A PRINCESA E A FLOR DA LIBERDADE DA LIBERDADE (CLIQUE P/AVANÇAR)
Transcript of A PRINCESA E A FLOR DA LIBERDADE DA LIBERDADE (CLIQUE P/AVANÇAR)
A PRINCESA E A FLORA PRINCESA E A FLOR DA LIBERDADEDA LIBERDADE
(CLIQUE P/AVANÇAR)
Defensora ardente do abolicionismo, a Princesa Isabel uniu-se aos partidários da
causa.
Apoiou muitos abolicionistas, mesmo os aliados ao incipiente movimento
republicano.
Financiava a alforria de ex-escravos com seu próprio dinheiro e apoiava a
comunidade do Quilombo do Leblon, que cultivava camélias brancas, símbolo do
abolicionismo.
Chegava mesmo a receber fugitivos em sua residência em Petrópolis.
"A Princesa Isabel também protegia fugitivos em Petrópolis. Temos sobre
isso o testemunho insuspeito do grande abolicionista André Rebouças, que tudo registrava em sua caderneta implacável. Só assim podemos saber hoje, com dados precisos, que no dia 4 de maio de 1888,
“almoçaram no Palácio Imperial 14 africanos fugidos das fazendas circunvizinhas de Petrópolis”.
E mais:
“todo o esquema de promoção de fugas e alojamento de escravos foi montado pela
própria Princesa Isabel.”
André Rebouças sabia de tudo porque estava comprometido com o esquema. O proprietário do Hotel Bragança, onde André Rebouças se
hospedava, também estava comprometido até o pescoço, chegando a esconder 30 fugitivos em
sua fazenda, nos arredores da cidade. O advogado Marcos Fioravanti era outro
envolvido, sendo uma espécie de coordenador geral das fugas.
Não faltava ao esquema nem mesmo o apoio de importantes damas da corte, como Madame Avelar e Cecília, condessa da Estrela, companheiras fiéis de Isabel e
também abolicionistas da gema.
Às vésperas da Abolição final, conforme anotou Rebouças, já subiam a mais de mil
os fugitivos “acolhidos” e “hospedados” sob os auspícios de Dona Isabel.”
"Isabel Cristina comemorou seu aniversário de 39 anos, em 1885, com uma solenidade no Paço Municipal da
capital, o Rio de Janeiro.
Sentada, tendo a seu lado o marido, foi a estrela da cerimônia em que diversos
escravos foram alforriados.
Conforme os nomes dos beneficiados eram anunciados pelo vice-presidente da Câmara, João Florentino Meira de
Vasconcellos, eles seguiam para receber seus certificados de libertação das mãos
de Isabel.
Cada ex-escravo curvava-se e, em sinal de respeito e gratidão, dava um beijo na
mão da aniversariante.
A relação de afeto entre a mulher e os negros começava
a ser demonstrada publicamente.”
Já antes, em 1871, quando fora aprovada a Lei do Ventre Livre, na sessão que ficou
chamada Sessão das Flores, uma chuva de rosas desatou-se no plenário da Assembléia.
O ministro dos Estados Unidos no Rio de Janeiro colheu algumas dessas flores, e
disse:
“Vou mandar estas flores para meu país, para mostrar como aqui se fez uma lei que lá
custou tanto sangue”.
A Guerra de Secessão nos Estados Unidos custara seiscentos mil mortos.
Poderosos escravocratas infundiram na opinião pública,
através do Parlamento e da imprensa, a idéia de que a
abolição da escravatura seria a bancarrota econômica do
império, e os advogados dos escravocratas criaram a tese jurídica de que o escravo era "propriedade" do senhor de
engenho e, portanto, estavam sob amparo da Constituição, que
garantia
o "direito de propriedade".
Eram tensas as relações entre a Regente e o Gabinete ministerial
conservador.
Aproveitando-se da oportunidade oferecida por um incidente de rua, Isabel demitiu o ministério e nomeou o conselheiro João Alfredo, demonstrando determinação
política..
Na Fala do Trono, de 1888, Isabel dissera com o coração jubiloso:
"confio em que não hesitarei de apagar do direito pátrio a única exceção que nele
figura..."
O Conde D’Eu, marido de Isabel, ainda lhe advertiu:
"não assine, Isabel, pode ser o fim da Monarquia."
Mas a Princesa estava determinada e respondeu prontamente ao marido:
É AGORA OU NUNCA!
A história há de fazer sempre justiça à "Princesa Redentora", título que lhe atribuiu José do Patrocínio, pois ela
demonstrou no processo abolicionista firmeza, coragem e, sobretudo, nobre
desapego ao cargo, o qual - lhe preveniram - haveria de ser dela tomado
pela reação inevitável dos altos e egoísticos interesses escravocratas
contrariados, tudo conforme relata o livro Dom Pedro II e a Princesa Isabel,
da Editora Lorenz, onde consta memorável testemunho do nobre abolicionista Joaquim Nabuco:
" No dia em que a Princesa Imperial se decidiu ao seu grande golpe de humanidade, sabia tudo o
que arriscava.
A raça que ia libertar não tinha para lhe dar senão o seu sangue, e
ela não o queria nunca para cimentar o trono de seu filho. “
A classe proprietária ameaçava passar-se toda para a República, seu pai parecia estar
moribundo em Milão, era provável a mudança de reino durante a crise , e ela não hesitou:
uma voz interior disse-lhe que um grande dever tem que ser cumprido, ou um grande
sacrifício que ser aceito.
Se a Monarquia pudesse sobreviver à abolição, esta seria o apanágio.
Se sucumbisse, seria o seu testamento..."
Em 13 de maio de 1888, num domingo, aconteceram as últimas
votações de um projeto de abolição total. Certa da vitória, a regente
desceu de Petrópolis, cidade serrana, para aguardar no Paço Imperial o momento de assinar a Lei Áurea.
Usou uma pena de ouro especialmente confeccionada para a ocasião,
recebendo a aclamação do povo do Rio de Janeiro.
O Jornal da Tarde, de 15 de maio de 1888, noticiou que
"o povo que se aglomerava em frente do Paço, ao saber que já estava
sancionada a grande Lei, chamou Sua Alteza, que aparecendo à janela, foi
saudada por estrepitosos vivas."
As galerias do Paço estavam repletas, e sob vivas e aplausos de uma
multidão estimada em 10 mil pessoas, Isabel sancionou a Lei aprovada pelo
Parlamento do Império.
O jornalista mulato José do Patrocínio, aliado da Coroa, invadiu o recinto sem
que ninguém conseguisse detê-lo e atirou-se aos pés da Princesa Regente em prantos de gratidão. Isabel dava
provas, de que seu reino era, sim, deste mundo, contrariando a ironia do conselheiro Saraiva que afirmara
justamente o contrário, zombando do sentimento profundamente cristão de
Isabel.
A Em 28 de setembro, o Papa Leão XIII lhe remeteu a comenda da Rosa de Ouro, como reconhecimento pela
Abolição da Escravatura.
Essa comenda pontifícia simboliza o reconhecimento do Papa a algum feito
notável e que mereça o regozijo de toda a Igreja.
A Princesa Isabel foi a única
personalidade brasileira a receber a
Rosa de Ouro.
Quando perguntou ao Barão de Cotegipe:
“Então, não venci a batalha?”
este, ao cumprimentar a princesa, vaticinou:
"Vossa Alteza libertou uma raça, mas perdeu o trono".
Mas a Princesa não hesitou em responder:
"Mil tronos eu tivesse,
mil tronos eu daria para libertar os escravos do Brasil"
A PRINCESA ISABEL TINHA UM PROJETO DE INDENIZAÇÃO AOS ESCRAVOS, CONFORME CARTA DE 11 DE AGOSTO DE 1889, ENDEREÇADA AO MARQUÊS DE SANTA VITÓRIA. NELA SE
REVELAM SEUS ESFORÇOS E DE SEU PAI, D. PEDRO II, PARA PROVER CONDIÇÕES DIGNAS DE SOBREVIVÊNCIA E INSERÇÃO
DA POPULAÇÃO EX-ESCRAVA NA SOCIEDADE BRASILEIRA. DEFENDE A INDENIZAÇÃO E CONSTITUIÇÃO DE UM FUNDO
PARA A COMPRA E DOAÇÃO DE TERRAS QUE LHES PERMITESSEM SOBREVIVER E SE INSERIR SOCIALMENTE PELA EXPLORAÇÃO AGRÁRIA E PECUNIÁRIA SUSTENTADA. (trecho de
Sueli Carneiro, Doutora em Educação pela USP e diretora do Geledés, Instituto da Mulher Negra).
FORMATAÇÃO: CLAUDIA MADEIRAENTRE NO SITE: http://slidescorepoesia.com
TEXTO: INTERNETIMAGENS: GOOGLE
SOM:”GRANDE FANTASIA TRIUNFAL SOBRE O HINO NACIONAL BRASILEIRO”DE GOTTSHALK, CRISTINA ORTIZ AO PIANO, ORQ. SINFÔNICA DE BERLIM (EDITADO/YOU TUBE)
QUEM DESEJAR RECEBER E-MAILS EM SUA CAIXA POSTAL ESCREVA PARA [email protected] COLOCANDO EM ASSUNTO:
RECEBER SLIDES