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A parábola do grão de mostarda ( Mt 13:31-32 ) O Reino do Céu - Qual o Tamanho da Árvore? No relato de Lucas da parábola do grão de mostarda, Jesus diz que o grão de mostarda "cresceu e fez-se árvore..." (Lucas 13:19). Já observamos que esta parábola ressalta mais o contraste entre semente e árvore do que a imensidão de seu crescimento final. Como A. B. Bruce observou, a parábola parece chamar mais a atenção para a pequenez do começo do reino do que para a grandeza do seu fim. Tão grande árvore como a que possa crescer de um grão de mostarda, ela nunca rivalizará com as verdadeiras árvores que sobressairão acima dela. As parábolas emparelhadas do grão de mostarda e do fermento parecem ser ambas destinadas a ilustrar o crescimento futuro e a influência do reino. Uma fala de seu crescimento extenso e visível, a outra da mudança espiritual intensa. Mas a questão que permanece é se Jesus está olhando para a parábola do grão de mostarda no vitorioso destino final de seu reino ou simplesmente para a crescente e visível influência espiritual do evangelho na História. Os profetas falaram eloqüentemente do triunfo absoluto e final do reino messiânico. Isaías prevê que "o monte da casa do SENHOR será estabelecido no cimo dos montes e se elevará sobre os outeiros" (2:2). Daniel diz que o reino se tornará "em grande montanha"

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A parbola do gro de mostarda ( Mt 13:31-32 )O Reino do Cu - Qual o Tamanho da rvore?No relato de Lucas da parbola do gro de mostarda, Jesus diz que o gro de mostarda"cresceu e fez-se rvore..." (Lucas 13:19). J observamos que esta parbola ressalta maiso contraste entre semente e rvore do que a imensido de seu crescimento final. Como A. B.Bruce observou, a parbola parece chamar mais a ateno para a pequenez do comeo doreino do que para a grandeza do seu fim. To grande rvore como a que possa crescer deum gro de mostarda, ela nunca rivalizar com as verdadeiras rvores que sobressairoacima dela. As parbolas emparelhadas do gro de mostarda e do fermento parecem serambas destinadas a ilustrar o crescimento futuro e a influncia do reino. Uma fala de seucrescimento extenso e visvel, a outra da mudana espiritual intensa. Mas a questo quepermanece se Jesus est olhando para a parbola do gro de mostarda no vitoriosodestino final de seu reino ou simplesmente para a crescente e visvel influncia espiritual doevangelho na Histria.Os profetas falaram eloqentemente do triunfo absoluto e final do reino messinico. Isaasprev que "o monte da casa do SENHOR ser estabelecido no cimo dos montes e seelevar sobre os outeiros" (2:2). Daniel diz que o reino se tornar "em grande montanha"e encher "toda a terra" (2:35) e que o domnio de seu Rei ser "domnio eterno, que nopassar, e o seu reino jamais ser destrudo" (7:14). Mas a escolha de Jesus da rvorede mostarda para ilustrao do futuro do reino parece ser uma metfora improvvel com aqual descrever sua glria final. Parece ter sido escolhida de propsito para ressaltar a grandeinfluncia espiritual que o reino de Deus exerceria no mundo e na histria, apesar de seupequeno comeo, e ainda no dar a seus discpulos nenhuma viso de glria mundana.Dentro do mbito da gerao deles o evangelho deveria ser "pregado a toda criaturadebaixo do cu" (Colossenses 1:23) e tocar os coraes dos homens desde Jerusalm "ataos confins da terra" (Atos 1:8). Mas seria a rvore de mostarda concebida para falar docrescimento da igreja at ser uma instituio de tal poder mundano que a sociedade doshomens mpios tremesse diante dela? Esta viso parece mais afinada com a teologia catlicaromana ou com as especulaes pr-milenares. O que as parbolas precedentes dosemeador e do joio j disseram claramente que o reino do cu destinado a ser rejeitadopela vasta maioria dos homens e a estar em guerra com os filhos do diabo enquanto omundo durar. No h lugar nas parbolas para a igreja de Deus dominar suprema em algumrenovado Santo Imprio Romano ou presidir sobre a absoluta paz e justia de um milnioterreal. Haver, sem dvida, tempos quando o evangelho ser mais "oportuno" do que emoutros (2 Timteo 4:2), mas tais tempos de paz e maior "crescimento em nmero" (Atos 9:31)so provavelmente sempre seguidos por perodos de oposio, retrao e apostasia (1Timteo 4:1; 2 Timteo 3:1-5; 4:3-4). Pessoas justas no so nunca destinadas a escapar daperseguio nesta vida (2 Timteo 3:12).A parbola do joio nos diz francamente que o tempo de glria final e triunfo para o reino vir"na consumao do sculo" (Mateus 13:39) quando o Filho do Homem enviar seus anjos, eeles "ajuntaro do seu reino [todos os homens vivos e mortos, Romanos 14:9, PE] todosos escndalos e os que praticam a iniqidade" (Mateus 13:41). Ser ento, e no antes,que ao mesmo tempo os perversos sero lanados na fornalha acesa, e "os justosresplandecero como o sol, no reino de seu Pai" (Mateus 13:42-43). Ser ento que oreino de Deus encher toda a terra, e o Senhor e seu Ungido, sempre tendo soberaniaabsoluta, poro os reis da terra em completo ridculo e os destroaro como um vaso deoleiro (Salmo 2). o modo do Senhor operar suas maravilhas por meio das mais humildes pessoas ecircunstncias e assim evidenciar que somente Deus poderia t-las feito acontecer. Paulo dizdo evangelho que "Deus ... escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar asfortes.... a fim de que ningum se vanglorie na presena de Deus" (1 Corntios 1:27,29).Assim, parece-me que jamais chegar o dia quando o povo de Deus se encontrar feliz naposio de glria mundana, sem ser corrompido por seu prprio sucesso. pelasdificuldades que os cristos so chamados a suportar que o Senhor assegura que somenteos retos de corao viro. O Senhor conduziu Israel atravs de um deserto sem trilhas, semmais coisa alguma a no ser sua promessa de sustent-los, de modo que, na necessidadedeles, ele pudesse conhecer o que estava em seus coraes e eles pudessem saber que ohomem no vive somente de po, mas da palavra de Deus (Deuteronmio 8:2-3). Seremos,provavelmente sempre, um "pequenino rebanho" (Lucas 12:32) enviado pelo Senhor"como ovelhas para o meio de lobos" (Mateus 10:16), de modo que somente neleconfiaremos.Enquanto isso, o reino do cu ser sempre uma rvore bastante grande para abrigar cada coraoverdadeiramente arrependido que busque refgio em seu Senhor, e uma rvore suficientemente despida deatraes mundanas para no ter encantos para os comedores de carnia que possam buscar abrigo em seusramos para suas prprias sombrias e carnais razes.Parbolas de CrescimentoMateus 13:31-35,44-46; Marcos 4:26-29por Gardner HallA preocupao com o crescimento nas culturas ocidentais geralmente envolve umafascinao por nmeros e estatsticas. As empresas gostam de mostrar com tabelas egrficos as vendas e a clientela crescentes. Jesus fala do crescimento em seu reino, noporm o tipo de crescimento que pode ser medido com grficos, mas antes crescimentointerno dos discpulos e uma influncia que ultrapassa as estatsticas.O Reino Crescer!O Gro de Mostarda, o Fermento e a Semente que CresceO gro de mostarda que Jesus tinha em mente na sua parbola (Mateus 13:31-32) eraprovavelmente a mostarda preta, uma rvore que cresce at uma altura de aproximadamente5 metros. Entre os rabinos, um gro de mostarda era uma expresso comum para qualquercoisa muito pequena (ISBE, vol. 3, pg. 2101). Era uma verdadeira maravilha que umarvore bastante grande para que as aves repousassem em seus ramos pudesse sair de umato pequena semente.W. F. Adeney (Pulpit Commentary) aponta trs aspectos do crescimento do reino que podemser vistos na parbola do gro de mostarda; Parece pequeno no comeo: poucos, nos dias de Jesus, poderiam ter imaginado como elee seu grupo no promissor de apstolos viraria o mundo de cabea para baixo dentro depoucos anos (Atos 17:6) e finalmente mudaria o curso da histria mundial com suas palavrasinspiradas. Contm o centro da vida: uma pequena pedra no tem vida e no gerar nada. Para asemente de mostarda produzir uma grande rvore precisa conter a maravilhosa fonte devida. Ainda que a palavra de Deus parea insignificante para alguns, ela contm a fonte davida espiritual que determina uma transformao radical na vida dos que crem. Tem grande desenvolvimento: ao pensar no desenvolvimento do reino alguns raciocinamem termos sectrios e concentram a ateno no crescimento do nmero de indivduosassociados numa aliana de igrejas. O reino, porm, no tem nada a ver com umaassociao de igrejas locais; antes, envolve o domnio de Cristo nos coraes dosindivduos. Portanto, o desenvolvimento do reino pode ser melhor visto no em crescimentoestatstico numa Lista de Igrejas, mas nas mudanas poderosas nos indivduos que solibertados de vidas vazias e egostas, para se tornarem potncias para o bem no mundo.A parbola do fermento mostra o modo penetrante pelo qual o reino influencia tudo o quetoca. Quando o fermento do reino est em nossos coraes, colegas de trabalho ou daescola percebero a influncia fermentante provindo desse em nossas vidas.A parbola da semente que cresce, em Marcos 4:26-28, salienta o maravilhoso crescimentodo princpio bsico do reino. Assim como os maravilhosos segredos da vida esto alm denossa compreenso, assim tambm est a ao da palavra de Deus no corao de umapessoa.O Grande Valor da CidadaniaParbolas do Tesouro Escondido e da Prola PreciosaA parbola do tesouro escondido se refere queles que, sem procur-lo, encontram o reinopor acaso, percebem seu grande valor e voluntariamente sacrificam tudo para obt-lo. Aparbola da prola de alto preo se relaciona com aquele que buscou diligentemente averdade, encontra-a e sacrifica tudo para obt-la.O conceito de sacrificar tudo para obter uma cidadania apreciada bem conhecido daquelesque tm amigos que so imigrantes recentes num determinado pas. Conheo famlias quevenderam suas casas e todos os seus bens partindo em viagens perigosas a fim de entrarnesse pas e iniciar nova vida. Tenho visto longas filas em certos consulados onde o povoespera por uma entrevista de trs minutos com um funcionrio consular. Se conseguem aomenos um visto de turista, h muita alegria. Se lhes negado, h lgrimas e amargura. Vivernum pas, mesmo ilegalmente, representa uma oportunidade para uma nova vida, esperanae segurana, e milhes sacrificaro quase tudo para conseguir isso.A cidadania no reino de Cristo nos d uma nova vida, esperana e segurana alm dequalquer coisa que este pas jamais possa oferecer! No reino de Cristo sabemos de ondeviemos e para onde iremos! Podemos, portanto, enfrentar as batalhas da vida com umasegurana que nos d a paz que ultrapassa todo entendimento. Essa paz e segurana valemo sacrifcio de tudo que possumos na terra. Que Deus nos ajude a compreendermos agrandeza dos benefcios que ele nos tem dado no reino de seu Filho, e confiarmos neles,para que queiramos vender tudo o que temos a fim de mantermos nossa cidadania nessereino!