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Universidade Estadual de Maringá 07 a 09 de Maio de 2012 1 A PRODUÇÃO ACADÊMICA SOBRE O ENSINO DE HISTÓRIA: APONTAMENTOS PRELIMIARES. SANTOS, André das Chagas (UNIOESTE) 1 SILVA, João Carlos da (UNIOESTE) 2 INTRODUÇÃO Nos últimos anos tem-se discutido questões teórico-metodológicas sobre o Ensino de História no Brasil, cujo campo de pesquisa vem crescendo e incorporando novas temáticas como: currículo, formação de professores e livro didático. Segundo Luis Fernando Cerri (2007), o Paraná é uma das unidades da federação que se destaca quanto ao número de grupos de estudo dedicados a temática ensino de História. No entanto, o mesmo autor nos alerta, que muito do que é produzido acaba sendo diluído em periódicos e em eventos, ou não são publicados pela escassez de espaços de publicação. As pesquisas que se dedicam ao mapeamento e discussão de certa produção acadêmica em diversos campos de conhecimento são denominados de “Estado da Arte”. (FERREIRA apud CARDOSO; JACOMELI 2010, p. 273). Este tipo de produção pode ser divida em dois momentos: a investigação, momento em que é realizado o mapeamento com o objetivo de identificar “onde”, “quem”, “quando” foram produzidos os textos. O segundo momento é quando o pesquisador faz a tentativa de inventariar, relacionando ou comparando as produções. O objetivo deste texto é realizar um levantamento preliminar sobre a produção acadêmica acerca do ensino de História desde o ano de 2006, nos programas de pós- graduação stricto sensu em Educação, em nível de Mestrado, em universidades do 1 Licenciado em História CEULS/ULBRA. Discente do Programa de Pós-graduação em Educação/Mestrado em educação/UNIOESTE, Campus Cascavel, PR. Membro do Grupo de pesquisa HISTEDBR/GT- Cascavel. E-mail: [email protected] 2 Doutor em História e filosofia da Educação/FE-UNICAMP. Professor no Colegiado do Curso de Pedagogia e do Programa de Pós-graduação em educação/Mestrado em educação/UNIOESTE, Campus Cascavel, PR. Membro do Grupo de pesquisa HISTEDBR/GT- Cascavel. E-mail: [email protected]

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A PRODUÇÃO ACADÊMICA SOBRE O ENSINO DE HISTÓRIA:

APONTAMENTOS PRELIMIARES.

SANTOS, André das Chagas (UNIOESTE)1

SILVA, João Carlos da (UNIOESTE)2

INTRODUÇÃO

Nos últimos anos tem-se discutido questões teórico-metodológicas sobre o Ensino

de História no Brasil, cujo campo de pesquisa vem crescendo e incorporando novas

temáticas como: currículo, formação de professores e livro didático. Segundo Luis

Fernando Cerri (2007), o Paraná é uma das unidades da federação que se destaca quanto

ao número de grupos de estudo dedicados a temática ensino de História. No entanto, o

mesmo autor nos alerta, que muito do que é produzido acaba sendo diluído em

periódicos e em eventos, ou não são publicados pela escassez de espaços de publicação.

As pesquisas que se dedicam ao mapeamento e discussão de certa produção

acadêmica em diversos campos de conhecimento são denominados de “Estado da Arte”.

(FERREIRA apud CARDOSO; JACOMELI 2010, p. 273). Este tipo de produção pode

ser divida em dois momentos: a investigação, momento em que é realizado o

mapeamento com o objetivo de identificar “onde”, “quem”, “quando” foram produzidos

os textos. O segundo momento é quando o pesquisador faz a tentativa de inventariar,

relacionando ou comparando as produções.

O objetivo deste texto é realizar um levantamento preliminar sobre a produção

acadêmica acerca do ensino de História desde o ano de 2006, nos programas de pós-

graduação stricto sensu em Educação, em nível de Mestrado, em universidades do

1 Licenciado em História CEULS/ULBRA. Discente do Programa de Pós-graduação em Educação/Mestrado em educação/UNIOESTE, Campus Cascavel, PR. Membro do Grupo de pesquisa HISTEDBR/GT- Cascavel. E-mail: [email protected] 2 Doutor em História e filosofia da Educação/FE-UNICAMP. Professor no Colegiado do Curso de Pedagogia e do Programa de Pós-graduação em educação/Mestrado em educação/UNIOESTE, Campus Cascavel, PR. Membro do Grupo de pesquisa HISTEDBR/GT- Cascavel. E-mail: [email protected]

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Paraná, com o objetivo de compreender quais as perspectivas do campo de estudo

“ensino de história”, apresentados nas dissertações desses programas.

Além das dissertações também foram considerados três livros dedicados ao ensino

de história, sendo três coletâneas e artigos publicados nas revistas HISTEDBR- On-Line

e Revista Brasileira de História da Educação. Esperamos com este estudo contribuir

com as discussões sobre o ensino de história.

O ensino de história nas dissertações em universidade do Estado do Paraná

No conjunto da produção levantada nas universidades do Estado do Paraná, desde

2006, foram defendidas quinze dissertações com enfoques relacionados ao ensino de

História. Na Universidade Estadual de Maringá, UEM, no período pesquisado,

encontramos a dissertação de Delton Aparecido Felipe, com o titulo “Narrativas para

alteridade: o cinema na formação de professores e professoras para o ensino de história

e cultura afro-brasileira e africana na educação básica”, defendida no ano de 2009. Para

a realização deste trabalho, o autor elaborou um curso de formação para professores, no

qual foram apresentados filmes que podem desencadear debates sobre história e cultura

africana. Este estudo foi dividido em três momentos: (a) contextualização do ensino de

História e a implantação da lei 10.639/2003, que torna obrigatório o ensino de História e

cultura africana na educação básica. (b) descrição dos procedimentos, a elaboração do

curso, a escolha dos sujeitos e etc. (c) análise e discussão das atividades realizadas. Ao

final o autor conclui que a utilização de narrativas fílmicas contribui para o ensino de

História e cultura africana.

Na Universidade Estadual de Ponta Grossa, UEPG, levantamos quatro

dissertações com o tema ensino de História. A primeira intitulada: “Nem sacerdotes,

nem guerrilheiros: professores de História e os processos de consciência histórica na

construção de identidades”, defendida em 2007, por Caroline Pacievtch. Neste trabalho

a autora procura compreender o processo de consciência histórica mobilizado por

professores em suas historias de vida profissional e pessoal, identificando elementos da

consciência histórica que condicionam o trabalho destes profissionais. Ainda em 2007,

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levantamos a dissertação de Maria Antonia Marçal, com o titulo “Quem vai me ensinar

de novo?” “Os homens se educam em comunhão”: experiências de constituição docente

através de grupos de estudos de professores de história (2004-2006), em analisa os

grupos de estudo de professores de história. A autora aponta que os professores sentem

necessidade de grupos para compartilharem suas experiências e angustias, no entanto

cursos que silencie os saberes e experiências de docentes, não desencadeiam mudanças

substantivas na ação educativa desses sujeitos. A terceira dissertação defendida foi a de Marcos Roberto Kusnick, com o titulo “A

Filosofia Cotidiana da História: uma contribuição para a Didática da História” (2008),

na qual, o pesquisador procura entender como os alunos de ensino médio se posicionam

quanto ao ensino de história. Outra dissertação defendida nesta universidade foi a de

Federico José Alvez Cavanna, com o titulo “O ensino da história recente em Uruguai

(2004-2008): As questões da laicidade e da disciplina história”, no ano 2009. O autor

faz uma discussão sobre a situação política Uruguaia, onde desde 2004, os partidos de

esquerda alcançaram maioria nas eleições e com isso abriu espaço para a discussão de

temas como a ditadura militar neste país, e situa a questão da laicidade no ensino de

história recente do Uruguai. A última dissertação do período estudado foi de Glaucia

Marília Hass, intitulada “Consciência Histórica e Narrativa: um estudo sobre a

articulação temporal e representação de futuro de estudantes” foi defendida 2011, neste

trabalho procurou-se compreender qual a noção de consciência histórica de estudantes

da educação básica e quais as perspectivas de futuro presentes em narrativas produzidas

pelos sujeitos investigados.

Na Universidade Estadual de Londrina, UEL, no programa de Mestrado em

Educação, encontramos oito dissertações com temas relacionados ao ensino de História.

A primeira defendida em 2007, por Airton de Moraes, com o titulo “As concepções de

historia presentes no ensino fundamental: as relações entre historiografia, metodologias

e o ensino de história”. Neste texto o autor procurar entender como as correntes

historiográficas influenciam no ensino de história. Ao final do trabalho o autor conclui

que a falta de referencial teórico com relação às correntes historiográficas aliadas ao

falta de recursos pedagógicos e materiais influenciam no rendimento dos professores e

alunos nas aulas de história.

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Em 2008, Roberto Cezar de Andrade defendeu a dissertação intitulada

“Construindo discursos e compartilhando memórias: a década de 70 e a formação de

professores de História na Universidade Estadual de Londrina”, neste texto o autor

procura analisar, através de entrevistas com professores, a formação de professores de

história no período da ditadura militar na UEL. No mesmo ano, foi defendida a

dissertação de Sueli de Fátima Dias, com o titulo “a pratica pedagógica do professor de

historia: o estudo de suas percepções nos colégios estaduais de Apucarana – PR”, em

que procura entender como os professores analisam suas praticas pedagógicas

cotidianas, e conclui que os professores sentem a necessidade de uma aproximação dos

conhecimentos produzidos na universidade e a realidade na educação básica. A ultima

dissertação levantada no ano de 2008, foi a de Lucineia Cunha Steca, com o titulo “a

prática docente do professor de história: um estudo sobre o ensino de história do Paraná

nas escolas estaduais de Londrina”. Neste trabalho o autor procura entender qual a

história do Paraná os professores de história conhecem e ensinam aos seus alunos.

No ano de 2009, levantamos a dissertação de Denise Martins Américo De Souza,

intitulada “Parâmetros curriculares de história: do discurso oficial sobre a explicação

histórica às elaborações de professores das séries iniciais”. O objetivo da pesquisa foi

analisar a repercussão dos pressupostos teóricos contidos nos parâmetros curriculares

nacionais. Outra dissertação defendida neste ano acerca do ensino de história foi a de

Mariana Reis Feitosa. Intitulado “O lugar da Prática de Ensino e do Estágio

Supervisionada na formação inicial do professor de História: um estudo sobre o curso

de História da UNESP/ Assis” o texto investiga o significado da disciplina Metodologia

de Prática de Ensino e Estágio Supervisionado na formação inicial do professor de

História.

Sirlei Maria do Nascimento defendeu “As concepções de professores das séries

iniciais e a aula de História: um estudo com professores de uma escola da rede

municipal de Londrina” em 2010. O objetivo de sua pesquisa foi o de entender como os

professores de história de series iniciais trabalham a disciplina de história. A pesquisa

indicou que se faz necessário um programa de formação de continuada para que os

professores possam articular seus saberes e práticas. A última dissertação que

levantamos na UEL, foi a de Ana Cláudia Cerini Trevisan, com o titulo “Tecnologia e

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História: a cultura da escola e os saberes de professoras dos anos iniciais do Ensino

Fundamental”, (2011). A pesquisa buscou compreender a percepção que os professores

têm sobre as novas tecnologias, o computador e internet e sua aplicação ao processo de

ensino-aprendizagem em especial no ensino de história. Na Universidade Federal do Paraná, UFPR, levantamos três dissertações que

abordam a temática Ensino de História. A primeira é intitulada “Lembrança, interesse e

história substantiva: significados do ensino e aprendizagem da história para os sujeitos

da educação de jovens e adultos” defendida por Claudia Hickenbick, em 2009. A autora

procura compreender ideias históricas dos sujeitos da EJA, sendo centrais na

investigação as concepções históricas, as fontes de pesquisa, o trabalho e o oficio do

historiador.

No mesmo ano, Jaqueline Lesinhovski Talamini, com o titulo “O uso do livro

didático de História nas séries iniciais do ensino fundamental: a relação dos professores

com os conceitos presentes nos manuais” apresentou a análise da relação dos

professores de história com os livros didáticos e responder se é possível aprender

conceitos históricos através do livro didático nas series iniciais do ensino fundamental.

Por fim “Os manuais de Didática da História e a constituição de uma epistemologia da

Didática da História”, trabalho escrito por Osvaldo Rodrigues Junior no ano de 2010.

Esta pesquisa buscou compreender a relação entre a teoria da História e as concepções

pedagógicas na constituição da Didática da História.

O ensino de história nas coletâneas

Nesta seção faremos uma breve apresentação de alguns aspectos que ao nosso ver

mereceram destaque em três coletâneas dedicados a temática ensino de história3. A

primeira coletânea “Ensino de história: sujeitos, saberes e práticas tem como

organizadores Ana Maria Monteiro, Arlete Medeiros Gasparello e Marcelo de Souza

3 KARNAL, Leandro (org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo, SP: contexto, 2005. GASPARELLO, Ana Maria, , MEDEIROS, Arlette; MAGALHÃES, Marcelo de Souza (Orgs). Ensino de história: sujeitos saberes e práticas. Rio de janeiro: Mauad. 2007. CERRI, Luis Fernando. (Org.). Ensino de História e Educação: Olhares em convergência. 1 ed. Ponta Grossa, PR: Editora da UEPG, 2006.

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Magalhães, publicado em 2007. Ana Heloisa Molina, no artigo desta, coletânea Ensino

de História: olhares em convergência, defende a ideia de que a formação do professor

está associada ao currículo nos cursos de formação de professores no ensino superior.

Essa questão é relacionada à questão professor/pesquisador. Durante algum tempo estes

conceitos pareciam dicotômicos, e representavam o modelo de formação de professores

no Brasil.

Neste modelo não havia integração entre as disciplinas pedagógicas, teóricas e de

conhecimentos específicos. Outro problema é que os cursos de formação de licenciados

em História, ainda apresentam uma grade curricular que tem como referencia uma

historia baseada na divisão compartimentada da historia, e com forte apego a visão

eurocêntrica. Geni Rosa Duarte e Emilio Gonzáles indicam caminhos de como utilizar a

música popular como fonte de pesquisa no ensino de história e complementam

afirmando que é dever do historiador e do professor de história levantar fontes e

produzir conhecimento pra contribuir na luta contra as injustiças e as classes dominantes

ou não.

Partindo de outra perspectiva, no artigo Do formar ao fazer-se professor, Elison

Antonio Paim (2007) defende a formação como um processo que acontece no dia a dia,

no cotidiano escolar, ao entrar em contato com a dinâmica da escola. Ao se falar de

formação de professores, se pensa de imediato, na formação recebida ou dada na

universidade, como se formar alguém fosse algo definitivo. Nessa lógica, o professor ao

atuar em sala acaba se tornando mero repetidor, e transmissor de conteúdo. Neste modelo não há espaço para autonomia, produção, diferenciação, os imponderáveis que estes professores irão encontrar nas escolas, como alunos cansados, com fome com uma sobre carga de trabalho, com falta ou inexistência de materiais como livros e mapas. (PAIM 2007, p.158)

Ainda na discussão sobre a formação de professores de História, Arlete Medeiros

Gasparello, no artigo “Encontro de saberes: as disciplinas escolares, o historiador da

educação e o professor” articula esta temática ao currículo de história, argumentando

que os professores de história e o currículo escolar de história são influenciados pelos

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debates historiográficos e pedagógicos, e que nos últimos anos a história nova está

encontrando mais espaço na escola.

Outro tema que vem sendo trabalhado esta relacionado aos livros didáticos de

História. Segundo Kazumi Munakata, no texto “O livro didático e o professor: entre a

ortodoxia e a apropriação”, o livro didático é um dos principais dispositivos da

educação escolar, e que para examiná-lo é preciso ir além da elucidação dos conteúdos,

mas também os procedimentos de sua produção, difusão, escolha e aquisição. E

prossegue afirmando que o livro é a mais importante definição do currículo escolar em

países em desenvolvimento, e que deve ser um auxiliar do professor e do aluno.

Na coletânea “História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas”,

organizada por Leandro karnal (2005), na apresentação o organizador justifica o estudo

sobre o ensino de história afirmando que tanto o fazer histórico, quanto o fazer

pedagógico são mutáveis, e se transformam por causa dos métodos, das fontes e dos

agentes envolvidos no processo. Nesta coletânea destacamos o texto de Jaime Pinsky e

Carla Bassanezi Pinsky, intitulado Por uma História prazerosa e consequente. Neste

texto os autores defendem a volta dos conteúdos nas aulas de história e dão algumas

indicações de como trabalhar determinados conteúdos em sala de aula. Os autores

também fazem a defesa da história cultural como referencial nas salas de aula e que não

da mais pra ficar só pensando em luta de classes.

O ensino de história nas revistas científicas

A Revista Brasileira de História da Educação, publicação da sociedade brasileira

de história da educação (SBHE), fundada em 28 de setembro de 1999. Tem como

objetivos congregar profissionais brasileiros que realizam atividades de pesquisa e/ou

docência em História da Educação e estimular estudos interdisciplinares, promovendo

intercâmbios com entidades nacionais e internacionais e especializadas de áreas afins. É

uma organização filiada à ISCHE (International Standing Conference for the History of

Education), a Associação Internacional de História da Educação. A revista tem uma

publicação quadrimestral e seu primeiro número foi publicado em 2001.

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Nesta revista levantamos três artigos acerca da temática em questão. O primeiro

foi “Um estudo sobre a cultura escolar no Rio de Janeiro dos anos de 1930 pelas lições

de história”, de autoria de Miriam Chaves (2006). Neste texto a autora procura

compreender através de lições escolares de história, como a educação contribui para

construção de um tipo de cidadão idealizado. No mesmo texto é abordada a questão das

reformas educacionais na cidade do Rio de Janeiro, no período em que foram

implantadas escolas de referencia, pelo então secretario de educação do Rio de Janeiro,

Anísio Teixeira.

No ano de 2010, levantamos o texto de Claude Carpentier, traduzido por Dislane

Zerbinatti Moraes, intitulado “Manuais e programas escolares franceses de história e de

geografia: identidades, globalização e construção europeia (1995-2002)”. Neste texto o

autor procurar mostrar como os manuais de história e geografia discutem o processo de

globalização e a formação da identidade europeia. Segundo o autor os aspectos

destrutivos da globalização são descritos como um risco de perda de identidade, o que

aumenta as desigualdades e as resistências de identidades. Ainda neste mesmo número

levantamos o artigo “Ensino de história e cultura escolar: fontes e questões

metodológicas”, de Antonio Simplício Neto, no qual analisa questões metodológicas

sobre o uso de fontes para pesquisa em sobre a cultura escolar, em especial ao ensino de

História, para tal o autor se utiliza de registros manuscritos internos de escolas da rede

estadual de São Paulo (décadas de 1960 e 1970) e Relatórios de estágio dos alunos de

prática de ensino de história da Feusp (1972-79).

A revista HISTEDBR– On Line é uma publicação do Grupo de Estudos História

Sociedade e Educação no Brasil. Liderado por Dermeval Saviani, o grupo vem desde a

década de 1986, vem contribuindo para o produção de conhecimento sobre a história da

educação brasileira e para o ensino de história. Na revista HISTEDBR- ONLINE, foram

levantados 23 artigos4, sendo 03 artigos dedicados a temática de formação de

4Os artigos levantados na Revista On Line do HISTEDBR e seus respectivos autores foram: ALMEIDA, Maria de Fátima Ramos de; LIMA, Sandra Cristina Fagundes de. Patrimônio cultural, história da educação e formação continuada de professores. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n.24, p. 114 –124, dez. 2006; ALVES, Gilberto Luiz. Manuais didáticos de história do Brasil no Colégio D. Pedro II: do Império às primeiras décadas da república. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n.35, p 230-249, set.2009; BARBOSA, Leandro Mendonça. Aspectos teórico-metodológicos da história e sua

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professores de história; 03 dedicados a temática de História do ensino de história; 03

sobre a temática da história da África e afrodescendentes; 05 sobre os livros didáticos de

história; e 09 sobre questões teórico-metodológicas do ensino de história. No conjunto

dos artigos levantados destacamos seis, correspondendo a uma das temáticas indicadas

aplicabilidade na prática de ensino. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n.36, p. 235-245, dez.2009; BRANCO, Gisele Cristina; MALACARNE, Vilmar. A questão da identidade nacional brasileira na obra história geral do Brasil de Francisco Adolfo de Varnhagen: cultura e educação. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n.32, p.95-112, dez.2008; BUFREM, Leilah Santiago; SCHMIDT, Maria Auxiliadora; GARCIA, Tânia Maria F. Braga. Os manuais destinados a professores como fontes para a história das formas de ensinar. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n.22, p. 120 –130, jun. 2006; CAINELLI, Marlene Rosa; TUMA, Magda Madalena P.. História e memória na construção do pensamento histórico: uma investigação em educação histórica. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n.34, p.211-222, jun.2009; CAVALCANTE, Maria da paz; GÓIS, Francisca Lacerda de. A teoria da atividade e o ensino de história: perspectivas no ensinar e aprender. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n.40, p. 164-178, dez.2010; CENTENO, Carla Villamaina. O conhecimento histórico vulgarizado: a “ditadura” do manual didático. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n.33, p.169-178, mar.2009; CENTENO,Carla Villamaina. O manual didático projeto araribá história no município de campo grande, ms (2008). Revista HISTEDBR On-line, Campinas, número especial, p.20-35, mai.2010; COLARES, Anselmo Alencar; GOMES, Marco Antonio de Oliveira; Colares, Maria Lília Imbiriba Sousa. História e cultura afro-brasileira e indígena nas escolas: uma reflexão necessária. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n.38, p.197-213, jun.2010; FELIPE, Delton Aparecido. Nota sobre as políticas em prol do ensino da história e cultura afro-brasileira e africana na educação escolar. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n.39, p.250-266, set.2010; FIÚZA, Alexandre Felipe. O resto é verdade: história e ficção em sala de aula no curtametragem ilha das flores. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n.32, p.243-253, dez.2008; GIANI, Luiz. Artes, para a didática da história. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, número especial, p.283-307, ago.2010; MAGALHÃES, Lívia Diana rocha. Educação, história e memória: uma aproximação do estudo geracional. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n.28, p.99 –105, dez. 2007; MARTINS, Marcos Francisco. História e cultura afro-brasileira: o que os professores e os alunos aprenderam na escola pública? Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n.33, p.194-206, mar.2009; MIMESSE, Eliane As avaliações aplicadas pelos professores na disciplina história nas décadas de 1970 e 1980. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n.30, p.119-132, jun.2008; MIMESSE, Eliane, O ensino profissional obrigatório de 20 grau nas décadas de 70m80 e as aulas dos professores de História. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n.26, p105 –113, jun. 2007; MIMESSE, Eliane. A prática pedagógica dos professores de história no uso dos livros didáticos. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n.35, p. 96-107, set.2009; MITTERER, Isabela Toscan; HOFF, Sandino. A organização do trabalho didático na disciplina história no ginásio frei Rogério (1943-1961). Revista HISTEDBR On-line, Campinas, número especial, p. 194-214, mai.2010; NASCIMENTO, Maria Isabel Moura; NASCIMENTO, Manoel Nelito Matheus. O lugar da história na formação do professor. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n.38, p. 186-196, jun.2010; NASCIMENTO, Sirlei Maria do. As concepções de professores das séries iniciais e a aula de História: um estudo com professores de uma escola da rede municipal de Londrina. 2010. 120 f. Dissertação (Mestrado em Educação) Universidade Estadual de Londrina, 2010; ORSO, Paulino José. Pressupostos teórico-metodológicos para o ensino de história. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n.32, p.224-232, dez.2008; RUCKSTADTER, Flávio Massami Martins; RUCKSTADTER, Vanessa Campos Mariano. As origens do ensino de história no Brasil colonial: apresentação do epítome cronológico, genealógico e histórico do padre jesuíta António Maria Bonucci. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, número especial, p.76-85, mai.2010; SOUSA, Rodrigo augusto de. O Ensino de História na Perspectiva Intelectual de Alfredo Miguel Aguayo. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n.43, p. 118-131, set2011.

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acima. As questões teórico-metodológicas foi uma temática que teve destaque e por isso

foi apreciado em dois momentos nessa seção.

Paulino José Orso (2008) considera que o ensino de língua portuguesa e

matemática assumem o papel de primazia, na educação brasileira, relegando ao ensino

de história um papel secundário. Pois, no senso comum, ou no mundo das ideias, o fato

de saber ler e escrever, por si só, já daria condições ao aluno, conhecer a história. Na

educação tradicional, o ensino de história se apresenta como uma sequencia cronológica

de fatos heroicos, de personagens ilustres, em geral, reis, presidentes, e etc. Desta

forma, o ensino de historia contribui para a manutenção da ordem social, do estado de

exploração a que as camadas populares são submetidas pelo grande capital. Nesta

perspectiva o ensino de história perde seu potencial transformador.

Para que o potencial de transformação social que a disciplina histórica possui seja

de fato aproveitado, três pressupostos devem ser adotados nas aulas de história. O primeiro, é o de que a realidade não é estática, encontra-se em constante transformação, em movimento, em constante devir e que, portanto, tudo se transforma o tempo todo; que as coisas, os fatos e a realidade que presenciamos hoje, não foi, nem continuará da mesma forma como se encontra; o segundo, é que é preciso estarmos vivos para podermos fazer história e que quem a faz é o próprio homem; terceiro, que a base da sociedade está fundada no trabalho. (ORSO, 2008, p. 228).

Em artigo publicado em 2009, intitulado “Aspectos teórico-metodológicos a

história e sua aplicabilidade na prática de ensino”, Leandro Mendonça Barbosa,

apresenta discussões de professores em cursos de graduação sobre a utilização de

questões teórico-metodológicos no ensino de história, e como trabalhar conceitos como

ideologia, patrimônio cultural, estado, público etc. Segundo o autor este trabalho pode

ser dividido em momentos, sendo o primeiro a apresentação dos conceitos; o segundo

uma pesquisa documental, com a busca de fontes, como por exemplo, jornais do

período em questão. E o terceiro momento seria o de aumentar a complexidade da

pesquisa estendendo os conceitos e as fontes a historia da nação, de uma guerra, da

cidade etc.

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“A prática pedagógica dos professores de história no uso dos livros didáticos” é o

titulo do artigo publicado por Eliane Mimesse em 2009, no qual faz uma analise a partir

de relatórios de estagio de alunos do curso de história da USP, no período de 1972 1

1986, das práticas pedagógicas e como se desenvolvem os conteúdos e a utilização do

livro de didático de história por professores na cidade de São Paulo.

Carla Villamaina Centeno, em 2009, publicou o artigo “O conhecimento histórico

vulgarizado: a “ditadura” do manual didático”, no qual tece algumas críticas a utilização

indiscriminada dos livros didáticos na educação básica, segundo a autora e seus

referenciais os livros didáticos são responsáveis pela vulgarização do conhecimento.

Para a autora o conhecimento que ele veicula é fragmentado e “(...) no ensino de

História estão excluídos o seu fazer científico típico e os instrumentos que aciona para

produzir o conhecimento, como a pesquisa com variadas fontes, por exemplo”. (p. 176).

No texto de Delton Aparecido Felipe e Teresa Kazuko Teruya, de 2010, “Nota

sobre as políticas em prol do ensino da história e cultura afro-brasileira e africana na

educação escolar”, os autores apresentam alguns aspectos positivos sobre a implantação

da lei 10639/2003, a qual torna obrigatório o ensino de história e cultura africana na

educação básica. Segundo os autores a lei propiciou a abertura de caminhos para a

construção de uma educação de combate ao racismo, e a partir desta lei é possível e

legitimo falar no ambiente escolar de discriminação, exclusão e marginalização.

No texto “Patrimônio cultural, história da educação e formação continuada de

professores” (2006), de Maria de Fátima Ramos de Almeida e de Sandra Cristina

Fagundes de Lima, é apresentado o resultado de ações educativas e exposições de

imagens, artefatos, documentos escolares e depoimentos orais, para refletir sobre a

história da educação, a educação patrimonial e formação de professores. Segundo as

autoras o trabalho sobre o patrimônio forneceu condições aos professores para trabalhar

a preservação do patrimônio cultural nas suas instituições.

Considerações finais

No levantamento e análise do conjunto da produção acadêmica, verificamos uma

variedade de abordagens acerca do ensino de história. Percebe-se nas coletâneas

analisadas a preocupação com a formação de professores e o currículo. As questões

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mais levantadas são “o que ensinar?” “Como ensinar?” “Por que ensinar?”, e como

utilizar o potencial transformador do ensino de história.

Nas dissertações levantadas verificamos a preocupação do estudo com a

consciência histórica, levando em consideração as contribuições de Rüsen. A

abordagem que se fez mais presente foi a nova história e influencias fenomenológicas,

com temas voltados a história cultural.

Nas analises realizadas nas revistas cientificas, em especial na revista

HISTEDBR-ONLINE, percebe-se a presença de uma abordagem voltada para o

materialismo histórico dialético, bem como uma preocupação com as questões teórico-

metodológicas sobre o ensino de história, com tendência para um diálogo entre essas

abordagens. Como alertamos no inicio deste texto, este levantamento tem ainda caráter

preliminar que pretendemos avançar no decorrer de nossos estudos em nível de

Mestrado.

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