A PREVENÇÃO DE VERMINOSES - avm.edu.br · Entre os agentes etiológicos destacamos o Schistosoma...
Transcript of A PREVENÇÃO DE VERMINOSES - avm.edu.br · Entre os agentes etiológicos destacamos o Schistosoma...
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A PREVENÇÃO DE VERMINOSES
FENANDO CÉSAR SANTOS DA SILVA
ORIENTADORA:
PROFª. Maria da Conceição Maggioni Poppe
SALVADOR
FEVEREIRO/ 2009
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A PREVENÇÃO DE VERMINOSES
FERNANDO CÉSAR SANTOS DA SILVA
Trabalho monográfico apresentado como requisito
parcial para obtenção do Grau de Especialista em
Saúde da Família.
SALVADOR
FEVEREIRO/ 2009
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao Criador pelo dom da vida, pela
capacidade concedida em enfrentar e resolver os
problemas, encorajando-me a trabalhar
coletivamente, para que possamos aprender cada
vez mais uns com os outros.
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho monográfico a todos os colegas
educadores que se encantam pela arte de educar.
5
RESUMO
A presente monografia foi elaborada para Trabalho de Conclusão do
Curso de Pós-graduação em Saúde da Família da Universidade
Cândido Mendes, tendo como referências Marczwski ( 1999 ),
Favaretto ( 2005 ), Barros ( 2006 ), Carvalho ( 2002 ) e tantos outros
pesquisadores, com os quais pude compartilhar minhas
inquietações. A pesquisa campo esteve voltada para uma instituição
escolar da rede pública de ensino que atende alunos do Ensino
Fundamental do município de Dias D’Ávila, no Estado da Bahia. O
interesse pelo tema surgiu dado a importância dos cuidados com a
higiene e a saúde para a garantia do bem-estar físico e mental dos
moradores pesquisados, bem como esclarecer a comunidade sobre
atitudes preventivas para evitar a contaminação por verminoses.
6
METODOLOGIA
A pesquisa bibliográfica norteia toda a pesquisa desde a escolha do tema,
levantamento de hipóteses, análise e interpretação dos dados coletados
através de estudos que ampliam e permitem aprofundar conhecimentos sobre
o tema proposto, dando subsídios para a realização desta monografia.
A utilização e aplicação de questionário foi extremamente importante para
investigar o conhecimento que o grupo pesquisado possuía sobre o tema
proposto.
O público alvo foram estudantes das 7ª e 8ª séries do Ensino Fundamental da
rede publica e moradores do municio de Dias D’Ávila, no estado da Bahia.
Investigou-se o nível de conhecimento quanto a prevenção de verminoses
utilizando-se uma amostra de 100 estudantes, com idade entre 13 e 17 anos,
moradores do município de Dias D’Ávila, na Bahia.
Para a realização desse trabalho foram consultadas obras literárias importantes
que deram embasamento teórico nas áreas de Saúde, Meio Ambiente, Biologia
e outras afins que contribuíram para fundamentar a pesquisa como
AMABIS(2001), MELO (2002), CARVALHO(2002), além de documentos que
regulamentam leis e norteiam o trabalho a ser desenvolvido por educadores de
todo o país, a exemplo dos Parâmetros Curriculares Nacionais e a Legislação
Estadual do Meio Ambiente.
O principal instrumento utilizado para obtenção dos dados coletados e
realização da pesquisa foi um questionário (ver ANEXOS documento 1 )
contendo dez questões sobre hábitos e costumes que podem interferir ou
contribuir para a contaminação por verminoses.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - As verminoses 10
CAPÍTULO II - Contexto da Pesquisa- Dias D'Ávila 31
CAPÍTULO III – Verminoses X Saúde da família 37
CONCLUSÃO 41
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 44
ANEXOS 46
ÍNDICE 52
FOLHA DE AVALIAÇÃO 53
8
INTRODUÇÃO
Esse trabalho é resultado de pesquisa não só para atender ao curso de Pós-graduação mas, também, para chamar atenção sobre a relevância do complexo parasitas intestinais x seres humanos, onde essa endemia encontra todos os aspectos favoráveis entre pessoas menos favorecidas economicamente, ganhando proporções que representam grande possibilidade epidemiológica, que pretende identificar qual é o nível de conhecimento desses estudantes, moradores do município de Dias D’Ávila, no estado da Bahia, quanto às atitudes adequadas na prevenção de verminoses. Partindo desse contexto, surgiu a necessidade de identificar, investigar o comportamento desse grupo na comunidade de Dias D’Ávila, verificando a sua real condição sócio-cultural, seu nível de conhecimento sobre as doenças causadas por hábitos de higiene inadequados e, a partir da investigação, intervir nessa realidade a fim de proporcionar uma mudança de comportamento visando o bem-estar e saúde coletiva dessa comunidade. São, portanto, objetivos dessa pesquisa investigar o nível de conhecimento dos alunos no que diz respeito a noções básicas de higiene para evitar a contaminação por doenças transmitidas por vermes, estimular o público-alvo da pesquisa a adquirir hábitos saudáveis e adequados para evitar a contaminação principalmente através dos alimentos, refletindo sobre a importância de uma boa qualidade de vida para o bem-estar individual e coletivo em nossa sociedade. Foi feito, há aproximadamente quatro anos, uma pesquisa pela Secretaria Municipal de Saúde do município de Dias D’Ávila com os alunos da Escola Camilo Padre Torrend .Constatou-se na comunidade pesquisada de contaminação por helmintos, sobretudo das Ascaris lumbricóides. Tal fato foi relacionado principalmente às más condições de higiene, renda familiar e falta de educação sanitária. A presença desses seres parasitas fazem surgir fatores para a fisiopatologia da anemia e da desnutrição. Com isso interfere no bom rendimento físico e mental, comprometendo a atuação do indivíduo na escola, na família e na sociedade de modo geral. O questionário aplicado analisou aspectos no que diz respeito ao asseio, bem como condições sócio-econômicas dos moradores deste município. Um indivíduo contaminado por parasitas na família pode favorecer um comprometimento da saúde de outros membros da família potencializando, assim, o problema devido, na maioria das vezes, por hábitos de higiene inadequados e falta de informação na profilaxia de doenças parasitárias. A fundamentação teórica apresenta três capítulos, sendo que o capítulo 1 abordou sobre as verminoses, características, forma de contágio e prevenção. O capítulo 2 descreve o contexto da pesquisa, o município de Dias D’Ávila, localizado no interior da Bahia.
9 O capítulo 3 faz uma relação entre as verminoses e a saúde da família. E por fim, a conclusão do trabalho monográfico aborda as considerações finais e os aspectos mais relevantes sobre a prevenção de verminoses a partir da análise dos dados coletados de acordo com questionário aplicado na pesquisa.
10
CAPÍTULO I
AS VERMINOSES
Um dos maiores problemas ambientais da atualidade é a falta de tratamento
dos esgotos sanitários que ainda atinge boa parte dos municípios da Bahia,
entre eles Dias D’Ávila. Os dejetos que são lançados sem tratamento algum na
natureza contaminam a reserva hídrica, comprometendo assim a qualidade da
água que é utilizada para abastecer as moradias, na irrigação e lazer.
No município de Dias D’Ávila foi possível perceber, ainda hoje, que muitas
famílias não têm acesso aos benefícios das estações de tratamento de esgoto.
Esse fato aliado à falta de higiene e informação favorecem as doenças
parasitárias, pois estas encontram um meio propício para a sua proliferação.
As populações mais pobres são as que mais sofrem com o resultado da
destruição da qualidade ambiental. Faltam ofertas de saúde, condições dignas
de moradia e saneamento básico.
A importância de hábitos adequados de higiene na profilaxia de verminoses
entre jovens das 7ª e 8ª séries do Ensino Fundamental numa escola da rede
municipal de Dias D’Ávila é o tema desta pesquisa monográfica.
O tema proposto é de suma importância dada à gravidade da temática aqui
abordada, pois as parasitoses acometem a espécie humana desde a pré-
história. Textos antigos mostram que os egípcios já sofriam de
esquistossomose, os gregos e os romanos descreviam parasitoses em
humanos e outros animais, o mesmo acontecia com os hindus, chineses e
árabes.
O crescimento acelerado e desordenado da população tem contribuído para o
surgimento de problemas ambientais decorrentes desse fenômeno, que
refletem na necessidade de políticas públicas específicas para enfrentar tais
situações.
11
Vermes é o nome popular para os animais de corpo mole, que se locomovem
por contrações musculares, pois não apresentam nenhuma estrutura específica
para tal. Não apresentam endoesqueleto nem exoesqueleto.
Os vermes parasitas são divididos em Nematelmintos ( vermes de corpo
cilíndrico ) e os Platelmintos ( vermes de corpo achatado ).
Os nematelmintos também são chamados de asquelmintos. Possuem um
corpo simples, não possuem sistema respiratório, circulatório, gânglios
nervosos ou sensoriais. Contudo, apresentam sistema digestivo completo.
No grupo dos platelmintos existem animais de vida livre, aquática ou terrestre e
também alguns parasitas que vivem as custas de outros seres. Apresentam
tubo digestivo incompleto (pois não possuem ânus) e suas excretas são
retiradas por células especiais denominadas células-flama.
Uma vez que as verminoses geralmente são transmitidas por fezes, existe uma
prevalência maior dessas doenças nos países pobres do que em países ricos,
já que estes proporcionam à sua população um melhor acesso a rede de
esgoto, boas condições sanitárias, moradias dignas e sistemas de saúde.
Os nematelmintos podem parasitar desde peixes até mamíferos, provocando
grandes problemas de saúde, inclusive a morte.
Segundo CÉSAR JÚNIOR ( 1999 ), há no mundo pelo menos 1 bilhão de
pessoas com lombriga( ascaris lumbricoides) e que na Ásia há 60 milhões com
amarelão ( ancylostoma duodenale). Isso ocorre devido a grande capacidade
reprodutora desses vermes e a sobrevivência de seus ovos no solo por vários
anos.
De acordo com FAVARETTO ( 2000) as doenças parasitárias são um indicador
das condições de vida de populações e representam um dos mais sérios
problemas de saúde pública.
Perpetuando-se a miséria, a fome e a doença, que para romper com esse ciclo
deve-se investir em educação, saúde e saneamento e as formas de
transmissão e prevenção dessas doenças.
12
Segundo BARROS (2001) esses animais surgiram provavelmente entre 1
bilhão e 600 milhões de anos atrás. Quando esses seres surgiram, a erosão
dos continentes deu origem a uma grande camada de sedimentos no fundo dos
mares. Isso proporcionou uma grande quantidade de alimento e um ambiente
propício para a sua sobrevivência.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, saúde é um estado de
completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença.
Pesquisas mostram que possivelmente o homem primitivo se infestou de
parasitas por ter o hábito de comer insetos, e estes, por sua vez, estão
infestados de parasitos antes de serem comidos.
Ovos de parasitas intestinais já foram encontrados em múmias do tempo dos
faraós. Cientistas citam ovos de Taenia em Jerusalém quando ocorreu um
cerco pelos babilônios. Escavações de banheiros primitivos no Japão mostram
que medidas sanitárias eram precárias e encontravam-se diversos ovos de
helmintos. Os japoneses defecavam nos arredores das casas para fertilizar o
solo.
Parasitas intestinais afetam cerca de 10% da população nos países em
desenvolvimento. Essas manifestações podem causar desnutrição, anemia,
inflamação no baço e outras enfermidades.
Eles decorrem, quase sempre, da competição por comida entre o parasita e o
hospedeiro, perda gastrintestinal de sangue e proteína ou obstrução intestinal.
A incidência das parasitoses está associada a más condições sanitárias e de
higiene, idade, clima, número de parasitas.
A esquistossomose mansônica atinge 10% da população brasileira em 16
estados, sendo que as regiões mais atingidas são o Nordeste e o Leste, e que
70% da população é acometida de alguma parasitose.
O tráfico de escravos contribuiu para a disseminação dessas moléstias no
Brasil e em toda a América do Sul, já que a África era uma are endêmica
dessas infestações.
13
Segundo BRUNNER(2005) a anemia provocada pelo Ancylostomo duodenale e
pelo Necator americanus pode produzir sintomas de insuficiência cardíaca,
taquicardia e deficiência de crescimento e desenvolvimento da criança. Ele diz
ainda que a infecção por Ascaris lumbricoides pode provocar desde pneumonia
até obstrução na traquéia, brônquios, ducto biliar, apêndice e ducto
pancreático.
Entre os agentes etiológicos destacamos o Schistosoma mansoni, Taenia sp.,
Ancylostomo duodenale, Necator americanus, Tricuris trichiura, Ascaris
lumbricóide, Enterobius vermicularis. Sua patogenia é bastante diversificada,
pois pode ocorrer dermatite, pneumonia, ulcerações intestinais, diarréia,
hepatite, a depender do verme.
De acordo com AMABIS(2001) um casal de Shistosoma mansoni pode viver
até 30 anos e produzir 300 ovos por dia.
O conhecimento da Ciência faz com que compreendamos melhor o mundo,
suas inter-relações e o papel transformador do homem numa sociedade, para
que seja possível compreender melhor o ambiente onde vivemos e que hábitos
simples de higiene atuam como gestos preventivos para uma boa saúde.
Alguns exemplos dos efeitos das ações de saneamento na saúde:
• Água de boa qualidade para o consumo humano e seu fornecimento
contínuo assegura a redução e controle de: diarréias, cólera, dengue,
febre amarela, tracoma, hepatites, conjuntivites, poliomielite, escabioses,
leptospirose, febre tifóide, esquistossomose e malária.
• Coleta regular, acondicionamento e destino final bem equacionado dos
resíduos sólidos diminuem a incidência de casos de: peste, febre
amarela, dengue, toxoplasmose, leishmaniose, cisticercose,
salmonelose, teníase, leptospirose, cólera e febre tifóide.
• Drenagem e esgotamento sanitário são fatores que contribuem para a
eliminação de vetores da: malária, diarréias, verminoses,
esquistossomose, cisticercose e teníase.
14• Melhorias sanitárias domiciliares e Melhoria habitacional estão
diretamente relacionadas com a redução de: doença de Chagas,
esquistossomose, diarréias, verminoses, escabioses, tracoma e
conjuntivites.
Higiene, bons hábitos de comportamento, saneamento básico e tratamento de
doentes são de extrema significância na prevenção das parasitoses. A
transmissão da maioria desses animais está veiculada a poeira, ingestão de
água e alimentos contaminados.
Algumas atitudes são muito importantes na prevenção de doenças parasitárias
como lavar bem as mãos sempre que usar o banheiro e antes das refeições,
manter a casa limpa e a área em volta para evitar a presença de moscas e
outros insetos, beber sempre água filtrada ou fervida, andar calçado, comer
carnes bem cozidas ou assadas e realizar exames parasitológicos
periodicamente.
O tratamento é feito, em sua maior parte, com anti-helmínticos a base de
mebendazol ou albendazol. Sua eficácia é substancial, pois sua ligação às
proteínas plasmáticas é de 90 a 95%, demonstrando alta bio-disponibilidade.
Caracterização dos principais parasitas que apresentam maior incidência na
região pesquisada:
Ancylostomidae
Subfamílias
Ancylostomidae: com dentes( Ancylostoma)
Bunostomidae: com lâminas cortantes ( Necator)
Espécies causadoras de ancilostomose ( amarelão)
Ancylostoma duodenale:
Filo - Aschelminthes
Classe - Nematoda
Superfamília - Strongyloidea
15Família – Ancylostomatidae
Gênero - Ancylostoma
Espécie - Ancylostoma duodenale
Necator americanus:
Filo - Aschelminthes
Classe - Nematoda
Superfamília - Strongyloidea
Família - Ancylostomatidae
Gênero - Necator
Espécie - Necator americanus
Ciclo biológico
Os ovos não embrionados são eliminados para o meio exterior através das
fezes. No meio exterior formam a Larva 1(L1) e eclodem, passando a L2, até
chegar a L3 que é a fase infectante.
1- Penetração de L3 na pele ou mucosa → migração para o pulmão e muda
para L4 →deglutida → L4 na luz intestinal.
2 - Ingestão de L3 →perda de cutícula no estômago → penetração na glândula
de Lieberkuhm → muda para L4 → luz intestinal
3 – L4 no intestino muda para L5 → adulto 30º dia → maturidade 60º dia →
postura de ovos no duodeno.
Transmissão
Penetração da larva L3 na pele ou mucosa ou pela ingestão de L3
Habitat
Fixado na mucosa do duodeno.
Patogenia
Larva → dermatite, pneumonia
Adultos → expoliadora ( sulgando sangue)
Lesões mecânicas ( ulcerações )
16
Epidemiologia
Geohelminto, solo arenoso, não usar calçados, criança susceptíveis, clima,
saneamento básico, qualidade da água e alimento.
Profilaxia
Saneamento básico
Educação sanitária
Uso de calçados
Tratamentos repetidos
Diagnóstico
Parasitológico de fezes, clínico
Tratamento
Mebendazol, albendazol
Larvas migrans cutânea
Agente etiológico: Ancylostoma caninum
Ancylostoma braziliense
Ciclo biológico
Os cães ou gatos eliminam nas fezes os ovos não embrionados, que no solo
passam pelo estágio L1 e L2 até chegar a L3 que é a forma infectante,
penetrando ativamente na pele do homem e migram através do tecido
subcutâneo.
Localização: pés, pernas, nádegas, mãos.
Patogenia:
Lesões eritemopapilosa → vesícula → crosta → prurido
17
Diagnóstico
História e quadro clínico
Tratamento
Tiabendazol ( oral ou sistêmica)
Trichuris trichiura
Filo- Aschelminthes
Classe- Nematoda
Superfamília- Trichuroidea
Família- Trichuridae
Gênero- Trichuris
Espécie- Trichuris trichiura
Habitat → na mucosa do ceco
Ciclo biológico
Os ovos são eliminados juntamente com as fezes, que depois de 15 dias dará
origem a uma larva infectante, que após serem ingeridas pelo hospedeiro,
liberam no intestino delgado as larvas, que sofrem várias mudas até chegarem
no ceco transformando-se em um verme adulto.
Transmissão
Ingestão dos ovos através da poeira, água ou alimentos contaminados.
Patogenia e sintomatologia
Lesões intestinais
Eosinofilia
Dor abdominal
Diarréia
18
Diagnóstico
Exame de fezes
Profilaxia
Saneamento básico
Educação sanitária
Epidemiologia – é cosmopolita
Ascaris lumbricóide
Filo: Aschelminthes
Classe: Nematoda
Família: Ascaridae
Gênero: Ascaris
Espécie: Ascaris lumbricóides
Habitat
Intestino delgado do homem, principalmente jejuno e íleo.
Ciclo biológico
É do tipo monoscênico ( só possuem hospedeiro definitivo )
Cada fêmea é capaz de botar cerca de 200.000 ovos por dia, que são
eliminados juntos com as fezes. Os ovos férteis tendo temperatura e umidade
favoráveis tornam-se embrionados em 15 dias ( essa fase é chamada de L1)
passando para a fase L2, até tornarem-se L3 ( que é a fase infectante ),
permanecendo no solo por vários meses até ser ingerido pelo hospedeiro.
Após a ingestão, os ovos contendo L3 atravessam todo o trato digestivo e vão
sofrer eclosão no duodeno. As larvas liberadas atravessam a parede intestinal
ao nível do ceco, caem na circulação sanguínea chegando ao fígado, depois
19
coração, pulmão, onde sofrem muda para L4. Rompem os capilares e caem
nos alvéolos, onde sofrem nova muda para L5. Sobem pela árvore brônquica e
traquéia, chegando até a faringe. Daí podem ser expelidos com a expectoração
ou serem deglutidos, passando pelo estômago e fixando-se no intestino
delgado transformando-se em adulto jovem que após 60 dias alcançam
maturidade sexual, começando um novo ciclo.
Transmissão
Ingestão de ovos infectantes ( L3) junto com alimentos contaminados
Patogenia
Larva → hepatite, pneumonia
Verme adulto → Ações: tóxicas, expoliadora, irritativa, obstrutiva
Diagnóstico
Parasitológico de fezes
Clínico
Endoscópico
Ultra-sonografia
Radiológico
Epidemiologia
Número de ovos
Ovos resistentes
Clima
Aglomerações humanas
Saneamento básico
Qualidade da água e dos alimentos
20
Profilaxia
Saneamento básico
Educação sanitária
Tratamento repetido
Enterobius vermicularis
Filo- Aschelminthes
Classe- Nematoda
Superfamília – Oxyuroidea
Família – Oxyuridae
Gênero – Enterobius
Espécie- Enterobius vermicularis
Habitat
Vivem no ceco e apêndice e a ovoposição é no períneo.
Ciclo biológico
Após a cópula, os machos são eliminados junto com as fezes e morrem. As
fêmeas repletas de ovos se desprendem do ceco, dirigindo-se para o períneo
para fazer a ovoposição (L1) que no meio externo se transforma em L2, L3, L4,
até chegar a L5 que é a fase infectante que é ingerida pelo hospedeiro.
No intestino delgado, eclodem e sofrem duas mudas no trajeto intestinal até o
ceco. Aí chegando transformam-se em vermes adultos, dando origem a um
novo ciclo.
21
Transmissão
Heteroinfecção: ovos presentes na poeira ou alimentos atingem novo
hospedeiro
Indireto: quando os ovos presentes na poeira ou alimentos contaminam o
mesmo hospedeiro que os eliminou
Auto-infecção externa: levam os ovos da região perineal à boca
Auto-infecção interna: as larvas eclodem dentro do reto e migram até o ceco.
Retroinfecção: as larvas eclodem na região perineal, migram pelo ânus até
chegar ao ceco transformando-se em um verme adulto.
Patogenia e sintomatologia
Erosão da mucosa → fixação do parasito
Inflamação catarral
Eosinofilia
Prurido anal intenso – escoriações da pele- infecção bacteriana
Ânus avermelhado, congestionado e recoberto de muco
Colite crônica
Vulvovaginite
Diagnóstico
Fita adesiva transparente
Controle
Tratamento da população parasitada
Medidas higiênicas pessoais e gerais
22
Schistosoma mansoni
Filo- Platyelminthes
Classe- Trematoda
Família- Shistosomatidae
Gênero- Schistosoma
Espécie- Schistosoma mansoni
Ciclo biológico
Ovos
Miracídios (cílios)
Esporocisto ( sem epitélio ciliado)
Rédia (esboço de um aparelho digestivo)
Cercaria (produto de esporocisto filhos) – forma infectante
Metacercária
Esquistossômulos
Habitat
Os vermes adultos vivem no sistema - porta: assim que os esquistossômulos
atingem o fígado, migram para o sistema porta, onde sofrem a maturação
sexual. Em seguida a ovoposição é feita nas veias mesentéricas.
Ciclo biológico
O Schistosoma mansoni, ao atingir a fase adulta alcança as veias
mesentéricas, onde as fêmeas fazem a ovoposição ao nível da submucosa. Da
submucosa, os ovos chegam a luz intestinal, que são eliminados com o bolo
fecal. Alcançando a água, os ovos liberam o miracídio, que penetram no seu
hospedeiro intermediário (o caramujo). Dentro do animal desenvolve-se para
esporocisto, até chegar a cercária (que é a fase infectante), sendo eliminada ao
23
meio exterior (água). Nadam livremente até alcançarem a pele do homem,
fixando-se e penetrando na pele, perdendo a cauda e passando a ser chamada
de esquistossômulos, migram pelo tecido subcutâneo, penetram num vaso,
caindo na corrente sanguínea até chegar no sistema porta, onde se alimentam
e se desenvolvem.
Daí migram acasalados para a veia mesentérica para fazerem a ovoposição,
dando origem a um novo ciclo.
Transmissão
Penetração ativa das cercarias na pele e na mucosa.
Patogenia
Depende principalmente da carga parasitária a resposta do sistema imune do
paciente.
Podem ser:
Assintomática
Sistemática - aguda
- crônica Intestinal
Hepato-intestinal
Hepato-esplênica
Caramujos
Subclasse: Pulmonata
Ordem: Basommatophora
Família: Plamorbidae
Gênero: Biomphalaria
Espécie: Biomphalaria Glabrata
24
A temperatura e a luminosidade são fatores ligados à presença e expansão da
esquistossomose, já que vivemos em um país tropical.
A presença de focos de transmissão se relaciona com a contaminação fecal
humana das coleções aquáticas.
Fatores ligados à população humana:
Idade
Sexo e raça
Atividades recreativas e profissionais
A esquistossomose é uma doença resultante da reação inflamatória dos ovos
nos tecidos.
Profilaxia:
Saneamento básico
Educação sanitária
Tratamento dos doentes
Epidemiologia
Em franca expansão geográfica.
Teníase
Taenia saginata – Hospedeiro Intermediário = BOI
Hospedeiro Definitivo = HOMEM
Taenia solium - Hospedeiro Intemediário = PORCO
Hospedeiro Definitivo = HOMEM
O verme adulto é dividido e escólex (ou cabeça) , colo ( ou pescoço) e estróbilo
( ou corpo).
Escólex - responsável pela fixação do verme na mucosa do intestino delgado.
Colo - dá origem as proglotes jovens
25
Estróbilo – é o corpo do helminto, formado pela união de proglotes
As proglotes são subdivididas em: jovens, maduras e grávidas.
O Cysticercus cellulosae ( a larva da Taenia solium ) é encontrado no suíno no
tecido subcutâneo, muscular, cardíaco e cerebral.
Ciclo biológico
O homem parasitário elimina os proglotes grávidas cheias de ovos para o meio
exterior onde se rompe liberando os ovos no solo. Um hospedeiro intermediário
próprio ingere os ovos. No seu interior os ovos eclodem e depois de alguns
dias atingem a corrente circulatória, sendo transportadas a todos os tecidos e
órgãos do indivíduo.
Os embriões desenvolvem-se para cisticercos em qualquer tecido mole. A
infecção do homem pelos cisticercos se dá pela ingestão de carne crua ou mal
cozida de porco ou boi infectados. O cisticerco ingerido sofre a ação do suco
gástrico, evagina-se e fixa-se na mucosa do intestino delgado, onde se
transforma em uma tênia adulta que através de suas proglotes grávidas
eliminam no ambiente os ovos através do bolo fecal do hospedeiro definitivo e
dando origem a um novo ciclo.
Contaminação ( transmissão)
O homem adquire a teníase por Taenia saginata ingerindo carne crua ou mal
cozida de boi através da larva Cysticercus bovis e a por Taenia solium
ingerindo carne crua ou mal cozida de porco infectada por Cysticercus
cellulosae.
Sintomas:
Tonturas, apetite excessivo, vômitos.
26
Habitat
Na fase adulta ou reprodutiva tanto a Taenia solium quanto a Taenia saginata
vivem no intestino delgado do homem.
O Cysticercus cellulosae é encontrado no tecido subcutâneo, muscular,
cardíaco, cerebral e no olho de suínos.
O Cysticercus bovis é encontrado nos tecidos dos bovinos.
Apólise
É o desprendimento dos proglotes grávidas do corpo do animal.
Diagnóstico
Exames de fezes
Pesquisa de proglotes
Imunodiagnóstico
Controle (profilaxia)
Inquérito epidemiológico
Fiscalização da carne de boi / porco
Educação sanitária
Patogenia
Fenômenos tóxicos
Alergia
Destruição do epitélio
Inflamação
27
Epidemiologia
As tênias são encontradas em todo o mundo em que a população tem hábito
de comer carne de porco ou de boi crua ou mal cozida.
Taenia solium – Teníase ( hospedeiro definitivo)
Cisticercose ( hospedeiro intermediário)
A teníase depende do número de parasitos, a localização e fatores
imunológicos.
Cysticercose humana é adquirida pela ingestão acidental de ovos viáveis de
Taenia solium.
Métodos possíveis de infecção
Auto-infecção externa – o homem elimina proglotes e ovos de sua própria tênia
e são elevados pelas mãos contaminadas.
Auto-infecção interna- durante vômitos as proglotes da Taenia solium
poderiam ir até o estômago e depois voltariam ao intestino delgado liberando
as ancosfera.
Heteroinfecção- o homem ingere, juntamente com os alimentos contaminados,
os ovos da Taenia solium de outro paciente.
Formas mais patogênicas d cisticercose – neurocisticercose e cisticercose
ocular
Infectividade – veias e modos de infecção / penetração e localização das
larvas
28
Ação patogênica:
No sistema nervoso
No globo ocular
No tecido subcutâneo e músculos
Controle
Tratamento dos indivíduos portadores
Queimar órgãos contaminados
Fiscalização dos matadouros
Conscientizar a população
Construção de pocilgas
Taenia solium- escólex globoso, possui rostro e coroa de espinhos
Taenia saginata- excólex quadrangular, não possui rostro nem coroa de
espinhos
Ciscticercose – suíno e bovino.
Echinococcus granulosus
Larva chamada de cisto hidático que provoca no ovino e no homem doença
chamada de hidatidose.
O verme adulto provoca no cão (Hospedeiro definitivo) doença chamada de
equinococose.
Habitat
O verme adulto vive no intestino delgado de cães e o cisto hidático é
encontrado principalmente no fígado e pulmões de carneiros ( hospedeiro
intermediário)
29
Ciclo biológico
Os ovos são eliminados pelos cães junto com as fezes, contaminando o
ambiente. Os hospedeiros intermediários ingerem os ovos junto com o
alimento, e no sistema digestivo eclodem caindo na circulação sanguínea
( através do intestino) , sendo levado aos tecidos onde alongam-se,
desenvolvem-se, transformando-se no cisto hidático. Os cães, alimentando-se
das vísceras desses animais, ingerem o cisto que, ao chegarem ao sistema
digestivo, eclodem, alojando-se no intestino delgado, transformando-se num
verme adulto e dando origem a um novo ciclo.
Transmissão
O cão se infecta ingerindo vísceras dos hospedeiros intermediários contendo
cisto hidático. Os hospedeiros intermediários, assim como o homem, adquirem
a hidatidose ingerindo ovos eliminados pelos cães infectados e que
contaminam o meio ambiente.
Alterações causadas pela hidatidose ( patogenia)
Formação de tumor comprometendo a função do órgão em que se instalou
Reação alérgica
Rompimento dos cistos
Controle ( profilaxia)
Inquérito epidemiológico – destruição das vísceras parasitadas
Educação sanitária
Fiscalização de locais de abate
Fiscalização da carne consumida
Taenia solium
Filo: Platyhelminthes
Classe: Cestoda
30Família: Taeniidae
Gênero: Taenia
Espécie: Taenia solium
Taenia saginata
Filo: Platyhelminthes
Classe: Cestoda
Família: Taeniidae
Gênero: Taenia
Espécie: Taenia saginata
Echinococcus granulosus
Filo: Platyhelminthes
Classe: Cestoda
Família: Taeniidae
Gênero: Echinococcus
Espécie: Echinococcus granulosus
Os riscos à saúde pública estão ligados a fatores possíveis e indesejáveis de
ocorrerem tanto em áreas urbanas como nas áreas rurais . Entretanto, tais
riscos podem ser minimizados ou até mesmo eliminados com uso apropriado
de serviços de saneamento. O sistema adequado de esgoto promove a
interrupção da cadeia de contaminação humana.
31
CAPÍTULO II
CONTEXTO DA PESQUIISA - DIAS D’ÁVILA
Ao chegar à Bahia em 1549, Tomé de Souza trouxe em sua caravana o ilustre
fidalgo português Garcia D’Ávila. Preocupado com os problemas da segurança
do Salvador, Tomé de Souza, cumprindo as instruções de D. Pedro III,
encarregou Garcia D’Ávila de erguer um baluarte para a vigilância da costa.
Com a morte de Garcia D’Ávila, a região passou ao domínio do seu filho
Francisco Dias D’Ávila. Mais tarde, um outro descendente de Garcia D’Ávila,
seu neto Francisco Dias D’Ávila II ( 1648-1694 ) estendeu essa sesmaria até os
sertões dos atuais estados do Piauí e Maranhão.
No dia 04 de julho de 1923, o historiador Dr. Francisco Borges de Barros
realizou uma exposição de motivos e a encaminhou à Assembléia do Arquivo
Público, o que motivou a aprovação da Lei 2.150, de 26/04/1928,
estabelecendo que a antiga Feira Capuame passasse a ser denominada Dias
D’Ávila. Este fato foi uma homenagem ao seu fundador, um dos sucessores de
Francisco Dias D’Ávila.
Diante da excelente qualidade da água existente no subsolo da região, o então
Deputado Ademário Pinheiro elaborou Projeto de Lei que, em 22 de fevereiro
de 1962 foi aprovado pela Assembléia Legislativa do Estado, criando a
Estância Hidromineral de Dias D’Ávila.
A partir de 1967, novos horizontes se descortinaram para o distrito de Dias
D’Ávila, quando foram comprovadas, pelo padre francês Camilo Torrend, as
qualidades terapêuticas das águas do Rio Imbassahy, passando a atrair
visitantes em busca de repouso.
Em 1982 um grupo de moradores e veranistas criou a Sociedade Amigos de
Dias D’Ávila, com a finalidade de defender seus direitos e lutar pela
emancipação. Entre eles podem ser citados: Altair da Costa Lima, Fernando
32
Gimeno, Flávio Cavalcante, Ezequildes Nunes, José Osmar Muricy Sampaio,
Laura Folly, Gilson Galvão, Mozart Pedroza e Lucas Evangelista.
Em 25 de fevereiro de 1985 a população local decidiu pela emancipação
através do plebiscito. Inicialmente foi eleito o Prefeito Airton Carlos Nunes e
Dilton Bispo de Santana como Vice-Prefeito. Em seguida elegeram-se Dilton
Bispo de Santana e Marcus Antonio Miranda de Oliveira; estes não chegaram a
cumprir o mandato, pois vieram a falecer ficando o Município sob o comando
do então Presidente da Câmara de Vereadores, Cláudio Cajado. Para o
mandato de 1993 a 1996 elegeu-se a Prefeita Andréia Xavier. Nos dois
mandatos seguintes foi eleito o Prefeito Américo Maia. Hoje, o município é
novamente governado pela Prefeita Andréia Xavier e o Vice-Prefeito Amarildo
Santana.
Após sua morte, a região passou ao domínio de seu filho Francisco Dias
D’Ávila, que mais tarde teve seu nome dado ao município.
Município a 54 km de Salvador, criado em 1986, tem aproximadamente 55.698
habitantes, sendo 52.428 habitantes da zona urbana (94,13%) e 3.270
habitantes da zona rural ( 5,87%).
Com a descoberta das qualidades terapêuticas das águas do rio Imbassahy
pelo padre naturista Camilo Torrend, Dias D’Ávila passou a ser considerada
área de veraneio e localidade apropriada para o tratamento de doenças de pele
devido a lama medicinal encontrada no rio. Como estância hidromineral
decorrente dos prodigiosos efeitos de sua água e do acesso fácil que a Fonte
da Bica, do outro lado da Baía de Todos os Santos, em Itaparica, a cidade
transformou-se em centro turístico. Ocupando uma área de 208,3 km2, o
Município de Dias D’Ávila integra o conjunto de municípios da Região
Metropolitana de Salvador. Seu clima é quente e úmido, sendo constituído por
cinco distritos: Biribeira, Emboacica, Barragem de Santa Helena, Leandrinho e
Futurama.
33
O município está localizado sobre um riquíssimo lençol freático, o que
favoreceu a implantação de indústrias no local. Além dos rios Imbassahy e
Jacumirim, considerados os mais importantes da região, Dias D’Ávila possui
uma bacia hidrográfica formada pelos rios Jacuípe e Joanes e as Barragens
Joanes II e Santa Helena.
Segundo a Lei Estadual 7967 promulgada em 05/06/2001, em seu artigo 118
afirma que “ ...os afluentes sanitários devem ser coletados, tratados e receber
destino adequado para evitar danos à saúde pública” e a Lei Estadual 7799 de
07/02/2001, artigo 4º “o Estado tem a função de conservar, preservar e
defender o meio ambiente”.
No entanto, no município de Dias D’Ávila é possível identificar, ainda hoje,
algumas localidades que não têm acesso a rede de esgoto sanitário, uma das
condições básicas necessárias a uma adequada higiene e prevenção de
doenças parasitárias que encontram, nesse contexto, um meio fértil para a sua
proliferação.
3%
95%
1% 1%
A
B
C
D
Gráfico de pizza
Pode-se observar que no gráfico 1 ( acima) só 1% das pessoas passam sabão
na região genital e também 1% passa no pescoço e axilas, mas 95% passam
34
no corpo todo removendo antibióticos naturais que nossa pele produz, com isso
um hábito considerado saudável diminui as chances de combater
microorganismos.
No gráfico 2( ilustrado abaixo ) demonstra que 28% das pessoas pesquisadas
ainda acreditam que um ácido fraco como o ácido acético ( na forma de
vinagre) que não têm a propriedade de fazer a assepsia dos alimentos.
Entretanto, só 19% utilizam o que realmente é eficaz, a aplicação do hipoclorito
de sódio. E 5% dos pesquisados acreditam que lavar os alimentos não tem
significância.
54; 48%
31; 28%
5; 5%
21; 19%
A
B
C
D
Gráfico de rosca
No quesito consumo de água representado pelo gráfico 3 ( pág. 36), 58%
acham que filtrar a água é suficiente para uma boa saúde, 7% filtram e fervem
a água, 35% nem fervem, nem filtram, dados alarmantes, pois demonstra que a
amostra estudada não dá a devida relevância a qualidade da água para a
manutenção da saúde.
O asseio das mãos após usar o sanitário apresentou dados animadores, pois
78% dos pesquisados lavam as mãos com água e sabão após fazer suas
necessidades fisiológicas. Mas 8% ainda apresentam o perfil de não lavar as
mãos depois de tal ato.
35
Em relação ao destino do esgoto, (gráfico 5) , 29% das casas são ligadas à
rede e 71% possuem fossa séptica. A grande questão é se a fossa foi
construída dentro das especificações exigidas, como localização quanto o nível
do terreno e a distância da fonte de captação da água potável.
Houve uma valorização no que diz respeito a higienização das mãos antes de
se alimentar ( 87%) representados no gráfico 6, bem como aos cuidados com
as unhas, de mantê-las sempre aparadas ( 82% conforme gráfico 7) contra
14% das que consideram esse feito como algo estético.
O banho ainda é uma questão preocupante, pois 36% tomam banho de rio, 4%
tomam banho de lagoa e 2% de açude (gráfico 8) . Essa forma de lazer e/ou
necessidade pode ter uma grande importância na epidemiologia de parasitas,
pois a água pode ter um importante papel na veiculação das verminoses para
população.
No gráfico 9 (ver abaixo), observamos que a cultura do andar descalço,
infelizmente ainda prevalece como um forte hábito dos pesquisados.. Com isso,
a possibilidade de adquirir ancilostomose aumenta, bem como a de surgir
casos de anemia, comprometendo a saúde das pessoas, uma vez que, o ferro
está envolvido na maioria das reações químicas que ocorrem em nosso
organismo.
68; 68%
32; 32%
A
B
Gráfico de rosca
36
Sobre a ingestão de carne de porco, de acordo com a pesquisa a amostra
indica que há consciência sobre essa carne, a prática da ingestão da carne de
porco bem cozida e bem assada reflete na grande maioria diminuindo, assim,
as chances de adquirirem a Taenia solium e a Taenia saginata, evitando, entre
outros males, a desnutrição das pessoas e a contaminação do meio ambiente.
37
CAPÍTULO III
VERMINOSES X SAÚDE DA FAMÍLIA
A História da Saúde Pública no Brasil tem sido marcada por sucessivas
reorganizações administrativas e edições de muitas normas. Da instalação da
colônia até a década de 1930, as ações eram desenvolvidas sem significativa
organização institucional. A partir daí iniciou-se uma série de transformações,
ou melhor, foram criados e extintos diversos órgãos de prevenção e controle de
doenças, culminando, em 1991, com a criação da Fundação Nacional de
Saúde.
No que concerne à saúde preventiva, ao longo de toda a existência, o Brasil
enfrentou diversas dificuldades institucionais e administrativas decorrentes do
limitado desenvolvimento científico, tecnológico e industrial, bem como pela
expansão da assistência médica, atrelada à lógica do mercado. Mas, também,
principalmente, pelo lento processo de formação de uma consciência dos
direitos de cidadania.
Desde a década de 1960, ocorreu intensa publicação de normas para
acompanhar o aumento da produção e consumo de bens e serviços, surgindo
conceitos e concepções de controle. Regulamentou-se a iodação do sal, águas
de consumo humano e serviços. Reformou-se o laboratório de análises,
surgindo o Instituto Nacional de Controle da Qualidade em Saúde (INCQS),
que recebeu um grande estímulo pela implantação do Programa Nacional de
Imunização, cuja execução requeria o controle sanitário de vacinas.
No movimento pela redemocratização do país, cresceram os ideiais pela
reforma da sociedade brasileira, com o envolvimento de diversos atores
sociais, sujeitos coletivos e pessoas de destaque. Sanitaristas ocuparam
postos importantes no aparelho de estado. A democratização na saúde
fortaleceu-se no movimento pela Reforma Sanitária, avançando e organizando
suas propostas na VIII Conferência Nacional de Saúde, de 1986, que conferiu
as bases para a criação do Sistema Único de Saúde.
38
Entre as doenças tratadas pelo Sistema de Saúde encontram-se as
Verminoses, infecções intestinais causadas por agentes parasitas que estão
relacionados (na maioria das vezes) com pessoas de baixa renda. Vale
ressaltar que, verminose não afeta SOMENTE pessoas de baixa renda, mas
está intimamente ligada a pessoas sem acesso a rede de esgoto e água
tratada e, principalmente, a condições inadequadas de higiene e saúde pública.
As verminoses são um tipo de infecção intestinal, provocada por agentes
específicos, denominados parasitas. Constitui-se uma doença freqüente, de
difícil controle pelos órgãos públicos, que acomete o ser humano de forma
irrestrita. Ocorre em crianças, adultos, de ambos os sexos, em todas as
classes sociais, tanto na zona rural como na zona urbana.
A doença é transmitida por alimentos contamninados, frutas e verduras mal
lavadas, água contaminada, carnes cruas ou mal cozidas, mãos sujas, objetos
contaminados (chupetas, brinquedos, copos, pratos, talheres, etc.). A
contaminação pela poeira ( lombriga ) é menos freqüente e se dá através da
penetração direta pela pele – sola dos pés – como no caso do amarelão e da
esquistossomose.
As infecções parasitárias dos intestinos, de acordo com as prevalências
segundo as quais são evidenciadas, refletem com boa margem de segurança
as condições de vida de diferentes comunidades. Influi, no sentido de que elas
ocorram com intensidades variáveis, expressivos fatores exemplificados
sobretudo, por saneamento básico, educação inclusive especificamente para
a saúde, habitação e higiene alimentar que, quando existem de forma
satisfatória, coíbem a expansão dessas parasitoses. Água ou alimentos e
contato desprotegido com o solo permitem comumente as contaminações,
precisando então merecer prioritárias atenções. Disso tudo resulta que a maior
ou melhor proeminência de tais infecções fique na dependência de condições
relacionadas com desenvolvimentos regionais, fazendo com que num extremo
elas deixem de constituir preocupações.
39
Os modos de ocorrência e a freqüência com que parasitoses intestinais são
encontradas em determinadas localidades dependem de interações complexas
entre hospedeiros, parasitas e ambientes.
É provável que nos primórdios da humanidade, quando nossos antepassados
possuíam hábitos nômades, sobrevivendo como caçadores-coletores sem
território fixo, a freqüência de infecção por enteroparasitas, especialmente
geohelmintos, fosse menor do que quando, após adotar hábitos gregários, o
homem passou a ocupar território definido e a cultivar o solo, além de criar
animais.
Atualmente a grande maioria das doenças parasitárias intestinais pode ser
eficientemente tratada, inclusive por meio de doses únicas ou de
medicamentos com amplo espectro de atividade. Em relação às formas graves,
também são possíveis sucessos terapêuticos. Condutas para abranger
expressivos grupos populacionais, após caracterizações epidemiológicas
adequadas, ficaram viáveis.
E a mudança de costumes nas pessoas com menos poder aquisitivo, tão
arraigados ao seu dia-a-dia é de grande necessidade: cuidados com a higiene
pessoal e doméstica, evitar contato íntimo das crianças com o solo ou água
contaminada, ferver ou filtrar a água usada na alimentação, não andar descalço
são ações que fazem a diferença para o bem-estar familiar.
Alterar procedimentos dessas pessoas é muito importante, pois deixar de usar
fezes humanas como adubos, cobrar dos poderes públicos saneamento básico
através de rede de esgoto ou construção de fossas sépticas, fornecimento de
água tratada com hipoclorito de sódio, dar o destino correto do lixo e controle
de vetores (ratos, moscas, baratas). Isso coibirá muitas manifestações no
comprometimento da saúde das pessoas.
Pessoas contaminadas por vermes sofrem, geralmente, sintomas como cólicas,
dor abdominal, vômitos, náuseas, diarréias, perda de peso, anemia, febre,
impactos no aparelho respiratório. Dessa forma, já se caracteriza como um
quadro de saúde pública.
40
Segundo CHIEFFI & NETO (2003) , a ocorrência e a freqüência com que esses
parasitas afetam o ser humano depende das relações entre hospedeiros X
parasitas X ambiente. Ainda de acordo com eles, pesquisas realizadas em
comunidades que a atividade econômica era a produção agrícola, a infestação
por geohelmintos prevalecia. Já em locais onde a atividade era a criação de
gado, encontrava-se comumente infestação por Taenia saginata.
A presença de indivíduos imunodeprimidos, imunossuprimidos ou desnutridos
faz com que os efeitos deletérios da atuação desses endoparasitas sejam
potencializados, uma vez que não haverá uma resposta satisfatória do
organismo a essa relação desarmônica.
É necessário compreender a importância do tratamento das pessoas infectadas
favorecendo, dessa forma, a redução do índice de infecções numa
comunidade.
A prevenção constitui-se a forma mais segura e eficaz contra estas infecções
e, para mudarmos esse quadro, é preciso haver uma mudança em nossa
condutas higiene, além de exigirmos medidas sanitárias mais sérias tanto no
saneamento básico, mas também treinamento e controle sanitário de
restaurantes, bares, lanchonetes, agricultura, escolas, produtores de água
mineral, filtros de água e tudo que se relacione à veiculação de água e
alimentos.
41
CONCLUSÃO
De acordo com a análise dos dados coletados (ver ANEXOS documento 2),
97% dos pesquisados passam sabão no corpo. A falta de conhecimento não
permite compreender que não se deve passar sabão em toda a extensão
corpórea, pois remove um antibiótico natural produzido pela pele. Deve-se
passar sabão nos pés, mãos, axilas e partes íntimas, já que são áreas com
maior proliferação de microorganismos.
Na questão como higienizar as frutas e verduras, 54% disseram lavar com
água e sabão, no entanto, 31% acreditam que o vinagre é uma boa forma de
higienizá-los, mas seu poder contra microorganismos não é satisfatório e 5%
não lavam as frutas e verduras aumentando consideravelmente os riscos de
contrair alguma doença especialmente verminoses, já que a via oral é a mais
comum de contaminação. Dos pesquisados 21% usam cloro.
Em relação ao consumo da água 57% consome água filtrada, 7% consome
água filtrada e fervida e 35% das pessoas ingerem água que não é filtrada nem
fervida, demonstrando um descaso ou ignorância em relação à veiculação da
água com agentes invasores. Somente 29% dos seus moradores de Dias
D’Ávila relataram ter suas casas ligadas à rede de esgoto e 71% afirmou
possuir fossa séptica, o que indica que há ainda uma precariedade no
saneamento básico da cidade pois as fossas sépticas precisam ser construídas
em local e forma adequados para que não seja uma fonte de contaminação
para os habitantes da casa e vizinhos próximos.
Sobre lavar as mãos antes das refeições 87% possuem essa prática contra
13% que não a tem.
A questão sobre cortar as unhas 16% acredita que é uma questão puramente
estética, 91% consideram um hábito saudável de higiene e para 2% dos
pesquisados não há importância alguma manter as unhas cortadas.
Já que a cidade pesquisada situa-se em área metropolitana, eles ainda
possuem o hábito de tomar banho de rio ( 52%), de lagoa( 6%), de açude(3%)
e de mar (85%). Devido a tais práticas os riscos de contaminação por
42
Schistosoma mansoni continuam latentes, uma vez que em águas doces
verifica-se a presença do hospedeiro intermediário (caramujo) para que
elimine sua forma infectante (cercária). Sendo assim, pessoas que costumam
tomar banho em rios, lagoas e açudes são mais susceptíveis à contaminação
por Schistosoma mansoni.
A maioria das pessoas pesquisadas (71%) possui fossa séptica em suas
casas. Isso não quer dizer que todos os dejetos da residência sejam
encaminhados de forma adequada à fossa. A falta de conhecimento aliado a
hábitos antigos do uso do vaso noturno (urinol) juntamente com o andar
descalço (68%) aumentam consideravelmente as chances de infestação por
Ancylóstomo duodenale e Necator americanus. Com isso, tal população será
acometida de outro grande problema: a anemia. A diminuição das taxas de
ferro no organismo poderá ocasionar distúrbios metabólicos expressivos, já que
ele está envolvido direta ou indiretamente na maioria das reações químicas
corpo humano.
O risco de se contrair teníase mostrou-se reduzido, pois 62% das pessoas
comem carne bem cozida, 74% comem carne bem assada contra apenas 3%
comem carne mal cozida e 8% comem carne mal assada.
Foi verificado que realmente os alunos não tinham conhecimento suficiente
sobre hábitos de higiene adequados, informações e até mesmo consciências
dos seus direitos para pressionar as autoridades públicas exigindo-lhes
moradia digna, bem como saneamento básico de qualidade.
O desconhecimento de que os dejetos são lançados na natureza não permitia
que os moradores se preocupassem com tal fato que interfere na qualidade de
vida dos entrevistados. A contaminação da água era simplesmente um fato
isolado, já que “aquela água não servia para beber”.
As noções básicas de higiene como: lavar as mãos antes das refeições e
depois de usar o sanitário eram encaradas como coisas supérfluas.Tomar
banho em locais com água não límpidas era visto como “uma diversão”. Os
alimentos eram ‘lavados’ só com água e as carnes poderiam ser comidas de
qualquer maneira.
43
Felizmente, depois dos momentos de explanação sobre o ciclo dos helmintos e
suas formas de infestação, verificou-se que o conhecimento de tais fatos fez
com que houvesse uma mudança de comportamento relatada pelos alunos em
questão, através de vários depoimentos.
Muitas pessoas das quais participaram desta pesquisa, de posse do
conhecimento, foram ao médico para que este verificasse, através de exames,
a existência de vermes intestinais.
Outro aspecto importante foi a mudança em algumas atitudes importantes para
uma boa higiene e qualidade da saúde. Os participantes da afirmaram lavar as
mãos antes das refeições e após utilizar o sanitário e também passaram a lavar
frutas, legumes e verduras com água e sabão ( quando consumidos crus ) .
Folhas consumidas em saladas passaram a ser lavadas com água corrente e
depois colocadas de molho em água com hipoclorito de sódio.
Por último foi desmistificado que só a carne de porco é capaz de transmitir
verminoses. Foi compreendido pelos participantes da pesquisa que todas as
carnes têm o potencial de transmitir parasitas, desde que não sejam bem
cozidas ou bem assadas.
Vale ressaltar também a questão política, pois passaram a valorizar a
importância dos bons hábitos de higiene e exigir dos políticos propostas que
favoreçam a saúde fornecendo-lhes saneamento básico de qualidade.
Sendo assim, a pesquisa foi bastante proveitosa e produtiva, pois foi capaz de
proporcionar aos moradores de Dias D’Ávila a oportunidade de refletir sobre
suas práticas de higiene, seus direitos enquanto cidadãos e também de
desmistificar conhecimentos herdados dos seus antepassados e que não havia
cunho científico e que, por sua vez, prejudicavam a saúde dos mesmos.
Através do estudo realizado relembrei muitos fatos significantes e que colocarei
numa abordagem mais aprofundada e mais constante em minha prática
pedagógica devido a sua extrema importância para que meus alunos
compreendam esse assunto e se comportem como agentes multiplicadores na
sua família e comunidade em que vivem.
44
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
AMABIS, José Mariano & MARTHO, Gilberto Rodrigues. Conceitos de Biologia: origem da vida, citologia, histologia e embriologia. Volume 2.São Paulo:Moderna, 2001.
ALVARENGA, Jenner Procópio de. Ciências naturais no dia-a-dia. 6ª série. Curitiba: Nova Didática, 2004
ANDRADE, Maria Hilda de Paiva. Ciência e vida. 6ª série. Belo Horizonte:Dimensão, 2006
BAHIA, Lei Decreto. Meio Ambiente: Legislação Estadual – Centro de Recursos Ambientais, 1ª ed. Salvador: 2001
BARROS, Carlos & PAULINO, Wilson Roberto. Ciências: manual do professor. São Paulo: Ática, 2006.
BORTOLOZZO, Silvia. Projeto Educação para o século XXI.São Paulo:Moderna, 2002
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: meio ambiente, saúde/ Secretaria de Educação Fundamental- Brasília: 1997
BRUNNER, Smeltzer.Tratado de Enfermagem médico-cirúrgica. 10ª ed. São Paulo: Guanabara Koogan, 2006
CHIEFFI, Pedro Paulo & NETO, Vicente Amato. Ciência e Cultura. Volume 55 Nº 1, São Paulo, jan/mar.2003
45
CARVALHO, Wanderley. Biologia em foco.Volume único. São Paulo:FTD, 2002.
COSTA, Alice. Ciências e interação. 6ª série. Curitiba:Positivo, 2006
FAVARETTO, José Arnaldo & MERCADANTE, Clarinda. Biologia.São Paulo:Moderna, 2005.
JÚNIOR, César da Silva. Ciências.Entendendo a natureza: os seres vivos no ambiente. 16ª ed. São Paulo: Saraiva, 1999
MARCZWSKI, Maurício. Ciências Biológicas. Volume 2.São Paulo:FTD, 1999
MELO, Ailton. Manual de Cisticercose. Salvador, 2002
PAULINO, Wilson Roberto. Série Novo Ensino Médio.São Paulo: Ática
SANTANA, Margarida Carvalho de. Ciências. São Paulo:Editora do Brasil, 1999
SCHWENCK, Terezinha do Carmo. Ciências:ação e transformação. São Paulo:Editora do Brasil, 1997
Sites www.wikipedia.enciclopedia.livre
46
ANEXO 1
QUESTIONÁRIO DE PESQUISA MONOGRÁFICA
1) Quando toma banho, você passa sabão:
a) nas mãos = 3 pessoas b) nas nádegas e região genital = 1 pessoa c) no corpo todo = 97 pessoas d) no pescoço e axilas = 1 pessoa
97; 95%
3; 3%
1; 1%1; 1%
A
B
C
D
Gráfico de Rosca
3%
95%
1% 1%
A
B
C
D
Gráfico de pizza
2) Na sua casa as frutas e verduras são lavadas com: a) água e sabão = 54 pessoas b) vinagre = 31 pessoas c) não são lavadas = 5 pessoas d) cloro = 21 pessoas
54; 48%
31; 28%
5; 5%
21; 19%
A
B
C
D
Gráfico de rosca
54; 48%
31; 28%
5; 5%
21; 19% A
B
C
D
Gráfico de pizza
47 3) A água que é consumida em sua casa é: a) filtrada = 57 pessoas b) fervida = 0 c) filtrada e fervida = 7 pessoas d) nem filtrada, nem fervida = 35 pessoas
57; 58%
35; 35%
0; 0%
7; 7%
A
B
C
D
Gráfico de rosca
57; 58%
0; 0%
7; 7%
35; 35%
A
B
C
D
Gráfico de pizza
48
4) Após utilizar o sanitário você: a) lava as mãos com água = 14 pessoas b) lava as mãos c/ água e sabão = 79 pessoas c) não lava as mãos = 0 d) às vezes lava as mãos = 8 pessoas
14; 14%
79; 78%
8; 8%0; 0%
A
B
C
D
Gráfico de rosca
14; 14%
79; 78%
8; 8%
0; 0% A
B
C
D
Gráfico de pizza
5) O sanitário de sua casa é ligado a: a) rede de esgoto = 29 pessoas b) fossa séptica = 71 pessoas c) não possui sanitário = 0 d) não possui rede de esgoto nem fossa séptica = 0
29; 29%
71; 71%
0; 0%0; 0%
A
B
C
D
Gráfico de rosca
29; 29%
71; 71%
0; 0%0; 0% A
B
C
D
Gráf ico de pizza
49 6) Antes de se alimentar, você lava as mãos com água e sabão? a) SIM = 87 pessoas B) NÃO = 13 pessoas
87; 87%
13; 13%
A
B
Gráfico de rosca
87; 87%
13; 13%
A
B
Gráfico de pizza
7) Qual a importância de estarmos sempre com as unhas cortadas? a) para ficarmos bonitos = 16 pessoas b) não têm importância alguma = 2 pessoas c) é um habito saudável de higiene = 91 pessoas d) para evitar arranhões = 2 pessoas
91; 82%
2; 2%16;
14%
2; 2%
A
B
C
D
Gráfico de rosca
16; 14%
2; 2% 91; 82%
2; 2%
93; 84%
A
B
C
D
Gráfico de pizza
50 8) Você costuma tomar banho de: a) mar = 85 pessoas b) rio = 52 pessoas c) açude = 3 pessoas d) lagoa = 6 pessoas
85; 58%
52; 36%
3; 2% 6; 4%
A
B
C
D
Gráfico de rosca
85; 58%
3; 2%
9; 6%
52; 36% 6; 4% A
B
C
D
Gráfico de pizza
9) Você costuma andar descalço fora de casa? a) SIM = 68 pessoas b) NÃO = 32 pessoas
68; 68%
32; 32%
A
B
Gráfico de rosca
68; 68%
32; 32%
32; 32%
A
B
gráfico de pizza
51 10) Você costuma comer carne de boi ou porco: a) bem cozida = 62 pessoas b) mal cozida = 3 pessoas c) bem assada = 74 pessoas d) mal assada = 8 pessoas
62; 42%
3; 2%
74; 51%
8; 5%
A
B
C
D
Gráfico de rosca
62; 42%
3; 2%74;
51%
8; 5% A
B
C
D
Gráfico de pizza
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02
AGRADECIMENTO 03
DEDICATÓRIA 04
RESUMO 05
SUMÁRIO 07
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - AS VERMINOSES 10
CAPÍTULO II
CONTEXTO DA PESQUISA: DIAS D’ÁVILA 31
CAPÍTULO III
VERMINOSES X SAÚDE DA FAMÍLIA 37
CONCLUSÃO 41
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 44
ANEXOS 46
ÍNDICE 52
53
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição:
Título da Monografia:
Autor:
Data da entrega:
Avaliado por: Conceito: