃO: Esse formato educacional apresentou efeitos positivos em relação a habilidades cognitivas e aspectos motivadores das atividades implementadas, sendo apontado como uma opção preferível ao contexto de seminários formais.

Palavras-chave: Liga acadêmica. Educação médica. Aprendizagem.

ID: 79. Área: ENSINO EM CIRURGIA. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER NÃO RELATO DE CASO. Autores: João Felipe Carvalho Rodrigues; Dharien Oliveira Correia; Caio Vitor Saunders Barreto; Lara Poti Nobre; Matheus de Souza Mendes; Victor Frota Dias; Israel Lopes Medeiros. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade de Fortaleza. TÍTULO: LIGA ACADÊMICA DE CIRURGIA TORÁCICA E SEU TREINAMENTO EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DE FORTALEZA: RELATO DE EXPERIÊNCIA.

INTRODUÇÃO: As ligas acadêmicas consistem em discentes de diferentes semestres com intuito de aprofundamento didático em determinados temas. As ligas podem dispor de treinamentos em serviços especializados, como de cirurgia, que contam como atividade extracurricular e ampliam o aprendizado, por meio de aplicação prática do conteúdo teórico e obtenção de conhecimentos fora da grade curricular. As informações deste trabalho foram obtidas através experiência dos ligantes e de ex-ligantes e revisão da literatura e buscam enfatizar a importância de uma Liga Acadêmica de Cirurgia na formação médica.

RELATO DE EXPERIÊNCIA: O treinamento em cirurgia torácica é promovido pela Liga de Cirurgia Torácica da Universidade de Fortaleza (UNIFOR) e pelo Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes em Fortaleza-CE. Nele os participantes têm a oportunidade de acompanhar Grandes Cirurgias, onde aprendem os cuidados pré-operatórios na cirurgia e, na nos cuidados pós-operatórios tomados na sala de recuperação. Os ligantes podem assistir cirurgias de ressecção pulmonar, traqueostomia, pleurodese. Nestas cirurgias, observa-se na prática conteúdos aprendidos em aulas ministradas pela liga. Os estudantes também atuam na sala de pequenas cirurgias, onde podem realizar, sob supervisão de um cirurgião torácico, procedimentos de menor complexidade como toracocenteses e drenagens torácicas. No ambulatório de cirurgia torácica os estudantes atendem pacientes, aprendendo a conduzir um paciente com nódulo pulmonar solitário: Quando pedir exames de imagem, a frequência das solicitações, por quando tempo fazer o seguimento e quando descartar uma malignidade. Vale ressaltar a grande evolução na interpretação de exames de imagem do tórax que se experiencia. Além dos serviços supracitados, há também o serviço de broncoscopia onde o estudante observa residentes em cirurgia torácica e cirurgiões torácicos realizam o procedimento, e aprende os aspectos a serem observados no exame.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Assim, o estágio permite que o acadêmico experimente uma rotina semelhante à do cirurgião torácico e adquira uma visão próxima da realidade dos profissionais já experientes, contribuindo massivamente para o seu desenvolvimento pessoal e acadêmico. O treinamento no serviço de cirurgia torácica oferta um meio de obtenção de conhecimentos extracurriculares, além de uma melhor sedimentação do conteúdo teórico-prático.

Palavras Chave: Cirurgia Torácica; Liga acadêmica; Extensão; Ensino; Treinamento.

ID: 80. Área: ENSINO EM CIRURGIA. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER NÃO RELATO DE CASO. Autores: Francisco Bezerra de Oliveira Neto; Harianne Leite de Alencar; Hugo Mendes Alencar Furtado; João Victor Braga de Oliveira; Lucas Mori de Lima; Nadedja Lira de Queiroz Rocha; André Alencar Moreira. Instituições: Faculdade de Medicina, Centro Universitário Christus; Faculdade de Medicina, Universidade de Fortaleza; Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Cariri. TÍTULO: TREINAMENTO EM SUTURA, ENXERTOS E RETALHOS PARA MÉDICOS DO PROGRAMA MAIS MÉDICOS DO GOVERNO FEDERAL. INTRODUÇÃO: A simulação em modelos para o treinamento de habilidades, sobretudo as cirúrgicas, é a base da educação médica. Ademais, é importante frisar que o ensino direcionado apenas a uma abordagem teórica não atinge um nível de aprendizado adequado no âmbito cirúrgico. Nessa perspectiva, considerando a ausência de um treinamento formal para médicos generalistas justifica- se a importância do aprendizado dos princípios básicos de cirurgia cutânea. A capacitação é vista como um mecanismo de ensino e aprendizagem para os generalistas que desejam aprimorar suas habilidades cirúrgicas a fim de que possam ser aplicadas em diversos campos de atuação médica. OBJETIVO: Relatar a experiência de um treinamento em procedimentos cirúrgicos cutâneos para médicos generalistas. METODOLOGIA: O treinamento foi realizado em dois momentos, sendo um teórico e um prático. Foram ministradas duas aulas teóricas, de duração de 1 hora cada. A primeira aula foi ministrada por acadêmicos da Universidade Federal do Cariri, membros da Liga Acadêmica de Cirurgia Plástica do Cariri (LACIP), sobre os conceitos básicos em sutura, instrumentação cirúrgica, fios de sutura, principais técnicas de sutura, cuidados com curativo e retirada de pontos. A segunda aula foi ministrada pelo Dr. André Alencar Moreira, Cirurgião Plástico pelo Instituto Dr. José Frota, orientador da LACIP que abordou os seguintes temas: Definição e classificação de Retalhos, Definição e classificação de Enxertos, Técnica Cirúrgica dos principais tipos de retalho (Romberg, Z-Plastia, Avanço em Ilha, Avanço em V-Y), Curativos, Complicações em Retalhos e Enxertos. O treinamento prático, com 4 horas de duração, contou com 7 estações de prática, nas quais os participantes tinham acesso ao material. Foram utilizadas peças da região abdominal suína, contendo pele, tecido sub-cutâneo, aponeurose e musculatura. As peças foram mantidas submersas em água até o momento da utilização, para manter a pele elástica e maleável. Além disso, foram utilizadas canetas dermatográficas e instrumental cirúrgico: porta-agulha, pinça anatômica, tesoura de mayo, pinça kelly curva e lâmina de bisturi número 15. Com o uso do material, os participantes deveriam marcar com a caneta dermatográfica os retalhos que iriam desempenhar, e procedê-los. RESULTADOS: A oficina capacitou e aperfeiçoou as habilidades cirúrgicas de 7 médicos do programa Mais Médicos do Governo Federal provenientes do município de Iguatu-CE quanto a realização de sutura básica e retalhos. A abordagem, primordialmente, teórica mostrou-se fundamental para a boa realização e compreensão do treinamento. Dentre os retalhos trabalhados, o retalho do tipo avanço em ilha mostrou-se de mais fácil execução enquanto o do tipo romberg foi o menos factível. Os participantes mostraram boas habilidades de sutura básica que facilitaram o aproveitamento da capacitação. CONCLUSÃO: A capacitação para médicos inseridos no Programa Mais Médicos mostrou-se produtiva ao possibilitar um campo de treinamento de habilidades médicas para estes, pois o conhecimento das técnicas aplicadas proporciona maior autonomia no exercício da profissão. Além disso, o uso da pele suína é versátil, de baixo custo e maleável, fornecendo a mobilidade necessária

para a rotação de retalhos e tendo características similares a pele humana. Dessa maneira, os resultados mostraram-se positivos na capacitação devendo ser incentivada para atingir um maior número de profissionais. Palavras-chave: Treinamento; Habilidades cirúrgicas; Cirurgia Plástica. ID: 81. Área: ENSINO EM CIRURGIA. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER NÃO RELATO DE CASO. Autores: Amanda Carolina Trajano Fontenele; Carolina Gomes Silva; Delane Viana Gondim; Juliana Oliveira Gurgel; Osvaldo Pereira da Costa Sobrinho; Sarah Girão Alves; Helson Freitas da Silveira. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará; Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará. TÍTULO: ESTUDO DA ANATOMIA CIRÚRGICA DA REGIÃO TEMPOROPARIETAL.

INTRODUÇÃO: A região temporoparietal do crânio (RTP) constitui uma área de alta complexidade anatômica, apresentando inúmeros planos compostos por estruturas neurovasculares, miofasciais e ósseas. Essa área é constantemente abordada em procedimentos cirúrgicos, o que exige conhecimento anatômico apurado a fim de evitar lesões iatrogênicas e morbidades pós-operatórias.

OBJETIVO: Descrever os planos anatômicos que formam a RTP.

METODOLOGIA: Foram utilizadas 4 cabeças formolizadas e 1 crânio seco, provenientes do Laboratório de Anatomia da Universidade Federal do Ceará. Inicialmente, foram demarcados os pontos craniométricos subjacentes à RTP em um crânio ósseo, e, posteriormente, foram dissecadas 8 regiões temporoparietais (direita e esquerda), pertencentes a 4 cadáveres adultos formolizados. Para isso, foram utilizados pinças anatômicas, cabo de bisturi no 3, lâmina de bisturi no 10, tesoura Metzenbaum, tesoura Íris e um motor de alta rotação para realização de acurada dissecção macroscópica dos planos.

RESULTADOS: Na peça 1, realizou-se uma incisão retroauricular seguindo o contorno da linha temporal superior até o ponto temporobasal médio. Rebateu-se, em ordem de menor para maior profundidade: tela subcutânea, fáscia temporoparietal juntamente com os vasos temporais superficiais e os ramos temporais do nervo facial, as lâminas superficial e profunda da fáscia temporal profunda, o músculo temporal e o músculo occipitofrontal. Ao chegar ao crânio ósseo, foi realizada uma craniotomia pterional, expondo a dura-máter e as estruturas encefálicas adjacentes. Na peça 2, analisou-se a íntima relação dos músculos da mímica, da glândula parótida, do nervo facial e do arco zigomático com o músculo temporal e suas fáscias. Na peça 3, foi observada a relação da RTP com áreas mais profundas, como o lobo temporal do cérebro, a fossa infratemporal, a dura máter, a artéria meníngea média, o meato acústico externo e a articulação temporomandibular. Na peça 4, por sua vez, focou-se nas relações da RTP com as meninges, mandíbula, arco zigomático e tendão do músculo temporal.

CONCLUSÕES: Esse estudo possibilitou melhor e mais complexa compreensão tridimensional intrínseca da RTP e das estruturas a ela adjacentes. Tais conhecimentos são fundamentais para a realização com êxito de neurocirurgias, cirurgias oncológicas craniofaciais, bem como para cirurgias de correção de traumatismos cranianos e bucomaxilofaciais.

Palavras-chave: Anatomia Cirúrgica; Região temporoparietal; Pontos craniométricos; Dissecção.

ID: 82. Área: ENSINO EM CIRURGIA. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER NÃO RELATO DE CASO. Autores: Douglas Marques Ferreira de Lima; Afonso Nonato Goes Fernandes; Heron Kairo Sabóia Sant’Anna Lima; Francisco Julimar Correia de Menezes. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade de Fortaleza. TÍTULO: APLICAÇÃO E PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DE MEDICINA EM MODELO DE LAPAROSCOPIA COM CÂMERA DE BAIXO CUSTO. INTRODUÇÃO: O crescimento da laparoscopia, procedimento no qual permite a visualização da cavidade abdominal por meio de uma videocamera, contribui de forma importante para fins diagnósticos e terapêuticos de diversas afecções cirúrgicas, principalmente depois após sua implantação no Brasil na década de 80, desde então, cada vez mais optasse pela escolha desta técnica invés de uma abordagem aberta (laparotomia), onde de acordo com o DATASUS no ano de 2017 foram realizadas 94.671 em todo o território nacional. Dessa forma, o presente estudo buscou aplicar modelo sintético reprodutível e de baixo custo para o treinamento em laparoscopia para estudantes de medicina da Universidade de Fortaleza de maneira fidedigna e protegida. OBJETIVO: Avaliar a percepção dos alunos em relação a modelo de videolaparoscopia com câmera de baixo custo. MÉTODO: As atividades foram realizadas por 14 alunos, que participaram do curso teórico prático de iniciação a cirurgia e videocirurgia. Durante esse período, 3 monitores supervisionaram o treinamento realizado por cada aluno. Os exercícios práticos foram baseados em visualização por meio câmera de vídeo, em um modelo de videolaparoscopia de baixo custo, com o intuito simular o manuseio de estruturas pequenas e frágeis com o uso das pinças laparoscópicas dentro da cavidade abdominal, usando parâmetros como: tempo para execução da atividade, grau de satisfação dos alunos e semelhança com a realidade. Ao final do treinamento, os alunos foram solicitados a responder um questionário para avaliar a percepção deles acerca dos simuladores usados. RESULTADOS: Dos 14 alunos que realizaram a prática, 8 (57,1%) haviam tido contato previamente com videolaparoscopia antes da simulação, 6(42,9%) concordaram totalmente que o modelo provou ser ergonomicamente confortável para a atividade, 6 (42,9%) concordam parcialmente e apenas 2(14,3%) discordaram parcialmente. Quando questionado sobre a qualidade do material para elaboração do modelo 12 (85,7%) dos participantes concordaram totalmente que a qualidade é satisfatória. Questionou-se também sobre a possibilidade do simulador ser usado para treinamento da videolaparoscopia, onde 11 (78,6%) concordaram totalmente com a ideia e 3 (21,4%) concordaram parcialmente com o uso dos simuladores para treinamento. Após a quantificação dos tempos dos alunos, para executar a atividade de passagem de feijão para dentro de uma endobag, o tempo médio para a realização da atividade variou de 11 segundo há 1 minuto e 16 segundo, com tempo de realização média de aproximadamente 57,3 segundos. CONCLUSÕES: Com materiais de fácil acesso e custo reduzido, foi possível confeccionar simulador de videocirurgia que, na percepção dos acadêmicos, possui resultados expressivamente positivos em relação a ergonomia, qualidade do material e uso como forma de treinamento da videocirurgia. Palavras-chave: Laparoscopia; Baixo custo; Simulador.

ID: 83. Área: ENSINO EM CIRURGIA. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER NÃO RELATO DE CASO. Autores: Douglas Marques Ferreira de Lima; Afonso Nonato Goes Fernandes; Heron Kairo Sabóia Sant’Anna Lima; Matheus de Almeida Coutinho Rodrigues; Francisco Julimar Correia de Menezes. Instituições: Faculdade de Medicina, Universidade de Fortaleza. TÍTULO: APLICAÇÃO DE SIMULADOR 3D DE BAIXO CUSTO EM TREINAMENTO DE VIDEOLAPAROSCOPIA COM ACADÊMICOS DE MEDICINA.

Introdução: Desde a primeira videocirurgia em seres humanos em 1988, essa técnica tem se aprimorado em relação à tecnologia que utiliza, evoluindo para cirurgias cada vez menos invasivas, menos traumáticas e com maior eficiência, utilizando da tecnologia para suprir as limitações naturais da laparoscopia, a exemplo disso foi criado a cirurgia robótica e a videocirurgia com visualização em três dimensões que proporcionam ao cirurgião a sensação de profundidade que anteriormente não existia através do vídeo. Assim sendo, observa-se o crescente uso deste tipo de tecnologia em cirurgia e a necessidade de treinamento, que nem sempre pode ser realizada devido aos elevados custos dos simuladores. Dessa forma, o presente estudo avaliar a percepção de acadêmicos de medicina acerca de simulador de baixo custo para o treinamento em laparoscopia 3D.

OBJETIVO: Avaliar percepção dos alunos em relação ao modelo e seu grau de proximidade com a realidade.

METODOLOGIA: O simulador foi montado em duas partes, base e óculos. Após montagem, foram inseridas estações diversas no simulador para treinamento de habilidades em videocirurgia. As atividades foram realizadas por 10 alunos, que participaram do curso teórico prático de iniciação a cirurgia e videocirurgia. Durante esse período, 3 monitores supervisionaram o treinamento realizado por cada aluno. Os exercícios práticos foram de passagem de feijões entre diferentes recipientes e passagem de agulha por arcos. Após o uso do simulador, os 10 participantes responderam a um questionário baseado na escala Likert de 5 pontos, variando de 1 a 5 (1 - discordo completamente; 2 - discordo parcialmente; 3 - indiferente, 4 concordo parcialmente; 5 - totalmente de acordo) para avaliar a percepção deles acerca do simulador usado, no âmbito da ergonomia, capacidade de reproduzir adequadamente os movimentos com a pinça, campo visual e facilidade de reprodução do simulador.

RESULTADOS: As atividades foram realizadas por 10 alunos com média de, aproximadamente, 20 anos e 4o semestre. Deles, 5 (50%), já havia tido contato com a laparoscopia, sendo acompanhando cirurgias ou com a utilização de simuladores em cursos passados. Quando questionados acerca da ergonomia do simulador, os alunos avaliaram com um nota média 4,4. Já acerca da capacidade de realizar movimentos adequados com a pinça a nota foi 4,6. A respeito do campo visual a nota média foi 4,3. Por fim, quando questionados acerca da reprodutibilidade do simulador a nota foi 4,5.

CONCLUSÃO: Com isso, foi possível demonstrar a aplicação de simulador 3D de baixo custo que, na percepção dos acadêmicos, possui resultados expressivamente positivos em relação a ergonomia, reprodução adequada dos movimentos realizados com as pinças, campo visual e reprodutibilidade. Palavras-chave: Simulador; Baixo custo; Videolaparoscopia. ID: 84. Área: ENSINO EM CIRURGIA. Data: 24/11/2018. Horário: 11h30. Sala: SESSÃO DE PÔSTER. Forma de apresentação: PÔSTER RELATO DE CASO. Autores: PARENTE, Adreza D. de S.; ALVES, Brenda E. M.; CANUTO, Ilana F. P.; AGUIAR, Marina V. C.; SILVA, Renata G. C.; BARRETO, Adller G. C. Instituições: Faculdade de Medicina, Centro Universitário Christus. TÍTULO: TRAQUEOSTOMIA: FATORES ASSOCIADOS À TÉCNICA E SUAS COMPLICAÇÕES – UM RELATO DE CASO OBJETIVO: Relatar a técnica de traqueostomia, correlacionando fatores associados ao pacientes às possíveis complicações do procedimento. RELATO DE CASO: Paciente masculino, 78 anos, procedente de Fortaleza, deu entrada na UPA da Praia do Futuro no dia 28/09/2018 devido à uma septicemia de provável causa pulmonar, sendo indicada a intubação orotraqueal por rebaixamento do nível de consciência e dessaturação. A IOT foi realizada com sucesso, tendo o paciente permanecido na UPA por 23 dias, até ser transferido para o Hospital Geral de Fortaleza. No dia 19/10, decidiu-se pela realização de uma traqueostomia, devido à longa permanência do paciente intubado. O procedimento foi realizado seguindo todos os passos necessários: assepsia; antissepsia; campeamento; anestesia com lidocaína a 2%; sedação com fentanil e midazolam; realizada incisão vertical, diérese por planos, bem como rebatimento da tireoide; identificação da traqueia e feita a traqueostomia; sendo executada ainda a aposição de reparo inferior e superior com nylon 2.0; escolha de um traquestomo número 8, sendo por fim fixado e feito curativo. Nesse momento, foi percebida uma grande rigidez na traqueia do paciente, é importante enfatizar que certa rigidez e calcificação traqueal é esperada nessa idade, porém, a rigidez excessiva – consistência consequente à grande calcificação - como a do paciente, foi um achado surpresa, além de causar um grau maior de dificuldade na realização da técnica e uma maior propensão a complicações. RESULTADOS: A traqueostomia é um dos tipos de vias aéreas artificiais verdadeiramente "seguras", juntamente com a IOT e, como todo procedimento, possui suas indicações, contraindicações e complicações, devendo ser feita avaliação individual dos casos de cada paciente. Dentre as complicações estão: pneumotórax, hemorragia, mau posicionamento do tubo, perfuração traqueal posterior, lesão tireoidiana e do nervo laríngeo recorrente, além de outras. Uma das complicações mais temidas na traqueostomia e que melhor se correlaciona com o paciente é o mau posicionamento do tubo, resultando em perda da via aérea e/ou lesão das estruturas adjacentes. Isso seria provável no nosso paciente devido à rigidez traqueal excessiva, dificultando a inserção do traqueostomo pela maior resistência encontrada, levando a várias tentativas e, consequentemente, a períodos mais prolongados de dessaturação. CONCLUSÕES: Após a avaliação desse relato, podemos ver a gama de fatores associados ao sucesso de um procedimento como a traqueostomia. Nesse caso, o achado de rigidez excessiva traqueal faz-se pensar em quais complicações esse fato poderia estar associado e como isso poderia comprometer a correta execução da colocação do traqueostomo. Ademais, é valido ressaltar a

importância da avaliação das condições individuais de cada paciente, bem como as características de cada técnica, a fim de serem pesados adequadamente os custos e benefícios de qualquer ação em um paciente já bastante debilitado. PALAVRAS-CHAVE: Intubação orotraqueal; traqueostomia; complicações.