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FUNDAÇAO DE ANTONIO FERREIRA DE CARVALHO Diretor- Redator-Chefe: Sebastião A. B. de Carvalho Vice-Diretora: Rosa Maria O.Werneck Rossi de Carvalho Registrado no Cartório de Registro de Títulos e Documentos de Cantagalo: Livro B-2, Fls. 29, N o 959 FUNDADO EM 08/11/1936 1a Fase: 8/11/1936 =Cantagallo Novo 2a: 16/8/1953-1965 =O Novo Cantagalo 3a: 1994/1997=Cantagallo Novo ANO: 78 CANTAGALO RJ, 8 de novembro de 2014 4 a fase: N o 24 Estamos em festa, hoje: 8/11/14, pois completamos 78 anos de existência! CANTAGALLO NOVO, ou O NOVO CANTAGALO, após muitos anos de luta, orgulha-se de ser o mais antigo jornal da Região Serrana Fluminense... Escrevemos boa parte da história! Por mais que fosse difícil manter jornal em cidade do interior, foi o que fez por muitos anos o jornalista AN- TONIO FERREIRA DE CARVALHO. Ele começou em 1936, reativando o antigo CORREIO DE CANTAGALLO, que depois finalizou, para fundar este CANTAGALLO NOVO. Antonio começou ainda jovem, com 28 anos. Sua mulher, e depois os filhos, foram seus auxiliares, trabalhando não somente na redação e distribuição do jornal, mas também na parte gráfica. Compor o jornal, com aqueles tipos metálicos, era um trabalho de paciência, que todos os quatro filhos executaram, uns mais, outros menos. Era como dizia o jornalista: “Todos os meninos devem passar pela caixa!” Isso significava que todos deviam aprender tipografia e ajudar na composição do jornal. As campanhas encetadas pelo jornal foram memoráveis. Uma delas, a criação de uma Semana Euclidiana e da Casa de Euclides da Cunha, hoje são realidades defendidas ou desfrutadas especialmente por jovens. Lembramo-nos quando apenas o jornal e a nossa redatora literária, Amélia Tomás, batalhavam por esses temas! Conhecida em grande parte pela divulgação de sua Coluna Literária, a escritora, que iniciamos no jornalismo e colocamos na ABI, acabou sendo nomeada diretora da Casa de Euclides da Cunha. Também o colunismo social, iniciado em Cantagalo por Luis Carlos Falcão, o CALUFA, foi obra de Sebastião, que ajudou o titu- lar da coluna a se firmar como jornalista, fazendo in- clusive o copy-desk do trabalho. Curioso é que, quando, hoje, se fala de Ca-. Antonio e Sebastião Carvalho lufa, esquece-se do jornal que o lançou e manteve durante anos! Coisas de Cantagalo!... Mesmo depois de mudar-se para Niterói, em 1963, a fim de que seus filhos pudessem fazer Faculdades, o jornalista Antonio Ferreira de Carvalho, sua esposa Maria e seu filho Sebastião continuaram editando o jornal. Contaram com a colaboração redacional de José Naegele, velho amigo e confrade. Em 1965, O NOVO CANTAGALO parou de circu- lar de modo definitivo. Somente em 1994, o jornal voltou a circular, impresso, com o antigo título de CANTAGALLO NOVO, sob a direção de Sebastião A.B. de Carvalho. Foi um período áureo do jornalismo cantagalense, pois importante reforma gráfica deu ao jornal uma moderna e bela forma, com matérias de alto nível. Mas em 1997 veio novamente a paralisação. Em 2 de novembro de 2012, CANTAGALLO NOVO passou a ser editado “on line”, trazendo notícias de Cantagalo e artigos de interesse cultural. Seus editores, o jornalista Sebastião Antonio Bastos de Carvalho e sua esposa, Rosa Maria Werneck Rossi de Carvalho (foto abaixo) esforçam-se para manter vibrante o antigo órgão da imprensa fluminense, que hoje completa 78 anos de existência! Ver também PÁG 6 É uma longa vida, cheia de percalços e dificuldades, mas também de importantes feitos pelo município que representa. Estamos todos de parabéns por esta grata efeméride! Somos o mais antigo jornal da região!

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FUNDAÇAO DE ANTONIO FERREIRA DE CARVALHODiretor- Redator-Chefe: Sebastião A. B. de Carvalho

Vice-Diretora: Rosa Maria O.Werneck Rossi de Carvalho

Registrado no Cartório de Registro de Títulos e Documentos de Cantagalo: Livro B-2, Fls. 29, No 959

FUNDADO EM 08/11/19361a Fase: 8/11/1936 =Cantagallo Novo 2a: 16/8/1953-1965 =O Novo

Cantagalo 3a: 1994/1997=Cantagallo Novo

ANO: 78 CANTAGALO RJ, 8 de novembro de 2014 4a fase: No 24

Estamos em festa, hoje: 8/11/14, poiscompletamos 78 anos de existência!

CANTAGALLO NOVO, ou O NOVO CANTAGALO, após muitosanos de luta, orgulha-se de ser o mais antigo jornal da Região SerranaFluminense... Escrevemos boa parte da história!

Por mais que fosse difícil manter jornal em cidadedo interior, foi o que fez por muitos anos o jornalista AN-TONIO FERREIRA DE CARVALHO. Ele começou em1936, reativando o antigo CORREIO DE CANTAGALLO,que depois finalizou, para fundar este CANTAGALLONOVO.

Antonio começou ainda jovem, com 28 anos. Suamulher, e depois os filhos, foram seus auxiliares, trabalhando

não somente na redação edistribuição do jornal, mastambém na parte gráfica.Compor o jornal, comaqueles tipos metálicos,era um trabalho depaciência, que todos osquatro filhos executaram,uns mais, outros menos.

Era como dizia o jornalista: “Todos os meninos devem passarpela caixa!” Isso significava que todos deviam aprendertipografia e ajudar na composição do jornal.

As campanhas encetadas pelo jornal forammemoráveis. Uma delas, a criação de uma SemanaEuclidiana e da Casa de Euclides da Cunha, hoje sãorealidades defendidas ou desfrutadas especialmente porjovens.

Lembramo-nos quando apenas o jornal e a nossaredatora literária, Amélia Tomás, batalhavam por esses temas!Conhecida em grande parte pela divulgação de sua ColunaLiterária, a escritora, que iniciamos no jornalismo ecolocamos na ABI, acabou sendo nomeada diretora da Casade Euclides da Cunha.

Também o colunismosocial, iniciado em Cantagalopor Luis Carlos Falcão, oCALUFA, foi obra deSebastião, que ajudou o titu-lar da coluna a se firmarcomo jornalista, fazendo in-clusive o copy-desk dotrabalho. Curioso é que,quando, hoje, se fala de Ca-. Antonio e Sebastião Carvalho

lufa, esquece-se do jornal que o lançou e manteve duranteanos! Coisas de Cantagalo!...

Mesmo depois de mudar-se para Niterói, em 1963, afim de que seus filhos pudessem fazer Faculdades, ojornalista Antonio Ferreira de Carvalho, sua esposa Maria eseu filho Sebastião continuaram editando o jornal. Contaramcom a colaboração redacional de José Naegele, velho amigoe confrade.

Em 1965, O NOVO CANTAGALO parou de circu-lar de modo definitivo.

Somente em 1994, o jornal voltou a circular, impresso,com o antigo título de CANTAGALLO NOVO, sob adireção de Sebastião A.B. de Carvalho. Foi um períodoáureo do jornalismo cantagalense, pois importante reformagráfica deu ao jornal uma moderna e bela forma, commatérias de alto nível. Mas em 1997 veio novamente aparalisação.

Em 2 de novembro de 2012, CANTAGALLO NOVOpassou a ser editado “on line”, trazendo notícias deCantagalo e artigos de interesse cultural. Seus editores, ojornalista Sebastião Antonio Bastos de Carvalho e suaesposa, Rosa Maria Werneck Rossi de Carvalho (fotoabaixo) esforçam-se para manter vibrante o antigo órgão daimprensa fluminense, que hoje completa 78 anos deexistência! Ver também PÁG 6

É uma longa vida, cheia de percalços e dificuldades,mas também de importantes feitos pelo município querepresenta. Estamos todos de parabéns por esta grataefeméride! Somos o mais antigo jornal da região!

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Mensagem do Diretor do Cantagallo Novo CANTAGALLO NOVO, novembro de 2014 Página 2

Jornalista Sebastião A.B.de Carvalho

Coluna do

Celso Frauches

O Prof. Walmor e as eleições...Assistindo, na TV, a uma reportagem sobre o segundo

turno das eleições deste ano, deparamo-nos com a figuraveneranda do Prof Walmor, que conhecemos, há cerca decinco décadas, quando lecionávamos no Colégio SalesianoSanta Rosa. O Professor Walmor, que hoje conta 93 anosde existência, tinha, na época, cerca de 40, enquanto euestava na casa dos 25...

Ele era Irmão Leigo Salesiano, professor de Francêse chefe do Serviço de Orientação Educacional. Muitorespeitado e admirado na comunidade. Na época, lembro-me de que ele havia recentemente chegado de uma estadiana Bélgica, aonde foi para aperfeiçoar seus conhecimentospedagógicos.

Admirei-me positivamente ao ver aquele ancião negromovimentando-se vagarosamente no recinto eleitoral, paraexercer o direito do voto, que ele valorizou, falando, comlucidez e desembaraço, do dever do cidadão, e justificandoque, mesmo sendo liberado da obrigação, pela avançadaidade, ele fazia questão de colaborar para o fortalecimentoda nossa democracia. Um belo exemplo do Professor!

Dicionário AnalógicoTalvez inspirado pelo artigo que a jornalista Elisabeth

Souza Cruz me enviou para ser publicado na edição atualdo JORNAL CULTURAL DE NOVA FRIBURGO, e quetrata exatamente de DICIONÁRIOS, resolvi procurar naInternet o Dicionário Analógico da Lingua Portuguesa,obra que já possui, no passado distante. A edição brasileirado dicionário analógico inspirou-se no pioneiro ROGETSPOCKET THESAURUS, que também já possui, mas queigualmente se perdeu numa das minhas muitas mudançasde domicílio pelo Brasil!

O Dicionáio Analógico organiza ideias, ora partindodo geral, ora do particular, concatenando-as por analogianos seus significados. Muito bom para ajudar a quem querachar a ideia ou a palavra exata para o que deseja expressar.Uma maravilha para o escritor! Essa obra ajuda a ampliar oalcance das ideias ou conceitos.Muito útil especialmenteagora que há tantas pessoas, inclusive professores, quedefendem toda sorte de simplificação tacanha do nossoidioma pátrio! Querem “facilitar” o aprendizado, mas emdetrimento da qualidade do vernáculo! Uma lástima, e algoque precisa ser combatido! Vamos incentivar o estudo,desde o primário, o amor pelos livros, inclusive pelosdicionários e os métodos de redação.

Incitamos o Ministério da Educação e as Academiasde Letras para que tenhamos maior distribuição de livros,gratuitos ou a preços módicos -- e seja impulsionada umacampanha junto aos meios de comunicação contra osestrangeirismos que ameaçam nosso idioma!

Nº 10 – 6 de novembro de 2014

Colégio Euclides da Cunha: lembranças

Celso da Costa Frauches

Meu pai, Henrique Luiz Frauches, fez o antigo curso primário no“Collegio Euclydes da Cunha”, quando funcionava no Palacete do Gavião,sob a direção do prof. Manoel Vieira Batista. Ele concluiu o curso aosdezoito anos de idade, em 1928, mas não pode continuar, pois teria queajudar o pai, Américo Frauches, na administração da Fazenda da Serra,no distrito de S.S. do Paraíba. O boletim escolar de conclusão do cursoassinalava excelente aproveitamento, com nota dez em todas as disciplinas,exceto “Portuguez: Leitura, Grammatica, Dictado, Calligraphia”, com nove.Meu pai voltou a estudar, no mesmo Colégio Euclides da Cunha, agora naárea urbana de Cantagalo, muitos anos mais tarde, em 1949, para realizaro curso ginasial e, em seguida, o curso técnico de contabilidade, concluídoquando já era prefeito de Cantagalo, em 1955, com nota global dez.

Em 1948, quem ingressava no Colégio Euclides da Cunha era eu,para fazer o antigo curso ginasial e, depois, o curso científico, concluídoem 1954, agora sob a direção dos irmãos Messias e Mário Teixeira, tendoo prof. Soares como um rígido disciplinador. O prof. Batista foi meuprofessor de História e outras disciplinas. Eu, diferentemente de meu pai,tinha notas médias, bem abaixo do dez.

Do Colégio Euclides da Cunha, guardo boas recordações, decolegas, de professores. Dos colegas e amigos, dois ainda estão na ativa,um em Cantagalo, o médico Júlio Marcos de Souza Carvalho, e o outroem Niterói, o jurista Geraldo Arruda Figueredo (Figueredo sem “i”).Dos professores, o melhor relacionamento era com a “Dona Lurdes”,exigente mas compreensiva. Até hoje tenho na memória rios, montanhas,capitais, mares, oceanos. Há tempos, fui a Formosa, uma cidade goiana,perto de Brasília. Lá, fiz questão de conhecer, de perto, a Lagoa Feia, queeu conhecida apenas nas aulas de geografia da professora Maria deLourdes Dietrich Gonçalves. Em suas aulas e na sua vida o “padrinho”Getúlio Vargas era personagem sempre presente.

O prof. Batista era uma figura. Ele ficava furioso com os altossalários pagos aos jogadores de futebol. Quando um dos alunos queriadesviar o assunto da aula, dizia: “Professor Batista, o senhor viu quantoestá ganhando o Didi, do Fluminense?”. Ele ficava uma fera, e comparavao salário do professor com o dos jogadores de futebol. É bem verdadeque esse cenário não mudou muito. Se o prof. Batista ainda estivesse vivoele ficaria muito mais furioso com a diferença salarial de hoje, entreprofessores e jogadores de futebol.

Em 1956, Henrique Frauches, prefeito de Cantagalo, fundou, noauditório do Fórum, com apoio do então juiz de direito da Comarca deCantagalo, Felisberto Monteiro Ribeiro Neto, e de outras personalidadesda sociedade cantagalense, o Setor Local da Campanha Nacional deEducandários Gratuitos (CNEG-Cantagalo), que manteria, por muitos anos,o Ginásio de Cantagalo. Duas peças importantes tornaram esse sonho deHenrique realidade: “Dona Lurdes” e Evandro do Valle Moreira.Alguns anos depois veio o Colégio Maria Zulmira Torres e o fechamentodo Colégio Euclides da Cunha. Mas isso é outra história...

Memórias entrelaçadas!...Celso Frauches e eu fomos contemporâneos. Quando ele chegou àcidade de Cantagalo, proveniente do distrito de S.S. do Paraíba, eu láestava, estudando no Colégio Euclides da Cunha e fazendo jornal commeu pai. Simpatizamo-nos mutuamente. Lembro-me até que chegueia protegê-lo contra a molecada que não aceitava o seu jeito manso eeducado de se comportar. Celso era mesmo gente boa! Todos ospersonagens que ele cita em seu artigo nesta página, fizeram parte deminha história também, inclusive o pai dele, o Prefeito Henrique LuizFrauches, cuja campanha fizemos em nosso jornal. Quanto às instituiçõesColégio Euclides da Cunha e Ginásio de Cantagalo, fui aluno e professordaquele e professor deste... Há muita coisa que poderia contar, masteria que escrever muito, e isso fica para outra oportunidade! Importante,no momento, é acentuar a sincronicidade que o Celso e eu temos emnossas vidas de estudantes e de lutadores por Cantagalo. O nossopassado pode ser recordado com alegria e orgulho, sempre!

Sebastião A.B. de Carvalho

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CANTAGALLO NOVO, novembro de 2014 Página 3

FAZENDAS DE CANTAGALO condensado do álbum inédito, criadopelo CEPEC, contendo 37 fazendas do município. Pesquisas de 1991 e 2013

Este jornal vai publicarresumos de matéria sobre asfazendas de Cantagalo, retiradada obra de Sebastião e RosaMaria Carvalho, sob opatrocínio do Centro deEstudos e Pesquisas Euclidesda Cunha - CEPEC. Leia esteimportante artigo sobre o tema:A FAZENDA CAFEEIRAFLUMINENSE. www.nitcult.com.br/fazcafe.pdfFazenda São Clemente

4- Fazenda São Joaquim

Pioneiro na defesa da ecologiana Região Serrana: 1959

Sede da Fazenda São Joaquim

Nem toda fazenda cantagalense tem antecedenteshistóricos da época imperial. Mas consideramos importanteque a fazenda esteja viva, ou seja, produzindo, cuidandode suas dependências com esmero e dedicação. Tal é oque ocorre nesta propriedade, onde seu proprietário estáexecutando um planejamento competente, com vistas aofuturo.

São Joaquim possui terras dadivosas, relevofavorável ao cultivo, um ambiente natural de grande beleza.Morar aqui é realmente um privilégio. Mas é preciso cuidardas dependências, para que tudo concorra a favor de umavida não só contemplativa, mas também produtiva. Éjustamente isso que seu proprietário e esposa buscamrealizar, e certamente, com tanto empenho, conseguirão!

Proprietário atual: José Cláudio Pereira Lima

Proprietários anteriores: Thereza Muzzy, (tataravódo atual proprietário) Joaquim Leite, Antonio Carlos Leite.

Localizada a 42km da sede do município, no seu 4ºdistrito: São Sebastião do Paraíba.

Área: 90 alqueires, sendo grande parte em pasto,parte em culturas, parte em matas.

São Joaquim tem 400 cabeças de gado Nelore paracorte. Além da agricultura, que é para consumo próprio,há criação de galinhas, patos, perus, pavões e faisões.

Trabalham dois empregados. Coroando a belezanatural de seu ambiente, vemos a sede da fazenda, que

está sendo reformada. O casal proprietário dedica-se aocultivo de flores e plantas ornamentais.

O Sr. José Cláudio e esposa, Sra. Ângela MariaCampanati Lima, querem, futuramente, residir na fazenda,em busca de ainda melhor qualidade de vida para si eseus descendentes.

Com relação ao que o poder público poderia fazerpara ajudar no progresso da propriedade, ele disse quemelhorar as estradas e liberar máquinas para o trato daterra seriam de importância capital. Falando de um modogeral sobre a agropecuária no município, disse que ofornecimento de máquinas agrícolas para facilitar aplantação e a colheita muito ajudaria aos proprietários,que, lucrando com as colheitas, que poderiam ser bemmaiores, os efeitos seriam bem mais satisfatórios paratodos.

O pavão que vive na varanda da fazenda, parece que gosta de posarpara a câmera! Ei-lo todo imponente! Foto CEPEC, 2013.

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Noticiário de interesse público baseado em reportagens da

Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Cantagalo RJ

Textos adaptados ao formato deste jornal, de material de autoria de GilmarMarques e Karina Monnerat, da Assessoria Municipal de Imprensa.

CANTAGALLO NOVO, novembro de 2014 Página 4

Conclui na página seguinte...

Banda de música de Cantagalo faz 100 anos de fundação no dia 15Sociedade Musical 15 de Novembro nasceu em 1914 a partir da fusão de duas rivais.

Comemoração será realizada em três finais de semana

No próximo dia 15 de novembro, a Sociedade Musical15 de Novembro, a banda de música de Cantagalo, completaseus 100 anos de fundação e preparou uma extensaprogramação para marcar a data, o que será realizado durantetrês finais de semana, com a culminância no próprio dia 15.

O evento conta com apoio da Prefeitura, através daSecretaria Municipal de Cultura. Um dos destaques daprogramação, conforme explicou o presidente da entidade,Sérgio Campanate, é inaugurar o Museu Nacib Mansur, nasede da entidade (Rua Dr. Júlio Santos, s/nº, ao lado daIgreja Matriz do Santíssimo Sacramento). O museu vai contarum pouco da história da banda com instrumentos, fotos,galeria de presidentes e maestros, entre outros detalhes queainda não foram revelados.

E tudo começa neste sábado, 1º de novembro, às 18horas, quando a diretoria da entidade, além de váriosconvidados, vão recepcionar, na Praça Miguel de Carvalho(imediações da rodoviária municipal), duas bandasconvidadas: a Sociedade Musical União Ribeironense, deSão José do Ribeirão, distrito do vizinho município de BomJardim, e a Sociedade Musical São João Batista, da cidadede Macuco. Ambas farão retreta especial na Praça CônegoCrescêncio Lanciotti, a Praça da Matriz, no Centro da cidade.A primeira se apresentará às 19 horas e a segunda, às 20horas.

Antes, as bandas convidadas desfilarão pelas ruas doCentro da cidade. A abertura oficial das comemorações estámarcada para as 19 horas, também na Praça da Matriz, comparticipação da diretoria da entidade e do prefeito SauloGouvea (PT).

– Para nós, é um grande privilégio contar com umabanda de música como a nossa centenária Sociedade Musical15 de Novembro. Parabéns a toda a diretoria e a todos osmúsicos, responsáveis por manter viva essa tradição tãoadmirada em cidades do interior, como a nossa bicentenáriaCantagalo – destacou o prefeito.A história

A Sociedade Musical 15 de Novembro nasceu daformação de duas bandas políticas – a Sociedade Musical7 de Setembro e a Sociedade Musical Flor de Maio –, quepertencia ao grupo político de Júlio Veríssimo da SilvaSantos, segundo relata o médico e escritor cantagalense JoãoGuzzo, morto em 1998, em seu livro ‘O Sobrado - Memóriase Histórias de uma Geração.’

Embora houvesse uma rivalidade entre as duas bandas,ambas tidas como de ótima qualidade, havia uma pequenasuperioridade para a Flor de Maio, que conseguia maiorsimpatia popular, segundo o autor. Era uma época em que

bandas na praça nos finais de semana eram programasindispensáveis.

Contam os mais antigos que, em dias de retreta daFlor de Maio, as moças da sua torcida vestiam roupas azule branco e, nos dias da 7 de Setembro, as moças, suassimpatizantes, vestiam roupas verde e amarelo.

Entre os anos de 1913 e 1914, em decorrência deuma epidemia de febre amarela que assolou Cantagalo, como comprometimento de toda a economia local, as duasbandas encerraram suas atividades. Porém, um grupo demúsicos que não se conformava com a situação resolveucriar uma nova banda e, para isso, uniram-se os músicos daFlor de Maio e da 7 de Setembro.

Na manhã de 15 de novembro de 1914, encabeçadospor Edimo Ferreira da Silva, Horácio Araújo, Isolino Alves(pai do também maestro Celso Alves - ambos já falecidos),Joaquim Pinto Gomes, Alfredo Teixeira Torres, Paulo Kellere outros amantes da música, após uma reunião num bar dacidade, sob a liderança de Guilherme Sauerbronn, um alemãoque morava em Cantagalo e era proprietário de uma fábricade cervejas, foi escolhido o nome da banda, que fazia alusãoao dia da primeira reunião.

O primeiro maestro foi Domingos José Cidade, tendoo mesmo Guilherme Sauebronn como primeiro presidente.Logo em seguida, os músicos saíram de casa em casaconvidando a população para a primeira retreta, queaconteceu sem mesmo nenhum tipo de ensaio, sem repertórioe todos sem qualquer uniforme.

A 15 de Novembro teve, ao longo desses 100 anos,apenas 10 maestros, embora tenham passado pela diretoriada entidade um total de 33 presidentes, entre eles o atual,Sérgio Campanate.

Da fundação para cá, muitos foram os maestros quese destacaram à frente da entidade. Os três últimos são bemconhecidos dos cantagalenses: Carlos Gomes Pereira, jáfalecido, Celso Alves, filho de Isolino Alves, um dosfundadores da banda, também já falecido, e o atual, CelsoGuimarães.

PROGRAMAÇÃO

1º de novembro (sábado)

18h – Recepção às bandas, próximo à Rodoviária deCantagalo, por diretores, amigos e amigas da banda.18h30min. – Desfile pelas ruas de Cantagalo.

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18h50min. – Abertura das festividades em comemoração aocentenário da Sociedade Musical 15 de Novembro peladiretoria (será feito pelo presidente e prefeito).19h – Apresentação, na Praça Cônego Crescêncio Lanciotti,da Sociedade Musical União Ribeironense, de São José doRibeirão, Bom Jardim-RJ.20h – Apresentação, na Praça Cônego Crescêncio Lanciotti,da Sociedade Musical São João Batista, de Macuco-RJ.

9 de novembro (domingo)

18h30min. – Recepção à Sociedade Musical 8 de Dezembro,de Duas Barras-RJ, próximo à Rodoviária de Cantagalo,por diretores, amigos e amigas da banda.18h45min. – Desfile pelas ruas de Cantagalo.19h – Apresentação, na Praça Cônego Crescêncio Lanciotti,da Sociedade Musical 8 de Dezembro, de Duas Barras-RJ.

12 de novembro (quarta-feira)

18h30min. – Sessão Solene, na Câmara Municipal deCantagalo (Prédio Anexo à Defesa Civil), em comemoraçãoao centenário da Sociedade Musical 15 de Novembro.

14 de novembro (sexta-feira)

19h – Recepção à Banda de Tambores do Ciep 277 - JoãoNicoláo Filho (Janjão), por diretores, amigos e amigas dabanda.19h15min. – Desfile pelas ruas de Cantagalo.19h30min. – Entrega de títulos a colaboradores.20h – Apresentação, na Praça Cônego Crescêncio Lanciotti,da Banda de Tambores do Ciep 277 - João Nicoláo Filho(Janjão), com a participação de músicos da SociedadeMusical 15 de Novembro.

15 de novembro (sábado)6h – Alvorada com a centenária Sociedade Musical 15 deNovembro, pelas ruas da cidade, acompanhada porautoridades, diretores, amigos e amigas da banda.7h – Café comunitário com músicos, autoridades, diretores,amigos e amigas da banda, na Praça Cônego CrescêncioLanciotti.9h – Entrega simbólica do novo uniforme da SociedadeMusical 15 de Novembro.10h – Missa Solene pelo centenário de fundação daSociedade Musical 15 de Novembro, celebrada pelo padreJeferson Fernandes Nóbrega.12h – Almoço (com convite).14h – Homenagens a vários músicos e maestros que doaramparte de sua vida à nossa banda.15h – Inauguração do Museu Nacib Mansur e homenagemaos músicos, na sede da Sociedade Musical 15 deNovembro, próxima à Igreja Matriz.16h30min. – Inauguração do Marco Comemorativo doCentenário da Sociedade Musical 15 de Novembro, na sededa Sociedade Musical 15 de Novembro, próxima à IgrejaMatriz. (será feito pelo presidente, prefeito e presidente daCâmara Municipal).18h – Desfile da Sociedade Musical 15 de Novembro pelasruas da cidade.19h30min. – Apresentação de gala da centenária SociedadeMusical 15 de Novembro de Cantagalo.21h – Corte do bolo comemorativo ao centenário.21h30min. – Fogos.22h – Encerramento.

Este jornal, que sempre prestigiou a SociedadeMusical 15 de Novembro, inclusive com o concurso denosso fundador, o jornalista Antonio Ferreira deCarvalho, também músico entusiasta da Banda,regozija-se com todos os seus membros e com o povocantagalense.

CANTAGALLO NOVO, novembro de 2014 Página 5

Celso Guimarães, o maestro de Cantagalo, é o grandecondutor da centenária Sociedade Musical 15 de Novembro

O Maestro Celso Guimarães, que vemos ao lado doamigo Sebastião Carvalho, o Celsinho, como é chamadopelos seus conterrâneos cantagalenses, atua há anos naSociedade Musical 15 de Novembro, tendo assumido aregência, antes exercida pelos saudosos Maestros CarlosGomes Pereira e Celso Alves. Todos esses abnegados músicos atuaram com ojornalista Antonio Ferreira de Carvalho, não só na banda

musical como na Orquestra Cantagalense, que marcouépoca nos anos 50. Celso Guimarães é um competentearranjador, e gosta de participar dos principais eventosdo municipio. Uma de suas atividades de grandeimportância, é estimular e ajudar na formação de novosmúsicos, renovando a nossa 15 de Novembro.

No próximo dia 15, 2014, a Banda vai completar seucentenário, que será condignamente comemorado. OCelsinho nos mostrou um DVD que será usado paraabrilhantar as comemorações do centenário, e certamenteficará marcado na história dessa maravilhosaagremiação. Carlos Gomes Pereira e Celso Alves, lá da Eternidade,onde passaram a morar, estarão alegres com a grandezadas ações que hoje seus sucessores realizam!

Cabe ressaltar o trabalho do jornalista e músico CesarMansur pelo muito realizado a favor da criação eorganização do Museu que leva o nome de seu saudosopai, Nacib Mansur, no bojo das comemorações doCentenário da Banda. Nacib foi um grande incentivadore animador do carnaval e da música em Cantagalo.

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CANTAGALLO NOVO, novembro de 2014 Página 6

ANTES mesmo de ser jornalista, ANTONIOFERREIRA DE CARVALHO já era musico. Sim,porque nasceu numa família que cultivava a artemusical. O chefe da família era o cidadãoportuguês José Antonio de Carvalho, maestro daBanda Musical Lyra Bonjardinense, conhecido emtoda a região serrana fluminense. Seus filhos, todoseles tocavam um instrumento. assim: Maria Ica,piano; Conceição, violino; Antonio, e Armindo,flauta; José. percussão; Guilhermino, violino. Elesformavam um conjunto que animava as sessõesde cinema, naquela época do cinema mudo. Aspautas vinham com as latas de filmes, o conjuntoensaiava e tocava nas sessões. O maestro JoséAntonio adaptava as partituras ao seu conjuntofamiliar.

EM Cantagalo, Antonio atuou na SociedadeMusical 15 de Novembro, ao lado do maestroCarlos Gomes Pereira e depois do maestro CelsoAlves. O atual maestro, Celso Guimarães iniciou-se na mesma instituição.

ALÉM de atuar na Banda, Antonio costumava“tocar o Carnaval” em companhia de José Vieira,de seu irmão Luiz, e outros amigos cantagalenses.Mas o que assinalou um ponto alto foi a criação daORQUESTRA CANTAGALENSE - O.C. queabrilhantou bailes nos salões do Forum durantealguns anos.

QUANDO, em 1949, Antonio Ferreira deCarvalho se instalou em Miracema, para editar oJORNAL DE MIRACEMA, também resolveu fundaruma orquestra, a ORQUESTRA MIRACEMENSE.,que tocava no Aero Clube da cidade, animandofestas memoráveis...

BOM JARDIM, Cantagalo e Miracema foramos municípios que receberam de Antonio Ferreirade Carvalho, o melhor que ele podia produzir:Música e Jornalismo!

AGORA, quando se comemora o centenárioda Sociedade Musical 15 de Novembro, deCantagalo, relembramo-nos deste ativo realizador,que, com companheiros que sabia arregimentar,semeou tanta coisa positiva, sadia e bela, fazendojus, assim, à homenagem que lhe é prestada, comsua foto no Museu da Sociedade Musical 15 deNovembro, marcando merecido reconhecimento.

O MÚSICO ANTONIO FERREIRA DE CARVALHO

FONTE: Sociedade Musical Recreio Bonjardinense, de Fábio Erthal

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CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISASEUCLIDES DA CUNHA - CEPEC

CRIADO em 1958, por Sebastião Antonio Bastos de Carvalho,e oficializado em 1991, o CEPEC vem desenvolvendoestudos e trabalhos sobre o patrimônio natural e cultural deCantagalo, lutando para sensibilizar os cantagalenses nosentido de trabalharem pela preservação e desenvolvimentodas coisas da Terra. Presentemente, pugna pela criação doMuseu Histórico e Antropológico de Cantagalo.Sociólogo Sebastião Carvalho

O pioneirismo do CEPEC Criado em 1958 e registrado em 1991, o

CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS EUCLIDES DA CUNHA - CEPEC é pioneiro em:

1- Homenagear o escritor EUCLIDES DA CUNHA, adotando-lhe o nome, quando haviaresistências contra ele. 1958;2- Redescobrir, através de pesquisa histórica e trabalho de campo, a GRUTA DA PEDRASANTA, em Euclidelândia = 1959;3- Pesquisar e divulgar matéria inédita sobre a existência de Animais Pré-Históricos naregião de Cantagalo = 1959;4- Reivindicar a criação da Casa de Euclides da Cunha, através de artigo publicado em ONOVO CANTAGALO, em 16/04/1961;5- Editar o primeiro vídeo sobre as Fazendas de Cantagalo = 1991;6- Criar o ÁLBUM DAS FAZENDAS DE CANTAGALO, resultado de pesquisa de campocobrindo todo o território = 1991;7- Descobrir, nomear, fotografar, mapear e divulgar a GRUTA DO NOVO TEMPO, em BoaSorte = 1991;8- Desmistificar a história local, com a edição do livro O TESOURO DE CANTAGALOprovando que Manoel Henriques, o Mão de Luva, não era um fidalgo português amante deD.Maria I, e que tinha irmãos, mulher e filhos. 1991;9- Retificar a história de Manoel Henriques, provando que era natural de Ouro Branco MG,casado na Igreja Católica, e divulgando os nomes de seus pais, de sua mulher e de seuenteado. Publicado no CANTAGALLO NOVO, no 05, abril, 2013;10- Propor à Câmara de Vereadores de Cantagalo a criação do Dia do Desbravador Mão deLuva = 14 de maio = no 06, maio, 2013.

Page 8: a o Estamos em festa, hoje: 8/11/14, pois completamos 78 anos de ... · Por mais que fosse difícil manter jornal em cidade do interior, foi o que fez por muitos anos o jornalista

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ENSINAMENTOS FILOSÓFICOS PARA A NOVA ERAMahabhutani e Indrananda

Inspirados por Bhagavan Sri Ramana MaharshiTrabalho de exposição de ensinamentos da Filosofia Vedanta, escrito por Mahabhutani e Indrananda,

inspirados no excelso Guru Bhagavan Sri Ramana Maharshi.

“EU SEI MEDITAR, ESPERAR E CONFIAR!”

Vem da edição anterior

continuará...

EXCERTOS DA “NOVA DOUTRINA” de Ramana Maharshi

Conheça a NOVA DOUTRINA de Ramana:www.nitcult.com.br/nd.pdf

4.11. No Caminho do Conhecimento —Sabedoria — o Discípulo medita, conhece o seu Ser, evislumbra duas vertentes. Na vertente do Agir, aliberdade de ação leva-o a entender que oConhecimento Espiritual não o torna incapaz de viverno mundo material, mas sim de situar-se acima dele,praticando a maneira correta de agir. Na vertente daSabedoria — meditação — ele adquire ConhecimentosSuperiores que o tornarão capaz de evoluir a ponto deobter o Nirvana -- podendo ainda, se o quiser, regressarao mundo para ajudar outros a também alcançaremessa Beatitude.

Diferentemente dos que postulam uma vida ascética,apartada do mundo material, nós entendemos que umaatuação consciente e desvinculada pode ser aí desenvolvida,com reais benefícios para todos. Apenas é preciso que oDiscípulo utilize a capacidade de viver simultaneamente nosdois mundos, dando primazia ao espiritual. Assim, nãointerrompe sua trajetória rumo à total Realização, e aindaajuda outros a ingressarem e evoluirem na Senda.

4.12. Nem todo progresso leva ao objetivomáximo da Iniciação. Muitos se desviam do Caminho,atraídos pelas tentações de Mara, na forma de prazeressensuais e realizações que alimentam a vaidade, oegocentrismo, a falta de sensibilidade para com osofrimento alheio! Cuide o Discípulo para que tal nãolhe aconteça! Porém, se vier a cair, não se dê porvencido! Levante-se e, rogando a ajuda dos Mestres,prossiga, exatamente do ponto em que se desviou. Nãose arrependerá se assim pensar e agir.

Não se abater diante das dificuldades, perdas e atéquedas! Se a caminhada espiritual fosse fácil, todos estariamno Caminho! Mas ela está cheia de dificuldades, obstáculos,ciladas... Não desanime, contudo! Lembre-se sempre deque essas dificuldades são elementos que ensejamoportunidades de vitória e progresso... E console-se com ofato de que, ao vencer mais e mais obstáculos, você estaráse fortalecendo para enfrentar, com mais energia e poder, osque o futuro lhe reservar!

Capítulo 5

5- ABUNDÂNCIA -- BENS MATERIAIS E ESPIRITUAISNECESSÁRIOS AO SERVIÇO SUPERIOR SÃO CONSEGUIDOS.O AVANÇO É CONTÍNUO, AS DIFICULDADES DIMINUEM,POISO PODER DO INICIADO MOSTRA-SE MUITO AUMENTADO.

5.1. Para o Discípulo ter conhecimentoverdadeiro de que não existem Mente e Ego, é precisoque ele, numa meditação correta, faça uma auto-análisee construa o seu Ser Superior ou Absoluto.

Porque são frutos da vida material, Mente e Ego naverdade não existem, sendo apenas Maya ou Ilusão. Suasexistências transitórias ocorrem apenas no mundo fenomenal,e terminam com a morte ou com a transcendência alcançadano Nirvana ou Samadhi. Quando o Discípulo, através daMeditação, chega a patamares mais elevados, ele destróiMente e Ego, passando a residir na bemaventurança do seuSer Superior. Totalmente consciente das Realidades e daRealidade Oniabarcante, o Discípulo prossegue, livre, emsua excelsa caminhada, ajudando outros a trilharem os seuscaminhos, os quais, embora diversos, desembocam nummesmo e único Caminho, que os Buddhas conhecem...