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A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO ESCOLAR: o processo de gestão democrática e

participativa

Autora: Londi Beatriz Markus1

Orientadora: Profª. Ms. Joceli de Fátima Arruda Sousa2

Resumo

A organização do espaço escolar e o processo de gestão democrática e participativa foi o objeto de análise deste trabalho. Evidenciamos neste estudo refletir e discutir a atuação do gestor de escola pública, estabelecer e conhecer novas práticas para a gestão escolar, ter subsídios para ações que corroboram para identificar o papel do gestor escolar diante do trabalho coletivo, na rotina e na condução dos seus inúmeros afazeres. No primeiro momento, realizamos o resgate histórico com conceitos e significações sobre a gestão escolar, a participação da família e das instâncias colegiadas, planejamento participativo, conselho de classe e a autonomia escolar e ainda apresentamos o papel do gestor nessa nova visão de instituição de ensino. Assim sendo, pensamos em contribuir para que questões como a de provocar a melhoria do bom funcionamento da escola, a de encontrar soluções para os problemas que se colocam para a implementação de novas finalidades educacionais e a de introduzir a inovação para melhorar a qualidade do ensino, dentre outras, possam ser esclarecidas, proporcionando novos rumos aos pensamentos estigmatizados, aos preconceitos, reiterando a ideia de que a mudança é uma constante em qualquer época. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica em livros, periódicos e sites da internet, e assim fundamentamos este trabalho nas ideias de diferentes autores e estudiosos da área de gestão e organização escolar, tendo como ponto principal a gestão democrática. Após a implementação na escola, foi aplicado um questionário de cunho qualitativo que consiste em uma pesquisa de opinião e a partir dessas informações propor práticas pedagógicas indicando as prioridades a serem consideradas no planejamento do projeto político-pedagógico da escola e que assim, contribuam para enfrentar os desafios da organização e gestão escolar.

Palavras-chave: Gestão Democrática; Participação; Trabalho Coletivo.

1 Graduada em História pela FAFI-Palmas –PR. Especialista em Metodologia de Ensino e Gestão e

Supervisão Escolar pela UNIPAR. 2 Graduada em Pedagogia pela Unioeste – campus Cascavel. Especialista em Fundamentos da

Educação pela Unioeste – campus Cascavel. Mestre em Educação pela Universidade Federal do Paraná. Doutoranda em Políticas Públicas e Formação Humana pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Professora da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Campus Foz do Iguaçu.

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1 Introdução

A atuação do gestor de escola pública tem como meta estabelecer e conhecer

novas práticas para a gestão escolar, para ter subsídios e refletir sobre ações que

colaboram para identificar o papel do gestor escolar no trabalho coletivo, na sua

rotina e na condução do Projeto Político Pedagógico, na Proposta Curricular e no

Plano de Trabalho Docente.

A Gestão Democrática e Participativa apresenta resultados que contribuem

para transformar a escola em um espaço criador, em uma comunidade de

aprendizagem, utilizando todos os recursos e metodologias possíveis.

Segundo o Programa de Formação de Gestores à Distância, do Cedhap3:

A gestão escolar consiste no processo de mobilização e orientação do talento e esforço coletivos presentes na escola, em associação com a organização de recursos e processos para que essa instituição desempenhe de forma efetiva seu papel social e realize seus objetivos educacionais de formação de seus alunos e promoção de aprendizagem significativas. (CEDHAP, 2003, p. 2).

Sobre a gestão escolar, além da crítica às práticas pedagógicas, é importante

frisar que seu objetivo final é o ensino e a sua qualidade. E para isso devemos estar

atentos a forma efetiva da gestão na escola nas diversas instâncias envolvidas e

interessadas pelo ensino de qualidade.

Nesta perspectiva buscamos refletir e buscar respostas para a

problematização que diz respeito a função do gestor que aparece em uma nova

perspectiva global: a de provocar a melhoria do bom funcionamento da escola; a de

encontrar soluções para os problemas que se colocam localmente para a

implementação de novas finalidades educacionais; e a de introduzir a inovação para

melhorar a qualidade e a eficácia do ensino.

Assim, qual o papel do gestor escolar na inserção das famílias nas escolas?

Como fazer para que aja o envolvimento e o engajamento dos familiares no

acompanhamento desses alunos? Como podemos perceber essas tendências na

escola? Quais são as diferentes possibilidades de se perceber a descentralização e

autonomia nas escolas? De que modo oportunizar a participação da comunidade

3 Centro de Desenvolvimento Humano Aplicado (Cedhap).

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educativa nesse processo? Quais os desafios enfrentados por escolas que decidem

praticar a gestão democrática e conquistar mais autonomia?

É buscando esclarecimentos a essas questões que direcionaremos este

trabalho, essas são algumas questões algumas preocupações, pois a gestão

democrática está associada aos estabelecimentos de meios legais e institucionais

estabelecidos que subsidiam ações de planejamento, tomada de decisões, definição

do uso de recursos, na execução de deliberação coletiva, estratégias que garantam

a permanência na escola e o debate sobre a qualidade dessa educação.

Ainda procuraremos aqui, apresentar práticas de gestão democrática e

participativa de organização do trabalho pedagógico que contribuam para uma

aprendizagem efetiva dos alunos, de modo a refletir progressivamente, na melhoria

do desempenho escolar.

Entendemos que o assunto é relevante e muito importante, pois envolve neste

processo pessoas que tem interesse em fazer uma educação na qual todos que

participam da comunidade escolar possam integrar-se mais com uma gestão

democrática e participativa.

Por isso sentimos a necessidade de refletir e identificar qual a função do

gestor no atual momento da escola e na condução do Projeto Político Pedagógico

(PPP), do Plano Curricular (PC) e do Plano de Trabalho Docente (PTD), a qual

historicamente tinha suas ações pautadas somente pelos comandos do sistema e o

gestor precisa conhecer quais as novas funções que a escola desempenha hoje,

contudo sabemos que atualmente temos que fazer o exercício da democracia e

construir novos paradigmas, verificando o que dificulta a implantação de uma gestão

democrática e participativa em uma escola pública e buscar estratégias para a

efetivação da gestão democrática investigando a realidade escolar, observando em

qual etapa do processo a escola se encontra e quais são as perspectivas que ela

possui para implantar esse modelo.

2 Desenvolvimento

A temática sobre gestão escolar vem a partir dos anos 80 tendo destaque nos

debates sobre a educação, tanto aqueles com caráter eminentemente político ou

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ainda em ambientes pedagógicos. Diante disso, a luta pela construção de uma

sociedade democrática não parou, e uma das conquistas das escolas foi a liberdade

de ação e maior participação da comunidade escolar surgindo assim as instâncias

colegiadas.

Sabemos que para democratizar a gestão da educação é de fundamental

importância que a sociedade possa participar no processo da política de educação.

Somente um governo que se compromete com a solidificação da democracia,

permite que a sociedade exerça seus direitos de participação.

As mudanças vividas na atualidade tem provocado uma nova atuação dos

Estados nacionais na organização das políticas públicas, por meio de repasse de

responsabilidades dos governos centrais para as comunidades locais.

Na educação percebemos a descentralização da gestão escolar, hoje uma

forte tendência das reformas educacionais e um tema muito importante e debatido

na formação continuada e nos debates educacionais com toda a sociedade.

É interessante verificar como o conceito evoluiu com o a passar dos anos do

que seria gestão escolar e permitir pensar em gestão no sentindo de gerir uma

instituição escolar, desenvolvendo estratégias no cotidiano com a finalidade de uma

democratização da gestão educacional. Conforme apontado por Lück (2000, p. 11),

gestão escolar:

[...] constitui uma dimensão e um enfoque de atuação que objetiva promover a organização, a mobilização e a articulação de todas as condições materiais e humanas necessárias para garantir o avanço dos processos socioeducacionais dos estabelecimentos de ensino orientadas para a promoção efetiva da aprendizagem pelos alunos, de modo a torná-los capazes de enfrentar adequadamente os desafios da sociedade globalizada e da economia centrada no conhecimento.

De acordo com Paro (2001, p. 49) embora o senso comum de uma sociedade

autoritária a gestão aparece ligada a relações de mando e submissão, não é isso

que lhe dá a especificidade e a razão de ser, mas sim seu caráter de mediação para

a concretização dos fins. Ao administrar ou ao ferir, utilizam-se recursos de forma

mais adequada possível para a realização de objetivos determinados, tendo este um

necessário componente democrático.

Para Liliana Soares Ferreira (2009, p. 365):

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Gestão, por sua vez, parece-me um sentido mais amplo e descomprometido com essa conotação (tecnicista e relacionada ao gerenciamento) já explicitada. Entendo-a como um processo eminentemente político, pautado em escolhas, cultural e coletivo, a partir do qual se viabiliza a educação e a escola. Por sua vez a gestão democrática, acrescento, democratizante da escola e da educação, consiste em agir coletivamente, considerando-se os diferentes saberes, por escolhas assumidas a partir de objetivos que visam o bem estar de todos, em meio a conflitos, com certeza, porém em ambientes onde a palavra circule.

Sobre a gestão escolar, é necessário analisar a diversidade de situações que

se encontra o dia-a-dia das escolas.

Com perspectiva de uma democratização da escola é preciso antes de tudo

adotar um conceito de educação que exija a superação dessa estrutura autoritária

que atualmente está em vigência nas escolas.

De acordo com Paro (2004) a educação é, pois, a apropriação da cultura

produzida historicamente. Essa apropriação tem pelo menos duas dimensões

intrínsecas: por um lado, é ela que possibilita a preservação do acervo cultural,

dando condições para a continuidade histórica; por outro, é a forma pela qual cada

indivíduo se faz humano-histórico, processando-se sua necessária atualização

histórico-cultural, ou seja: como cada ser humano nasce puramente natural, sem um

átomo de cultura, é a educação, pois quando se tem acesso a educação, e que são

muito poucos que chegam ao ensino médio superior, ou ainda a outro nível de

qualificação, devido ao nosso modelo de sociedade que é excludente deixando

assim milhares de pessoas de fora que sem acesso a cultura produzida

historicamente, aumentando a defasagem que há entre o estado natural e a cultura

vigente.

A demanda das escolas nos traz um ambiente repleto de inovações em todos

os setores e exige que o gestor se instrumentalize para torná-la uma organização do

terceiro milênio.

A gestão democrática e participativa vai além do simples ato de escolher os

dirigentes, vai além de uma organização baseada em colaboração, convivência e

diálogo. Precisamos de práticas que garantam essa participação efetiva de

servidores – professores e funcionários –, pais e alunos nas decisões da escola.

As medidas para uma maior participação são aquelas de caráter coletivo

como conselho de escola, Associação de Pais e Mestre e Funcionários (APMF),

Grêmio Estudantil e Conselho de Classe. Também temos medidas relacionadas a

escolha dos dirigentes (eleição para diretores) e todas as iniciativas e possibilidades

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de trabalhar e pensar projetos que estimulam e facilitam a presença e o maior

envolvimento dos alunos, pais e professores na escola.

Parece, portanto que as escolas merecem uma investigação mais profunda

acerca do trabalho do gestor, da cultura e da organização que há nas escolas e as

promessas de mudanças internas.

Organizar o trabalho pedagógico em escola pública não é uma tarefa fácil, é

algo abrangente, requer uma formação de boa qualidade além de exigir do gestor

um trabalho coletivo que busque incessantemente a autonomia, liberdade,

emancipação e a participação na construção do projeto político-pedagógico.

Numa gestão democrática, o gestor precisará saber como trabalhar os

conflitos e desencontros, deverá ter competência para buscar novas alternativas e

que atenda aos interesses da comunidade escolar, deverá compreender que a

qualidade da escola dependerá da participação ativa de todos membros, respeitando

individualidade de cada um e buscando nos conhecimentos individuais novas fontes

de enriquecer o trabalho coletivo

Dizer que a gestão escolar democrática é a base da qualidade, significa

colocar o processo educacional no centro das atenções, e esta indicação fica clara

na própria Constituição de 1988, que aponta no seu Artigo 206, Inciso VI, a Gestão

Democrática como princípio ético-político do ensino público: “gestão democrática do

ensino público, na forma da lei”.

O diretor, o diretor auxiliar, a equipe pedagógica e todos os membros da

equipe administrativa, desempenham um papel de liderança aliada a sua função,

uma vez que esses trabalhadores em educação, em função da sua especificidade,

tem capacidade de influenciar positivamente as pessoas e que de modo articulado

tenham o objetivo final que é a aprendizagem e formação dos alunos.

Um dos meios de assegurar a gestão democrática da escola, é a participação

possibilitando o envolvimento de profissionais e usuários no processo de tomada de

decisões e no funcionamento da organização escolar. Além disso, proporcionar um

melhor conhecimento dos objetivos e metas, da estrutura organizacional e de sua

dinâmica das relações da escola com a comunidade, e favorece uma aproximação

maior entre professores, alunos e pais.

A participação da comunidade na gestão escolar está referenciada no artigo

12 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), nº 9394 de 1996, e

nos incisos VI e VII que determinam em que medida a escola deve levar em conta a

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família e a comunidade, fortalecendo a participação na gestão escolar e dando

suporte as mesmas para chamar a comunidade para participar das decisões a

respeito dos seus rumos e da realização das suas propostas educativas.

A gestão democrática de uma escola significa a conjunção entre instrumentos

formais como eleição para diretor, conselho escolar, descentralização financeira e

ainda com prática efetiva de participação, que dá a cada escola a sua singularidade,

a sua imagem, e que todos esses instrumentos estejam articulados em um sistema

que promova a participação nas políticas educacionais. Nossas instituições estão

em um processo inicial, buscando conhecer o processo, portanto ainda muito

distante da gestão democrática tão desejada.

Embaso-me em Liliana Soares Ferreira (2009, p. 366) quando diz que

há possibilidades de democratização naquelas pequenas formações sociais, como a escola, [...]. Em busca de possibilidades, os gestores tem condições de pensar projetos educacionais capazes de enfrentar questões, propor transformações.

Desta maneira, a escola ocupa-se com as demandas do seu entorno,

exercendo o seu papel social e ainda dando contribuições para minimizar as

injustiças e exclusões sociais. A ação dos gestores ficará ampliada além do

pedagógico, administrativo e financeiro. O papel da escola em uma sociedade é a

grande diferença entre gestores e economistas.

O grande desafio da gestão educacional é o desenvolvimento e o

aperfeiçoamento de ação coletiva, de espírito de equipe, com a prática

individualizada sendo superada gradativamente em nome da ação coletiva pela qual

todos saiam ganhando, aprimorando-se no exercício da democracia e da

socialização dos conhecimentos. Uma exigência para garantir um planejamento

realmente participativo é entender a escola e suas relações no sistema educacional.

Dentro deste contexto, pensar escola e a construção de seu projeto político

pedagógico que deverá estar sempre pautado na participação de todos, no

entendimento de que a escola é um espaço de decisão de igual responsabilidade e

de gestão democrática.

Para pautar essa ação coletiva, devemos considerar a participação da família

como instituição desse processo. Para uma escola dizer-se democrática deve ouvir

os anseios da família, promover a integração da comunidade escolar. Não deve

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ignorar a realidade escolar e nem impedir a sua participação, pois não podemos

promover a exclusão social, não é sua tarefa e sim considerar o aspecto histórico e

social no qual se dá toda a prática pedagógica pensada na escola.

Este trabalho enfoca, portanto, a importância da gestão democrática

respaldada nas ideias de diferentes autores como Paro, Ferreira, Veiga, Libanêo,

Luck. Estes estudiosos partem da premissa de que através da realização de um

trabalho participativo, compartilhado, autônomo e democrático, envolvendo todos os

segmentos sociais que compõem a escola, podemos contribuir para o rompimento

do autoritarismo que permanece nas escolas e proporcionar uma reflexão quanto ao

papel do gestor na busca de uma escola pública de qualidade. Discutir uma nova

filosofia de gestão implica na ruptura de muitas paradigmas tradicionais e

automaticamente nos leva a questionar sobre os aspectos relacionados a gestão

democrática que vem sendo adotada em algumas, para não dizer muitas escolas da

rede pública de ensino no Brasil.

Uma das questões a ser examinada e discutida é a função social da escola,

que essa mesma função possa dar condições para cumprir com o seu papel de

socializar da cultura e de contribuir para a democratização da sociedade, o que

implica na busca do objetivo comum que é o desenvolvimento integral do aluno e

que esse espaço escola traduza com grande desempenho os interesses e anseios

coletivos.

Com uma visão de que a gestão democrática e participativa não se reduz a

escolha de seus dirigentes, que ela vai além de uma organização baseada em

colaboração, convivência e diálogo. Atualmente precisamos de práticas que

garantam essa participação efetiva de todos nas decisões da escola. É necessário

que o gestor assuma o desafio da diversidade, compromisso a serviço da

comunidade.

Assim, o estudo proposto possibilita refletir e discutir a atuação do gestor de

escola pública, que tem como meta estabelecer e conhecer novas práticas para a

gestão escolar, ter subsídios para ações que colaboram para identificar o papel do

gestor escolar diante do trabalho coletivo, na rotina e na condução dos seus

inúmeros afazeres, vivendo o sentido real da democracia.

Neste contexto, o trabalho aqui apresentado, configura-se na premissa que a

busca de uma gestão democrática e participativa, traz grandes desafios e processos

de romper com padrões, necessidades de mudanças de estrutura e funcionamento

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da escola, resultando assim na implementação de inovações para a gestão

democrática.

Trata-se de um estudo da organização do espaço escolar, em face de uma

sociedade de contínuos movimentos e inovações. Assim sendo, pensamos em

contribuir para que questões como a de provocar a melhoria de bom funcionamento

da escola, a de encontrar soluções para os problemas que se colocam na

implementação de novas finalidades educacionais e a de introduzir a inovação para

melhorar a qualidade do ensino, dentre outras, possam ser esclarecidas,

proporcionando novos rumos aos pensamentos, aos preconceitos, reiterando a ideia

que a mudança é uma constante em qualquer época.

A proposta de mudança é difícil, pois implica em alterar a prática pedagógica,

envolver todos os segmentos e as pessoas que tem vontade de mudar, e os desejos

e interesses devem estar e vir de encontro com o atual contexto.

3 Metodologia

Os procedimentos metodológicos utilizados neste trabalho são de abordagem

qualitativa, com questionário de pesquisa onde cada segmento, professor, aluno,

comunidade, funcionários, pedagogos e direção, puderam expor as suas ideias, para

que pudéssemos efetivamente compreender o processo de gestão democrática e

participativa em uma escola pública estadual, situada na região oeste do estado,

com alunos de ensino fundamental II e ensino médio e profissionalizante.

A implementação do projeto com a ideia de discutir e refletir sobre o tema foi

realizada com 18 participantes que tinham interesse em observar e identificar a

organização do trabalho escolar de que forma o processo de gestão está

acontecendo no estabelecimento que possa contribuir para democratizar o ensino

público.

A principal motivação para desenvolver esse trabalho surgiu da preocupação

e das dificuldades encontradas na prática gestora de escola, enfrentando desafios e

buscando maneiras de envolver e desenvolver práticas de efetiva participação da

comunidade no trabalho escolar.

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4 Resultados e Discussões

Os resultados dos trabalhos mostram que a gestão da escola já por mais

tempo vem realizando práticas democráticas e de inclusão de todos na organização

e no trabalho escolar conforme expressado pelos questionários

Nossas escolas necessitam de uma transformação no sentido de para

superar os desafios, e assim surge a figura do gestor escolar, um líder que irá

desencadear essas ideias junto a comunidade escolar que lidera. A Gestão

Democrática e Participativa envolvendo ações coletivas e organizadas, precisa ser

contínua e permanente para assim alcançarmos o nosso objetivo de ter uma

educação com qualidade.

Os dados permitiram ver que há uma preocupação muito grande por parte

dos pais com relação a manter-se sempre informados em relação ao rendimento e

comportamentos de seu filho, citando acompanhamento na carteirinha, cadernos por

parte de alguns, enquanto outros citam que somente participam de algo na escola

quando convocados. Quanto a relação de comunicação entre pais e escola deixa os

pais satisfeitos, pois os mesmos são realizados através de bilhetes, carteirinha,

telefone , agendamento, reunião, site da escola. No entanto constata-se que a maior

participação dos pais, dá-se na entrega de boletins.

Acreditamos que o relacionamento de uma escola provem basicamente de

todos que nela atuam, são eles que determinam as relações internas através do

acolhimento, da aceitação, da empatia, da real comunicação, do diálogo, do ouvir e

do escutar, do partilhar interesse, preocupações e esperanças

Quanto ao questionamento sobre a função das instancias colegiadas

(Conselho Escolar, Associação de Pais Mestres e Funcionários (APMF) e Grêmio

Estudantil) as respostas mostram que grande parte sabe da função desses

colegiados e dizem também terem pouco tempo para participar.

Vale ressaltar que neste segmento há necessidade de um trabalho que

ressalte a importância da participação da comunidade e representação dos alunos.

Constatou-se por parte dos professores com relação as dificuldades

encontradas para exercer efetivamente o seu trabalho foi de que a falta de unidade

em relação a professores da mesma área, falta de unidade na execução das

decisões por parte da equipe pedagógica, acompanhamento da equipe pedagógica

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junto aos professores com orientações necessárias, pouco tempo para

planejamento, espaços físicos inadequados, pouca participação de agentes

educacionais I e II, falta de comprometimento, excessivo número de alunos em sala,

apontados como fatores que influenciam diretamente o trabalho do gestor e do

professor.

O ponto principal da gestão democrática, “Comprometimento”. Não só do

gestor, mas de todos os integrantes da escola e comunidade escolar. Mas é uma

pena em nossa realidade hoje em dia temos colegas que apenas querem cumprir

seus horários e esperar chegar o fim do mês. E isso atrapalha o trabalho de muitos

comprometidos com a educação de nossos educandos que é o nosso ponto

principal, e o gestor passa a ter o seu maior desafio que é envolver todos os

segmentos e colegiados para participar ativamente do processo educacional.

Quando perguntados se a escola está preparada para a gestão democrática,

percebeu-se a necessidade de que todos tenham clareza de sua função e de que

todos fazem parte da escola.

Professor 2: Diz que sente que a escola está preparada pois tem as

instancias regulamentadas, tem boa participação de pais e alunos, “só que precisa

que se exercite com todos, o conceito de gestão democrática e, aos poucos, será

assimilado pelo grupo”.

Professor 6: A gestão democrática e compartilhada na escola é a melhor

forma de gestão, onde todos podem participar, sugerindo melhorias em, todos os

setores, acho que ainda falta maturidade pelos servidores públicos nas questões de

gestão, pois a maioria pensa somente em si e não em um todo.

Professor 8: Acredito que poucas escolas estão preparadas para uma gestão

deste cunho, uma vez que ainda existe na administração pública o sistema das

hierarquias ou seja, manda quem tem poder, obedece quem pode ou quer. Vivemos

ainda uma grande utopia, é só analisarmos os fatos e percebermos isso, mas

tomara que esse sonho um dia se concretize.

Professor 3: Acho que é o caminho para o desenvolvimento para a melhoria

no andamento de qualquer organização. Como normalmente ocorre, há uma certa

resistência para mudanças, e na escola não é diferente. Estamos caminhando para

que ocorra a transformação mas em passos lentos.

A discussão em torno da gestão democrática traz muitas considerações e

intenções que projetam grandes alterações na escola. E a partir do momento que

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colocamos em discussão qual realmente é a função da escola e de cada um e a

importância dos segmentos na escola, estamos abrindo para receber muitas

informações e opiniões que engrandecem nosso trabalho.

Quando solicitados a responder sobre a análise que faz da escola como um

todo responderam que:

Professor 1: A escola de hoje acabou tendo que se responsabilizar por várias

coisas e muitas vezes deixa de lado o seu papel principal que é trabalhar o aluno

como um todo.

Professor 2: Uma escola excepcional, com muito potencial, pois tem uma

ótimo grupo de professores, funcionários e alunos. Atualmente temos bons recursos,

pois sempre se investiu em recursos pedagógicos, penso que devemos melhorar

muito em relação ao trabalho de cada um dos envolvidos com a escola, que é

individualizado, e assim os problemas se repetem e ficam sem solução, pois sempre

se faz o que sempre fizemos. Temos que buscar melhorar o trabalho para todos,

refletir, planejar ações, tentar, tentar de novo.

Professor 8: Penso que é uma escola boa. Temos sim, alguns problemas no

que se refere a indisciplina e falta de estrutura familiar de alguns alunos, falta de

estrutura física para desenvolver alguns projetos, entre outros. Temos bons

profissionais, mas para se tornar uma grande escola exigirá docentes mais

competentes, abertos para o mundo e para o saber, todos conscientemente

comprometidos.

Professor 10: Vejo a escola com uma estrutura razoável, há que melhorar em

alguns aspectos, principalmente no tratamento dado ao aluno pelos funcionários.

Percebo que existe certa unidade entre professores e alunos.

Quando questionados sobre a participação nas ações da escola obtivemos

algumas colocações como:

Funcionário 2: Existe, mas ainda é muito tímida pois os funcionários

necessitam ser motivados a participar de qualquer atividade na escola, por vontade

própria eles não veem a necessidade de participar, portanto ainda tem uma longa

caminhada pela frente com esse quesito.

Funcionário 4: Sempre houve incentivo para essa participação.

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Funcionário 7: Através de capacitação e de outros encontros que são

proporcionados pelo governo, todos os funcionários podem dar sugestões para o

bom funcionamento da escola.

Funcionário 8: Existe ainda pouca participação dos funcionários nas ações e

decisões da escola. Isto acontece porque muitas vezes os gestores do

estabelecimento acham desnecessária a participação dos funcionários, tornando-os

meros executores de suas funções, e não existe consciência por parte dos

funcionários da importância de sua participação.

Quando perguntado para a comunidade se procuravam manter-se sempre

informada em relação ao rendimento e comportamento de seu filho e responderam:

Pai 1: Todos os dias, olhos os cadernos, e assino os cadernos e

eventualmente bilhetes e avisos na carteirinha.

Pai 2: Nós vamos as reuniões, olhamos livros e cadernos e sempre, todos os

dias pedimos como foi a aula.

Pai 3: Sim, já estive por várias ocasiões na escola em busca de soluções para

indisciplina e pelo rendimento individual de meu filho.

Percebemos quando chamamos os pais só para retirar o boletim ou receber

reclamações de seus filhos, notas baixas, indisciplina, esquecendo muitas vezes da

principal causa, discutir as possíveis soluções, meios, atitudes para reverter o caso,

apontando muitas vezes uma receita pronta, sem discutir o processo pedagógico

daquele aluno com a sua família.

No entanto, quando temos uma família mais crítica, que faz mais

questionamentos sobre as práticas pedagógicas, sobre a qualidade do ensino, a

rotina da escola, nós nos sentimos desconfortáveis e entendemos como uma

intromissão questionando a nossa autoridade.

Realmente, a pouca participação dos pais se deve a muitos fatores, como não

entendem, não querem ouvir reclamações e queixas, pois a escola chama muito

pouco para falar dos aspectos positivos e para participarem das decisões que

afetam seus filhos. Neste contexto a postura do gestor é quebrar esse paradigma e

trazer a comunidade para dentro da escola, para conhecer melhor as famílias ter

objetivos para melhorar e assim a escola crescer.

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Precisamos aprender a trabalhar de forma conjunta com a família, pois há

estudos comprovados que o efeito família dá um suporte emocional e afetivo muito

grande a criança e corresponde a setenta por cento do sucesso escolar de acordo

com o Convênio Andrés Bello.

Precisamos considerar que mesmo diante de tantas dificuldades, o

desenvolvimento profissional do pessoal que trabalha na educação (professores,

funcionários, pedagogos e gestores) precisa ser uma prioridade e de fundamental

importância para termos a comunidade escolar em nosso lado, participando

coletivamente das decisões, e se comprometendo com a vida escolar de seu filho.

O que dá legitimidade política aos gestores é a eleição, mas não é o processo

eletivo que torna uma gestão democrática, mas sim as práticas no interior da escola.

Há pessoas trabalhando na escola, especialmente em postos de direção que se dizem democratas apenas porque são „liberais‟ com alunos, professores, funcionários ou pais, porque lhes „dão abertura‟ ou „permitem‟ que tomem parte desta ou daquela decisão. Mas o que esse discurso parece não conseguir encobrir totalmente é que, se a participação depende de alguém que dá abertura ou permite sua manifestação, então a prática em que tem lugar essa participação não pode ser considerada democrática, pois democracia não se concede, se realiza: não pode existir „ditador democrático‟. (PARO, 2004, p. 18-19).

A Gestão Democrática é fundamental para o papel do gestor, mas começo

questionando se esse gestor está lá por questões de preocupação com a escola e a

comunidade na qual ele está inserido? Por questões de status? Por intenções

políticas fora da escola? Por influencia de outros que acharam que ele era o melhor

para estar lá no cargo de gestor por que eles os outros não tem coragem de se

candidatar?

Essas são questões fundamentais, pois o gestor eleito pela comunidade

escolar precisa pensar no trabalho coletivo, e não agir com alguns membros de

maneira diferente por conta de atritos pessoais, deixar de fazer um trabalho pessoal

e passar a realizar ações coletivas, pois os resultados obtidos por este gestor não

são do seu próprio sucesso, e sim de um grupo que está a sua volta e que fazem

parte dessa escola. Entendo que para uma escola ser democrática ela tem que ter

um ambiente onde os interesses particulares fiquem do portão para fora e dali para

dentro os interesses passassem a ser coletivos ,onde a única preocupação será a

educação dos nossos educandos, o bom funcionamento da escola e o processo

democrático e participativo.

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Exercer a função de diretor de uma escola pública implica em compreender o

caráter desta instituição e as relações que nela ocorrem, pois a essência do gestor é

estar aberto as necessidades da comunidade, pronta para resolver os desafios

atendendo as exigências e as demandas da sociedade.

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