A PERMACULTURA NA HORTA URBANA -...

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Curso de Gestão Ambiental A PERMACULTURA NA HORTA URBANA THE PERMACULTURE IN HORTA URBANA Ivanise Araujo Silva ¹ Luís Carlos Spaziani ² 1 Alunos do curso de Gestão Ambiental 2 Professor Orientador Luís Carlos Spaziani Resumo O presente artigo tem como objetivo divulgar a permacultura, que apesar de ter nascido na década de 70 é assunto pouco conhec ido dos brasileiros. Com o objetivo de integrar o homem a natureza, a permacultura, hoje é muito utilizada as capitais em vários lugares do mundo, inclusive no Brasil, por meio de hortas urbanas ou comunitárias que beneficiam a comunidade local. No DF tem-se alguns exemplos de hortas que não existem mais, que até hoje não saiu do projeto. É burocrático e difícil desenvolver e cultivar uma horta comunitária no DF, sendo que seu principal objetivo é integrar, cuidar, usufruir e dividir como se aprende no designer de permacultura, a maior beneficiada é a natureza que será manejada e não depredada. Fala-se sobre o que é permacultura, seus fundadores, seus fundamentos, princípios e design, atuação da permacultura no Brasil, os institutos que colaboram com a divulgação por meios de cursos, técnicas e livros sobre o tema em questão. Sobre a importância e saber manejar uma horta em espaço público e as burocracias para dar início a uma horta comunitária, uma entrevista esclarecedora com Hosana líder da horta comunitária de São Sebastião, opinião de alguns moradores de Taguatinga Sul. Palavras-Chave: ermacultura, sustentabilidade, horta urbana. Abstract This article aims to disseminate permaculture, which despite being born in the 70's little known subject of Brazilians. In order to integrate human nature. The permaculture, is now widely used in the capital over the world, including Brazil, through urban gardens or community that benefit the local community. FD are some examples of gardens that no longer exist, which has not yet left the project. It is bureaucratic and difficult to develop and cultivate a community garden in the Federal District, and its main objective is to integrate, care, use and share as we learned in permaculture designer, the biggest benefit is the nature of which will be managed and not vandalized. There is talk about what's Permaculture, its founders, its foundations, principles and design, performance of Permaculture in Brazil, the institutes that collaborate with the dissemination by means of courses, techniques and books on the topic. On the importance and know how to handle a vegetable garden in a public space and bureaucracies to start a community garden, an insightful interview with Hosanna leader of the community garden of San Sebastian, the opinion of some residents of Taguatinga Sul. Keyword: Permaculture, sustainability, urban garden. ____________________________________________________________________________________________________________ contato: [email protected] Introdução Devido à diminuição da fauna e da flora, na Ilha da Tasmânia, na Oceania, da Austrália foi desenvolvido a permacultura, na década de 1970, pelo Professor Universitário Bill Molisson e seu aluno ecologista David Holmgren visando a integração de conhecimento seculares e a tecnologia atual. O sistema agrícola industrial na década de 70, já se mostraram insustentáveis e degradantes. Bill Molisson e David Holmgren (1983) estudaram por um longo período sobre a cultura da humanidade e através desse estudo nasceu a permacultura ao perceberem que a boa convivência entre o homem e a natureza é o bem mais valioso que o ser humano pode ter. Ela mostra a integração de todos os sete campos necessários para a sustentação da humanidade. No início era voltada para a agricultura familiar, mas com o tempo foi ramificando para projetar, criar, gerir e melhorar todos os esforções realizados por indivíduos, famílias e comunidades no sentido de um futuro sustentável. (HOLMGREN, 2007) Bill Molisson acredita que as gerações futuras farão uso da permacultura como solução, já que o consumismo está degradando brutalmente o ecossistema. Acredita-se, também, que as pessoas retornarão ao campo em busca de qualidade de vida e através da permacultura conhecerão os fundamentos do ecossistema, da produção, do consumo, do recuo e da reciclagem local e regional. (HOLMGREN, 2007)

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Curso de Gestão Ambiental

A PERMACULTURA NA HORTA URBANA THE PERMACULTURE IN HORTA URBANA Ivanise Araujo Silva ¹ Luís Carlos Spaziani ²

1 Alunos do curso de Gestão Ambiental

2 Professor Orientador Luís Carlos Spaziani

Resumo

O presente artigo tem como objetivo divulgar a permacultura, que apesar de ter nascido na década de 70 é assunto pouco conhec ido

dos brasileiros. Com o objetivo de integrar o homem a natureza, a permacultura, hoje é muito utilizada as capitais em vários lugares do mundo, inclusive no Brasil, por meio de hortas urbanas ou comunitárias que beneficiam a comunidade local. No DF tem-se alguns exemplos de hortas que não existem mais, que até hoje não saiu do projeto. É burocrático e difícil desenvolver e cultivar uma horta

comunitária no DF, sendo que seu principal objetivo é integrar, cuidar, usufruir e dividir como se aprende no designer de permacultura, a maior beneficiada é a natureza que será manejada e não depredada. Fala-se sobre o que é permacultura, seus fundadores, seus fundamentos, princípios e design, atuação da permacultura no Brasil, os institutos que colaboram com a divulgação por meios de

cursos, técnicas e livros sobre o tema em questão. Sobre a importância e saber manejar uma horta em espaço público e as burocracias para dar início a uma horta comunitária, uma entrevista esclarecedora com Hosana líder da horta comunitária de São Sebastião, opinião de alguns moradores de Taguatinga Sul.

Palavras-Chave: ermacultura, sustentabilidade, horta urbana.

Abstract

This article aims to disseminate permaculture, which despite being born in the 70's little known subject of Brazilians. In order to integrate

human nature. The permaculture, is now widely used in the capital over the world, including Brazil, through urban gardens or community that benefit the local community. FD are some examples of gardens that no longer exist, which has not yet left the project. I t is bureaucratic and difficult to develop and cultivate a community garden in the Federal District, and its main objective is to integrate, care,

use and share as we learned in permaculture designer, the biggest benefit is the nature of which will be managed and not vandalized. There is talk about what's Permaculture, its founders, its foundations, principles and design, performance of Permaculture in Brazil, the institutes that collaborate with the dissemination by means of courses, techniques and books on the topic. On the importance and know

how to handle a vegetable garden in a public space and bureaucracies to start a community garden, an insightful interview with Hosanna leader of the community garden of San Sebastian, the opinion of some residents of Taguatinga Sul. Keyword: Permaculture, sustainability, urban garden.

____________________________________________________________________________________________________________

contato: [email protected]

Introdução Devido à diminuição da fauna e da flora, na Ilha da Tasmânia, na Oceania, da Austrália foi desenvolvido a permacultura, na década de 1970, pelo Professor Universitário Bill Molisson e seu aluno ecologista David Holmgren visando a integração de conhecimento seculares e a tecnologia atual. O sistema agrícola industrial na década de 70, já se mostraram insustentáveis e degradantes. Bill Molisson e David Holmgren (1983) estudaram por um longo período sobre a cultura da humanidade e através desse estudo nasceu a permacultura ao perceberem que a boa convivência entre o homem e a natureza é o bem mais valioso que o ser humano pode ter.

Ela mostra a integração de todos os sete campos necessários para a sustentação da humanidade. No início era voltada para a agricultura familiar, mas com o tempo foi ramificando para projetar, criar, gerir e melhorar todos os esforções realizados por indivíduos, famílias e comunidades no sentido de um futuro sustentável. (HOLMGREN, 2007) Bill Molisson acredita que as gerações futuras farão uso da permacultura como solução, já que o consumismo está degradando brutalmente o ecossistema. Acredita-se, também, que as pessoas retornarão ao campo em busca de qualidade de vida e através da permacultura conhecerão os fundamentos do ecossistema, da produção, do consumo, do recuo e da reciclagem local e regional. (HOLMGREN, 2007)

Através da flor fica claro a ideia de integrar uma filosofia de vida ecológica e uma cultura sustentável a outras diversas áreas como: arquitetura, engenharia, agronomia, ecologia e nutrição. De forma extremamente organizada é possível utilizar todos os recursos naturais renováveis para uma mudança de hábitos e através dessa mudança formar aldeias comunitárias, condomínios, metrópoles e fazendas com conceito, desenvolvimento e sustentabilidade agrícola.

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Segundo Soares (1998, p.5) “os conceitos

de agricultura permanente começaram a ser expandidos como uma cultura permanente, englobando fatores sociais, econômicos e sanitários para desenvolver uma disciplina holística de organização de sistemas”.

Já para Jacintho (2007) é a elaboração, a implantação e a manutenção de ecossistemas produtivos que mantenham a diversidade, a resiliência e a estabilidade os Ecossistemas naturais, promovendo energia, moradia e alimentação humana de forma integral com o meio ambiente.

Holmgren deixou a universidade no ano de 1978, para se dedicar exclusivamente a melhoria do método e propagar o conceito de seus princípios no mundo inteiro. (ROMERO, 2002)

O primeiro instituto foi fundado por Bill Mollison o Permaculture Institute. (IPEC, 2009).

A Permacultura deu certo, visto que

atualmente está presente em 140 países. É notório os benefícios da horta urbana,

pois tem levado o cidadão a refletir sobre o cuidado com o meio ambiente, por meio de revitalização de espaços abandonados, uso de adubo orgânico, aproximação da comunidade, distribuição e excedentes. Levando a reflexão de zelar o meio onde se vive e preocupação com as futuras gerações.

Desenvolvimento 1 Permacultura hoje no Brasil

O primeiro instituto foi fundado por Bill

Mollison, o Permaculture Institute. (IPEC, 2009)

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De acordo com Jacintho (2007) a Permacultura chegou no Brasil na década de 80. E atualmente no Brasil existem 14 institutos localizados nos estados de São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Distrito Federal, Goiás, Matos Grosso do Sul, Santa Catarina, Amazonas e Bahia.

Esses institutos costumam trabalhar em conjunto com a comunidade local e esferas governamentais. Desenvolvendo soluções para áreas rurais e urbanas. Orgãos como INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecuária), DATER/SAF (Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural da Secretaria de Agricultura familiar) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário, utilizam de métodos, promovendo práticas sustentáveis de manejo dos recursos e dos impactos causados pelo homem.

Para muitos, é um assunto totalmente desconhecido. Embora, alguém tenha um jardim vertical em casa ou uma horta feita em vasos na sacada do seu apartamento. Afinal, o que é Permacultura? É a prática de desenvolver soluções através de estudos de algumas ciências unidas a conhecimentos ancestrais no objetivo manter ou recuperar nosso ecossistema. Conscientizando o homem há usufruir, progredir sem destruir. No Brasil a divulgação dos Centros de Desenvolvimento da Permacultura é mínima, mas

eles são bem atuantes, em suas regiões. (CARDOSO, 2009).

Apesar da falta de divulgação, os institutos brasileiros são os que mais se destacam em toda América do Sul, através de suas técnicas avançadas, publicações de livros e formação de milhares de designer em arquitetura e produção de alimentos. (IPEC, 2009).

A seguir apresenta-se os respectivos institutos que cuidam do tema em estudo:

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1.1 IPEC – Instituto de Permacultura e Eco vilas do Cerrado. (2009). Localizado em Pirinopolis (Goiás) 1.2 IPA – Instituto de Permacultura e Arte. (BA) Seu ponto forte é a arte desde artesenato manual a apresentações

1.3 IPEMA – Instituto de Permacultura e Eco vilas na Mata Atlântica. (SP)

Busca revitalizar a áreas degradadas na mata atlântica

1.4 IPB – Instituto de Permacultura da Bahia (BA)

E localizado em Salvador contribuindo para o mundo com mais abundancia

1.5 IPAB – Instituto de Permacultura Austro brasileiro (SC) É localizado em Florianópolis divulga, ideias e sustentabilidade 1.6 IPCP – Instituto de Permacultura Cerrado/Pantanal (MS) È localizado em Carrancas (MG) 1.7 IPERS – Instituto de Permacultura do Rio Grande do Sul. (RS) É localizado em Viamão 1.8 IPETERRAS – Instituto de Permacultura

em Terras Secas. (BA) È localizado em Irece (BA) 1.9 IPOEMA – Instituto de Permacultura:

Organização, Eco vilas e Meio Ambiente. (DF)

É localizado a 23 km do centro de Brasília (DF)

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1.10 Eco Oca – No momento está fora de suas atividades por tempo indeterminado.

É de ficar apreensivo e de se lamentar a existência de projetos como esses, atuantes e reconhecidos pelo mundo ainda, serem desconhecidos por grande parte dos brasileiros. Os Institutos de permacultura costumam ter eco vilas, hortas orgânicas, eco fossas, água cinza, armazenamentos de águas pluviais, reflorestamento, recuperação de áreas degradadas. Para sua auto suficiência costumam dar cursos como: Eco construção, capitação de água de chuva, eco fossa, manejo de hortas, artesanato, captação de energia solar.

2 Princípios básicos Para um projeto obter bons resultados é importante a aplicação dos princípios criados por Bill Mollison. Eles ensinam a preservação da vida

como um todo, o interesse pessoal, cultural, natural e econômico, associando-os à ideia de qualidade de vida (HOLMGREN, 2009).

6 3 Princípios Éticos

Foi desenvolvido rigorosos princípios de respeito e relação com a natureza. São eles:

3.1 Cuidado com o planeta Terra: Reduzir o consumo exagerado é amar o planeta. Consciência ambiental, preservar o ecossistema, cuidar dos seres vivos e não vivos, como solo, ar, água e etc. Enfim, cuidar e preservar para a população atual e gerações futuras. (SOUSA, 2009)

7 3.2 Cuidado com as pessoas: Cuidar de si mesmo, parentes e comunidade resume-se em assegura seu bem-estar através do cuidado com a terra, pois um planeta sustentável garante qualidade de vida.

9 3.3 Distribuição dos excedentes: Para evitar desperdícios o ideal é gerar energia, alimentos, dinheiro e utilizar o tempo de forma consciente evitando desperdícios, porém, o que sobra deve ser compartilhado ou trocado (HOLMGREN, 2009).

8 4 Princípios do Design

A tradução de design, é desenho, mas na Permacultura, o desenho tem vida é dinâmica (JACINTHO, 2007).

O que é design? É a observação e estudo prévio para realização de um projeto para evitar desperdícios e tempo aproveitando todos os recursos naturais disponíveis (SOUSA, 2009). Holmgren dedicou mais de duas décadas para desenvolver os princípios de ética e design. Foram divulgados através do livro: Princípios e Caminhos Além da Sustentabilidade, publicado em 2002, foi traduzido no Brasil em 2013. (SANTOS, 2015). Segue a baixo os 12 princípios de design: Observe e interaja: Para um bom funcionamento de qualquer sistema é importante haver harmonia entre as pessoas e natureza, condições naturais e cultura local.

Diminuindo assim, a necessidade de tecnologias e recursos não renováveis.

Capte e armazene energia: A natureza oferece fontes de energia permanentes e gratuitas como Sol, vento, água escoamento superficial. Recursos esses que devem ser melhor aproveitados.

Obtenha rendimentos: Objetivo desse princípio é garantir a manutenção do sistema, tornando possível a auto suficiência e retorno financeiro para continuar garantindo seu total funcionamento.

Pratique a auto-regulamentação e aceite feedback: Planejar, pôr em prática e observar um sistema para obter os resultados, se forem positivos é sinal que tudo correu bem, caso contrário é necessário descobrir o erro e corrigi-lo economizando tempo, dinheiro e evitando possível degradação.

Use e valorize os serviços e recursos renováveis: Esse princípio pode ser resumido em usufruir sem destruir. Pois, há muitos recursos renováveis a nossa disposição, e devem ser usados de forma consciente. Deixando os recursos não renováveis, para situações onde são insubstituíveis.

Não produza desperdícios: Desperdício é um péssimo costume que o consumismo trouxe. Um bom exemplo disso é a

crise hídrica que assolou o Brasil. Desperdício é uma atitude egoísta, pois estamos utilizando e degradando todos os recursos naturais sem pensar nas gerações futuras.

Partindo dos padrões para chegar aos detalhes: A natureza ensina que um indivíduo necessita do outro em todo ecossistema, são interligados. É justamente isso o que esse princípio ensina a integração de todo o ecossistema facilitando assim, o funcionamento e manutenção.

Integrar ao invés de segregar: Planejar corretamente um sistema para que ele seja auto suficiente, facilitando assim, possíveis intervenções e se possível nenhuma. Pois, todos os recursos analisados antes interagem muito bem.

Soluções pequenas e lentas: Resolver problemas com técnicas de nossos ancestrais é muito sábio, porém lentas, mas, garantem melhores resultados e benefícios duradouros.

Use e valorize a adversidade: O equilíbrio natural de um sistema é garantido com a existência do maior número de diversidade de seres, pois garantem variações climáticas, redução de pragas, reforçam a autossuficiência e estabilidade por muito tempo. A diversidade biológica só tem a acrescentar no sistema.

Use as bordas e valorize os elementos marginais: Preservar e replantar as matas ciliares é fundamental, pois evitam erosões, assoreamentos, seca e preservam fauna, flora e animais.

Use criativamente e responda a mudanças: As mudanças devem ser vistas como oportunidades, sejam elas culturais, sociais ou climáticas. Foi através das mudanças climáticas que surgiu, e hoje nos proporciona alternativas para estabilidade e qualidade de vida a longo prazo. A natureza ensinou como desenvolver cada um desses princípios. Quando o homem observa a natureza passa a exercer domínio sobre ela, utilizando de forma consciente seus recursos e elementos, no caso dos sistemas facilita detectar e solucionar problemas. Os princípios nos ensinam a evoluir e não destruir. (SOUSA, 2009)

5 Sistema

No tópico sobre princípios de design falou-se muito sobre sistema. Afinal, o que é sistema? Conjunto de elementos, concretos ou abstratos, intelectualmente organizados. Conjunto das instituições econômicas, morais, políticas de uma sociedade, a que os indivíduos se subordinam. Na Permacultura sistema se refere a ecossistema cultivados, por exemplo, sítios, fazendas ou áreas urbanas definidas como cidades, bairros e etc. (Jacintho, 2007).

6 Planejamento por setores e zonas

Em permacultura design é um termo utilizado para definir planejamento consciente considerando todas as influencias e a integração entre os elementos de um sistema vivo (www.webartigos.com.br) (SOARES, 1998, p.7).

Mollison (1991) “ensina como desenvolver um planejamento, através de alguns componentes”: Componentes do local: Água, terra, paisagem, clima e plantas. Componentes sociais: Apoio legal, pessoas, cultura, comércio e finanças. Componentes energéticos: Tecnologias, conexões, estruturas e fontes. Componentes abstratos: Tempo, dados e ética.

Um zoneamento bem planejado, contribui para o desempenho máximo do sistema. O projeto de sistema é finalizado com o

planejamento por zonas. A intensão é diminuir perdas, evitando resíduos e ganhar tempo deixando próximo do centro do sistema elementos que necessitam de manejo frequente. Alcançando mínimo trabalho, reciclagem de recursos, alta produtividade e baixa manutenção.

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- Zona 0: É o centro do sistema que pode ser uma casa ou vila. - Zona 1: É a área que é manejada diariamente, as hortas, ervas, jardins. - Zona 2: É a área que é manejada com frequência mais sem visitas diárias, como árvores de médio porte, galinheiros, agricultura, viveiro de mudas. - Zona 3: É área que não necessita de manejo frequente, como animais de grande e médio porte, pomar, etc. - Zona 4: É a área sem selagem onde pode se extrair de forma sustentável, criar grandes açudes, e se necessário fazer reflorestamento. - Zona 5: É a área onde a vida selvagem serve como objeto de estudo e observação pois, através de dado coletado se garante o bom funcionamento de todo o sistema. (www.webartigos.com.br)

7 Permacultura Urbana

É crescente o cultivo de horta comunitária urbana pelo Brasil e o mundo. Alimentos tóxicos, falta de espaço tem sido motivos para essa revolução em prol da qualidade de vida. Segundo o blog ciclovivo as fazendas verticais são a grande aposta para o futuro já que a população não para de crescer, e em países de pequeno território como o Japão as chances de sucesso é certo. Prova disso, que no segundo semestre desse ano será inaugurada uma fazenda vertical que produzirá 30 mil pés de alface hidropônica por dia. Esse despertar da população em buscar

alimentos saudáveis, mesmo em meio das grandes metrópoles, só confirma a previsão de Bill Molisson, que preconizava “o homem retornará ao campo em busca de qualidade de vida e usará para solucionar tudo”. Temos alguns exemplos de hortas urbana pelo mundo. Em Nova Iorque foi cultivada a Brooklyn Grang uma fazenda de 43 mil m

2 localizados em prédio no

bairro do Queens, produz atualmente 20.000 quilos de alimentos frescos. Na China, foi cultivada a Value Farm, uma fazenda que busca o valor do cultivo da terra sem esforço coletivo. Foi aproveitado o espaço de uma antiga fábrica de vidro de Hong Kong, onde se cultiva frutas, legumes e verduras de graça para a população. Os ingleses são conhecidos como povo frio, esse conceito caiu por terra com as mais de 40 hortas cultivadas por toda a cidade de Todmorden, na Inglaterra. O projeto ensina a população a ser gentil e próxima à natureza. Foi cultivada uma horta muito criativa em Berlim – Alemanha, em um antigo aeroporto. A prefeitura não permite o cultivo no solo, então as pessoas cultivam em carros, sapatos, mochilas e até em cadeiras velhas de escritório. A horta aproximou os moradores.

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Nas estações de trem de Tóquio é possível esperar de forma agradável pelo embarque. Porque foram cultivados cinco pomares na cobertura do edifício da estação de trem onde os passageiros podem usufruir de todas frutas disponíveis no pomar. O projeto é chamado de SodaroFarm, está aberto ao público, o sucesso é tanto que em breve será ampliado. 8 Horta urbana no Brasil

Existem vários exemplos de hortas urbanas espalhados por todo território brasileiro, nosso país tropical não pode deixar suas raízes indígenas, a exemplo disso são os institutos de permacultura que se destacam em toda América do Sul e são referência mundialmente. Uma horta é um verdadeiro oásis quando cultivada em meio ao estresse, prédios, poluição, carros e o caos

típicos da cidade grande. Nossa maior capital São Paulo tem um exemplo inusitado de horta urbana, o shopping Eldorado, logo um meio econômico extremamente capitalista teve a brilhante ideia de cultivar uma horta de 1000m2 no telhado do prédio, aproveitando os 600kg de lixo produzidos diariamente, como restos de comida e sobras das podas dos jardins.

Foi instalado no subsolo uma composteira, que produz adubo orgânico, para o cultivo com qualidade de quiabos, alfaces, tomates, cidreiras, entre outras ervas e temperos, quando estão prontos para a colheita são distribuídos entre os funcionários do shopping. A ONG Cidades sem Fome foi idealizada por Hans Dieter Temp e é responsável por 21 hortas na periferia da zona leste de São Paulo. Em 1º de abril de 2013, após duas campanhas de conscientização contra dengue e contra as fezes de cachorro deixadas por seus donos nas calçadas. Os moradores da zona sul do Rio de Janeiro se uniram por meio das redes sociais para revitalizar um terreno baldio próximo à praça São Judas Tadeu.

E hoje colhem os frutos dessa iniciativa como ervas, beterraba, couve, tomates, pimentão e batata doce, segundo Sonia Rodrigues, responsável pela horta. Em Feira de Santana na Bahia, os jovens foram incentivados à prática de hábitos saudáveis. O Centro de Educação Básica da Universidade Estadual de Feira Santana instalou uma pirâmide que funciona como horta suspensa, uma horta com garrafas plásticas e outra em forma de mandala. Os jovens recolheram 400 vasilhames plásticos espalhados pelas ruas e terrenos baldios. (Rede Sustentabilidade).

9 Horta Urbana no DF

É animador a quantidade de hortas espalhadas em todo Distrito Federal, sem contar às não divulgadas ainda. Atualmente existem dois grupos no Distrito Federal dedicados a divulgação, organização e cultivo de hortas urbanas são eles: Articulação de grupos de Agricultura Urbana do Distrito Federal (AGAU); e o grupo de trabalho sobre agricultura urbana (AT AU). O Agau promoveu o encontro de 18 representantes de hortas urbanas do DF.

No vento houve troca de sementes e mudas, colheita de hortaliças, e a inauguração de uma estrutura de proteção dos canteiros no parque central de Águas Claras. O (AT UA) se intitula como espaço plural formado por ativistas, técnicos relacionados ao tema, entusiastas e apoiadores das hortas como secretaria do meio ambiente, administração de Brasília, articulação de grupos de cultura urbana (AGAU), o mutirão agroflorestal, movimento nossa Brasília e o

secretário Joe Valle (Nossa Brasília.org.br). No DF estão registradas 18 hortas urbanas, e são cultivadas em espaços abandonados, que serviam como depósitos de entulhos, ou canteiros sem manutenção.

Até o presente momento o lugar mais inusitado para tal ação é a Rodoviária Interestadual de Brasília. Cultivada por Adailton Silva, jardineiro da rodoviária, a horta tem plano de manejo, pois é irrigada com água de captação de chuva é usado adubo orgânico produzido no local, a horta beneficia os 84 funcionários da rodoviária. São cultivados coentros, cebolinha, alface, tomate, pimenta, jiló, limão, abóbora, rúcula, mamão e maracujá (G1.glogo.com).

A escola classe 6 do Gama é referência no assunto, pois possui uma horta há 15 anos, e dia 07 de junho de 2015 foi inaugurado um viveiro de mudas e na oportunidade aconteceu o encerramento do curso de hortas que capacitou 45 professores, alunos e servidores. O curso foi realizado pelo SENAR e teve o apoio da EMATER (www.joevalle.com). Em Morro Azul, situado em São Sebastião os moradores transformaram a paisagem de um antigo lixão em uma bela horta, afastando do local das doenças como rata vírus e valorizando o trabalho das mulheres do local através do manejo da horta realizado por elas (www.embrapa.br).

Os moradores da 206 Norte se reuniram para usufruir das várias áreas verdes dessa superquadra através do cultivo de hortas, essa ideia surgiu depois de observarem o trabalho solidário de Igor Avelino morador da quadra há mais de 20 anos. Igor tinha o hábito de plantar mudas no local e por meio disso os vizinhos se aproximavam para pedir dicas sobre plantio. Fizeram um site para um financiamento coletivo no objetivo de arrecadar 15,5 mil para divulgar o projeto, ensinar as crianças e adolescentes sobre o cultivo de horta, e oferecer a comunidade de um curso de agroecologia (Correio Brasiliense, 04.12.2014) .

Ao lado de um posto policial na 312 Norte existe uma horta comunitária, que produz, milho, hortaliças, batata, ervas medicinais e frutas. A horta é manejada a cada 15 dias por moradores, vizinhos e amigos da quadra. A horta é para todos, e os mutirões e encontros são organizados por meio de redes sociais conta um dos integrantes Diogo Pires.

Na 307 Sul surgiu um projeto diferente, na intenção de aproximar os moradores através do manejo e colheita de um espiral de ervas. Somente ervas, esse é o diferencial, mas o

projeto será ampliado segundo a permacultura e colaboradora do local Mônica Carapeças. No Guará II, na QE 37 foi cultivada uma horta que teve início em 2009, no local antes só havia restos de móveis, eletrodomésticos e de construção. Na época hortas estavam sendo cultivadas para ajudar famílias carentes em locais como Itapoã e Riacho Fundo II. Embora o Guará não necessitasse desse projeto, a administração achou melhor implanta-lo. E deu certo. A horta é totalmente orgânica e abastece 6 creches, quando excede a produção beneficiam-se também o lar dos velhinhos e uma creche na estrutural.

Ruben Mendes é engenheiro agrônomo e civil, mora no Guará há 43 anos, ele conta que já produziram 480kg em uma semana, que os moradores contribuem com doações e até uma escola local se espelhou no exemplo e implantou sua própria horta (Correio Brasiliense, 17.06.2014)

Durante a pesquisa foram encontradas hortas urbanas na Asa Norte, Asa Sul, Águas Claras, Sudoeste, Estrutural, Gama e São Sebastião. Até o presente momento nem uma em Taguatinga (www.embrapa.com).

10 Como fazer uma Horta Urbana

Para dar início a uma horta comunitária é

necessário a autorização da administração. Em seguida é importante ter apoio, pode ser da administração do local onde a horta será cultivada, com esse apoio será possível adquirir ferramentas, sementes, mudas, adubos e mão de obra. No Distrito Federal, a Lei n° 4772, de 2012, trata de políticas de apoio à agricultura urbana e periurbana. Essas políticas têm como objetivo a produção de alimentos cultivados para o próprio consumo, troca, doação ou venda, garantir segurança, alimentar, a utilização e limpeza dos espaços públicos (Correi Brasiliense 17.06.2014)

Afinal o que é uma horta? É um pequeno terreno alugado ou não,

para a cultura de legumes, frutos ou flores, em áreas urbanas ou periféricas (Associação portuguesa dos nutricionistas). Depois da liberação da administração, será observado o local disponível para cultivar a horta, a iluminação, e as condições do solo. Saber o que plantar, quando plantar, que clima favorece cada planta, o grau de dificuldade do cultivo.

Na embalagem das sementes, há muitas

dicas.Existem algumas plantas que se adaptam na maioria dos ambientes e se desenvolvem bem, mesmo manejadas por iniciantes. São elas: couve-manteiga, alface, cebolinha, rabanetes,

beterrabas, tomate-cereja, cenoura, inhame, ervas aromáticas, milho verde, rúcula vagem e etc.

Observado todo os itens acima inicia-se o manejo de terra, que é afofar a terra, dar forma aos canteiros, misturar o adubo no solo, marcar o espaçamento entre plantas, semear ou plantar e regar, não deve encharcar o solo para não danificar o solo. Para manter a horta saudável deve-se regar diariamente ou cada 2 dias, remover folhas doentes e adubar sem exagero e sempre que precisar (www.cultivando.com).

11 Período de plantações

Para não errar na escolha do cultivo e nem

perdem tempo e trabalho, segue abaixo algumas dicas do cultivo e o período certo. Janeiro: não é bom para plantação, mas pode ser cultivado abóboras e batatas. Fevereiro: couve-flor, brócolis, repolho, cebola, cenouras, beterrabas, melões, pepinos e abóboras; Março: batatas, morangos, melões, pepinos e abóboras; Abril: milho; Maio: abóboras, pepinos, melões, alface, cenouras, tomate, couves. Junho: cebola, espinafre, feijão, salsa; Agosto: couves, favas, beterrabas; Setembro: alface, cebola, cidreiras, alho; Outubro: repolhos, nabo, alho, alface, salsa; Novembro: cenoura,

ervilha, rabanetes; Dezembro: alho, cebola e

algumas hortaliças. É importante saber que cada

planta tem uma época do ano para ser cultivada,

assim garantimos seu melhor desenvolvimento

(Associação Portuguesa dos Nutricionistas).

12 Metodologia

Buscou-se maior esclarecimento do tema em

questão por meios bastante satisfatórios. Iniciou-

se com leituras dos livros em pdf. “Os

fundamentos da Permacultura, Princípios e

Caminhos além da Sustentabilidade” de David

Holmgren, em seguida artigos e TCC’S de cursos

que surpreenderam com a escolha da

permacultura, como direito e biologia. Acessou-se

artigos, blogs, sites e e-mails, por meio de leitura

bem variada, mas, focada no tema foi resumido

de forma clara e simples o que é permacultura,

desde seu início até sua utilização em um projeto

de revitalização de espaços públicos

abandonados.

Através do e-mail do possível contato com o

secretário e criador da lei n° 4772 /2012 Joe Valle

que respondeu prontamente fornecendo contatos

importantes para dar inicio a revitalização dos

canteiros nas QSD’S de Taguatinga Sul. Por meio

de informações foi possível o apoio de Daniel

Pereira ativista da (AGAU E AT AU) que

prontificou ajuda para a revitalização, tirando

assim o projeto do papel. E a entrevista com

Hosana líder da cooperativa Girassol, de São

Sebastião que esclareceu muitas dúvidas. A

administração de Taguatinga cedeu o mapa de

Taguatinga Sul em JPEG, facilitando, informar de

forma precisa o local para desenvolver o projeto.

Tirou-se fotos de um dos canteiros onde o projeto

será desenvolvido. Iniciar um projeto desse é

necessário apoio da comunidade, que contribuirá

com manejo, cuidado e distribuição dos

excedentes. Pensando nisso foi divulgado o

projeto para alguns moradores os mais antigos da

quadra que afirmam nunca terem visto algum

benefício nesses espações abandonados.

Foram entrevistados sete moradores em

Taguatinga Sul, um funcionário da administração

de Taguatinga, o secretário Joe Valle, um ativista

da AGAU, e uma líder de horta comunitária e

cooperativa.

13 Como cultivar uma horta em área pública

Dar início ao manejo de uma horta em área pública não é tarefa fácil, mesmo que essa área esteja abandonada. No DF existem hortas em áreas públicas que deixaram de existir como a da avenida das Paineiras, em Águas Claras, que foi desativada por ocupar uma área próxima à estação do metrô, perdeu-se pouco mais de 1 ano de trabalho e dedicação. Segundo Daniel Pereira ([email protected]).

Revitalizar áreas públicas com horta comunitária tornou-se um ato comum e difundido pelo mundo a fora, como foi relatado em tópicos acima. Em São Sebastião existe um belo exemplo de boa vontade, dedicação, união e solidariedade por meio de uma horta comunitária que há 10 anos atrás era lixão que causava muito transtorno e doenças como ranta virose. Que vitimou uma moradora da comunidade, foi então que os moradores se reuniram e com apoio da administração local desativaram o lixão. A líder da horta comunitária é Hosana que prontamente respondeu algumas perguntas:

Ivanise: Como você deu início a horta? Hosana: Quando uma vizinha morreu de Rata virose em 2005, tínhamos um lixão na quadra, a comunidade se mobilizou limpando e assim demos início a horta. Ivanise: A horta é em espaço público? Hosana: A horta fica em área pública sim. Ivanise: Você necessitou da autorização de algum órgão público para iniciar a horta?

Hosana: Sim. Temos autorização da administração local, IBRAM Ivanise: Você teve ajuda de quem? Hosana: A ajuda veio da EMATER local e administração local. Estamos dentro de um programa de agricultura urbana dentro da EMATER. Ivanise: De onde veio sementes, mudas e adubos? Hosana: As mudas e sementes recebemos da EMATER, recebemos doações de um programa do Ministério público que manda o pessoal que comete pequenos delitos pagar pena na horta. Compramos também. Ivanice: De onde vem a água para irrigação? Hosana: A água para irrigação vem das nascentes, temos outorga da água e fazemos o reflorestamento das mesmas. Ivanise: Quantas vezes a horta é irrigada? Hosana: Duas vezes ao dia. Ivanise: O que costumam plantar? Hosana: Todos os tipos de hortaliças, algumas frutas do cerrado e estamos com uma criação de tilápia. Ivanise: Tem um período certo para cultivar cada legume, verdura, hortaliça? Hosana: Não plantamos em todas as épocas, diminuí um pouco no tempo de chuva, algumas hortaliças não gostam de muita água. Ivanise: Como é distribuída a colheita? Hosana: Vendemos, doamos para creches aqui da cidade e agora estamos com um projeto de csa. Ivanise: A comunidade ajuda de alguma forma?

Hosana: Sim. Todos os integrantes do projeto

são da comunidade.

Ivanise: Os cursos oferecidos são gratuitos?

Hosana: Todos os cursos são gratuitos para a comunidade. Ivanise: Quais cursos costumam oferecer? Hosana: São vários, a partir dos produtos da horta, de flores, sabonetes de plantas medicinais, fibras de bananeira, construção de tanque para criação de peixe. Ivanise: A horta integrou a comunidade? Hosana: Sim, através dos cursos e palestras oferecidos sobre vários assuntos, com alimentos sem agrotóxicos da melhor qualidade. Ivanise: Qual sua maior luta?

Hosana: É conseguir construir um galpão na horta, porque ainda não temos nenhum tipo de estrutura para os cursos e palestras. Ivanise: Qual sua maior recompensa? Hosana: Minha maior recompensa não conseguir colocar em palavras, só posso dizer que esse projeto é como um filho para mim, é uma das minhas paixões. Quero deixar um mundo melhor para as próximas gerações. Ivanise: Hosana você me ajudaria a revitalizar áreas abandonadas em Taguatinga Sul? Hosana: Podemos conversar, não prometo muito, mas adoraria ajudar. Com objetivo e determinação é possível

recuperar espaços degradados, como fizeram os

moradores de São Sebastião que hoje tem

orgulho da horta comunitária Girassol. O projeto

cresceu e hoje é uma cooperativa que oferece

vários cursos, com uma emenda parlamentar

conseguiram dinheiro para cercar os 5.000

metros quadrados da horta.

(www.blogmorroazul.com.br). Para mais

informações: 61 9 9124-9895

Entrevista com Hosana líder da horta comunitária

girassol acrescentou esse trabalho e o projeto a

ser realizado em Taguatinga sul, provando que

com dedicação, apoio e tempo é possível

beneficiar a população através de revitalização de

áreas publicas degradadas.

Exemplos como esse me encorajam a iniciar a revitalização de áreas públicas abandonadas em Taguatinga Sul, localizadas nas entre quadras das QSD’S. Atualmente essas áreas são usadas para jogar entulhos, restos de podas, sanitário para pessoas e cachorros.

Buscou-se apoio para iniciar o projeto na administração de Taguatinga Sul, mas não se comprometeu nem apoiou, apenas orientou procurar a Nova Cap. Buscou-se orientações com o secretário Joe Valle que confirmou em conta a importância do contato com a Nova Cap, passou contatos de ativistas da AGAU (Articulação de Grupos de Agricultura Urbana) e AT AU (Grupo de trabalho sobre Agricultura Urbana), do Rogério Viana da EMATER para cursos e informações técnicas e Romulo Ervilha da Nova Cap para conseguir terra adubada e matéria orgânica. Por meio de um ativista da AGAU (Articulação de Grupos de Agricultura Urbana), Daniel Pereira ([email protected]) conheci Hosana líder da horta e cooperativa Girassol de São Sebastião. Alguns membros da comunidade não incentivaram, nem ofereceram apoio ao projeto, embora tenham gostado. Outros gostaram, mas

não acreditam que o projeto sairá do papel. E só colaborarão quando verem a horta for real. Apenas três membros da comunidade apoiam

desde já o projeto de revitalização das quadras

abandonadas das QSD`S oferecendo incentivos,

divulgação e mão de obra. Até metade do

segundo semestre o projeto sairá do papel pois,

Daniel Pereira ativista da AGAU (Articulação de

Grupos de Agricultura Urbana) se colocou à

disposição, juntamente com ativistas da ATAU

(Grupo de trabalho sobre Agricultura Urbana)

segundo o próprio Daniel que também é ativista

da ATAU.

12

13

13. Considerações Finais

Atualmente vivemos mal, comemos mal e não

nos relacionamos com pessoas que moram ao

nosso lado há anos. O corre-corre diário, os

congestionamentos, a poluição inclusive sonora,

o excesso de concreto, asfalto nos estressa, nos

adoece.

Bill Molisson e David Holmegren são visionários,

detectaram um grave problema que afeta todo o

planeta, e criaram a solução: a permacultura.

Acredita-se ser a solução para tudo como cita Bill

Molisson em um de seus livros. E a horta urbana

é um pequeno passo para dar início a essa

revolução que em breve ocorrerá de o homem

voltar para o campo em busca da qualidade de

vida.

Pois, a exemplo da horta de São Sebastião,

pode-se observar que além de produzir alimentos

saudáveis, ela aproxima a comunidade, beneficia

a comunidade com doação dos excedentes e

capacita os cidadãos com cursos gratuitos.

Acredita-se que a horta de Taguatinga Sul sairá

do papel, mesmo sabendo das dificuldades que já

encontra-se, mas com certeza valerá a pena.

Acredita-se que os membros da comunidade que

não acreditam e nem apoiam ficarão encantados

com os resultados e passaram a ajudar.

Em todas as hortas citadas na pesquisa é

possível observar alguns princípios de

permacultura como: Integração, Interação homem

natureza, Redução de desperdícios e distribuição

dos excedentes. Ainda falta muito, mas é um bom

começo para aproximar comunidades urbana a

natureza.

Agradecimento

Agradeço primeiramente a Deus e a minha mãe

Isabel que me apoia desde sempre. E ao meu

orientador Luís Carlos Spaziani com sua

dedicação e paciência.

Referências

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4. CORREIO BRASILENSE 04.12.2014. Disponível em <http:www.correiobrasiliense.com.br>

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5. CORREIO BRASILIENSE 17.06.2014. Disponível em <http:www.correiobrasiliense.com.br>

acessado em 28 de maio de 2016.

6. CULTIVANDO. Disponível em <www.cultivando.com.br>

7. PEREIRA. D, ativista da (AGAU) e (ATAU). Disponível em [email protected]

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11. HOLMGREN, D. Os fundamentos da Permacultura. Versão resumida em Português, 2007.

Disponível em <www.holmegren.com.au> acessado em 20 de maio de 2016.

12. HOLMGREN, David. Princípios e Caminhos além da Sustentabilidade pdf. 2009.

13. HOSANA, líder da cooperativa Girassol, São Sebastião.

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15. IPEC-Instituto de permacultura e ecovilas do cerrado. Disponível em <www.ipec.com.br> acessado

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17. MOLLISON, B. Introdução à Permacultura. National Library of Australia, 1991.

18. NOSSA BRASILLIA. Disponível em <www.movimentonossoabrasilia.org.br> acessado em 17 de

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24. SOUSA, K. O. A inserção da permacultura e a educação ambiental como instrumentos para a

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2. Bill Mollisson ( criador da permacultura) Fonte: HTTP://newdimensions.org

3. IPEC – Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado. (2009) / Foto: WWW.google.com.br

4. IPEC – Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado. (2009)/ Foto: WWW.google.com.br

5. IPOEMA- Instituto de Permacultura: Organização, Ecovilas e Meio Ambiente. (DF)

6. David Holmgren (Co-criador da Permacultura) Fonte:

Youtube.com/davidholmgrenonpermacultureandreadinglandscape

7. Fonte: www.pensamentoverde.com.br

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10. Design de Permacultura Fonte: WWW.criader.wordpress.com

11. Horta urbana na cidade de Berlim na Alemanha Fonte:WWW.sustentarqui.com.br

12. Foto: Foto pertencente ao acervo pessoa da autora.

13. Foto: Foto pertencente ao acervo da autora.