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A percepção do adolescente em relação a

biodiversidade, preservação e desenvolvimento

sustentável

Elci Kunz Scherer1 & Bartolomeu Tavares2

RESUMO:

Este artigo é consequência de um estudo que visa resgatar as contribuições para a reflexão acerca da preservação da natureza, em relação à biodiversidade e ao desenvolvimento sustentável do planeta. A indicação da faixa etária escolhida, que é de 10 a 15 anos, é devido à aquisição de vícios ambientais oriundos de períodos anteriores, na infância e na fase inicial da adolescência, no intuito de detectar a problemática e sensibiliza-los para que não venham a aplicar esses hábitos inadequados em períodos posteriores. O estudo foi realizado por meio de questionários e trabalhos de pesquisa ambiental aplicados a alunos de 5ª séries no período de abril e maio de 2009. A avaliação de dados dos questionários foi feita de forma quantitativa nas questões de escolha única, e qualitativa nas questões de escolha múltipla ou descritivas. Os trabalhos foram analisados e interpretados como fonte de sugestão para possíveis mudanças de hábitos em relação aos dados ambientais, cuja análise permitiu concluir que existe uma grande preocupação nos adolescentes em relação aos aspectos ambientais, e que há vontade de colaborar e atuar na preservação do Planeta, porém precisam de um direcionamento, e esse deve partir da escola. Frente à necessidade de a humanidade tomar consciência do impacto que as alterações no ambiente podem causar na sua vida, é momento para refletir esses problemas e desenvolver uma preocupação por mudanças de hábitos. Através da educação objetivamos orientar para um novo sentido da utilização dos recursos naturais e da atualização da vida.

ABSTRACT:

This article is the result of a study that aims to rescue the contributions to the debate about the nature preservation in relation to biodiversity and sustainable development of the planet. The indication of the age group chosen, which is 10 to 15 years, is due to the acquisition of environmental defects arising from prior periods, childhood and early adolescence in order to detect the problem and raises them so they do not to apply these habits inadequate in later periods. The study was conducted through questionnaires and works of applied environmental research to students from 5th grade during April and May 2009. The evaluation of data from the questionnaires was done in a quantitative way on questions of single choice, and quality in multiple-choice questions or descriptive. The works were analyze and interpreted as a

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source of suggestions for possible changes in habits in relation to environmental data, the analysis concluded that there is much concern among adolescents in relation to environmental aspects, and that there is willingness to cooperate and act in the preservation of the planet But need a direction, and this must start from the school. Faced with the need for humanity to realize the impact that changes in the environment may have on your life, it is time to reflect these issues and develop a concern for changes in habits. Through education we aim to steer a new sense of the use of natural resources and the upgrade of life.

Palavras-chave: Ecologia, Educação, Biodiversidade, Desenvolvimento, Sustentabilidade.

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Introdução

Para compreender o funcionamento dos ambientes na natureza e adquirir o

entendimento de como a vida se renova e se mantém, é necessário reconhecer a

importância da biodiversidade e das ações humanas que nela interferem.

O termo Biodiversidade é referente à variedade de vida no Planeta Terra,

desde a variedade genética dentro das populações, as espécies de flora, fauna, o

mundo dos microrganismos, até a variedade de funções ecológicas desempenhadas

pelos organismos nos ecossistemas, em seus habitats e a grande variedade de

comunidades.

Ela inclui, assim, a totalidade dos recursos biológicos e genéticos e seus

componentes, e a sua preservação leva ao equilíbrio ambiental.

A preservação e conservação ambiental ganhou importância e destaque no

Brasil a partir da década de 1970, com a formação de pequenos grupos que

apontavam a precisão de incluir o tema nas discussões da sociedade e no currículo

escolar.

Na década de 1980 algumas dessas questões em defesa do meio ambiente

se transformam em políticas públicas e passam a fazer parte da legislação ambiental

brasileira, em defesa da nossa biodiversidade, a mais rica do mundo.

No entanto, o avanço da legislação e a possibilidade de uma fiscalização mais

rígida, até hoje, esbarram na falta de recursos destinados as questões ambientais e

na falta de articulação das diferentes esferas de governo, federal, estadual,

municipal e sociedade civil, que frequentemente se opõem a questões como o uso

da terra e dos recursos hídricos.

Ultimamente com os problemas provocados pelo homem, o tema preservação

vem sendo mais pensado e discutido. Observa-se uma evolução em relação as

organizações ambientalistas. O Greenpeace que a princípio concentrava suas

atividades em defesa de algumas espécies ameaçadas de extinção, agora considera

que a conservação dos ecossistemas, aliada ao desenvolvimento sustentável, é

fundamental para a manutenção da biodiversidade e do equilíbrio do Planeta.

O projeto Desenvolvimento Sustentável da Companhia Ecológica Cia Eco,

rege:

Desenvolvimento Sustentável passou a ser o nome da necessidade

de promover o desenvolvimento econômico sem aumentar a

4

degradação do meio ambiente. Apresenta-se não somente como um

novo modelo de desenvolvimento, senão também, como um novo

paradigma civilizatório, “sociedade sustentável” aquela capaz de

produzir sustentabilidade econômica, cultural e sócio-ambiental. A

sustentabilidade ambiental não vai existir sem a sustentabilidade

social, econômica e cultural. (CIA ECO, 2008, p.1)

Podemos considerar que uma sociedade sustentável deverá se munir de

componentes tais como grande responsabilidade ecológica, com redução e

conservação de energia, estimulando o uso de energias alternativas, diminuindo a

produção de resíduos, recuperando áreas degradadas, mantendo a biodiversidade

existente e diminuindo os padrões de consumo.

É ilusório pensar que a humanidade deixará de usufruir dos recursos da

natureza que lhe proporcionar conforto e modernidade, em prol na preservação dos

ambientes naturais, porém podemos ter a esperança que as evidências do planeta

despertem a percepção de que há maneiras de conciliar os recursos naturais com a

modernidade e, isso pode ser considerado desenvolvimento sustentável.

No Brasil a Educação Ambiental assume uma perspectiva mais abrangente,

não restringindo seu olhar à proteção e uso sustentável de recursos naturais, mas

incorporando fortemente a proposta de construção de sociedades sustentáveis.

Dizemos então que, Desenvolvimento Sustentável é aspiração que requer a

determinação de novas prioridades pela sociedade, uma nova ética do

comportamento humano.

Para se alcançar um desenvolvimento que seja efetivamente sustentável,

uma série de iniciativas se faz necessárias envolvendo instituições de todas as

esferas da sociedade.

Diante de tudo isso o objetivo do Colégio Estadual Padre Eduardo Michelis, é

formar um aluno capaz de situar-se na sociedade, realizando-se e promovendo-se

como pessoa humana e cidadão consciente.

Sua meta elaborada e aprovada conjuntamente com toda comunidade escolar

é: “O CEPEM tem como meta formar cidadãos responsáveis, detentores de

conhecimentos e sensíveis às causas humanas”.

Carlos Minc (2008, p. 147, 148) pondera em seu livro Ecologia e Cidadania:

Analisando os principais avanços e as principais derrotas ecológicas

nos últimos anos, conclui-se que a mudança de postura, de

prioridades nos investimentos e nas tecnologias é lenta e se propaga

5

em ondas com base em experiências bem sucedidas. Mais

importante que dez panfletos (que são necessários) são a realização,

ainda que localizada, desses projetos e programas. (...) Ecologia não

é caso de Polícia. Nunca haverá um fiscal para cada empresa (...) o

desafio é mudar as mentalidades, os comportamentos. A base é a

educação ambiental em toda a sua plenitude.

O papel da escola é fundamental, pois é neste local que os adolescentes

passam boa parte do seu dia e onde podem ter acesso a informações e orientações

quanto aos conceitos em relação à biodiversidade para a promoção da

sustentabilidade, pois hoje a questão da educação ambiental deixou de ser uma

preocupação meramente social, mas sim, uma preocupação de sobrevivência.

A educação para uma vida saudável baseada em hábitos ambientais

adequados e em prática da consciência de preservação requer uma atenção

especial pelos profissionais que trabalham com estes adolescentes.

É na escola onde o adolescente desenvolverá seu senso de criticidade quanto

aos elementos do meio ambiente que são condições à biodiversidade.

É na escola que o aluno encontra suporte para uma escolha consciente nas

suas opções de preservação.

Este trabalho com os adolescentes é fundamental, pois é neste período da

vida que se adquire a maior parte dos hábitos que leva para a vida adulta.

O trabalho de pesquisa em evidência é um programa de ação, a qual constitui

uma tentativa de proporcionar um novo padrão de observação e de

desenvolvimento, conciliando métodos de proteção ambiental ao cotidiano do nosso

aluno.

Visa também tornar o aluno capaz de perceber-se integrante, dependente e

agente transformador do ambiente em que vive, usufruindo dos recursos naturais

necessários para uma boa qualidade de vida, porém, preservando-os, bem como,

identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente

para a melhoria do meio ambiental, mostrando à sociedade a situação dos

ecossistemas, da nossa cidade, região e país, estimulando-os para a criação de

uma percepção de preservação e sustentabilidade.

Objetiva especificamente ressaltar os valores no foco da educação ambiental,

utilizando recursos que estão ao seu dispor, atribuindo conhecimentos aos alunos,

6

sobre os cuidados e a maneira correta de preservar o ambiente, mantendo a

sustentabilidade para uma vida saudável, estimulando para um aprendizado prático

e de ações concretas, visando o conhecimento e a valorização da pluralidade do

patrimônio natural, posicionando-se contra qualquer desprestígio ao mesmo,

utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de

análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação.

Diante da real situação, o aluno deve compreender esses conhecimentos

como meio de suprir necessidades humanas, de elaborar juízo sobre riscos,

benefícios e práticas empregadas.

A escola deverá também propiciar ao aluno, a capacidade de compreender,

em sociedade, os agentes de transformações do mundo em que vive. Deverá traçar

uma relação entre os componentes da sociedade e as situações que nela ocorrem.

Os conteúdos envolvidos devem favorecer aos estudantes, o conceito de

cidadania, a construção de postura, formado por elementos capazes de ser agentes

de transformação, sob ponto de vista ambiental, social, cultural e científico.

O tema implica em resgatar e cultivar valores, e saber defender direitos

fundamentais, mobilizando-se em relação às questões de interesse geral.

É também apostar em gerações que construam um mundo melhor, mais justo

e capaz de intervir para uma melhor qualidade de vida a todos, baseada

principalmente na preservação do meio ambiente, nos hábitos de vida, e na

sustentabilidade.

Os resultados da pesquisa buscam chamar a atenção dos alunos, dos pais,

professores e profissionais da educação ambiental para a importância da mesma

nas ações da vida cotidiana, principalmente na infância e na adolescência, pois, a

partir daí se adquire hábitos menos deteriorativos de tratar o ambiente em que se

vive.

A proposta desse trabalho é motivada pelo interesse de mobilizar a sociedade

local para uma mudança de atitude frente ao comportamento dos adolescentes em

relação aos assuntos ambientais, e num trabalho conjunto de promoção da

consciência de que o Planeta Terra é único, e buscar soluções para melhoria nas

escolhas de atitudes e propagação do modo adequado de preservação pelos

adolescentes, que se refletirá na família, sociedade e estado.

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Especificação do local do desenvolvimento do projeto e a clientela envolvida

A pesquisa foi realizada no Colégio Estadual Padre Eduardo Michelis (Fig 1),

no município de Missal, estado do Paraná. O Colégio foi fundado em 1965, funciona

hoje com 1046 alunos.

O município de Missal possui uma população essencialmente voltada para as

atividades agropecuárias, com comércio parcialmente desenvolvido e um número

reduzido de indústrias que geram um pequeno índice de empregos, justificando e

perfazendo assim, o nível sócio-econômico dos discentes que freqüentam o Colégio,

que apresentam um perfil que fica numa faixa de médio-baixa, contudo, apresentam

um bom nível sócio-cultural e uma conduta que demonstra grande preocupação em

relação ao meio em que vivem.

A participação das famílias nas decisões e atividades do Colégio é grande o

que possibilita um envolvimento das mesmas nos projetos desenvolvidos.

Fig 1 - Colégio Estadual Padre Eduardo Michelis - Ensino Fundamental e Médio

8

Da Seleção dos Participantes do Projeto

A população deste estudo é composta por 91 alunos que frequentam do

Ensino Fundamental no Colégio Estadual Padre Eduardo Michelis de Missal –

Paraná.

Como critérios de inclusão somente participaram alunos matriculados nas 5ª

séries do Colégio, com idade entre 11 a 15 anos, de ambos os sexos, que desejem

participar da pesquisa.

Para regularizar esse trabalho, foi entregue ao aluno um formulário de

autorização que foi assinado pelos pais ou responsável, consentindo que o mesmo

participe do Projeto (Anexo 1).

Dos 91 alunos que levaram o Formulário, apenas 74 o devolveram com

consentimento. Desses, 5 não devolveram, por opção de não participar, 10 sempre o

esqueciam, e 2 não foram autorizados.

Fig 2 - Alunos da 5ª série A Fig 3 - Alunos da 5ª Série B

Fig 4 - Alunos da 5ª Série C

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Realização das atividades pedagógicas

Para os alunos autorizados (Fig 2-4), foi aplicado um questionário, o qual

abordou dados de identificação e sócio-demográficos – nome, sexo, idade,

escolaridade, local de residência e ponto de vista ecológico, a fim de se obter um

diagnóstico da realidade dos participantes e consequentemente um diagnóstico da

sociedade. Esses dados foram organizados e arquivados se obtendo dados

estatísticos e de referência (anexo 2).

Os dados foram coletados através de instrumento semi-estruturado,

entrevistas e observação direta. Estas fontes foram escolhidas por terem as

seguintes características:

a) Questionário semi-estruturado: Permite conhecer as características

individuais dos entrevistados e traçar um perfil.

b) Entrevistas e observações diretas: Tratam de acontecimentos em tempo

real e do contexto do evento.

Os dados obtidos foram transformados em gráficos e tabelas para melhor

visualização da situação.

Fez-se então o reconhecimento dos recursos naturais da nossa comunidade

em relação ao clima, vegetação, água, solo, fauna, impactos das ações humanas,

estudo da população, para que o aluno se situe das condições de vida que lhe são

oferecidas.

Fig 5 - Elaboração do documento de pesquisa Fig 6 - Alunos pesquisando sobre recursos naturais

10

Nesse momento os alunos (Fig 5, 6) fazem a elaboração de um documento

pesquisando com sua família, órgãos públicos, órgãos competentes no assunto e

sua própria observação.

Segundo Mauro Guimarães, na coletânea de artigos intitulada Pensamento

Complexo, Dialética e Educação Ambiental, organizada por C. Loureiro, P.

Layrarques e R. Castro (2006, p 19):

(...) vivemos o que está sendo denominada por alguns autores em uma

sociedade de risco, em que os riscos a serem enfrentados pela coletividade

humana não são mais fenômenos naturais, e sim os riscos produzidos por

essa própria sociedade; mas se essa crise ambiental é uma construção

histórica, ela pode também ser historicamente desconstruída. (...) Assim o

que buscamos é “alcançar o propósito educativo em formar cidadãos de fato

comprometidos com a construção de sociedades ecologicamente prudentes e

socialmente justos” (LAYRARGUES, 2006, p. 13).

Para que o aluno tome consciência da real situação e da gravidade da

degradação ambiental do mundo em que vive, será a ele aplicada uma atividade

definida como PEGADA ECOLÓGICA obtida no site

http://www.gesamb.pt/upload/gesamb/im /Pegada_Ecologica.pdf, porém adaptada à

realidade desta faixa etária e ao estilo de vida da nossa população.

Dizemos então que, Desenvolvimento Sustentável é aspiração que requer a

determinação de novas prioridades pela sociedade, uma nova ética do

comportamento humano.

No Brasil a Educação Ambiental assume uma perspectiva mais abrangente,

não restringindo seu olhar à proteção e uso sustentável de recursos naturais, mas

incorporando fortemente a proposta de construção de sociedades sustentáveis.

O objetivo desta atividade foi destacar a influência do nosso conforto e da

modernidade da humanidade, sobre os recursos naturais do Terra, e da

sustentabilidade do mesmo.

O projeto direcionou-se para os problemas ambientais dentro da Escola: o

primeiro momento será dedicado à valorização do seu ambiente de estudo

(Anexo 3).

Para isso, os alunos (Fig 7) relataram as coisas erradas que observaram na

sala de aula, no pavilhão durante os intervalos e no pátio. Problemas esses como

lixo jogado, carteiras quebradas, sala suja, indisciplina de colegas etc.

11

Fig 7- Participação dos alunos nas pesquisas sobre os problemas ambientais da escola e proximidades

Neste momento já feito a conscientização dos problemas ambientais mais

próximos, encaminhamos a pesquisa para a realidade no entorno da Escola.

A coleta de dados foi realizada no local escolhido para tal, através dos

instrumentos pré-determinados pela pesquisadora, sempre tendo flexibilidade de

adaptação conforme as necessidades encontradas durante o trabalho, bem como os

interesses que o aluno apresentar.

Como a praça pública está localizada nas imediações da Escola, fizemos

uma observação dos recursos naturais necessários para a manutenção da vida, o

que aconteceu em aula teórica na praça (Fig 8).

Visando despertar a sensibilidade dos alunos em relação a sobrevivência no

Planeta Terra através de aula expositiva com debates sobre o assunto, cada dupla

de alunos adotou um ser vivo.

Essa escolha se ampliava na possibilidade de poder ser animal, vegetal,

fungo, ou microrganismo.

12

Fig 8. Atividades de pesquisa, contato e observação das espécies, na praça e sua sustentabilidade

13

Fig 9. Aula expositiva e investigação da biodiversidade na praça.

Devendo observar, pesquisar e descrever a forma de vida desse ser. Sua

alimentação, seu hábitat, sua morfologia, sua fisiologia, sua reprodução. Pesquisar

seu nome científico, sua participação na cadeia alimentar e importância para o

ambiente e para os outros seres vivos, assim como, quais recursos naturais utiliza

para viver ( Fig 9).

14

O aluno, ainda formulou hipóteses das possibilidades de vida desse ser, sem

os recursos naturais ali existentes, a evolução que pode ocorrer e suas mutações

(Fig 10).

Fig. 10 Atividade dos alunos observando e definindo o ser vivo a estudar

15

O aluno participante recebeu um roteiro impresso para se orientar (Anexo 5).

E, a observação direta aconteceu, durante as aulas expositivas, durante os trabalhos

coletados dentro da escola e também durante a coleta dos dados na praça, sendo

anotado em diário próprio.

Somente nesse momento levou-se ao conhecimento dos alunos os objetivos

mais especificados do projeto, traçando metas e roteiros para a realização das

ações. Essas são elaboradas pelos próprios alunos juntamente com a pesquisadora.

A proposta do trabalho foi motivada pelo interesse de mobilizar a sociedade

local para uma mudança de atitude frente ao comportamento dos adolescentes em

relação à preservação da natureza, e num trabalho conjunto de promoção do

ambiente buscar soluções para melhoria nas atitudes tomadas para tal, e das ações

que poderão ser efetuadas para a mudança de comportamento, que se refletirá na

família, sociedade e estado.

Neste sentido, foram realizadas diversas atividades de pesquisa e práticas,

buscando orientar o educando a uma escolha consciente de suas ações. Além da

análise dos resultados da pesquisa, propriamente dita, foram feitas observações

referentes à influência da mudança de comportamento.

A percepção do adolescente em relação a Biodiversidade, preservação e

desenvolvimento sustentável

Quando optamos pelo tema da nossa pesquisa, esperávamos induzir o nosso

aluno ao conceito de observar em suas atitudes, exatamente o que a Lei Ambiental

9.795 nós diz em seus artigos:

Art.1o : (...) busca despertar a preocupação individual e coletiva para a

questão ambiental, garantindo o acesso à informação em linguagem

adequada, contribuindo para o desenvolvimento de uma consciência crítica e

estimulando o enfrentamento das questões ambientais e sociais. Desenvolve-

se num contexto de complexidade, procurando trabalhar não apenas a

mudança cultural, mas também a transformação social, assumindo a crise

ambiental como uma questão ética e política...

16

Art. 2°: A educação ambiental é um componente essencial e permanente da

educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os

níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-

formal...

Quando a Escola trabalha as questões ambientais, ela deve mostrar a

necessidade dessas atitudes para a importância da biodiversidade e dos recursos

necessários, e se preocupar com as rápidas transformações do Planeta.

Depois de realizadas as entrevistas com questionários semi-estruturados,

entrevistas, e observação direta, os resultados foram expressos, na forma de

gráficos, tabelas, comentários dos alunos, como vídeos, trabalhos elaborados com

pesquisas e ilustrações.

Essa análise de dados permitiu a observação da percepção dos alunos em

relação aos conteúdos abordados, no que se refere aos hábitos ambientais

adequados e na prática da preservação ambiental, que reflete nos conceitos sociais

da humanidade.

Neste sentido, as atividades realizadas permitiram, e até mesmo estimularam,

a participação ativa dos alunos na construção de um processo renovado de

aprendizagem e, portanto, contribuiu para que se possa vivenciar e aplicar em suas

ações o conhecimento obtido, e possibilitar assim, uma melhoria em seus hábitos

ambientais, de forma que ele possa se tornar um repassador intelectual, junto a sua

família, a sua escola e a sua sociedade, exercendo uma postura de cidadão.

Dos alunos participantes, 55% são do sexo masculino e 45% do sexo

feminino:

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

11 anos 12 anos 13 anos 14 anos 15 anos

48 10 1 2 3

Fig 11 - Faixas etárias dos alunos

221

51

Famílias comaté 3 pessoas

Famílias comaté 4 pessoas

Famílias comaté 7 pessoas

17

As faixas etárias destacadas na figura acima (Fig 11) fazem analisar que os

alunos pesquisados compreendem uma faixa etária em que está admissível a

mudança de hábito e temperamento, e também está em busca de uma opção de

vida, o que proporciona uma maior facilidade de atingi-los.

A família tem um papel fundamental na formação do cidadão ciente, suas

obrigações e atitudes. Ela interfere muito no sentido de ressaltar os valores

humanos, bem como, na Educação Ambiental, utilizando recursos que estão ao seu

dispor.

Sabemos que a família tem um papel muito importante nesta formação, mas

também compete à escola atribuir conhecimentos, sobre os cuidados e a maneira

correta de preservar o ambiente, mantendo a sustentabilidade para uma vida

saudável que conseqüentemente será repassado de geração em geração.

Com o objetivo de obter uma maior aproximação escola-família, passamos a

investigar a constituição da mesma e traçamos um paralelo com as famílias

brasileiras.

Verificamos então que nosso aluno participante tem a seguinte constituição

familiar: com até 3 pessoas (22%), com até 4 pessoas (51%) e com até 7 pessoas

(1%) conforme a Fig 12.

Fig 12 – Número de pessoas por casa

5 3

45

15

27

0

10

20

30

40

50

1

Número de árvores por família

Nenhuma árvore

Moram emapartamentoDe 1 à 10 árvores

De 10 à 20 árvores

De 20 à 50 árvores

Acima de 50árvores

18

Sabendo da importância de conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio

natural, posicionando-se contra qualquer desprestígio ao mesmo, cada aluno passa

a ser um defensor da natureza, e passa a dar uma maior relevância aos ambientes

naturais como, jardins, pomares, e ao plantio e preservação de árvores...

Esses ambientes representam um papel de vital importância para a qualidade

de vida nos centros urbanos e rurais. Por suas múltiplas funções, atuam

diretamente sobre o clima, a qualidade do ar, o nível de ruídos e sobre a paisagem,

além de constituir refúgio indispensável à fauna.

Desta forma conseguimos ressaltar a importância de se ter bosques, pomar,

horta, jardim, e uma boa ornamentação externa de suas casas, e como chamado,

mencionamos o número de árvores que possuem em seus terrenos.

Observamos os resultados do quadro abaixo (Fig 13) e constatamos que é

considerável a quantidade de árvores em nossa cidade.

Figura 13 – Arborização de nossa cidade

Diante da importância que se dá ao arborismo e pelo fato de nossa região ser

extremamente agrícola, onde se valoriza a produção orgânica e se incentiva a Feira

do Produtor, já se tornou essencial a consciência de se ter uma horta caseira ao

invés de consumir produtos comprados e com grande quantidade de agrotóxicos.

19

Observando o quadro 01, contatamos que isso é real e a pesquisa confirma

resultado satisfatório. A porcentagem dos que não possuem horta caseira se deve a

moradias em apartamentos ou terrenos que não proporcionam espaço ou condições

para tal.

Tem horta caseira 50 famílias 67%

Não tem horta caseira 24 famílias 33%

Quadro 1: Valorização da Horta Caseira

Dados científicos provam que 2/3 do planeta é coberto de água, sendo que

menos de 3% é água doce, e, desse total, 98% está embaixo da terra. O que

significa dizer que a maior parte da água própria para consumo é mínima perto da

quantidade total de água da Terra.

É visto que grande parte da população mundial vai experimentar os efeitos da

escassez de água nos próximos anos.

Apesar da situação privilegiada onde vivemos, sobre o Aqüífero Guarani,

ainda assim a situação merece cuidado no que se refere à qualidade da água. Então

consideramos importante saber a procedência e o fornecimento da água potável das

famílias envolvidas no estudo, cujos resultados aparecem na Figura 14.

Fig 14 – Procedência da Água

7

0

60

7

0

10

20

30

40

50

60

Procedência da água

Poço particular

Poço do vizinho

Sanepar

Outrasprocedências

Famílias e o hábito de reciclar o lixo

64; 86%

10; 14%

Reciclam Não reciclam

20

Uma vez feito o diagnóstico da água que a nossa população escolar toma,

avançamos mais nos nossos objetivos e levantamos dados sobre a poluição, e a

reciclagem.

A poluição pode-se dizer que se resume na retenção de poluentes, no

consumo do gás carbônico e na produção de oxigênio, no lixo e ainda na produção

de ruídos. Diante disso, cabe lembrar que a vegetação é capaz de diminuir o teor de

poeira e obstruir a propagação do som, resultando na redução do nível de ruído.

A reciclagem de lixo, além de preservar o meio ambiente, também gera

riquezas, e contribui para a diminuição significativa da poluição do solo, da água e

do ar, além de reduzir custos de produção.

Outro benefício da reciclagem são os empregos gerados. Muitas famílias

conseguem se manter com a renda que obtém como catadores de materiais

recicláveis em nossa cidade.

Diante disso, se levou a grande conscientização dos nossos alunos na

reciclagem do lixo de suas casas, em nível de governo e de nação. No figura 15

apresentamos os resultados.

Fig 15 – Hábitos de reciclagem

21

A conscientização ambiental, só será possível quando a população do

planeta, perceber e entende o real valor do meio ambiente natural em suas vidas.

Entender que preservar o meio ambiente é preservar a própria pele, sem

desrespeitar a natureza e fragilizar a economia, o emprego e a saúde, fatores que

comprometem a adequada utilização dos recursos naturais, como os recursos

hídricos, energéticos, a biodiversidade, nossas florestas e tantas outras vantagens

ambientais que o Brasil tem e que atrai o olhar do mundo.

Sabemos que não é uma tarefa fácil, e sim um trabalho árduo. Grande

parcela da sociedade age com desinformação, desinteresse e desconsideração

pelas causas ambientais. Ignoram o fato de que a maioria dos recursos naturais

termina e que toda utilização indevida tem um preço.

Para construir um futuro mundo melhor, precisamos de atitudes responsáveis

no presente. O importante é conhecer o processo e as regras quando queremos

fazer a diferença.

Baseado nesta conscientização perguntou aos alunos que livros sobre

Educação Ambiental cada um já leu. O resultado foi o apontado.

Alunos que já leram algum livro

sobre Educação Ambiental

52%

Alunos que não leram livros sobre

Educação Ambiental

48%

Quadro 02 – Hábitos de leitura

Com objetivo de causar uma reflexão nos hábitos de nossos alunos,

aplicamos o teste da Pegada Ecológica cujas perguntas do questionário se referem

assuntos como consumo, reciclagem de lixo, meio de transporte, alimentação, e

outros hábitos.

O resultado mede o impacto no planeta das opções que fazemos no dia-a-dia.

Uma vez apurados os resultados da atividade realizada, observamos um resultado

não animador.

22

Fig 16 – Resultado da Pegada Ecológica

Segundo WWF (2009)

(…) a Pegada Ecológica de um país, de uma cidade ou de uma

pessoa, corresponde ao tamanho das áreas produtivas de terra e de

mar, necessárias para gerar produtos, bens e serviços que sustentam

seus estilos de vida. Em outras palavras, trata-se de traduzir, em

hectares (ha), a extensão de território que uma pessoa ou toda uma

sociedade “utiliza” , em média, para se sustentar. (…) Cuba é o único

país do mundo com desenvolvimento sustentável. Os Emirados

Árabes tem o maior consumo per capita, seguido pelos Estados

Unidos, Finlândia e Canadá. O Brasil é dono da 59ª maior pegada

ecológica do mundo.

Diante dos resultados obtidos com os nossos alunos, a situação do Brasil (em

relação a nossa região) também é muito preocupante.

Considerando que uma grande mudança na concepção de ambiente, para

nossos alunos está acontecendo, na pesquisa, questionamos os alunos no sentido

de se considerarem preservadores da natureza (quadro 03).

O resultado contraditoriamente ao teste da Pegada Ecológica foi excelente

conforme podemos observar:

Alunos que se consideram

preservadores da natureza.

93%

0%

38,70%

54,80%

6,50%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Menos de 4ha

Entre 150 e400 ha

Entre 400 e600 ha

Entre 600 e800 ha

Pegada Ecológica

23

Alunos que não se consideram

preservadores da natureza.

7%

Quadro 03 - Intenções de Preservação

O fato de uma porcentagem tão grande de alunos dizer que sim, que

preservam, zelam e cuidam do planeta, mostra que as crianças e os adolescentes

estão em sintonia com os recursos da natureza indispensáveis á vida.

Utilizando-se da vontade dos alunos de participarem ativamente das ações,

dos trabalhos e atividades que façam alguma diferença no comportamento em

relação ao nosso Planeta Terra, propomos atividades práticas relacionadas com da

criatividade de cada um.

Foram produzidos vídeos, álbuns, banners, folders com propagandas das

ações positivas sobre a preservação do meio ambiente e da biodiversidade (Fig 17).

24

Fig 17. Alunos utilizando TV Pen Drive no relato de suas criações, em vídeos.

Considerações finais

A busca pelo desenvolvimento sustentável requer uma análise sobre as

nossas ações praticadas no sentido de que as mudanças só ocorrerão no momento

que mudamos nosso comportamento, isso quando conseguirmos romper com certos

conceitos já estabelecidos, num longo processo de reflexão sobre nossos valores.

25

Diante disso concluímos que essa mudança poderá ocorrer somente através

da Educação, introduzindo conteúdos de Ecologia em todos os momentos e

oportunidades.

Quando educamos temos o intuito de preparar para pensar certo,

desenvolvendo a aptidão para agir, mudar maneiras, inovar conceitos e cooperar, na

esperança e no comprometimento com as mudanças de hábitos em pequenas

coisas que nos deparamos e que temos autonomia para mudar.

Os resultados da pesquisa buscam chamar a atenção de pais, professores e

profissionais da educação ambiental para a importância da mesma nas ações da

vida cotidiana, principalmente na infância e na adolescência, pois, a partir daí se

adquire a maneira de tratar o ambiente em que se vive.

A proposta do presente trabalho foi motivada pelo interesse de mobilizar a

sociedade local para uma mudança de atitude frente ao comportamento dos

adolescentes em relação aos assuntos ambientais, e num trabalho conjunto de

promoção da consciência de que o Planeta Terra é único, e buscar soluções para

melhoria nas escolhas de atitudes e propagação do modo adequado de preservação

pelos adolescentes, que se refletirá na família, sociedade e estado.

Diante de tudo isso o objetivo do Colégio Estadual Padre Eduardo Michelis, é

formar um aluno capaz de situar-se na sociedade, realizando-se e promovendo-se

como pessoa humana e cidadão consciente.

Nesse contexto, o papel do educador foi o de mediar às informações, induzir

às novas pesquisas sobre maiores conhecimentos relacionadas ao assunto meio

ambiente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. LEI Nº. 9795 de 27 de abril de 1999. Dispõem sobre a Educação Ambiental, institui a política nacional de educação ambiental e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil de 28 de abril de 1999.

26

CIA ECO, Campanha Ecológica – Educação Ambiental: Desenvolvimento Sustentável, 2008. Disponível em: < http://www.ciaeco.org/Telas/Materia. asp?Id_ Destaque=56>Acesso em 04 out 2004.

GESAMB. Pegada Ecológica. 2006. Disponível em: < http://www.gesamb.pt/ upload/gesamb/img/Pegada_Ecologica.pdf>. Acesso em 23 jul. 2006.

LAYRARQUES, P. P. Para que a educação ambiental encontre a educação. In.: LOUREIRO, C. F. B. Trajetória e Fundamentos da educação ambiental. São Paulo: Cortez, 2006.

LOUREIRO, C.; LAYRARQUES, P.; CASTRO, R. (ORG). Pensamento complexo, dialética e educação ambiental. São Paulo: Cortez, 2006.

YIN, R. K. (tradução de Daniel Grassi). Estudo de Caso: Planejamento e Método. 3ª edição, Porto Alegre: Bookmann, 2001.

MARCONDES, M. E. Evolução e Biodiversidade: o que temos com isso? São Paulo, Scipione, p. 55, 56. 2008.

MINC, C. Ecologia e cidadania. São Paulo: Moderna, 2ª ed. P. 8, 147-148. 2008.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Muda o Mundo Raimundo: Educação Ambiental no Ensino Básico do Brasil. 3ª ed. Brasília: WWF – 2002.

PUTZKE, J. Biodiversidade: o maior espetáculo da Terra. Porto Alegre: Ed. Do Autor, p. 22. 2006.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental. Curitiba, SEED, 2006.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. I Grupo de Estudo-Educação Ambiental. Curitiba, SEED, 2008.

WWF. O que compõe a Pegada Ecológica. 2009. Disponível em: http://www.wwf.org.br/wwf_brasil/pegada_ecologica/estilo_vida/. Acesso em 04 nov 2009. SOARES, J. L. Dicionário etimológico e circunstanciado de Biologia. São Paulo: Scipione, 2005.

ANEXO 1

AUTORIZAÇÃO

27

Autorizo o aluno (a) ____________________________ a participar do

Projeto Ambiental, cujo Tema é BIODIVERSIDADE sob e Título Hábitos de

preservação da Biodiversidade na Escola, na Praça e no Planeta, coordenado pela

Professora Elci Kunz Scherer dentro do PDE – Programa de Desenvolvimento

Educacional.

Sem mais no momento subscrevo-me.

Missal, ____ de ____________ de 2009

___________________________

Pai ou Responsável

ANEXO 2

QUESTIONÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO SÓCIO-DEMOGRÁFICA

Nome Completo: ________________________________________________

Data de Nascimento:____________________ Idade: ___________________

28

Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino

RG: ____________________________ CPF: _________________________

Nome do Pai:____________________________________________________

Nome da Mãe: ___________________________________________________

Endereço

Rua: _______________________________________ Nº ________________

Bairro:_____________________Cidade: _________________ Estado:_____

PONTO DE VISTA ECOLÓGICO:

a- Quantas pessoas vivem na sua casa?

( ) até 3 pessoas ( ) até 5 pessoas ( ) até 7 pessoas ( ) acima de 7

b- Quantas árvores têm no terreno da sua casa?

( ) nenhuma ( ) de 1 à 10 ( ) 10 à 20 ( ) 20 à 50 ( ) acima de 50

c- Qual a procedência da água que abastece sua casa?

( ) poço particular ( ) poço do vizinho ( ) Sanepar ( ) outro _____

d- Na sua moradia tem Horta? ( ) sim ( ) não

e- É feita reciclagem de lixo na sua casa? ( ) sim ( ) não

f- Quantas horas por dia você estuda (não contam as horas de aula)?

( ) 1 hora ( ) 2 horas ( ) 3 horas ( ) 4 horas ( ) mais que 4 horas

g-Você já leu algum livro sobre o Meio Ambiente?

( ) sim ( )não Qual? __________________________________

h- Você tem assinatura de algumas revista de Ciências?

( ) sim ( ) não Se tiver, qual? _______________________________

i- Você se considera preservador da natureza?

( ) sim ( ) não Que faz para tal? ______________________________

ANEXO 3

Atividade de Observação

Nome: ___________________________________________Nº_______________

29

Nome: ___________________________________________Nº_______________

Esta atividade deverá ser trabalhada e discutida em duplas.

Registre em fotografias e/ou relatos tudo o que você observa conforme o roteiro a seguir.

1- Observe em seu quarto quais artigos não estão em seu lugar definitivo e relate num pequeno texto essa realidade e se possível fotografe.

2- Dê uma atenção especial aos afazeres domésticos e descreva as suas atividades diárias em sua casa. Registre como puder.

3- Olhe com cuidado para o pátio de sua casa e relate o que você pode fazer para melhorá-lo.

4- Agora observe o caminho para a Escola e relate e que você achou inadequado aos princípios da Educação Ambiental. Não esqueça de registrar.

5- No pavilhão da Escola, como está a Limpeza? E você deixa cair algum papel de balas, algum lanche, alguma garrafa? Descreva e registre.

6- Nos banheiros da sua Escola o lixo está na lixeira? Comente e registre.

7- Agora é a vez da sala de aula... Observe-a no início do seu período de aula e no final. Houve alguma modificação em relação a ordem, a limpeza, aos cartazes... Sempre faça seus registros.

8- Nas proximidades da Escola houve alguma modificação drástica da natureza causada pelo homem? Faça o relato e outros registros.

9- Vá para algum lugar onde a natureza está preservada ( mata , bosque, jardim, rio... ) e registre o que viu.

10-Agora que você já tem bastantes dados coletados, faça um texto, inclua as fotografias que você fez e apresente para a turma e para a professora. Depois vamos fazer uma exposição desses trabalhos.

Bom Trabalho! Profª Elci

ANEXO 4

Calcule a Sua Pegada Ecológica.

30

Escolha as respostas que melhor se adequarem a sua realidade. Depois some os seus pontos. No final descubra como calcular a pegada ecológica a partir deles.

Pontos           Teus pontos1. AlojamentoQuantas pessoas moram em tua casa?a) 1 30b) 2 25c) 3 20d) 4 15e) 5 ou mais 10

Qual o sistema de aquecimento de água na sua casa?a) gás natural 30b) eletricidade 40c) óleo 50d) fontes renováveis (solar, eólica)   0

Quantas torneiras há em tua casa?a) menos de 3 5b) 3 a 5 10c) 6 a 8 15d) 8 a 10 20e) mais de 10 25

Em que tipo de moradia você vive?a) apartamento 20b) casa 40

2. AlimentaçãoQuantas refeições de carne ou de peixe você tem por semana?a) nenhuma 0b) 1 a 3 10c) 4 a 6 20d) 7 a 10 35e) mais de 10 50

Quantas refeições feitas em casa você  comes por semana?a) menos de 10 25b) 10 a 14 20c) 15 a 18 15d) mais de 10 10

a) sim 25b) não 125c) às vezes 50d) raramente 100

3. TransportesQue tipo de automóvel a sua família tem (se não tiveres não respondas)a) motocicleta 35b) baixa cilindrada (até 1200 c.c.) 60c) média e alta cilindrada (a partir de 1200 c.c.) 75d) carro 100e) caminhão 130

31

Como você vai para a escola?a) carro 60b) de moto 30c) transportes públicos 15d) bicicleta ou a pé 0

Quantos quilômetros tens de percorrer de carro para chegar aescola? (se não tiveres carro não respondas)a) menos de 10 10b) entre 10 e 30 20c) entre 30 e 50 30d) entre 50 e 100 60e) mais de 100 80

Aonde foste nas últimas férias?a) não viajei 0b) viajei dentro do município 10c) viajei para outro estado 20d) viajei para um país vizinho 30e) viajei para outro continente 40

Em quantos fins­de­semana por ano é que viajas de carro (mínimo 20 km dedistância)a) 0 0b) 1 a 3 10c) 4 a 6 20d) 7 a 9 30e) mais de 9 40

4. ConsumoQuantas compras significativas você fez (ou os teus pais...) em 2008?(por exemplo: TV, vídeo, computador, mobílias, etc.)a) 0 0b) 1 a 3 15c) 4 a 6 30d) mais de 6 45

Você costuma comprar produtos de baixo consumo de energia?a) sim 0b) não 25

5. ResíduosVocê procuras reduzir a produção de resíduos? (por exemplo: evitas produtos com muita embalagem, reutilizas o papel, evitas os sacos de plástico, etc.)a) sempre 0b) às vezes 10c) raramente 20d) nunca 30

Você praticas compostagem dos resíduos orgânicos?a) sempre 0b) às vezes 10c) nunca 20

Você costuma triar o lixo e colocá­lo no ecoponto para ser reciclado?a) sempre 0

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b) às vezes 10c) raramente 20d) nunca 25

Quantos sacos de lixo você  produz por semana?a) 1 10b) 2 20c) 3 ou mais 30

RESULTADO

Como interpretar o resultado?

Total obtido               Pegada Ecológica

menor do que 150                  menor do que 4 haentre 150 e 400 entre 4 e 6 haentre 400 e 600 entre 6 e 8 haentre 600 e 800 entre 8 e 10 ha

Para comparação, segue a pegada ecológica de alguns países, segundo dados de 1996.

PAÍS PEGADA ECOLÓGICA PER CAPITA (HA)

Estados Unidos da América           12,5Austrália                8,9Suécia 8,2França 7,3Bélgica e Luxemburgo 6,6Alemanha               6,0Reino Unido 6,3Itália 5,6Espanha 5,5Portugal 5,1Brasil 2,2Etiópia 0,8Bangladesh 0,6

Mundo (média) 2,9

33

Atividade tirada do site http://www.gesamb.pt/upload/gesamb/img/Pegada_Ecologica.pdf.

* A atividade foi modificada para se adequar a realidade da faixa etária do aluno.

ANEXO 5

A BIODIVERSIDADE DA PRAÇA AO PLANETA

Trabalho em dupla

Nome: _______________________________________ Nº ______________

Nome: _______________________________________ Nº _______________

De acordo com os fundamentos sobre Biodiversidade de acabamos de tomar

conhecimento, vamos agora adotar um ser vivo. Cada dupla escolhe o ser vivo que

considera mais interessante. Pode ser animal, planta, fungo ou até microrganismo.

Já fez a escolha? Qual será??????

Qual foi a ser adotado? ____________________________________________

Agora que vocês já estão decididos vamos estudar esses seres.

Vocês deverão entregar um Trabalho de Pesquisa sobre esses seres de sua

escolha. Esse trabalho precisa ser ilustrado, portanto fotografe, procure ilustrações

em revistas, livro, desenhe e explore as fontes que achar conveniente.

Pesquise na Biblioteca, na Internet, nos livros didáticos, converse com seus pais,

parentes, professores, amigos... e escreva muito sobre:

-a forma de vida desse ser.

-a sua alimentação

- o seu hábitat

34

-a sua morfologia

-a fisiologia de seus órgãos

-sua reprodução

-pesquise seu nome científico

-sua participação na cadeia alimentar

-sua importância para o ambiente e para os outros seres vivos

-quais recursos naturais esse ser utiliza para viver.

Ainda formule hipóteses das possibilidades de vida desse ser, sem os

recursos naturais ali existentes.

E conclua e seu trabalho falando da biodiversidade do Planeta Terra.