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DANIEL TOMAZ DA SILVA
A POSTURA INFLUENCIA NO DESEMPENHO FÍSICO DE UMA ATLETA DE HANDEBOL? Série de caso
Cascavel, 2003.
DANIEL TOMAZ DA SILVA
A POSTURA INFLUENCIA NO DESEMPENHO FÍSICO DE UMA ATLETA DE HANDEBOL? Série de caso
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Campus Cascavel, como pré- requisito para obtenção do Título de graduado em Fisioterapia. Orientador: Gustavo Kiyosen Nakayama.
Cascavel 2003.
TERMO DE APROVAÇÃO
DANIEL TOMAZ DA SILVA
A POSTURA INFLUENCIA NO DESEMPENHO FÍSICO DE
UMA ATLETA DE HANDEBOL? Série de caso
Trabalho de Conclusão de Curso aprovado como requisito parcial para obtenção
do Título de Graduado em Fisioterapia, na Universidade Estadual do Oeste do
Paraná.
............................................................................................
Gustavo Kiyosen Nakayama (orientador).
............................................................................................
Eduardo Alexandre Lothe (banca).
............................................................................................
Juliana Cristina Frare (banca).
Aprovada _______/______/______ em Cascavel.
Dedico este trabalho a todos os meus familiares, que sempre me apoiaram nos momentos mais difíceis de minha vida, e a uma pessoa especial, fonte minha de inspiração.
AGRADECIMENTOS
Meu especial agradecimento ao meu orientador Gustavo, por usar seus grandes conhecimentos no acompanhamento, sugestões e críticas deste estudo;
A professora Danuza e ao professor Marcos, por suas contribuições quanto ao handebol;
As atletas do handebol, por terem participado desta pesquisa;
E a fisioterapia, profissão que me traz felicidade.
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS..................................................................................................................vii LISTA DE TABELAS................................................................................................................viii
LISTA DE SIGLAS .....................................................................................................................ix
LISTA DE SÍMBOLOS................................................................................................................x
RESUMO.......................................................................................................................................xi
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................... O
2 HISTÓRIA DO HANDEBOL ............................................................................................P
3 REGRAS DO HANDEBOL..................................................................................................... Q
3.1 ARMADORA............................................................................................................................ R
3.2 MEIA...................................................................................................................................... R
3.3 PONTA.....................................................................................................................................S
3.4 PIVÔ........................................................................................................................................S
3.5 GOLEIRA .................................................................................................................................S
4 POSTURA............................................................................................................................ U
5 EQUILÍBRIO...................................................................................................................... U
5.1 VALOR DE REFERÊNCIA REGULADA ....................................................................................... V
5.2 MENSAGENS DETECTORAS DE ERROS .................................................................................... V
5.3 ESQUEMA CORPORAL POSTURAL ........................................................................................... V
5.4 AJUSTES POSTURAIS.............................................................................................................. W
5.5 ESTRATÉGIAS E SINERGIAS ................................................................................................... W
6 MATERIAIS E MÉTODOS..................................................................................................... X
6.1 AVALIAÇÃO POSTURAL .......................................................................................................... X
6.1.1 Teste do equilíbrio pélvico no plano frontal ................................................................y
6.1.2 Teste do equilíbrio pélvico no plano sagital.................................................................y
6.1.3 Teste do equilíbrio pélvico no plano horizontal ..........................................................y
6.1.4 Teste das gibosidades ...................................................................................................y
6.1.5 Teste da posição dos membros superiores no plano sagital .......................................z
6.1.6 Verificação do perfil da cintura no plano frontal .......................................................z
6.1.7este do deslocamento do tronco no plano frontal ........................................................z
6.1.8 Mensuração do perímetro torácico .............................................................................z
6.1.9 Verificação do posicionamento de clavículas........................................................... aa
6.1.10 Teste do posicionamento das escápulas .................................................................. aa
6.1.11 Verificação do alinhamento cervical....................................................................... aa
6.1.12 Teste dos joelhos ....................................................................................................... aa
6.1.13 Teste dos pés ............................................................................................................. aa
6.1.14 Teste da cadeia posterior.......................................................................................... bb
6.1.15 Teste da cadeia anterior ........................................................................................... bb
6.1.16 Teste para encurtamento dos músculos piriformes ............................................... bb
6.1.17 Teste para encurtamento de psoas .......................................................................... bb
6.1.18 teste para encurtamento dos músculos peitorais maiores ..................................... bb
6.1.19 Teste para encurtamento dos músculos peitorais menores ....................................cc
6.1.20 Teste para encurtamento de músculos isquiotibiais ...............................................cc
6.2 TESTES DE DESEMPENHO FÍSICO ......................................................................................... CC
7 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................................ FF
CONCLUSÃO............................................................................................................................KK
REFERÊNCIAS .........................................................................................................................LL
ANEXO 1 .................................................................................................................................... NN
ANEXO 2 ....................................................................................................................................OO
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 – QUADRA..............................................................................................................3
FIGURA 2 – SALTO HORIZONTAL.....................................................................................16
FIGURA 3 – SALTO VERTICAL........................................................................................17
LISTA DE TABELAS TABELA 1 ...............................................................................................................................18
TABELA 2 ...............................................................................................................................19
TABELA 3 ...............................................................................................................................20
TABELA 4 ...............................................................................................................................21
TABELA 5 ...............................................................................................................................22
LISTA DE SIGLAS
A - Arremesso.
CG - Centro de gravidade.
DD - Decúbito dorsal.
DL - Decúbito lateral.
IE - Índice de eficiência.
H - Habilidade.
MMII - Membros inferiores.
MMSS - Membros superiores.
SH - Salto horizontal.
SV - Salto vertical.
RESUMO
Análise da postura das atletas de handebol do time juvenil Alfa/AutoVidros Cascavel/ PR e das
variáveis: salto horizontal (SH), salto vertical (SV), habilidade (H) e arremesso (A). Objetivo:
identificar a influência que a postura exerce sobre o desempenho físico das atletas referidas. O
handebol é um esporte de destaque na Região Oeste do Paraná, tem como características a
força, velocidade e técnica das jogadoras unidas a um bom trabalho de equipe. A coleta de
dados deu-se através da avaliação postural e de testes físicos realizados em sete atletas do time
anteriormente citado, com posterior análise por meio de comparação dos mesmos no período de
março a novembro de 2002 em Cascavel, Paraná. Propõe que o equilíbrio, a estabilidade e a
mobilidade do corpo no momento do gesto atlético podem ser prejudicados devido a uma má
postura e conseqüentemente diminuir a performance de atletas de handebol. Conclusão: Nesta
perspectiva constatou-se que a postura exerce influência significativa na performance destas
atletas.
Palavras chaves: postura, desempenho físico, handebol
1 INTRODUÇÃO Devido aos grandes problemas enfrentados com os times de handebol, que buscam
diversas alternativas para melhorar a performance de suas atletas foi possível estabelecer uma
relação entre postura e desempenho físico. Partindo do conceito de que para superar os limites
do esporte é preciso, além dos treinamentos, da alimentação, do biótipo e do fator emocional,
ter uma boa postura.
Desse modo, este esporte foi abordado com esclarecimento de suas regras para melhor conhecimento, como também foi necessário citar cada característica das funções das jogadoras dentro da quadra pela posição (meia, goleira, pivô, armadora ou ponta) para esclarecer o biotipo mais aproximado da atleta e uma análise crítica ser realizada. Este trabalho teve como objetivo analisar, através de dados da metodologia, como a postura pode influenciar no desempenho físico das atletas de handebol, seja positiva ou negativamente. Para isso, foi preciso ligar idéias de autores da literatura e relacioná-las com a avaliação postural das atletas e com os teste físicos realizados pelas mesmas neste estudo, necessários para tirar nossas conclusões.
2 HISTÓRIA DO HANDEBOL
Na história Homero (600 A.C.), um escritor grego da antigüidade, escreveu sua obra "A
Odisséia", que são relatos da história da vida cotidiana da Grécia em sua época bem como do
lendário líder guerreiro grego Ulisses e suas guerras pela expansão grega. A obra de Homero
conta que nas horas de folga os cidadãos atenienses da época praticavam um esporte similar ao
handebol sobre os campos de Atenas (SANTOS, 1997).
Entretanto foi somente em 1919 que Karl Schelenz, um professor alemão, reformulou
um jogo de nome Torbal, bastante praticado na Europa, alterando-o para Handball, jogado em
campo similar ao de futebol, com onze jogadores em cada equipe (SANTOS, 1997).
Assim com os vigorosos invernos da Europa e devido a concorrência com o futebol, os
jogos começaram a se desenvolver em ginásios, reduzindo-se o número de jogadores para sete
em cada time, com o jogo ganhando mais mobilidade e velocidade (SANTOS, 2002).
No Brasil o handebol aportou na década de trinta do século XX pelos imigrantes
alemães que se estabeleceram em São Paulo e o difundiram pelo país. Entretanto este esporte só
se tornou olímpico nas Olimpíadas de Monique em 1972 (MILÊNIO, 1998).
3 REGRAS DO HANDEBOL
A quadra de handebol (FIG. 1) é um retângulo de 40x20m, o piso podendo ser de
madeira ou cimento, a linha mais importante é a que define a área do gol, um semi-círculo que
se estende por seis metros a partir da linha divisória do gol, também chamada de área do
goleiro. Os lados maiores são chamados de linhas laterais e os lados menores são chamados
linhas de gol (entre os postes da baliza) ou linhas de fundo (em ambos lados da baliza).
Atacantes e defensores devem ficar de fora da área do goleiro, entretanto, podem pular de fora
para dentro dela desde que soltem a bola enquanto estiver no ar (CONFEDERAÇÃO
BRASILEIRA DE HANDEBOL, 2002). Figura 1(QUADRA).
Fonte: BRASIL HANDEBOL, 2002.
As balizas são colocadas no centro de cada linha de fundo, medem 2 metros de altura e
3 metros de largura no seu interior e devem estar firmemente fixadas ao solo bem como ter
uma rede, fixada de tal jeito, que a bola arremessada dentro da baliza normalmente fique
dentro dela. Os postes das balizas são unidos por uma barra horizontal e as faces posteriores
dos postes devem estar alinhadas com o lado posterior a linha de gol. Os postes e a barra
transversal devem ter uma secção quadrada de 8 cm. Nas três faces que são visíveis da
quadra, elas devem ser pintadas com faixas de duas cores contrastantes que por sua vez
contrastem claramente com o fundo (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE HANDEBOL,
2002).
Existem outras marcações importantes como "linha de tiro livre" ou "linha de 9
metros", uma linha tracejada a 3 metros de distância da linha da área do gol onde são cobradas
as faltas menores. Também há a "linha de 7 metros", linha com 1 metro de comprimento
marcado diretamente à frente de cada baliza, paralela à linha de gol, a uma distância de 7
metros da mesma, onde são cobradas as faltas máximas. A linha de limitação do goleiro (linha
de 4 metros) é uma linha de 15 cm de comprimento marcada diretamente à frente de cada
baliza. Ela é paralela à linha de gol, a uma distância de 4 metros medidos desde a face
posterior da linha de gol até a face anterior da linha de 4 metros (CONFEDERAÇÃO
BRASILEIRA DE HANDEDBOL, 2002).
O jogo é constituído por dois tempos de 30 minutos com 10 minutos de intervalo. O
objetivo básico do jogo é manobrar o adversário passando a bola hábil e rapidamente entre os
jogadoras e quando possível arremessá-la ao gol, marcando um ponto caso a bola ultrapasse
completamente a linha de gol (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE HANDEBOL, 2002).
Cada equipe possui sete jogadoras em quadra, composta por uma goleira, uma
armadora central, duas pontas, duas meias e uma pivô, com variações dependendo da tática de
cada treinador. Não é permitido as jogadoras, excluindo a goleira, tocar a bola com qualquer
parte da perna abaixo do joelho bem como dar mais do que três passos com a bola na mão
sem batê-la no chão. Se isso ocorrer a equipe será penalizada com uma falta (MILÊNIO
1998).
3.1 Armadora
Esta jogadora está no centro do ataque e comanda o curso e o tempo do mesmo. Esta é
geralmente a mais experiente jogadora do time. Deve saber arremessar com força e ter um
grande repertório de passes, deve possuir grande visão de jogo para se adaptar as mudanças na
defesa adversária. Força, concentração, tempo de jogo e passes certos são o que destacam uma
boa armadora (MILÊNIO 1998).
3.2 Meia
As meias geralmente possuem os mais fortes arremessos e são, geralmente, os mais
altas jogadoras do time, sua altura pode variar de 1,75m a 1,90m. Entretanto existem
excepcionais jogadoras que são menores que a média, mas possuem arremessos poderosos e
técnica muito apurada. Estas são geralmente as jogadoras mais perigosas durante o ataque,
pois os arremessos costumam partir delas ou de outra jogadora o qual tenha recebido um
passe dela (MILÊNIO 1998).
3.3 Ponta
Geralmente são elas que começam as jogadas de ataque. As pontas são velozes e
ágeis; e devem possuir a capacidade de arremessar em ângulos fechados. O destaque no
arremesso não é a força, mas a habilidade e mira, podendo mudar o destino da bola apenas
momentos antes de soltá-la em direção ao gol. Estas jogadoras também são muito importantes
nos contra-ataques, apoiados em sua velocidade e posicionamento (MILÊNIO 1998).
3.4 Pivô
Geralmente posiciona-se entre as linhas de 6m e a de 9m. Seu objetivo é abrir espaço
na defesa adversária para que suas companheiras possam arremessar de uma distância menor,
ou se posicionar estrategicamente para que ela mesma possa receber a bola e arremessar em
direção ao gol. A pivô é a arremessadora mais versátil do time, ela deve passar pela goleira e
marcar o gol geralmente sem muita força, impulsão ou velocidade, e em jogadas geralmente
rápidas (MILÊNIO 1998).
3.5 Goleira
Jogadora hábil e com raciocínio rápido para defender um tiro ou observar se alguma
jogadora se encontra em posição de contra-ataque, fazendo assim o lançamento que deve ser
rápido e certeiro. A goleira não é apenas uma jogadora de defesa, mas uma importante
armadora de contra-ataques (MILÊNIO 1998).
Todas estas jogadoras necessitam ter uma característica em comum, muita força de
explosão muscular associada a uma grande resistência aeróbica, principalmente para as
jogadoras de linha. Em suma, o handebol baseia-se em movimentos naturais do ser humano,
como correr, saltar e arremessar, sendo necessárias algumas características particulares como
tomada de decisões e reações oportunas em situações rápidas. Para isso, quanto melhor o
equilíbrio, seja ele estático ou dinâmico, menos dispêndio energético e assim, melhor o
desempenho físico (ENOKA,2000) (SIMÕES, 2002).
4 POSTURA Segundo Kendall, McCreary e Provance (1995) a postura é composta das posições de
todas as articulações do corpo em um dado momento. Basmajian e De Luca1 (apud KENDALL,
McCREARY E PROVANCE, 1995) afirmam que depois que o homem desenvolveu-se como
bípede passou a possuir os mecanismos antigravitários mais econômicos. Isso conduz a uma
menor quantidade de esforço e sobrecarga do corpo, levando o indivíduo desempenhar com
maior eficiência suas atividades neuromotoras.
Bienfait (1995), entretanto, enfatiza a globalidade no contexto da função músculo-
aponeurótica. Ele divide esta musculatura em fásica e dinâmica. A primeira é permanente,
responsável pelo equilíbrio humano, controla todos os desequilíbrios segmentares. A outra é
ocasional, responde por todos os nossos gestos voluntários conscientes.
O próprio Bienfait (1995) ainda divide os padrões posturais em estáticos ascendentes e
descendentes. O primeiro é assegurado pelos membros inferiores e pelo tronco, o segundo é
uma adaptação estática assegurada pela região cérvico-cefálica e pelo tronco.
Tribastone (2001) considera a postura como o resultado de um grande número de
reflexos sensoriomotores integrados aos diversos níveis do sistema nervoso central com o
principal fator sendo o tônus muscular. Ele ainda considera que a herança genética, a doença, a
reatividade psicofísica emocional, os hábitos e o exercício físico influenciam na postura que
pode ser um fator importante para expressar a qualidade e a eficiência dos movimentos
específicos de um atleta durante a competição.
Sherrington2 (apud ENOKA 2002) que descreveu “a postura acompanha o movimento
como uma sombra” diz que a postura é uma resposta neuromecânica para manter o equilíbrio,
ou seja, age para estabilizar o sistema músculoesquelético durante o movimento e tornar o gesto
eficaz.
O handebol é um esporte que exige muita força explosiva, porém Rios e Rios (2000)
afirma que para melhorar a performance do atleta, não basta apenas aumentar a força explosiva,
o atleta só irá melhorar sua performance melhorando sua capacidade física e suas capacidades
coordenativas. Isso só pode ser conseguido com o treinamento e melhoramento da postura, pois
ela esta relacionada diretamente com a coordenação e o equilíbrio. 5 EQUILÍBRIO
1 BASMAJIAN J. V.; DE LUCA D. J. Muscles alive 5th ed. Baltimore: Willians & Wilkins, 1985 : p. 255 414. 2 SHERRINTON C. S. Quantitative management of contraction in lowest level co-ordination. Brain, 54, 1931, p.1-28.
O equilíbrio compreende a análise da permanência em pé, função estática, e a análise da
função do equilíbrio propriamente dito, que visa gerir o centro de gravidade (CG) durante o
movimento (VIEL et al., 2001).
Guyton e Hall (2002) afirmam que o aparelho vestibular é o órgão sensorial que detecta
as sensações de equilíbrio e Viel et al. (2001) leva em consideração cinco elementos para o
controle do equilíbrio: o valor da referência regulada, o esquema corporal postural, as
mensagens detectoras de erros posturais, os ajustes posturais e as estratégias de diferentes
grupos musculares atuando em sinergias.
5.1 Valor de referência regulada
Cavanagh e Rodgers33 (apud VIEL et al., 2001) afirmam que a natureza geométrica do
indivíduo é regulada pela posição do centro de gravidade (CG) em relação ao solo que seria
determinada em razão da geometria do corpo. Isso nos leva a crer que o deslocamento de um
segmento do corpo é acompanhado pelo deslocamento de outro segmento na direção oposta,
visando manter o CG em relação ao solo.
5.2 Mensagens detectoras de erros
Uma série de receptores sensoriais regulam a postura atual e a prescrita, assim cada um deles têm uma escala de sensibilidade diferente com cada entrada sensorial acrescentando seu efeito em outra, sendo a seleção das mesmas realizada pelo sistema nervoso central para controlar o equilíbrio (VIEL et al., 2001).
5.3 Esquema corporal postural
É uma representação interna adquirida pela aprendizagem com três elementos
fundamentais que controlam a organização do equilíbrio. São eles, a representação da geometria
do corpo (depende de informações provenientes das aferências proprioceptivas musculares do
grupo 1a), a representação das forças de apoio do solo (aferências cutâneas e proprioceptivas da
arcada plantar) e a orientação do corpo em relação à vertical (ligada por uma série de receptores
como os otolíticos, retinianos, proprioceptores dos músculos do pescoço e receptores tendinosos
de Golgi) (VIEL et al., 2001).
3 CAVANAGH P. R.; RODGERS M. M. The arch index: a useful measure from footprints - J. Biomechan, 1987, 20 , 547-551.
Viel et al. (2001) também afirma que o organismo é informado sobre um desequilíbrio a
partir de três famílias de receptores labirínticos, visuais e somatoproprioceptivos.
Os sinais são enviados para o tronco cerebral, especialmente para os núcleos reticulares
e também para a medula espinhal, dessa forma interage facilitando e inibindo os músculos
antigravitários para o controle do equilíbrio (GUYTON & HALL, 2002).
Eles também são mantidos pelo cerebelo, que controla os sinais de equilíbrio durante as
alterações rápidas de movimento, e pelo cortéx cerebral, que informa sobre o psiquismo do
estado de equilíbrio do corpo (GUYTON & HALL, 2002).
5.4 Ajustes posturais
São modificações da postura realizadas pelos movimentos voluntários, eles
minimizam e antecipam as conseqüências das ações objetivando manter o
equilíbrio. Segundo Cordo e Nashner44 (apud ENOKA, 2000), os ajustes posturais
são influenciados pelas partes do corpo que estão em contato com o meio
ambiente, por exemplo, quando um indivíduo está em pé a resposta a uma
perturbação é iniciada pelos músculos das pernas, mas se as mãos fornecem
apoio, a resposta é iniciada pelos músculos dos braços.
Entretanto, Enoka (2000) afirma que o controle da postura não está baseado
apenas em respostas reflexas ou respostas pré-programadas acionadas por um
distúrbio, mas sim é uma característica adaptável do sistema motor que se baseia
na integração dos impulsos aferentes e eferentes.
5.5 Estratégias e Sinergias
Estratégia é uma cadeia cinemática de ajustes posturais, ou seja, uma combinação
motora estereotipada de comandos enviados da medula espinhal para os músculos a fim de
gerar um comportamento específico. Já sinergias são coordenações funcionais, freqüentemente
ativadas pelo sistema nervoso, que se estabelecem entre diferentes músculos levando-os a agir
como uma unidade (ENOKA, 2000).
4 CORDO P.; NASHNER L. J. Properties of postural adjustaments associated with rapid arms movements. Journal of Neurophysuology, 47, 9. 287-302.
6 MATERIAIS E MÉTODOS A amostra foi composta por sete atletas do sexo feminino com idades entre 16 e 17 anos,
do time juvenil “Clube Escolar Alfa/AutoVidros Cascavel/ PR”, detentor de títulos estaduais e
nacionais, inclusive campeão nacional da categoria em 2002. Elas foram avaliadas no final da
temporada das competições.
Para caracterizar a amostra, inicialmente foram coletados dados de idade, peso, estatura, ano que a atleta começou a disputar competições, se sofreu algum tipo de lesão e local dessa lesão e quanto tempo ficou sem jogar, incluídos a ficha de avaliação do desempenho físico (anexo 1). Indivíduos com história recente de lesão não seriam incluídos no estudo, entretanto, nenhuma atleta estava lesionada.
Para o peso utilizamos uma balança eletrônica da marca “FILIZOLA”. A mensuração
foi executada com a atleta de short e top, cabelos presos, com os pés descalços. Para a estatura
foi utilizada uma fita métrica flexível na escala de medida de 0,1cm. A fita métrica foi fixada na
parede verticalmente e verificada a medida da estatura da atleta, com os pés descalços.
6.1 Avaliação Postural
Todas as avaliações posturais foram realizadas pelo pesquisador seguindo a avaliação
proposta por Santos (2001) modificado. A autora tem renomado prestígio quanto aos métodos
de avaliação postural e se baseia em toda a obra de Bienfait (1993), "Os desequilíbrios
estáticos" muito difundida entre os fisioterapeutas.
Foi utilizada a mesma técnica em todas as atletas que foram avaliadas individualmente
em frente ao examinador numa posição denominada "fisiológica". Para chegar a esta posição o
avaliador pedia que a atleta desses alguns passos até uma linha de 30cm marcada no chão e por
ali ficasse, com os braços relaxados. Qualquer hipótese de arrumar o posicionamento da atleta
pelo avaliador foi descartada.
A avaliação postural mostra como características principais os desalinhamentos do corpo
por regiões (cervical, escapular, dorsal, lombar, pelve, joelhos e pés). Foram adicionados na
avaliação postural os testes de encurtamento dos músculos peitorais maior, menor e isquiotibiais
descritos por Kendall, McCreary e Provance (1995) e do perímetro torácico descritos por
Tribastone (2001). As atletas se vestiam como no teste da pesagem. Os passos da técnica são os
seguintes (Anexo 2):
6.1.1 Teste do equilíbrio pélvico no plano frontal
Com a atleta em posição fisiológica, o examinador, atrás dela, permanece sentado ou
ajoelhado. As mãos do terapeuta conservam os polegares dobrados sob as palmas, deixando os
demais dedos em extensão alinhados com as palmas. O terapeuta apoia-se firmemente sobre as
cristas ilíacas empurrando-as para baixo. Os olhos do terapeuta colocam-se na altura das cristas
ilíacas da atleta; assim pode-se julgar, com certa segurança, se o dorso das mãos encontram-se
ou não no mesmo plano horizontal. Se as mão do examinador não estiverem no mesmo nível é
porque há uma compensação da coluna, ou seja, uma lateroflexão da mesma.
6.1.2 Teste do equilíbrio pélvico no plano sagital
Com a avaliada na posição fisiológica o examinador coloca-se ao seu lado,
permanecendo este sentado ou ajoelhado com o propósito de localizar a espinha ilíaca póstero
inferior da atleta colocando seu indicador reto apontando de trás para frente o nível exato onde
se deve encontrar essa espinha. Depois o examinador deve localizar a espinha ilíaca ântero-
superior e coloca o indicador reto apontando de frente para trás o nível exato onde se deve
encontrar essa espinha. Os olhos do avaliador devem estar no mesmo plano dos seus dedos
indicadores. Se ambos os dedos indicadores estiverem no mesmo nível a pelve se encontra
alinhada, entretanto pode ser considerado até 1cm de inclinação à frente.
6.1.3 Teste do equilíbrio pélvico no plano horizontal
Com a atleta na posição fisiológica o examinador se posta a sua frente. Então este apoia
levemente a polpa de seus polegares contra as espinhas ilíacas ântero-superiores da avaliada e
observa a posição de seus polegares de cima para baixo. Se um dos polegares estiver mais
posterior que o outro há um desalinhamento pélvico neste plano, ou seja, uma rotação pélvica
para o lado mais posterior.
6.1.4 Teste das gibosidades
Com a atleta na posição fisiológica com a bacia equilibrada no plano frontal, o
examinador se posta atrás da atleta. Esta inclina a cabeça, deixa cair os braços em direção ao
chão e, devagar, movimenta-se para baixo, realizando uma lenta anteflexão do tronco, levando
as mãos em direção aos pés até onde possível, sem forçar. O examinador coloca os olhos no
mesmo nível da vértebra que se está inclinando à frente. A cada movimento de descida da
avaliada, o examinador também baixa o olhar, vendo desfilar cada segmento do tronco
delineado contra o fundo de cor uniforme. Assim o examinador vê as assimetrias ou “gibas”,
indicativas de escoliose, e coloca um traço sobre as mesmas. Depois o examinador realiza o
mesmo exame com a atleta na posição sentada para diferenciar uma possível compensação de
MMII.
6.1.5 Teste da posição dos membros superiores no plano sagital
A atleta se mantém em posição fisiológica e o examinador mantém-se em pé ao seu
ladoa uma distância suficiente para observar o posicionamento das mãos da avaliada que
devem cair no terço médio da coxa. Se cairem mais anteriormente há retração dos músculos
peitorais e se cairem posteriormente se deve a uma posteriorização do tronco.
6.1.6 Verificação do perfil da cintura no plano frontal
Com atleta em posição fisiológica o terapeuta a uma distância suficiente examina o
contorno da pele da cintura da avaliada. A região inferior do tronco e a região superior da crista
ilíaca forma um ângulo em cada lado que deverá ser simétrico.
6.1.7este do deslocamento do tronco no plano frontal
O examinador e a atleta se postam como no exame anterior. Assim o examinador
verifica a região inferior do tronco e a região superior da crista ilíaca que forma um ângulo
correspondente ao perfil da cintura. Se estes ângulos não estiverem simétricos anota-se o mais
aberto.
6.1.8 Mensuração do perímetro torácico
Utilizando uma fita métrica o examinador envolve-a ao redor do tórax da atleta ao nível
das axilas, abaixo das mamas e nas últimas costelas respectivamente. Então pede-se para que a
atleta expire o máximo possível e anota-se a diferença. Partindo desse mesmo ponto pede-se
para a atleta fazer uma inspiração máxima e anota-se a diferença. Diferenças de 3 a 5cm são
consideradas normais para mulheres adultas.
6.1.9 Verificação do posicionamento de clavículas
Com a atleta em posição fisiológica o examinador se coloca em frente a ela e pousa
suavemente duas canetas paralelas as clavículas. Normalmente as clavículas encontram-se
levemente oblíquas.
6.1.10 Teste do posicionamento das escápulas
Com a atleta em posição fisiológica o examinador marca com uma caneta o bordo
interno superior direito, o bordo interno inferior direito, o bordo interno inferior esquerdo , o
bordo interno superior esquerdo das clavículas e os dois eixos vertebrais que estão na mesma
linha horizontal a estas estruturas. Se a distância entre os bordos superiores e inferiores com a
vértebra não forem iguais há uma báscula de escápula.
6.1.11 Verificação do alinhamento cervical
Com a atleta em posição fisiológica o examinador coloca-se a sua frente e observa a
região cefalocervical da mesma. A linha média do rosto que passa pelo centro do queixo, dos
lábios, do naríz, das sombrancelhas e da testa deve ser vertical e coincidir com o centro da
fúrcula esternal. Se isto não ocorrer há uma inclinção da cabeça, que pode ser acompanhada por
uma rotação da mesma para um dos lados.
6.1.12 Teste dos joelhos
A atleta permanece em posição fisiológica. Vendo-a lateralmente o examinador verifica
se os joelhos estão fletidos, hiperextendidos ou em posição neutra. De frente verifica-se se os
joelhos são varos, valgos ou normais.
6.1.13 Teste dos pés
Com a atleta em pé em posição fisiológica verificar se os pés são cavos, desabados ou
normais, bem como se os dedos hálux são valgos ou normais.
6.1.14 Teste da cadeia posterior
A atleta mantém-se em posição fisiológica com os joelhos em extensão, então inclina a
cabeça, em seguida o tronco e leva as mãos em direção ao chão. Aqui são verificados o ângulo
tibiotársico, os joelhos, o ângulo coxofemoral, a cuvette lombossacral, as retificações vertebrais,
a posição cervical e a distância mão chão.
6.1.15 Teste da cadeia anterior
Com a atleta em posição fisiológica, o examinador solicita que ela desfaça a curvatura
em lordose da lombar, sem aumentar a cifose dorsal e fletindo o mínimo possível os joelhos.
Então observa-se o endireitamento lombar, a flexão dos joelhos, a flexão tibiotársica, o varo do
calcâneo, o posicionamento da região dorsal, o posicionamento da região cervical, o
posicionamento do esterno e o posicionamento dos ombros.
6.1.16 Teste para encurtamento dos músculos piriformes
Com a atleta em decúbito lateral (DL) e pernas fletidas traça-se uma linha imaginária
desde o trocânter maior a S1(primeira vértebra sacral). Seguindo esta linha apoia firmemente o
polegar atrás do trocânter (inserção do músculo periforme) verificando a tensão. Se a atleta
sentir dor há encurtamento do músculo piriforme.
6.1.17 Teste para encurtamento de psoas
Com o indivíduo em decúbito dorsal (DD), MMII em extensão, o terapeuta coloca a
polpa dos dedos de ambas as mãos paralelamente ao ligamento inguinal, o mais próximo
possível da crista ilíaca e pressiona suavemente. Quando os dedos apoiarem-se sobre uma
superfície firme, este será o músculo psoilíaco. Nesta posição o terapeuta realiza pequenos
movimentos circulares aumentando ligeiramente a pressão. Se a avaliada sentir dor ao
tensionamento é porque há encurtamento do músculo psoas.
6.1.18 teste para encurtamento dos músculos peitorais maiores
Com o indivíduo em DD, o examinador coloca uma mão sobre a crista ilíaca oposta, a
fim de manter a pelve firmemente sobre a mesa. Assim, começando com o cotovelo estendido, e
o ombro em flexão e leve rotação medial, o movimento vai no sentido da adução do braço em
direção a crista ilíaca oposta contra a resistência do avaliador, no antebraço, obliquamente em
direção lateral e cranial. Faz-se o mesmo com o outro MS. Ambos devem estar no mesmo nível
horizontal, se um estiver mais elevado que o outro há encurtamento do que está mais alto.
6.1.19 Teste para encurtamento dos músculos peitorais menores
Com a atleta em DD, sem nenhuma fixação pelo examinador, este pede a ela para que dê
um impulso do ombro a frente com o braço ao lado, mas sem exercer pressão para baixo com a
mão para forçar o ombro para diante. Desse modo, a pressão do avaliador se dá na face anterior
do ombro, para baixo no sentido da mesa. Se ambos os ombros se elevarem é porque estão
encurtados.
6.1.20 Teste para encurtamento de músculos isquiotibiais
Com a atleta em DD, pernas estendidas e coluna lombar e sacro retificados na mesa, o
avaliador levanta uma perna da examinada com o joelho desta permanecendo em extensão e pé
relaxado, permanecendo a outra perna em extensão sobre a mesa. A perna deverá fazer um
ângulo perto de noventa graus com o divã para não se considerar encurtamento de músculos
isquiotibiais.
6.2 Testes de Desempenho Físico Todos estes testes foram cuidadosamente explicados as atletas que também fizeram um
aquecimento antecedendo os testes bem como uma sessão de familiarização, isto é, cada atleta
realizou antes cada teste com o intuito de aprendê-lo.
Em cada teste houve 15min de descanso para começar o seguinte. As mensurações e
anotações foram realizadas pelo examinador.
O primeiro teste foi o de “impulsão horizontal” (FIGURA 2), que serve para mensurar a
capacidade de impulsão dos membros inferiores sendo necessário um solo quadrado em
centímetros. Assim a atleta coloca-se no ponto de origem da escala métrica gravada no solo
com os pés paralelos. Sem tirar os pés do chão pode realizar qualquer movimento preparatório
ao salto com braços e pernas. Em seguida deverá saltar no sentido horizontal, com impulso
simultâneo de ambas as pernas. São realizadas três tentativas, sendo selecionada aquela na qual
a ponta do pé mais se afastar do ponto de partida. Só serão computadas as tentativas que não
terminarem em queda (DANTAS,1995).
Figura 2 ( SALTO HORIZONTAL).
Fonte: DANTAS, 1995.
Depois foi avaliada a força explosiva dos membros superiores (MMSS) das atletas
através do “teste de potência de braços”, descrito por Dantas (1995). Neste teste foi utilizada a
medicine-ball, de 1kg, e uma trena. A atleta arremessa a bola como se fosse fazer um gol,
aproximando do máximo possível do gesto atlético do handebol, partindo-se de uma posição
estática com os pés paralelos na origem da medida. O objetivo é verificar qual a distância
alcançada pelo implemento a partir da origem em três tentativas sendo considerada a de melhor
resultado.
O terceiro teste é o de impulsão vertical, nele avaliamos a capacidade de impulsão
vertical dos membros inferiores (MMII). Usamos como material uma tábua de 30cm de largura
por 1,5 m de comprimento, graduada em centímetros e milímetros e fixada a partir de 2m de
altura, e talco. O teste inicia-se com a atleta com os pés juntos posicionada atrás de uma linha
traçada a 30 cm da tábua. Com o talco nas pontas de seus dedos e os calcanhares apoiados no
chão, a atleta procura alcançar o ponto mais alto possível na placa para deixar a impressão de
seus dedos. Em seguida executa três saltos, partindo da posição agachada, procurando em todos
eles fazer uma marca o mais alto possível na placa. Mede-se a distância entre a marca feita com
os pés no chão (a primeira) e a mais alta conseguida nas três tentativas de salto (DANTAS
1995).
Por fim avaliamos a agilidade das atletas pelo teste conhecido como shuttle run
(FIGURA 3). Para realizá-lo são necessárias dois blocos de 200g cada, cronômetro, espaço livre
de obstáculo de 15m. O objetivo é trazer para atrás das linha de partida os dois blocos colocados
após a linha de referência. Para executar duas marcas são feitas no solo, separadas 9,14m cada
uma. A linha mais próxima do avaliado será a linha de partida e a outra, será a linha de
referência, depois da qual os dois blocos serão colocados. Antes de executá-lo explicamos a
atleta todos os detalhes do teste, pois ele é de alguma complexidade na execução. A atleta
coloca-se em posição semiflexionada com um afastamento anteroposterior das pernas (com o pé
anterior o mais próximo possível da linha de partida). Para iniciar o teste o avaliador dará a voz
de comando “Já” acionando concomitantemente o cronômetro. A atleta, em ação simultânea
corre na sua maior velocidade possível até o bloco, pega um deles, retorna ao ponto de onde
partiu, e deposita este bloco atrás da linha de partida. Sem interromper a corrida, vai em busca
do segundo bloco procedendo da mesma forma. O teste estará terminado e o cronômetro parado
quando o avaliado colocar o último bloco no solo e ultrapassar com um dos pés as linhas que
delimitam o espaços demarcados. O bloco não deve ser jogado, mas colocado no solo. Sempre
que houver erros na execução, o teste será interrompido e repetido novamente. Cada avaliado
deverá realizar duas tentativas com intervalo mínimo de dois minutos, para permitir a
recomposição do sistema anaeróbico láctico. O resultado será o melhor tempo de percurso entre
as duas tentativas. O cronômetro só é parado quando uma dos blocos e um dos pés tocar a linha
de chegada. O teste é realizado com todo o empenho possível (DANTAS, 1995). Figura 3: (TESTE DE HABILIDADE). Fonte: DANTAS, 1995.
7 RESULTADOS E DISCUSSÃO
As variáveis de aptidão física, salto horizontal, salto vertical, habilidade e arremesso,
utilizadas neste estudo foram escolhidas porque são características triviais de uma atleta de
handebol durante um jogo. Juntamente foram comparados com os desvios posturais por região
do corpo (cervical, escapular, dorsal, lombar, pelve, joelhos e pés) pois estes desequilíbrios
caracterizam a postura, motivo deste estudo, e que pode ser um fator determinante da
performance das atletas.
A seleção do time juvenil deu-se porque segundo Kalinine e Filho (1997) é entre os
dezesseis anos de idade que processo de consolidação das qualidades físicas das meninas
acaba. Neste período da vida as meninas possuem seu desenvolvimento completo, deste
modo, suas capacidades de coordenação são melhoradas e seu treinamento é semelhante ao de
um adulto.
TABELA 1 – AMOSTRA DOS DESEQUILÍBRIOS POSTURAIS DAS ATLETAS DE
HANDEBOL CONFORME REGIÃO DO CORPO, CERVICAL, ESCAPULAR, DORSAL,
LOMBAR, PELVE, JOELHOS, PÉS, EM CASCAVEL – 2002.
Atleta Cervical Escapular Dorsal Lombar Pelve Joelhos Pés
A
B
C
D
E
F
G
Sim
Não
Sim
Sim
Não
Não
Não
Sim
Não
Não
Sim
Sim
Sim
Não
Sim
Não
Sim
Sim
Não
Sim
Não
não
sim
não
não
não
não
sim
Não
Sim
Não
Não
Não
Não
Sim
Não
Não
Não
Sim
Não
Não
Sim
não
sim
não
sim
não
sim
sim
Fonte: o autor.
Aqui percebemos que as atletas "A e D" apresentam desvios da cintura escapular e da
região cervical, isso implica em uma adaptação do tronco na região dorsal causada pelo
encurtamento do tecido conjuntivo que se adaptou. É provável haver retração dos músculos
peitorais, isto diminuirá a força tênsil destes músculos piorando a integridade e estrutura
funcional dos mesmos porque gerará força menos eficiente para o gesto atlético
(FRONTEIRA,1999).
A atleta "D" apresenta uma alteração de joelhos e pés que é muito leve e não levou a
alterações de quadril e coluna lombar. Já as atletas "C e F" também apresentam uma adaptação
estática da região dorsal porém o que levou a esta adaptação na atleta "C" foi uma alteração
cervical e na "F" uma alteração escapular. Pode ser uma cifose ou uma escoliose, elas mudam o
CG do corpo piorando a estabilidade estática, isso aumenta o gasto energético e torna a resposta
dinâmica com menos coordenação e equilíbrio (ENOKA, 2002).
A atleta "F" apresenta desvio de pés, porém é leve. Entretanto, as atletas "B e G
possuem desvios ascendentes, resultando em escoliose lombar. Essa adaptação da coluna
lombar também muda o CG do corpo, isto também leva à mudanças na coordenação e
equilíbrio normais durante o movimento atlético (BIENFAIT, 1995).
Analisando a atleta "E", percebe-se que ela apresenta um leve desvio escapular, porém
não levou a uma alteração de tronco, teoricamente ela terá um gesto atlético melhor
executado, entretanto, outros fatores podem ser relacionados tais como o ajustamento
emocional, o estado de nutrição, a morfologia da atleta, entre outros, pois o indivíduo não
pode ser dividido em segmentos e sim ser visto como um todo (SIMÕES, 2002).
TABELA 2 – RELAÇÃO ENTRE DESVIOS POSTURAIS POR NÚMERO DOS MMII E PELVE COM OS RESULTADOS DO
SALTO HORIZONTAL (SH) EM CASCAVEL, 2002. ATLETA DESVIOS POSTURAIS
DE MMII E PELVE SH (m)
A 0 1,77
B 2 1,76
C 0 1,86 D 2 1,84
E 0 1,90
F 1 1,77
G 3 1,63
Fonte: o autor.
Aqui foram escolhidos os desvios posturais da pelve, joelhos e pés pois são estas as
principais regiões do corpo capazes de gerar potência nos músculos para o mecanismo do salto.
O maior achado nas atletas foi a retração do músculo solear que pode levar ao joelho
recurvatum, pé em valgo, artrose de desgaste e rotação externa da tíbia (leva o pé a leve eqüino-
varo ou pés chatos estáticos e valgos. Estes problemas nos MMII é ponto de partida para uma
posição pélvica anormal (BIENFAIT 1995).
Segundo Viel et al (2001) o músculo solear além de garantir a estabilidade do joelho
também é exigido, juntamente com os músculos gastrocnêmios, durante atividades intensas.
Assim, se estes músculos forem colocados ao seu comprimento normal, o que seria não haver
desvios nos MMII, o gesto atlético poderia ser executado com mais qualidade, menos gasto
energético e mais eficiência.
A tabela mostra que as atletas que não possuem desvios posturais obtiveram um salto
horizontal médio de 1,84 m e as que possuem tais desvios apresentam SH médio de 1,75 m.
Desse modo, podemos ver que quanto à impulsão horizontal as atletas que possuem
menos desvios posturais dos MMII e pelve apresentam índices melhores que as que possuem
mais desvios posturais das mesmas estruturas.
TABELA 3 – RELAÇÃO ENTRE NÚMERO DE DESVIOS POSTURAIS DE MMII E PELVE E ÍNDICE DE EFICIÊNCIA (IE) NO SALTO VERTICAL DAS ATLETAS DE HANDEBOL
EM CASCAVEL, 2002. ATLETA DESVIOS POSTURAIS IE (%)
A 0 45,5
B 2 49,9
C 0 40,9
D 2 51,7
E 0 46,1
F 1 40,6
G 3 42,6
Fonte: o autor.
Aqui verificamos a postura com índice de eficiência (IE), que é calculado com o melhor
salto das três tentativas, descrito anteriormente. A fórmula é descrita por Dantas (1995):
IE= peso (kg) x altura alcançada (cm) x 0,4563 Estatura (cm)
Segundo Viel et a.l.(2001) o forte impulso proporcionado pelo salto solicita além de
uma cadeia de músculos, uma cadeia tendinosa de estruturas fibrosas (tendões quadricipital,
patelar, aquileu e aponeurose plantar). Isto é um grande estresse físico para a musculatura
esquelética da atleta em condições normais. Assim, um mau alinhamento postural só
aumentaria esta condição física desgastante, proporcionando déficit de desempenho.
Entretanto, não encontramos variações da relação postura x IE pois as atletas que não
possuem os desvios posturais obtiveram um IE médio de 44,2%, e as que possuem os desvios
posturais seu IE médio foi de 46,2%.
Portanto, quanto à impulsão vertical a postura parece não influenciar, entretanto mais
estudos devem ser feitos para comprovar este fato.
TABELA 4 – AMOSTRA DOS NÚMEROS DE DESVIOS POSTURAIS POR REGIÃO DO
CORPO RELACIONADO COM O TESTE DE HABILIDADE (H) DAS ATLETAS DE
HANDEBOL EM CASCAVEL, 2002.
ATLETA DESVIOS POSTURAIS
H (s)
A 3 10,54
B 3 10,01
C 2 9,97
D 5 10,71
E 1 9,68
F 3 9,92
G 4 9,90
Fonte: o autor.
A impulsão para a corrida de um indivíduo inicia-se quando os calcanhares começam a
levantar e continua até que os dedos do pé deixem a superfície do solo. Assim, o joelho é
flexionado 30 a 40° enquanto o calcanhar permanece no chão colocando os músculos
posteriores da parte inferior da perna em posição alongada. Entretanto, se os músculos da
panturrilha forem encurtados o calcanhar se levantará prematuramente diminuindo sua força
aplicada ao chão em conseqüência da menor amplitude de movimento (ALTER, 1996).
Porém para realizar este teste por completo é necessário um grande equilíbrio, ou seja,
que o sistema de ajuste postural esteja funcionando o mais perfeitamente possível para as
grandes mudanças do CG do corpo do indivíduo (VIEL et al., 2001).
Assim verificando as atletas da tabela, as que possuem até dois desvios posturais
obtiveram um tempo médio de 9,82 segundos e as que possuíam mais de dois desvios
posturais tiveram um tempo médio de 10,22 segundos.
Então é visto que quanto à habilidade o grupo com melhor postura apresenta
resultados mais favoráveis que o outro.
TABELA 5 – AMOSTRA DOS DESVIOS POSTURAIS POR NÚMERO DAS REGIÕES
CERVICAL, ESCAPULAR, DORSAL E LOMBAR DO CORPO RELACIONADAS COM O
TESTE FÍSICO DE ARREMESSO (A) DAS ATLETAS DE HANDEBOL EM CASCAVEL,
2002.
ATLETA DESVIOS POSTURAIS A (m)
A 3 12,86
B 1 13,95
C 2 13,48
D 3 11,70
E 1 13,35
F 2 14,21
G 1 13,80
Fonte: o autor
Nesta tabela escolhemos as variáveis de cintura escapular e coluna pois são estas as
regiões do corpo mais envolvidas com o mecanismo do arremesso (ENOKA 2000).
Weineck (2000) afirma que mobilidade é a capacidade e a característica do esportista
de conseguir executar movimentos com grande amplitude oscilatória em uma ou mais
articulações. Isto é um pré-requisito elementar para uma execução qualitativa e
quantitativamente boa do movimento e indispensável para o desenvolvimento dos fatores
físicos do desempenho como velocidade e força, muito exigidos durante um arremesso. Neste
contexto vemos que quanto melhor a postura menos retrações, conseqüentemente maior a
mobilidade.
Como exemplo Alter (1999) relatou que os ombros anteriorizados são o resultado da
retração dos músculos peitorais, implicando em uma falta de resistência muscular dos músculos
rombóides e trapézio médio, diminuindo a potência destes músculos.
Desse modo, verificando a tabela 5 constatamos que as atletas que possuem até duas
alterações posturais tiveram uma distância média de 13,76m no arremesso, e as que têm masis
de duas alterações posturais obtiveram a distância média de 12,28m.
Isso implica que a postura teve significância positiva no teste de arremesso, pois o
grupo que teve mais desvios posturais foi o que obteve pior performance.
CONCLUSÃO
Analisando os fatos estudados concluímos que quanto melhor a postura mais positivo é
o desempenho físico de uma atleta de handebol. Entretanto, vários outros fatores vão ser
indispensáveis para estas atletas terem sucesso em sua profissão como inteligência, herança
genética, alimentação, estado emocional, pois o corpo humano não pode ser separado destas
características porque o mesmo pertence a um todo.
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ANEXO 1
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO FÍSICO DAS ATLETAS DE HANDEBOL
Nome:
Idade: Peso: Altura:
Posição: __________________ Mão Dominante: ________________.
Em que ano começou a jogar? _____.
Teve Lesões? ( ) Sim ( ) Não.
Há quanto tempo? ________________ .
Que região foi afetada?
( ) ombro ( ) cotovelo ( ) punho ( ) quadril
( ) joelho ( ) tornozelo ( ) pés.
TRATAMENTO
Quanto tempo sem jogar (dias): __________.
TESTES DE DESEMPENHO FÍSICO
FORÇA
Distância do Arremesso (m): ____________.
SALTO VERTICAL
Altura (cm): ____________.
SALTO HORIZONTAL
Distância (m): ____________.
HABILIDADE
Tempo do Percurso (s): ___________.
ANEXO 2 AVALIAÇÃO POSTURAL DAS ATLETAS DE HANDEBOL
Nome: Data: / / Mão Dominante E ( ) D ( ) Data de nascimento: ___/___/____.
TESTE
EQ.FRONTAL PÉLVICO Assinale o lado
+ elev.
E ( ) D ( ) Simétrico ( )
EQ. SAGITAL PÉLVICO Hiper. ( ) Retro ( ) Simétrico ( )
EQ. HORIZONTAL PÉLVICO E ( ) D ( ) Simétrico ( )
GIBOSIDADES
EM PÉ Sim ( ) Não
( )
Torácica ( ) Lombar( )
SENTADO Sim ( ) Não
( )
Torácica ( ) Lombar( )
CAÍDA DE MSD PLANO SAGITAL ⅓ Ant. ( ) ⅓ Médio ( ) ⅓ Post. ( )
CAÍDA DE MSE PLANO SAGITAL ⅓ Ant. ( ) ⅓ Médio ( ) ⅓ Post. ( )
CAÍDA DE MMSS PLANO FRONTAL E ( ) D ( ) Simétrico ( )
Membro superior com > contato E ( ) D ( ) Simétrico ( )
PERFIL DA CINTURA PLANO FR >
ângulo
E ( ) D ( ) Simétrico ( )
DESLOCAMENTO TRONCO PLANO
FR
E ( ) D ( ) Alinhado ( )
PERÍMETRO TORÁCICO
Ápice - Axilar _________diferença
Medial – Abaixo das Mamas _________diferença
Basal – Última Costela verdadeira _________diferença
POSICIONAMENTO DE CLAVÍCULAS
Sobre a clavícula
E ( )Inclinada( ) Horizontalizado( )
D ( )Inclinada( ) Horizontalizado( )
POSICIONAMENTO DE ESCÁPULAS
Elevação E ( ) D ( ) Simétrica ( )
Superior (cm) E _______ Centro _______ .
Inferior (cm) E _______ Centro _______ .
ALINHAMENTO CERVICAL
Plano frontal: E ( ) D ( ) Rot. ( )
E ( ) D ( ) s/ rot ( )
Plano Sagital: Ant. ( ) Post. ( ) Alinhada ( )
Lateroflexão: assinalar o lado limitado E ( ) D ( ) s/limitação ( )
Flexão C/ lim. ( ) cerv. alta ( ) cerv. B. ( )
S/ lim. ( )
Extensão C/ lim. ( ) cerv. alta ( ) cerv. B. ( )
S/ lim. ( )
Rotação: C/ lim. ( ) cerv. alta ( ) cerv. B. ( )
S/ lim. ( )
JOELHOS
Plano Sagital E Normal ( ) Recurvatum ( )
Flexo ( )
D Normal ( ) Recurvatum ( )
Flexo ( )
Plano Frontal Varo ( ) Valgo ( ) Normal ( )
Rot. Ext. Tíbia D ( ) E ( ) Bilateral ( )
PÉS
Tendão de Aquiles E Varo ( ) Valgo ( ) Alinhado ( )
D Varo ( ) Valgo ( ) Alinhado ( )
Vista Anterior (antepé) E ( )Normal ( ) Cavo ( ) Desabado
D ( )Normal ( ) Cavo ( ) Desabado
Hálux Valgo ( ) Normal ( )
CADEIA POSTERIOR
Ângulo tibiotársico 90o( ) > 90o ( ) < 90o ( )
Joelhos Fletido ( ) Estendido ( )
Ângulo coxofem. 90o ( ) > 90o ( )
Curvette lombosacral Sim ( ) Não ( )
Retificações vertebrais Sim ( ) Não ( ) Tor ( ) Lomb.( )
Flexão cervical Dor ( ) S/ Dor ( )
Distância mão-chão D _____ cm E _____ cm
CADEIA ANTERIOR
Endireitamento lombar C/ ajuda ( ) S/ ajuda ( )
Flex. Joelhos 15o ( ) > 15o ( )
Flex. Tibiotársica 90o ( ) < 90o ( )
Varo Calcan. E Sim ( ) Não ( )
D Sim ( ) Não ( ).
Dorsal ↑ Cifose( ) Retificado( ) Normal( )
Cervical Hiperlordose( ) Retificação( )
Normal ( )
Esterno Elevação ( ) s/ Elevação ( )
Ombros Protuso ( ) Retraído ( )
Normal ( )
OBSERVAÇÕES GERAIS
a. Encurtamento de piriformes E ( ) D ( ) Ausente ( )
b. Encurtamento de psoas E ( ) D ( ) Ausente ( )
c. Encurtamento de peitoral maior E ( ) D ( ) Ausente ( )
d. Encurtamento de peitoral menor E ( ) D ( ) Ausente ( )
e. Encurtamentos Isquiotibiais. E ( ) D ( ) Ausente ( )