A Primeira Vez Que Vi Vale Abrão Senti Que Estava Na Presença de Uma Obra de Arte

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 A primeira vez que vi Va le Abrão senti que estava na presença de uma obra de arte. A captação exaustiva do desdobramento da percepção a partir da sua origem primordial. Como um reflexo puro da obra de Agostina. O que é belo e difícil na poesia como noutra forma de arte é que parte necessariamente de uma posição não subectiva de transcend!ncia é algo que se fecunda e se desvela" diferença tr#gica entre adquirir mero con$ecimento e transport#%lo consigo. &ssa elevação pode apenas produzir obras universais mas intimas de uma intimidade de quem intui todas as coisas" como as Confiss'es de Ago stin$o ou os filmes de (anoel de Oli vei ra" ele mes mo dis se" este nde o tempo par a alca nça r a represe nta ção pur a da eternidade" uma eternidade que se expressa nos gestos mais comuns" demorar%se num  plano obrigando o espectador a um esforço contemplativo monumental )é um risco enorme faze%lo porque por distorção criada e imposta todos reeitamos o agora); Ariadne represe nta essa elevação" pel o ol$ ar " uma per cepção labirí nti ca cu a *ni ca  possibilidade de saída do seu pr+prio labirinto é aprender a ol$ar de cima" e uma vez adquirida essa elevação o medo que nos detém enquanto emaran$ados no labirinto" desvanece%se. A poesia e a iluminação são as formas de arte de ,i+nisos" “aprende a ter os meus ouvidos” di zi a a Ari adne “aprende”-" amb as possue m a for ça con templa tiva que modifica de tal forma os limites do plano perceptivo ao ponto da sua extinção no infinito. ,i+nisos pedia outras orel$as a Ariadne porque esta receava%se com o abismo o seu temor do abismo e do pr+prio ,i+nisos porque se morre igualmente pela cegueira da  penumbra como por aquela causada pela luz. -mas podia escut#%lo se tivesse as suas orel$as" o som é acima de tudo primordial e transp'e o abismo e o seu ol$ar # possui afinal a luz nascente do nosso sol. ocar a terra e sentir a face incondicionada do espel$o c+smico" o espel$o nosso.  PS: &spero que ten$as conseguido registar a tua fil$a como Ariadna ainda que nome do grego seria Ariadne é muito bonito e simb+lico como representação do nascimento. &stou a tirar um outro curso de arot é de facto muito diferente porque abarca uma dimensão colectiva e não meramente individual- quantos /s runas ac$o misterioso e int rigant e gostava sincera men te de estu dar mas sem tempo- e os cli ent es da tmn dependem se mim- e de toda a min$a capacidade de me reinventar como m#quina-  0ão con$eço as causas latentes não sei porqu! como sincronicidades" pensar num  palavra e alguém pronunci#%la" ter um son$o que se manifesta na vigília" não ten$o a visão de Ariadne-. espero que a tua )Ariadne1 te conduza para fora do labirinto.

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A primeira vez que vi Vale Abro senti que estava na presena de uma obra de arte

A primeira vez que vi Vale Abro senti que estava na presena de uma obra de arte.

A captao exaustiva do desdobramento da percepo a partir da sua origem primordial.

Como um reflexo puro da obra de Agostina.O que belo e difcil na poesia como noutra forma de arte que parte necessariamente de uma posio no subjectiva de transcendncia algo que se fecunda e se desvela, diferena trgica entre adquirir mero conhecimento e transport-lo consigo.

Essa elevao pode apenas produzir obras universais mas intimas de uma intimidade de quem intui todas as coisas, como as Confisses de Agostinho ou os filmes de Manoel de Oliveira, ele mesmo disse, estende o tempo para alcanar a representao pura da eternidade, uma eternidade que se expressa nos gestos mais comuns, demorar-se num plano obrigando o espectador a um esforo contemplativo monumental ( um risco enorme faze-lo porque por distoro criada e imposta todos rejeitamos o agora); Ariadne representa essa elevao, pelo olhar, uma percepo labirntica cuja nica possibilidade de sada do seu prprio labirinto aprender a olhar de cima, e uma vez adquirida essa elevao o medo que nos detm enquanto emaranhados no labirinto, desvanece-se.A poesia e a iluminao so as formas de arte de Dinisos, aprende a ter os meus ouvidos dizia a Ariadne aprende, ambas possuem a fora contemplativa que modifica de tal forma os limites do plano perceptivo ao ponto da sua extino no infinito.Dinisos pedia outras orelhas a Ariadne porque esta receava-se com o abismo o seu temor do abismo e do prprio Dinisos porque se morre igualmente pela cegueira da penumbra como por aquela causada pela luz. mas podia escut-lo se tivesse as suas orelhas, o som acima de tudo primordial e transpe o abismo e o seu olhar j possui afinal a luz nascente do nosso sol.Tocar a terra e sentir a face incondicionada do espelho csmico, o espelho nosso.PS: Espero que tenhas conseguido registar a tua filha como Ariadna ainda que nome do grego seria Ariadne muito bonito e simblico como representao do nascimento.

Estou a tirar um outro curso de Tarot de facto muito diferente porque abarca uma dimenso colectiva e no meramente individual quantos s runas acho misterioso e intrigante gostava sinceramente de estudar mas sem tempo e os clientes da tmn dependem se mim e de toda a minha capacidade de me reinventar como mquina

No conheo as causas latentes no sei porqu como sincronicidades, pensar num palavra e algum pronunci-la, ter um sonho que se manifesta na viglia, no tenho a viso de Ariadne. espero que a tua (Ariadne) te conduza para fora do labirinto.