A Narrativa. A Lírica. A Epopeia

27
Ana Sofia Matos nº3 Flávia Sousa nº 14 Joana Bettencourt nº17 Sofia Maldonado nº Escola Secundária Artística António Arroio

Transcript of A Narrativa. A Lírica. A Epopeia

Page 1: A Narrativa. A Lírica. A Epopeia

Ana Sofia Matos nº3

Flávia Sousa nº 14

Joana Bettencourt nº17

Sofia Maldonado nº 27

Escola Secundária Artística António Arroio

Page 2: A Narrativa. A Lírica. A Epopeia

A narrativa literária costuma apresentar-se em forma de prosa, mas pode ser também em versos (epopeia), ou seja, é um processo de exteriorização,

uma atitude objectiva e baseada na sucessividade.

Page 3: A Narrativa. A Lírica. A Epopeia

A acção da narrativa é constituída por três acções:

•Intriga (conjunto de acontecimentos que se sucedem, segundo umprincípio de casualidade, com vista a um desenlace. É uma acçãofechada.)

•Acção principal (conjunto de sequências narrativas que detêm maior importância na história.)

•Acção secundária (cuja importância depende da acção principal, relatando acontecimentos de menor relevo.)

Page 4: A Narrativa. A Lírica. A Epopeia

Trata-se de um de acontecimentos que acontecem num determinado espaço e tempo.

A acção pode dividir-se em:

•Apresentação – momento do texto em que o narrador apresenta as personagens, espaço e tempo, de modo a

situar o leitor nos acontecimentos.

•Desenvolvimento – momento em que se inicia o conflito(uma oposição entre forças ou personagens) em que

a paz inicial é quebrada e, através dos factos, a acção de desenvolva.

•Clímax – é o momento de maior intensidade gramática da narrativa, em que o conflito fica insustentável e

algo tem que ser feito para que a situação se resolva.)

•Desfecho – é como os factos (situação) se resolvem no final da narrativa, podendo

haver, ou não, uma resolução.)

Page 5: A Narrativa. A Lírica. A Epopeia

A acção é constituída por um número variável de sequências, que podem aparecer articuladas dos seguintes modos:

•Encadeamento – ou organização por ordem cronológica;

•Encaixe - em que uma acção é introduzida numa outra que estava a ser narrada e depois se retoma; •Alternância – em que várias histórias e sequências vão sendo narradas alternadamente.

Page 6: A Narrativa. A Lírica. A Epopeia

•Tempo Cronológico – tempo da história, determinado pela sucessão cronológica dos acontecimentos narrados; •Tempo Histórico – refere-se à época ou momento histórico em que a acção se desenrola; •Tempo Psicológico – tempo subjectivo, vivido pelapersonagem, que flui de acordo com o seu estado de espírito; •Tempo do Discurso – resulta do tratamento do tempo da história pelo narrador. Este tempo pode narrar os acontecimentos por:

•Anacronia – alteração da ordem do tempo real, recorrendo à analepse (recuo a acontecimentos passados)ou à prolepse (antecipação de acontecimentos futuros);

•Ordem linear;

•Isocronia – ritmo dos acontecimentos;

•Anisocronia – recorre ao resumo dos acontecimentos, à elipse (omissão de acontecimentos) ou à pausa (interrupção da história para dar lugar a divagações ou descrições).

Page 7: A Narrativa. A Lírica. A Epopeia

“Não existe uma só narrativa no mundo sem personagens.”

Por Roland Barthes

Page 8: A Narrativa. A Lírica. A Epopeia

•Protagonista – desempenha o papel principal, fundamental para o desenvolvimento da acção;

•Antagonista – actua como opositor ou adversário, sendo sempre contra alguém ou algo;

•Personagem secundária – assume um papel de menor relevo que o do protagonista, mas sendo na mesma

importante para o desenrolar da acção

•Figurante – tem um papel irrelevante para o desenrolar da acção, possuindo apenas como função

ilustrar um ambiente ou espaço social do que é representante.

Page 9: A Narrativa. A Lírica. A Epopeia

A composição de uma personagem é constituída por:

•Personagens modeladas – personagens cuja densidade psicológica permite que haja uma evolução através do seu comportamento.•Personagens planas – personagens previsíveis que não demonstram evolução durante a narrativa.

•Personagens-tipo – representam um grupo social.

•Personagens colectivas – personagens que agem como um todo.

Page 10: A Narrativa. A Lírica. A Epopeia

Existem dois modos de caracterizar uma narrativa: Directa e Indirecta.

Caracterização Directa

•Auto-caracterização – ocorre quando a própria personagem refere as suas próprias características.

•Hetero-caracterização – ocorre quando a caracterização de uma personagem é feita por outra personagem ou pelo

narrador.

Caracterização Indirecta – ocorre quando a caracterização de uma personagem é subentendida, ou seja, não é descrita nem pelo narrador nem por outra qualquer

personagem, deixando, assim, ao leitor que faça os seus próprios julgamentos do retrato da personagem.

Page 11: A Narrativa. A Lírica. A Epopeia

•Físico – é o cenário da acção, o espaço real.

•Social – é o ambiente social que as personagens figurantes proporcionam à narrativa.

•Psicológico – é o espaço interior das personagens: pensamentos, sentimentos, memórias.

Page 12: A Narrativa. A Lírica. A Epopeia

Quanto à participação pode ser:

•Heterodiegético – não participante.

•Autodiegético – personagem principal.

•Homodiegético – personagem secundária.

Page 13: A Narrativa. A Lírica. A Epopeia

Quanto à focalização (perspectiva do narrador em relação à narração) pode ser:

•Focalização omnisciente – o narrador conhece a história toda.

•Focalização interna – o narrador adopta um ponto de vista de uma ou mais personagens, o que resulta de uma diminuição do conhecimento.

•Focalização externa – o conhecimento do narrador é limitado apenas ao exterior.

•Focalização neutra – o narrador não expõe o seu ponto de vista.

•Focalização restritiva – o narrador baseia-se num ponto de vista de uma personagem.

•Focalização interventiva – o autor faz observações sobre as personagens.

Page 14: A Narrativa. A Lírica. A Epopeia

O género lírico geralmente envolve a emoção, o estado de alma, os pensamentos, os sentimentos do eu-lírico, e também os pontos de

vista do autor e, portanto, é inteiramente subjectiva.

Page 15: A Narrativa. A Lírica. A Epopeia

O género lírico é o texto onde há a manifestação de um eu-lírico:

•Termo usado na literatura para demonstrar o pensamento geral daquele que narra o texto;

•Refere-se ao "eu" que fala na poesia;

Page 16: A Narrativa. A Lírica. A Epopeia

A maioria da poesia lírica é feita em rimas.

Normalmente os pronomes e verbos estão na 1ª pessoa e a musicalidade das palavras é explorada.

Page 17: A Narrativa. A Lírica. A Epopeia

É diferente da poesia épica (onde um narrador conta uma história) pois na poesia lírica o poeta fala directamente ao leitor, representando os sentimentos, estado de espírito e

percepções dele ou dela.

Page 18: A Narrativa. A Lírica. A Epopeia

Estrutura externa

•Relaciona-se com os aspectos formais de um poema, por isso é equivalente a análise formal;

•Devem considerar-se os seguintes itens:

-número de estrofes

-número de versos que constituem cada estrofe

-nome de cada uma das estrofes

-número de sílabas métricas

-nome de cada um dos versos

-tipos de rimas

-ritmo

-figuras de estilo

Page 19: A Narrativa. A Lírica. A Epopeia

Estrutura interna

•O poema pode ser dividido em partes

•Tem de haver uma justificação para a divisão feita

•Relacionam-se as diferentes partes (adições, oposições, associações e paralelismo léxico-semântico)

•Encontra-se o tema e o assunto

•Relaciona-se o título com o conteúdo•Etc…(depende muito do tipo de poema em causa, do autor e ainda do período literário em que se insere.)

Page 20: A Narrativa. A Lírica. A Epopeia

O Verso : é cada uma das linhas de um poema.A estrofe: é um conjunto de versos                . as estrofes de versos têm nome de acordo com o número de versos que as forma:                

. Monóstico – só um único verso.

. Dístico – dois versos.

. Terceto – três versos.

. Quadra – quatro versos.

. Quintilha – cinco versos.

. Sextilha – seis versos.

. Septilha – sete versos.

. Oitava – oito versos.

. Nona – nove versos.

. Décima – dez versos.

Page 21: A Narrativa. A Lírica. A Epopeia

Rima é a sucessão de sons fortes ou fracos repetidos com intervalos regulares ou variados. Pode ser

avaliada quanto ao valor e combinações.

Page 22: A Narrativa. A Lírica. A Epopeia

. Toante – repetição de sons vocálicos.

. Aliterante – repetição de sons de consoantes.

. Consoante – repetição de todas as letras e sons.

. Aguda – rimas de palavras oxítonas.

. Esdrúxula – rimas de palavras paroxítonas.

. Ricas – rimas de palavras raras.

. Pobres – rimas de palavras comuns.

Page 23: A Narrativa. A Lírica. A Epopeia

. Rima Emparelhada :  aabbExemplo - “Aos que me dão lugar no bonde E que conheço não sei de onde, Aos que me dizem terno adeus Sem que lhes saiba os nomes seus[...]“ “Obrigado” de Carlos Drummond de Andrade                                             

. Rima Cruzada ou Alternada: ababExemplo – “Agora tu, Calíope, me ensina

O que contou ao Rei o ilustre Gama ; Inspira imortal canto e voz divina Neste peito mortal, que tanto ama.” “Os Lusíadas” de Luís de Camões  

. Rima Interpolada: abba

Exemplo - “Lembranças, que lembrais meu bem passado Para que sinta mais o mal presente Deixai-me se quereis viver contente Não me deixeis morrer neste estado” “Lembranças, que lembrais meu bem passado” Luís de Camões

   

Page 24: A Narrativa. A Lírica. A Epopeia

A epopeia pertence ao género épico, embora tenha fundamentos históricos, não representa os acontecimentos com fidelidade, geralmente

reveste os acontecimentos relatados com conceitos morais e actos exemplares que funcionam como modelos de comportamento.

Page 25: A Narrativa. A Lírica. A Epopeia

Características

• A acção épica situa-se num determinado tempo e espaço.

• Deve ter grandeza, solenidade e uma expressão heróica.

• O protagonista deve ser de uma alta estripe social (rei; herói). Deve também ter um grande valor moral.

• Inicio da narração “in media res”

• Deve ter unidade de acção, ou seja, pequenas narrações denominadas de retrospectivas e profecias que contam factos passados ou futuros relativamente à acção fulcral.

• Está dividida em episódios.

• O maravilhoso/mitológico deve intervir na acção.

• Modo narrativo, em que o poeta narra em seu próprio nome ou assumindo outras personalidades.

• A intervenção do poeta deve ser reduzida.

• Deve ser escrita no estilo solene e grandioso, assim como os factos contados. Tem também obrigação de ser escrita em verso decassilábico.

É uma narrativa escrita em verso

Page 26: A Narrativa. A Lírica. A Epopeia

Estrutura Externa

• O poema está dividido em dez cantos.

• Cada canto está organizado em estrofes. O número de estrofes por canto varia entre 87 a 156 estrofes.

• Cada estrofe contém oito versos (oitavas) seguindo o esquema rimático – abababcc. (A este tipo de estrofes chama-se de oitava

rima, oitava heróica ou oitava italiana.)

• Está escritos em versos decassilábicos.

Page 27: A Narrativa. A Lírica. A Epopeia

Estrutura Interna

•Proposição – é a parte introdutória do poema, na qual o poeta se propõe a fazer algo, indicando o assunto que nos vai cantar.

•Invocação – é o pedido de ajuda divina.

•Dedicatória – é o oferecimento do poema a uma personalidade importante. Esta etapa é facultativa, pois não consta em nenhuma das epopeias da Antiguidade.

•Narração – é o núcleo fundamental da epopeia, pois é nesta etapa que toda a história é contada.