A Origem da Vida

32
A ORIGEM DA VIDA CINCO PERGUNTAS QUE MERECEM RESPOSTA

Transcript of A Origem da Vida

Page 1: A Origem da Vida

A ORIGEM DA VIDACINCO PERGUNTAS QUE MERECEM RESPOSTA

Page 2: A Origem da Vida

Watchtower Bible and Tract Societyof New York, Inc.Wallkill, New York, U.S.A.AssociacaoTorre de Vigia de BıbliaseTratadosCesario Lange, Sao Paulo, BrasilTodos os direitos reservadosMade in BrazilImpresso no Brasil

A ORIGEM DA VIDACINCO PERGUNTAS QUE MERECEM RESPOSTA

PERGUNTA 1 Como a vida comecou? P´AGINA 4

PERGUNTA 2 Existem formas de vida realmente simples? P´AGINA 8

PERGUNTA 3 De onde vieram as instrucoes? P´AGINA 13

PERGUNTA 4 Sera que toda vida tem um ancestral em comum? P´AGINA 22

PERGUNTA 5 Faz sentido acreditar na Bıblia? P´AGINA 30

Bibliografia P´AGINA 31

Esta publicacao nao e vendida. Ela fazparte de uma obra educativa bıblica,mundial, mantida por donativos.Para fazer um donativo, acessewww.jw.org.A menos que haja outra indicacao,os textos bıblicos citados sao daTraducao do Novo Mundo dasEscrituras Sagradas com Referencias.The Origin of Life—Five Questions Worth AskingEdicao de 2010Portuguese (Brazilian Edition) (lf-T)� 2010WATCH TOWER BIBLE AND TRACTSOCIETYOF PENNSYLVANIAASSOCIAC

˜AO TORRE DE VIGIA DE

B´IBLIAS E TRATADOS

Editoras

Capa: Representacao de uma molecula de DNANota: Todos os modelos tridimensionaisde moleculas e estruturas moleculares saorepresentacoes simplificadas e nao estao emescala.Creditos: pagina 4: � Petit Format/PhotoResearchers, Inc.; pagina 5: � SPL/PhotoResearchers, Inc.; pagina 22, arvore da vida:cortesia da Biodiversity Heritage Library;pagina 27, cranio: � Photolibrary/age fotostock;Ida: � Martin Shields/Alamy; pagina 28, cranios:� Medical-on-Line/Alamy; pagina 29,reconstrucao do Homem de Java: � The PrintCollector/Alamy

Page 3: A Origem da Vida

O DILEMA DE UM ALUNO 3

Todos os anos, situacoes assim ocor-rem em milhares de salas de aula nomundo inteiro. Como Pedro e outros alu-nos na mesma situacao deveriam reagir?Nao concorda que eles tem de chegaras suas proprias conclusoes sobre esseassunto? Eles precisam examinar os ar-gumentos que apoiam a evolucao e osque apoiam a criacao e compara-los como que as evidencias realmente indicampara decidir no que acreditar.

A Bıblia alerta contra acreditar cega-mente no que outros ensinam. “Qualquerinexperiente poe fe em cada palavra”,diz um escritor bıblico, “mas o argucio-so considera os seus passos”. (Proverbios14:15) Ela incentiva os cristaos a usarsua “faculdade de raciocınio” e provarpara si mesmos se o que outros lhes ensi-nam e verdade. — Romanos 12:1, 2.

Esta brochura nao foi elaborada paraapoiar grupos religiosos que desejam quea doutrina da criacao seja ensinada nasescolas. Seu objetivo e examinar o que di-zem aqueles que ensinam que a vida sur-giu de forma espontanea e afirmam queo relato bıblico da criacao e um mito.

Concentraremos nossa atencao na ce-lula, a unidade basica da vida. Voce tera aoportunidade de analisar fatos surpreen-dentes sobre a estrutura das celulas e seraconvidado a analisar as hipoteses queconstituem a base da teoria da evolucao.

Cedo ou tarde, todos nos nos confron-tamos com a seguinte pergunta: A vidafoi criada ou e produto da evolucao?´E provavel que voce ja tenha pensadosobre esse assunto. Esta brochura apre-sentara algumas evidencias que levarammuitos a acreditar que a vida foi criada.

O DILEMA DE UM ALUNOPedro esta inquieto em sua cadeira e sente um frio na barriga. Sua professora, porquem ele tem muito respeito, acaba de explicar como Charles Darwin e sua teoriada evolucao enriqueceram o conhecimento cientıfico e libertaram a humanidade decrencas supersticiosas. Ela pede que os alunos deem sua opiniao sobre o assunto.

Pedro esta diante de um dilema. Seus pais lhe ensinaram que Deus criou a Terrae toda a vida nela. Eles dizem que o relato bıblico da criacao e confiavel e que aevolucao nao passa de uma simples teoria, ou seja, nao se baseia em evidencias.A professora e os pais de Pedro so querem o melhor para ele. Mas em quem Pedrodeve acreditar?

Page 4: A Origem da Vida

4 A ORIGEM DA VIDA

O que muitos cientistas afirmam? Muitoscientistas que acreditam na evolucao dizemque a vida comecou nas margens de aguasestagnadas ou nas profundezas dos oceanosha bilhoes de anos. Supoem que substanciasquımicas se uniram espontaneamente nes-sas aguas, formando estruturas semelhan-tes a bolhas, que por sua vez formaram mo-leculas complexas e passaram a se replicar(duplicar). Eles acreditam que toda a vidana Terra se originou por acaso de uma oumais dessas primeiras celulas “simples”.

Mas outros cientistas respeitados quetambem acreditam na evolucao nao concor-dam com isso. Supoem que as primeiras ce-lulas, ou pelo menos seus principais compo-nentes, vieram do espaco. Por que pensamdessa forma? Porque, apesar de grandes es-forcos, ate agora os cientistas nao consegui-ram provar sua tese de que a vida pode tersurgido de moleculas sem vida. Em 2008,o professor de biologia Alexandre Meinesztrouxe a atencao esse dilema. Ele declarou

1COMO A VIDA COMECOU?Quando voce era crianca, e provavel que tenha deixado seus pais surpresos com apergunta: “De onde vem os bebes?” O que eles responderam? Dependendo dasua idade e da personalidade deles, ou seus pais ignoraram sua pergunta ouentao ficaram sem jeito e lhe deram uma resposta breve. Pode ser que eles lhetenham contado uma historia fantasiosa, que mais tarde voce descobriu sermentira.

´E claro que, para uma crianca se preparar para a vida adulta e o

casamento, em determinado momento ela tera de aprender sobre as maravilhasda reproducao humana.Assim como muitos pais relutam em falar de onde vem os bebes, alguns cientistasrelutam em considerar uma pergunta ainda mais importante: De onde se originoua vida? Uma resposta confiavel a essa pergunta pode afetar profundamente omodo como uma pessoa encara a vida. Entao, como a vida comecou?

´Ovulo humano fecundado, ampliadocerca de 800 vezes

Page 5: A Origem da Vida

que ao longo dos ultimos 50 anos nao seencontrou “nenhuma evidencia que apoie ahipotese do surgimento espontaneo de vidana Terra a partir de uma sopa molecular, eque nenhum avanco significativo no conhe-cimento cientıfico leva nessa direcao”.1

O que as evidencias indicam? A respos-ta a pergunta “De onde vem os bebes?” efato comprovado e indiscutıvel. Seres vi-vos surgem somente de outros seres vivos.Mas sera que em algum momento no pas-sado distante essa lei fundamental foi vio-lada? A vida poderia ter realmente surgi-do por acaso de substancias quımicas semvida? Quais sao as chances de algo assim teracontecido?

Pesquisadores concluıram que, para umacelula sobreviver, pelo menos tres tipos demoleculas complexas precisam funcionarem conjunto: DNA (acido desoxirribonu-cleico), RNA (acido ribonucleico) e proteı-nas. Hoje, poucos cientistas afirmariam queuma celula viva completa se formou repen-tina e espontaneamente de uma mistura desubstancias quımicas sem vida. Entao, quale a probabilidade de o RNA e as proteınasterem se formado por acaso?�

Muitos cientistas acreditam que a vidapode ter surgido espontaneamente por cau-sa de um experimento realizado pela primei-ra vez em 1953. Naquele ano, Stanley Millerconseguiu produzir alguns aminoacidos (oscomponentes quımicos essenciais das proteı-nas) aplicando descargas eletricas em umamistura de gases que se acreditava represen-tar a atmosfera primitiva da Terra. Alem dis-so, aminoacidos tambem foram encontradosem um meteorito. Sera que essas descobertasindicam que todos os aminoacidos poderiamfacilmente ter surgido por acaso?

“Alguns autores”, diz Robert Shapiro, pro-fessor emerito de quımica da Universidadede Nova York, “presumiram que todos os blo-cos de construcao da vida [aminoacidos] po-

� A probabilidade de o DNA ter se formado poracaso sera analisada na secao 3, “De onde vieram asinstrucoes?”.

deriam ser formados com facilidade emexperiencias como a de Miller e estavam pre-sentes em meteoritos. Mas nao e o caso”.2�

Analisemos a molecula de RNA. Ela econstituıda de moleculas menores chama-das nucleotıdeos. Um nucleotıdeo e umamolecula diferente de um aminoacido e eapenas um pouco mais complexa. Shapirodiz que “nenhum nucleotıdeo de qualquer[tipo] foi apontado como produto das ex-periencias com descarga eletrica ou em es-tudos de meteoritos”.3 Ele ainda acrescen-ta que a probabilidade de uma molecula deRNA autorreplicadora se formar a partir dauniao aleatoria de elementos quımicos basi-cos “e tao diminuta que, se ocorresse mes-mo uma unica vez em qualquer ponto doUniverso visıvel, representaria um exemplode sorte excepcional”.4

Que dizer das moleculas de proteına?Elas podem ser formadas de apenas 50 aate milhares de aminoacidos unidosnuma sequencia especıfica. Em uma celula“simples”, uma proteına funcional comum

� O professor Robert Shapiro nao acredita que avida foi criada. Ele cre que a vida surgiu por aca-so de algum modo ainda nao entendido plenamente.Em 2009, cientistas da Universidade de Manchester,Inglaterra, declararam ter conseguido produzir algunsnucleotıdeos em laboratorio. No entanto, Shapiro afir-mou: “Do meu ponto de vista, [esse estudo] definitiva-mente nao encontrou o caminho para o mundo doRNA.”

STANLEY MILLER, 1953

1 COMO A VIDA COMECOU? 5

Page 6: A Origem da Vida

contem 200 aminoacidos. Mesmo nessascelulas, ha milhares de tipos de proteı-nas. A probabilidade de uma unica proteı-na composta de apenas 100 aminoacidos seformar por acaso na Terra foi calculada emcerca de uma em 1 quatrilhao.

O pesquisador Hubert Yockey, que apoiaa teoria da evolucao, vai alem. Ele diz:“

´E impossıvel que a vida tenha se origina-

do apenas das proteınas.”5 O RNA e ne-cessario para a fabricacao de proteınas.Mas as proteınas tambem estao envolvi-das na producao de RNA. Digamos quetanto as proteınas como as moleculas deRNA tivessem aparecido por acaso no mes-mo lugar e ao mesmo tempo, apesar de issoser extremamente improvavel. Qual seria a

probabilidade de elas interagirem para for-mar um tipo de vida autorreplicante e au-tossustentavel? “A probabilidade de issoacontecer por acaso (presumindo que hou-vesse uma mistura aleatoria de proteınas eRNA) parece extremamente pequena”, diza Dra. Carol Cleland,� membro do Institutode Astrobiologia da Nasa (Administracao

� A Dra. Carol Cleland nao e criacionista. Ela creque a vida surgiu por acaso de algum modo ainda naoentendido plenamente.

Nacional de Aeronautica e Espaco). “Mes-mo assim”, continua ela, “a maioria dos pes-quisadores supoe que, visto que conseguemcompreender a questao da producao inde-pendente de proteınas e RNA sob condi-coes naturais primitivas, a questao da intera-cao desses elementos se resolvera de algummodo”. Em relacao as atuais teorias sobreo surgimento espontaneo desses componen-tes basicos da vida, ela diz: “Ninguem con-seguiu dar uma explicacao satisfatoria decomo isso ocorreu.”6

Por que esses fatos sao relevantes? Pen-se no desafio que enfrentam os pesquisado-res que acreditam que a vida surgiu por aca-so. Eles descobriram alguns aminoacidosque tambem estao presentes nas celulas vi-vas e, em seus laboratorios, produziram ou-tras moleculas mais complexas por meio deexperiencias bem planejadas e controladas.Com o tempo, eles esperam produzir todasas partes necessarias para formar uma celu-la “simples”. A situacao deles pode ser com-parada a de um cientista que reune algunselementos naturais, transforma-os em ferro,plastico, silicone e fios de metal e, por fim,constroi um robo. Daı o robo e programa-do para produzir copias de si mesmo. Comisso, o que o cientista conseguiria provar?Na melhor das hipoteses, que um ser inte-ligente pode criar uma maquina impressio-nante.

De modo similar, se os cientistas conse-guissem produzir uma celula, isso seria

Se a criacao de moleculas complexas emlaboratorio exige a participacao de umcientista experiente, sera que as moleculasmuito mais complexas de uma celulasurgiram por acaso?

1

23

O RNA – e necessario para a producaode proteınas —, mas as proteınas estaoenvolvidas na producao de RNA. Comopoderia qualquer um deles ter surgido poracaso? E que dizer dos dois ao mesmotempo? Falaremos sobre os ribossomos ˜na secao 2.

6 A ORIGEM DA VIDA

Page 7: A Origem da Vida

1 COMO A VIDA COMECOU? 7

˛ Fato: Todas as pesquisas cientıficas indicamque vida nao pode surgir de materia inanimada.Pense no seguinte: Que base cientıfica existepara a teoria de que a primeira celula surgiu desubstancias quımicas sem vida?˛ Fato: Pesquisadores recriaram em laboratorioas condicoes ambientais que, segundo eles,existiam na Terra primitiva. Nessas experiencias,alguns cientistas conseguiram produzir certasmoleculas encontradas em seres vivos.Pense no seguinte: Se as substancias quımicasusadas nas experiencias representam o ambien-te primitivo da Terra, e se as moleculas produzi-das representam os elementos basicos da vida,quem ou o que representa o cientista que reali-

zou a experiencia? Sera que ele representa oacaso ou um ser inteligente?˛ Fato: As proteınas e as moleculas de RNA pre-cisam trabalhar em conjunto para que uma celu-la possa sobreviver. Os cientistas admitem que emuito improvavel que o RNA tenha se formadopor acaso e que e ainda mais improvavel queisso tenha acontecido sequer com uma unicaproteına.

´E praticamente impossıvel que o RNA e

as proteınas tenham sido capazes de se formarpor acaso no mesmo lugar e ao mesmo tempoe daı terem interagido.Pense no seguinte: O que exige mais fe: acredi-tar que os milhoes de partes complexas e organi-zadas de uma celula surgiram por acaso ou quea celula e produto de uma mente inteligente?

ANALISE OS FATOS

algo realmente fenomenal, mas provariaque uma celula pode surgir por acaso? Nomaximo, os cientistas conseguiriam provaro contrario, nao concorda?O que voce acha? Todas as evidenciascientıficas existentes indicam que seres vi-vos surgem somente de outros seres vivos.Acreditar que mesmo uma celula “simples”possa ter surgido por acaso de substanciasquımicas sem vida exige uma enorme dosede fe.

Diante dos fatos, acha que faz sentidoacreditar nessa teoria? Antes de responder,analisemos a estrutura de uma celula. Isso oajudara a avaliar se as teorias sobre a origemda vida propostas por alguns cientistas saorazoaveis ou se nao passam de historias fan-tasiosas, como as que alguns pais contampara explicar de onde vem os bebes.

Se e preciso um ser inteligente para criar eprogramar um robo sem vida, o que serianecessario para criar uma celula viva?E que dizer de criar um ser humano?

Page 8: A Origem da Vida

8 A ORIGEM DA VIDA

O que muitos cientistas afirmam? Todasas celulas vivas podem ser classificadas emduas categorias principais: aquelas que pos-suem nucleo e aquelas que nao possuem.Celulas humanas, animais e vegetais pos-suem nucleo. Celulas bacterianas, nao. Ascelulas que possuem nucleo sao chamadaseucarioticas e aquelas que nao possuem saoconhecidas como procarioticas. Visto queas celulas procarioticas sao relativamentemenos complexas que as celulas eucario-ticas, muitos acreditam que as celulas ani-

2EXISTEM FORMAS DEVIDA REALMENTESIMPLES?Seu corpo e uma das estruturas mais com-plexas do Universo. Ele e constituıdo decerca de 100 trilhoes de minusculas celu-las: celulas osseas, sanguıneas, cerebrais,e muitas outras.7 Na verdade, ha mais de200 tipos de celulas em seu corpo.8

Apesar da impressionante diversidade deformas e funcoes, suas celulas constituemuma rede complexa e integrada. Compa-rada a essa rede, a internet, com seusmilhoes de computadores e cabos detransmissao de dados em alta velocidade,e lenta e ineficiente. Nenhuma invencaohumana sequer se aproxima da excelenciatecnica mesmo da celula mais simples.Como as celulas do corpo humanovieram a existir?

C´ELULA CEREBRAL

C´ELULAS DO OLHO

C´ELULA

´OSSEA

C´ELULAS MUSCULARES

GL´OBULOS VERMELHOS

Sera que os mais de 200 tipos decelulas do corpo humano poderiamrealmente ter surgido por acaso?

Page 9: A Origem da Vida

2 EXISTEM FORMAS DE VIDA REALMENTE SIMPLES? 9

mais e vegetais devem ter evoluıdo de celu-las bacterianas.

Na verdade, muitos ensinam que durantemilhoes de anos algumas celulas procarioti-cas “simples” engoliram outras celulas, masnao as digeriram. Daı, segundo essa teoria,a “natureza” encontrou um meio nao ape-nas de mudar radicalmente as funcoes dascelulas ingeridas, mas tambem de mante-lasdentro da celula “hospedeira” quando estase replicava.9�O que a Bıblia diz? A Bıblia diz que a vidana Terra e produto de uma mente inteligen-te. Observe como a logica da Bıblia e clara:“Cada casa, naturalmente, e construıda poralguem, mas quem construiu todas as coi-sas e Deus.” (Hebreus 3:4) Outra passagembıblica diz: “Quantos sao os teus trabalhos,o Jeova! A todos eles fizeste em sabedoria.A terra esta cheia das tuas producoes. . . .Ha ali inumeras coisas que se movem, cria-turas viventes, tanto pequenas como gran-des.” — Salmo 104:24, 25.O que as evidencias indicam? Avancosna microbiologia tornaram possıvel obser-var em detalhes o impressionante interiordas mais simples celulas procarioticas co-nhecidas. Cientistas evolucionistas afir-mam que as primeiras celulas vivas talvezfossem parecidas com essas celulas proca-rioticas.10

Se a teoria da evolucao for verdade, elacertamente deve ter uma explicacao razoa-vel sobre o surgimento espontaneo da pri-meira celula “simples”. Por outro lado, sea vida foi criada, deve haver evidencias deque ate mesmo a menor das criaturas e re-sultado de um projeto inteligente. Que talconhecer o interior de uma celula procario-

� Nenhuma experiencia provou que isso e possıvel.

tica? Ao fazer isso, pergunte a si mesmo seela realmente poderia ter surgido por acaso.

O “MURO” PROTETOR DA C´ELULA

Para viajar por uma celula procariotica,voce teria de encolher ate ficar centenas devezes menor que o ponto final desta frase.Uma membrana resistente e flexıvel, com-paravel ao muro de uma fabrica, impedeque voce entre na celula. Seriam necessa-rias cerca de 10 mil camadas dessa mem-brana para atingir a espessura de uma folhade papel. Mas a membrana de uma celu-la e muito mais complexa que um simplesmuro. Como assim?

Da mesma forma que o muro de uma fa-brica, a membrana de uma celula protegeseu interior contra um ambiente potencial-mente perigoso. No entanto, a membrananao e solida; ela permite que a celula “respi-re”, possibilitando que moleculas pequenas,como oxigenio, entrem e saiam dela. Masa membrana impede que moleculas maiscomplexas e que podem prejudicar a celulaentrem sem permissao. Ela tambem impedeque moleculas uteis saiam. Como a mem-brana consegue fazer tudo isso?

Voltemos ao exemplo da fabrica. Ela tal-vez tenha segurancas que monitoram a en-trada e saıda de produtos pelos portoes deseu muro. De modo similar, a membrana

Sera que mesmo uma celula “simples”poderia realmente surgir de substanciasquımicas sem vida?

Page 10: A Origem da Vida

10 A ORIGEM DA VIDA

celular possui moleculas proteicas especiaisque agem como os portoes e os segurancasda fabrica.

Algumas dessas proteınas (1) possuemum orifıcio que permite a entrada e saıda detipos especıficos de moleculas. Outras saoabertas em um lado da membrana (2) e fe-chadas na outra extremidade. Elas tem umaabertura (3) projetada para uma substanciaespecıfica. Quando essa substancia chega, aoutra extremidade da proteına se abre e per-mite a passagem da substancia atraves damembrana (4). Toda essa atividade aconte-ce na superfıcie ate das celulas mais sim-ples.

DENTRO DA F´ABRICA

Suponha que voce tenha recebido per-missao para passar pelos “segurancas” eagora esta dentro da celula. O interior deuma celula procariotica esta cheio de um lı-quido rico em nutrientes, sais e outras subs-tancias. A celula utiliza esses ingredientesbasicos para fabricar os produtos de que ne-cessita. Mas esse processo nao acontece dequalquer jeito. Assim como uma fabrica efi-ciente, a celula programa milhares de rea-coes quımicas, que ocorrem numa ordemespecıfica e no momento certo.

Uma celula passa grande parte de seutempo fabricando proteınas. Como? Pri-meiro, a celula fabrica cerca de 20 com-ponentes basicos chamados aminoacidos.Esses componentes sao entregues aos ri-bossomos (5), que podem ser compara-dos a maquinas automatizadas que unemos aminoacidos em uma sequencia precisaa fim de formar uma proteına especıfica.As operacoes de uma fabrica talvez sejamcontroladas por um computador central.Do mesmo modo, muitas das funcoes deuma celula sao controladas por um “pro-grama de computador”, ou codigo, conheci-do como DNA (6). O ribossomo recebe doDNA uma copia das instrucoes detalhadassobre a fabricacao de uma proteına especı-fica (7).

O que acontece a medida que a proteınae fabricada e impressionante! Cada proteı-na e dobrada num formato tridimensionalespecıfico (8). ´

E esse formato que determi-na a funcao de cada proteına.� Imagine a li-nha de producao de pecas de um motor.

� As enzimas sao um exemplo de proteınas fabrica-das pelas celulas. Cada enzima e dobrada em um for-mato especial para acelerar uma reacao quımica espe-cıfica. Centenas de enzimas agem em conjunto a fimde regular as atividades da celula.

A membrana celular possui“segurancas” que permitema entrada e saıda apenas desubstancias especıficas

1

23

4

5

6

7

8

Page 11: A Origem da Vida

Cada peca tem de ser fabricada com preci-sao para que o motor funcione. De modosimilar, se uma proteına nao for fabricadacom precisao e dobrada no formato corre-to, ela nao sera capaz de cumprir sua fun-cao e pode ate danificar a celula.

Como a proteına sabe para onde deveir? Cada proteına contem uma “etiqueta deendereco” que garante sua entrega no lo-cal onde ela e necessaria. Embora milharesde proteınas sejam fabricados e entregues acada minuto, todas as proteınas chegam aodestino correto.Por que esses fatos sao relevantes? Asmoleculas complexas nas mais simples for-mas de vida nao sao capazes de se reprodu-zir sozinhas. Fora da celula, elas se desin-tegram. Dentro da celula, elas nao podemse reproduzir sem a ajuda de outras mole-culas complexas. Por exemplo, as enzimassao necessarias para produzir o trifosfatode adenosina (ATP), uma molecula espe-cial que armazena energia. Mas a energiado ATP e necessaria para produzir enzi-mas. De modo similar, o DNA, que analisa-remos na secao 3, e necessario para fabricarenzimas. Mas as enzimas sao necessariaspara fabricar o DNA. Alem disso, outras

a “fabrica”Como as proteınas sao fabricadasAssim como uma fabrica automatizada,a celula e cheia de maquinas que produzeme despacham produtos complexos

Algumas bacterias podem fazer replicas desi mesmas em 20 minutos. Cada celula bacte-riana faz uma copia completa do “programade computador” que a controla e daı se divide.Se tivesse uma fonte inesgotavel de nutrientes,uma unica celula bacteriana continuaria a semultiplicar exponencialmente e, nesse ritmo,em apenas dois dias produziria um aglomeradode celulas com mais de 2.500 vezes o peso doplaneta Terra.15 Celulas mais complexas tam-bem se replicam rapidamente. Por exemplo,quando voce estava se desenvolvendo no ute-ro de sua mae, novas celulas cerebrais se for-mavam a incrıvel velocidade de 250 mil celulaspor minuto!16

Em geral, fabricantes tem de abrir mao da qua-lidade de seus produtos a fim de produzi-loscom rapidez. Se as celulas realmente surgirampor acaso, como e possıvel que se reproduzamtao rapido e com tanta eficiencia?

R´APIDAS E EFICIENTES

Page 12: A Origem da Vida

12 A ORIGEM DA VIDA

˛ Fato: As extraordinariamente complexasmoleculas que formam uma celula (DNA, RNA eproteınas) parecem ter sido projetadas paratrabalhar juntas.Pense no seguinte: O que lhe parece maisprovavel? Que uma evolucao irracional formou ascomplexas estruturas mostradas na pagina 10, ouque elas sao obra de uma mente inteligente?˛ Fato: Alguns cientistas respeitados dizem queate mesmo uma celula “simples” e complexademais para ter surgido na Terra por acaso.Pense no seguinte: Se alguns cientistaspresumem que a vida veio de uma fonte naoterrena, que motivo haveria para excluir Deuscomo essa Fonte?

ANALISE OS FATOS

proteınas so podem ser feitas pela celula,mas a celula so pode ser feita com proteı-nas.�

O microbiologista Radu Popa nao con-

� Algumas celulas do corpo humano sao feitas decerca de 10 bilhoes de moleculas proteicas11 de cente-nas de milhares de tipos.12

corda com o relato bıblico da criacao. Ain-da assim, em 2004, ele perguntou: “Como anatureza pode criar vida se nos falhamosem todos os experimentos realizados sobcondicoes controladas?”13 Ele tambem dis-se: “A complexidade dos mecanismos exigi-dos para o funcionamento de uma celulaviva e tao grande que parece impossıvel queeles tenham surgido simultaneamente e poracaso.”14

O que voce acha? A teoria da evolucaotenta explicar que a vida na Terra surgiusem a necessidade de intervencao divina.No entanto, quanto mais os cientistas estu-dam a vida, mais fica evidente que ela naopoderia ter surgido por acaso. Para evitaresse dilema, alguns cientistas evolucionistastratam a teoria da evolucao e a questao daorigem da vida como duas coisas distintas.Isso parece razoavel para voce?

A teoria da evolucao se baseia na ideia deque uma longa serie de felizes coinciden-cias produziu a vida. Daı propoe que ou-tra serie de incidentes aleatorios produziua espantosa diversidade e complexidade deseres vivos. Mas, se a teoria nao tiver umalicerce firme, o que acontecera com as ou-tras teorias que se baseiam nela? Um arra-nha-ceu construıdo sem um firme alicercenao consegue se manter de pe. O mesmoacontece com uma teoria sobre a evolucaoincapaz de explicar a origem da vida.

Depois de analisar brevemente a estrutu-ra e o funcionamento de uma celula “sim-ples”, a que conclusao voce chegou? A vidasurgiu por acaso ou e resultado de um pro-jeto inteligente? Se ainda tem duvidas, oque acha de examinar o “programa central”que controla o funcionamento de todas ascelulas?

Por causa de seu alicerce fragil, este arranha-ceu estacondenado. Sera que o mesmo nao se da com a teoriada evolucao ja que ela nao explica a origem da vida?

Page 13: A Origem da Vida

3 DE ONDE VIERAM AS INSTRUC˜OES? 13

O que muitos cientistas afirmam? Mui-tos biologos e outros cientistas acham queo DNA e suas instrucoes codificadas surgi-ram de eventos aleatorios que ocorreramao longo de milhoes de anos. Afirmam quenao ha evidencia de projeto na estruturadessa molecula, nas informacoes que elacarrega e transmite ou no modo como fun-ciona.17

O que a Bıblia diz? A Bıblia indica que aformacao das diferentes partes do corpo,bem como o momento de sua formacao,estao como que registradas em um “livro”de Deus. Veja como o Rei Davi foi inspira-do a falar sobre isso, dizendo a respeito deDeus: “Teus olhos viram ate mesmo meuembriao, e todas as suas partes estavam as-

sentadas por escrito no teu livro, referen-te aos dias em que foram formadas, e ain-da nao havia nem sequer uma entre elas.”— Salmo 139:16.O que as evidencias indicam? Se a evo-lucao for verdade, o DNA deve pelo me-nos conter evidencias de que surgiu poracaso. Por outro lado, se a Bıblia estivercerta, entao o DNA deve ter provas con-cretas de que foi criado por alguem organi-zado e inteligente.

Quando se fala do DNA em termos sim-ples, o assunto fica facil de entender, alemde ser fascinante. Entao, facamos outraviagem pelo interior de uma celula. Des-sa vez, porem, visitaremos uma celula hu-mana. Imagine que esta indo a um museu

3DE ONDE VIERAMAS INSTRUC

˜OES?

O que determina sua aparencia? E a cor de seus olhos, de seucabelo e de sua pele? E que dizer de sua altura, constituicao fısi-ca ou semelhanca com seus pais? O que diz as pontas de seusdedos que elas devem ser macias de um lado e ter unhas rıgidase protetoras do outro?

Nos dias de Charles Darwin, as respostas a perguntas como es-sas estavam rodeadas de misterio. O proprio Darwin ficava fasci-nado pelo modo como as caracterısticas fısicas sao transmitidasde uma geracao a outra, apesar de saber pouco a respeito dasleis da genetica e menos ainda sobre os mecanismos celularesque controlam a hereditariedade. No entanto, ha decadas os bio-logos vem estudando a genetica humana e as instrucoes detalha-das contidas na impressionante molecula de DNA (acido desoxirri-bonucleico). Mas a questao e: De onde vieram essas instrucoes?

Page 14: A Origem da Vida

14 A ORIGEM DA VIDA

projetado para ensinar sobre o funciona-mento desse tipo de celula. Todo o museue uma replica de uma celula humana, po-rem 13 milhoes de vezes maior. Ele e dotamanho de um enorme estadio com capa-cidade para 70 mil pessoas.

Voce entra no museu e fica maravilha-do: esse lugar impressionante e cheio deformas e estruturas estranhas. Proximo aocentro da celula esta o nucleo, uma esfe-ra da altura de um predio de 20 andares.Voce vai ate la.

Voce passa por uma porta na membra-na do nucleo e olha ao seu redor. Ali, sedepara com 46 cromossomos, organizadosem pares identicos. Eles variam em altura;o par mais proximo de voce tem a altura deum predio de 12 andares (1). Cada cro-mossomo parece ter um estreitamento emseu meio, dando-lhe a aparencia de duaslinguicas unidas por uma das extremida-des. Ao mesmo tempo, eles sao tao grossosquanto um tronco de arvore. Voce ve o queparecem ser cordas em toda a extensaodos cromossomos. Ao se aproximar, notaque cada corda horizontal e dividida porlinhas verticais. Entre essas linhas ha ou-tras linhas horizontais menores (2). Seraque sao pilhas de livros? Nao; sao alcascolocadas uma em cima da outra forman-do colunas. Voce puxa uma dessas alcas eela se desprende com facilidade. Voce ficaimpressionado ao ver que ela e compostade pequenas espirais (3) muito bem orga-nizadas. Entre essas espirais esta a princi-pal peca de toda a estrutura, algo pareci-do a uma fita muito comprida. De que setrata?

A ESTRUTURA DE UMAINCR

´IVEL MOL

´ECULA

Vamos simplesmente chamar essa par-te do cromossomo de fita. Ela tem quase3 centımetros de espessura. Essa fita estabem enrolada em carreteis (4), formandoespirais dentro de espirais. Essas espirais

estao presas a um tipo de armacao que asmantem no lugar. Uma placa no museudiz que a fita esta muito bem acondiciona-da. Nessa escala, se voce esticasse a fitade cada cromossomo, ela daria quase meiavolta na Terra!�

Um livro de ciencias diz que esse efi-ciente sistema de acondicionamento e“uma extraordinaria facanha de engenha-ria”.18 A ideia de que nao houve nenhumengenheiro por tras dessa facanha lhe pa-rece razoavel? Se esse museu possuısseuma enorme loja com milhoes de itens avenda, dispostos de tal forma que qualqueritem pudesse ser facilmente localizado,concluiria que ninguem organizou o lugar?´E claro que nao. E, comparado ao que a ce-

� O livro Biologia Molecular da Celula usa uma esca-la diferente. O livro diz que armazenar essas longasfitas no nucleo de uma celula seria como tentar colo-car 40 quilometros de uma linha muito fina dentro deuma bola de tenis, porem de maneira tao organizadaque qualquer trecho dela pudesse ser facilmente en-contrado.

1

1

Page 15: A Origem da Vida

lula faz, organizar essa loja seria algo mui-to simples.

Outra placa o convida a pegar um tre-cho da fita e examina-lo mais de perto (5).Ao passar a fita entre os dedos, voce notaque nao se trata de uma fita comum. Ela ecomposta de dois filamentos entrelacadose ligados por minusculas barras que tem omesmo espaco entre si. A fita lembra umaescada torcida, parecida a uma escada ca-racol (6). Entao voce se da conta de queesta segurando um modelo da molecula deDNA, um dos grandes misterios da vida!

Uma unica molecula de DNA bemacondicionada, com seus carreteis e arma-coes, forma um cromossomo. Os degrausda escada sao conhecidos como pares de

bases (7). O que eles fazem? Para que ser-ve tudo isso? Outra placa da uma explica-cao simples.

O MAIS AVANCADO SISTEMA DEARMAZENAMENTO DE DADOS

O segredo do DNA, diz a placa, esta emseus degraus, as barras que conectam asduas laterais da escada. Pense nessa escadadividida verticalmente ao meio. Cada ladopossui metades de degraus. Existem ape-nas quatro tipos dessas metades. Os cien-tistas as denominaram A, T, G e C. Elesficaram maravilhados ao descobrir que aordem dessas letras transmite informacoesem uma especie de codigo.

2

3

4

5

6

7

uma “facanha deengenharia”

Como o DNA e armazenadoArmazenar o DNA no nucleo e umaincrıvel facanha de engenharia.

´E como

colocar 40 quilometros de uma linhamuito fina dentro de uma bola de tenis

Page 16: A Origem da Vida

16 A ORIGEM DA VIDA

Voce talvez saiba que o codigo Morsefoi inventado no seculo 19 para que as pes-soas pudessem se comunicar por meio dotelegrafo. Esse codigo tinha apenas duas“letras”: um ponto e um traco. Ainda as-sim, podia ser usado para formar inumeraspalavras ou frases. O DNA, por sua vez,possui um codigo de quatro letras. A or-dem em que as letras A, T, G e C aparecemforma “palavras”, que chamamos de co-dons. Os codons sao organizados em “his-torias” chamadas genes. Cada gene con-tem em media 27 mil letras. Esses genese os longos espacos entre eles sao orga-nizados em “capıtulos”, os cromossomos.Sao necessarios 23 cromossomos para for-mar o “livro” completo, ou seja, o genoma— toda a informacao genetica de um orga-nismo.�

O genoma pode ser comparado a umenorme livro. Quanta informacao esse “li-vro” pode armazenar? Ao todo, o genomahumano e formado por cerca de 3 bilhoesde pares de bases, ou degraus, na esca-da de DNA.19 Imagine uma enciclopediaem que cada volume tem mais de mil pagi-nas. O genoma preencheria as paginas de428 desses volumes. Visto que cada celulapossui duas copias do genoma, seriam ne-cessarios 856 volumes da enciclopedia. Sevoce fosse digitar todo o genoma sozinho,teria de trabalhar por perıodo integral du-rante 80 anos, sem tirar ferias!´

E claro que no final das contas todo essetrabalho de digitacao seria inutil para seucorpo. Como voce faria caber centenas delivros tao grandes em cada uma de seus100 trilhoes de microscopicas celulas?Comprimir assim tanta informacao e algoque esta alem da nossa capacidade.

Um professor de biologia molecular eciencia da computacao disse: “Um gramade DNA, que se fosse desidratado ocupa-ria um espaco de aproximadamente um

� As celulas contem duas copias completas do ge-noma, totalizando 46 cromossomos.

centımetro cubico, pode armazenar tantainformacao quanto cerca de 1 trilhao deCDs.”20 O que isso significa? Lembre-se deque o DNA contem os genes, ou seja, asinstrucoes para a formacao de um corpohumano. Cada celula possui um conjuntocompleto de instrucoes. O DNA armazenatanta informacao que uma unica colher decha de DNA conteria instrucoes para for-mar cerca de 350 vezes o numero de se-res humanos vivos hoje! O DNA dos 7 bi-lhoes de pessoas vivas atualmente na Terramal formaria uma fina pelıcula na superfı-cie dessa colher de cha.21

UM LIVRO SEM AUTOR?Apesar dos avancos na fabricacao de

aparelhos cada vez menores, nenhum apa-relho de armazenamento de dados feitopelo homem sequer chega perto da capa-cidade do DNA. De qualquer modo, po-demos compara-lo a um CD. Pense: umCD talvez nos impressione com seu forma-to simetrico, sua superfıcie brilhante e seudesign eficiente.

´E evidente que pessoas

replicacaoComo o DNA e copiado

– Esta parte da maquina de enzimasdivide o DNA em dois filamentos

— Esta parte da maquina usa um unicofilamento do DNA como molde paracriar um filamento duplo

˜ Um cursor em forma de anel guia eestabiliza a maquina de enzimas

™ Dois filamentos completos de DNAsao formados

Page 17: A Origem da Vida

inteligentes o projetaram. Se gravassemosinstrucoes uteis, coerentes e detalhadasno CD para a fabricacao, a manutencaoe o conserto de uma maquina complexa,isso nao alteraria perceptivelmente o pesoou o tamanho do disco. Ainda assim, asinstrucoes seriam a parte mais importantedele. Voce nao ficaria convencido de quehouve uma mente inteligente por tras de-las? Nao seria necessario que alguem crias-se essas instrucoes?

Nao e um absurdo comparar o DNA aum CD ou a um livro. Na verdade, um li-vro sobre o genoma diz: “Comparar o ge-noma a um livro nao e necessariamenteuma metafora.

´E a mais pura realidade.

Um livro contem informacoes codifica-das . . . O genoma tambem.” O autor acres-centa: “O genoma e um livro inteligente,porque sob condicoes ideais ele pode co-piar e ler a si mesmo.”22 Isso nos faz pensarsobre outro aspecto importante do DNA.

M´AQUINAS EM FUNCIONAMENTOEnquanto esta nesse ambiente silencio-

so, voce se pergunta se o nucleo e realmen-te tao estatico como um museu. Daı, voceve outro objeto. Acima de um mostruariode vidro contendo um modelo de DNA hauma placa que diz: “Aperte o botao paraver a demonstracao.” Voce aperta o bo-tao, e uma voz diz: “O DNA realiza pelomenos dois trabalhos muito importantes.O primeiro e chamado replicacao. O DNAtem de ser copiado para que cada nova ce-lula tenha as mesmas informacoes geneti-cas. Veja a simulacao a seguir.”

Uma maquina complexa passa por umadas aberturas do mostruario. Trata-se naverdade de varios robos conectados um aooutro. A maquina se prende ao DNA e co-meca a se movimentar ao longo dele comoum trem sobre trilhos. Ela se movimen-ta rapido demais para que voce veja exa-tamente o que ela esta fazendo, mas voce

1

2

2

3

3

3

4

4

Se o DNA fosse do tamanho dostrilhos de uma ferrovia, a maquinade enzimas se locomoveria a cercade 80 quilometros por hora

17

Page 18: A Origem da Vida

observa que atras dela saem duas molecu-las completas de DNA em vez de uma.

A voz explica: “Voce esta vendo umaversao bem simplificada do que acontecedurante a replicacao do DNA. Um grupode estruturas moleculares chamadas enzi-mas percorre a extensao do DNA dividin-do-o em dois, e depois usa cada filamentocomo base para fabricar um novo filamen-to complementar. Nao podemos mostrartodas as partes envolvidas na replicacaodo DNA como, por exemplo, o minuscu-lo mecanismo que vai a frente da maquinade replicacao e divide o DNA de tal modoque ambos os lados possam ser espiraladoslivremente, mas nao a ponto de ficaremmuito enrolados. Tambem nao podemosmostrar como o DNA e ‘revisado’ variasvezes. Erros sao detectados e corrigidoscom impressionante exatidao.” — Veja odiagrama nas paginas 16 e 17.

A voz continua: “O que podemos mos-trar claramente e a velocidade em quetudo ocorre. Voce viu o robo se movimen-tar em alta velocidade, certo? Na verda-de, a maquina de enzimas se movimentaao longo dos ‘trilhos’ do DNA a velocida-de de cerca de 100 degraus, ou pares debases, por segundo.23 Se esses ‘trilhos’ fos-sem do tamanho dos trilhos de uma ferro-via, essa ‘maquina’ se locomoveria a cerca

de 80 quilometros por hora. Nas bacte-rias, essas pequenas maquinas de replica-cao podem se mover dez vezes mais rapidodo que isso! Na celula humana, um exerci-to de centenas dessas maquinas de replica-cao trabalha em diferentes pontos do ‘tri-lho’ de DNA. Elas copiam todo o genomaem apenas oito horas.”24 — Veja o quadro“Uma molecula que pode ser lida e copia-da”, na pagina 20.

“LEITURA” DO DNAOs robos replicadores do DNA saem de

cena e, entao, surge outra maquina. Elatambem se move ao longo de um trecho doDNA, so que mais devagar. Voce ve a fitado DNA entrando por uma extremidadedessa maquina e saindo pela outra, sem ne-nhuma alteracao. Mas um filamento total-mente novo sai por outra abertura da ma-quina, como se fosse uma cauda. O queesta acontecendo?

A voz passa a explicar: “O segundo tra-balho do DNA e chamado transcricao.O DNA nunca sai de seu abrigo seguro, onucleo. Entao como e que os genes, as re-ceitas para a fabricacao de todas as proteı-nas que compoem seu corpo, sao lidos eusados? Bem, essa maquina de enzimas en-contra um ponto no DNA onde um genefoi ativado por sinais quımicos vindos defora do nucleo da celula. Daı, essa maqui-na usa uma molecula chamada RNA (aci-do ribonucleico) para fazer uma copia des-

3

Um grama de DNA armazena tantainformacao quanto 1 trilhao de CDs

18

Page 19: A Origem da Vida

se gene. O RNA se parece muito com umunico filamento do DNA, mas nao e exa-tamente igual. Seu trabalho e apanhar in-formacoes codificadas nos genes. O RNAadquire essa informacao enquanto estadentro da maquina de enzimas, depois saido nucleo e vai em direcao a um dos ribos-somos, onde a informacao sera usada paraformar uma proteına.”

Enquanto assiste a demonstracao, vocefica impressionado com esse museu e coma engenhosidade daqueles que projetarame construıram essas maquinas. Mas e setodos os objetos do museu passassem a

se movimentar, demonstrando os milharesde tarefas executadas ao mesmo tempo emuma celula humana? Que espetaculo de ti-rar o folego isso seria!

Entao voce se da conta de que todo essetrabalho executado por maquinas minus-culas e complexas esta sendo realizadoneste exato momento em seus 100 trilhoesde celulas! Seu DNA e lido, fornecendoinstrucoes para a fabricacao das centenasde milhares de diferentes proteınas queconstituem seu corpo, com suas enzimas,tecidos, orgaos e assim por diante. Nes-te instante seu DNA esta sendo copiado e

transcricaoComo o DNA e “lido”

– Aqui o DNA e desenrolado. Um filamento expostotransmite informacoes para o RNA

— O RNA “le” o DNA, apanhando o codigo emum gene. O codigo do DNA diz a maquina detranscricao onde comecar e onde parar

˜ Carregado de informacoes, o RNA deixa o nucleo dacelula e se dirige a um ribossomo, onde transmitiraas instrucoes para a fabricacao de uma proteınacomplexa

™ Maquina de transcricao

1

2

4

19

Page 20: A Origem da Vida

revisado para que um novo conjunto de instrucoesfique pronto para ser lido em cada celula nova.

POR QUE ESSES FATOS S˜AO RELEVANTES?

Voltemos a pergunta inicial: ‘De onde vieram es-sas instrucoes?’ A Bıblia indica que esse “livro” eseu conteudo se originam de um Autor sobre-huma-no. Sera que essa conclusao esta desatualizada ounao e cientıfica?

Pense no seguinte: Sera que os humanos conse-guiriam construir um museu como o que acabamosde descrever? Se tentassem, certamente encontra-riam muitas dificuldades. Ate hoje, pouco se sabesobre o genoma humano e seu funcionamento. Oscientistas ainda estao tentando descobrir onde es-tao todos os genes e quais sao suas funcoes, embo-ra os genes constituam apenas uma pequena par-te do DNA. Que dizer dos longos trechos que naocontem genes? Os cientistas costumavam chamaresses trechos de “DNA inutil”, mas recentemente

G C

A T

C G

A T

G C

Como o DNA pode ser lido e copiado com tanta exatidao? Asquatro bases quımicas usadas na escada de DNA (A, T, G e C)formam cada degrau sempre usando os mesmos pares: A comT, e G com C. Se um dos lados do degrau for A, o outro sempresera T; G sempre faz par com C. Assim, tendo um dos lados daescada, e possıvel saber o outro. Por exemplo, se em um doslados a sequencia de degraus for GTCA, a do outro lado seraCAGT. O comprimento de cada base e diferente, mas quandose juntam com seus complementos, formam degraus comple-tos de comprimento uniforme.Saber isso levou os cientistas a outra descoberta: o DNA foiperfeitamente projetado para ser copiado varias e varias ve-zes. A maquina de enzimas que replica o DNA capta unidadesdesses quatro elementos quımicos que estao livres no nucleoda celula. Daı, usa essas unidades para completar cada de-grau do DNA dividido.Assim, a molecula de DNA e realmente como um livro que elido e copiado vez apos vez. Na duracao media de uma vidahumana, o DNA e copiado cerca de 10 quatrilhoes de vezes,com incrıvel exatidao.28

UMA MOL´ECULA QUE PODE SER LIDA E COPIADA

Page 21: A Origem da Vida

21

˛ Fato: O DNA esta armazenado nos cromosso-mos de maneira tao eficiente que isso tem sidochamado de uma “facanha de engenharia”.Pense no seguinte: Como algo tao organizadoassim poderia surgir por acaso?˛ Fato: Mesmo na atual era da informatica, nadase compara a capacidade de armazenamento dedados do DNA.Pense no seguinte: Se os tecnicos em computa-cao nao conseguem criar nada com essa capaci-dade, como e que materia sem vida conseguiria?˛ Fato: O DNA contem todas as instrucoes neces-sarias para a formacao do corpo humano e parafazer sua manutencao por toda a vida.Pense no seguinte: Como essas instrucoes po-deriam ter surgido sem um autor, ou essa progra-macao sem um programador?˛ Fato: Para que o DNA possa funcionar, ele temde ser copiado, lido e verificado por varias estrutu-ras moleculares complexas chamadas enzimas,que precisam trabalhar juntas de forma precisa enuma fracao de segundos.Pense no seguinte: Voce acha que maquinascomplexas e extremamente confiaveis poderiamsurgir por acaso? Sem provas concretas, acredi-tar nisso nao seria pura credulidade?

ANALISE OS FATOS

tem mudado de opiniao sobre isso. Essestrechos talvez controlem como e ate queponto os genes sao usados. E, mesmo queos cientistas conseguissem reproduzir umDNA completo e as maquinas que o co-piam e revisam, sera que conseguiriam faze-lo funcionar como um DNA de verdade?

O famoso cientista Richard Feynmanescreveu uma pequena frase num quadro-negro pouco antes de sua morte: “O queeu nao posso criar, eu nao compreendo.”25

Sua sincera humildade e incomum, e o queele disse e um fato no caso do DNA. Oscientistas sao incapazes de criar o DNAcom todo o seu sistema de replicacao etranscricao, e nao conseguem compreen-de-lo plenamente. Mesmo assim, algunstem certeza de que tudo isso surgiu por aca-so. Sera que as evidencias que considera-mos realmente apoiam essa conclusao?

Alguns estudiosos chegaram a conclu-sao de que as evidencias apontam emoutra direcao. Por exemplo, Francis Crick,cientista que ajudou a descobrir a estrutu-ra de dupla-helice do DNA, concluiu queessa molecula e organizada demais parater surgido por acaso. Ele propos que seresextraterrestres inteligentes talvez tenhamenviado o DNA a Terra para dar inıcio avida em nosso planeta.26

Mais recentemente, o famoso filosofoAntony Flew, que defendeu o ateısmo por50 anos, mudou completamente de opi-niao. Aos 81 anos, ele passou a expressara crenca de que alguem inteligente deve terestado envolvido na criacao da vida. Porque essa mudanca de opiniao? Ele estudouo DNA. Quando se perguntou a ele se suanova linha de pensamento nao seria impo-pular entre os cientistas, Flew respondeu:“

´E uma pena. Minha vida inteira tem sido

guiada pelo princıpio: seguir as evidencias,nao importa aonde elas o levem.”27

O que voce acha? O que as evidenciasmostram? Imagine que voce encontrasseuma sala de computadores no interior de

uma fabrica. Um dos computadores estaexecutando um programa que controla to-das as operacoes da fabrica. Alem disso,o programa envia constantemente instru-coes de como fabricar e fazer a manuten-cao de cada maquina. Tambem faz copiasde si mesmo e as verifica. A que conclusaovoce chegaria? Que o computador e seuprograma fabricaram a si mesmos ou queforam produzidos por mentes inteligentese organizadas? Sem duvida, as evidenciasfalam por si mesmas.

Page 22: A Origem da Vida

O que muitos cientistas afirmam? Mui-tos dao a entender que o registro fossilapoia a teoria de que todas as formas devida tiveram uma origem em comum. Tam-bem afirmam que todos os seres vivos de-vem ter evoluıdo de um ancestral em co-mum, visto que possuem uma “linguagemde programacao” parecida, o DNA.O que a Bıblia diz? O relato de Genesisdiz que as plantas, as criaturas marinhas, osanimais terrestres e as aves foram criados“segundo as suas especies”. (Genesis 1:12,20-25) Essa descricao permite uma varia-cao dentro de uma ‘especie’, mas tambemindica que ha limites fixos que separam asdiferentes especies. O relato bıblico sobre acriacao tambem indica que novas criaturasapareceriam no registro fossil de modo su-bito e plenamente formadas.O que as evidencias indicam? Sera queas evidencias apoiam a descricao bıblica

sobre a origem da vida ou Darwin estavacerto? O que as descobertas dos ultimos150 anos revelam?

A´ARVORE DE DARWIN

´E DERRUBADA

Em anos recentes, cientistas consegui-ram comparar os codigos geneticos de de-zenas de organismos unicelulares e os deplantas e animais. Eles achavam que essascomparacoes confirmariam a teoria da “ar-vore da vida” proposta por Darwin. Masnao foi o que aconteceu.

O que as pesquisas revelaram? Em 1999,o biologo Malcolm Gordon escreveu: “Pa-rece que a vida teve muitas origens. A arvo-re da vida universal nao parece ter tido umaunica raiz.” Sera que ha evidencias de queos principais galhos da vida nasceram deum unico tronco, conforme Darwin acre-ditava? Gordon continua: “A teoria tradi-cional da descendencia comum parece nao

4SER

´A QUE TODA VIDA TEM

UM ANCESTRAL EM COMUM?Darwin achava que todas as formas de vida possuem umancestral em comum. Ele imaginava a historia da vida na Ter-ra como uma grande arvore. Mais tarde, outros passaram aacreditar que essa “arvore da vida” comecou como um unico“tronco”, ou seja, as primeiras celulas simples. Novas espe-cies brotaram do tronco e continuaram a se dividir em galhos(famılias de plantas e animais) e depois em ramos (todas asespecies dentro das famılias de plantas e animais existenteshoje). Foi isso o que realmente aconteceu?

IN´ICIO DA HIST

´ORIA DA TERRA TEMPO

122

Page 23: A Origem da Vida

se aplicar aos reinos atualmente reconheci-dos. Provavelmente nao se aplica a muitosfilos, se e que a algum, e possivelmente naose aplica a muitas classes nos filos.”29�

Pesquisas recentes contradizem a teoriade Darwin de um ancestral em comum. Porexemplo, em 2009, um artigo da revistaNew Scientist citou as palavras do cientis-ta evolucionista Eric Bapteste: “Nao temosnenhuma evidencia de que a arvore da vidaseja uma realidade.”30 O mesmo artigo citao biologo evolucionista Michael Rose: “To-dos sabemos que a teoria da arvore da vidaesta sendo aos poucos descartada. Mas aideia de que todo nosso ponto de vista so-bre a biologia precisa mudar nao e tao bemaceita.”31�

O QUE O REGISTRO F´OSSIL INDICA?

Muitos cientistas dizem que o registrofossil apoia a teoria de que a vida teveuma origem em comum. Argumentam, porexemplo, que ha evidencias no registro fos-sil de que peixes se tornaram anfıbios e deque repteis se tornaram mamıferos. Mas oque o registro fossil realmente indica?

“Em vez de encontrarem evidencias dodesenvolvimento gradual da vida”, diz o pa-leontologo evolucionista David Raup, “oque os geologos dos dias de Darwin e osgeologos atuais na verdade descobriram foi

� O termo biologico filo se refere a uma grande ca-tegoria de animais com as mesmas caracterısticas fısi-cas. Um modo de os cientistas classificarem todas ascoisas vivas e por meio de um sistema de sete grupos,cada um mais especıfico que o anterior. O primeirogrupo e o reino, a categoria mais abrangente. A seguirvem as categorias filo, classe, ordem, famılia, genero eespecie. Por exemplo, o cavalo e classificado da se-guinte maneira: reino: Animalia; filo: Chordata; classe:Mammalia; ordem: Perissodactyla; famılia: Equidae; ge-nero: Equus; especie: caballus.� Nem o artigo da revista New Scientist nem Bap-

teste ou Rose sugerem que a teoria da evolucao estejaerrada. Antes, seu argumento e de que nao ha provasque apoiem a teoria da suposta arvore da vida, um dosalicerces da teoria de Darwin. Esses cientistas aindabuscam outras explicacoes para a evolucao.

um registro incompleto e irregular, ou seja,especies surgem de repente na sequenciados fosseis, apresentam pouca ou nenhumamudanca durante sua existencia no registroe, entao, desaparecem abruptamente.”32

Na realidade, a grande maioria dos fos-seis demonstra que as especies perma-neceram estaveis durante perıodos muitolongos. Os indıcios nao mostram que as es-pecies evoluıram de uma para outra. Novasformas de vida e caracterısticas fısicas dis-tintas apareceram de repente. Por exemplo,morcegos com sonar e sistemas de ecoloca-lizacao surgiram sem nenhuma ligacao ob-via com um ancestral mais primitivo.

De fato, mais da metade dos principaisramos da vida animal parece ter surgidonum perıodo relativamente curto. Vistoque muitas formas de vida distintas surgi-ram tao repentinamente no registro fossil,os paleontologos se referem a esse perıo-do como “a explosao cambriana”. Quandoocorreu o perıodo cambriano?

Suponhamos que as estimativas dos pes-quisadores estejam corretas. Nesse caso, ahistoria da Terra poderia ser representadapor uma linha do tempo do tamanho de umcampo de futebol (1). Nessa escala, voce te-ria de caminhar a distancia equivalente asete oitavos desse campo para chegar noponto que os paleontologos chamam de pe-rıodo cambriano (2). Num pequeno trechodesse perıodo, os principais ramos da vidaanimal aparecem no registro fossil. Quantotempo leva para eles surgirem?

`A medida

que caminha pelo campo, toda a vida ani-mal surge antes de voce completar sequerum passo.

O surgimento relativamente instantaneodas diversas formas de vida levou algunspesquisadores evolucionistas a questionara versao tradicional da teoria de Darwin.Por exemplo, numa entrevista em 2008, obiologo evolucionista Stuart Newman falou

“EXPLOS˜AO CAMBRIANA” HOJE

223

Page 24: A Origem da Vida

sobre a necessidade de uma nova teoria da evolu-cao que explicasse o aparecimento subito de no-vas formas de vida. Ele disse: “Acredito que ateoria de Darwin usada para explicar todas as mu-dancas evolucionarias se tornara apenas mais umade muitas teorias — talvez nao necessariamente amais importante quando se trata de compreendera macroevolucao, ou seja, a evolucao das princi-pais transicoes fısicas.”33

PROBLEMAS COM AS “PROVAS”Mas e quanto aos fosseis usados para mostrar

que os peixes se transformaram em anfıbios e osrepteis em mamıferos? Sera que fornecem provasconcretas do processo da evolucao? Analisandomelhor, varios problemas ficam evidentes.

Primeiro, a proporcao de tamanho das criaturasna sequencia reptil—mamıfero e as vezes mal repre-sentada. Nos livros, essas criaturas sao apresenta-das como se tivessem tamanho similar, quando, narealidade, algumas criaturas sao bem maiores queoutras.

Um segundo e mais serio desafio e a falta de evi-dencias de que essas criaturas sejam aparentadasde alguma maneira. Especimes colocados na se-

quencia muitas vezes estao separados uns dosoutros por milhoes de anos, segundo esti-mativas dos pesquisadores. Com relacaoaos perıodos que separam muitos dessesfosseis, o zoologo Henry Gee diz: “Os in-

tervalos de tempo que separam os fos-seis sao tao grandes que nao podemosafirmar nada sobre uma possıvel liga-

cao entre eles.”34�

Falando sobre os fosseis de peixes eanfıbios, o biologo Malcolm Gordon afir-

ma que os fosseis encontrados represen-tam apenas uma pequena, “possivelmente ın-

fima, amostra da biodiversidade existente nessesgrupos naquelas epocas”. Ele diz ainda: “Nao ha

� Henry Gee nao sugere que a teoria da evolucao esteja erra-da. Seus comentarios mostram que ha limites quanto ao quepodemos aprender do registro fossil.

CONFORMEALGUNS LIVROSMOSTRAM

PROPORC˜AO REAL Por que alguns livros mudam a escala de tamanho dos

fosseis, apresentando-os em uma suposta sequencia?

Page 25: A Origem da Vida

4 SER´A QUE TODA VIDA TEM UM ANCESTRAL EM COMUM? 25

como saber, se e que isso e possıvel, ate queponto esses organismos especıficos foramrelevantes para desenvolvimentos posterio-res, ou qual talvez tenha sido seu parentes-co.”35�

O QUE O “FILME” REALMENTEMOSTRA?

Um artigo publicado na revista NationalGeographic de 2004 compara o registro fos-sil a “um filme da evolucao, no qual 999 decada mil fotogramas desaparecem”.36 Con-sidere as implicacoes dessa ilustracao.

Imagine que voce encontrou 100 foto-gramas (quadros) de um filme que original-mente possuıa 100 mil fotogramas. Comovoce saberia o enredo do filme? Voce talveztenha uma ideia. Mas e se apenas 5 dos 100fotogramas pudessem ser organizados deacordo com o que voce imaginou, enquan-to os outros 95 contassem uma historiabem diferente? Seria razoavel afirmar quesua ideia original estava certa baseando-seapenas naqueles 5 fotogramas? Seria o casode voce ter colocado aqueles 5 fotogramasnuma determinada ordem so porque era aque melhor se encaixava na sua teoria? Nao

� Malcolm Gordon apoia a teoria da evolucao.

seria mais razoavel permitir que os outros95 fotogramas influenciassem sua opiniao?

Como essa ilustracao se relaciona como conceito dos evolucionistas sobre o re-gistro fossil? Durante anos, pesquisadoresse recusaram a admitir que a grande maio-ria dos fosseis, os 95 fotogramas do filme,mostra que as especies mudam muito pou-co com o passar do tempo. Por que essesilencio sobre uma evidencia tao impor-tante? O escritor Richard Morris diz: “Apa-rentemente, os paleontologos adotaram oconceito ortodoxo de mudanca evolucio-naria gradual e se apegaram a ele, mesmo

“Afirmar que uma sequencia de fosseis re-presenta uma linhagem nao e uma hipotesecientıfica que pode ser comprovada, masuma afirmacao que tem o mesmo valor deuma historia de ninar — incrıvel, talvez ateinstrutiva, mas nao cientıfica.” — In Searchof Deep Time—Beyond the Fossil Record to aNew History of Life (Em Busca de um TempoDistante — Alem do Registro Fossil Rumo auma Nova Historia da Vida), de Henry Gee,paginas 116-117

As linhas pontilhadas mostram umsuposto parentesco

Peixe

ssem

mandıbu

la

Peixe

scom

carap

a cae

mandıbu

la(ex

tintos

)

Peixe

scart

ilagin

osos

Peixe

sosse

os

Anfıbios

Repte

is

Aves

Mamıferos

PERIOD

OSGE

OLOG

ICOS

ª

Peixe

ssem

mandıbu

la

Peixe

scom

carap

acae

mandıbu

la(ex

tintos

)

Peixe

scart

ilagin

osos

Peixe

sosse

os

Anfıbios

Repte

is

Aves

Mam ıferos

Os indıcios fosseis existentes mostramque nao ha parentesco entre eles

Page 26: A Origem da Vida

26 A ORIGEM DA VIDA

˛ Fato: Dois conceitos fundamentais da evo-lucao — o de que a vida teve uma origem em co-mum e o de que as principais estruturas fısicassurgiram em resultado do lento acumulo de pe-quenas mudancas — tem sido desafiados porpesquisadores que nao apoiam o relato bıblicoda criacao.Pense no seguinte: Visto que os conceitos fun-damentais da teoria de Darwin causam contro-versia, sera que a versao dele sobre a evolucao

pode ser honestamente considerada um fatocientıfico?˛ Fato: Todos os organismos vivos possuem pro-jetos similares de DNA, a “linguagem de progra-macao”, ou codigo, que determina a forma e asfuncoes de sua celula ou celulas.Pense no seguinte: Sera que essa similaridadeexiste, nao porque esses organismos tiveramum ancestral em comum, mas porque tiveram omesmo Projetista?

ANALISE OS FATOS

quando descobriram evidencias do contra-rio. Eles tentaram interpretar os indıciosfosseis com base em ideias evolucionistasaceitas.”37

Que dizer dos evolucionistas hoje? Seraque eles continuam a colocar os fosseisem uma determinada sequencia, nao por-que ela encontra apoio na maioria das evi-dencias fosseis e geneticas, mas sim porquefazer isso esta de acordo com as ideias evo-lucionistas aceitas no momento?�

� Veja, por exemplo, o quadro “Que dizer da evolu-cao humana?”.

O que voce acha? Que conclusao se har-moniza mais com as evidencias? Analise osfatos que consideramos ate agora.˛ A primeira forma de vida na Terra naoera “simples”.˛

´E extremamente improvavel que ate mes-

mo os componentes de uma celula tenhamsurgido por acaso.˛ O DNA, “programa de computador”, oucodigo, que faz a celula funcionar, e incri-velmente complexo e evidencia uma enge-nhosidade que ultrapassa qualquer progra-ma ou sistema de armazenamento de dadosproduzido por humanos.˛ Pesquisas geneticas mostram que a vidanao se originou de um unico ancestral.Alem disso, os principais grupos de ani-mais aparecem abruptamente no registrofossil.`

A luz desses fatos, voce acha razoavelconcluir que essas evidencias estao em har-monia com a explicacao bıblica sobre a ori-gem da vida? Muitas pessoas, porem, afir-mam que a ciencia contradiz muito do quea Bıblia diz sobre a criacao. Sera que isso everdade? O que a Bıblia realmente diz?

Se “95 fotogramas” do registro fossil mostramque os animais nao evoluıram de uma especiepara outra, por que os paleontologos organizamos “5 fotogramas” restantes de modo a parecerque foi isso o que aconteceu?

Page 27: A Origem da Vida

Pesquise o assunto da evolucao humana emlivros e enciclopedias e encontrara um desenhocom varias criaturas em sequencia, representandoa evolucao do homem. A primeira e uma criaturasimiesca encurvada, seguida por outras com pos-tura progressivamente mais ereta e com caixa cra-niana maior. No final da sequencia, voce pode vero homem moderno. Essas representacoes, acom-panhadas de reportagens sensacionalistas sobrea descoberta de supostos elos perdidos, dao a im-pressao de que ha muitas provas de que o homemevoluiu de criaturas simiescas. Sera que essas ale-gacoes se baseiam em provas concretas? Veja oque pesquisadores evolucionistas dizem sobre osassuntos a seguir.�

O QUE OS IND´ICIOS F

´OSSEIS

REALMENTE MOSTRAM˛ Fato: No inıcio do seculo 20, todos os fosseisusados para apoiar a ideia de que humanos e ma-cacos evoluıram de um ancestral em comum ca-biam em uma mesa de bilhar. Desde entao, aquantidade desses fosseis aumentou. Hoje se dizque eles encheriam um vagao de carga.38 No en-tanto, a grande maioria deles consiste de apenasalguns ossos e dentes. Cranios completos, semfalar de esqueletos completos, sao raros.39

Pergunta: Sera que a maior quantidade de fosseisassociados a “arvore genealogica” do homem re-solveu a questao entre os evolucionistas sobrequando e como o homem evoluiu de criaturassimiescas?Resposta: Nao. Na verdade, ocorreu o contrario.Referindo-se a classificacao desses fosseis, RobinDerricourt, da Universidade de Nova Gales do Sul,Australia, escreveu em 2009: “Talvez o unico con-senso a que chegamos ate agora seja o de quenao ha nenhum consenso.”40 Em 2007, a revistaNature publicou um artigo escrito pelos descobri-

� Nota: Nenhum dos pesquisadores citados nestequadro acredita no ensino bıblico da criacao. Todosacreditam na evolucao.

dores de outro supostoelo perdido da arvore evo-lucionaria, dizendo quenada se sabe sobre quan-do ou como a linhagem hu-mana surgiu da linhagemdos macacos.41 Gyula Gyenis,pesquisador do Departamento de AntropologiaBiologica, da Universidade Eotvos Lorand, Hungria,escreveu em 2002: “A classificacao e localizacaoevolucionaria dos fosseis de hominıdeos sao cons-tantemente debatidas.”� Ele tambem diz que osindıcios fosseis colhidos ate agora nao nos permi-tem saber exatamente quando, onde ou como ohomem evoluiu de criaturas simiescas.42

AN´UNCIOS DE “ELOS PERDIDOS”

˛ Fato: Com frequencia a mıdia anuncia a des-coberta de um novo “elo perdido”. Por exemplo,em 2009, um fossil que foi chamado de Ida rece-beu atencao digna de uma “estrela do rock”, deacordo com certa revista.43 A publicidade incluıaesta manchete do jornal britanico The Guardian:“Fossil Ida: descoberta extraordinaria de um ‘eloperdido’ da evolucao humana”.44 No entanto, ape-nas alguns dias depois, a revista cientıfica britani-ca New Scientist disse: “Ida nao e um ‘elo perdido’da evolucao humana.”45

Pergunta: Por que cada nova descoberta de um“elo perdido” recebe ampla atencao da mıdia, aopasso que quando esse fossil e removido da “arvo-re genealogica” isso raramente e mencionado?Resposta: Falando a respeito dos que fazem es-sas descobertas, Robin Derricourt, mencionado

� O termo “hominıdeo” e usado para descrever aespecie que, segundo os pesquisadores evolucionistas,deu origem a famılia humana e as especies pre-historicassemelhantes a humanos.

Que dizer daevolucao humana?

Page 28: A Origem da Vida

28 A ORIGEM DA VIDA

antes, diz: “O chefe de uma equipe de pesqui-sas talvez precise dar muita enfase a singula-ridade e ao drama de uma ‘descoberta’ paraatrair fundos de outras fontes fora do cırculoacademico, e os pesquisadores sao estimula-dos pela mıdia eletronica e impressa, que porsua vez esta em busca de uma historia dra-matica.”46

GRAVURAS E MODELOS DOHOMEM-MACACO˛ Fato: Gravuras em livros e museus com fre-quencia apresentam os supostos ancestraisdos humanos com feicoes, cor de pele equantidade de pelos caracterısticas. Essasgravuras em geral mostram os “ancestrais”mais antigos com caracterısticas semelhan-tes as do macaco, e os supostamente maisproximos do homem com feicoes, cor de pelee pelo mais parecidos aos dos humanos.Pergunta: Os cientistas podem realmente re-produzir essas caracterısticas baseando-senos restos fossilizados que encontram?Resposta: Nao. Em 2003, o especialistaforense Carl Stephan, que trabalha no Depar-tamento de Ciencias Anatomicas da Universi-dade de Adelaide, Australia, escreveu: “Asfaces de primitivos ancestrais do homem naopodem ser reproduzidas ou avaliadas comexatidao.” Ele disse que as tentativas de fa-zer isso baseando-se nos macacos atuais“provavelmente serao tendenciosas, grossei-ramente inexatas e invalidas”. O que ele con-cluiu? “Quaisquer ‘reconstrucoes’ faciais dosprimitivos hominıdeos tem grande probabili-dade de estar equivocadas.”47

INTELIGˆENCIA E TAMANHO

DO C´EREBRO

˛ Fato: O tamanho do cerebro de um supostoancestral dos humanos e uma das principaismaneiras de os evolucionistas determinaremse o suposto parentesco entre esse ancestrale os humanos e distante ou proximo.Pergunta: O tamanho do cerebro e um indi-cador confiavel de inteligencia?

Resposta: Nao. Um grupo de pesquisadoresque usou o tamanho do cerebro como basepara determinar quais criaturas extintas eramparentes mais proximos do homem admitiuque ao fazer isso eles “se sentiram como seestivessem pisando em um solo instavel”.48Por que? Veja o que a revista Scientific Ameri-can Mind disse em 2008: “Os cientistas naoconseguiram encontrar uma correlacao entreo tamanho relativo e absoluto do cerebro e ainteligencia de humanos e de outras especiesanimais. Tambem nao foram capazes de en-contrar um paralelo entre inteligencia e o ta-manho de regioes especıficas do cerebronem a existencia delas. A excecao talvez sejaa area de Broca, que comanda a fala nos se-res humanos.”49

O que voce acha? Por que os cientistas ali-nham os fosseis usados na sequencia maca-co—homem de acordo com o tamanho docerebro quando se sabe que isso nao e umindicador confiavel de inteligencia? Sera queeles estao tentando fazer com que as provasse encaixem em sua teoria? E por que os pes-quisadores constantemente debatem sobrequais fosseis devem ser incluıdos na “arvoregenealogica” humana? Nao seria o caso deesses fosseis estudados serem apenas o queparecem realmente ser, ou seja, especies ex-tintas de macacos?O que dizer, porem, do homem de Nean-dertal, fossil semelhante aos seres humanos,frequentemente apresentado como prova deque uma especie de homem-macaco existiu?Os pesquisadores estao comecando a mudarseu ponto de vista sobre o que o homem deNeandertal realmente era. Em 2009, MilfordWolpoff escreveu na revista American Journalof Physical Anthropology que “o homem deNeandertal deve ter sido uma autentica racade seres humanos.”50

Observadores sinceros reconhecem que o or-gulho, o dinheiro e a necessidade de atencaoda mıdia influenciam o modo como as “pro-vas” da evolucao humana sao apresentadas.Voce esta disposto a depositar sua confiancanessas “provas”?

Page 29: A Origem da Vida

4 SER´A QUE TODA VIDA TEM UM ANCESTRAL EM COMUM? 29

O QUE H´A DE

ERRADO NESTAGRAVURA?

˛ Gravuras como esta sao baseadas emideias pre-concebidas e suposicoes depesquisadores e artistas, nao em fatos.51

˛ A maioria desses desenhos se baseiaem cranios incompletos e alguns dentes.Cranios completos, sem falar deesqueletos completos, sao raros.

˛ Nao ha consenso entre os pesquisadoressobre como os fosseis de varias criaturasdevem ser classificados.

˛ Os artistas nao podem reproduzir com exatidaofeicoes, cor de pele e pelos dessas criaturasextintas.

˛ Cada criatura e colocada numa determinada posicaona linha que leva ao homem moderno de acordoprincipalmente com o tamanho da caixa craniana. Issoe feito apesar da evidencia de que o tamanho do cerebronao e um indicador confiavel de inteligencia.

Page 30: A Origem da Vida

30 A ORIGEM DA VIDA

Ao ler esta brochura, ficou surpreso aover que o que a Bıblia diz e cientifica-mente exato? Muitas pessoas ficam. Elastambem se surpreendem ao aprender quea Bıblia nao diz algumas das coisas quemuitas religioes atribuem a ela. Algumasreligioes afirmam, por exemplo, que a Bı-blia ensina que Deus fez o Universo etoda a vida nele em apenas seis dias de24 horas. Mas, na verdade, nao ha nadana Bıblia que contradiga as diferentes es-timativas dos cientistas sobre a idade doUniverso ou da Terra.�

Alem disso, o breve relato bıblico so-bre como Deus criou a vida neste plane-ta da ampla margem para teorias e pes-quisas cientıficas. A Bıblia diz que Deuscriou toda a vida, e que as coisas vivasforam feitas “segundo as suas especies”.(Genesis 1:11, 21, 24) Essas afirmacoes

� Para mais informacoes, veja a brochura A Vida— Teve um Criador?, publicada pelas Testemunhas deJeova.

talvez estejam em conflito com certasteorias cientıficas, mas concordam comfatos cientıficos ja comprovados. A histo-ria da ciencia mostra que as teorias vao evem, mas os fatos permanecem.

Ha muitas pessoas, porem, que deixamde pesquisar a Bıblia porque estao de-cepcionadas com a religiao. Elas olhampara as religioes e veem hipocrisia, cor-rupcao e envolvimento nas guerras. Masseria justo julgar a Bıblia pelo compor-tamento de alguns que afirmam segui-la?Muitos cientistas sinceros e de bom cora-cao ficam horrorizados pelo modo comopessoas violentas usam a teoria da evolu-cao para justificar suas ideias racistas. Se-ria justo julgar a teoria da evolucao ba-seando-se nisso? Com certeza e melhorinvestigar o que a teoria afirma e compa-rar com a evidencia disponıvel.

Incentivamos voce a fazer o mesmocom a Bıblia. Talvez fique surpreso aoaprender que os ensinos da Bıblia sao

5FAZ SENTIDOACREDITAR NA B

´IBLIA?

Voce ja se enganou a respeito de uma pessoa? Talvez tenha ouvido outros falarema respeito dela. Pode ser que voce tenha ficado com ma impressao dela, mas aoconhece-la pessoalmente descobriu que os outros estavam equivocados. De modosimilar, muitos tem se equivocado a respeito da Bıblia.

Muitas pessoas cultas menosprezam a Bıblia. Sabe por que? Com frequencia, esselivro e apresentado ou citado de uma maneira que o faz parecer ilogico, nao cientı-fico ou simplesmente equivocado. Seria o caso de as pessoas estarem enganadasa respeito da Bıblia?

Page 31: A Origem da Vida

1. Como a vida comecou?1. How Life Began—Evolution’s ThreeGeneses, de Alexandre Meinesz, traduzi-do para o ingles, por Daniel Simberloff,2008, pp. 30-33, 45.a. Life Itself—Its Origin and Nature, deFrancis Crick, 1981, pp. 15-16, 141-153.2. Scientific American, “Uma origem maissimples da vida”, de Robert Shapiro,junho de 2007, p. 48.a. The New York Times, “A LeadingMystery of Life’s Origins Is SeeminglySolved”, de Nicholas Wade, 14 de maiode 2009, p. A23.3. Scientific American, junho de 2007,p. 48.4. Scientific American, junho de 2007,pp. 47, 49-50.5. Information Theory, Evolution, and theOrigin of Life, de Hubert P. Yockey,2005, p. 182.

6. NASA’s Astrobiology Magazine,“Life’s Working Definition—DoesIt Work?” (http://www.nasa.gov/vision/universe/starsgalaxies/life’s�working�definition.html),acessado em 17/3/2009.

2. Existem formas de vidarealmente simples?7. Princeton Weekly Bulletin, “Nuts, Boltsof Who We Are”, de Steven Schultz,1.° de maio de 2000, (http://www.prince-ton.edu/pr/pwb/00/0501/p/brain.shtml), acessado em 27/3/2009.a. “The Nobel Prize in Physiology orMedicine 2002”, Press Release, 7 de ou-tubro de 2002, (http://nobelprize.org/nobel�prizes/medicine/laureates/2002/press.html), acessado em 27/3/2009.8. “The Nobel Prize in Physiology orMedicine 2002,” 7 de outubro de 2002.

9. Encyclopædia Britannica, CD 2003,“Cell”, “The Mitochondrion and theChloroplast”, subtıtulo, “The Endosym-biont Hypothesis.”10. How Life Began—Evolution’s ThreeGeneses, p. 32.11. Molecular Biology of the Cell, segundaedicao, de Bruce Alberts et al, 1989,p. 405.12. Molecular Human Reproduction,“The Role of Proteomics in Defining theHuman Embryonic Secretome”, deM. G. Katz-Jaffe, S. McReynolds, D. K.Gardner e W. B. Schoolcraft, 2009,p. 271.13. Between Necessity and Probability:Searching for the Definition and Originof Life, de Radu Popa, 2004, p. 129.14. Between Necessity and Probability:Searching for the Definition and Originof Life, pp. 126-127.

BIBLIOGRAFIA

bem diferentes dos da maioria das reli-gioes. Longe de promover a guerra e aviolencia etnica, a Bıblia ensina que osservos de Deus devem rejeitar a guerra eate mesmo o odio que gera esse tipo deviolencia. (Isaıas 2:2-4; Mateus 5:43, 44;26:52) Longe de promover o fanatismo ea credulidade, a Bıblia ensina que a ver-dadeira fe e baseada em provas e que afaculdade de raciocınio e essencial paraservir a Deus. (Romanos 12:1; Hebreus11:1) Longe de desestimular a curiosida-de, a Bıblia nos incentiva a investigar asquestoes mais fascinantes que tem desa-fiado a humanidade.

Por exemplo, ja se perguntou: ‘Se Deusexiste, por que ele permite a perversida-de?’ A Bıblia responde a essa e a muitasoutras perguntas de modo satisfatorio.�Incentivamos voce a continuar na sua bus-ca pela verdade. Podera encontrar respos-tas emocionantes e razoaveis, baseadasem provas convincentes. E com certezaisso nao sera mero acaso.

� Veja o capıtulo 11 do livro O Que a Bıblia Real-mente Ensina?, publicado pelas Testemunhas de Jeova.

Page 32: A Origem da Vida

lf-T

17

06

14

Para mais informacoes, acesse www.jw.org ou contate as Testemunhas de Jeova.

s

(Quadro) Rapidas e eficientes15. Origin of Mitochondria and Hydro-genosomes, de William F. Martin eMiklos Muller, 2007, p. 21.16. Brain Matters—Translating ResearchInto Classroom Practice, de Pat Wolfe,2001, p. 16.

3. De onde vieram as instrucoes?17. Research News Berkeley Lab,(http://www.lbl.gov/Science-Articles/Archive/LSD-molecular-DNA.html),artigo: “Molecular DNA Switch Foundto Be the Same for All Life”, contato:Lynn Yarris, p. 1 de 4; acessado em10/2/2009.18. Life Script, de Nicholas Wade, 2001,p. 79.19. Bioinformatics Methods in Clinical Re-search, editado por Rune Matthiesen,2010, p. 49.20. Scientific American, “ComputingWith DNA”, de Leonard M. Adleman,agosto de 1998, p. 61.21. Nano Letters, “Enumeration of DNAMolecules Bound to a NanomechanicalOscillator”, de B. Ilic, Y. Yang, K. Au-bin, R. Reichenbach, S. Krylov e H. G.Craighead, Vol. 5, n.° 5, 2005, pp. 925,929.22. Genome—The Autobiography of aSpecies in 23 Chapters, de Matt Ridley,1999, pp. 7-8.23. Essential Cell Biology, segunda edi-cao, de Bruce Alberts, Dennis Bray,Karen Hopkin, Alexander Johnson,Julian Lewis, Martin Raff, Keith Robertse Peter Walter, 2004, p. 201.24. Molecular Biology of the Cell, quartaedicao, de Bruce Alberts et al, 2002,p. 258.25. No Ordinary Genius—The IllustratedRichard Feynman, editado por Christo-pher Sykes, 1994, foto sem numero depagina fornecido; veja legenda.a. New Scientist, “Second Genesis—Life,but Not As We Know It”, de BobHolmes, 11 de marco de 2009,(http://www.newscientist.com/article/mg20126990.100) acessado em11/3/2009.26. The Search for Extraterrestrial Intel-ligence—A Philosophical Inquiry, de DavidLamb, 2001, p. 83.

27. Associated Press Newswires, “Fa-mous Atheist Now Believes in God”, deRichard N. Ostling, 9 de dezembro de2004.

(Quadro) Uma molecula que podeser lida e copiada28. Intelligent Life in the Universe, segun-da edicao, de Peter Ulmschneider, 2006,p. 125.

4. Sera que toda vida tem umancestral em comum?29. Biology and Philosophy, “The Con-cept of Monophyly: A Speculative Es-say”, de Malcolm S. Gordon, 1999,p. 335.30. New Scientist, “Uprooting Darwin’sTree”, de Graham Lawton, 24 de janeirode 2009, p. 34.31. New Scientist, 24 de janeiro de 2009,pp. 37, 39.32. Field Museum of Natural History Bul-letin, “Conflicts Between Darwin andPaleontology”, de David M. Raup, janei-ro de 1979, p. 23.33. Archaeology, “The Origin ofForm Was Abrupt Not Gradual”,de Suzan Mazur, 11 de outubro de 2008,(www.archaeology.org/online/interviews/newman.html), acessado em23/2/2009.34. In Search of Deep Time—Beyond theFossil Record to a New History of Life, deHenry Gee, 1999, p. 23.35. Biology and Philosophy, p. 340.36. National Geographic, “Indıcios fos-seis”, novembro de 2004, p. 61.37. The Evolutionists—The Struggle forDarwin’s Soul, de Richard Morris, 2001,pp. 104-105.

(Quadro) Que dizer da evolucaohumana?38. The Human Lineage, de MattCartmill e Fred H. Smith, 2009, prefa-cio, p. xi.39. Fossils, Teeth and Sex—New Perspec-tives on Human Evolution, de Charles E.Oxnard, 1987, prefacio, pp. xi, xii.a. From Lucy to Language, de DonaldJohanson e Blake Edgar, 1996, p. 22.b. Anthropologie, XLII/1, “Palaeodemog-raphy and Dental Microwear of HomoHabilis From East Africa”, de Laura M.Martınez, Jordi Galbany e AlejandroPerez-Perez, 2004, p. 53.

c. In Search of Deep Time—Beyond theFossil Record to a New History of Life,p. 22.40. Critique of Anthropology, Volu-me 29(2), “Patenting Hominins—Taxo-nomies, Fossils and Egos”, de RobinDerricourt, 2009, pp. 195-196, 198.41. Nature, “A New Species of GreatApe From the Late Miocene Epoch inEthiopia”, de Gen Suwa, Reiko T. Kono,Shigehiro Katoh, Berhane Asfaw e Yo-nas Beyene, 23 de agosto de 2007,p. 921.42. Acta Biologica Szegediensis, Volu-me 46(1-2), “New Findings—New Pro-blems in Classification of Hominids,”de Gyula Gyenis, 2002, pp. 57, 59.43. New Scientist, “A Fine Fossil—But aMissing Link She’s Not”, de Chris Bead,30 de maio de 2009, p. 18.44. The Guardian, London, “Fossil Ida:Extraordinary Find Is ‘Missing Link’ inHuman Evolution”, de James Rander-son, 19 de maio de 2009, (http://www.-guardian.co.uk/science/2009/may/19/ida-fossil-missing-link), acessado em25/8/2009.45. New Scientist, 30 de maio de 2009,pp. 18-19.46. Critique of Anthropology, Volu-me 29(2), p. 202.47. Science and Justice, Vol. 43, n.° 4,(2003) secao, Forensic Anthropology,“Anthropological Facial ‘Reconstruc-tion’—Recognizing the Fallacies, ‘Unem-bracing’ the Errors e Realizing MethodLimits”, de C. N. Stephan, p. 195.48. The Human Fossil Record—VolumeThree, de Ralph L. Holloway, DouglasC. Broadfield e Michael S. Yuan, 2004,prefacio xvi.49. Scientific American Mind, “Intelli-gence Evolved”, de Ursula Dicke e Ger-hard Roth, agosto/setembro de 2008,p. 72.50. American Journal of Physical Anthro-pology, “How Neandertals Inform Hu-man Variation”, de Milford H. Wolpoff,2009, p. 91.51. Conceptual Issues in Human ModernOrigins Research, editores G. A. Clark eC. M. Willermet, 1997, pp. 5, 60.a. Wonderful Life—The Burgess Shale andthe Nature of History, de Stephen JayGould, 1989, p. 28.