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A OFERTA DE SERVIÇOS E O COMPORTAMENTO DOS PRODUTORES SEMINÁRIO 02 - GESTÃO HOSPITALAR EM SAÚDE FACULDADE DE MEDICINA/UNIC TURMA XXIII

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A oferta de Serviços em Gestão Hospitalar. Faculdade de Medicina - UNIC. (2014/01)

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A OFERTA DE SERVIÇOS E

O COMPORTAMENTO DOS

PRODUTORES

SEMINÁRIO 02 - GESTÃO HOSPITALAR EM SAÚDE

FACULDADE DE MEDICINA/UNIC

TURMA XXIII

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QUAL É O

COMPORTAMENTO DE

UM PRESTADOR DE

SAÚDE?

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PRODUTORES

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1. QUAL É O COMPORTAMENTO DE UM PRESTADOR DE

SAÚDE?

A indústria de prestação de serviços de cuidados de saúde é

trabalho intensivo. Os prestadores de serviços de saúde são a

personificação dos valores centrais de um sistema – eles curam e cuidam

de pessoas, aliviam dores e sofrimento, previnem doenças e mitigam

riscos –, sendo a ligação humana que conecta o conhecimento à ação de

saúde. Os prestadores de serviços de saúde constituem cerca de dois

terços da força de trabalho global na área de saúde, enquanto o terço

restante é composto por gestores em saúde e trabalhadores de apoio.

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Regulamentação da Participação dos Prestadores de

Serviço no Setor de Saúde Suplementar – ANS.

Fundamental para o equilíbrio do sistema.

Satisfação dos beneficiários.

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Lei Federal n. 9.656

I - Plano Privado de Assistência à Saúde: prestação continuada de

serviços ou cobertura de custos assistenciais com a finalidade de garantir

a assistência à saúde, visando a assistência médica, hospitalar e

odontológica, a ser paga integral ou parcialmente às expensas da

operadora contratada.

A assistência compreende todas as ações necessárias à prevenção da

doença e à recuperação, à manutenção e à reabilitação da saúde,

observados os termos desta Lei e do contrato firmado entre as partes.

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Obrigações e direitos

I - o consumidor de determinada operadora, em nenhuma hipótese e sob nenhum

pretexto ou alegação, pode ser discriminado ou atendido de forma distinta daquela

dispensada aos clientes vinculados a outra operadora ou plano.

II - a marcação de consultas, exames e quaisquer outros procedimentos deve ser feita de

forma a atender às necessidades dos consumidores, privilegiando os casos de emergência

ou urgência, assim como as pessoas com mais de sessenta e cinco anos de idade, as

gestantes, lactantes, lactentes e crianças até cinco anos.

III - a manutenção de relacionamento de contratação ou credenciamento com quantas

operadoras de planos ou seguros privados de assistência à saúde desejar, sendo

expressamente vedado impor contratos de exclusividade ou de restrição à atividade

profissional.

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COMO ELE DECIDE

QUAIS SERVIÇOS E

QUAIS PRODUTOS

OFERECER?

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2. COMO ELE DECIDE QUAIS SERVIÇOS E QUAIS PRODUTOSOFERECER?

O que é serviço? Segundo Gronroos (1993):

Serviço é uma atividade ou uma série de atividades de natureza.

Pode acontecer durante as interações entre clientes e empregados deserviço e/ou recursos físicos ou bens e/ou sistemas do fornecedor deserviços, que é fornecida como solução ao(s) problema(s) do(s) cliente(s).

Para Kloter:

Qualquer ato ou desempenho, essencialmente intangível, que uma partepode oferecer à outra.

Não resulta na propriedade de nada.

A execução de um serviço pode estar ou não ligada a um produtoconcreto.

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Para McCarthy & Perreault (1997):

Ao oferecer um serviço ao cliente, não é possível

conservá-lo, ele precisa ser experimentado, usado ou

consumido.

Segundo Dias:

é proporcionar um benefício ao cliente.

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As decisões sobre quais produtos e serviços oferecer ao usuário pelos produtores são

complexas.

Os serviços são produzidos e consumidos ao mesmo tempo, fazendo com que, nos

serviços em que o cliente esteja presente, haja uma interação entre cliente e prestador.

O cliente também passa a fazer parte do serviço e, consequentemente, a interferir em

sua qualidade.

A decisão da conduta também depende daquele que procura o profissional de saúde.

A decisão sobre a melhor conduta cabe ao profissional que a produz.

A conduta não deve ser aleatória e sem embasamento, sob pena de sofrer as devidas

sanções, tanto por parte de seus pares no respectivo Conselho de Classe, como

judicialmente e civilmente sendo assim o caso.

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Para diminuir a variabilidade de condutas e equilibrar demanda junto com oferta, as empresas

prestadores de serviços em saúde podem padronizam procedimentos operacionais, medicamentos que

devem ser prescritos, insumos e ferramentas de trabalho, aparato tecnológico disponível e treinamento aos

seus funcionários, de modo a incentivar que todos tenham procedimentos e condutas semelhantes.

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Os serviços públicos e privados também dispõem de mecanismos

gestores sobre as ações e serviços de alta complexidade que são requisitados

pelos profissionais, de modo a evitar o uso indiscriminado e desnecessário de

procedimentos para uma situação determinada. Assim sendo, um profissional

prestador deve embasar suas decisões e condutas para que, deste modo,

elas venham a ser ofertadas. Um exemplo disto, são os exames de imagem,

como a Tomografia Computadorizada que, ao ser requisitada, exige do

profissional que a prescreveu, um relatório do quadro clínico daquele que irá

necessitar da mesma; sob pena de não ser realizada.

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COMO O PRESTADOR

DE SAÚDE DECIDE

QUAL TECNOLOGIA

UTILIZAR?

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3. COMO ELE DECIDE QUAL TECNOLOGIA UTILIZAR?

CONCEITO DE TECNOLOGIA EM SAÚDE

Procedimentos

Fármacos

Equipamentos

Promoção em saúde

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CONCEITO DE AVALIAÇÃO DE TECNOLOGIA EM SAÚDE

Área do conhecimento inter-

disciplinar que estuda as implicações

médicas, econômicas, sociais e éticas para

desenvolvimento, difusão e uso de

tecnologia em saúde.

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QUESITOS À ESTUDAR

Análise do contexto.

Existe um “padrão ouro” para a tecnologia em

questão?

Esta tecnologia pode ser substituída por outra? Em

quanto tempo?

Ampla utilização.

Difusão inicial.

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Qual a eficácia e qual a efetividade?

É seguro?

É necessário manutenção? Quando? Onde faz?

Público alvo.

Custo da tecnologia.

Restrição orçamentária.

Lucros

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Após um estudo rigoroso do custo

benefício de implantar certa tecnologia, o

prestador de saúde esta apto a decidir se

“sim” ou “não” utilizar certa inovação que

deseje ter em sua clínica, hospital ou

consultório.

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COMO AS FORMAS DE

REMUNERAÇÃO AFETAM

O COMPORTAMENTO DO

PRESTADOR?

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4. COMO AS FORMAS DE REMUNERAÇÃO AFETAM OCOMPORTAMENTO DO PRESTADOR?

No Brasil, o sistema de saúde passa por um período de transição em

relação ao tradicional modelo de remuneração tipo Free-for-service para

outros sistemas de reembolso.

Alguns modelos de remuneração se apresentam de forma teórica.

Outros surgem como alternativa viável na busca do equilíbrio econômico

e de qualidade no mercado de saúde.

O agravamento da inflação médica, a partir dos anos 60 e notadamente,

70 retoma esta questão que anteriormente era voltada mais o controle da

qualidade.

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FORMAS DE PAGAMENTO

Devem proporcionar o pagamento adequado para o tratamento,

clínico ou cirúrgico, a ser instituído, em todos os grupos de

pacientes atendidos.

Oferecer oportunidades para os fornecedores compartilhar os

benefícios do aumento da qualidade.

Servir para os consumidores reconhecerem as diferenças nos

cuidados de saúde que servirão de base para a decisão da conduta

clínica.

Prever incentivos financeiros baseados em práticas consagradas

pela literatura mundial, com isso permitindo que resultados

eficazes sejam alcançados.

(WRANIK; CURIER-COPP, 2009; CHAIX-COUTURIER et al, 2000; IOM, 2007).

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“A qualidade tem maior probabilidade de

melhorar quando os provedores de serviços

estiverem motivados e forem recompensados pela

elaboração de cuidados de saúde e processos com

elevado nível de segurança, eficácia, pontualidade,

eficiência e equidade, visando sempre à

necessidade dos pacientes e à redução da

fragmentação do cuidado.”

(WRANIK; CURIER-COPP, 2009; CHAIX-COUTURIER et al, 2000;

IOM, 2007).

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Os mecanismos de pagamento podem ser definidos, de acordo com:

1) a unidade de pagamento, como, por exemplo, reembolso por pessoa, caso, dia,serviço, visita etc.;

2) com base em um pressuposto global, como, por exemplo, o pagamento percapita, por unidade, por um procedimento;

3) ser pago prospectivamente, ou retrospectivamente, em função do momento darealização do procedimento, e do reembolso;

4) a distribuição do risco financeiro que assumem o prestador do serviço e opagador.

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Ao estabelecer o mecanismo de pagamento em um sistema de saúde, determina-se

a distribuição do risco financeiro e depara-se se geram incentivos para a prestação dos

serviços, geração de demanda ou para o controle dos custos incorridos no atendimento à

saúde.

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Como formas de remuneração, atualmente existem:

a) pagamento por serviço (“fee-for-service” – FFS);

b) pagamento por meio de pacotes;

c) pagamento por capitação (“capitation”);

d) pagamento por desempenho (“pay-for-

performance”);

e) assalariamento.

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A remuneração com valores apesar de importante não é o único

mecanismo de conseguir uma atitude desejada.

Existem outros mecanismos de pagamentos baseados e suportados

por sistemas que não têm preço

Métodos de monitoramento e de motivação de um comportamento

adequado.

Podem ter consequências financeiras, por exemplo: benefícios

sociais e seguros, porém que estão ligados mais diretamente em

blindagem, socialização, perfil, promoção e prática de propriedade.

(SIMONET, D. Patient Satisfaction Under Managed Care. International

Journal of Health Care Quality Assurance, Bradford, v. 18, n. 6/7, p. 424-441, 2005.)

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CRONOGRAMA

15/05 – Sorteio de temas e definição das datas.

17/05 – Divisão das funções dos integrantes do

grupo.

22/05 – Aula teórica com avaliação e debate dos

conteúdos encontrados.

25/05 – Reunião para a divisão de conteúdo e

montagem do trabalho.

29/05 – Apresentação do seminário.

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PRODUTORES

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDREAZZI, Maria de Fátima Siliansky. Formas de remuneração de serviços de saúde. Brasília: IPEA, 2003.

TD 1006

SOARES, Adriano Leite. Pressupostos e proposta de modelo para a remuneração do trabalho do médico

cirurgião nas operadoras de planos de saúde. São Paulo:, FGV-EAESP 2012. 197 f. CDU 614.257

VALVERDE, Luiz Carlos. Remuneração de Serviços de Saúde – Conceitos e Atualidades. São Paulo:

Universidade Anhanguera-Uniderp.2010. Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado na Pós-Graduação

(MBA) em Gestão de Planos de Saúde.

Tabelas: Andreazzi,M.F.S. (2000) Formas de Remuneração de Serviços de saúde. Textos Didáticos.NESC e Fac.

Medicina/UFRJ.

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9656.htm

http://www.fecap.br/adm_online/art24/silvia.htm

http://www.ans.gov.br/portal/upload/forum_saude/forum_bibliografias/documentostecnicos/EAabrangenciadaregu

lacao/5_CLima_PrestadoresDeServicos.pdf

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/trab_juntos_saude.pdf