A plenitude do mediador john gill

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“Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nEle habitasse.”

— Colossenses 1:19 —

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EC

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Algumas citações deste Sermão

“é a imagem do Deus invisível, a original, essencial, eterna, não-criada, perfeita e expressa

imagem da Pessoa de seu Pai, a quem nenhum dos homens viu, em qualquer momento; e o

primogênito de toda criação: Não que Ele foi a primeira criatura que Deus fez, o que não

concordará com o raciocínio do apóstolo no versículo seguinte, pois nEle foram criadas todas as

coisas; e será passível por essa contradição manifesta, que Ele foi o criador de si mesmo; mas o

significado é, que tanto Ele é o unigênito do Pai desde toda a eternidade, sendo o Filho natural e

eterno de Deus, quem, como tal, já existia antes de que qualquer criatura fosse trazida à

existência; ou que Ele é o primeiro pai, ou gerador de cada criatura, como a palavra porta-se para

ser compreendida, se ao invés de prwtótokoV, lemos prwtotokóV, que nada mais é do que mudar

o lugar do acento, e pode ser mui facilmente se aventurado, vendo que os acentos foram todos

adicionados desde os dias do apóstolo, e, especialmente, visto que isso faz que seu raciocínio

nos seguintes versículos apareçam com muito mais beleza, resistência e força; Ele é o primeiro

pai de toda criatura, ‘Porque nEle foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra,

visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo

foi criado por Ele e para Ele. E Ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por

ele’ [Colossenses 1:16-17].”

“Em seguida o apóstolo prossegue a considerar Cristo em sua relação de ofício, e capacidade de

mediação, E Ele é a cabeça do corpo, da igreja; mesmo da assembleia geral e da igreja, o

primogênito, dos que estão inscritos no céu, todos os eleitos de Deus, sobre os quais Ele é uma

cabeça de domínio e poder, e para quem Ele é uma cabeça de influência e suporte; Ele

acrescenta: é o princípio, tanto da velha quanto da nova criação, o primogênito dentre os mortos,

que primeiro ressuscitou dos mortos pelo seu próprio poder para uma vida eterna, está sentado à

direita de Deus, tem todo o julgamento entregue a Ele, para que em tudo tenha a preeminência;

pelo que Ele é abundantemente qualificado, uma vez que aprouve a Deus que nEle deve habitar

toda a plenitude.”

“Onipresença e imensidão são apropriadas a Deus, e encontrados em Jesus Cristo, que está no

céu, ao mesmo tempo em que Ele esteve aqui na terra; o que Ele não poderia estar, se Ele não

fosse o Deus onipresente; mais do que Ele poderia realizar as promessas que Ele fez, que Ele

estará com o seu povo quando eles se encontram em seu nome, e com seus ministros até o fim

do mundo, nem Ele poderia estar presente com as igrejas em todos os lugares, como Ele

certamente está; nem preencher todas as coisas, como Ele certamente o faz.”

“Cristo é o cabeça de todo homem, e o cabeça sobre todas as coisas para a igreja; Deus o

constituiu herdeiro de todas as coisas, mesmo na natureza: A luz da natureza é nEle e dEle, e Ele

é a verdadeira luz que ilumina todo o homem que vem ao mundo (João 1:9) As coisas da natureza

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estão todas nEle, e à sua disposição, a terra é do Senhor, e a Sua plenitude; (Salmos 24:1) e Ele

a dá ao seu povo escolhido e especial de uma forma peculiar.”

“Há uma plenitude do Espírito da Graça e dos dons do Espírito em Cristo; Pois Ele é o Cordeiro no

meio do trono, tendo sete pontas e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus (Apocalipse 5:6)

não sete distintas subsistências pessoais; mas a frase designa o bendito Espírito de Deus, e a

perfeição de Seus dons e Graça, representados pelo número sete, que, no sentido mais ampliado,

habita em Cristo; o espírito de sabedoria e de entendimento, espírito de conselho e de fortaleza, o

espírito de conhecimento e de temor do Senhor (Isaías 11:2) repousa sobre Ele; Ele é ungido com

o óleo da alegria, do Espírito Santo, mais do que a seus companheiros, qualquer dos filhos dos

homens, que são feitos participantes de sua Graça e glória; porque não lhe dá Deus o Espírito por

medida (Salmo 45:7).”

“Há uma plenitude de toda a Graça em Cristo, para suprir todas as nossas necessidades, apoiar

as nossas pessoas, e para nos conduzir com segurança e conforto através deste deserto: Há uma

plenitude de luz e vida, de sabedoria e conhecimento, força e habilidade, alegria, paz e consolo

nEle; toda a luz espiritual está nEle, e dEle. Enquanto toda esta luz foi disseminada por toda a

criação, foi no quarto dia reunida, e saiu para o grande luminar, o sol; de modo que toda a

plenitude da luz espiritual habita em Cristo, o Sol da justiça, de quem recebemos tudo o que

temos; que aos poucos cresce, aumenta, e brilha mais e mais até ser dia perfeito; Toda a vida

espiritual é nEle, com Ele está a fonte dela; dEle temos o princípio vivo da Graça, e por Ele, ela é

mantida em nós até a vida eterna. NEle estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do

conhecimento e, a partir dEle esses são comunicados para nós. Como nEle está a justiça para

nos justificar, assim nEle está a força que nos permite opor cada corrupção, suportar todos os

inimigos, exercitar toda a Graça, e executar cada dever.”

“Embora nós não possamos fazer qualquer coisa de nós mesmos, e sem Ele nada podemos fazer;

ainda por meio dEle que nos fortalece, podemos fazer todas as coisas. Em uma palavra, há uma

fonte completa, e um fundamento sólido de toda a paz espiritual, alegria e consolo em Cristo; Se

há algum consolo para ser tido em qualquer lugar, é em Cristo; isso surge a partir e é

fundamentado sobre a Sua Pessoa, Sangue, Justiça e Sacrifício; em uma visão do qual um crente

é, às vezes, preenchido com alegria indizível e cheia de glória; Porque, como as aflições de

Cristo, aquelas que nós sofremos por Cristo, são abundantes em nós, assim também a nossa

consolação abunda por meio de Cristo (2 Coríntios 1:5). Há uma Graça suficiente em Cristo para

nos carregar sob, e nos conduzir em meio a todas as tribulações, exercícios e aflições da vida;

para nos fazer frutificar em toda a boa obra, e para fazer continuar e resistir até o fim. Há uma

plenitude de Graça de frutificação e preservação em Cristo.”

“Há uma plenitude da promessa da Graça em Jesus. Há muitas diversas promessas mui grandes

e preciosas, apropriadas aos diversos casos e circunstâncias dos filhos de Deus. Nunca houve um

caso de um crente que tenha sido desde a criação do mundo, e eu arrisco a dizer, nunca haverá

um até o fim de tudo, senão o que tenha uma promessa concedida apropriada a ele. A Aliança da

Graça é plena dessas promessas; por isso, elas são transcritas para o Evangelho, e estão

espalhados por toda a Bíblia; e o que é o melhor de tudo: todas as promessas de Deus são em

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Cristo sim, e por Ele o Amém, para glória de Deus por nós (2 Coríntios 1:20); todos elas são

colocadas em suas mãos para o nosso uso, e são todas seguras e protegidas por Ele, que velará

por isso, para elas sejam real e plenamente cumpridas, não somente a grande promessa de vida,

mesmo da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes da fundação do mundo,

está em Cristo Jesus; mas todas as outras promessas estão nEle também; Assim, quaisquer que

são participantes delas, são participantes delas nEle, por meio do Evangelho.”

“[...] em Cristo, há também a plenitude da Glória e da vida eterna e felicidade. Deus não apenas

possui a Graça de Seu povo, mas também a Sua Glória nas mãos de Cristo. Sua porção, a Sua

herança, é reservada para eles com Ele; onde está são e salvo. Eles são herdeiros de Deus e co-

herdeiros com Cristo; de modo que sua herança é segura para eles. Como a vida deles da Graça,

assim a vida de glória deles, está escondida com Cristo em Deus; e quando Cristo, que é a sua

vida se manifestar, então aparecerão com Ele em glória; o que grandemente consistirá em ser

como Cristo, e vê-lo como Ele é. Os santos serão semelhantes a Cristo, tanto em corpo e alma.

Seus corpos, que são redimidos pelo Seu sangue, e são membros dele, serão transformados

como o Seu corpo glorioso, na espiritualidade, imortalidade, incorruptibilidade, poder e glória; e

brilharão como o sol, com esplendor e brilho, no reino de seu Pai.”

“Suas almas serão feitas como Cristo no conhecimento e santidade, tanto quanto as criaturas são

capazes. Eles irão, em seguida, vê-lo como Ele é; contemplar a Sua glória mediadora, vê-lo-ão

por si mesmos, e não outro; será indescritível o deleite com as excelências dele, e sempre

continuam com Ele, e estarão na presença dEle; em cuja presença há plenitude de alegria, e em

cuja mão direita há delícias perpetuamente. Ora, tudo isso é garantido em Cristo para os santos;

tudo do que eles podem esperar; nisto eles podem confiar; pois o testemunho é este: que Deus

nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho (1 João 5:11) Assim, toda a plenitude da

natureza, Graça e Glória, estão em Cristo Jesus nosso Senhor.”

“Esta é uma plenitude mui rica, e enriquecedora. É uma plenitude da verdade, bem como da

Graça; pois Cristo é cheio de Graça e de Verdade, o que o Evangelho amplamente abre para nós;

toda a verdade deste é uma pérola de grande valor, e todos juntos compõem um tesouro

inestimável, mais valioso do que todas as riquezas das Índias. Agora em Cristo estão depositados

e escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência (Colossenses 2:3) Que rico e

enriquecedor depósito, fundamento e plenitude de Verdade, há em Jesus Cristo!”

“Esta plenitude é completamente livre, no que diz respeito à nascente e fonte dela, a distribuição

da mesma, as pessoas envolvidas na mesma, e a maneira pela qual elas recebem dela. A fonte e

origem dela é a Soberana boa vontade e prazer, Graça e Amor de Deus. Aprouve ao Pai colocá-la

em Cristo: Ele não foi induzido a isso por qualquer coisa em Seu povo, ou obras deles; pois isso

foi colocado em Cristo antes de terem feito o bem ou o mal. Ele não poderia ser influenciado por

Sua fé e santidade para fazê-lo; uma vez que estas são recebidas de fora: Pois da Sua plenitude

todos nós recebemos, e Graça sobre Graça; (João 1:14), uma Graça, assim como a outra, toda a

espécie de Graça, fé e santidade entre as demais; Ele não podia ser movido a eles por Suas boas

obras; vendo que estes são frutos dessa Graça que é derivada dEle. Isto é realmente dito para

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aqueles que O temem, e confiam nEle; mas estas frases são apenas descritivas das pessoas que

receberam dEle, e são feitas assim por ele.”

“A Graça de nosso Senhor tem sido abundante, superabundante; ela flui e transborda; tem sido

um pleonasmo, uma redundância disso no caso de um único crente. Ó que abundância dela deve

ter havido em todos os santos em todas as eras, tempos e lugares, desde a fundação do mundo!

E ainda há o suficiente para a família na terra, ainda atrás. Cristo ainda é a fonte de todos os seus

jardins, as igrejas, um poço de água viva, que lhes fornece tudo; e as correntes do Líbano, que

docemente os refrescam e deleitam. Sua Graça ainda é o suficiente para eles; Ele é o mesmo

hoje, ontem e para sempre.”

“Ele é a cabeça em quem ela habita, estes são membros dEle, e assim ela deriva dEle. Ele é

deles, e eles são Seus, e assim tudo o que Ele tem pertence a eles. Sua pessoa é deles, em

quem eles são aceitos por Deus; o Seu Sangue é deles, para purificá-los de todo pecado; a Sua

Justiça é deles, para justificá-los a partir dEle; Seu sacrifício é deles para expiá-los; e Sua

plenitude é deles, para suprir todas as suas necessidades; e por isso eles São tão cheios, como

são ditos serem cheios do Espírito Santo, cheios de fé, de bondade (Atos 6:3, 8; Rom 15:14), não

que eles sejam assim de tal sentido como Cristo é; pois essa plenitude está nEle sem medida,

neles em medida; está nEle como uma fonte transbordante, mas neles como correntes fluindo

dEle.”

“Esta plenitude encontra-se em Cristo, e não em outro. As fontes da salvação estão apenas nEle,

não há Salvação em nenhum outro; é em vão o esperar isso de qualquer outra parte; nenhum

nível de luz e vida espiritual, graça e santidade, paz, alegria e consolo, deve ser obtido em outro

lugar. Tais, portanto, que negligenciam, omitem ou abandonam esse manancial de águas vivas,

cavam cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas (Jeremias 2:13). Portanto, convém a

todos os que têm algum conhecimento de si mesmos, qualquer senso de seus desejos, e visões

da plenitude de Cristo, o requererem dEle; pois, para aonde deve ir alguém, senão para aquele

que tem as palavras de vida eterna?”

“Isto implica na continuidade dela com Ele. É uma plenitude permanente, e produz um suprimento

diário, contínuo; os crentes podem ir todos os dias até Ele, e receber dela; a Graça que há nEle

sempre será suficiente para eles, até o fim de seus dias. E a esta natureza permanente dela, a

morada eterna dela em Cristo é devida a perseverança final dos santos; pois, porque Ele vive tão

pleno de Graça e de Verdade, eles vivem e viverão também. Grande razão têm os crentes de se

fortificarem na Graça que há em Cristo Jesus. (2 Tm. 2:1)”

“Esta plenitude irá permanecer em Cristo até o fim dos tempos, até que todos os eleitos estejam

reunidos, e eles estejam cheios de Graça, e levados à glória. Haverá tanta Graça, e tão ampla

suficiência dela para o último crente que for nascido no mundo, assim como para o primeiro. Além

disso, há uma plenitude de Glória em Cristo, que permanecerá nEle por toda a eternidade; a partir

do qual os santos estarão continuamente recebendo Glória sobre Glória, bem como aqui, Graça

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sobre Graça; eles terão toda a Sua glória de e a partir de Cristo, então, como eles têm agora toda

a sua Graça dEle, e por meio dEle.”

“Isso indica a certeza e segurança da mesma. Cada coisa que está em Cristo é certa e segura. As

pessoas da eleição de Deus, sendo nEle, estão em máxima segurança, ninguém pode arrebatá-

las das mãos dEle. A Graça deles está ali, ela nunca pode ser perdida; a glória deles está ali, eles

nunca podem ser privados deste direito. Sua vida, tanto de Graça e Glória, está escondida com

Cristo em Deus, e por isso fora do alcance dos homens e demônios. Cristo é o depósito e

armazém de toda a Graça e Glória, e um bem fortificado; Ele é uma rocha, uma torre forte, um

lugar de defesa, tal como Alguém contra quem os portões do inferno não prevalecerão.”

“Cristo sempre foi como mediador, como um que estava com Ele, e era Seu arquiteto; era cada

dia as Suas delícias, alegrando-me perante Ele em todo o tempo (Provérbios 8: 30) e assim Ele

sempre continuou a ser; e como evidência e demonstração disso, Ele entesoura toda a plenitude

nEle. Isto parece ser a indicação das palavras de nosso Senhor, quando Ele diz, o Pai ama o

Filho, e todas as coisas entregou nas suas mãos (João 3:35), isto é, Ele demostrou Seu amor a

Ele, e deu uma prova plena disso, ao entregar todas as coisas para Ele, para que estejam à Sua

vontade e disposição. Este sentido das palavras bem concorda com o contexto, o que representa

Cristo em sua capacidade de mediação, como exaltado pelo Pai, com este ponto de vista, para

que em todas as coisas tenham a preeminência.”

“É devido à boa Vontade do Pai aos eleitos, que essa plenitude habita em Cristo; pois é por causa

deles, e sobre a sua consideração, que isto é colocado nas mãos de Cristo. Deus os amou com

um amor eterno; e, portanto, cuida eternamente deles, e faz provisão eterna para eles. Eles eram

os objetos de seu amor e prazer desde a eternidade; e, portanto, Ele estabeleceu a Cristo como

mediador desde a eternidade, e dotou-lhe com essa plenitude para eles. Houve boa vontade no

coração de Deus em relação a esses filhos dos homens; e, portanto, lhe agradava dar um passo

como este, e estabelecer uma oferta suficiente por eles, tanto para o tempo quanto para a

eternidade. Aprouve a Deus que essa plenitude habitasse em Cristo.”

“É da vontade e agrado de Deus que toda a Graça deva vir até nós por meio de Cristo. Se Deus

vai comungar conosco, isto deve ser a partir do propiciatório: Cristo Jesus. Se tivermos alguma

comunhão com o Pai, deve ser através do Mediador. Se tivermos alguma Graça dEle, que é o

Deus de toda a Graça, isso deve vir até nós desta forma; pois somente Cristo é o caminho, e a

verdade, e a vida (João 14:6), não apenas o caminho de acesso a Deus, e aceitação dEle, mas do

envio de toda a Graça, de todas as bênçãos da Graça para nós. Agora, na medida em que é o

prazer do Pai que toda a plenitude da natureza, Graça e Glória devam habitar em Cristo, o

Mediador, isto estabelece a glória de Cristo. Um ramo considerável da glória de Cristo, como

mediador, encontra-se em Seu ser cheio de Graça e de Verdade; o que as almas sensíveis de

Seus próprios anelos, veem com prazer. É isso que faz dEle o mais formoso dos filhos dos

homens, por que a Graça, a plenitude dela, é derramada em seus lábios. É isso que faz com que

Ele parece ser branco e rosado, o primeiro entre dez mil; e seja tão adorável, mesmo totalmente

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desejável, na opinião de todos que o conhecem. É isso que o torna tão muitíssimo precioso, e tão

valorizado e estimado por, todos os que creem.”

“Isso nos instrui para onde buscar por uma fonte. Os Egípcios, nos sete anos de fome, quando

clamaram a Faraó por pão, este tendo estabelecido a José sobre seus depósitos, os ordena a

irem ter com ele, dizendo: Ide a José; o que Ele vos disser, fazei (Genêsis 41:55). Cristo é por Seu

Pai, constituído como o cabeça sobre todas as coisas da igreja. Ele é o nosso antitípico José, que

tem todo o nosso estoque de Graça na mão; Todos os tesouros dela estão escondidos nEle; Ele

tem toda a disposição da mesma, e, portanto, a Ele devemos ir para tudo o quanto estivermos

necessidade. E disso nós podemos ter a certeza: de que não há nada que queremos, senão o que

está nEle; e nada nEle é apropriado para nós, senão o que Ele pronta e livremente nos comunica.”

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A Plenitude do Mediador

Um Sermão

Pregado em 15 de Junho de 1736, à Sociedade que apoia

a Tarde de Leitura do Dia do Senhor, Próximo de Devonshire-Square.

“Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nEle habitasse”

(Colossenses 1:19)

O apóstolo, após sua habitual saudação à igreja de Colossos, com uma grande dose de

deleite, toma conhecimento da fé deles em Cristo, e amor a todos os santos, eleva várias

petições em sua consideração, para um crescimento do conhecimento espiritual,

santidade, fecundidade, paciência e força; agradece por algumas bênçãos especiais da

Graça que Ele e eles foram participantes; tais como alcançar o céu; a libertação do poder

das trevas; a ida para o reino de Cristo; a Redenção, pelo Seu sangue; e o perdão dos

pecados, e em seguida, toma uma ocasião para expressar as glórias e grandezas da

pessoa de Cristo; que, segundo ele, versículo 15, é a imagem do Deus invisível, a

original, essencial, eterna, não-criada, perfeita e expressa imagem da Pessoa de seu Pai,

a quem nenhum dos homens viu, em qualquer momento; e o primogênito de toda criação:

Não que Ele foi a primeira criatura que Deus fez, o que não concordará com o raciocínio

do apóstolo no versículo seguinte, pois nEle foram criadas todas as coisas; e será

passível por essa contradição manifesta, que Ele foi o criador de si mesmo; mas o

significado é, que tanto Ele é o unigênito do Pai desde toda a eternidade, sendo o Filho

natural e eterno de Deus, quem, como tal, já existia antes de que qualquer criatura fosse

trazida à existência; ou que Ele é o primeiro pai, ou gerador de cada criatura, como a

palavra porta-se para ser compreendida, se ao invés de prwtótokoV, lemos prwtotokóV,

que nada mais é do que mudar o lugar do acento, e pode ser mui facilmente se

aventurado, vendo que os acentos foram todos adicionados desde os dias do apóstolo, e,

especialmente, visto que isso faz que seu raciocínio nos seguintes versículos apareçam

com muito mais beleza, resistência e força; Ele é o primeiro pai de toda criatura, “Porque

nEle foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam

tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por Ele e

para Ele. E Ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele”

[Colossenses 1:16-17].

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Em seguida o apóstolo prossegue a considerar Cristo em sua relação de ofício, e

capacidade de mediação, E Ele é a cabeça do corpo, da igreja; mesmo da assembleia

geral e da igreja, o primogênito, dos que estão inscritos no céu, todos os eleitos de Deus,

sobre os quais Ele é uma cabeça de domínio e poder, e para quem Ele é uma cabeça de

influência e suporte; Ele acrescenta: é o princípio, tanto da velha quanto da nova criação,

o primogênito dentre os mortos, que primeiro ressuscitou dos mortos pelo seu próprio

poder para uma vida eterna, está sentado à direita de Deus, tem todo o julgamento

entregue a Ele, para que em tudo tenha a preeminência; pelo que Ele é abundantemente

qualificado, uma vez que aprouve a Deus que nEle deve habitar toda a plenitude. O

método que tomarei ao considerar esta passagem da Escritura será este:

I. Examinar que plenitude de Cristo é aqui intencionada.

II. Fazer alguma consideração sobre a natureza e as propriedades dela.

III. Mostrar em que sentido pode-se dizer que ela habita em Cristo.

IV. Fazer notório, que a sua habitação em Cristo é devido à boa vontade e agrado do Pai.

Examinarei que plenitude de Cristo é aqui pretendida, uma vez que as Escrituras falam de

mais de uma:

I. Em primeiro lugar, esta é a plenitude pessoal de Cristo, ou a plenitude da Divindade, a

qual é dita pelo nosso apóstolo (Colossenses 2:9), nesta mesma epístola, “Porque nEle

habita corporalmente toda a plenitude da Divindade”. Não há perfeição essencial à

Divindade, a não ser a que está nEle; nem há algo que o Pai tenha, senão o que Ele

também tem.

A eternidade é peculiar à Divindade: Cristo não foi apenas antes de Abraão, mas anterior

à Adão, sim, antes de existir qualquer criatura; Ele é o alfa e o ômega, o primeiro e o

derradeiro, o princípio e o fim, o que é, e que era, e que há de vir (Apocalipse 1:8); Ele é

de eternidade a eternidade. A onipotência, ou um poder de fazer todas as coisas, só pode

ser predicado de Deus.

As obras da criação, providência, redenção, a ressurreição dos mortos, com outras

coisas, nas quais Cristo foi envolvido, proclamam em voz alta que Ele é o Todo-Poderoso.

Onisciência, outra perfeição da Divindade, o meu ser facilmente observou em Jesus

Cristo, “E não necessitava de que alguém testificasse do homem, porque Ele bem sabia o

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que havia no homem” (João 2:25); aquele que é a Viva Palavra de Deus, que é “apta para

discernir os pensamentos e intenções do coração. E não há criatura alguma encoberta

diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem

temos de tratar” [Hebreus 4:12-13]; quem em um breve tempo fará todas as igrejas, sim,

todo o mundo conhecer, que Ele é que esquadrinha rins e corações.

Onipresença e imensidão são apropriadas a Deus, e encontrados em Jesus Cristo, que

está no céu, ao mesmo tempo em que Ele esteve aqui na terra; o que Ele não poderia

estar, se Ele não fosse o Deus onipresente; mais do que Ele poderia realizar as

promessas que Ele fez, que Ele estará com o seu povo quando eles se encontram em seu

nome, e com seus ministros até o fim do mundo, nem Ele poderia estar presente com as

igrejas em todos os lugares, como Ele certamente está; nem preencher todas as coisas,

como Ele certamente o faz.

A Imutabilidade pertence apenas a Deus: Cristo é o mesmo ontem, hoje e para sempre

(Hebreus 13:8) Em suma, a existência independente e necessária, que são essenciais à

Divindade, devem ser atribuídas a Ele, porque Ele é Deus de si mesmo: Embora como

homem e mediador, Ele teve uma vida que lhe foi comunicada pelo Pai; ainda como

Deus, Ele não deve Sua existência a ninguém; esta não é derivada de outro, Ele é sobre

todos, Deus bendito eternamente, e deve, portanto, ser o verdadeiro Deus e a vida eterna.

Se alguma perfeição da Divindade estivesse ausente nEle, a plenitude, toda a plenitude

dEle não poderia ser dita habitar nEle, nem ser dito dEle, como Ele é, ser igual a Deus.

Agora, alguns pensam que esta é a plenitude projetada em nosso texto, e o leem, a

plenitude da Divindade, o que parece ser transcrito de outra passagem nesta epístola já

mencionada; e supõem que isto se adapte bem ao projeto do apóstolo em provar a

primazia e preeminência de Cristo sobre todas as coisas: Mas deve ser observado que a

plenitude da Divindade possuída pelo Filho de Deus, não depende da vontade e agrado

do Pai; não é o que, como tal, Ele natural e necessariamente goza por uma participação

da mesma natureza indivisível e essência do Pai e do Espírito e, portanto, não pode ser a

plenitude aqui intencionada.

Em segundo lugar, há uma plenitude relativa, que pertence a Cristo, e não é diferente do

seu corpo, a Igreja, da qual Ele é o Cabeça, que é chamada a plenitude daquele que

cumpre tudo em todos (Efésios 1:23) e por esta razão que ela está preenchida por Ele.

Quando todos os eleitos são reunidos, a plenitude dos Gentios trazidos, e todo o Israel

salvo, quando estes são preenchidos com todos os dons e Graça de Deus, designadas

para eles, e são cultivados até sua justa proporção no corpo, e tenham atingido a medida

da estatura da plenitude de Cristo; então, eles serão rigorosamente, e poderão ser

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verdadeiramente denominados assim. Alguns intérpretes são de opinião, que esta é a

plenitude aqui significada: Mas, embora a Igreja habite em Cristo, e Ele nela, e isto

através da boa vontade e prazer do Pai; e embora ela seja completa em Cristo, e é dita

ser a sua plenitude; ainda, propriamente falando, ela não é assim ainda, pelo menos

nesse sentido, como ela será: nem ela é alguma vez dita ser toda a plenitude, como no

texto, e, portanto, não pode ser aqui pretendida.

Em terceiro lugar, há uma plenitude de aptidão e habilidades em Cristo para cumprir a

Sua Obra e ofício como mediador, que grandiosamente repousa em seu ser tanto Deus e

Homem, ou na união das duas naturezas, Divina e humana, em uma Pessoa. Nisto Ele se

torna abundantemente qualificado para ser o árbitro entre nós, capaz de pôr a mão sobre

nós ambos, ou em outras palavras, para ser o mediador entre Deus e o homem, para ser

tanto um sumo sacerdote misericordioso e fiel, naquilo que é de Deus, e para fazer

propiciação pelos pecados do povo (Jó 9:33, 1 Timóteo 2:5, Hebreus 2:17).

Por ser homem, Ele tinha pouco a oferecer em sacrifício a Deus, e foi assim capaz de

fazer satisfação naquela natureza a qual pecou, o que a Lei e a justiça de Deus pareciam

ter exigido, e também de transmitir as bênçãos da Graça adquiridas por Ele para eleger

os homens; motivo pelo qual, Ele não tomou sobre si a natureza dos anjos, mas a

descendência de Abraão.

A santidade da natureza humana de Cristo grandemente o habilitou para ser um sumo

sacerdote, advogado e intercessor, e muitas vezes a ênfase é colocada sobre isso nos

escritos sagrados, como quando dEle é dito (João 3:5, Hebreus 9:14, 1 Pedro 1:10) tirar o

pecado, e nEle não há pecado, para oferecer-se a si mesmo imaculado a Deus, e nós

somos ditos ser redimidos pelo sangue de Cristo, como de um Cordeiro imaculado ou

incontaminado. E, de fato, tal Redentor é adequado para nós, tal advogado nos convém,

que é Jesus Cristo, o justo, tal sumo sacerdote tornou-se-nos, é de toda forma apropriado

para nós, aquele que é Santo, Inocente, Imaculado, e separado dos pecadores.

Sendo Deus bem como homem, há uma virtude suficiente em todas as suas ações e

sofrimentos para responder ao que eles foram designados; em Seu sangue para limpar de

todo o pecado, em Sua Justiça para justificar deste, e em Seu sacrifício para expiar e

redimir dEle. Sendo o poder de Deus, Ele poderia viajar na plenitude da Sua força,

achegar-se a Deus por nós, oferecer-se a Deus, carregar os nossos pecados, e toda a

punição devida a eles, sem falhar ou ser desencorajado; Seu próprio braço sozinho foi

capaz de levar a Salvação para si mesmo e para nós; não há nenhuma carência nEle,

para torná-lo um Salvador completo do corpo e cabeça da igreja. Agora, isso pode ser

tomado no sentido de nosso texto, mas não é todo ele; pois,

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Em quarto lugar, há plenitude dispensatória, comunicativa, a qual é da boa vontade e

agrado do Pai, colocada nas mãos de Cristo, para ser distribuída aos outros: E isso é

principalmente concebido aqui, e é,

A plenitude da natureza. Cristo é o cabeça de todo homem, e o cabeça sobre todas as

coisas para a igreja; Deus o constituiu herdeiro de todas as coisas, mesmo na natureza: A

luz da natureza é nEle e dEle, e Ele é a verdadeira luz que ilumina todo o homem que

vem ao mundo (João 1:9) As coisas da natureza estão todas nEle, e à sua disposição, a

terra é do Senhor, e a Sua plenitude; (Salmos 24:1) e Ele a dá ao seu povo escolhido e

especial de uma forma peculiar: As bênçãos da natureza são bênçãos da mão esquerda

da sabedoria, como as da Graça são as suas queridas da mão direita: o mundo e os que

nEle habitam, são seus, até mesmo os homens do mundo; a parte ímpia do mundo é, em

algum sentido, dada a Ele para ser subserviente aos fins do Seu reino mediador e glória.

Pede-me, diz o Pai, para ele, (Salmos 2:8, 9) e eu te darei os gentios por herança, e os

fins da terra por tua possessão. Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; tu os

despedaçarás como a um vaso de oleiro.

A plenitude da Graça. Cristo é dito ser cheio de Graça e de verdade (João 1:14, 16) e é

desta plenitude que o crente recebe, e Graça sobre Graça; uma espécie de plenitude fora

dessa, todo o tipo de Graça, cada medida, e toda a provisão dela.

(1). Há uma plenitude do Espírito da Graça e dos dons do Espírito em Cristo; Pois Ele é o

Cordeiro no meio do trono, tendo sete pontas e sete olhos, que são os sete espíritos de

Deus (Apocalipse 5:6) não sete distintas subsistências pessoais; mas a frase designa o

bendito Espírito de Deus, e a perfeição de Seus dons e Graça, representados pelo

número sete, que, no sentido mais ampliado, habita em Cristo; o espírito de sabedoria e

de entendimento, espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de conhecimento e de

temor do Senhor (Isaías 11:2) repousa sobre Ele; Ele é ungido com o óleo da alegria, do

Espírito Santo, mais do que a seus companheiros, qualquer dos filhos dos homens, que

são feitos participantes de sua Graça e glória; porque não lhe dá Deus o Espírito por

medida (Salmo 45:7). Todos esses dons extraordinários do Espírito Santo, com o qual os

apóstolos foram cheios no dia de Pentecostes, foram dados a partir de Cristo, como a

Cabeça da Igreja; que, quando Ele ascendeu ao céu para preencher todas as coisas,

recebeu dons para os homens, e deu-lhes a eles, para qualificá-los para trabalho e

serviço extraordinário: E Ele tem, em todos os tempos, mais ou menos, concedido dons

aos homens, para capacitá-los para a obra do ministério e para a edificação de seu corpo,

a Igreja, e lhe sobrava espírito.

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(2). Há uma plenitude das bênçãos da Graça em Cristo. O pacto da Graça é ordenado em

todas as coisas, assim como é seguro, Ele é pleno de todas as bênçãos espirituais.

Agora, esta Aliança é feita com Cristo, está em Suas mãos, sim, Ele é a própria Aliança;

todas as bênçãos dEle estão sobre Sua cabeça, e nas mãos de nosso antitípico José,

mesmo com a coroa sobre o alto da cabeça daquele que foi separado de seus irmãos; e,

portanto, se alguém é abençoado com estas bênçãos, são abençoados com elas nos

lugares celestiais em Cristo; e de fato, de uma forma muito peculiar e surpreendente elas

vem dEle para nós, até mesmo através de seu ser feito maldição por nós; pois Ele foi feito

maldição por nós, para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por meio dEle. a

particularidade: há em Cristo a plenitude da justificação, perdão, adoção e Graça

santificadora.

Há uma plenitude de Graça Justificadora nEle. Uma parte de Sua obra e ofício, como

Mediador, era trazer a justiça eterna; uma justiça que pode responder a todas as

exigências da Lei e da justiça, a qual deve responder por Seu povo em um tempo futuro, e

dura para sempre: tal justiça que Ele operou e trouxe, pela qual a justiça é satisfeita, a Lei

é magnificada e feita honrosa, e com o qual Deus se agrada: pelo que Ele é

verdadeiramente chamado, o Senhor nossa justiça e do Sol de justiça e força (Jeremias

23:6, Malaquias 4:2), somente de quem obtemos a nossa justiça.

Agora esta justiça operada pelo Filho de Deus, é nEle, e com Ele, como o autor e o sujeito

da mesma; e para Ele as almas sensibilizadas são dirigidas, para Ele olham, e para Ele

elas solicitam por isso; e cada uma delas mesmas diz enquanto sua fé cresce:

certamente, no Senhor há justiça e força; dEle elas recebem este dom da justiça, e com

ela uma abundância da Graça, enquanto flue, um transbordar dela. Como foi operada

livremente para eles, é livremente imputada a eles, e concedida a eles, sem qualquer

consideração das suas obras; e é tão plena e ampla, que é suficiente para a justificação

de todos os eleitos, e que isto de todas as coisas, das quais não poderiam ser justificados

de nenhuma outra maneira.

Há também uma plenitude de Graça perdoadora em Cristo. O Pacto da Graça tem ampla

e plenamente provido o perdão dos pecados de todo o povo do Senhor. Um ramo

considerável disto é, (Hebreus 8:12) Porque serei misericordioso para com suas

iniquidades, E de seus pecados e de suas prevaricações não me lembrarei mais. Em

consequência dessa Aliança, e dos compromissos de Cristo nela, Seu sangue foi

derramado por muitos, para a remissão dos pecados. A questão é que nEle temos a

Redenção, pelo Seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da Sua Graça;

(Mateus 24:28, Efésios 1:7) a qual, como é inteiramente livre, as riquezas, a Glória da

Graça e Misericórdia são eminentemente exibidas nEle, por isso é grande e abundante,

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plena e completa; pois Deus, de acordo com o Pacto da Sua Graça, e olhando para o

precioso sangue de Seu Filho, perdoa todas as transgressões de Seu povo, passadas,

presentes e futuras.

Há uma plenitude de toda a Graça em Cristo, para suprir todas as nossas necessidades,

apoiar as nossas pessoas, e para nos conduzir com segurança e conforto através deste

deserto: Há uma plenitude de luz e vida, de sabedoria e conhecimento, força e habilidade,

alegria, paz e consolo nEle; toda a luz espiritual está nEle, e dEle. Enquanto toda esta luz

foi disseminada por toda a criação, foi no quarto dia reunida, e saiu para o grande luminar,

o sol; de modo que toda a plenitude da luz espiritual habita em Cristo, o Sol da justiça, de

quem recebemos tudo o que temos; que aos poucos cresce, aumenta, e brilha mais e

mais até ser dia perfeito; Toda a vida espiritual é nEle, com Ele está a fonte dela; dEle

temos o princípio vivo da Graça, e por Ele, ela é mantida em nós até a vida eterna. NEle

estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento e, a partir dEle

esses são comunicados para nós. Como nEle está a justiça para nos justificar, assim nEle

está a força que nos permite opor cada corrupção, suportar todos os inimigos, exercitar

toda a Graça, e executar cada dever.

Embora nós não possamos fazer qualquer coisa de nós mesmos, e sem Ele nada

podemos fazer; ainda por meio dEle que nos fortalece, podemos fazer todas as coisas.

Em uma palavra, há uma fonte completa, e um fundamento sólido de toda a paz espiritual,

alegria e consolo em Cristo; Se há algum consolo para ser tido em qualquer lugar, é em

Cristo; isso surge a partir e é fundamentado sobre a Sua Pessoa, Sangue, Justiça e

Sacrifício; em uma visão do qual um crente é, às vezes, preenchido com alegria indizível

e cheia de glória; Porque, como as aflições de Cristo, aquelas que nós sofremos por

Cristo, são abundantes em nós, assim também a nossa consolação abunda por meio de

Cristo (2 Coríntios 1:5). Há uma Graça suficiente em Cristo para nos carregar sob, e nos

conduzir em meio a todas as tribulações, exercícios e aflições da vida; para nos fazer

frutificar em toda a boa obra, e para fazer continuar e resistir até o fim. Há uma plenitude

de Graça de frutificação e preservação em Cristo;

(3). Há uma plenitude da promessa da Graça em Jesus. Há muitas diversas promessas

mui grandes e preciosas, apropriadas aos diversos casos e circunstâncias dos filhos de

Deus. Nunca houve um caso de um crente que tenha sido desde a criação do mundo, e

eu arrisco a dizer, nunca haverá um até o fim de tudo, senão o que tenha uma promessa

concedida apropriada a ele. A Aliança da Graça é plena dessas promessas; por isso, elas

são transcritas para o Evangelho, e estão espalhados por toda a Bíblia; e o que é o

melhor de tudo: todas as promessas de Deus são em Cristo sim, e por Ele o Amém, para

glória de Deus por nós (2 Coríntios 1:20); todos elas são colocadas em suas mãos para o

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nosso uso, e são todas seguras e protegidas por Ele, que velará por isso, para elas sejam

real e plenamente cumpridas, não somente a grande promessa de vida, mesmo da vida

eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes da fundação do mundo, está

em Cristo Jesus; mas todas as outras promessas estão nEle também; Assim, quaisquer

que são participantes delas, são participantes delas nEle, por meio do Evangelho.

Além da plenitude da natureza e da Graça, que está em Cristo, há também a plenitude da

Glória e da vida eterna e felicidade. Deus não apenas possui a Graça de Seu povo, mas

também a Sua Glória nas mãos de Cristo. Sua porção, a Sua herança, é reservada para

eles com Ele; onde está são e salvo. Eles são herdeiros de Deus e co-herdeiros com

Cristo; de modo que sua herança é segura para eles. Como a vida deles da Graça, assim

a vida de glória deles, está escondida com Cristo em Deus; e quando Cristo, que é a sua

vida se manifestar, então aparecerão com Ele em glória; o que grandemente consistirá

em ser como Cristo, e vê-lo como Ele é. Os santos serão semelhantes a Cristo, tanto em

corpo e alma. Seus corpos, que são redimidos pelo Seu sangue, e são membros dele,

serão transformados como o Seu corpo glorioso, na espiritualidade, imortalidade,

incorruptibilidade, poder e glória; e brilharão como o sol, com esplendor e brilho, no reino

de seu Pai.

Suas almas serão feitas como Cristo no conhecimento e santidade, tanto quanto as

criaturas são capazes. Eles irão, em seguida, vê-lo como Ele é; contemplar a Sua glória

mediadora, vê-lo-ão por si mesmos, e não outro; será indescritível o deleite com as

excelências dele, e sempre continuam com Ele, e estarão na presença dEle; em cuja

presença há plenitude de alegria, e em cuja mão direita há delícias perpetuamente. Ora,

tudo isso é garantido em Cristo para os santos; tudo do que eles podem esperar; nisto

eles podem confiar; pois o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta

vida está em seu Filho (1 João 5:11) Assim, toda a plenitude da natureza, Graça e Glória,

estão em Cristo Jesus nosso Senhor. Eu prossigo.

II. Para oferecer algum relato da natureza e das propriedades desta plenitude;

particularmente a plenitude da Graça:

Esta é muito antiga. Não devemos supor que essa plenitude foi primeiro colocada nas

mãos de Cristo sobre a Sua ascensão ao céu, e sessão à mão direita de Deus; por que

Ele é, então, dito ter recebido dons para homens, e os dá a eles, porque havia, então,

uma distribuição extraordinária dos dons e Graça do Espírito para os apóstolos, ainda

assim, Deus havia dado o Espírito a Cristo sem medida muito antes.

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Os discípulos, nos dias de sua carne, em seu estado de humilhação, quando o Verbo se

fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai,

cheio de Graça e de verdade. (João 1:14) E muito antes deles, Isaías viu este ramo da

Sua glória, seu manto enchendo o templo. Todos os santos do Antigo Testamento

olharam para Ele, creram nEle, e dependiam dEele, como seu Redentor vivo; todos e

cada um disseram: Certamente no Senhor há justiça e força (Isaías 14:24). Eles foram

supridos com ambos desta plenitude: eles tiraram água com alegria das fontes da

salvação em Cristo; e foram salvos pela Graça do Senhor Jesus, assim como nós fomos.

Sim, esta questão deve ser levada ainda mais acima, não apenas para os tempos do

Antigo Testamento, ou para a fundação do mundo, porém mesmo dentro da eternidade

em si. Pois tão cedo quanto os eleitos foram dados a Cristo, tão cedo foi a Graça dada a

eles nEle; que era antes do começo do mundo; tão cedo quanto a escolha deles nEle, o

que foi antes da fundação do mundo, tão cedo eles foram abençoados com todas as

bênçãos espirituais nEle; tão logo Cristo foi o mediador da Aliança, e isso foi tão cedo

quanto o próprio Pacto, que foi desde a eternidade; tão logo essa plenitude da Graça foi

depositada com Ele. O Senhor me possuía, diz a Sabedoria ou Cristo, isto é, com toda

esta plenitude da Graça, no início de seus caminhos de Graça; Ele iniciou com isso, antes

de suas obras mais antigas, da Criação e da Providência; “Desde a eternidade fui ungida,

desde o princípio, antes do começo da terra” (Provérbios 8:22, 23), como o mediador da

Aliança, encarregado de todas as bênçãos e promessas da mesma. Agora isso serve

grandemente para expor a eternidade da pessoa de Cristo, a antiguidade de Seu ofício, e

a remota estima que Jeová tinha pelo Seu povo escolhido; o que expressa fortemente o

Seu amor maravilhoso, e Graça distintiva por eles.

Esta é uma plenitude mui rica, e enriquecedora. É uma plenitude da verdade, bem como

da Graça; pois Cristo é cheio de Graça e de Verdade, o que o Evangelho amplamente

abre para nós; toda a verdade deste é uma pérola de grande valor, e todos juntos

compõem um tesouro inestimável, mais valioso do que todas as riquezas das Índias.

Agora em Cristo estão depositados e escondidos todos os tesouros da sabedoria e da

ciência (Colossenses 2:3) Que rico e enriquecedor depósito, fundamento e plenitude de

Verdade, há em Jesus Cristo!

As promessas da Graça são preciosas a todos aqueles que viram a Graça que há nelas, a

quem elas tenham sido desveladas pelo Espírito Santo da promessa, e tenham sido por

Ele, adequada e sazonalmente aplicadas; para os tais, elas são muitíssimo preciosas de

fato, elas são como maças de ouro em salvas de prata, alegram mais do que um grande

despojo, e preferíveis são a todas as riquezas do mundo; e essas, como já foi observado,

estão todas em Cristo. Não há somente riquezas da Graça, mas riquezas da glória em

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Cristo, mesmo insondáveis riquezas, as quais nunca podem ser descritas ou contadas; as

quais são sólidas e substanciais, satisfatórias, eternas e duráveis.

Através da pobreza de Cristo nós somos enriquecidos com aquelas riquezas aqui e no

futuro; e isso serve tanto para aumentar a glória, excelência, gratuidade e plenitude de

sua Graça: “Porque já sabeis a Graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por

amor de vós se fez pobre; para que pela sua pobreza enriquecêsseis” (2 Coríntios. 8:9).

Esta plenitude é completamente livre, no que diz respeito à nascente e fonte dela, a

distribuição da mesma, as pessoas envolvidas na mesma, e a maneira pela qual elas

recebem dela. A fonte e origem dela é a Soberana boa vontade e prazer, Graça e Amor

de Deus. Aprouve ao Pai colocá-la em Cristo: Ele não foi induzido a isso por qualquer

coisa em Seu povo, ou obras deles; pois isso foi colocado em Cristo antes de terem feito

o bem ou o mal. Ele não poderia ser influenciado por Sua fé e santidade para fazê-lo; uma

vez que estas são recebidas de fora: Pois da Sua plenitude todos nós recebemos, e

Graça sobre Graça; (João 1:14), uma Graça, assim como a outra, toda a espécie de

Graça, fé e santidade entre as demais; Ele não podia ser movido a eles por Suas boas

obras; vendo que estes são frutos dessa Graça que é derivada dEle. Isto é realmente dito

para aqueles que O temem, e confiam nEle; mas estas frases são apenas descritivas das

pessoas que receberam dEle, e são feitas assim por ele; não que o temor e a fé foram as

causas ou condições do mesmo: pois, então, a bondade de Deus não seria tão

amplamente demonstrada nEle, como o Salmista (Salmos 31:19) lembra; quando diz: Oh!

quão grande é a Tua bondade, que guardaste para os que Te temem, a qual operaste

para aqueles que em Ti confiam na presença dos filhos dos homens!

E, como ela foi livremente depositada, é livremente distribuída; Nosso Senhor a dá

liberalmente e não lança em rosto; Ele dá esta água viva a todos os que Lhe pedem, sim,

para aqueles que não a pedem; Ele dá maior Graça, grandes medidas, novos

suprimentos dela, aos seus santos humildes, pronta e alegremente, enquanto eles estão

em necessidade dela; Ele não retém nenhuma coisas boa àqueles que andam em retidão.

As pessoas a quem é dada são muito indignas, e ainda cordialmente bem-vindas. Quem

tem sede, e tem vontade de vir, pode vir e tomar a água da vida; tal que não têm dinheiro,

nem nada que seja de uma retribuição, que não têm nem a pena, nem a dignidade

própria, podem vir e comprar vinho e leite, sem dinheiro e sem preço. E esta plenitude de

Cristo, este bem de Graça é profundo, e não temos nada a tirar, a fé, o balde de fé é dado

gratuitamente: a Graça, pela qual recebemos dEle, não é de nós mesmos, é dom de

Deus; e, com ela tiramos água com alegria das fontes da salvação completa, que estão

em Cristo Jesus.

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Esta plenitude é inesgotável. Como toda a família no céu e na terra toma o nome de

Cristo, assim eles são sustentados por Ele. Se pela família no céu entendemos os anjos,

como era de costume dos judeus chamá-los de uma família, e a família acima; que

grandes medidas de Graça de confirmação os anjos eleitos têm recebido de Cristo! Pois

Ele é a cabeça da Graça para eles, assim como para nós: nós somos perfeitos nEle, que

é a cabeça de todo principado e poder (Colossenses 2:10). Ou, se pela família no céu,

entende-se os santos que já se foram para a glória; que vasta medida de Graça tem sido

dispendida desta plenitude para leva-los para lá!

A Graça de nosso Senhor tem sido abundante, superabundante; ela flui e transborda; tem

sido um pleonasmo, uma redundância disso no caso de um único crente. Ó que

abundância dela deve ter havido em todos os santos em todas as eras, tempos e lugares,

desde a fundação do mundo! E ainda há o suficiente para a família na terra, ainda atrás.

Cristo ainda é a fonte de todos os seus jardins, as igrejas, um poço de água viva, que lhes

fornece tudo; e as correntes do Líbano, que docemente os refrescam e deleitam. Sua

Graça ainda é o suficiente para eles; Ele é o mesmo hoje, ontem e para sempre. Eu vou

em frente.

III. Para mostrar em que sentido essa plenitude pode ser dita habitar em Cristo, e o que

esta frase implica, E

Isso expressa o ser (a existência) dela nEle. Não é apenas em intenção, em projeto e

propósito, mas está realmente e de fato nEle; ela é concedida a Ele, colocada em Suas

mãos, e repousa nEle: E, por isso, ela vem a ser comunicada aos santos; porque está

nEle, eles recebem dela, e Graça sobre Graça.

Ele é a cabeça em quem ela habita, estes são membros dEle, e assim ela deriva dEle. Ele

é deles, e eles são Seus, e assim tudo o que Ele tem pertence a eles. Sua pessoa é

deles, em quem eles são aceitos por Deus; o Seu Sangue é deles, para purificá-los de

todo pecado; a Sua Justiça é deles, para justificá-los a partir dEle; Seu sacrifício é deles

para expiá-los; e Sua plenitude é deles, para suprir todas as suas necessidades; e por

isso eles São tão cheios, como são ditos serem cheios do Espírito Santo, cheios de fé, de

bondade (Atos 6:3, 8; Rom 15:14), não que eles sejam assim de tal sentido como Cristo é;

pois essa plenitude está nEle sem medida, neles em medida; está nEle como uma fonte

transbordante, mas neles como correntes fluindo dEle.

Esta plenitude encontra-se em Cristo, e não em outro. As fontes da salvação estão

apenas nEle, não há Salvação em nenhum outro; é em vão o esperar isso de qualquer

outra parte; nenhum nível de luz e vida espiritual, graça e santidade, paz, alegria e

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consolo, deve ser obtido em outro lugar. Tais, portanto, que negligenciam, omitem ou

abandonam esse manancial de águas vivas, cavam cisternas, cisternas rotas, que não

retêm as águas (Jeremias 2:13). Portanto, convém a todos os que têm algum

conhecimento de si mesmos, qualquer senso de seus desejos, e visões da plenitude de

Cristo, o requererem dEle; pois, para aonde deve ir alguém, senão para aquele que tem

as palavras de vida eterna?

Isto implica na continuidade dela com Ele. É uma plenitude permanente, e produz um

suprimento diário, contínuo; os crentes podem ir todos os dias até Ele, e receber dela; a

Graça que há nEle sempre será suficiente para eles, até o fim de seus dias. E a esta

natureza permanente dela, a morada eterna dela em Cristo é devida a perseverança final

dos santos; pois, porque Ele vive tão pleno de Graça e de Verdade, eles vivem e viverão

também. Grande razão têm os crentes de se fortificarem na Graça que há em Cristo

Jesus. (2 Tm. 2:1)

Esta plenitude irá permanecer em Cristo até o fim dos tempos, até que todos os eleitos

estejam reunidos, e eles estejam cheios de Graça, e levados à glória. Haverá tanta Graça,

e tão ampla suficiência dela para o último crente que for nascido no mundo, assim como

para o primeiro. Além disso, há uma plenitude de Glória em Cristo, que permanecerá nEle

por toda a eternidade; a partir do qual os santos estarão continuamente recebendo Glória

sobre Glória, bem como aqui, Graça sobre Graça; eles terão toda a Sua glória de e a

partir de Cristo, então, como eles têm agora toda a sua Graça dEle, e por meio dEle.

Isso indica a certeza e segurança da mesma. Cada coisa que está em Cristo é certa e

segura. As pessoas da eleição de Deus, sendo nEle, estão em máxima segurança,

ninguém pode arrebatá-las das mãos dEle. A Graça deles está ali, ela nunca pode ser

perdida; a glória deles está ali, eles nunca podem ser privados deste direito. Sua vida,

tanto de Graça e Glória, está escondida com Cristo em Deus, e por isso fora do alcance

dos homens e demônios. Cristo é o depósito e armazém de toda a Graça e Glória, e um

bem fortificado; Ele é uma rocha, uma torre forte, um lugar de defesa, tal como Alguém

contra quem os portões do inferno não prevalecerão. Apresso-me,

IV. Para fazer notório que a existência e habitação desta plenitude em Cristo são devidas

da boa Vontade e prazer do Pai.

A frase, “O Pai”, não está de fato no texto original, mas é justamente fornecida pelos

nossos tradutores; desde que Ele é expressamente mencionado no contexto, e é falado

como Aquele que faz com que os santos sejam participantes da Glória celeste, que livra

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do poder e do domínio do pecado e de Satanás, e transporta para o Reino do Seu Filho

amado, versículos 12 e 13; e, como Aquele, que por Cristo, reconcilia todas as coisas

consigo mesmo, quer no céu quer na terra, mesmo tais que foram alienados e inimigos

dEle em suas mentes, versículos 20, 21. Ora, É devido à boa vontade do Pai ao Seu

Filho, que esta plenitude habita nEle. Cristo sempre foi como mediador, como um que

estava com Ele, e era Seu arquiteto; era cada dia as Suas delícias, alegrando-me perante

Ele em todo o tempo (Provérbios 8: 30) e assim Ele sempre continuou a ser; e como

evidência e demonstração disso, Ele entesoura toda a plenitude nEle. Isto parece ser a

indicação das palavras de nosso Senhor, quando Ele diz, o Pai ama o Filho, e todas as

coisas entregou nas suas mãos (João 3:35), isto é, Ele demostrou Seu amor a Ele, e deu

uma prova plena disso, ao entregar todas as coisas para Ele, para que estejam à Sua

vontade e disposição. Este sentido das palavras bem concorda com o contexto, o que

representa Cristo em sua capacidade de mediação, como exaltado pelo Pai, com este

ponto de vista, para que em todas as coisas tenham a preeminência.

É devido à boa Vontade do Pai aos eleitos, que essa plenitude habita em Cristo; pois é

por causa deles, e sobre a sua consideração, que isto é colocado nas mãos de Cristo.

Deus os amou com um amor eterno; e, portanto, cuida eternamente deles, e faz provisão

eterna para eles. Eles eram os objetos de seu amor e prazer desde a eternidade; e,

portanto, Ele estabeleceu a Cristo como mediador desde a eternidade, e dotou-lhe com

essa plenitude para eles. Houve boa vontade no coração de Deus em relação a esses

filhos dos homens; e, portanto, lhe agradava dar um passo como este, e estabelecer uma

oferta suficiente por eles, tanto para o tempo quanto para a eternidade.

Aprouve a Deus que essa plenitude habitasse em Cristo; por considerá-lo como a Pessoa

mais adequada para confiar isso. É bom para nós, que não seja colocada em nossas

mãos de uma só vez, mas aos poucos, enquanto estamos em necessidade; não teria sido

seguro sob nossa própria manutenção. É bom para nós, que não foi colocada nas mãos

de Adão, nosso primeiro pai, a nossa cabeça natural e federal, onde ela poderia ter sido

perdida. É bom para nós, que não foi colocada nas mãos dos anjos, pois, como eles são

criaturas, e assim impróprios para tal confiança, eram também em sua criação, criaturas

mutáveis, como a apostasia de muitos deles declara abundantemente. O Pai viu que

ninguém estava apto para essa confiança, senão o Seu Filho, e, portanto, lhe aprouve

entrega-la a Ele. É da vontade e agrado de Deus que toda a Graça deva vir até nós por

meio de Cristo. Se Deus vai comungar conosco, isto deve ser a partir do propiciatório:

Cristo Jesus. Se tivermos alguma comunhão com o Pai, deve ser através do Mediador. Se

tivermos alguma Graça dEle, que é o Deus de toda a Graça, isso deve vir até nós desta

forma; pois somente Cristo é o caminho, e a verdade, e a vida (João 14:6), não apenas o

caminho de acesso a Deus, e aceitação dEle, mas do envio de toda a Graça, de todas as

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bênçãos da Graça para nós. Agora, na medida em que é o prazer do Pai que toda a

plenitude da natureza, Graça e Glória devam habitar em Cristo, o Mediador, isto

estabelece a glória de Cristo. Um ramo considerável da glória de Cristo, como mediador,

encontra-se em Seu ser cheio de Graça e de Verdade; o que as almas sensíveis de Seus

próprios anelos, veem com prazer. É isso que faz dEle o mais formoso dos filhos dos

homens, por que a Graça, a plenitude dela, é derramada em seus lábios. É isso que faz

com que Ele parece ser branco e rosado, o primeiro entre dez mil; e seja tão adorável,

mesmo totalmente desejável, na opinião de todos que o conhecem. É isso que o torna tão

muitíssimo precioso, e tão valorizado e estimado por, todos os que creem.

Isso nos instrui para onde buscar por uma fonte. Os Egípcios, nos sete anos de fome,

quando clamaram a Faraó por pão, este tendo estabelecido a José sobre seus depósitos,

os ordena a irem ter com ele, dizendo: Ide a José; o que Ele vos disser, fazei (Genêsis

41:55). Cristo é por Seu Pai, constituído como o cabeça sobre todas as coisas da igreja.

Ele é o nosso antitípico José, que tem todo o nosso estoque de Graça na mão; Todos os

tesouros dela estão escondidos nEle; Ele tem toda a disposição da mesma, e, portanto, a

Ele devemos ir para tudo o quanto estivermos necessidade. E disso nós podemos ter a

certeza: de que não há nada que queremos, senão o que está nEle; e nada nEle é

apropriado para nós, senão o que Ele pronta e livremente nos comunica.

Isso nos direciona a dar toda a glória do que temos a Deus, por meio de Cristo; Pois, uma

vez que Ele é o caminho de transmissão de toda a Graça a nós, “portanto, ofereçamos

sempre por Ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu

nome” (Hebreus 13:15). Isto é pela Graça de Deus em Cristo; por meio dEle e para Ele,

nós somos o que somos; isso é o que nos fez ser diferentes de outros. Não temos nada,

senão o que nós temos de certa forma recebido, nada senão o que temos recebido a

partir da plenitude de Cristo; e, portanto, não devemos nos gloriar, como se não

tivéssemos recebido: Mas se qualquer um de nós se gloria, gloriemo-nos em Cristo “o

qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção” (1

Coríntios 1:30).

ORAMOS PARA QUE O ESPÍRITO SANTO APLIQUE O QUE DELE HÁ NESTE SERMÃO,

AO SEU CORAÇÃO E AO NOSSO, POR CRISTO PARA A GLÓRIA DE CRISTO.

ORE PARA QUE O ESPÍRITO SANTO USE ESTE SERMÃO PARA TRAZER MUITOS AO

CONHECIMENTO SALVADOR DE JESUS CRISTO, PELA GRAÇA DE DEUS. AMÉM.

Sola Scriptura!

Sola Gratia!

Sola Fide!

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Solus Christus!

Fonte: PbMinistries.Org │ Título Original: “The Fullness Of The Mediator”

As citações bíblicas desta tradução foram retiradas da versão ACF (Almeida Corrigida Fiel)

Tradução por Camila Almeida │ Revisão e Capa por William Teixeira

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Uma Biografia de John Gill

John Gill (1697- 1771)

John Gill nasceu em 23 de novembro de 1697 e faleceu em 14 de outubro de 1771. Seus pais,

Edward e Elisabeth Gill, eram cristãos piedosos, membros de uma Igreja Batista Particular

[Calvinista]. Ele provou ser um estudante extremamente capaz, superando até seu tutor.

Na sua juventude estudou no Kettering Grammar School, onde alcançou o grau de mestre em

latim clássico, aprendendo o grego aos onze anos de idade. O jovem aluno continuou se

autoinstruindo no campo da língua hebraica. Seu amor pelo hebraico seguiria por toda a sua vida.

Aos 12 anos de idade, Gill ouviu um sermão de seu pastor, William Wallis, sobre a passagem de

Gênesis 3:9 (E chamou o SENHOR Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás?). A mensagem

marcou Gill e eventualmente levou a sua conversão, mas somente sete anos depois, quando fez

uma pública profissão de fé aos dezenove anos de idade.

Quando contava aproximadamente 20 anos, ele já era conhecedor de latim e grego e estava

iniciando o estudo do hebraico. Foi um estudioso de tremenda capacidade, mas recebeu pouca

educação formal, parcialmente porque nem ele e nem seus pais podiam submeter-se aos

programas religiosos dos estabelecimentos educacionais controlados pela Igreja Anglicana.

Seu primeiro trabalho pastoral foi como assistente de John Davis em Higham Ferrers em 1718

quando tinha vinte e um anos. Logo depois foi chamado para pastorear a Strict Baptist Church em

Goat Yard Chapel em Horsleydown, Southwark em 1719. Em 1757, sua congregação precisou

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mudar para Carter Lane, St. Olave’s Street, também em Southwark. Seu pastorado durou 51

anos. Sua igreja batista viria mais tarde a se tornar o Metropolitan Tabernacle, pastoreado por

Charles Spurgeon.

Em 1748, Gill recebeu o grau honorífico de doutor em divindade pela universidade de Aberdeen.

Sobre este título do qual nunca se gabou, ele disse: “Não o procurei, não pensei sobre ele e nem

o comprei”. Muito da controvérsia em torno de Gill se deve ao fato de que por ter raízes entre os

batistas particulares ingleses era tachado de hiper-calvinista, porém, durante o seu ministério, a

sua igreja apoiou fortemente a pregação de George Whitefield, um dos maiores, senão o maior

dos evangelistas de sua época. A verdade é que Gill em toda a sua vida procurou combater os

males provindos do Arminianismo e do Unitarianismo. Essa combatividade muitas vezes o levou a

entrar em sérias controvérsias com seus opositores tais como John Wesley e Andrew Fuller. Ele

foi reconhecidamente um estudioso meticuloso e um prolífico escritor.

Dr. Gill leu muito e foi, provavelmente, o hebraísta mais aclamado que já adornou o cenário

cristão. Contudo, era um homem pacífico e recatado. Apesar disso, entraria numa controvérsia

quando “A causa de Deus e a verdade” fossem atacadas e, de fato, escreveu um livro magnífico

com esse mesmo título. Sua melhor obra talvez seja a “Exposição de Cantares de Salomão”.

Entretanto, sua maior contribuição é a exposição monumental do Antigo e Novo Testamento na

qual comenta cada palavra da Bíblia. Nenhum outro escritor cristão foi bem-sucedido nessa tarefa,

nem Calvino, nem [Matthew] Henry — ninguém antes e ninguém depois.

O último grande escrito desse venerável estudioso foi A body of Divinity [Teologia sis-temática; lit.,

“Um corpo de teologia”], publicado em 1769, apenas dois anos antes de sua morte. É provável

que essa seja a teologia sistemática mais completa já escrita; apinhada de doutrina não-maculada

com filosofia. A lista dos escritos e realizações do dr. Gill é muito longa para figurar neste breve

resumo. Além dos encontros regulares com muitos cristãos e das diversas pregações proferidas a

cada semana, ele escreveu aproximadamente dez milhões de palavras com uma simples caneta,

e foi seu próprio revisor.

Augustus Toplay escreveu: “Caso se pense que algum ser humano tenha trilhado todo o círculo

do aprendizado humano, esse homem é o dr. Gill? Seria necessário, talvez, metade dos

acadêmicos da Inglaterra apenas para ler, com cuidado e atenção, tudo o que Gill escreveu”.

Faleceu em 14 de outubro de 1771.

______________________

Esta biografia é baseada nas seguintes fontes:

♦ GREEN, JAY. John Gill (1697–1771). Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto. Revisão: Rogério Portella,

2005. Disponível no Site Monergismo.Com. Acessado em 25 de Março de 2014.

♦ Site: DiscernimentoBíblico.Net. Tradução: Edimilson de Deus Teixeira, a partir de The Baptist Page.

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Quem Somos

O Estandarte de Cristo é um projeto cujo objetivo é proclamar a Palavra de Deus e o Santo

Evangelho de Cristo Jesus, para a glória do Deus da Escritura Sagrada, através de traduções

inéditas de textos de autores bíblicos fiéis, para o português. A nossa proposta é publicar e

divulgar traduções de escritos de autores como os Puritanos e também de autores posteriores

àqueles como John Gill, Robert Murray McCheyne, Charles Haddon Spurgeon e Arthur

Walkington Pink. Nossas traduções estão concentradas nos escritos dos Puritanos e destes

últimos quatro autores.

O Estandarte é formado por pecadores salvos unicamente pela Graça do Santo e Soberano,

Único e Verdadeiro Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, segundo o testemunho das

Escrituras. Buscamos estudar e viver as Escrituras Sagradas em todas as áreas de suas vidas,

holisticamente; para que assim, e só assim, possamos glorificar nosso Deus e nos deleitar-

mos nEle desde agora e para sempre.

Indicações de Sites onde você poderá

encontrar materiais edificantes e/ou baixar

outros e-books bíblicos gratuitamente

Trovian.blogspot.com.br – Estudos e

Mensagens Cristãs

JosemarBessa.com – Puro Conteúdo

Reformado

FirelandMissions.com

MinisterioFiel.com.br

ProjetoSpurgoen.com.br

Monergismo.com

VoltemosAoEvangelho.com

Indicações de E-books de publicações próprias.

Baixe estes e outros gratuitamente no site.

10 Sermões – Robert Murray M’Cheyne

Cristo, Totalmente Desejável – John Flavel

Eleição & Vocação – Robert Murray M'Cheyne

A Gloriosa Predestinação – C. H. Spurgeon

Justificação, Propiciação e Declaração – C. H. Spurgeon

A Livre Graça – C. H. Spurgeon

A Paixão de Cristo – Thomas Adams

Quem São Os Eleitos? – C. H. Spurgeon

Reforma – C. H. Spurgeon

Salvação Pertence Ao Senhor – C. H. Spurgeon

O Sangue – C. H. Spurgeon

Semper Idem – Thomas Adams

Tratado sobre a Oração, Um – John Bunyan

Sabe traduzir do Inglês? Quer juntar-se a nós nesta Obra? Envie-nos um e-mail: [email protected]

Livros que Recomendamos:

A Prática da Piedade, por Lewis Bayly – Editora PES

Graça Abundante ao Principal dos Pecadores, por

John Bunyan – Editora Fiel

Um Guia Seguro Para o Céu, por Joseph Alleine –

Editora PES

O Peregrino, por John Bunyan – Editora Fiel

O Livro dos Mártires, por John Foxe – Editora Mundo

Cristão

Os Atributos de Deus, por A. W. Pink – Editora PES

Por Quem Cristo Morreu? Por John Owen (baixe

gratuitamente no site FirelandMissions.com)

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2 Coríntios 4 1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não

desfalecemos; 2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando

com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à

consciência de todo o homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3

Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes

não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. 5

Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos

somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus, que disse que das trevas

resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do

conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém, este tesouro

em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo

somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. 9 Persegui-

dos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; 10

Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se

manifeste também nos nossos corpos; 11

E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na

nossa carne mortal. 12

De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13

E temos portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos

também, por isso também falamos. 14

Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos

ressuscitará também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15

Porque tudo isto é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de

graças para glória de Deus. 16

Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem

exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

Porque a nossa leve e

momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18

Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se

veem são temporais, e as que se não veem são eternas.