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Paulo Junio de Oliveira
B03154-9
Resumo do livro de Ciência Política. Cap 5 :
A NAÇÃO
Paulo Bonavides
Trabalho apresentado da para avaliaçãoda disciplina Ciência Política ministrada
pelo Prof. Wagno Oliveira de Souza,com o valor máximo de:_______ pontos.
Universidade Paulista
21/11/2011
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SUMÁRIO
Introdução____________________________________________________________2
A Nação: um coceito equívoco? __________________________________________3
O erro de tomar insuladamente alguns elementos formadores do conceito de nação;raça.religião e língua_______________________________________________3
O conceito voluntarístico de nação_________________________________________4
O conceito naturalístico de nação__________________________________________4
Passos notáveis da obra de Renart fixando o conceito de nação___________________5
A nação organizada como Estado: o princípio das nacionalidades e a soberania nacional _____________________________________________________________________6
Conclusão___________________________________________________________ _7
Referências Bibliográficas________________________________________________8
INTRODUÇÃO
1
Nação, é um conjunto de pessoas, geralmente do mesmo grupo étnico, falando o mesmo idioma e tendo os mesmos costumes, e se mantêm unidos pelos hábitos, tradições, religião, língua e consciência nacional.
Sabendo que os elementos território, língua, religião, costumes e tradição, por si sós, não formam o caráter da nação. São requisitos secundários, que se integram na sua formação.
A Nação: um coceito equívoco?
2
Nação é apontada como um conceito da Ciência Política possuidor de mais de uma interpretação ou significado.
Uma noção bem esclarecedora cujo o significado da palavra pertence a um francês de nome Hauriou, a representa da seguinte forma ‘’é um grupo humano no qual os indivíduos se sentem mutualmente unidos, por laços tanto materiais como espirituais, bem como consientes daquilo que os distingue dos indivíduos componentes de outros grupos nacionais’’.
Já Aldo Bozzi acentua como conceito de nação: ‘’derivado da comunhão de tradição, de história, de língua, religião de literatura e de arte, que são todos fatores agregativos prejurídicos’’. Demonstra com clareza que o princípio humano pode existir com bases nacionais, antes de alcançar uma figura organizacional como de um estado.
Como conceito de nação, sem dúvida o mais importante seria o de Renan, dado por Mancini na proclamação de fatores naturais, históricos e psicológicos que serviram de fundamento a nação. Esse é um conceito de nação mais moderno, que menciona nação da seguinte forma :’’ uma sociedade natural de homens, com unidade de território costumes e língua, estruturados numa comunhão de vida e consciência social.’’
O erro de tomar insuladamente alguns elementos formadores do conceito de nação;raça.religião e língua
São empregados diversos elementos como resposta a pergunta: que é a nação?
Um desses elementos leva em conta a etnia.
Antes da segunda guerra mundial Hitler tinha a intenção de determinar a nação
a partir de bases étnicas, apresentando uma raça nobre, sendo ela a ariana. A tese da
raça poder ser elemento definidor da nação é totalmente racista, e é refutada
violentamente por cientistas.Pois com o passar de séculos a população através de
guerras , migrações, revoluções entre outros movimentos,fizeram com que os povos
tenham se misturado,assim diversificando cada vez mais a raça humana.
Conclui-se que, a tese de que de fato não existe a tal pureza racial. Como
conseqüência, a raça não é elemento definidor e característico do que seja uma nação.
E a religião, é um elemento que defino o conceito de Nação? Novamente a
resposta é negativa. Logicamente pode haver diversas religiões residindo em
determinado estado, assim como pode haver apenas uma religião abrangendo diversos.
Sendo assim, sem dúvida também não seria a religião aquele que nos proporcionaria o
conceito de Nação.
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E a língua é o agente determinante da nacionalidade? Não. Por razão bem
simples: Vivemos em um situação, onde se falam diversos idiomas. Há países, por
exemplo, que, fala-se o três idiomas. E quem recusará a esse estado a sua condição
nacional? Quem dirá que esse povo não possui atributos que os distinguem dos mais
povos formando uma Nação?
Em verdade, exprime a Nação conceito, sobretudo de ordem moral, cultural e
psicológica, em que se somam aqueles fatores antecedentemente enunciados, podendo
cada um deles entrar ou deixar de entrar em seu teor constitutivo.
Entre os elementos: língua, religião e raça, se mostram de maior importância a
língua. Porque a língua é instrumento de comunicação de que o homem utiliza melhor
para transmitir idéias, sentimentos e formas de pensar.
O conceito voluntarístico de nação
O conceito voluntarístico de nação resulta da intervenção convergente dos
fatores morais, culturais e psicológicos. A presença de tais fatores constitui o tecido de
que se forma a chamada consciência nacional.
A nação aparece em uma concepção como ato de vontade coletiva, inspirado em
sentimentos históricos. Provoca também a comunicação de interesses econômicos e
avivam os laços de parentesco espiritual, formando a plataforma de união e
solidariedade onde a consciência do povo toma um traço irrevogável de permanência e
destinação comum.
Nação é, portanto, um conceito tido como voluntarístico : se por um lado o
grupo étnico tem como referência as suas tradições e o passado, por outro lado o
sentimento de nacionalidade tem um conteúdo ligado à vontade e à consciência de viver
em comum, e a um projeto histórico e político voltado para o futuro, para o anseio pela
consolidação de um novo poder unificado.
O conceito naturalístico de nação
Influenciado por concepções racistas, formou-se na Alemanha um conceito de
nação que teve para aquele país as mais terríveis conseqüências. Havia uma teoria onde
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a raça humana seguia uma hierarquia, onde na extremidade mais alta colocou os povos
germânicos, portadores de traços étnicos privilegiados em pureza de sangue e
superioridade biológica, que lhes assegurava a supremacia na classificação das raças. O
que veio a provocar mais tarde a Segunda Grande Guerra Mundial. Uma ideologia
funda em bases nazistas, exclusivamente nos elementos étnicos.
O conceito naturalístico em verdade consistiu através de uma deformidade pa-
tológica da concepção de nação como “grupo fechado”, produzindo a modalidade mais
insana de nacionalismo,o da raça, em moldes políticos.
Passos notáveis da obra de Renart fixando o conceito de nação
A nação não se compõe apenas da população viva e militante, dos quadros
humanos que fazem a história em curso. Deita a nação suas raízes espirituais na tradição
vivem as glórias que ilustraram o passado, professa o culto e chamamento dos mortos,
reverencia a memória dos heróis e descobre com a visão do passado as forças morais de
permanência histórica, que hão de guiá-la nos dias de glória e luz como nas noites de in-
fortúnio e amargas vicissitudes.
Definindo a essência espiritual da nação, escreve Renan em termos de grande
clareza: “Uma nação é uma alma, um princípio espiritual. Duas coisas que, em verdade,
constituem uma só, fazem esta alma, este princípio espiritual. Uma está no passado,
outra no presente. Uma é a posse em comum de um rico legado de recordações, a outra
é o consentimento atual, o desejo de viver juntos, a vontade de continuar fazendo valer a
herança que se recebeu indivisa. O homem, senhores, não se improvisa. A nação, como
o indivíduo, é o estuário de um largo passado de esforços, de sacrifícios e de
abnegações. O culto dos antepassados é o mais legítimo de todos; os antepassados nos
fizeram o que somos. Um passado heróico, grandes homens, glória — entenda-se a
verdadeira glória — eis aqui o capital social sobre que assenta uma idéia nacional. Ter
glórias comuns no passado, uma vontade comum no presente; haver feito grandes coisas
juntas, querer ainda fazê-las; eis aí as condições essenciais para ser um povo. Ama-se a
casa que se construiu e se transmite.
A nação organizada como Estado: o princípio das nacionalidades e a soberania nacional
5
Aspectos históricos, étnicos, psicológicos e sociológicos dominam o conceito de
nação.
O patriota da unificação italiana entendia que “as nações são obra de Deus e os
Estados, entidades arbitrárias e artificiais, criadas freqüentemente pela violência e pela
fraude”. Mancini foi o principal criador do chamado princípio das nacionalidades. O
princípio significa que “toda nação tem o direito de tornar-se um Estado” ou toda nação
deve corresponder a um Estado.
Em um ponto de vista formado na Itália durante o século passado, a nação é o
valor maior, e o Estado forma puramente política só se justifica quando representa o
termo político e lógico do desdobramento nacional, o ponto de chegada necessário de
toda nação que completa sua evolução ao organizar-se como Estado.
A doutrina política das nacionalidades experimentou seu apogeu com a chamada
escola italiana do direito internacional, inspirando juridicamente os movimentos de
unificação nacional na Itália e Alemanha. Esposava-se nessa doutrina o princípio de
autodeterminação dos povos, tão em voga no sistema de relações internacionais, desde o
século passado.
Ao lado da repercussão externa do princípio nacional, é de assinalar o aspecto
político interno da mesma tese que fez da nação o primeiro valor moral da sociedade
politicamente organizada. O valor da nação na ordem interna antecedeu a proclamação
de sua importância no domínio internacional. Serviu, aliás, de base doutrinária a todo o
constitucionalismo liberal desde a Revolução Francesa. Constituiu-se de maneira
revolucionária durante aquela época, ficando consubstanciado na doutrina da soberania
nacional, que postulava a origem de todo o poder em a nação, única fonte capaz de
legitimar o exercício da autoridade política.
Conclusão
6
Este trabalho acadêmico teve como objetivo o embasamento preliminar na disciplina Ciência Política, abordando o tema A Nação. Foi utilizado o livro de Paulo Bonavides para se realizar esse breve resumo.
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Referências Bibliográficas
BONAVIDES, Paulo. Ciência política.Rio de Janeiro:Ed. Mallheiros, 16ª Edição, 2009.
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