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A promessa

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Masterson, Michael.

A promessa: seu plano direto para uma vida abundante / por Michael Masterson.

p. cm.

Inclui índice.

ISBN 978-0-470-92240-8 (capa dura); 978-0-470-94927-6 (ebk);

978-0-470-94926-9 (ebk)

1. Sucesso. 2. Realização pessoal (Psicologia) 3. Sucesso nos negócios.

4. Finanças, Pessoal. I. Título.

BF637.S8M315 2011

650.1—dc22

2010034714

Impresso nos Estados Unidos da América

10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

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Para Stephen Covey e Dale Carnegie, que ajudaram no aprendizado da arte e

ciência da priorização, planejamento, organização e cumprimento de metas.

AGRADECIMENTOS

Eu gostaria de agradecer às seguintes pessoas pela ajuda neste livro:

Kim Lansdale, por seus esforços em finalizar o texto e reuni-lo em um pacote coeso.

Suzanne Richardson, por seu trabalho selecionando e compilando os ensaios do livro.

Jason Holland, por seu trabalho rápido e entusiasmado ao verificar os fatos e localizar dados de

apoio.

Judith Strauss, por seus esforços para deixar minhas frases limpas e compreensíveis.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO: Como viver sua vida abundante a partir de hoje________________________1

PARTE UM: Seu plano diretor para uma vida abundante _______________________________8

PARTE DOIS: Como transformar seus maiores sonhos em realidade ____________________ 14

PARTE TRÊS: Sua vida abundante, dia a dia _______________________________________34

PARTE QUATRO: Criando uma vida mais rica e mais agradável _______________________56

PARTE CINCO: O empurrão necessário para o sucesso ______________________________ 76

PARTE SEIS: Habilidades dos mais bem sucedidos _________________________________ 98

PARTE SETE: Os obstáculos ao seu sucesso – e como derrotá-los _____________________117

PARTE OITO: Construindo seu patrimônio _______________________________________135

Conclusão _________________________________________________________________154

Sobre o autor _______________________________________________________________161

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Introdução

COMO VIVER SUA VIDA ABUNDANTE A PARTIR DE HOJE

Todos nós queremos vidas melhores, mas poucos estão dispostos a fazer as mudanças

necessárias para conquistar esse objetivo.

Veja meu velho amigo, Joe S., por exemplo. Toda vez que eu o vejo — algo que não

acontece sempre hoje em dia — ele reclama sobre: (a) sua esposa, (b) trabalho, (c) filhos, (d)

corpo, e (e) amigos. Normalmente ele consegue reclamar sobre todos esses tópicos antes de

terminar uma única cerveja. No passado, eu costumava incentivá-lo a mudar.

“Vá a um conselheiro matrimonial,” eu sugeri.

“Eles não fazem nada,” ele me garantiu.

“Então, se divorcie.”

“É mais barato continuar casado.”

Nossas antigas conversas eram sempre dessa forma. Então, parei de dar sugestões.

Atualmente, quando nos encontramos, tomo uma cerveja e vou embora.

A PROMESSA

Joe é um exemplo extremo. Ele diz que deseja mudar, mas não quer isso de verdade.

Prefere continuar fazendo o que sempre fez: levar uma vida miserável e desperdiçar seu tempo

livre reclamando. Joe está empacado, assim como John K., um engenheiro elétrico que mora no

Reino Unido e lia minhas newsletters Early to Rise (ETR – Acordar Cedo) havia três meses

quando resolveu escrever pra mim. John disse que, apesar de encontrar “excelentes” ideias

regularmente na ETR, ele não conseguia executá-las. O problema dele: “falta de motivação”.

Sendo um homem instruído, John conseguia “reconhecer as oportunidades presentes no

mercado imobiliário, importações/exportações, online etc”, mas não conseguia iniciar nada em

nenhuma dessas opções a não ser que estivesse “100% seguro” de que seria bem sucedido.

Ele reconhecia que o medo de falhar estava o deixando inválido. Mas saber que você

possui um problema emocional não significa que pode resolvê-lo. “Como posso superar esse

obstáculo?”, ele queria saber.

Este livro é também para pessoas como o John. Pessoas que desejam melhorar suas vidas,

mas – por qualquer que seja a razão – não têm sido capazes de alcançar esse objetivo.

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O QUÃO BOA É SUA VIDA? FAÇA ESSE TESTE E DESCUBRA

Uma das minhas máximas favoritas é: A qualidade da sua vida de trabalho pode ser

determinada respondendo a três questões bem simples:

1. O que você fará?

2. Com quem?

3. Onde?

Eu gosto da simplicidade dessas perguntas. E elas fazem sentido. A quantidade de alegria

diária depende muito em fazer três seleções sábias:

1. A carreira escolhida.

2. Os sócios ou colegas de trabalho escolhidos.

3. O local escolhido.

Provavelmente essas três escolhas já foram feitas. Pode ser que as tenha feito sem pensar

muito ou de maneira passiva, ao não escolher. Mas você está vivendo com suas escolhas.

Antes de fazermos qualquer outra coisa – e há muitas coisas maravilhosas que eu gostaria

que fizéssemos juntos neste livro –, vamos rever as decisões tomadas.

Faça o teste a seguir, em três partes. Então veremos o que tenho a dizer sobre seu

resultado.

O Que Você Faz … Sua Carreira

Classifique seu negócio ou carreira atribuindo um número entre 1 e 10 para cada uma das

seguintes questões. O 10 significa que isso descreve seu negócio perfeitamente. O 1 significa que

isso não se aplica ao seu negócio.

Se você é empresário ou profissional liberal, use esse conjunto de questões:

__ É difícil de ser eliminado pois possui uma proposição de venda única.

__ É escalável: pode crescer muito sem muito trabalho.

__ Possui um custo fixo muito baixo com aluguéis baratos e sem a necessidade de

grandes investimentos de capital.

__ Pode ser comercializado através da Internet e tira proveito de uma venda direta.

__Possui um estoque pequeno ou não existente.

__É sujeito a poucas regulamentações governamentais.

__Possui um fluxo de caixa positivo. Pode financiar seu crescimento através de seu

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próprio movimento de caixa.

__Possui exigências mínimas de trabalho: não é necessário mais do que quatro

funcionários para gerar U$1 milhão em receitas.

__ Possui uma capacidade ilimitada de criar riqueza para mim.

__ Ele me desafia completamente – de forma criativa, intelectual e emocional.

Se você é um funcionário, use esse conjunto de questões:

__Usa minhas habilidades.

__Desafia meu cérebro lógico por completo.

__Desafia meu cérebro criativo por completo.

__ Se encaixa bem ao meu estilo de vida.

__ Ele me rodeia com pessoas interessantes e inteligentes.

__ Fornece a oportunidade de me sobressair e avançar.

__ Incentiva o pensamento independente.

__ Oferece orientação.

__ Fornece uma chance para aprender novas habilidades.

__ Preza a honestidade e fornecimento de valores aos clientes como prioridade principal.

COM QUEM VOCÊ TRABALHA . . . SEUS PARCEIROS, FORNECEDORE E

PRINCIPAIS CLIENTES

Classifique seus parceiros de negócios atribuindo um número entre 1 e 10 para cada uma das

seguintes questões. O 10 significa que isso descreve perfeitamente seus parceiros de negócio. O

1 significa que isso não se aplica aos seus associados.

__ Compartilham meu sistema de valores.

__ Apreciam meus pontos fortes.

__ Perdoam minhas fraquezas.

__ Fazem negócios benéficos para todas as partes.

__ Compartilham minhas ideias sobre o que é certo e errado.

__ Trazem habilidades que eu não possuo.

__ Estão dispostos a conversar sobre desacordos ou equívocos.

__ Não exibem comportamentos ruins, como o abuso verbal de colegas de trabalho.

__ Não têm tendência a planejamentos e preparação sem fim.

__ Adotam novas tecnologias e técnicas.

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Agora avalie seus funcionários chaves:

__ Compartilham meu sistema de valores.

__ São produtivos e trabalham duro.

__ Trazem habilidades que não possuo.

__ Apoiam meus objetivos de negócios.

__ Tratam todos, inclusive concorrentes, com respeito.

__ Confiam em meu julgamento.

__ Seguem instruções e conselhos.

__ São receptivos a mudanças.

__ Não entram em pânico no primeiro sinal de derrota.

__ Estão sempre dispostos a aprender ... e ensinar.

ONDE VOCÊ TRABALHA . . . O LOCAL ONDE VOCÊ MORA E TRABALHA

Classifique o local onde mora e trabalha atribuindo um número entre 1 e 10 para cada uma das

seguintes questões. O 10 significa que isso descreve sua localização perfeitamente. O 1 significa

que isso não se aplica a sua localização.

__ Possui o clima ideal para mim.

__ Possui as qualidades físicas que eu amo: montanhas, oceano, etc.

__ Possui a densidade populacional que eu gosto: urbana, suburbana, rural.

__ Possui mais do que o suficiente de atividades culturais/recreativas para mim.

__ Me permite desfrutar de uma vida completa sem viajar muito.

__ Me permite morar a uma distância curta do trabalho.

__ Possui um ambiente de trabalho confortável, seguro e produtivo.

__ Possui muitas janelas ou uma área externa.

__ Possui comodidades como academias e restaurantes próximos ao trabalho.

__ É bem equipado, permitindo a realização de meu trabalho da melhor maneira possível.

COMO MARCAR OS PONTOS

Cada categoria possui uma pontuação total de 100 (10 questões sobre carreira vezes 10 pontos

cada; 10 questões sobre sócios de negócios vezes 10 pontos cada; e 10 questões sobre

localização vezes 10 pontos cada). Ordene seus pontos e compare-os com minhas anotações:

90 a 100: Parabéns! Você tem o que precisa. Melhorar sua vida nessa categoria será

apenas uma questão de ajustar as alavancas.

70 a 90: Você já conquistou bastante. Mais do que a maioria das outras pessoas. Mas é

possível ter uma vida melhor nessa categoria. Nosso processo de plano diretor o

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fornecerá aquilo que precisa para fazer as mudanças que deseja.

50 a 70: Sua vida é melhor do que a de muitas pessoas. (A maioria das pessoas

classificam suas vidas entre 40 e 50). Mas há muito espaço para melhorar. Deve-se

planejar uma vida nova e melhor.

Abaixo de 50: Você fez algumas escolhas ruins. Será necessário fazer outras melhores.

Não se preocupe se seus resultados foram mais baixos do que esperava. Tudo pode ser

melhorado bem rapidamente se estiver disposto a mudar. Neste livro, nós falaremos sobre como

você pode ter sua melhor vida possível.

OBSTÁCULOS À REALIZAÇÃO: POR QUE VOCÊ NÃO CONSEGUE COMEÇAR

John diz acreditar que parte do seu problema é não estar 100% seguro de que será bem

sucedido se começar a trabalhar em alguma oportunidade específica. Como ele pode superar esse

obstáculo?

A vida ganha sentido quando você se motiva, define objetivos e corre atrás deles de uma

maneira irrefreável.

Les Brown

A maior razão pela qual as pessoas fracassam na vida é por nunca tomarem uma ação

efetiva. A pobreza é um problema, mas não é algo intransponível. Inúmeros homens e mulheres

bem sucedidos começaram suas vidas na pobreza. A ignorância também é um problema, mas

pode ser superada por qualquer um disposto a aprender. Indecisão e medo (de fracassar ou de ser

bem sucedido) são obstáculos comuns ao sucesso. Mas todos esses empecilhos podem ser

superados, facilmente, pelo indivíduo que se compromete a tomar uma atitude, descobrir aonde

deseja ir e então começa a andar, passo a passo, nessa direção.

A “inação” é o problema de John – não o medo de trabalhar numa oportunidade que não

se materializará!

Pessoas bem sucedidas não esperam sentadas para que tudo esteja “100%” ou até que se

sintam “absolutamente seguras” de que algo dará certo. Elas avaliam as chances. E se essas

chances forem razoavelmente boas, elas arriscam de maneira ousada e enérgica. Elas não

precisam de certezas absolutas, pois perceberam que a vida nunca fornece esse tipo de

informação.

O custo do fracasso, algo que as pessoas bem sucedidas sabem a partir de suas

experiências, é modesto se comparado ao custo da inação. Falhar significa que você estará mais

esperto na próxima vez. A inação significa que não haverá próxima vez. Restará apenas uma

vida de infelicidade – primeiro pela preocupação, depois pelo arrependimento.

John está vivendo em um mundo de preocupação agora. Se ele não tomar uma medida

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logo, acabará se estabilizando numa aposentadoria de arrependimento.

Minha regra é “Preparar, Fogo, Apontar”. Escrevi sobre ela muitas vezes na ETR e é o

título de um de meus livros. Como explico no Capítulo 17 do livro:

Preparar, Fogo, Apontar significa ignorar a maioria dos obstáculos e desvios que pegam

outras pessoas de surpresa. Significa encontrar e seguir o caminho mais rápido para

qualquer objetivo escolhido para você, para que o tempo e todos os problemas que vêm

com ele não o derrotem. Preparar, Fogo, Apontar conquista mais em menos tempo, pois

coloca o valor correto na ação. Ela é também uma abordagem realista, pois reconhece

as imperfeições e falhas humanas de uma maneira inteligente. Na realidade, Preparar,

Fogo, Apontar é uma maneira de aumentar o seu sucesso em praticamente qualquer

coisa.

A chave para entender a abordagem de Preparar, Fogo, Apontar é o princípio do fracasso

acelerado. O princípio do fracasso acelerado se apoia no reconhecimento de que aprendemos o

máximo possível – em qualquer empreendimento – cometendo erros pelo caminho. Quanto mais

rápido aprendemos quais são os enganos críticos, mais cedo teremos o conhecimento necessário

para ter sucesso. Em outras palavras, não tenha medo do fracasso... procure-o!

John reconhece que quaisquer uma das oportunidades regularmente discutidas na ETR –

mercado imobiliário, divulgação da informação, marketing na Internet e assim por diante –

podem ser caminhos viáveis para o sucesso financeiro... independentemente da situação

econômica atual. Este sendo o caso, o que ele está esperando? Ele não vai aumentar suas chances

esperando e se preocupando. Quando mais cedo ele tomar uma atitude, mais rápido cometerá os

erros necessários para obter o sucesso.

Eu sou muito solidário ao John. Você pode estar preso no mesmo lugar. O problema dele

é exacerbado pela inteligência. Pessoas inteligentes são boas em se preocupar. Elas são adeptas a

conjurar razões para ter medo do fracasso e atrasar suas ações. Acabam sendo vítimas de seu

próprio QI.

John precisa compensar esse problema se esforçando muito para ignorar suas

preocupações e começar a fazer alguma coisa. A oportunidade escolhida não é tão importante.

Ele sabe que é competente o suficiente para ser bem sucedido em qualquer coisa que escolher.

Tudo o que ele precisa é começar a se movimentar. Colocar um pé na frente do outro e andar.

Eu vou deixar esse processo mais fácil – não somente para o John, mas para você

também, se estiver na mesma situação. Explicarei o que você precisa fazer hoje. E, em seguida,

vou dizer o que é necessário fazer se deseja se tornar bem sucedido – não apenas

financeiramente, mas em cada área de sua vida.

Pronto? Aqui está o que precisa fazer hoje: Preencha a seguinte promessa.

Certo, Michael. Estou com você. Estou comprometido a criar um plano diretor que poderei usar para ter

sucesso este ano. Eu me comprometo a seguir esse plano sem questionar ou reclamar. Comprometo-me

ainda a manter um diário sobre meu progresso e investir o tempo necessário para conquistar meus

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objetivos. No final do ano, eu prometo que escreverei a você e explicarei exatamente o que conquistei.

Venho por meio desta prometer___________________________________________

Nome __________________________________________________

Data ___________________________________________________

Pronto, é só isso! Peço que faça isso agora!

Não posso oferecer uma “garantia absoluta de 100%”... mas se você estiver disposto a

ouvir meu conselho e a seguir o plano diretor delineado neste livro, posso garantir – com 99% de

certeza – que no próximo ano você estará no caminho certo para construir riqueza e conseguir

todas as boas coisas que vêm junto dela.

Assim está bem pra você? Se a resposta é sim, vamos começar!

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Parte Um –

SEU PLANO DIRETOR PARA UMA VIDA ABUNDANTE

O QUE É REALMENTE NECESSÁRIO PARA MUDAR SUA VIDA?

Eu tinha 13 anos quando ouvi pela primeira vez a palavra “fracassado”. A Sra. Growe,

minha professora de Inglês do nono ano, usou-a para descrever um aluno que tinha, na opinião

dela, falhado ao trabalhar seu potencial. O aluno? Eu, é claro.

“O Sr. Masterson”, ela anunciou para a classe, “é o exemplo clássico de um fracassado.

Ele não termina suas tarefas. Chega atrasado à aula e desperdiça o tempo sonhando acordado.

Como resultado, ele produz trabalhos de qualidade C. Eu ficaria feliz com resultados medíocres

de uma criança com um potencial modesto. No caso dele, estou decepcionada”.

Eu não fiquei surpreso com a avaliação. Essas informações eram precisas, não podia

negá-las. Naquela época, o processo de amadurecimento feminino chamava mais minha atenção.

Assim como futebol americano e brincar com meus amigos. E praticamente qualquer outra coisa

que não fossem os trabalhos da escola.

Eu não era um bom leitor e não conseguia ficar parado durante a aula. Bem mais tarde

descobri que sofria de uma combinação de dislexia e com o que agora é chamado de “desordem

do déficit de atenção”. Mas nem eu, nem a Sra. Growe sabíamos sobre essas coisas. Para ela, eu

era um preguiçoso perene. E eu compartilhava a mesma opinião.

A ironia do compromisso é que ele é profundamente libertador – no trabalho, nos jogos, no

amor.

Anne Morriss

Ao menos uma vez por ano, no entanto, eu prometia a mim mesmo que iria “virar uma

nova página”. Eu sentia, assim como a Sra. Growe, que não era tão burro quanto minhas notas

sugeriam. E também sabia, bem lá no fundo, que eventualmente seria bem sucedido.

Mas antes de poder ter sucesso, eu tinha que mudar algo fundamental em mim. E essa

mudança começou no final do meu último ano no ensino médio, quando acordei um dia e percebi

que estava enojado de quem eu era.

Eu estava cansado de ser aquele que sempre fracassava. Cansado de tirar notas horríveis e

bancar o bobo na sala de aula. Queria me tornar a pessoa que a Sra. Growe achava que eu

deveria ser. Mas parecia ser meio tarde para mudanças. Havia menos de um mês até a formatura

e era obviamente impossível corrigir quatro anos de desempenho ruim em um tempo tão curto.

Como minhas notas eram medíocres, não havia chance de conseguir bolsa numa

faculdade. E, como meus pais não podiam ajudar a pagar a mensalidade, eu não tive escolha a

não ser frequentar uma faculdade comunitária local. Essa faculdade estaria feliz em receber meus

U$400 por ano e também estaria igualmente feliz em me dar as notas C que eu vinha obtendo no

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ensino médio. Só que eu não estava mais disposto a levar aquela vida.

Eu percebi que, curiosamente, minha falta de sucesso poderia me trazer algum benefício.

Eu estava prestes a entrar num ambiente acadêmico onde a mediocridade dominava – onde eu

estaria competindo com outros fracassados do ensino, como eu.

E se eu usasse o restante desse tempo no ensino médio para me preparar para uma vida

nova e melhor na faculdade? E se eu direcionasse minha energia para habilidades que me

ajudassem a ter sucesso nos quatro anos seguintes?

Foi exatamente isso que fiz. Num sábado, após tomar a grande decisão de mudar, eu

dirigi meu Bel Air 1956 até a Faculdade Comunitária Nassau, em Hempstead, Nova Iorque.

Reuni tudo que pude sobre a escola e o currículo no qual estaria envolvido. Levei tudo para casa

e passei o restante do fim de semana lendo cuidadosamente cada panfleto e brochura.

Eu estava fazendo algo que nunca tinha feito na escola: saindo na frente da concorrência

ao planejar meu sucesso. Nas semanas seguintes, eu me tornei um especialista-mirim naquela

pequena faculdade. Eu sabia cada curso que era oferecido e cada professor que ensinaria os

alunos novos naquele ano.

Tomar a iniciativa para planejar meu sucesso me deu uma sensação muito positiva. Eu

podia sentir que estava realmente mudando. Eu me tornava – mesmo antes de começar as aulas –

um aluno sério e comprometido.

Percebi que começaria a faculdade como uma pessoa totalmente nova. Nenhum dos meus

professores teriam ouvido nada sobre minhas práticas no ensino médio e nenhum dos meus

colegas de classe esperava que eu fosse o palhaço da turma.

Começar a faculdade sem a reputação ruim que eu havia estabelecido no ensino médio foi

como um presente dos deuses acadêmicos. Eu podia entrar em minhas novas aulas como um

aluno interessado e entusiasmado que estava lá para ser bem sucedido.

E foi isso que aconteceu. Cheguei para as aulas em setembro no horário certo, preparado

com os textos exigidos. Sentei na primeira fileira e levantei minha mão sempre que o professor

fazia perguntas. Fazia as tarefas de casa e gastava meu tempo livre estudando. Entre ir à

faculdade, estudar e cuidar de uma empresa de pintura residencial nas horas vagas, eu trabalhava

16 horas por dia, sete dias por semana.

No final do primeiro semestre, eu tinha a reputação de ser um aluno nota A. Durante todo

o restante de minha carreira na faculdade eu mantive o desempenho.

Às vezes penso sobre o que teria acontecido se eu não tivesse me enojado de mim

mesmo. Ou se eu tivesse fracassado ao fazer essas preparações que permitiram a virada de uma

nova página.

É muito provável que eu estivesse sobrevivendo em algum lugar, trabalhando num

emprego de que não gostasse, tendo dificuldades para pagar minhas contas e tomando resoluções

fúteis – sabendo que eu viveria minha vida como um fracassado habitual.

A diferença pra mim foi a simples percepção de que, se eu não mudasse, minha vida

também não mudaria – nem naquela época, nem nunca. Eu gastei meus anos de ensino médio

fazendo promessas que nunca pretendi cumprir. Mas estava cansado daquilo.

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Lembrando esses momentos, posso ver que existiram vários fatores que permitiram uma

mudança de maneira séria e comprometida:

1. Eu estava no fundo do poço emocionalmente. Cheguei ao ponto de detestar a mim

mesmo por não conquistar o que julgava ser possível com meu potencial.

2. Tomei uma decisão de mudar completamente – de aluno C para o melhor da turma.

3. Reconheci que precisava mudar não somente meus hábitos de trabalho, mas também

a maneira como pensava sobre mim mesmo. Eu teria que me “tornar” o aluno nota A

que desejava ser.

4. E, por último e não menos importante, tomei uma atitude imediata. Não quis esperar

até setembro para mudar. Comecei a me preparar para o sucesso nos meses finais do

ensino médio.

Você já propôs resoluções que não podia cumprir? Teve sonhos de sucesso e felicidade

que não foram alcançados? Às vezes, não importa o quanto faça, você ainda se sente fracassado?

Se sim, há boas notícias. Seu comportamento passado não tem importância em seus hábitos

futuros de trabalho. Se puder mudar sua maneira de trabalho – mesmo que um pouco – é possível

mudar sua vida.

A maioria das pessoas lê isso e pensa: “Eu não preciso de outro discurso motivacional. O

que eu preciso é de uma mudança na sorte”.

Estou aqui para dizer que sorte não teve nenhuma ligação com a mudança em minha vida.

E também não deve ter nenhuma relação com quaisquer mudanças que gostaria de fazer na sua.

Se eu tivesse esperado pela sorte, estaria até agora esperando. Minha vida mudou quando eu

cansei e comecei a planejar meu sucesso.

Você também pode mudar sua vida se estiver:

Insatisfeito com o sucesso que teve até agora.

Disposto a fazer uma mudança grande – e não apenas um ajuste menor.

Preparado para começar a trabalhar de maneira diferente e pensar sobre si mesmo

como outro tipo de pessoa.

Disposto a começar agora a se preparar para ser bem sucedido.

REINVENTE SUA VIDA COM UM PLANO COMPROVADO PARA O SUCESSO

Aqui está seu desafio: uma corrida de carros de Nova Iorque até Las Vegas. Se você

chegar dentro de um certo limite de tempo, ganhará milhões de dólares e um estilo de vida

completamente novo e melhor.

Isso soa bem? Que bom.

Aqui está o problema: você não sabe como chegar lá.

A contagem regressiva já começou. Em alguns minutos, centenas de outros carros estarão

deixando a linha de largada para trás. O que você deve fazer? Sair e comprar um mapa? Instalar

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um sistema de navegação no carro? Ou começar junto com o resto do grupo e encontrar o

caminho seguindo-os e fazendo perguntas.

Pessoas cuidadosas instalariam um sistema de navegação no carro e começariam a prova

atrasadas – reduzindo drasticamente as chances de vitória. Pessoas bem sucedidas usariam uma

combinação de bom senso e astúcia: começando com o grupo inicialmente e, em seguida,

pedindo informações em postos de gasolina pelo caminho, sempre se assegurando de estar na

rota mais rápida possível.

Melhorar sua vida é um pouco como participar de uma corrida de carros cruzando o país.

Se você demora muito pra começar, as chances de terminar diminuem. Por outro lado, se

começar sem qualquer planejamento, pode se perder pelo caminho.

Quando decidi me tornar um aluno nota A na faculdade (após mal ter feito o suficiente na

escola para tirar notas C), comecei a trabalhar nesse projeto imediatamente. Mas eu tinha um

plano. E era um plano que tinha sido comprovado por inúmeros alunos nota A antes de mim:

estudar o currículo. Descobrir quais cursos combinam com você. Chegar com uma atitude de

aluno nota A – e trabalhar duro.

Isso é o que você deve fazer se estiver pronto para o sucesso. Comece imediatamente.

Mas use uma estratégia comprovada – algo que também tenha funcionado para outras pessoas.

INTRODUZINDO O NOVO PLANO DIRETOR

O New Collegiate Dictionary da Webster define “plano diretor” como algo que fornece

uma orientação geral para um projeto, como a construção de uma igreja, escola ou cidade. Planos

diretores são o que desenvolvedores do mercado imobiliário usam para transformar a terra em

subdivisões suburbanas, centros urbanos e distritos comerciais à beira-mar.

Washington, D.C., uma das cidades mais bem projetadas da América do Norte, foi

pântano um dia. Sua transformação foi o resultado de um plano diretor desenvolvido por Pierre

Charles L’Enfant. E Columbia, em Maryland, que se desenvolveu de uma área de fazenda na

parte final do século 20, agora acomoda uma população de quase 96.000 pessoas.

Eu mesmo usei um plano diretor para projetar um resort residencial de 3.000 acres na

Nicarágua, próximo ao Oceano Pacífico. Depois de 30 anos investindo no mercado imobiliário,

aprendi o quão útil pode ser ter um plano diretor em mãos antes de começar qualquer projeto

importante.

Pessoas que não conseguem se inventar e reinventar devem se contentar com posturas

emprestadas, ideias usadas e em se ajustar em vez de se destacar.

— Warren G. Bennis

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Planos diretores também são usados para projetar empresas. Jack Welch usou um para

articular e executar sua visão para a General Electric. Ele disse que isso foi a chave para

transformar a corporação de um bilhão de dólares, cheia de problemas e em declínio, numa líder

de mercado.

E um plano diretor foi o que Warren Buffett e seu parceiro usaram para transformar a

Berkshire Hathaway no maior sucesso financeiro da história ... e eles mesmos em bilionários.

Eu e meus sócios também usamos um plano diretor para ajudar mais de uma dúzia de

empresas a se tornarem corporações de milhões de dólares, incluindo uma que foi de U$100.000

para U$135 milhões em 11 anos e outra que foi de U$8 milhões para U$320 milhões em 14 anos.

Planos diretores nem sempre funcionam. A antiga União Soviética e a China comunista

eram famosas por seus planos diretores, que continuavam a projetar crescimento enquanto suas

economias gradualmente desmoronavam.

Para um plano diretor ser efetivo, ele precisa ser realista e flexível. Deve ser realista

sobre recursos e capacidades e tem que ser ajustado e/ou radicalmente alterado quando as

circunstâncias pedirem.

Mas, se usado adequadamente, um plano diretor pode conquistar milagres. Ele pode

transformar desertos em cidades reluzentes, empresas cheias de dívidas em negócios prósperos e

pessoas em constante fracasso em indivíduos saudáveis, ricos, felizes e sábios.

Em Quê um Plano Diretor se Difere de um Plano?

Um projeto de plano diretor se diferencia de um projeto normal em seu escopo. A maioria

dos empreendimentos grandes, sejam eles projetos do mercado imobiliário ou desenvolvimento

de empresas, são projetados em partes – uma seção significativa por vez. Essa não é uma

maneira ruim de criar mudanças, mas implica em tempo, recursos e capital. Porque conglomerar

projetos individuais sempre resultará em lacunas, sobreposições e omissões.

Quando você faz um projeto com um plano diretor, leva-se em conta cada aspecto dele: a

paisagem, os sistemas de água, assim como a arquitetura, a parte elétrica e o encanamento. Ao

fazer tudo de uma vez, pode-se garantir um produto final integrado. Também reduz-se o tempo e

o dinheiro gastos consertando coisas que não são importantes.

A Dinâmica de seu Plano Diretor Pessoal

Um plano diretor pessoal pode ajudá-lo a conquistar todos os seus objetivos de vida

rapidamente e com a menor quantidade de problemas, tempo e aborrecimentos. Usar um plano

diretor mostra que você está realmente tentando melhorar e que deseja que essa melhora seja

radical: de C para A. Você não estará satisfeito com B.

Um plano diretor pessoal é um contrato formal entre a pessoa que você é hoje (cansada

com os problemas e a falta de sucesso) e a pessoa que decidiu ser (o seu eu bem sucedido que é

saudável, rico, feliz e sábio). O plano diretor pessoal o ajudará a reinventar sua vida, pois o

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forçará a transformar ambições nebulosas em objetivos específicos. Ele lhe mostrará exatamente

o que precisa aprender, o que tem que fazer e com quem se deve trabalhar.

Um plano diretor pessoal transformará seus sonhos em tarefas. Ao fazer isso, pode-se

perder um pouco do romance. Mas essa perda será compensada pela empolgante e edificante

sensação de progresso. Conforme as semanas passam, você poderá ver, em maneiras muito

concretas, como está melhorando. Isso fornecerá um bom apoio de espírito e fará com que seja

mais fácil continuar fazendo progressos.

A maioria das pessoas nunca realiza seus sonhos. Não porque não são espertos ou não

possuem astúcia ou uma motivação suficiente, mas porque, quando fazem um esforço, ele é

muito pequeno ou direcionado erroneamente. Você não terá esse problema. Você está pronto

para começar sua jornada. E estará usando um mapa comprovado.

Seguir um plano diretor pessoal é na verdade muito mais simples do que responder

aleatoriamente a dezenas de impulsos separados durante sua vida. Um plano diretor funciona

pois reduz centenas de sonhos e ambições menores e, às vezes, conflitantes, em quatro objetivos

de vida fundamentais. Ao simplificar todos os objetivos em quatro principais, será 400 vezes

mais fácil persegui-los e conquistá-los.

Eu mudei minha vida três vezes. Primeiro, em 1968, quando passei de um aluno nota C

no ensino médio para um aluno nota A na faculdade. A segunda vez foi em 1984, quando eu

decidi ficar rico. E a terceira vez em 2000, quando eu desenvolvi e comecei a usar um plano

diretor pessoal para minha newsletter diária, Early To Rise (ETR).

Em cada caso, as mudanças foram grandes e as recompensas, gratificantes. Mas quando

eu comecei a planejar meu sucesso, as melhoras vieram de maneira rápida e fácil. Se não fosse

pelo plano diretor pessoal, desenvolvido durante essa época, eu nunca teria conseguido escrever

e publicar dezenas de livros. Ou escrever, dirigir e produzir um filme de longa-metragem. Ou

escrever 350 poemas em um ano – tudo ao mesmo tempo em que mantinha meu “emprego

diurno”.

Usar um plano diretor pessoal o colocará em uma nova trajetória. Demorará algumas

semanas para deixar tudo em ordem, mas logo após isso você começará a notar o progresso que

está fazendo. E, em breve, (certamente dentro de dois meses), ficará impressionado com o quanto

estará conquistando. Finalmente, você fará (e terminará!) os projetos com os quais estava

sonhando há anos. Conforme você conquista um objetivo após o outro, sentirá sua confiança

crescendo, suas habilidades se fortalecendo, sua riqueza aumentando e a sua felicidade com a

vida melhorando.

Este vai ser um ótimo ano para você: o ano de sua transformação milagrosa!

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Parte Dois –

COMO TRANSFORMAR SEUS MARIORES SONHOS EM

REALIDADE

VOCÊ ESTÁ DEFININDO SEUS OBJETIVOS... OU AINDA ESTÁ SONHANDO?

Todos nós temos sonhos. Todos carregam filmes em suas mentes sobre como suas vidas

seriam em um mundo melhor. Sally sonha com uma casa grande com piscina. Harry sonha com

uma garagem para oito carros preenchida com Porsches antigos. Jill fantasia sobre pintar quadros

no litoral. Jack quer aquele escritório com a vista bonita.

Provavelmente, Sally, Harry, Jill e Jack nunca conquistarão seus sonhos. Eles

continuarão reproduzindo esses filmes mentais para si mesmos ou falando sobre eles a amigos e

familiares.

Fracassar na conquista de um sonho não é necessariamente uma coisa ruim. Muitas

pessoas são perfeitamente felizes sonhando com uma vida, mas vivendo outra. O problema surge

quando a lacuna entre a fantasia e a realidade resulta em infelicidade ou até mesmo depressão.

Quando isso acontece, é hora de planejar uma nova vida. E a primeira etapa é estabelecer

objetivos.

Metas são diferentes de sonhos em quatro pontos. Elas são específicas, acionáveis, têm

orientação temporal e são realistas.

1. Específico: Ser rico é um sonho. Desenvolver um patrimônio líquido de US$ 4

milhões é uma meta.

2. Acionável: Ganhar na loteria é um sonho. Ganhar uma corrida é uma meta.

3. Orientação temporal: Desenvolver um patrimônio líquido de US$ 4 milhões é uma

meta. Mas fazer isso em cinco anos é uma meta melhor.

4. Realista: Desenvolver um patrimônio líquido de US$ 4 milhões em cinco anos é

provavelmente possível. Fazer isso em quatro meses não é.

Metas também são diferentes de objetivos – mais a longo-prazo e amplas no escopo.

Seu plano diretor será dividido em metas de sete anos, de um ano, objetivos mensais e

semanais e, finalmente, tarefas diárias que farão com que seja possível conquistar seus objetivos

de médio prazo e metas de longo prazo. Por exemplo:

Meta de sete anos: Desenvolver um patrimônio líquido de US$ 4 milhões.

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Meta do primeiro ano: Eliminar US$ 36.000 de dívidas.

Objetivo mensal: Conseguir um emprego de meio período ganhando US$ 36.000

líquidos por ano.

Objetivo da primeira semana: Conseguir minha primeira entrevista de emprego.

Tarefa do primeiro dia: Escrever cartas pessoais a Diretores de 10 empresas “dos

sonhos”.

Certo, esse é o plano. Começando hoje, você realizará tarefas todos os dias que apoiam os

objetivos semanais que, por sua vez, suportam os objetivos mensais que, por sua vez, ajudam os

objetivos anuais, que suportam os objetivos de sete anos. Tudo isso será feito formalmente. Tudo

estará por escrito.

Nesse ponto, você pode estar se perguntando: “Realmente importa se as minhas metas

são específicas? Qual a diferença em escrevê-las?”

Que bom que tenha perguntado isso…

Por Que Você Deve ESCREVER Suas Metas

É muito importante escrever suas metas. Levá-las por aí apenas em sua cabeça não é o

suficiente. Um estudo que descobri no livro de Tom Bay, “Look Within or Do Without” (Procure

dentro ou fique sem), explica essa questão.

De acordo com Bay, a Harvard Business School fez um estudo sobre o status financeiro

de seus alunos 10 anos após a formatura e descobriu que:

27% deles precisavam de assistência financeira.

Incríveis 60% deles estavam vivendo de salário a salário.

Apenas 10% estavam vivendo de forma confortável.

E somente 3% eram financeiramente independentes.

O estudo também observou o estabelecimento de metas e descobriu correlações interessantes:

Os 27% que precisavam de assistência financeira não tinham nenhum processo de

estabelecimento de metas em suas vidas.

Os 60% que estavam vivendo de salário a salário tinham metas de sobrevivência básica

(como conseguir viver de salário a salário).

Os 10% que estavam vivendo confortavelmente tinham metas gerais. Eles acreditavam

saber onde estariam nos próximos cinco anos.

Os 3% que eram financeiramente independentes escreverem suas metas e etapas

necessárias para alcançá-las.

Esses resultados louváveis conquistados por aqueles que se tornaram financeiramente

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independentes aconteceram pois ele fizeram mais do que estabelecer metas. Eles as escreveram.

Nossa vida é composta em boa parte por sonhos, do subconsciente e eles devem ser traduzidos

em conexão com ações. Eles devem ser traçados juntos.

— Anais Nin

Aqui temos um pouco mais de evidência.

Um estudo recente, do site DayTimer.com, descobriu que trabalhadores americanos com

as rendas mais altas e maior sucesso no local de trabalho eram aqueles que escreviam suas metas.

Esses superstars também tinham o hábito de escrever listas de tarefas diárias cheias de etapas

priorizadas para conquistar tais metas. Por outro lado, dos mais de 70% de trabalhadores que não

escrevem metas de carreira ou financeiras, apenas 9% conquistam o que precisam fazer a cada

dia.

Acontece também que poderia haver uma base psicológica e até mesmo física para o

poder de metas escritas. Aqui temos o que os pesquisadores comportamentais Richard Molden e

Steve Swavely disseram em um estudo de 2004, The Psychology of Top Performers (A

Psicologia dos Melhores):

Escrever planos de ação fornece um plano claro para chegar até o objetivo e prazos por

escrito os permitem acompanhar seu progresso. Isso serve para aumentar o nível de consciência

para eventos, oportunidades e ações que os deixam mais próximos da meta pretendida.

Há até mesmo evidência de que metas por escrito produzem esse nível elevado de

consciência através de alguns efeitos neuroquímicos muito específicos no cérebro.

E essa não é a única pesquisa feita nessa área. Aqui temos um estudo que li no

Psychology Today (Psicologia Hoje – de dezembro de 1996) que mostra o poder de estabelecer

metas específicas:

Pesquisadores do Virginia Polytechnic Institute e State University pediram a 56

mulheres universitárias que fizessem o máximo de abdominais possível em 90 segundos. Um

grupo, para o qual foi dito que “fizessem o seu melhor”, conseguiram uma média de 43

abdominais em cada dia do estudo de quatro dias. Os outros grupos, que tinham metas

específicas para fazer consecutivamente mais exercícios a cada sessão, tiveram um desempenho

significantemente melhor, com uma média de 56 abdominais no último dia do experimento.

Estudos são ótimos, mas experiência pessoal é melhor.

Eu passei 17 anos de minha vida sonhando sobre o sucesso mas não o tendo. Em meu

primeiro ano de faculdade, eu decidi mudar essa situação. Aprendi a “aprender” e me tornei um

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aluno nota A. Vinte e dois anos depois, eu descobri o estabelecimento de metas. Três anos depois

disso, eu era milionário. Quando comecei a escrever a Early To Rise (ETR), em 1999, aprendi a

priorizar minhas metas. Isso me permitiu conquistar meu primeiro e mais desejado sonho: de me

tornar um escritor bem sucedido.

Não é necessário dizer que, na ETR, nós estabelecemos metas de negócios a longo prazo

e objetivos de médio prazo. Isso nos ajudou a crescer nossa receita de zero a US$ 25 milhões em

sete anos. E nos ajudará a crescer até o próximo estágio de nosso desenvolvimento, acima dos

US$ 50 milhões, nos próximos anos. Usar um plano diretor para que nossa empresa cresça é

gratificante – mas melhor ainda é ver nossos funcionários usando planos diretores pessoais para

melhorar a vida deles.

Um deles, por exemplo, usou um plano diretor para deixar de ser atendente de telefone e

passar para uma posição de gerência em alguns anos. Ele é agora um gerador importante de

lucros para a empresa. Vários funcionários usaram planos diretores para conseguir alcançar

objetivos de perda de peso e bem-estar físico, incluindo uma pessoa que perdeu 15 kg por meio

de dieta e exercícios vigorosos e superou problemas de saúde significantes.

Esses resultados maravilhosos aconteceram pois essas pessoas transformaram seus

sonhos de riqueza e saúde em metas específicas, acionáveis, com orientação temporal e realistas.

Você pode passar sua vida toda sonhando. E sonhos são maravilhosos. Por favor, sonhe

bastante. Mas se deseja torná-los realidade, terá que transformá-los em metas.

Qual é o seu sonho mais antigo? É possível deixá-lo específico? Como ele pode ser

acionável? Como é possível colocar um limite de tempo nele? Como deixá-lo realista? Use essas

quatro questões para criar metas que possam ser alcançadas... e, em seguida, tome uma atitude. E

você estará vivendo seu sonho em alguns poucos anos.

O VOCABULÁRIO DA REALIZAÇÃO

As palavras são importantes. Elas nos ajudam a definir significados. Nós pensamos com

palavras. Aprendemos com palavras. Elas são as ferramentas fundamentais que usamos para nos

comunicar. Se as usarmos bem, podemos dar forma e polimento para nossas ideias de uma

maneira precisa e bonita. Se as usarmos de forma desleixada, acabamos ficando numa

desvantagem intelectual.

Palavras podem ajudá-lo a pensar bem. Se você pensa bem, pode planejar bem. Se

planeja bem, pode trabalhar bem. Se trabalha bem, pode conquistar quase qualquer coisa.

Vamos conversar sobre realizações e as palavras mais comuns associadas com esse

conceito: sonho, meta, objetivo, trabalho e tarefa.

Para o pensador descuidado, essas palavras são mais ou menos a mesma coisa. Mas para

o indivíduo que quer conquistar o máximo possível na vida, elas são distintas – até mesmo em

mundos diferentes.

Aqui temos algumas definições de dicionário:

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Sonho: todos os sinônimos primários que o dicionário Webster usa para definir

“sonho” denotam fantasia: pesadelo, aparição, alucinação, ilusão e assim por

diante. Os antônimos listados são: realidade, verdade.

Meta: os sinônimos para “meta” incluem propósito, alvo e intenção. É possível

ver a diferença entre sonho e meta? Às vezes, elas são usadas de forma similar,

mas não devem. Um sonho, por sua própria natureza, não é realista – talvez até

um pouco ilusório. Já a meta não é.

Objetivo: De acordo com o dicionário Webster, a palavra “objetivo” é idêntica à

“meta”. Elas possuem os mesmos sinônimos: alvo, aspiração e propósito. Mas eu

acredito que existem duas diferenças conotativas entre as duas. A primeira é com

relação a tempo. Metas são mais longas em duração do que objetivos. A segunda

é com relação ao escopo. Metas são mais amplas em escopo do que objetivos.

Trabalho: um trabalho é muito diferente de um sonho, uma meta ou um objetivo.

Ele é definido como situação, posto, posição, compromisso, operação, vocação ou

carreira. “Trabalho” descreve aquilo que se faz como profissão ou em qualquer

momento particular. Não tem muito em comum com metas e objetivos. Você

pode ter um trabalho sem metas. Você pode ter metas sem um trabalho.

Tarefa: Uma tarefa é algo menor do que um trabalho. A diferença está no escopo

e na duração. Uma tarefa é uma coisa específica que se deve fazer, como cortar o

gramado ou editar um parágrafo. Ela começa e termina dentro de um espaço

definido de tempo. Algumas tarefas podem ser repetidas. E até mesmo não ter

fim. Mas elas ainda são muito estreitas nesse propósito. Às vezes, “trabalho” e

“tarefa” são usados de forma intercambiáveis. Para nossos propósitos de hoje,

vamos mantê-los separados.

Certo. Nós examinamos os termos para desenvolver nosso plano diretor. Como devemos

usá-los?

Ao criar seu plano diretor, nós conversaremos sobre como ser muito claro no

estabelecimento de suas metas. Distinguindo essas cinco palavras será mais fácil para focarmos

no que é importante. Aqui está o que eu quero dizer:

Sonhos: Planos diretores não são baseados em sonhos, pois eles são, por

definição, fantásticos e ilusórios. Perseguir um sonho pode ser um ótimo

passatempo para uma criança na quarta série, mas adultos com responsabilidades

não têm tempo para sonhos. Eles precisam perseguir metas desafiadoras, mas

realistas. Portanto, nós baniremos a palavra “sonho” de nosso vocabulário. Não

vamos gastar nosso tempo correndo atrás de sonhos. Estamos perseguindo metas.

Metas: Como expliquei no capítulo anterior, metas são específicas, acionáveis,

com orientação temporal e realistas. Ser realista não significa que elas não possam

ser altas ou até mesmo distantes, mas sim que devem estar dentro das fronteiras

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da razão. Você pode decidir que deseja ganhar uma loteria de um milhão de

dólares dentro de três anos, mas não há nada que possa fazer para conquistar essa

meta a não ser gastar um milhão de dólares em bilhetes de loteria.

Objetivos: O dicionário que consultei não fazia uma distinção entre metas e

objetivos, mas eu gostaria de fazer uma que nos ajudará a conversar durante nosso

plano diretor. Objetivos, na minha opinião, devem ser mais específicos do que

metas e também mais curtos em duração.

Trabalho: Seu trabalho é o que está fazendo agora. Como eu disse, ele não tem

nenhuma relação com o que estará fazendo em um ano. E também não possui

nenhuma relação com o que fará em sete anos. Ter um plano diretor em ação

significa ter controle sobre o seu futuro. Ter um trabalho significa permitir que

outra pessoa seja responsável por isso. Portanto, para nossos propósitos, essa não

é uma coisa boa. Nós colocaremos “trabalho” na mesma cesta de lixo mental na

qual colocamos “sonho”. Ele não será útil. É apenas uma necessidade temporária.

É algo que algum dia será substituído pela “carreira”.

Tarefas: As tarefas são trabalhos específicos e com orientação temporal que

fazem parte de um processo maior. Para o propósito de planejar sua nova vida,

nós as distinguiremos de metas e objetivos. As tarefas são menores em termos e

mais específicas do que objetivos.

Quando estivermos falando sobre seu plano diretor, usaremos essas três palavras:

1. “Metas”, para desejos maiores e mais longos.

2. “Objetivos”, para desejos mais específicos e de médio prazo.

3. “Tarefas”, para ações de prazo muito curto que são necessárias para conquistar

objetivos de médio prazo.

Espero que essas informações não soem como semântica para você, pois são mais que

isso. Essa é uma pequena caixa de ferramenta que contém três itens que poderá usar para

melhorar sua vida. Gaste mais tempo hoje pensando sobre como você atualmente trabalha; como

estabelecer suas metas – se as fizer; e como perseguir essas metas de forma anual, mensal,

semanal e diária.

Você passou sua vida perseguindo um sonho? Perseguindo alguma fantasia que nunca

teve a chance de ser realizada?

Se você possui metas sólidas para a vida toda, elas foram convertidas em algo mais curto

e mais acessível? Você possui metas multianuais? Ou simplesmente faz resoluções de Ano

Novo? (Eu faço resoluções, de verdade. Mas a maioria delas são objetivos anuais, baseados em

metas de prazos maiores).

Você escreve suas metas anuais? Se não, eu mostrarei alguns dados que o convencerão a

fazer isso. Se já escreve as metas anuais, você as quebra em objetivos mensais e semanais? Caso

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contrário, mostrarei por que fazer isso.

E finalmente, você gasta pelo menos 15 minutos por dia planejando exatamente quais

tarefas precisam ser realizadas? Você estabelece prioridades e limites de tempo? Você tem um

método para mantê-las? Caso contrário, não se preocupe. Nós temos tudo o que precisa para

mudar sua vida e desfrutar de um novo estilo de vida a partir de hoje.

ANTES DE ESTABELECER SUAS METAS DE LONGO PRAZO, DESCUBRA SEUS

VALORES ESSENCIAIS

Antes de mergulhar no plano diretor de sua vida, você tem mais um trabalho a fazer:

Descobrir o que realmente lhe é importante.

A maioria das pessoas que você encontra não gosta de seus empregos, elas estão infelizes

com suas vidas familiares e querem mais dinheiro. Acreditam que, se pudessem fazer isso ou

aquilo, tudo seria melhor.

Ganhar na loteria resolveria todos os problemas. Pelo menos, é o que elas pensam. Mas a

verdade é diferente. A não ser que viva sua vida de acordo com seus valores essenciais, nenhum

sucesso será suficiente para deixá-lo feliz.

Portanto, antes de tentar estabelecer suas metas, deve-se gastar algum tempo descobrindo

quais são seus valores essenciais. O que eu quero dizer com isso? Os sentimentos que possui

sobre bem e mal que estão enterrados profundamente dentro de seu coração.

Como estabelecer metas se relaciona com valores essenciais? Ambos estão direcionados

para garantir sua felicidade a longo prazo. Se suas metas estabelecidas contradizem os valores

em que acredita, você acordará um dia e dirá: “Eu fiz tudo o que disse que ia fazer. Mas e daí?”

Você não quer acabar sendo outra pessoa altamente bem sucedida mas fundamentalmente

infeliz – um destino tão comum que acabou virando clichê. Veja como não deixar isso acontecer.

Comece imaginando um funeral acontecendo num lugar muito elegante. A sala está cheia

de amigos e familiares que se reuniram para conversar sobre o falecido. Você olha ao seu redor.

Começa a reconhecer rostos. “Quem morreu?”, você indaga. Aí olha no caixão. Meu Deus, é

você!

Então, o que as pessoas em seu funeral estarão dizendo sobre você?

Imagine pessoas específicas: um dos pais, um irmão, um vizinho, um parceiro de

negócios e até mesmo um estranho. Não seja vago sobre isso. Pense sobre pessoas reais. E

imagine-as fazendo comentários bem específicos.

Não é o suficiente imaginar seu sobrinho dizendo algo como “Ela era uma mulher

generosa”. Você deve imaginar uma segunda frase de qualificação, como “Ela sempre me dava

presentes caros de aniversário”.

E seja honesto. Não dore a pílula. Diga o que aconteceria de verdade. Por exemplo, seu

vizinho pode estar dizendo “Eu o achava uma pessoa muito arrogante. Ele nunca limpava a

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bagunça quando seu cachorro defecava em meu jardim”.

A felicidade é um estado de consciência que procede da realização de nossos valores.

— Ayn Rand

Imagine tudo que as pessoas em seu funeral poderiam realmente dizer a seu respeito – e,

em seguida, pense sobre como essas palavras o fariam se sentir.

Caso não se sinta bem isso, significa que, pelo menos nesses relacionamentos, você não

está vivendo sua vida de acordo com seus valores principais.

Agora, para cada frase negativa que acabou de imaginar, pergunte a si mesmo, “O que eu

gostaria que essa pessoa dissesse sobre mim?” A resposta para essa questão revelará seus valores

essenciais para esse relacionamento em particular.

O objetivo desse exercício é criar um conjunto de uma dúzia de frases. Cada frase será

uma afirmação que indica o que você pensa ser importante em uma área particular de sua vida.

Vamos dizer que você imaginou alguém dizendo “Ele sempre estava se esforçando para

equilibrar seu orçamento.” Essa afirmação o deixaria triste, correto? Então imagine o que

gostaria que essa pessoa dissesse sobre você e pode acabar encontrando algo como “Ele teve

dificuldades por um tempo e, então, tudo mudou. Ele se tornou muito bem sucedido e morreu

como uma pessoa rica”. Se essa frase o faz se sentir bem, é razoável dizer que conseguir riqueza

é um valor importante para você. Portanto, você escreveria assim: “Eu acredito que o sucesso

financeiro é uma conquista valiosa e admirável.”

Entendeu?

Frase negativa: “Ele sempre se esforçava para equilibrar seu orçamento”.

Frase positiva: “Ele teve dificuldades por um tempo e então tudo mudou. Ele se

tornou muito bem sucedido e morreu como uma pessoa rica”.

Valor essencial: “Eu acredito que o sucesso financeiro é uma conquista valiosa e

admirável”.

Eu recomendo tentar fazer uma dúzia de frases, pois se deve abordar todas as áreas

principais de sua vida:

Seus valores de saúde

Seus valores de riqueza

Seus valores de melhora pessoal

Seus valores de felicidade social

Por quê?

Porque seus valores essenciais devem determinar suas metas. E suas metas devem ser

abrangentes.

A maioria dos programas de estabelecimento de metas não são abrangentes. Eles se

focam em apenas uma coisa. Fazer mais dinheiro. Ou perder peso. Ou ser feliz (seja lá o que isso

signifique). Estabelecer tais metas singulares pode, às vezes, ser eficaz, mas apenas se possuir a

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flexibilidade em seus horários para se focar nelas. Mas a maioria das pessoas não faz isso. E,

dessa forma, criam um problema. Eles começam de forma entusiasmada e fazem progresso por

um tempo. Mas logo as muitas urgências da vida acabam entrando no meio. Bons hábitos são

negligenciados. Hábitos ruins retornam. E rapidamente, a meta é abandonada.

Você evitará esse mesmo problema considerando o espectro integral da vida – não apenas

sua saúde ou riqueza, mas também seus hobbies, relações pessoais, obrigações sociais e assim

por diante.

Aqui está o que você deve fazer agora:

1. Pegue um pedaço de papel e divida-o em quatro caixas.

2. No topo de cada caixa escreva Saúde, Riqueza, Melhora Pessoal e Alegria Social.

3. Dentro de cada caixa, escreva frases naquela categoria que gostaria de ouvir em seu

funeral.

Por exemplo...

Saúde:

“Ele era a pessoa de 80 anos mais em forma que já conheci”.

“Ele conseguia correr um quilômetro em 5 minutos”.

“Uma vez, eu o vi levantar um carro pelo para-choques”.

Riqueza:

“De todas as pessoas que se formaram na Riverdale High School em 1972, ela se tornou a

mais rica”.

“Ela tinha uma mansão enorme em Laguna Beach”.

“Ela deixou US$ 4 milhões para caridade quando morreu”.

Melhora pessoal:

“Ele era o melhor jogador de xadrez que conheci”.

“Ele também era um poeta publicado”.

“Ele sabia mais sobre decoração de casas do que Martha Stewart”.

Alegria social:

“Ela era a melhor mãe do mundo”.

“Ela também era uma amiga generosa”.

“Ela era uma forte apoiadora da pesquisa sobre o câncer de mama”.

Escreva pelo menos duas frases em cada uma das quatro categorias. O propósito de fazer

isso é duplo: fixá-las em sua mente e ter algo específico para se referir mais tarde

Você estará se referindo a esses valores essenciais muitas vezes nos anos a seguir. Eles

devem ser uma fonte de inspiração contínua. Trate-os seriamente. Esses são os pontos cruciais de

seu plano diretor.

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ESTABELECENDO METAS DE SETE ANOS E OBJETIVOS COM PRAZOS

MENORES

Agora que você aprendeu como descobrir seus valores essenciais – as crenças básicas

sobre o que é certo e errado em cada área importante de sua vida – é possível convertê-los em

metas de longo prazo.

Por “metas de longo prazo”, eu quero dizer metas de sete anos. Por que sete anos? Pois é

o tempo suficiente para realizar essa tarefa, mas não tão longe que suas metas pareçam

intocáveis.

Eu escrevi sobre esse número mágico em Seven Years to Seven Figures (Sete Anos para

Sete Dígitos) e também em Automatic Wealth (Riqueza Automática).

Sete anos é um número comum quando se trata de empreendimentos humanos.

Economistas frequentemente observam mudanças macroeconômicas em ciclo de sete anos. O

mesmo período se aplica a flutuações de negócios, movimentos da bolsa de valores e até mesmo

para a agricultura e os ciclos naturais.

Pode-se começar e desenvolver uma empresa de vários milhões de dólares em sete anos.

Você pode aprender uma nova língua em um tempo menor que esse. Você pode se tornar faixa

preta em quase qualquer arte marcial em sete anos. Pode se tornar saudável. Pode ficar rico. Pode

se tornar sábio.

Sete anos é o maior tempo que levei para conquistar qualquer um de meus objetivos: de

negócios ou pessoais. E é o tempo que deve demorar para você.

Portanto, vamos começar com sete anos. Após conquistar tudo nessa lista, pode-se

instituir outro plano diretor com mais metas de sete anos.

Estabelecer essas metas é fácil. Comece com as frases do funeral. Converta-as em uma

declaração de valor. Em seguida, traduza esse valor em uma meta específica que gostaria de

conquistar em sete anos.

Por exemplo:

Frase do funeral: “Ele foi uma das pessoas mais inteligentes que conheci.”

Valor essencial: Ser inteligente é uma característica valiosa e admirável.

Meta de sete anos: Ser aceito na Mensa (sociedade formada por pessoas de alto

QI) em 1º de janeiro de 2022.

Frase do funeral: “Ela era uma das pessoas mais generosas que conheci”.

Valor essencial: A filantropia é um passatempo valioso e admirável.

Meta de sete anos: Dar US$ 1 milhão para uma fundação sobre o câncer até 15

de junho de 2022.

Frase do funeral: “Ele era a pessoa mais rica no ensino médio”.

Valor essencial: A riqueza monetária é uma conquista valiosa e admirável.

Metas de sete anos: Ter um patrimônio líquido de US$ 3,5 milhões até 21 de

abril de 2022.

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Vê como é fácil fazer isso?

Apenas lembre-se das regras que mencionei anteriormente ao determinar suas metas.

Segui-las aumentará muito as chances de seu sucesso.

Primeira regra: Sua meta deve ser a mais específica possível. Eu ficarei rico é muito

geral. Eu desenvolverei um patrimônio líquido de US$ 4 milhões é específico.

Segunda regra: Sua meta deve ser acionável. Ganhar na loteria é um sonho. Ganhar uma

corrida é uma meta.

Terceira regra: Sua meta deve ter uma orientação temporal. Nós já falamos sobre isso e

concordamos com sete anos. Portanto, estabeleça as metas de hoje para sete anos no

futuro. Eu desenvolverei um patrimônio líquido de US$ 4 milhões é específico mas não

tem orientação temporal. Eu desenvolverei um patrimônio líquido de U$4 milhões até 1º

de julho de 2022 é específico e tem orientação temporal.

Quarta regra: Sua meta deve ser realista. Desenvolver US$ 4 milhões em sete anos é

provavelmente realista. Já desenvolver US$4 bilhões de patrimônio líquido certamente

não é.

Essa é a primeira parte de sua tarefa por hoje. Estabeleça uma meta de sete anos para

cada um de seus valores essenciais.

Seu plano diretor será baseado nessas metas. Mas, para transformá-las em realidade, elas

devem ser traduzidas para objetivos anuais, mensais e semanais. Aqui estão os exemplos que

mencionei anteriormente:

Meta de sete anos: Desenvolver um patrimônio líquido de US$ 4 milhões em sete anos.

Meta do primeiro ano: Eliminar US$ 36.000 de dívidas.

Objetivo mensal: Conseguir um emprego de meio-período ganhando US$ 36.000

durante o ano.

Objetivo da primeira semana: Conseguir minha primeira entrevista de emprego.

Você vê como isso funciona? Cada objetivo é baseado em outro que o precedeu. É

realmente bem simples.

Então faça isso agora. Estabeleça as metas de um ano para cada uma das metas de sete

anos. Escreva-as.

Quando terminar de fazer isso, crie seu primeiro objetivo mensal. Ao terminar isso, crie

um objetivo semanal.

Faça isso hoje. Já é o suficiente. Em seguida, eu mostrarei como criar as folhas de tarefas

diárias. Amanhã será o primeiro dia de implementação de seu plano diretor.

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USANDO TAREFAS DIÁRIAS PARA CONQUISTAR SUAS METAS

Eu nem sempre planejei meus dias. Durante a maior parte da minha carreira, eu não fiz

isso.

Eu tinha metas escritas. E observava-as regularmente. Minhas metas me mantinham apontado

para a direção correta, mas eu ficava sempre indo para frente e para trás. Frequentemente, sem

uma boa razão.

Dirigindo para o trabalho de manhã, eu pensava sobre minhas metas. Isso ajudava a me

motivar e frequentemente me dava ideias específicas sobre quais tarefas eu deveria realizar

naquele dia. Eu chegava ao trabalho com a intenção de completá-las... mas, no final do dia,

muitas delas não tinham sido feitas.

O que havia acontecido? A mesma coisa que pode estar acontecendo com você agora.

Você se senta à sua mesa e há uma pilha de novas correspondências. Atende o telefone e há 15

mensagens esperando por você. Ao abrir seu computador, vê que há 50 novos e-mails desde que

os verificou pela última vez. Você diz a si mesmo que fará suas tarefas importantes mais tarde.

Agora, é necessário “limpar” todas essas pequenas emergências.

Antes que perceba, o dia já acabou e você não deu nenhum passo em direção a conquistar

suas metas importantes. Você faz um esforço para fazer alguma coisa, mas está cansado.

Amanhã, promete a si mesmo, farei melhor.

Isso soa familiar?

A produtividade nunca é um acidente. É sempre o resultado de um compromisso com a

excelência, um planejamento inteligente e um esforço focado.

— Paul J. Meyer

Se sim, não se sinta mal. Você está em boa companhia. A maioria das pessoas lida com o

trabalho dessa forma – até mesmo pessoas que estabelecem metas e as conquistam. A longo

prazo, eles acabam fazendo tudo. Mas diariamente, estão constantemente frustrados.

É possível ser bem sucedido sem planejar os dias… mas terá de trabalhar mais duro e por

mais tempo. A razão? Quando você não planeja seus dias, acaba trabalhando para outras pessoas

– não apenas para si mesmo. Você sente que, antes de fazer seu próprio trabalho, deve lidar com

os pedidos deles.

Começar seu dia limpando suas correspondências, caixa de entrada de e-mails e

secretária eletrônica não é muito inteligente. A maioria do que está à sua espera a cada manhã

não tem relação nenhuma com suas metas e aspirações. É apenas trabalho que outras pessoas

querem que você faça para elas.

Se deseja ser o capitão de sua alma e mestre de seu futuro, deve ser responsável por seu

tempo. E a melhor maneira de fazer isso é estruturar seu dia ao redor de uma lista de tarefas que

você, apenas você, criará.

Como eu disse, apenas escrever minhas metas me ajudou a conquistar bastante coisa.

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Mas minha produtividade foi quadruplicada quando comecei a gerenciar meus horários com uma

lista de tarefas diárias. Se você usar o sistema que vou recomendar, aposto que verá a mesma

melhora.

Eu usei muitos sistemas de organização padrão durante os anos, mas nunca estava

inteiramente satisfeito com nenhum deles. O sistema que uso agora é meu – baseado nas

melhores ideias que encontrei em outros lugares.

No começo do ano, eu faço minhas metas para os próximos 12 meses. Pergunto a mim

mesmo, “O que preciso conquistar em janeiro, fevereiro e assim por diante para me manter no

caminho certo?” Em seguida, no começo de cada mês, faço meus objetivos semanais.

Finalmente, todos os dias, crio uma lista de tarefas diárias específicas.

Aqui mostro como fazer isso...

MINHA LISTA PESSOAL DE TAREFAS DIÁRIAS

Eu começo cada dia, um dia antes.

O que quero dizer com isso é que eu crio minha lista de tarefas diárias no final do dia

anterior. Eu crio a lista da terça-feira no final do dia de trabalho da segunda-feira. Crio a lista de

quarta-feira no final do dia de trabalho da terça-feira.

Começo revisando a lista do dia atual. Eu observo quais tarefas foram feitas e quais não

consegui completar. Minha nova lista – a lista de tarefas do dia seguinte – começa com essas

tarefas incompletas. Em seguida, observo meus objetivos semanais para ver se há alguma outra

tarefa que desejo adicionar. Em seguida, olho em minhas correspondências e decido o que fazer

com os itens ali presentes. Eu posso programar alguns deles para o dia seguinte. A maioria é

programada para mais tarde ou vai para o lixo ou é redirecionada a outra pessoa.

Em uma planilha, eu crio colunas para os seguintes itens:

Tarefas que terminarei.

O tempo estimado para completar cada uma delas.

O tempo que levei realmente para completá-las.

Tarefas que passarei para meu assistente.

Na maioria dos dias, eu acabo tendo 20 tarefas de 15 minutos a 1 hora cada.

Eu prefiro fazer isso em meu computador. Você talvez prefira fazer à mão, com papel e

caneta. O ponto é gostar do processo.

Como tarefas mais longas tendem a ser cansativas, eu raramente programo algo que durará

mais do que uma hora. Se possuir uma tarefa que durará várias horas, quebre-a em pedaços e

faça-a em vários dias. Pode ser mais fácil de terminá-la dessa maneira. Além disso, você

provavelmente fará um trabalho melhor, pois terá mais energia e tempo para revisar o que foi

feito.

Um dia típico para mim inclui duas ou três tarefas de uma hora, três ou quatro tarefas de

meia hora e aproximadamente uma dúzia de tarefas de 15 minutos. O tipo de trabalho que você

faz pode ser diferente, mas eu gosto desse equilíbrio. Ele me fornece flexibilidade. Posso

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combinar meu nível de energia durante o dia a minha lista de tarefas.

Idealmente, você deve conseguir fazer todas as tarefas importantes e a maioria das menos

importantes todos os dias. Você deve conquistar bastante coisa, para que possa finalizar sua lista

de metas de longo prazo o mais rápido possível. Mas você também deve se sentir bem consigo

mesmo no final do dia.

Você pode perceber que, assim como eu, ao começar a usar esse sistema, poderá ter um

excesso de zelo – programando mais tarefas do que pode realizar. Portanto, estabeleça

estimativas de tempo relativas ao escrever suas tarefas. E revise-as no final do dia colocando o

tempo verdadeiro gasto em cada uma delas.

Quando você termina uma tarefa, risque-a de sua lista. Uma tarefa feita! Agora vamos

para a próxima! Eu tenho feito isso por anos e ainda tenho pequenos surtos de prazer a cada vez

que isso acontece.

Criar cada lista de tarefas diárias deve demorar menos de 15 minutos. O segredo é

trabalhar a partir dos objetos semanais – que são baseados em suas metas mensais e anuais.

Esse sistema pode não funcionar para você, mas insisto que o experimente. Eu acho que

vai gostar.

Antes de seus colaboradores, concorrentes e colegas de trabalho estarem tomando a

primeira xícara de café, você já terá estabelecido tudo o que precisa fazer naquele dia para ser

mais saudável, rico e sábio. Você saberá o que fazer, saberá suas prioridades e já estará pensando

em algumas delas. Não será necessário se preocupar sobre esquecer algo importante. E você terá

uma sensação forte de energia e empolgação, confiante que seu dia será produtivo.

COMO FAZER UM PROGRESSO MENSURÁVEL EM DIREÇÃO ÀS SUAS METAS

MAIS NEGLIGENCIADAS

Conforme descobriu até agora, para criar um plano diretor para uma nova vida, você deve

começar com planos de longo prazo que correspondam a seus valores essenciais. Desse bom

começo, deve-se estabelecer metas anuais e objetivos mensais. Com base nesses itens, você

criará objetivos semanais e listas de tarefas diárias. Fazer tudo isso ajudará em muito. Mas se

deseja realmente mudar sua vida, terá que aprender a priorizar.

Não seja um gerente de tempo, seja um gerente de prioridades.

— Denis Waitley

Eu nem sempre soube como priorizar. Durante grande parte de minha carreira de

negócios, eu me apoiava no estabelecimento de metas e lista de tarefas e estava feliz com os

resultados. Mas quando fiz 50 anos e comecei a escrever para a Early to Rise, comecei a ler

sobre como outros líderes de negócios conquistaram suas metas. E foi aí que descobri a grande

diferença de priorizar.

A lição mais importante que aprendi veio do livro The Seven Habits of Highly Effective

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People (Os Sete Hábitos de Pessoas Altamente Eficazes), de Stephen Covey. Nesse livro, Covey,

apresenta uma técnica para priorizar que me impressionou imensamente e logo se tornou uma

parte central de meu processo de planejamento.

Divida suas tarefas, disse Covey, em quatro categorias:

Não importante e não urgente.

Não importante mas urgente.

Importante e urgente.

Importante mas não urgente.

Na categoria de “não importante e não urgente”, deve-se incluir coisas como:

Se atualizar das fofocas do escritório.

Fazer compras de itens pessoais on-line.

Responder a telefonemas não importantes.

Responder a e-mails não importantes.

Na categoria “não importante mas urgente”, deve-se incluir:

Responder a telefonemas de fornecedores incômodos.

Fazer preparações de última hora para uma festa no escritório.

Ir a uma reunião exigida que não ajuda na sua carreira.

Planejar-se para uma reunião não importante.

Na lista da categoria “importante e urgente”, pode-se listar:

Fazer preparações de última hora para uma reunião importante com o chefe.

Fazer ligações de vendas de última hora para clientes-chaves.

Resolver problemas inesperados.

E, finalmente, na categoria “importante mas não urgente” pode-se incluir:

Aprender a escrever melhor.

Aprender a falar melhor.

Aprender a pensar melhor.

Trabalhar em seu romance.

Chegar a um peso saudável.

Ao quebrar as tarefas nessas quatro categorias, é fácil ver que não se deve dar nenhuma

prioridade para tarefas “não importantes e não urgentes”. Na verdade, essas tarefas não

devem nem ser feitas. Elas são uma perda de tempo. Ainda assim, muitas pessoas gastam

muito tempo nelas.

O que é ainda pior é perder tempo em tarefas que não são importantes, mas são urgentes.

Elas devem ser gerenciadas bem antes de chegar ao estágio da crise.

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Se descobrir que está gastando muito tempo em tarefas desnecessárias, terá um problema

sério. A não ser que mude sua maneira de trabalhar, provavelmente não conseguirá conquistar

qualquer uma de suas metas importantes.

Então, quais tarefas devem ter prioridade?

No livro Seven Habits, Covey diz que a maioria das pessoas pensa que deve dar

prioridade a tarefas importantes e urgentes. Mas esse é um engano. “É como as ondas”, ele diz.

“Um problema grande aparece e o derruba no chão. Você se esforça para levantar, mas outro

problema surge e novamente o derruba”. Você está “literalmente sendo derrotado por problemas

o dia todo, todos os dias”.

Todas as tarefas urgentes – importantes ou não – são problemáticas: elas são urgentes

pois você as negligenciou ou porque são importantes para outras pessoas (como seu chefe). Em

ambos os casos, é necessário encontrar uma maneira de evitar que elas façam parte de sua lista

diária. Isso significa fazer algumas mudanças em seus hábitos de trabalho – normalmente uma

combinação de ser mais eficiente e delegar mais tarefas para outras pessoas.

Tarefas urgentes o deixarão esgotado. E o transformarão em um workaholic infeliz. Se

deseja transformar sua vida, é necessário dar prioridade para as tarefas importantes, mas não

urgentes – pois é isso que o ajudará a conquistar suas metas maiores de longo prazo.

Não é fácil fazer isso.

As tarefas importantes mas não urgentes sussurram, enquanto as tarefas urgentes gritam.

Mas há uma maneira de fazer as coisas críticas ficarem mais quietas em quatro etapas simples:

Etapa 1. Ao planejar seu dia, dívida as tarefas nas quatro categorias de Covey: não

importante e não urgente, não importante mas urgente, importante e urgente e importante mas

não urgente.

Etapa 2. Você terá, é claro, que fazer todas as tarefas urgentes – pelo menos até

descobrir uma maneira melhor de cuidar de seus horários. E também terá que encontrar uma

maneira de se livrar de tarefas que não são importantes e nem urgentes. Mas assegure-se em

incluir uma tarefa importante e não urgente que, ao ser terminada, o deixará mais próximo de

uma de suas metas de longo prazo.

Etapa 3. Destaque essa tarefa importante mas não urgente de sua lista. Faça com que ela

seja a prioridade número um do dia.

Etapa 4. Faça essa tarefa primeiro – antes de qualquer outra coisa.

Inicialmente, pode ser difícil fazer uma tarefa importante mas não urgente antes de tudo.

Há razões para isso.

Como ela não é urgente, você não sente que é importante. Mas ela é.

Como ela apoia uma meta que você estava ignorando, já está acostumado a

negligenciá-la.

Você possui o hábito de negligenciá-la pois não acha que ela seja importante e

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porque pode ter medo de fazê-la

Você pode ter medo de fazê-la pois sabe, bem no fundo, que ela mudará sua vida.

E a mudança, mesmo quando boa, é assustadora.

Mas, após começar a usar essa pequena técnica de quatro etapas, você perceberá algo

rapidamente.

A primeira coisa que perceberá é o quão bem se sente. Conquistar algo que vinha

ignorando é energizante. Isso apagará algumas dúvidas sobre si mesmo – dúvidas criadas por

anos de “não conquistar” suas metas de longo prazo.

Essa energia e confiança extra crescerão e o serão seu combustível durante o dia. Isso

fará com que seja mais fácil conquistar outras tarefas importantes mas não urgentes.

Conforme os dias passam, você perceberá que está fazendo um progresso mensurável em

direção às metas negligenciadas. Em apenas algumas semanas, ficará surpreso com o quanto já

foi feito. E, em 52 semanas – um curto ano pela frente – será uma pessoa nova em folha e muito

mais produtiva.

Esse ano vai passar muito rápido de qualquer forma. Você vai acabar gastando o tempo

de uma forma ou de outra. Por que não fazê-lo tendo o controle de seu cronograma? Por que não

gastar esse tempo com você – no que é realmente importante para a sua vida?

ACOMPANHANDO SEU SUCESSO: POR QUE VOCÊ DEVE MANTER UM DIÁRIO

Pode parecer um passatempo egocêntrico, mas ter um diário é, na verdade, uma ótima

ferramenta para estabelecer metas. Ele pode ajudá-lo a descobrir uma direção para a sua vida e,

em seguida, guiá-lo para onde deseja ir.

Um diário utilizado para esse propósito – recordar, rever e se comprometer novamente

com suas metas – se torna um registro de seus sucessos, suas observações, conquistas,

habilidades de resolução de problemas e melhores ideias que podem ser relidas quantas vezes

quiser. Mas também pode-se incluir assuntos menos sérios.

Em meus anos iniciais, mantive diários esporadicamente, normalmente ao viajar ou

quando me envolvia em algum projeto interessante. Eu tive um diário por dois anos quando

morei na África ensinando Inglês e filosofia na University of Chad. Eu tive um diário duas vezes

durante as férias de verão – uma vez no campo da França e outra vez em Roma.

Mas quando comecei a escrever para a Early to Rise, passei a fazer diariamente um

diário. Tenho feito isso sem parar desde então.

Antes dos meus polegares desenvolverem artrite, eu escrevia no diário com uma caneta

tinteiro. Agora faço isso em meu computador. Eu gostava da sensação de escrever minhas

palavras. E desenhar ilustrações, satisfazendo minhas fantasias artísticas. Não posso mais fazer

isso, mas posso importar ilustrações da Internet.

Eu uso meu diário para começar o dia. Como escritor, tenho que encarar a mesma página

em branco todos as manhãs. Em vez de esperar pelo momento de inspiração proverbial, começo

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abrindo o que escrevi no dia anterior no diário, lendo as informações e usando-as como uma

prancha para o que escreverei naquele dia.

Meu primeiro empenho é um relato um pouco obsessivo–compulsivo das horas que

passei desde que escrevi no diário ontem: o que comi, quais exercícios fiz, no que trabalhei e

assim por diante. Ninguém mais deve ler isso. (Eu ficaria envergonhado se alguém o lesse). Ele

serve para aquecer minha mente e preparar meus dedos. Eu passo cinco minutos fazendo isso, o

que normalmente é o suficiente.

Em seguida, edito algo que escrevi no dia anterior. Frequentemente, é um poema ou

história curta. Mas, às vezes, é um texto para a ETR. Isso exige um pouco mais de acuidade

mental. Após meia hora fazendo isso, posso sentir o motor criativo passando para a terceira

marcha.

Em seguida, começo a escrever de verdade. Ficção ou não-ficção, essa é a parte mais

importante do meu dia de escrita.

Meu diário é também o local onde acompanho informações de saúde – meu peso, níveis

de açúcar no sangue, consultas com médicos e resultados de exames – assim como o progresso

feito em outras metas nos negócios e na vida pessoal.

Eu costumo manter minhas listas de metas, objetivos e tarefas diárias separadas em um

bloco de notas. No ano passado, comecei a incluir os objetivos semanais e as tarefas diárias em

meu diário e isso tem funcionado muito bem.

Minha irmã, que é diretora de arte para teatro e filmes, envia e-mails para a família dela

com cópias de seu diário quando está filmando. Essas páginas são cheias de fotos e comentários

sobre sua vida incomum. Eu nunca usei meu diário como uma ferramenta de comunicação, mas

posso ver pela experiência dela como isso poderia ser feito.

Para mim, um diário deve ser como sua casa. Ele deve ser preenchido com coisas

interessantes que refletem a pessoa que você é. Eu odeio casas projetadas por decoradores

profissionais. Você anda por elas e elas são todas iguais. Pode-se conhecer os donos, mas não é

possível encontrar evidência da personalidade deles no local.

Manter um diário pode ajudá-lo a mudar sua vida. Como eu disse, ele pode ajudá-lo a

trabalhar melhor, conquistar suas metas, comunicar-se com amigos e familiares e fazer com que

seu trabalho progrida. E é uma maneira excelente para deixar um registro de quem você foi e o

que estava fazendo durante sua jornada pela vida.

Se estiver escrevendo um diário ou pensando em começar, aqui estão três maneiras de

fazê-lo funcionar para você.

Três maneiras poderosas de se beneficiar de um diário

1. Acompanhe suas metas. A cada mês, eu consulto minha lista de metas anuais e

objetivos mensais e crio uma lista de objetivos semanais. E, como já mencionei antes,

consulto meus objetivos semanais ao final de cada dia para criar minha próxima lista de

tarefas diárias. Eu mantenho as metas anuais e os objetivos mensais num bloco de notas –

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como lembrança de meus dias de escrita à mão. Mas insiro meus objetivos semanais e

lista de tarefas diárias diretamente no diário que tenho no computador.

Eu destaco minhas prioridades na lista de tarefas diárias em amarelo e tento realizá-las no

começo do dia. E, conforme completo cada tarefa, mudo sua cor de fonte de vermelho

para preto na tela (o equivalente a riscá-la). Essa é uma técnica que recomendo para você.

O ponto é ter uma pequena recompensa psicológica por ter completado seu trabalho.

No final de cada dia, eu observo quais tarefas completei e quais não consegui finalizar.

Também vejo o tempo necessário para fazer cada uma delas. Isso me ajuda a estimar

comprometimentos de tempo no futuro.

O aspecto de estabelecimento de meta de meu diário se tornou a parte mais produtiva

dele. Pode não ser sempre a mais divertida, mas ela é crítica para o sucesso dos meus

planos de longo prazo.

2. Continue sendo criativo e mantenha sua escrita renovada. Escrever no diário todas as

manhãs faz com que sua criatividade flua melhor. Pode-se registrar ideias para novos

produtos ou serviços... escrever notas para suas equipes ou colegas de trabalho... anotar

ideias para livros que pretende escrever.

3. Lembre-se das coisas que aprendeu, livros que leu e observações feitas. Todos nós

temos ótimos pensamentos de vez em quando. E o que fazemos com eles? Atualmente,

sempre que tenho uma boa ideia, eu a anoto em meu diário e escrevo “NE” (Não

esquecer) na frente dela, destacado em amarelo. É fácil encontrar essas entradas

destacadas para que possa colocá-las em minha lista de metas e não esquecê-las (como

aconteceu com muitas de minhas ideias antes de ter um diário).

Eu também registro fatos e figuras interessantes de minha leitura. (Tenho um sistema de

achar pelo menos um fato ou ideia útil em cada jornal, revista ou livro de negócios que leio). E

uso meu diário para fazer listas de recomendações que li ou ouvi: um novo vinho para

experimentar, novo livro, um novo CD de um cantor favorito, um novo restaurante, um destino

exótico que quero visitar.

É impressionante quanta coisa boa é possível acumular ao criar o hábito de adicionar

assuntos que o interessam num diário e destacá-los para uso futuro.

Portanto, esses são os três benefícios importantes de manter um diário – mas há muitos

outros. Um diário pode também ser um lugar para:

Registrar pedaços de conversas que podem ser usadas mais tarde ao escrever seu

próximo (ou primeiro) livro ou peça de teatro.

Fazer uma lista com as razões pela qual merece um salário maior (ou razões pela

qual não deve ser despedido de sua empresa em época de crise).

Identificar todos os seus bens e os locais deles, para que sua esposa ou filhos

possam encontrá-los no caso de uma emergência.

Criar índices para suas receitas favoritas, citações, imagens e assim por diante.

Registrar as boas ações feitas por você e as bênçãos recebidas.

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Manter um diário toma de 5 a 30 minutos por dia – o que vale muito a pena se considerar

a recompensa: ele o ajudará a fazer planos melhores e a conquistar ainda mais com seu tempo.

E, quando for muito mais velho, o diário pode ser um bônus inesperado: horas e horas de

diversão, relembrando sua vida rica, recompensadora e produtiva.

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Parte Três –

SUA VIDA ABUNDANTE, DIA A DIA

COMO SE TORNAR UM MADRUGADOR

Quando eu entrei nos escritórios de Londres do meu principal cliente de consultorias às

7h25 naquele primeiro dia, esperava encontrar o lugar vazio. Eu me surpreendi ao ver as luzes já

acesas – e, quando me aproximei do escritório temporário, vi que Ben, Nick, Gary e Woody já

estavam trabalhando.

“Bom dia”, disse com alegria, sentindo que havia encontrado novos membros da minha

fraternidade secreta. “Vocês chegaram aqui cedo!”

“Deus ajuda quem cedo madruga e toda aquela história”, disse Nick.

Fui até meu escritório com um sorriso no rosto. Esses quatro madrugadores formavam

metade do time de criação. O fato de que eles estavam no trabalho mais de 90 minutos antes das

9h me impressionou. O bom humor deles me impressionou ainda mais.

Eu teria escrito nas cortinas de sua cama e nas paredes de seu quarto: “Se você não

acordar cedo, não é possível progredir em nada”.

— William Pitt

“Eu vou conseguir realizar algo aqui”, pensei.

Você já viu os estudos: pessoas que acordam cedo são mais felizes, saudáveis e mais

produtivas no trabalho. Elas têm melhor forma, ganham mais dinheiro e relatam que são mais

satisfeitas com a vida.

Muitas pessoas com as quais conversei dizem que podem aceitar racionalmente o

argumento de que acordar cedo é bom. Mas não conseguem reunir energia emocional ou física

para realmente fazer isso.

Elas me dizem que são pessoas da “noite”. Possuem mais energia à meia-noite do que às

9h da manhã. Na verdade, dizem que preferem ir para a cama muito tarde e acordar ao meio-dia

se seus empregos/esposas permitirem.

Há alguma evidência científica para sugerir que possam estar corretas. Muitas pesquisas

foram direcionadas para os padrões do sono nos últimos anos e está claro que, para algumas

pessoas (aproximadamente 15%), “ir tarde para a cama e acordar tarde é realmente algo mais

natural”.

Mas somente o fato de ser mais difícil ser um madrugador não significa que você não

deva tentar. Os benefícios são muito grandes e numerosos para ignorá-los:

Você trabalhará mais.

Completará mais tarefas importantes.

Avançará em sua carreira mais rapidamente.

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Será mais respeitado no trabalho.

Ganhará mais dinheiro.

Terá mais tempo para se exercitar.

Será mais saudável.

Será mais feliz.

Se você deseja se tornar madrugador mas está tendo dificuldades em convencer seu corpo

a cooperar, siga esse programa de 12 etapas:

Etapa 1 do madrugador: Pare de se culpar. Pode não ser uma falta de força de vontade

que está o fazendo dormir até tarde. Pode ser uma combinação de seus genes, açúcar no sangue,

hormônios... e hábitos ruins. Mas, a exceção dos genes, todas as outras coisas podem ser

controladas de alguma forma.

Etapa 2 do madrugador: Tome melatonina, não substâncias químicas à noite. Para

acordar cedo, é necessário dormir cedo. Se tiver problemas para adormecer, experimente tomar

um complemento de melatonina em vez de uma pílula para dormir. Meu médico pessoal, Dr. Al

Sears, chama esse hormônio – que é produzido pelo corpo em resposta à escuridão – de

“regulador de sono da natureza”.

Etapa 3 do madrugador: Durma no escuro. Quanto menos luz, mais melatonina seu

corpo produzirá naturalmente. Portanto, bloqueie o máximo possível de luz em seu quarto. Use

cortinas ou persianas totalmente escuras e abra-as assim que o alarme tocar.

Etapa 4 do madrugador: Receba uma grande quantidade de ar fresco. Ele é bom para

dormir e acordar. Se dormir com as janelas fechadas, vá para o lado de fora da casa e respire um

pouco de ar fresco assim que acordar.

Etapa 5 do madrugador: Não coma antes de dormir. Sua última refeição ou lanche deve

ser a aproximadamente 3 horas antes de ir para a cama. Você dormirá mais profundamente e se

sentirá bem melhor pela manhã.

Etapa 6 do madrugador: Não use o botão da soneca. De acordo com o Centro de

Transtornos do Sono no Children’s Hospital, na Filadélfia, será muito mais fácil acordar quando

o alarme tocar pela primeira vez, do que acordar, dormir de novo e acordar uma segunda vez.

Etapa 7 do madrugador: Coloque flores em seu quarto. Pesquisadores de Harvard

relataram que pessoas que não gostam de acordar cedo disseram ficar mais felizes e com mais

energia se acordavam num local com flores frescas.

Etapa 8 do madrugador: Deixe as paredes mais brilhantes. Alguns estudos indicam que

cores vibrantes ajudam a ativar as células de energia, portanto pinte seu quarto com uma cor

brilhante e alegre para ver ao acordar.

Etapa 9 do madrugador: Alongue-se. De cinco a 15 minutos de alongamento sob a luz

do sol fará maravilhas para se livrar da rigidez que pode ter aparecido durante a noite.

Alongamentos de Yoga são especialmente úteis.

Etapa 10 do madrugador: Faça exercícios. Suplemente o alongamento com exercícios.

Após me alongar, eu alterno entre a calistenia (abdominais e flexões Hindu e assim por diante) e

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uma rotina de exercícios variados – normalmente subindo escadas ou correndo.

Etapa 11 do madrugador: Comece o dia com um sorriso. Antes mesmo de lavar seu

rosto, faça um exercício de 25 repetições de sorrisos. Fique na frente do espelho e sorria o

máximo que puder... 25 vezes. O ato físico de sorrir produz endorfinas que o darão energia e

força.

Etapa 12 do madrugador: Acorde apenas um minuto mais cedo a cada dia. Só entendi o

valor de acordar cedo depois dos 30 anos. Eu estava levando o pão pra casa, como dizem, tendo

aperfeiçoado a arte de ganhar dinheiro. Mas acordar às 8h30 todos os dias não me deixava tempo

para conquistar nenhuma das outras metas. Portanto, comecei a colocar meu despertador um

minuto mais cedo a cada dia.

Logo eu estava acordando às 8h... depois às 7h30... depois às 6h30 e, eventualmente, num

ponto em minha carreira, 5h30. (Hoje em dia, eu acordo um pouco mais tarde – normalmente às

6h ou 6h30).

Acordar cedo me deu tempo para escrever ficção, estudar espanhol, entrar em forma,

passar mais tempo com minha família e muito mais. Torne-se um madrugador e não haverá

limites para o que você poderá conquistar.

UMA ROTINA DE MANHÃ CEDO QUE MUDARÁ SUA VIDA

Quando se trata de produtividade pessoal, todos nós temos a chance de ter dias bons ou

dias ruins.

Dias bons são aqueles que o deixam se sentindo bem, pois realizou suas tarefas mais

importantes. Dias ruins são aqueles que o deixam se sentindo mal, pois fracassou ao tentar fazer

qualquer coisa para avançar nas metas mais importantes.

Se deseja ter uma vida melhor, você deve preenchê-la com dias bons. A melhor maneira

de fazer isso é organizar seu dia de acordo com suas prioridades pessoais – fazer as coisas mais

importantes primeiro.

É simples fazer isso. Mas a maioria das pessoas não faz. Oitenta por cento das pessoas

que eu conheço – e estou incluindo todas as pessoas inteligentes e trabalhadoras do meu círculo

de trabalho – fazem exatamente o oposto. Elas organizam seus dias ao redor de urgências e

emergências. Cuidando de problemas de última hora que deveriam ter sido resolvidos antes. Ou

realizando tarefas que ajudam outras pessoas a conquistarem suas metas enquanto ignoram as

suas próprias.

Fazer as coisas mais importantes primeiro. Essa é uma disciplina muito simples. E ainda

assim seu poder transformador é imenso. Ela pode mudar sua vida – literalmente, da noite para o

dia.

Ela mudou minha vida. Várias vezes, na verdade.

Eu usei essa maravilhosa técnica para escrever uma dúzia de livros, produzir um disco e

fazer o roteiro de um longa-metragem e dirigi-lo. Usei-a novamente num determinado ano para

escrever 350 poemas – um por dia, começando em 15 de janeiro. E usei-a para publicar o livro

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de poemas e para escrever outros seis livros (cinco de negócios, sob o pseudônimo Michael

Masterson, e um romance com minha assinatura pessoal).

Essa é a melhor técnica que conheço para mudanças. E é a maneira mais rápida e mais

simples de mudar sua vida se não estiver contente com sua situação atual.

Fazer as coisas importantes primeiro. É isso que você faz?

Aqui está o que eu faço:

Acordo cedo – nunca depois das 6h30.

Vou para o trabalho cedo – nunca mais tarde do que 7h30.

Gasto minha primeira hora fazendo uma tarefa que avance minha meta mais

importante.

Se estiver indo bem, gasto minha segunda hora fazendo a mesma coisa. Caso

contrário, mudo para uma tarefa que avance minha segunda meta mais importante.

Gasto minha terceira hora em outra prioridade.

Apenas após quatro horas fazendo coisas importantes permito a mim mesmo lidar

com coisas menos importantes e urgências de outras pessoas.

Quando a maioria das pessoas começa a chegar ao escritório – entre 8h30 e 9h –, eu já fiz

pelo menos uma hora e, às vezes, até mesmo duas horas de trabalho que me ajudarão a

conquistar minhas metas importantes. Metas que correspondem com meus valores essenciais.

Metas que melhorarão imensamente minha vida.

É assim que se começa um ótimo dia.

Eu faço isso cinco dias por semana. E, nos finais de semana, eu uso pelo menos mais

duas horas em cada dia para dedicar à minha prioridade principal. Em um ano, isso chega a

aproximadamente 600 horas. Seiscentas horas pode não parecer muito, mas é.

Seiscentas horas são quinze semanas de 40 horas de trabalho. O que resulta em quase

quatro meses de trabalho! Pense nisso.

Aqui temos o que é possível fazer em 600 horas:

Aprender a falar uma língua estrangeira com uma proficiência moderada.

Tornar-se dançarino de salão razoavelmente habilidoso, com um bom comando de

swing, foxtrote, salsa e outros tipos de dança.

Conquistar uma faixa azul em jiu-jítsu ou uma faixa marrom ou preta em uma de

muitas outras artes marciais.

Desenvolver uma voz de canto decente e se sentir confortável cantando em festas.

Escrever cinco livros de 60.000 palavras sobre um assunto conhecido.

Escrever e editar dois romances ou 350 poemas.

Escrever, dirigir, filmar e editar um filme de 30 minutos.

Começar um negócio secundário de vários milhões de dólares.

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Alguma dessas coisas soam interessantes para você?

Nenhuma delas deve deixá-lo pasmo. São todas parte de um senso comum.

Mas é uma coisa reconhecer uma boa técnica e outra bem diferente aprender a usá-la. A

maioria das pessoas que ler isso pensará consigo mesma: “Eu deveria fazer isso. Eu deveria

acordar cedo e gastar tempo trabalhando em meus sonhos”. Eles pensarão isso, mas não o farão.

Poderão até chegar ao escritório mais cedo, mas, quando o fizerem, provavelmente ligarão o

computador e lerão seus e-mails.

Você pode mudar sua vida se vivenciar a vantagem natural e insuperável de fazer seus

trabalhos mais importantes quando o corpo está fresco e forte.

Acorde cedo. Chegue ao trabalho cedo. Faça suas tarefas importantes, mas não urgentes,

primeiro.

SEU DIA PERFEITO! COMO DISTRIBUIR SUAS HORAS PARA UMA

PRODUTIVIDADE MÁXIMA

Todos nós temos o mesmo número de horas a cada dia para realizar nossas metas.

Ninguém, rico ou famoso, possui mais do que 24 horas.

Como usamos essas horas determina o nosso sucesso.

Nesse ponto, eu gostaria de abordar duas das perguntas mais comuns feitas sobre como

alocar tempo para uma produtividade máxima:

Quantas horas, no total, devo trabalhar?

Para qual tipo de atividades devo dedicar essas horas?

Em particular, estou interessado no número de horas que devem ser dedicadas para

planejar e preparar em vez de realizar ações.

Eu sempre ressenti qualquer tempo gasto para me preparar para um trabalho. Eu quero

fazê-lo imediatamente. Não gosto de ficar sentado pesquisando sobre a tarefa, avaliando

problemas em potencial e, em seguida, descobrindo a melhor maneira de abordá-la.

Isso é especialmente verdade quando estou inspirado. Movido por alguma visão do que

poderia ser, eu me sinto assustadoramente obrigado a realizar essa visão o mais rápido possível.

As pessoas que trabalham comigo às vezes se estressam com minha vontade de seguir em frente.

Acredito que essa vontade de agir tenha sido um grande fator em meu sucesso como

empresário. Mas, no início de carreira, meu desrespeito pelo planejamento e pela preparação foi

um grande desperdício de tempo – meu e daqueles que trabalhavam para mim.

Não posso dizer quantos projetos de construção e planos de marketing tive de jogar fora e

começar novamente.

Conforme o tempo passava, eu tive que aceitar relutantemente a necessidade de estar

pronto. Ainda tenho o impulso de começar qualquer novo projeto imediatamente, mas aprendi a

tomar algum tempo para avaliar a situação e fazer planos.

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O equilíbrio entre planejamento, preparação e ação que encontrei foi expressado

perfeitamente no título de um livro sobre empreendedorismo que publiquei em 2008: Preparar,

Fogo, Apontar.

A ideia, em poucas palavras, é essa:

A ação é a coisa mais importante. Carreiras e projetos são eliminados muito mais

frequentemente por uma relutância em agir do que por agir muito cedo.

Ainda assim, algum planejamento e preparação podem ser úteis.

Encontre a solução correta o mais rápido possível e comece a agir. Pode-se trabalhar

os detalhes mais tarde.

Por isso, Preparar, Fogo, Apontar.

Esse é um bom guia geral para como organizar seu tempo. Mas ele não explica quanto

tempo gastar se preparando.

Então perguntei a mais de uma dúzia de empresários bem sucedidos quanto tempo de

preparação e planejamento eles realizavam a cada dia. Também estava curioso para saber

quantas horas eles trabalhavam.

Aqui estão os resultados da minha pequena pesquisa:

Setenta e seis por cento disseram que trabalham mais de oito horas por dia. A variação foi

grande – 4 a 12 horas. Mas a média foi de 9,3 horas.

A maioria deles considerava o “planejamento” como uma parte vital de seus dias. Na

verdade, como um grupo, eles gastam em média apenas uma hora fazendo isso. Mas todos

sentiam que “realizar a ação” era a parte mais importante.

Para quase todos eles, o dia de trabalho começa cedo – antes das 9h. Aproximadamente

metade começa às 8h ou antes.

Muitos começam a trabalhar antes de chegar ao escritório, lendo e-mails ou reunindo

informações de jornais ou publicações on-line.

Nem tantos – apenas aproximadamente 20% – levam o trabalho para casa à noite. Mas a

maioria dessas pessoas trabalha pelo menos algumas horas do fim de semana.

Muitos se esforçaram para dizer que “a família é uma prioridade após o trabalho” e que

“passam tempo com as crianças durante o jantar ou na hora de ir para a cama”. Eu não pude

evitar e suspeitei um pouco dessas respostas. Não perguntei se estavam negligenciando suas

famílias, mas eles pareciam querer garantir que não estavam. Talvez fosse apenas um pouco de

culpa.

Eu pensei que seria interessante comparar os resultados de minha pesquisa com minhas

próprias práticas, assim como os hábitos de trabalho de Ben Franklin (a inspiração do Early to

Rise) e Donald Trump, o empresário mais visível dos Estados Unidos.

Um dia típico para mim é assim:

Parte Um: de manhã cedo

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6h30: Acordar, sorrir, pensar positivamente. Me vestir. Correr, andar, alongar e meditar

na praia.

A primeira coisa que faço pela manhã é correr, alongar e meditar. Essa é a coisa mais

importante que posso fazer (além de me alimentar bem) para garantir uma vida longa e feliz.

7h: Tomar banho. Me vestir. Comer um café da manhã rico em proteína enquanto leio o

jornal.

7h30: No meu escritório em casa, passo alguns minutos escrevendo em meu diário. Leio

poesia, filosofia e assim por diante, procurando por uma boa ideia.

8h: Escrever/editar poesia ou ficção.

9h: Escrever/editar livro de não ficção.

10h Escrever um texto para o Early to Rise.

Eu dedico de três a quatro horas inteiramente para escrever – que é uma de minhas

quatro prioridades. Aproximadamente metade de meu tempo de escrita é gasto em coisas

criativas e metade em negócios. Isso reflete um equilíbrio que corresponde às minhas metas

atuais.

Parte dois: meio-dia

11h: Ir ao escritório e tomar uma shake de proteína enquanto revejo o cronograma do dia.

11h15: Fazer uma tarefa importante de negócios.

11h45: Ver minha assistente e atribuir tarefas a ela.

12h: Treinar jiu-jítsu na academia ao lado. Tomar banho e me trocar.

Jiu-jítsu é um hobby para mim. Ele me dá força, abre minha mente, me deixa mais

humilde e me revigora.

13h: Comer um almoço saudável.

13h30: Negócios (Ação!), como reuniões ou entrevistas pelo telefone.

Eu não faço reuniões antes do meu exercício ao meio-dia. (Eu treinei todos que

trabalham comigo para não me interromperem durante a manhã). A partir das 13h30, meu dia

muda drasticamente: de um cronograma voltado para meus objetivos primários para um que é

devotado às necessidades dos outros. A maioria das reuniões feitas à tarde, por exemplo,

acomodam os desejos de outras pessoas. Eles têm tempo para me ver todos os dia, mas apenas

quando já tomei conta de minhas prioridades.

16h: Duas reuniões de 15 minutos.

16h30: Retornar ligações telefônicas.

Eu retorno as ligações ao final da tarde. Não são prioridade para mim. Simples assim.

17h: Terminar todas as tarefas de alta prioridade. Escrever dois resumos para o ETR e um

texto para o blog.

Se eu tiver meia hora livre durante a tarde, eu a dedico a uma tarefa importante mas não

urgente... como escrever coisas que não têm que ser feitas com um prazo específico.

17h30: Revisar e responder e-mails.

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Minha penúltima tarefa do dia é revisar e responder e-mails. Eu costumava fazer isso

duas vezes por dia. Agora faço somente uma.

18h: Terminar todas as tarefas de alta prioridade e planejar o dia seguinte. Essa é a última

tarefa do meu dia de trabalho.

Parte três: Final de tarde

18h30: Exercícios ou relaxamento.

Me sentindo bem por realizar a maioria de minhas prioridades, eu frequentemente me

recompenso com um segundo exercício, seguido por um shake de proteína. Ou, ando até um bar

de charutos a dois quarteirões de meu escritório, onde posso escrever um pouco mais enquanto

desfruto um café expresso e um ótimo charuto da Nicarágua.

Parte quatro: noite

19h30 Ir para casa e desfrutar um copo de vinho e palavras cruzadas na varanda.

20h Jantar e conversar com minha mulher.

21h Entretenimento.

22h Lendo na cama.

23h30: Apagar as luzes.

Adicione tudo isso e você terá a segunda divisão de 24 horas:

7 horas de sono.

4 horas de planejamento, preparação e leitura.

5 horas de socialização, relaxamento e recreação.

Como isso se compara com o cronograma de Ben Franklin?

Aqui está o que ele registrou em sua autobiografia:

4h: Acordar, tomar banho, café da manhã.

5h: (Ele não disse nada).

8h: Trabalho.

12h: Ler enquanto almoça.

14h: Trabalho.

18h: Pensar sobre “O que fiz de bom hoje?”

18h30: Relaxar e se entreter.

21h: Dormir.

Como Ben deixou três horas sem especificá-las, é difícil estimar seus blocos de tempo

precisamente. Mas presumindo que essas três horas tenham sido igualmente dividas entre lazer

(ele era devotado a se entreter), leitura e trabalho, as 24 horas dele seriam assim:

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7 horas de sono.

3,5 horas de planejamento, preparação e leitura.

9 horas de ação.

3,5 horas de relaxamento e recreação.

Isso é extremamente próximo ao meu cronograma. Sendo um fã do Ben, fico feliz com

isso.

E o Donald Trump?

Ele também acorda cedo – normalmente às 5h30. Gasta várias horas lendo jornais (ele lê

meia dúzia por vez). Chega ao escritório às 8h30 e trabalha até a hora do jantar – ou, se não tiver

nenhum plano para a noite, até aproximadamente 22h. Ele normalmente vai para a cama às 23h

ou 23h30.

O dia de trabalho dele consiste de reuniões e telefonemas sem parar. Estando nos

negócios de construção e desenvolvimento, é seguro presumir que um terço do tempo é gasto em

planejamento e preparação.

Portanto, aproximadamente, as 24 horas dele seriam dividas assim:

6,5 horas de sono.

5,5 horas de planejamento, preparação e leitura.

9,5 horas de ação.

2,5 horas de relaxamento e recreação.

Interessante, não acha?

Faça isso agora mesmo. Olhe para o calendário de ontem e descubra como é seu dia de

trabalho.

Lembre-se, essas são horas típicas para empresários. Se você é médico ou lavador de

louças, pode ter um horário diferente.

De qualquer maneira, minha aposta é que – apesar do que queremos acreditar quando

compramos o livro de Timothy Ferriss, A semana de trabalho de 4 horas, ser bem sucedido na

vida exige de três a quatro horas de preparo todos os dias e oito ou nove horas de ações.

Para maximizar sua produtividade, experimente isso por algumas semanas e veja como

funciona para você. A maneira como começa seu dia tem um grande impacto no quão produtivas

serão a tarde e a noite, então siga essas quatro regras simples:

1. Comece com uma refeição rica em proteína para produzir energia a longo prazo sem

ficar cansado pela manhã. Para mim, são dois ovos em uma fatia de torrada com alto

teor de fibras, vários copos de água e uma xícara de café.

2. Faça algo físico para acordar seu corpo. Para mim, é uma combinação de corrida e

caminhada com 15 minutos de alongamento (normalmente Yoga).

3. Faça com que sua primeira tarefa seja importante. Isso significa algo importante, mas

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não urgente, algo que o moverá em direção a uma meta de longo prazo e que mudará

sua vida. Para mim, agora, isso envolve escrever poesia ou ficção. Para você, poderia

significar algo relacionado a ganhar dinheiro ou avançar em sua carreira.

4. Faça algo para estimular sua mente. Eu gosto de ler poesia ou filosofia. Eu sei que soa

pretensioso, mas funciona para mim.

TRÊS ETAPAS PARA O SUCESSO: PENSAR, AGIR E DIVIDIR O DIA

Por último, conquistar suas metas se resume a como você gasta seu tempo. O que faz e o

que não consegue fazer.

Estabelecer metas é fácil. Estabelecer prioridades também é muito simples. A parte difícil

é seguir em frente. Felizmente, há algumas etapas fáceis que podem ensiná-lo através do

processo.

1. Você deve reconhecer que boas intenções não são o suficiente.

Escrever uma lista de metas anuais ou resoluções de Ano Novo pode fazer com que

você se sinta bem. Pode até mesmo fazê-lo sentir que está no caminho certo. Mas

você não fará progresso em direção à conquista de algo até que comece a agir em seu

plano diretor.

2. Não gaste muito tempo pensando sobre seu sucesso futuro. Imaginar o que quer da

vida – uma casa grande, carros de luxo, um iate – pode ser prazeroso. Mas apesar do

que possa pensar e do que os gurus do “seja rico” dizem, isso não o tornará bem

sucedido. Você deve gastar a maior parte do seu tempo agindo, não sonhando

acordado sobre todos os brinquedos que terá “algum dia”.

A maioria das pessoas bem sucedidas que conheço – e nesse grupo incluo alguns

técnicos de sucesso que pregam a filosofia do “pense e fique rico” – não gastam seu

tempo pensando sobre o sucesso. O que eles pensam é sobre como fazer uma certa

tarefa ou resolver um problema específico. Eles sabem que a riqueza e o sucesso

virão para eles se tiverem um plano bom e o seguirem.

3. Divida seu dia agitado. Uma vez que implementar seu plano diretor, você verá que

vai querer continuar trabalhando por horas e horas todos os dias. Como fará progresso

em direção às suas metas, terá mais energia pelo trabalho em si. (Se isso nunca fez

parte de sua experiência com o trabalho, prepare-se para começar a gostar muito mais

de seus dias!).

A onda extra de motivação será útil para realizar muitos trabalhos importantes. Você

trabalhará de forma mais intensa, mais inteligente e por mais tempo e com mais intensidade do

que antes. Mas, como estará trabalhando por mais tempo e mais duramente, será necessário

forçar a si mesmo a fazer pequenos intervalos – de três a cinco minutos para reduzir o estresse,

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recarregar as baterias e garantir que seu corpo não esteja preso na mesma posição por muito

tempo.

Não é fácil fazer intervalos quando se está empenhado. Na verdade, você pode se

surpreender sobre o quão difícil isso pode ser. A maioria das pessoas de negócios bem sucedidas

não nota que ficaram ao telefone ou na frente do computador de quatro a seis horas por vez. Isso

é um testamento sobre o poder motivacional de ter um plano diretor, mas ainda assim coloca

muita pressão em seu corpo e cérebro.

Para garantir que você faça os intervalos necessários, eu recomendo um conselho muito

simples: um temporizador de cozinha. Gene Schwartz, o lendário redator que foi essencial no

sucesso das empresas Boardroom Reports e Rodale Publishing, nunca sentava para trabalhar

antes de marcar o temporizador em 33 minutos. Quando o alarme tocava, ele saía de seu

computador e fazia outra coisa por cinco minutos. Ele disse que o hábito o deixava mais

produtivo. Essa era uma parte importante do processo que o levou ao sucesso.

Quando estou escrevendo, marco meu temporizador de acordo com o objetivo de escrita

que desejo. Como estou atualmente trabalhando em vários projetos ao mesmo tempo, minha

meta diária é normalmente entre 300 e 1200 palavras. Em média, eu demoro 10 minutos para

escrever 100 palavras. Portanto, posso fazer 300 palavras em meia hora, 600 palavras em uma

hora e um artigo completo do ETR de 1200 palavras em duas horas.

Como você pode ver em minha rotina típica, é assim que eu divido meu tempo – em

segmentos de meia ou uma hora com uma atividade ocasional de duas horas. Entre os segmentos,

eu normalmente me alongo para frente e para trás em um equipamento de Pilates que tenho do

lado de fora de meu escritório. Às vezes, vou para fora da sala e apenas respiro o ar fresco.

Como as minhas tardes consistem de reuniões e telefonemas que possuem intervalos

naturais, eu não preciso de um temporizador.

Mas, como Gene Schwartz, eu acho que meus pequenos intervalos são muito agradáveis.

Às vezes, se tenho uma noite de sono curto e um exercício intenso no meio do dia, acabo

ficando muito cansado à tarde. Quando me sinto dessa maneira, eu deito e tento cochilar por 15

minutos. Eu faço isso em qualquer lugar e sob quaisquer circunstâncias. Isso não me envergonha.

Eu acho que as pessoas que não entendem devem ficar envergonhadas, não eu.

Uma vez, sofrendo de jet-lag em Londres, eu deitei no chão embaixo da mesa de

conferência antes de uma reunião de diretoria. Quinze minutos antes da reunião começar, NR,

um membro da empresa e editor alemão multimilionário entrou na sala. Nossos olhos se

encontraram. Eu achei que ele fosse dizer alguma coisa. Em vez disso, ele tirou os sapatos,

deitou ao meu lado e nós dois desfrutamos de uma soneca rápida.

Eu equipo tanto meu escritório em casa quanto a sede da ETR com estações de trabalho

eficientes e cadeiras confortáveis. E tenho travesseiros por perto no caso de precisar de uma

soneca.

Todos esses pequenos intervalos e sonecas e recompensas aumentam o prazer do meu

dia. Não importa quanto trabalho eu tenha em minha folha de tarefas. Eu nunca estou a mais de

duas horas de distância de alguma experiência prazerosa.

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Se você acha que seu dia de trabalho é uma corrida longa numa rua parada, experimente

dividi-lo da maneira que eu faço e veja se isso não o deixará mais feliz e mais produtivo.

COMO ESTAR EM CIMA DE TUDO

Conforme você coloca o plano diretor que está aprendendo neste livro em ação, poderá

ver que é possível conquistar mais do que nunca antes. Muito mais.

As pessoas perceberão o quanto você está fazendo. E, como resultado, alguns deles irão

até você para pedir ajuda. Ou conselhos. Ou simplesmente para fornecer mais trabalho pois se

tornou a pessoa para esse tipo de coisa em sua empresa.

Isso é tudo muito bom e o deixará mais poderoso. E com mais opções. E com mais

oportunidades para avançar em sua carreira. Mas, a não ser que possua um sistema para

gerenciar todo esse trabalho extra, você logo estará sobrecarregado. E, se você estiver

sobrecarregado, o filme feliz que estava fazendo sobre si mesmo em sua cabeça se transformará

numa história de horror. As pessoas ficarão desapontadas com você. Depois disso, ficarão

bravas. Antes que possa perceber, elas estarão planejando se livrar de você.

Não queremos que isso aconteça. Você deve estar no controle do quanto de trabalho fará.

E deve acompanhar esse trabalho, assim como as tarefas atribuídas a outras pessoas. Tenha em

mente que, quanto mais alto estiver em seu emprego, mais poderá delegar.

Conforme você fica mais ocupado, deve-se tentar melhorar também. Em particular, você

deve:

Estar preparado para todas as reuniões das quais participar.

Cumprir todos os seus prazos.

Ter respostas para todas as questões a que concordou em responder.

Eu não sou, por natureza, interessado em detalhes. Sempre tive orgulho de ser um tipo de

pessoa que observa o “panorama geral”. Sou muito bom em descobrir causas possíveis para

problemas e encontrar soluções.

E eu posso fazer com que elas sejam implementadas. Mas não gosto de manter o controle

das coisas.

Eu também sou, por natureza, uma pessoa gregária. Se alguém me pede para fazer

alguma coisa, eu gosto de dizer sim. Mas descobri que minha inclinação natural a agradar faz

com que eu acabe fazendo mais do que deveria. E isso – no passado – frequentemente levava a

esquecimentos e prazos não cumpridos, que provocavam decepções e frustração.

Anos atrás, eu percebi que, se desejasse comandar uma empresa e conduzir pessoas

inteligentes e independentes, eu deveria acompanhar de uma maneira melhor o que elas estavam

fazendo. Eu não podia ter o luxo bobo de desculpar minhas insuficiências nessa área dizendo que

estava vendo o panorama geral. Eu tinha que adotar técnicas e habilidades de aprendizado que

me permitiriam manter o controle de detalhes críticos dos meus negócios.

Como não tinha nenhuma inclinação natural para a organização, não conseguia criar

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nenhum sistema inteligente sozinho. O sistema organizacional que comecei a seguir então – e

continuo até hoje – é um composto do que aprendi com vários dos meus mentores passados.

Descrevi meu programa de estabelecimento de metas e tarefas nos capítulos anteriores

deste livro. Ele é baseado em estabelecer metas anuais, objetivos mensais e semanais e listas de

tarefas diárias e, em seguida, organizá-las em termos de prioridades. A maior parte de meu

progresso em produtividade pessoal veio de usar esse programa e eu posso dizer honestamente

que ele revolucionou minha vida.

Mas o programa não fornece uma maneira de acompanhar os muitos detalhes que preciso

saber para implementar todas essas tarefas efetivamente. Observe a seção na Parte Dois sobre

usar as listas diárias de tarefas para conquistar suas metas e você verá o que quero dizer.

Para manter o controle dos detalhes, eu uso um sistema manual simples consistindo de

duas pastas de arquivos. Isso funciona da seguinte maneira:

Documentando os Detalhes

Vamos dizer que uma das minhas metas para o ano é publicar um livro. Para realizar isso

(escrever o livro e aprovar o layout e a publicidade final), tudo o que tenho de fazer é ter o livro

como minha meta anual... inserir os objetivos mensais apropriados... e, em seguida, com base

nisso, criar minhas listas de tarefas semanais e diárias.

Mas e todo o outro trabalho envolvido para publicar o livro – o trabalho que eu não irei

fazer? E sobre encontrar alguém para editar o livro? E a revisão? Quem vai reunir uma equipe de

marketing e garantir que eles sigam os planos? Todas essas atividades necessárias serão

coordenadas pelo meu editor. E, como eu não estarei lá durante essas discussões, pedirei que um

resumo dos detalhes seja enviado a mim por e-mail.

Arquivando os Detalhes para Referência Futura

Quando eu recebo esse resumo por e-mail, normalmente leio-o rapidamente apenas para

lembrar do que se trata. Em seguida, eu faço algumas anotações na parte superior (como “Ideias

de publicidade para o novo livro”) e coloco-o numa pasta que mantenho ao lado da minha mesa.

A pasta possui 12 espaços, um para cada mês do ano. Eu coloco o documento no local

apropriado. Se, por exemplo, a primeira reunião de marketing para o livro acontecer em abril, eu

coloco as anotações no espaço marcado como abril.

Quando abril chegar, eu tiro essas anotações da pasta (em conjunto com todos os outros

documentos guardados para esse mês) e coloco-os em outra pasta. Essa pasta possui 31 lugares,

um para cada dia do mês. Eu coloco as anotações da reunião onde acho que vou precisar delas.

Talvez no dia da reunião. Ou um dia ou dois antes disso, para que eu possa ter tempo de revisá-

las e prepará-las.

Fora da Pasta e Dentro do Meu Cérebro

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Como eu disse, a cada noite antes de ir embora do escritório, eu faço minha lista de

tarefas para o próximo dia. Para fazer isso, eu tiro dos documentos necessários da pasta diária (a

que possui 31 espaços) e observo cada item para me familiarizar com o projeto a que ele se

refere.

Às vezes, uma revisão rápida é tudo de que preciso. Mas, às vezes, preciso reservar um

pouco de tempo no dia seguinte para estudá-lo. (De trinta minutos a uma hora é normalmente

mais do que suficiente). Em seguida, quando chega a hora da reunião, estou equipado não

somente com as anotações originais em mãos, mas também com algumas ideias frescas

estimuladas pela minha preparação.

Eu uso esse sistema para acompanhar praticamente tudo. Projetos delegados a outras

pessoas, projetos pessoais e até mesmo correspondências que pretendo responder mais tarde.

Quando encontro (ou me enviam) artigos de interesse, eu frequentemente os coloco na pasta

diária e retiro-os um a um para realizar a leitura.

Esse é um sistema muito simples, mas tem me ajudado muito. E me permite ver, muito

claramente, quando não posso realizar novos projetos – pois a pasta mensal está muito cheia!

Eu tenho certeza de que existem muitos programas computadorizados que se assemelham

ao que eu faço com essas duas pastas, mas os que eu já experimentei se mostraram pesados e

demorados. Prefiro fazer isso manualmente mesmo.

Assim como no plano diretor, estou aqui o ajudando a dar início a uma mudança de vida.

Você começará a assumir mais responsabilidades do que nunca. Não conte com sua memória ou

inteligência natural para mantê-lo informado sobre detalhes importantes. Use esse sistema

simples de arquivamento.

QUATRO COISAS QUE VOCÊ PODE FAZER PARA DAR MAIS TEMPO A SI

MESMO PARA SER BEM SUCEDIDO

De todos os textos que escrevi sobre melhora pessoal, os que obtêm mais comentários –

positivos e negativos – são aqueles relacionados a economizar tempo. Eu não sei por que isso

acontece. Seria natural que os leitores da Early to Rise ficassem felizes com conselhos sobre

como ser mais produtivos gastando menos tempo em tarefas rotineiras. Mas não é bem assim que

acontece.

A maior polêmica foi em fevereiro de 2005. Quando eu sugeri que os leitores da ETR

poderiam economizar tempo sendo mais rápidos no chuveiro. Eu tenho amigos, disse para eles,

que passam meia hora no banho todos os dias. Isso é loucura, disse. Dois minutos é normalmente

o suficiente para mim. Cinco minutos no máximo.

Os leitores ficaram inconformados com isso. Eles reclamaram da minha insensibilidade.

Acusaram-me de ser arrogante, machista e sujo.

Muita gente, aparentemente, atribui muita importância ao seu banho. Pois apenas a

sugestão de que passem menos tempo embaixo da água quente os deixaram com muita raiva.

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Mas o assunto desta parte do livro não é banho, e sim, o tempo. Portanto, farei um

número de sugestões para ajudá-lo a encontrar mais tempo para investir em sua saúde, riqueza e

felicidade... se estiver disposto.

Limitar seu Banho para Dois Minutos

Eu sei o quanto você gosta de ficar embaixo da água quente. Eu sei como isso o relaxa.

Mas gastar de 15 a 30 minutos por dia no banho (como muitas pessoas fazem) desperdiça água e

tempo.

Salve o planeta. Seja mais econonômico. Tome banhos mais curtos.

A quantidade de tempo economizado por tomar banhos mais curtos: de 79 a 170 horas

por ano.

Comer à sua Mesa

Como eu disse antes, eu costumava gostar de almoços de negócios que duravam uma

hora. Então, fiquei mais esperto e comecei a almoçar na minha mesa. Eu almoço em restaurantes

agora apenas duas ou três vezes por semana. Só isso. E é sempre algo social. Nunca negócios.

Em vez de deixar que fornecedores paguem uma refeição sofisticada, deixe-os gastar o

dinheiro do almoço fornecendo preços melhores.

Conclusão: Almoços de negócios não economizam tempo. Eles gastam tempo! E

dinheiro. Coma à sua mesa.

A quantidade de tempo economizada comendo no trabalho: 250 horas por ano.

Insistir em Reuniões Curtas

Eu calculo que aproximadamente 80% de todas as reuniões de negócios a que já fui

previstas para uma hora de duração não demoraram mais do que 15 minutos. Além disso, 50%

dos encontros de negócios de que participei, com duração de vários dias, poderiam ter durado um

ou meio dia.

Reuniões de negócios são como jogos de basquete. Os jogadores passam a maior parte do

tempo movendo a bola para todos os lados quando o jogo está equilibrado. É apenas nos últimos

10 minutos que eles resolvem realmente jogar para vencer.

Se planejá-las bem, é possível diminuir significantemente o tempo gasto em reuniões.

Discussões bem planejadas têm as seguintes características:

Elas focam um único tópico.

Esse tópico é expresso concisamente antes da reunião num pequeno memorando.

A reunião é conduzida por alguém que incentiva ideias, evita digressões e tenta

achar soluções.

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As pessoas certas estão lá – nunca mais do que sete.

Tempo que você economizará com reuniões de 15 minutos: 75 horas (supondo que tenha

100 reuniões por ano).

Respondendo E-mails de Maneira Eficiente

Responder e-mails uma vez ao dia – no final do dia – me economiza muitos

aborrecimentos com tempo. Por quê? Pois três quartos dos 100 e-mails que recebo todos os dias

são preocupações de outras pessoas. É muito melhor para elas, e mais eficiente para mim, se

deixar que cada um resolva seus problemas.

Quando eu respondo aos e-mails, mantenho as respostas curtas e objetivas. Quando tenho

algo difícil ou negativo para dizer, não uso esse meio pois pode causar confusões e resultar em

muitos outros e-mails extras para resolver a questão. Comentários positivos podem ser feitos

muito rapidamente. E se algo não pode ser explicado de forma rápida, faço isso pessoalmente ou

por telefone.

De vez em quando – talvez duas vezes ao ano – eu ignoro minha regra e começo o dia

olhando meus e-mails. Percebi que, quando faço isso, demoro muito mais. Isso acontece pois de

manhã eu sinto que tenho muito mais tempo para escrever respostas longas quando curtas

funcionariam da mesma maneira. Eu já marquei quanto tempo leva para fazer os e-mails das

duas maneiras. Quando começo de manhã, levo aproximadamente 90 minutos para passar por

100 e-mails. Quando espero até o final do dia, levo entre 45 e 60 minutos.

O tempo que você economizará ao responder e-mails por apenas 45 minutos por dia: 185

horas (supondo que você responda e-mails por 250 dias do ano).

O Impressionante Total

Some todos os resultados. Acabei de mostrar como é possível economizar 589 horas por

ano, no mínimo. Isso é o equivalente a mais de 14 semanas de trabalho de 40 horas!

Pense em todas as coisas que você pode fazer com 580 horas extras a cada ano. Então

faça as mudanças e entre no caminho certo.

COMO CRIAR UM ESCRITÓRIO PERFEITAMENTE ORGANIZADO

O que seu escritório diz sobre você? Que você é organizado e tem uma mentalidade de negócios?

Bagunçado, mas criativo? Totalmente sobrecarregado?

Quaisquer que sejam seus hábitos atuais – bagunçados ou organizados – você fará mais e

terá menos estresse enquanto trabalha se o seu escritório for organizado de maneira inteligente.

Todos os tipos de estudos têm comprovado essa ideia.

Eu adicionei pelo menos uma hora de produtividade ao meu dia ao planejar e organizar

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meu trabalho. Uma grande parte disso está relacionada com a organização física do meu

escritório.

Aqui temos 12 coisas que podem ser feitas para que seu espaço de trabalho funcione

melhor para você.

1. Tenha variação de luz, de muito sútil a muito forte

Você precisará de três ou quatro fontes de luz separadas. Eu recomendo lâmpadas

fluorescentes (suspensas ou indiretas) para deixar o cômodo bem claro quando estiver cansado e

precisar acordar. Uma segunda fonte de luz deve focar sua mesa. Pode-se fazer isso da melhor

forma possível com uma luz suspensa. Um abajur, na mesa ou no chão, dará ao seu escritório

uma sensação morna e amigável quando estiver entretendo visitantes. E uma luz natural, coberta

com cortinas, é algo ótimo, se for possível obtê-la.

Se possível, tenha todas as luzes em dimmers (controladores de intensidade) para que

possa controlar a quantidade de luz necessária. E tenha todos os interruptores delas no mesmo

lugar – preferencialmente, próximos à porta.

A luz em seu ambiente pode não parecer importante se você não estiver acostumado a

prestar atenção a ela, mas há um efeito direto em sua energia e seu humor. Use as luzes de

melhor qualidade que puder comprar.

2. Deixe o espaço trabalhável

Sua mesa e seus aparadores devem ser feitos sob medida para seu estilo de trabalho. Não

compre algo apenas por ser mais barato. Dê espaço suficiente a si mesmo, mas não tanto que

acabe acumulando mais coisas do que o necessário. Assegure-se de que todos os arquivos e

equipamentos usados regularmente tenham acesso fácil. E posicione os móveis para que possa se

mover livremente da mesa para o aparador e de volta.

Coloque seu computador no aparador, não na mesa. Dessa maneira, quando pessoas

entrarem para se encontrar com você, não sentirão que sua atenção está dividida entre elas e o

computador.

3. Mantenha todos os livros de referência regular e de inspirações próximos —

preferivelmente a um passo de distância de sua cadeira

Isso pode ser feito de maneira barata preenchendo seu escritório com prateleiras compradas.

4. Invista tempo e dinheiro para encontrar e comprar uma ótima cadeira

De um ponto de vista pessoal, sua cadeira do escritório é a coisa mais importante que você

possui. Ela é mais importante do que sua casa – até mesmo mais importante do que seu carro.

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Apenas pense... num dia típico, você pode passar de 8 a 10 horas sentado nela. Sua cadeira

também é uma das primeiras coisas que as pessoas percebem quando entram na sala. Portanto,

garanta que ela seja bonita.

Ajuste sua cadeira para que seu tronco encontre seus quadris a um ângulo de 90 graus e

vire seu computador para que a linha superior do texto esteja a cinco graus abaixo do nível dos

olhos. (Dessa maneira, não será necessário mover sua cabeça para cima e para baixo para ler).

Seu teclado deve estar posicionado para que as mãos estejam retas. Coloque um colchonete de

plástico duro no chão embaixo da cadeira para que possa se mover livremente.

5. Mantenha um temporizador em sua mesa

Eu já expliquei esse truque. Use o temporizador para assegurar que nunca fiquei sentado por

mais de uma hora por vez. Cada vez que o alarme soar, fique em pé antes de desligá-lo. E uma

vez em pé, mova-se. Faça algo físico por cinco minutos. Eu alongo ou faço agachamento e

flexões. Às vezes, ando pelo escritório e converso com meus colegas de trabalho.

6. Livre-se da bagunça

Você pode pensar que é uma vantagem ter tudo que precisa empilhado ao seu redor, mas não

é. Isso só mostra ao resto do mundo que você não está disposto a controlar sua vida. “Um lugar

para tudo e tudo em seu lugar”. Isso inclui suportes para lápis, canetas e óculos de leitura –

separados e com um alcance fácil.

7. Use duas caixas de entradas e duas pastas

A primeira caixa de entrada é onde as outras pessoas adicionam coisas. A segunda é para

você. Verifique a primeira caixa de entrada a cada manhã e selecione qualquer trabalho

importante que pretende fazer nesse dia. Transfira esses materiais para a segunda caixa. Retire

todo resto do material da primeira caixa e arquive-o em suas pastas mensais ou diárias, que

mencionei anteriormente.

Assegure-se de que a segunda caixa de entrada (a sua) esteja limpa ao final do dia.

8. Tenha uma ou duas gavetas para tudo que possa precisar no caso de uma “emergência”.

Numa das minhas gavetas, eu deixo todas as ferramentas que posso precisar no escritório.

Pequenas chaves de fenda (até mesmo uma pequena chave de joalheiro que se encaixe no

pequeno parafuso de meus óculos de leitura), óleo, fita adesiva e assim por diante.

Na outra gaveta guardo algumas peças de roupa (duas camisetas e duas gravatas limpas) para

que possa estar bem vestido para uma reunião importante de última hora.

No meu caso, tenho meu próprio banheiro no escritório onde posso guardar escova e pasta de

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dentes, curativos, remédios, sabonetes para as mãos, cortadores de cutículas e assim por diante.

Mas esses itens podem ficar facilmente numa de suas gavetas de “emergência”.

9. Pendure um relógio na parede que seus visitantes possam ver

Balance a cabeça em direção ao relógio no começo de cada reunião conforme anuncia

quantos minutos exatamente você tem para resolver o problema em mãos. (Não use o

temporizador para isso!)

10. Monte um bar em estilo antigo

Estoque-o com whisky, vodca e rum para aqueles momentos onde apenas palavras não são

suficientes. Um humidificador para charutos é opcional para algumas pessoas, mas não para

mim. Se beber não é seu estilo, experimente um serviço de chá chinês. Eu tenho um bar em um

lado do escritório e chá do outro lado. Eles são ambos úteis.

11. Traga um pouco de vida para seu escritório

Uma planta viva devolve oxigênio para o ambiente. Ela deixa superfícies frias mais

agradáveis também. Selecione uma planta grande e verde, se houver espaço para isso. Cuide dela

em um de seus intervalos de cinco minutos do temporizador.

12. Decore seu escritório com amostras de quem você é como pessoa e profissional

Exiba fotos de família e prêmios de negócios. As paredes e espaços do escritório são áreas de

contemplação para seus visitantes. Assegure-se de que a mensagem que está passando é a que

você deseja. E garanta que haja pelo menos uma coisa em sua linha de visão que o faça sorrir –

talvez uma citação inspiradora. Mantenha-a lá para ajudá-lo até que ela perca seu poder e, então,

escolha algo novo para substituí-la.

Invista também num sistema de som. Não é necessário ter algo sofisticado – apenas um

aparelho para colocar uma música de fundo suave.

Uma última coisa que não está na lista pois pode parecer meio exagerada até que você

seja o chefe: um divã para uma soneca quando realmente precisar de uma.

COMO MUDAR SEUS HÁBITOS DE TRABALHO E SE TORNAR UMA MÁQUINA DE

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SUCESSO

Você está trabalhando num projeto para mudar sua vida. Talvez esteja motivado para

começar com o plano, mas ao mesmo tempo preocupado pois nunca conseguiu trabalhar tão duro

como terá de fazer agora.

Você já tomou resoluções antes. E até mesmo começou a ter melhoras. Mas se distraiu

com problemas e eventos inesperados. E acabou parando.

Esse é o maior problema enfrentado agora. Como você pode garantir que continuará

trabalhando?

A seguinte história, que tem mais de 40 anos, explica como eu fiz isso.

Como Eu Me Tornei um Aluno Nota “A”

Próximo ao final do meu último ano do ensino médio, a Sra. Bigsley, minha conselheira

de carreira, me chamou em seu escritório.

“Eu estava olhando suas notas e testes de aptidão e relatórios de conduta”, ela disse,

passando por um monte de papéis.

Esperei ansioso. A Sra. Bigsley era a pessoa responsável por colocar os alunos em boas

universidades e faculdades. “Talvez ela tenha visto meu potencial”, eu pensei. “Talvez ela vá me

ajudar a entrar numa das melhores universidades disponíveis”.

Ela colocou o monte de papel na mesa e olhou para mim.

“Em todos os meus anos como professora, nunca vi um desperdício tão completo de

DNA”, ela disse. “Seus pais são professores de faculdade, não são?”

Eu admiti que eles eram.

“E seus dois irmãos mais velhos são alunos nota “A”?

“Sim, mas...”

“E eles entraram nas melhores faculdades com bolsas de estudo?”

“Sim, mas...”

“Eu falei com a Sra. Growe, sua professora. E com o Sr. Dean e com o Dr. Mackel

também. Eles todos disseram a mesma coisa. Você nunca faz nada relacionado com leitura,

redação ou matemática. Suas notas apoiam a opinião deles.”

“Mas...”

“Seu desempenho no ensino médio indica apenas uma escolha de carreira, na minha

opinião: alistar-se no exército. Acho que você deveria conversar com um agente de captação. O

mais rápido possível.”

Eu tentei protestar mais uma vez, mas a Sra. Bigsley – e aparentemente meus professores

– tinham chegado a uma decisão fixa. Foi humilhante. Senti-me praticamente derrotado.

Mas a baixa avaliação da Sra. Bigsley me deixou bravo. Eu pensei sobre o assunto

naquela noite e acordei na manhã seguinte num estado de espírito completamente novo.

Eu decidi que não seria mais aquela pessoa que faz tudo errado. Daquele momento em

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diante, eu seria um bom aluno.

Comecei imediatamente me matriculando numa faculdade comunitária local. (Se seu

coração bate, eles o aceitam). Em seguida, planejei meu verão. Quando não estivesse

trabalhando, gastaria cada hora do meu dia lendo e me preparando para as aulas que teria.

A cada dia, eu me sentia melhor sobre mim mesmo. Estava aprendendo o que deveria ter

aprendido no ensino médio. Dia a dia, estava fazendo progressos.

Ainda assim, eu tinha medo de que, quando as aulas começassem, pudesse retomar os

meus hábitos ruins. Para deixar esse cenário mais improvável, eu encontrei um “nerd” para

dividir apartamento comigo e me recusei a fazer parte de qualquer esporte ou entrar para uma

fraternidade. Também disse aos meus amigos que estaria “inacessível” por pelo menos um ano.

Expliquei minhas metas a eles e pedi que as respeitassem me deixando sozinho até o verão

seguinte.

O que eu estava fazendo, percebo agora, era mudando radicalmente minha personalidade

– inclusive a forma de pensar sobre mim mesmo. Não estava tendo pensamentos positivos, mas

sim tomando atitudes que faziam eu me sentir como um bom aluno.

Quando a faculdade começou em setembro, eu me sentei na fileira da frente, algo que

nunca tinha feito no ensino médio.

Criei uma regra de sempre fazer pelo menos 50% a mais do que me fosse pedido. Se a

tarefa era escrever uma redação sobre religião, eu escreveria uma com 750 palavras e incluiria

um glossário com fontes importantes.

Se a tarefa era ler Rei Lear para a próxima semana, eu o leria duas vezes. E então iria até

a biblioteca e leria textos críticos sobe a peça para que conhecesse suas principais interpretações.

Eu levantava minha mão a cada vez que uma pergunta era feita. E entregava trabalhos

extras, até mesmo quando não ganharia nenhum crédito adicional.

Resumindo, eu me transformei numa pessoa que trabalhava duro, conquistava mais, um

aluno nota “A”... e garanti que meus instrutores e meus colegas me vissem dessa maneira.

No começo, os outros alunos em minhas aulas faziam a mesma quantidade de trabalho

que eu fazia. Mas conforme as semanas passavam, muitos começavam a escorregar. Cada vez

que alguém ficava atrasado, isso me motivava a trabalhar ainda mais duro.

E eu ficava entusiasmado quando recebia de volta os resultados dessas primeiras provas.

Nunca antes tinha entendido como fazia bem tirar um A ou B+!

Esses sentimentos só me motivaram. A cada semana que passava, a distância entre mim e

os outros “bons” alunos diminuía. E, quando o primeiro ano terminou, eu via a mim mesmo

como uma pessoa completamente diferente. Eu não era mais o aluno engraçado que estragava

tudo quando estava no ensino médio. Eu tinha me transformado no “pupilo do professor”, que

sentava à frente e respondia a todas as perguntas.

Após mudar minha imagem, a motivação se tornou permanente. Eu estava entre os dois

ou três melhores alunos em cada aula. E iria manter essa posição, independentemente de quanto

trabalho fosse necessário.

Eu mantive a média de “A” por dois anos e entrei com facilidade na City University –

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uma escola mais difícil –, onde continuei a me sair bem. Dois anos mais tarde, me formei com

grande distinção acadêmica. Dois anos após isso, me formei como o melhor da turma na

University of Michigan. E, mais tarde, na Catholic University, recebi honras pelo meu trabalho

de doutorado.

Transformar-se no melhor toma muito tempo extra, portanto, você terá que fazer

sacrifícios significantes. Será necessário:

1. Acordar cedo e começar o dia fazendo algo importante primeiro.

2. Trabalhar até tarde algumas vezes.

3. Fazer pelo menos 50% mais do que lhe for pedido.

4. Voluntariar-se para tarefas desafiadoras.

5. Estudar fora da sala de aula.

6. Tornar-se melhor do que qualquer um em habilidades essenciais que precisa para

conquistar sua meta.

Se você for como a maioria das pessoas, suas maiores distrações serão a televisão, a

internet, amigos e familiares. Livre-se da televisão. Limite seu uso “recreativo” da internet para

no máximo uma hora por dia. E deixe seus amigos e familiares avisados de que você não passará

muito tempo com eles num futuro próximo.

Trabalhe como louco até se tornar o número um de sua turma, de seu trabalho ou de seus

interesses. Quando isso acontecer – e não deve demorar mais de seis meses – você se sentirá

ótimo sobre si mesmo. E uma vez que vivenciar esse sentimento, nunca mais terá que se

preocupar sobre motivação novamente.

Bem… quase nunca. Todos precisam de uma recarga motivacional de vez em quando.

Mas, após a primeira vez, você entenderá exatamente o que tem de fazer para continuar seguindo

em frente.

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Parte Quatro –

CRIANDO UMA VIDA MAIS RICA E AGRADÁVEL

MELHORANDO NOSSAS VIDAS: AS ESCOLHAS QUE TEMOS

Agora que nosso último filho está pronto para morar fora de casa, K e eu estamos

conversando sobre contratar um serviço de televisão. Por aproximadamente 20 anos estivemos

sem uma TV.

A ideia era que nossos filhos se tornassem bom leitores sem essa distração – e esse

objetivo foi conquistado. Todos os nossos três garotos são leitores vorazes e habilidosos.

Agora que nosso ninho está vazio, estamos pensando que seria divertido assistir a alguns

seriados juntos – gastar algumas horas após o jantar, sentados um ao lado do outro, rindo das

mesmas coisas.

Para testar essa hipótese, nós improvisamos uma conexão de antena para nossa televisão

que usávamos apenas para reproduzir DVD e passamos algumas noites assistindo-a.

Os resultados foram mistos. Há algo de maravilhoso em assistir a esses programas juntos

– o prazer da experiência em si e de saber que sua parceira também está “curtindo”. Mas, quando

o programa acaba, percebemos um sentimento igual a quando assistimos à televisão – um pouco

vazios e tristes por dentro. Como se estivéssemos tristes com o tempo perdido.

Outro dia, assistimos a um programa de ciências juntos, um documentário sobre insetos.

De repente, estávamos tendo a experiência que queríamos – compartilhando algo que era

divertido e iluminador ao mesmo tempo.

Isso me fez pensar sobre como as pessoas gastam seu tempo recreativo – quanto tempo

dedicam a isso, as coisas que fazem e se esse tempo é gasto de maneira inteligente.

De um modo geral, há quatro tipos de atividades que fazemos: trabalhar, dormir, comer e

relaxar. E parece lógico afirmar que – até um certo ponto de exaustão mental ou física – quanto

mais horas gastar trabalhando, mais sucesso você terá.

Tendo dito isso, devemos ter consciência de que somente trabalho sem diversão

transforma Jack num garoto chato... ou ranzinza. Nós precisamos de um pouco de recreação. A

questão é: quanto?

A resposta para isso é muito simples. Apenas pergunte a si mesmo o quão longe deseja

avançar na vida. O quão inteligente quer ser. Quanto dinheiro quer ganhar. Quais realizações

deseja conquistar.

Determine o quão ambicioso você é… e, em seguida, descubra quantas horas de trabalho

foram feitas por pessoas que já conquistaram o que você almeja. A não ser que seja

especialmente talentoso, você provavelmente terá que trabalhar tão duro quanto as outras pessoas

bem sucedidas.

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Pegue o número de horas que dorme e come e adicione-os ao número de horas que as

pessoas bem sucedidas em sua indústria tipicamente trabalham. Subtraia esse valor de 24 e terá o

número de horas que pode dedicar com segurança à recreação.

Mas há outra questão que deve ser analisada: o tipo de atividades recreativas que você

realiza faz diferença? Durante seu tempo de descanso, faz diferença assistir a programas de

auditório ou levantar pesos ou tocar um instrumento musical?

De maneira geral, há três formas de se ocupar durante seu tempo de relaxamento. Você

pode se divertir com atividades que, embora sejam divertidas, sejam perigosas (como ficar

bêbado). Você pode se ocupar com distrações simples (como romances bobos). Ou pode escolher

fazer algo que exija um pouco mais de energia de sua parte mas que fornecerá um grau de prazer

maior e a consciência de que melhorou a si mesmo de alguma forma (como praticar yoga).

A minha impressão é que seja com trabalho, esportes ou férias... sempre temos essas três

escolhas. Podemos fazer algo que:

1. Nos melhore de alguma forma.

2. Deixe-nos mais ou menos da mesma maneira.

3. Cause-nos danos de alguma maneira.

Observe praticamente qualquer atividade e verá sobre o que eu estou falando. Nos livros

que lê. Nas amizades que mantem. Nos trabalhos que faz. O que quer que seja. Algumas escolhas

o melhorarão e outras o danificarão… mas a maioria delas cairá na zona neutra: não lhe farão

mal... mas também não o ajudarão.

Se preenchermos nossas vidas com experiências medíocres – isso faz sentido?

Todos os dias, temos dúzias de escolhas – de quais alimentos comer até quais partes do

jornal ler e quais palavras dizer numa determinada conversa. Muitas dessas escolhas parecem ser

insignificantes, mas ao reuni-las, elas determinam a qualidade de nossas vidas.

No lado mais baixo da balança, há a pessoa que gasta seu tempo usando drogas,

assistindo à televisão, se prostituindo ou roubando para pagar seus vícios. No lado mais alto da

balança – bem, nós não sabemos quem está lá. Mas quando penso em homens ricos em limusines

ou homens espirituais na montanha... isso não funciona.

A maioria de nós vive num meio termo, misturando experiências de qualidade com

algumas neutras enquanto tentamos não nos prejudicar... embora acabamos fazendo isso no final.

Nós reconhecemos que algumas das escolhas feitas são melhores do que outras. Interessante, não

é? As melhores escolhas são frequentemente as mais difíceis de serem escolhidas... pois exigem

muito de nossa energia. As piores escolhas são, normalmente, as mais fáceis de serem

recusadas... pois elas nos assustam.

Mas quando as vivenciamos e encontramos prazer nisso, elas têm uma atração maior. As

escolhas neutras – as ações que fazem pouco mais do que realizar o trabalho – são as mais

populares pois são relativamente fáceis e benignas. Elas não exigem muita energia e não nos

machucam.

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Se há uma coisa que a vida dá a todos em uma porção igual são as horas do dia. Não

podemos determinar (com certeza) quantos dias nos estarão disponíveis, mas podemos decidir

como gastar essas horas.

Como falei anteriormente, quanto mais tempo passar trabalhando, mais bem sucedido

você provavelmente será – mas eu sei que até mesmo os trabalhadores mais ambiciosos e

determinados precisam de pelo menos algumas horas do dia para fazer algo prazeroso. Algo que

não seja trabalho.

A questão então se torna: “O que esse ‘algo’ deve ser?”

Pense nas melhoras escolhas – as que fazem bem a você – como sendo as Douradas.

Pense nas escolhas neutras – as que apenas o ajudam a passar o tempo – como Vaporosas. E

pense nas piores escolhas – as que o prejudicam – como Ácidas.

Fica a seu critério o quanto de Ouro, Vapor e Ácido terá em sua vida.

Quando penso em minhas escolhas – boas, ruins e neutras – eu observo que elas têm as

seguintes características:

Escolhas Douradas

Minhas melhores experiências tendem a ser com atividades que são mais desafiadoras

intelectualmente e emocionalmente ativas. Como elas exigem muito de mim, me afasto delas

quando não estou com muita energia. Mas, quando as faço, elas aumentam minha energia e,

dessa forma, fazem com que seja mais fácil continuar. Quando termino esse tipo de atividade, me

sinto bem comigo mesmo e feliz com a maneira como gastei meu tempo.

Escolhas Vaporosas

Essas atividades são fáceis de começar e fáceis de nos manter envolvidos. Elas são as

escolhas que não sentimos que estamos fazendo. O tempo gasto quando não nos preocupamos

em como gastar nosso tempo. Bem-vindo à zona do Vapor, o mundo neutro e feliz de pôquer,

seriados de televisão e fofoca.

Quando estou pronto para relaxar, meu primeiro impulso sempre é escolher uma

atividade Vaporosa. Após ter “trabalhado duro o dia todo”, eu quero algo simples e bobo que

possa me distrair. E a maioria das pessoas provavelmente diria a mesma coisa. Entrar na zona de

Vapor é fácil – e ficar nela é ainda mais simples.

O maior problema com atividades Vaporosas – e esse é um grande problema para mim –

é que elas fazem com que eu me sinta debilitado em vez de energizado. E vazio. As atividades

vaporosas têm o mesmo efeito de alimentos vaporosos (por exemplo, doces e bolachas): elas me

preenchem mas me deixam cansado.

Escolhas Ácidas

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Todo mundo tem vícios. Em um momento ou outro, já tive quase todos eles. Nunca fumei

crack, mas já fiz muitas outras coisas para me destruir, reduzir ou me deixar inválido.

O porquê de fazer essas coisas, posso apenas tentar adivinhar. Às vezes eu penso que

preciso do desafio de sobreviver a obstáculos impostos por mim mesmo. Quaisquer que sejam

minhas razões, o resultado de fazer tais escolhas é geralmente o mesmo. Eu ganho um prazer

monótono que é misturado com um nível quase não discernível de dor. Mesmo quando o prazer é

intenso, ele é coberto por um cérebro nebuloso. A sensação é de estar se divertindo... mas eu não

tenho certeza. E se a experiência em si dessas atividades ácidas é mista, o sentimento após

terminá-las não é ambivalente. É apenas ruim.

Uma coisa interessante sobre as opções ácidas é o quão atraentes elas podem ser.

Ninguém defenderia que elas são boas escolhas. Nós as escolhemos pois somos fracos demais

para escolher qualquer outra coisa e usamos o pouco de nossa mente que nos resta para

racionalizar nossa autodestruição.

Vamos Observar Essas Três Categorias Mais de Perto

Quando estamos no nosso melhor estado de espírito – confiantes e cheios de energia –

podemos facilmente escolher atividades douradas sobre todas as outras. Quando nos sentimos

apenas bem, podemos normalmente rejeitar as escolhas ácidas, mas achar difícil optar por

momentos de Ouro sobre os vaporosos. E, quando estamos no nosso pior momento – com pouca

energia e cheios de dúvidas –, é aí que estamos mais suscetíveis a fazer escolhas ácidas.

Atividades douradas incluem:

Meditação

Yoga

Assistir a um documentário educacional e inspirador

Ouvir músicas complexas e animadoras

Apreciar arte

Assistir a um filme muito bom

Ler um livro muito bom

Fazer amor

Experimentar um vinho muito bom

Atividades vaporosas incluem:

Receber massagem

Ir a um evento de esporte

Assistir a seriados de “entretenimento” como The Office, CSI, The Tonight Show e assim

por diante

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Ler romances de “praia” e de fácil leitura

Ouvir música ambiente, incluindo rock’n roll

Fazer sexo

Beber cerveja ou whisky

Atividades ácidas incluem:

Ficar bêbado

Ouvir “rap”

Assistir a programas de TV estúpidos/degradantes como Jerry Springer, Cops e The

Bachelor

Fazer coisas das quais tenha vergonha de falar

Você pode não concordar com algumas dessas designações. Não se preocupe. Você pode (e

deve) criar sua própria lista. Mas, ao fazer isso, considere as seguintes informações:

Ao escolher Ouro…

A atividade/experiência é intelectualmente desafiadora. Ela o ensina algo que vale a pena

saber ou desenvolve uma habilidade importante.

Ela o aprofunda emocionalmente. O ajuda a entender algo que não entendia antes e/ou o

deixa mais aberto a experiências e/ou situações as quais se fechava antes.

Ela é energizante. A experiência em si o carrega espiritual, emocional e intelectualmente.

Você tem mais força e mais resistência por causa dela.

Ela o deixa feliz com sua escolha. Durante a experiência e depois, você tem um senso

forte de que está fazendo a coisa certa.

Ela constrói confiança. Pois você sabe que está se melhorando, escolher Ouro o deixa

mais hábil para fazer escolhas inteligentes no futuro.

Ao escolher Vapor …

A atividade/experiência é intelectualmente e emocionalmente fácil. Ela parece

confortável e fácil de ser desfrutada. Você já fez isso antes e se divertiu, portanto tem certeza de

que, se a fizer novamente, estará igualmente satisfeito.

Ela é normalmente passiva em vez de ativa. É assistir a TV em vez de ir a uma peça de

teatro. Receber uma massagem em vez de praticar Yoga. É beber whisky em vez de saborear um

bom vinho.

Ela tende a ser formadora de hábitos. Como é algo que o faz se sentir bem (de uma

maneira com energia média) e é fácil de ser realizada, você acaba fazendo-a várias vezes.

Fazer muito delas não é bom para você. Seja comendo amido e gordura ou sentar no sofá

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e olhar para a televisão, um pouco não fará mal. Mas muito disso o deixará sentindo que

desperdiçou seu tempo.

Ao escolher Ácido …

A atividade/experiência é prejudicial fisicamente ou mentalmente. Frequentemente, mata

células do cérebro. Às vezes, provoca o câncer.

Embora seja ruim para você, ela é atraente. Há algo sobre a maneira que a experiência o

tira de si mesmo que a deixa irresistível.

Ela atrai companhias ruins. Como a maioria das pessoas saudáveis não concorda com

isso, você acabada tendo essas experiências com outro grupo de amigos. Eventualmente, rejeita

amigos e familiares que não “entendem”. Eles são muito puritanos ou sem graça para entender,

portanto você conclui que não precisa deles em sua vida.

Essas atividades o deixam inválido intelectual, emocional e fisicamente. Durante o

momento, você é menos capaz de realizar habilidades complexas ou lidar com problemas

emocionais ou intelectuais complexos. Se você toma parte em atividades ácidas com muita

frequência, se torna menos capaz de desempenhos altos em geral.

Essas experiências possuem limiares que sempre podem se estender mais. O que o excita

no começo pode não ser mais o suficiente mais tarde. Você tem a noção errônea de que mais é

sempre melhor.

Isso Vai Causar uma Mudança nas Escolhas Feitas?

Uma vez que tenha feito sua própria lista de atividades Douradas, Vaporosas e Ácidas,

use-a para acompanhar como está escolhendo gastar seu tempo. (Uma boa maneira de fazer isso

é realizar as anotações em seu diário). Você poderá se surpreender – ou se decepcionar – com

suas descobertas.

Faça sua própria lista. Acompanhe sua vida. Pergunte a si mesmo o que poderia acontecer

se – começando agora – você fizesse escolhas melhores.

Enquanto você faz isso, vou ter que conversar com K sobre nossos planos de instalar TV

a cabo em nossa casa. Direi a ela meus medos:

Que ficarei viciado.

Que começarei a assistir aos piores tipos de programas.

Que ao assistir mais e mais TV vaporosa, gastarei menos tempo com atividades de ouro.

Ela dirá que está feliz em assistir a seus três ou quatro seriados favoritos ao se exercitar em

seu Stairmaster. Ela dirá, “Faça o que quiser. Não faz diferença para mim” – e estará dizendo a

verdade. O que me deixará completamente responsável por decidir o quanto de meu tempo livre

será dourado ou vaporoso ou ácido.

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E você?

RECOMPENSANDO A SI MESMO

Quando eu estava começando no negócio de vender programas educacionais, um famoso

guru do mercado imobiliário me perguntou: “Sabe o que as pessoas que fazem meus cursos mais

desejam?”

Eu tinha uma suspeita de que responderia errado, mas falei alegremente: “Serem

investidores imobiliários bem sucedidos?”

Ele riu. “Você tem muito a aprender, meu amigo.”

Eu fisguei a isca. “Então o que seus clientes querem?”

“Querem evitar tomar atitudes.”

Eu disse a ele que não sabia se havia entendido. Ele foi generoso o bastante para explicar.

“A maioria das pessoas que faz meus cursos e que comprarão seus programas querem sentir que

estão no caminho para o sucesso. Mas elas não querem que essa estrada acabe. Elas gostam da

jornada. Mas têm medo do destino final.”

“E por que isso acontece?”, perguntei.

“Para dizer a verdade”, ele disse, “eu não sei. Mas posso lhe dizer uma coisa. Após

nossos alunos de mercado imobiliário adquirirem o conhecimento necessário para ter sucesso,

alguns deles saem à procura de trabalho. A maioria deles apenas compra mais programas. Se não

compram da gente, compram de outra pessoa. Então nós vendemos programas extras.”

“Isso é meio deprimente”, eu disse.

“Se você der a um de meus clientes – alguém que tenha completado sua educação sobre o

mercado imobiliário e está completamente preparado para começar a investir de maneira rentável

– uma escolha entre trabalhar de verdade e comprar outro curso para aprender mais, ele comprará

o curso.”

“Eles têm medo de fracassar?”

“Pode ser”, ele disse. “Talvez tenham medo do sucesso. Como disse, não tenho certeza”.

Desde então, pensei muito sobre esse problema de não conseguir começar. Li dúzias de

livros e conversei com muitos de meus colegas de trabalho e fiz a mesma pergunta para centenas

de meus clientes. As teorias sobre a razão pela qual as pessoas não tomam atitudes são muitas e

variadas. Há três delas que fazem sentido para mim:

Falta de confiança: Pessoas que ainda não foram bem sucedidas na vida e não

acreditam que possam ser, mesmo se estiverem totalmente preparadas para o sucesso.

Medo da dor: Algumas pessoas veem a tomada de atitudes como trabalho e o

trabalho como uma forma de dor. Essas são normalmente as pessoas que nunca

tiveram o prazer de trabalhar em algo de que gostam.

Preguiça: Além do medo do trabalho, os seres humanos são programados para serem

preguiçosos. Isso significa tentar conseguir o que querem com a menor quantidade de

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esforço possível. Algumas pessoas não tomam atitudes pois querem encontrar uma

maneira mais fácil.

Se essas são as principais razões pelas quais as pessoas não fazem nada quando estão

prontas, qual é a solução?

Não há nenhum mistério nisso. Cientistas comportamentais sabem que a maneira de

mudar o comportamento de uma pessoa é motivando-a através de um reforço positivo.

Foi isso que B.F. Skinner disse no livro A Brief Survey of Operant Behavior (Uma Breve

Pesquisa sobre o Comportamento Operante):

Sabe-se há muito tempo que o comportamento é afetado por suas consequências. Nós

recompensamos e punimos pessoas, por exemplo, para que elas ajam de maneiras diferentes... O

reforço operante não somente dá forma à topografia do comportamento, mas mantém sua força

muito depois da formação de um operante. Cronogramas de reforço são importantes para

manter o comportamento. Se uma resposta for reforçada por algum tempo somente uma vez a

cada cinco minutos, por exemplo, o rato logo para de responder imediatamente a ação, mas age

mais e mais rapidamente quando o momento para o próximo reforço está próximo... Reforços

podem ser positivos ou negativos. Um exemplo positivo se reforça ao ser apresentado; um

negativo se reforça ao ser retirado. O reforço negativo não é uma punição. Reforços sempre

fortalecem um comportamento; é isso que “reforçado” significa.

O reforço positivo é uma grande parte da minha vida. Eu me recompenso constantemente

e para quase qualquer tipo de realização, grande ou pequena, Ao anexar recompensas ao meu

comportamento desejado, eu aumentei a probabilidade de repetir essa ação no futuro.

Quando fiz o “plano diretor” para minha vida pela primeira vez, tive que passar algum

tempo pensando como me recompensar. Dei todos os tipos de incentivos a mim mesmo para

todos os tipos de objetivos. Alguns deles funcionaram. Alguns não.

Alguns técnicos de sucesso sugerem grandes recompensas para grandes realizações. Você

pode, por exemplo, se recompensar com um carro esportivo quando fizer seus primeiros milhões

de dólares. Metas grandes como essa nunca funcionaram para mim, pois estavam muito à frente

no futuro. O que me motiva são metas de curto prazo. E acho que esse tipo de meta será melhor

para você também.

Com o passar dos anos, eu desenvolvi um sistema de recompensas que funciona muito

bem para mim. Aqui está ele:

Como mencionei anteriormente, quando completo uma tarefa de minha lista diária, eu

a risco (ou mudo sua cor em minha tela) para “sinalizar” que ela está terminada. Esse

pequeno gesto é como uma pequena dose de adrenalina. Ele me levanta e me dá

energia para atacar meu próximo objetivo.

Enquanto trabalho no escritório, quando meu temporizador apita, eu levanto da

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cadeira, ando do lado de fora e gasto um ou dois minutos alongando minhas costas.

Eu descobri que 30 a 60 minutos passam muito rápidos – especialmente quando estou

escrevendo – e, portanto, esses períodos de meia ou uma hora parecem muito curtos.

Após correr pela manhã, eu me recompenso com 10 a 15 minutos de yoga. Fazer

yoga pode parecer mais como um exercício para algumas pessoas, mas para mim é

como uma recompensa, já que é muito mais relaxante do que correr.

Após treinar jiu-jítsu ao meio-dia, eu tomo um delicioso shake de proteína.

Às 18h30, levo meu notebook ao bar de charutos no final da rua e trabalho na minha

escrita por aproximadamente mais uma hora. Quando entro, meu café expresso e

minha água já estarão esperando por mim. Eu gosto de fazer isso. Ainda estou

trabalhando, mas é uma recompensa, pois estou fazendo isso num lugar novo.

Após uma hora de escrita no bar de charutos, eu me recompenso indo para casa,

abrindo uma boa garrafa de vinho e jantando com K.

Se fizer qualquer trabalho à noite, me recompenso após isso lendo um bom livro ou

assistindo a um filme.

Eu me recompenso todas as noites indo para uma ótima cama com lençóis de seda e

um travesseiro que se ajusta à minha cabeça perfeitamente.

Essas recompensas, como pode ver, são muito simples. Mas essa é a questão sobre

recompensas. Elas não precisam ser grandes nem mesmo especiais. Só devem ser agradáveis.

Seria mais fácil considerar essas pequenas coisas – alongamento, shake de proteína, ler

um bom livro – como simplesmente parte do meu dia comum. Mas, olhando para elas de maneira

diferente, vendo-as como recompensas prazerosas para um comportamento específico e

desejado, elas me motivam.

Eu acho que essa é a chave – identificar pequenos prazeres que já possui em sua vida e

usá-los como recompensas para mudanças de comportamento. É muito fácil fazer isso ao

reconhecer que esses pequenos prazeres são presentes abençoados. Verdadeiramente falando,

você é sortudo por poder desfrutar deles. Fique feliz com isso. Use-os de maneira pragmática.

CINCO ESTRATÉTIGAS PARA VIVER UMA VIDA MAIS SIMPLES E COMPLETA

Há aproximadamente oito anos, fiz um pequeno experimento. Eu queria descobrir se é

realmente possível realizar negócios de qualquer lugar do mundo. Então, arrumei as malas de

minha família para Roma (uma de minhas cidades favoritas) para “férias de trabalho” de seis

semanas. Eu aprendi que, sim, é possível trabalhar de Roma (ou praticamente de qualquer outro

lugar, na verdade) e também aprendi algo que teve um efeito muito mais profundo.

Em Roma, completamente separado da rotina maluca e estressante que estava

acostumado a ter em casa, aprendi a simplificar minha vida.

Se você pensa que simplificar sua vida significa que você ganhará menos dinheiro,

desfrutará de menos sucesso ou até mesmo será menos eficiente como empresário, repense.

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Simplificar sua vida significa ter mais – não menos – de todas as coisas boas. Mais paixão. Mais

trabalho e relacionamentos significantes. E é possível ter mais dessas coisas tendo menos das

coisas ruins – rituais insatisfatórios, hábitos autodestrutivos, sentimentos esgotadores de energia

e assim por diante.

Gostaria de falar sobre uma maneira de simplificar sua vida no trabalho. Se você seguir

minhas sugestões, poderá conquistar mais produtividade e também terá uma paz interior maior

para evitar conflitos que pesam emocionalmente.

Nós vivemos numa época onde negócios sem importância evitam que a maioria das

pessoas conquiste coisas grandes. Elas confundem se manter ocupado com ser produtivo. Elas

deixam as prioridades de outras pessoas – de seus chefes, esposas e filhos – tomar precedência.

Como resultado, elas se sentem sobrecarregadas... e fora de controle.

Você não vai recuperar o controle de sua vida se continuar a tentar lidar com muitos

problemas em pouco tempo. Embora possa soar contraintuitivo, a única maneira de fazer isso é

aprender como:

Simplificar aquilo que é complexo.

Eliminar aquilo que é supérfluo.

Saber a diferença entre os dois.

Vamos tomar como exemplo uma armadilha na qual eu costumava cair o tempo todo: me

envolver em disputas entre funcionários. É crítico para sua empresa que as pessoas se deem

bem? Sim, já que conflitos frequentemente atrapalham um trabalho eficaz. Depende de você

parar o que está fazendo e ajudar a melhorar o clima? Não... a menos que queira ser tão

improdutivo quanto eles.

Então, o que você deve fazer quando surgir a tentação de se envolver? Deixe claro aos

dois indivíduos que eles são inteligentes e capazes... ou não teriam sido contratados. Diga que

você tem muita confiança de que eles encontrarão uma maneira de resolver o problema de

maneira privada, entre os dois. E diga que, embora seja desconfortável para os dois não se

entenderem, é bem pior para a equipe toda.

Em vez de perder horas tentando resolver um problema que não tem relação alguma com

suas prioridades, gastará apenas 10 minutos do seu tempo para ganhar a confiança deles, e

mostrar que você os apoia e acredita que eles mesmos resolverão o conflito – e talvez fazer com

que se envergonhem ao provocarem mal-estar no grupo todo.

Se você deixar a busca por simplicidade de lado – se envolvendo em situações onde não

deveria, constantemente verificando e-mails, indo a reuniões inúteis ou escrevendo memorandos

longos que ninguém lê – a habilidade de usar o tempo a seu favor não será desenvolvida. E terá

dificuldade em todos os campos da sua vida.

Aqui está o que é necessário para recuperar o controle – o que eu chamo de Simplicidade

Imperativa:

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Visão sólida: Se você estiver gerenciando um projeto, comandando uma empresa ou

lidando com seu cronograma diário, é necessário ter um domínio firme do panorama geral. Além

disso, você precisa conseguir articular sua visão para os outros com clareza e facilidade e ajudá-

los a encontrar maneiras de suportá-la... não trabalhar contra ela. Quando não estamos certos

sobre nossa visão, ficamos vulneráveis. Nosso tempo e atenção se tornam difusos e começamos a

perder o foco.

Prioridades claras: Suas prioridades crescem naturalmente além de sua visão – de saber

o que é importante e fazer somente isso. Em seguida, quando se encontrar atrasado na conquista

de suas metas, não é necessário olhar muito atrás para encontrar o problema. Normalmente, isso

significa que você perdeu o controle do seu tempo porque parou de cuidar de suas prioridades.

Disciplina diária: Talvez o recurso finito mais valioso para o homem seja o tempo.

Desperdice-o e não terá como recuperá-lo. Aderir a um cronograma diário que é guiado por sua

visão e executado por suas prioridades é o melhor caminho para uma liberdade pessoal. Isso

pode soar fácil, mas não é. A maioria de nós resiste e acabamos pagando o preço. (Não é

coincidência que a maioria das doenças sérias são relacionadas com o estresse).

Ao criar sua lista de afazeres diários, faça a si mesmo essas três questões:

1. “Isso é algo que eu poderia simplesmente delegar/eliminar?”

2. “Há alguma maneira de fazer isso em metade do tempo?”

3. “Isso é relacionado a um objetivo que realmente deixará minha vida melhor/mais rica/

mais completa?”

Como já disse, ao selecionar minhas prioridades a cada dia, eu destaco as tarefas mais

importantes – as que são essenciais para meu plano diretor pessoal de longo prazo. E, como eu

sei que posso fazer apenas um número limitado de coisas a cada dia, começo por essas.

Se tenho que escolher entre duas prioridades, pergunto a mim mesmo: “Das duas, qual

será mais importante no final de minha vida?”

É tudo uma questão de economia – fazer menos coisas em geral, mas garantir que as

coisa feitas tenham mais importância.

Aqui está outra coisa que pode ajudá-lo a estabelecer prioridades.

A Lei de Pareto diz que 20% das coisas que fizermos conquistarão 80% das coisas que

desejamos. Então, faça esta pergunta: “Quais das tarefas que devo fazer estão dentro desses

20%?”

Para simplificar sua vida, você terá de fazer mais do que satisfaz sua alma e menos

daquilo que fornece recompensas negativas – ou nenhuma recompensa.

Livre-se de coisas ruins. Apegue-se às coisas boas. Tenha isso em mente ao estabelecer

suas metas e planejar seu tempo.

Dar a si mesmo o poder para controlar seu tempo realmente é o segredo para o sucesso. E

isso fará com que seja possível até mesmo sentir o perfume dessas rosas pelo caminho.

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QUERER COISAS

Eu não me lembro de ser grato com muita frequência quando era criança. Lembro-me de

querer coisas – muitas delas – o tempo todo.

Eu queria caminhões de brinquedos e pistolas e trens e luvas de beisebol. Queria bonecos

de exército e modelos de avião. Queria todas as coisas que via sendo oferecidas na televisão para

meninos. E tudo o que as outras crianças na escola tinham, incluindo lancheiras e sanduíches de

carne em vez de manteiga de amendoim e geleia em um saco de papel.

Eu queria viver numa casa bonita em vez do lugar feio em que eu e meus sete irmãos

crescemos. Queria bicicletas e roupas novas e cortes de cabelo profissionais que meus colegas de

escola tinham.

Tudo isso.

Eu era grato à família de Bruce Conger por doar uma caixa com roupas dele para nossa

família no Natal. Bruce era o menino mais bem vestido na sétima série. E eu me tornei, pelo

menos em minha própria mente, a criança mais descolada no ano seguinte quando usei as roupas

dele para ir à escola.

Calças verde-oliva bem apertadas com pregas tão definidas que poderiam cortá-lo.

Sapatos pretos brilhantes com pontas tão afiadas que poderiam abrir uma lata. E meias azuis de

caxemira. Ah, eu era muito descolado!

Também fui grato dois anos mais tarde quando minha madrinha, Jean Jerr, dividiu

comigo os ganhos de uma de suas peças. Não foi um de seus maiores sucesso, mas foi o

suficiente para comprar um novo taco de sinuca que usava no Rockville Centre Cue Club.

Também fui grato por, no último ano do ensino médio, após ter sido pego na correnteza

em Jones Beach e ter tentado exaustivamente nadar de volta para a margem, ser carregado por

uma corrente de volta para a praia. Eu já tinha perdido toda a minha crença em religião nessa

época, mas fiquei grato. Muito grato.

Mas, como já disse, eu gastava a maior parte da minha energia emocional querendo

coisas.

Após o ensino médio, eu fiquei grato por não ter sido alistado para a Guerra do Vietnã.

Alguém do conselho de alistamento local me ligou e disse que eu deveria me apresentar para o

dever, mas nunca ligaram novamente e eu não ouvi mais nada sobre o assunto. Posso apenas

imaginar que perderam meus papéis. Eu ainda, às vezes, acho que eles vão encontrá-los... e então

eu seria o recruta mais velho no Exército.

Na faculdade, desenvolvi um gosto por aprender e aprendi a ser grato pelos ótimos

professores que tive. Harriett Zinnes, que me ensinou sobre poesia e Lillian Feder, que me

ensinou a amar a boa escrita, foram duas das melhores.

Em seguida, após a faculdade e a pós-graduação, eu passei dois anos no Peace Corps.

Lembro-me de estar sentando em minha varanda na África, observando a chuva cair em minha

casa revestida de lama e pensar “Um dia você poderá ser rico, mas nunca morará numa casa que

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o dará mais prazer do que essa”.

Eu era grato por aquela casa – por ter o privilégio de viver ali quando muitos de meus

alunos viviam em barracos. E eu também era grato por minha gratidão. Tinha começado a

entender o quão bom é essa sensação.

Quando voltei para os Estados Unidos, casado, me lembro de ser grato a cada vez que um

de meus filhos nascia. Grato por eles serem saudáveis. E também me lembro de ser grato

quando, aos domingos, levávamos as crianças para passear na 16th Street em Washington, D. C.,

observando as grandes mansões ali presentes. Eu não tinha inveja desses lares elegantes. Poder

vê-los e apreciá-los já era o suficiente.

Em 1982, nós nos mudamos para o sul da Flórida e comecei a trabalhar com uma

pequena editora de newsletters. Eu me sentia feliz por ter esse emprego – tomar conta do

departamento editorial – pois isso significava que estava no caminho certo para conquistar minha

meta de longo prazo de me tornar escritor.

Mas dois anos mais tarde, eu mudei de ideia. Substituí a meta de escrever pela de ganhar

dinheiro. E, quando fiz isso, parei de ser grato.

Essa foi uma experiência interessante. Eu estava muito animado sobre ganhar dinheiro. E

gastava toda a minha energia emocional perseguindo essa meta. Mas, olhando para trás agora,

está claro para mim que estava mais uma vez preocupado em querer coisas. Queria um salário

maior. Queria dinheiro no banco. Queria um novo carro. Queria uma casa sem hipoteca.

Já escrevi bastante sobre os truques e as técnicas que usei para conseguir bastante

dinheiro durante esses anos. Mas nunca escrevi sobre o quão mal agradecido eu era sobre todas

as coisas que o dinheiro me trouxe. Eu sentia como se as merecesse. E, no momento em que

conseguia algo desejado, já começava a pensar na próxima coisa a ser conquistada.

Quando fiz 50 anos, percebi que tornar a riqueza minha meta número um tinha sido um

engano. Ao fazer isso, tinha aprendido muito. Mas também tinha perdido muito, incluindo minha

capacidade de ser grato.

Eu sou grato hoje em dia por não ter perdido minha alma completamente durante esses

anos de desejos. E, sim, eu percebo que é muito mais fácil se sentir da maneira como me sinto

agora, quando não é necessário se preocupar com despesas. Ainda assim, eu sou grato por ter

feito essa mudança.

Para que você não pense que sou grato apenas por coisas da alma, eu admito ser grato

também por coisas materiais. Sou grato por meu carro velho NSX de 17 anos e minha

caminhonete Ranger de 8 anos. Sou grato por algumas de minhas roupas (aquelas que fazem me

sentir bem) e por minha mesa de sinuca (que tenho em meu escritório) e por viver numa casa que

me dá tanto prazer quanto a casa onde vivia 30 anos atrás. (Eu estava errado quando achei que

isso não seria possível).

Mas quando converso com K sobre o quão gratos somos, as três mesmas coisas sempre

estão no topo da lista:

1. Nós somos gratos por estarmos vivos e por nossos filhos estarem vivos.

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2. Nós somos gratos por sermos saudáveis e por nossos filhos também serem.

3. Nós somos gratos por termos tantos bons amigos.

E eu sou pessoalmente grato por poder gastar a maior parte de minhas horas de trabalho

escrevendo – o que era minha primeira e mais importante meta de vida – e especialmente grato

pela Early to Rise ter 400.000 leitores para os quais eu posso escrever!

O que está na sua lista?

O DESAPEGO EMOCIONAL E O ZEN DO GOLFE

Algum tempo atrás, joguei golfe pela primeira vez com meu Filho Número 3 (FN3). Eu

estava ansioso por uma tarde agradável. Imaginei o ar fresco, o brilho saudável do sol e aquela

relação pai e filho que as mulheres que não entendem categorizam como superficial.

A tarde começou como eu tinha imaginado. O sol estava brilhando. O campo estava

verde. Nos preparamos comendo cachorro-quente e acendendo charutos. Mas, já na primeira

tentativa, as coisas começaram a ficar ruins. Pelo menos para o FN3.

FN3 é iniciante no golfe. Ele jogou menos do que uma dúzia de partidas. Estava focado

em batidas longas e precisas. Quando não batia na bola da maneira correta – o que acontecia na

maior parte do tempo – ele ficava bravo consigo mesmo.

Embora ele não estivesse batendo na bola da maneira desejada, ele ainda estava acertando

a batida. Eu estava impressionado e disse isso a ele. “Você está indo bem melhor do que eu era

nesse estágio do jogo”.

Isso não o amoleceu. Na altura do nono buraco, ele estava exausto emocionalmente. Não

queria mais jogar. “Não tem por quê,” ele disse rabugento. “Eu sou muito ruim.”

A frustração de FN3 com seu desempenho ruim e sua subsequente depressão me lembrou

de mim mesmo até alguns anos atrás. Pensar que ele pode passar pelo que eu passei por 40 anos

me assustou. Na volta para casa, conversei com ele sobre uma das maneiras que superei minha

própria tendência de ficar deprimido. Hoje, compartilharei a mesma estratégia com você.

Quando você está feliz pode mover montanhas. Quando se está bravo ou deprimido, sua

energia cai, seu foco embaça e sua produtividade fica falha.

A depressão pode cegar suas habilidades de trabalho. Pode danificar sua reputação. Ela

pode separá-lo de seu salário e de suas posses. Pode afetar seu relacionamento com esposa,

crianças e família – e até mesmo amigos de longa data. A depressão o roubará de todos os belos

momentos que fazem a vida valer a pena – como um dia no campo de golfe com seu pai.

Ela rouba sua diversão. Rouba seu tempo. O deixa sem nada.

Dois amigos meus ficaram profundamente deprimidos quando perderam seus empregos e

suas rendas.

Ambos tinham baseado seus valores pessoais na habilidade de ganhar dinheiro – um

engano que muitos empresários cometem. E, quando, embora não fosse culpa deles, sofreram

uma grande perda financeira, se sentiram fracassados. Eu sugiro que a maneira de evitar cair em

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uma armadilha assim é basear seus valores em coisas que realmente importam – em valores

pessoais que não têm nenhuma relação com seu dinheiro.

Há outro engano comum que leva muitos ao desespero. O engano que FN3 estava

cometendo durante nosso jogo de golfe. Devo avisar que a solução para esse problema é um

pouco mais difícil de se entender e praticar. Mas siga minha explicação. Pois, quando você

“entender”, não será difícil manter uma perspectiva positiva... mesmo sob as circunstâncias mais

difíceis.

Estou falando sobre desenvolver a habilidade do desapego emocional. Mais

especificamente, desenvolver a habilidade de estabelecer e perseguir metas sem se importar se

irá ou não conquistá-las.

Eu aprendi a fazer isso apenas seis ou oitos anos atrás e tenho praticado essa estratégia

desde então. Conforme os anos passam, eu me aperfeiçoo. Me sinto mais feliz e mais no controle

da minha vida. Mais importante, eu penso que isso me ajudou a passar um pouco da minha

recém encontrada felicidade aos outros.

Quando a maioria das pessoas escuta a frase desapego emocional, elas pensam que isso

significa indiferença ou até mesmo algo desumano. Nada poderia estar mais longe da verdade. O

desapego emocional o livra de apegos neuróticos e o deixa focar suas energias em outras

pessoas, outras coisas e no aqui e agora.

O melhor exemplo que posso dar é o amor natural que uma mãe sente pelo filho. Quando

a criança está feliz, a mãe está feliz. Quando ela está triste, a mãe institivamente quer descobrir a

causa dessa infelicidade e acabar com ela, se puder.

Quando a mãe descobre que a criança está infeliz devido a algum desconforto físico, ela

tenta aliviá-lo. Quando a causa é um conflito emocional, ela dá o seu melhor para ensinar a

criança como lidar com esse problema. A meta da mãe é sempre preparar o filho para que ele se

torne independente. Ela trabalha constantemente para gradualmente libertá-lo da dependência

natural que tem com ela para que possa sair pelo mundo e viver uma vida feliz e produtiva.

Quando uma criança de 11 anos diz à sua mãe que a “odeia” pois ela estabeleceu alguma

restrição para ela, a mãe (mentalmente saudável) não se sente magoada, apesar de algo ruim ter

sido dito. Ela ama o filho e não leva sua frase a sério. E ela explica que a restrição não será

removida apenas por ele “odiá-la”.

Em outras palavras, ela está desapegada emocionalmente das expressões de raiva da

criança.

Se você é pai ou mãe, entenderá o que eu quero dizer. A maioria dos pais, na maior parte

do tempo, pratica esse tipo de desapego emocional com suas crianças. Mas alguns não

conseguem fazer isso, pois estão apegados emocionalmente à aprovação dos filhos sobre eles.

Esses são os pais que querem ser “melhores amigos” de seus filhos. Eles quebram suas próprias

regras no momento em que as crianças se opõem a eles. Às vezes, eles chegam ao ponto de

tolerar comportamento de risco.

A habilidade do desapego emocional pode ser aplicada em todos os relacionamentos.

Pode funcionar com seus colegas de trabalho e com seu chefe. Pode funcionar com sua esposa ou

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pais em casa. O desapego pode também ser aplicado a quase qualquer desafio ou problema. E o

resultado sempre será mais calma e clareza.

Isso nos leva de volta a minha história sobre FN3...

Quando comecei a jogar golfe, eu abordava a atividade quase da mesma maneira que meu

filho a abordou. Quando batia na bola, me importava com o quão longe ela iria. Quando a tocava

levemente, me importava com o quão perto ela estaria do buraco.

Isso tornou meu jogo muito frustrante. Sendo um iniciante, o resultado da maioria de

minhas tacadas era decepcionante.

Mas não demorou muito para perceber que estava sendo meu pior inimigo. Ao permitir

me decepcionar em quatro de cinco tentativas, eu estava me preparando para o fracasso. (Como

você pode aprender a jogar golfe se estiver xingando enquanto joga no clube?) O truque, eu logo

descobri, era me desapegar emocionalmente do resultado pretendido (onde a bola irá) e focar na

experiência da tacada.

Minha meta, ao jogar golfe atualmente, é ter uma boa tacada. Eu não me importo com a

direção da bola. Tudo o que quero é conquistar minha intenção de mover o taco

apropriadamente.

Isso fez uma diferença notável no meu jogo. Em apenas alguns meses, melhorei em

aproximadamente 30 tacadas. Antes estava batendo 130 vezes e odiando o jogo. Agora, estou

próximo das 100 e me divertindo, mesmo quando a bola para em uma armadilha de areia ou rola

sobre o gramado.

Tudo o que fazemos na vida – qualquer meta estabelecida, qualquer relacionamento –

pode ser feito melhor e de forma mais feliz ao aplicar o desapego emocional.

Deixe-me dar mais alguns exemplos.

Apego emocional: Você quer ir a um piquenique no sábado à tarde. Chove. Você fica

decepcionado.

Desapego emocional: Você pretende fazer um piquenique no sábado. Mas, sabendo que

não é possível prever o tempo, você conscientemente se desapega da esperança de que estará sol

no sábado. Cria-se um Plano B – ir ao cinema. Portanto, se chover, você passa do Plano A ao

Plano B sem ficar chateado ou decepcionar as pessoas com você. Você é o mestre zen de seu

sábado à tarde. Você ajuda outras pessoas a se sentirem bem seguindo seu bom exemplo. E isso,

em retorno, aumenta sua felicidade.

Apego emocional: Você quer um aumento no salário. Mas não consegue. Fica

decepcionado.

Desapego emocional: Você pretende conseguir um aumento de salário. Mas, sabendo

que não pode controlar o resultado de sua próxima avaliação de desempenho, cria um Plano B

que envolve criar o seu próprio negócio à parte. Você faz uma boa apresentação na avalição, mas

seu chefe não dá o aumento. Você não se decepciona. Na verdade, você fica animado… pois

agora pode iniciar o Plano B.

Apego emocional: Você quer se casar com sua namorada da faculdade. Você a pede em

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casamento. Ela diz não. Você fica arrasado.

Desapego emocional: Você pretende se casar com sua namorada da faculdade. Mas,

reconhecendo que não pode controlar os sentimentos dela, se desapega do resultado e se foca no

Plano B, que é desfrutar do relacionamento por alguns meses enquanto começa a procurar por

outro. Você a pede em casamento e ela diz não. Você não fica triste e não faz cara feia. Você

coloca o Plano B em ação. Ela percebe seu desapego e gosta mais de você por causa disso. Agora

fica a seu critério continuar o relacionamento ou seguir em frente.

Como disse antes, a habilidade do desapego emocional é difícil de ser entendida e

praticada. Mas, se conseguir aperfeiçoá-la, poderá desfrutar de uma vida de riqueza, saúde e

felicidade ilimitadas.

Antes de ir jogar golfe com FN3 pela segunda vez, fiz com que ele fizesse uma aula com

Larry, o profissional que me ensinou a jogar. (Larry entende o Zen do golfe. Ele, assim como

Ben Hogan, entende que o propósito verdadeiro do jogo não é conseguir uma pontuação

específica, mas vivenciar a serenidade e o prazer que vem com o desenvolvimento de uma batida

consistentemente boa).

Quando chegamos até o campo de golfe dessa vez, eu lembrei FN3 a focar sua mente não

no destino da bola, mas sim em executar sua batida. Ele jogou todos os 18 buracos em perfeita

harmonia. E, embora não estivéssemos preocupados com o resultado, eles foram bem melhores

do que na vez anterior.

COLOQUE UM POUCO DE LEVEZA EM SUA VIDA

Eu já recomendei que você estabeleça suas metas para melhorar sua saúde, seu

crescimento, sua riqueza, se tornar uma pessoa melhor e mudar sua vida. Minha recomendação

agora é um pouco diferente.

Quero que você coloque um pouco de Ho! Ho! Ho! em sua vida.

O que exatamente é Ho! Ho! Ho!? É uma técnica que irá:

Revelar verdades importantes sobre sua vida e sobre viver bem.

Reduzir a tensão e os problemas que a tensão cria.

Ajudar a superar obstáculos, mesmo os que pareçam impossíveis.

Aumentar a dopamina em seu sistema e o deixar melhor.

Melhorar a circulação do sangue, a respiração e a digestão.

Reduzir em muito a chance de que você morra de câncer ou de uma doença no

coração.

Fazer com que você seja uma pessoa mais popular.

Aumentar a velocidade com a qual você conquista suas metas.

Fazer com que você tenha mais poder pessoal.

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E, a melhor coisa sobre essa maravilhosa técnica é que:

Não será necessário gastar dinheiro para implementá-la.

Você não precisa de educação ou habilidade especiais para aproveitá-la.

Leva apenas alguns segundos de seu tempo, de vez em quando.

Se torna mais fácil de ser “praticada” com o tempo.

Você está pronto para aprender mais?

Em 1992, durante o pico dos protestos em Los Angeles, Terry Braverman estava

dirigindo pela estrada de Hollywood durante a hora do rush. Olhando pela janela do passageiro,

ele viu incêndios tomando conta da cidade. O cheiro de fumaça estava se misturando com o

aroma comum da poluição e fazia com que dirigir no trânsito parecesse um pouco mais perigoso.

Ele olhou para os outros motoristas e podia ver nos rostos que eles também estavam ansiosos.

A ansiedade deles o deixou ainda mais nervoso. Ele se sentiu começando a entrar em

pânico. Então, lembrou uma máxima simples: você não pode controlar o incontrolável, mas sim

a forma como reagir à situação.

Ele decidiu naquele momento, no meio do pior engarrafamento de trânsito que já havia

participado, se acalmar. Felizmente, Braverman tinha uma maneira para fazer isso. Sendo um

comediante profissional, ele tinha uma bolsa de improvisos no banco de trás do carro.

Alcançando-a por trás do assento, ele pegou um nariz de palhaço de borracha. “Isso é tudo o que

eu preciso,” ele pensou.

Colocando o nariz de palhaço, Braverman olhou novamente pela janela. Primeiramente,

os motoristas ao seu redor estavam olhando duas vezes, como se dissessem, “Ele é um turista.

Não sabe o que está acontecendo”. Mas quando ele sorriu, todos entenderam. “Eu queria que eles

soubessem que, apesar das circunstâncias, nós podemos ter um momento para nos acalmar e

suspender o espiral de aflição.”

Lendo essa história no livro de Terry Braverman, When the Going Gets Tough, the Tough

Lighten up (Quando as Coisas Ficam difíceis, o Difícil Fica Fácil), me lembrei de um filme

maravilhoso, A Vida é Bela, sobre um pai que heroicamente mantém seu filho feliz num campo

de concentração fingindo que tudo não passa de um jogo, uma brincadeira. Isso me lembrou

também do ótimo livro de Viktor Frankl, Man’s Search for Meaning (A Procura do Homem por

Significado), no qual ele fala sobre sua experiência verdadeira de estar em um campo de

concentração e a conclusão maravilhosa a que chegou após sofrer o pior tipo de perda humana.

Frankl diz “Como podemos ver, um ser humano não está à procura da felicidade, mas sim

à procura de uma razão para ser feliz... Uma vez que essa busca do indivíduo é bem sucedida, ela

não somente o deixa feliz, mas também fornece a ele a capacidade de lidar com o sofrimento”.

Em seu livro, Braverman também conta a história de Jean Houston, filósofo e autor do

livro A Mythic Life (Uma Vida Mítica), que estava viajando com uma colega para Washington,

D.C., para falar numa conferência que deveria inspirar os participantes a serem mais criativos. A

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colega estava reclamando sobre como é impossível inspirar a criatividade em burocratas do

governo. “Eles passam a vida arrumando as cadeiras no Titanic. Eles não nos ouvirão,” ela disse.

“Nós teremos que alterar a consciência deles”, Houston respondeu.

“Como?”

Houston explicou que o melhor método que conhecida era através do humor. Portanto ele

passaria os dez primeiros minutos de sua apresentação fazendo piadas. “No pico das risadas, uma

pessoa existe, assim como no meio de um espirro, em todos os lugares e em nenhum lugar,” ele

disse, “e está, dessa forma, disponível para ser abençoada, invocada e aprofundada”.

O “método” de Houston é um que muitos palestrantes profissionais usam.

Audiências frequentemente não estão confortáveis em situações de seminário. Quando

você se sente assim, acaba sendo mais crítico e resistente. Mas se um palestrante é bom o

suficiente para fazê-lo rir, você se abrirá um pouco a ele. Você se sentirá assim: “Certo. Estou

pronto agora. Diga-me o que quiser e eu ouvirei”.

Braverman conta como Rich Little o salvou de ser espancado por um bando de

criminosos. “Eu estava com muito medo, mas dentro de 15 minutos os fiz rir. Eu estava fazendo

minha apresentação toda... Eu contornei a situação, não me lembro bem como. Eu acho que

comecei a imitar Louie Armstrong … Eles não sabiam quem eu era, mas quando comecei a fazer

as imitações eles perderam a iniciativa de me bater”. Nesse caso, o humor de Little fez mais do

que melhorar seu próprio estado mental – melhorou seu destino. No final, ele disse, os

criminosos estavam aplaudindo.

Nós todos já estivemos em situações onde nos permitimos ser levados pela raiva. Alguém

– mal informado ou não – o chama de idiota ou de imbecil e você responde com fúria e palavras

grosseiras.

Nas vezes em que usei o humor em situações difíceis, isso nunca deixou de me ajudar.

Pelo menos, fez com que eu me sentisse melhor colocando as coisas em contexto: a vida é curta.

Nós vivemos. Nós morremos. É o mesmo para todos nós. Acalme-se.

Um ótimo filme que toca nesse assunto foi feito em 1927. Ele se chama Sunrise (Aurora).

Talvez leve uns 15 minutos para começar a entendê-lo, pois esse filme é em preto e branco e

mudo, mas invista esse tempo. É uma história poderosa e tocante. E preste atenção ao papel que

o humor tem nela. Ele o deixará querendo ser mais agradável e mais amável. E mostrará por que

se acalmar é tão essencial.

Um dos executivos mais eficientes que conheço, o diretor de uma grande empresa, é um

mestre desse método poderoso de gerenciar crises. Devido à sua posição, ele frequentemente se

encontra escutando gerentes seniores que estão insatisfeitos com alguma injustiça real ou

imaginária feita a eles por algum colega dos negócios.

Quando estive em situações semelhantes – e isso já aconteceu muitas vezes – minha

resposta foi sempre levar as reclamações de meus gerentes a sério e tentar trabalhá-las de uma

maneira séria. Mas o “Chris” geralmente emprega o humor como sua primeira resposta. Ele tem

um dom de fazê-los entender o quão trivial a reclamação é no esquema geral das coisas. Não sei

como ele consegue, mas ele já fez isso comigo muitas vezes e posso lhe dizer que funciona.

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O Chris é bom em resolver disputas pois sua primeira reação aos problemas é procurar

pelo Ho! Ho! Ho! neles. A maioria dos problemas na vida não é tão séria como parece. Os que

são sérios podem ainda assim serem lidados de uma maneira melhor quando abordados com uma

atitude mais leve.

Portanto, esse é o meu desejo para você – que encontre tempo, quando estiver estressado,

para encontrar um pouco de leveza em sua alma. Isso o dará a energia e a flexibilidade para

seguir em frente com esperança e felicidade.

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Parte Cinco –

O EMPURRÃO NECESSÁRIO PARA O SUCESSO

DÊ UM INCENTIVO A SI MESMO

Eu conheci Adela oito anos atrás, enquanto ela estava em seu primeiro seminário de

redação na American Writers & Artists Inc. (AWAI). (Como o seminário de infomarketing da

ETR, o seminário de copywriting agora é realizado todos os outonos em Delray Beach, na

Flórida). Era uma mulher enérgica, recém divorciada de 36 anos, transbordando ideias. “Essa é a

melhor conferência de que já participei”, ela me disse no final do programa de três dias. “Mal

posso esperar para chegar em casa e começar a trabalhar.”

Eu estava animado por ela. Se já houve alguém que parecia recarregado e pronto para

seguir em frente, essa pessoa era a Adela.

Quando a vi no seminário da AWAI no ano seguinte, perguntei a ela como sua carreira

freelance de redação estava progredindo. “Bem, acabei me descarrilando”, admitiu.

Primeiramente, houve a morte de seu pai. Isso a parou por um tempo. Em seguida, ela arrumou

um emprego em outra cidade.

Quando finalmente se ajustou a isso, ela percebeu que seria melhor não tentar recuperar o

atraso. “Eu vim a esse seminário este ano pronta para começar novamente”, disse com orgulho.

“Tenho certeza de que terei sucesso.”

Se atitude fosse tudo o que precisássemos para conquistar nossas metas, essa mulher seria

uma futura superstar. Mas a atitude nem sempre é o suficiente. Portanto, eu a incentivei a

investir no programa de estabelecimento de metas da ETR.

“Posso entender o quão devastador emocionalmente deve ter sido perder seu pai”, eu

disse. “E sei o quão inquietante um novo emprego e uma nova cidade podem ser. Mas, se colocar

esse objetivo – tornar-se copywriter – como principal e seguir o programa de estabelecimento de

metas, nada a distrairá. Você poderá lidar com quaisquer interrupções em sua vida”. (Eu não

achei que era necessário mencionar que a vida é sempre cheia de interrupções). “Mas, enquanto

fizer isso, você estará progredindo em direção à sua meta principal.”

Ela concordou em investir no programa de estabelecimento de metas e eu não a vi por

dois anos. Quando a encontrei no seminário da AWAI novamente e perguntei sobre seu

progresso, ela respondeu de maneira defensiva. “Não tenho o luxo de poder passar seis horas por

dia praticando minhas habilidades de copywriter”, ela me disse. “Tenho um emprego de período

integral, uma caridade para qual eu trabalho, amigos, família.”

Eu não queria dizer a ela que quase todas as pessoas que monitorei estavam exatamente

na mesma posição – ou pior. E não queria mencionar que, na idade dela, eu tinha dois empregos

de período integral e era casado e tinha obrigações sociais. Qual era o ponto em discutir isso? Ela

não iria mudar. Eu não conseguiria convencê-la. Em algum lugar em sua mente, ela tinha

decidido querer fazer o que estava fazendo:

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Continuar com uma vida que descrevia como “insatisfatória”.

Investir uma semana e alguns dólares todos os anos para ir a um seminário de

copywriting e se sentir melhor sobre seu futuro.

“Eu só preciso ter inspiração para me motivar novamente”, ela me disse.

“Bem, espero que esse seminário possa fazer isso por você”, respondi.

Presumo que não haja problema em viver sua vida dessa maneira. Quem sou eu para

dizer a essa moça como gastar seu tempo? Ainda assim, me sinto desconfortável vendo alguém

desperdiçar suas oportunidades.

Todos os anos, devido às instruções e aos incentivos que recebem nos seminários de

redação da AWAI, dúzias de pessoas fazem a transição de funcionários para copywriters

freelance autônomos. Muitos deles fazem essa mudança com sucesso após participar do

programa de copywriting básico e até mesmo antes de terminar o programa de Mestrado. Não há

nada que o pessoal da AWAI goste mais do que receber notas escritas à mão ou e-mails dizendo

a eles: “Nossa, acabei de conseguir meu primeiro trabalho profissional” ou “Adivinha o que

aconteceu? Meu último pacote de mala direta deu certo! Ganhei US$ 5.000 por um trabalho que

fiz em menos de uma semana!”

O que faz a diferença entre aqueles que são bem sucedidos e aqueles que não são?

Aqui está o que eu acredito: pessoas que mudam sua vida com sucesso não esperam que

tudo esteja “certo” para começarem. Elas não esperam:

Que sua vida pessoal se resolva.

Ou que o trabalho se resolva.

Ou que os projetos nos quais estão trabalhando sejam finalizados.

Ou que as novas adições em suas casas tenham terminado.

Ou que os problemas com os sogros sejam resolvidos.

Ou... que estejam inspiradas.

A motivação segue a ação.

— Robert Ringer

O autor campeão de vendas Robert Ringer acredita que as pessoas mais bem sucedidas

têm uma característica em comum: elas não esperam por motivação. Elas criam a motivação

através da ação.

“Se eu tivesse que esperar a motivação para escrever”, ele diz, “nunca teria escrito todos

os meus livros”. (Ele escreveu aproximadamente meia dúzia de livros excelentes de

desenvolvimento pessoal, incluindo três campeões de vendas).

“Como a maioria dos escritores, eu passo muitas manhãs olhando para meu computador,

sem motivação e sem qualquer ideia definida do que vou escrever”.

Se ele tivesse o hábito de esperar pela inspiração, ele gastaria muito tempo esperando. O

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que ele faz é “apenas começar a escrever”. Não importa se a escrita inicial será boa ou não.

Portanto, desde que ele faça isso por uma ou duas horas, ele sabe que algo bom surgirá. “A

motivação segue a ação”, ele diz.

A não ser que você tenha uma meta, e que faça com que conquistar essa meta seja uma

prioridade e encontre uma maneira de agir nesse objetivo, suas chances de ser bem sucedido são

muito pequenas.

Com todas as minhas outras responsabilidades de negócios – sem mencionar o trabalho

que faço para a Early to Rise – posso ter muitas desculpas todos os dias para adiar a escrita de

meu próximo livro. Se eu ficasse sentado esperando pela inspiração antes de escrever outro

capítulo, nunca terminaria nada. Em vez disso, faço o mesmo que Robert Ringer faz. Começo a

escrever.

Frank McKiney, um empresário multimilionário do mercado imobiliário, provou o

mesmo ponto de uma maneira diferente: “Você não precisa esperar até ser um especialista para

começar a fazer dinheiro no mercado imobiliário. Conheça sua área local trabalhando um pouco

por dia. Rapidamente, terá uma boa ideia do que comprar e quando vender e, então, você estará

no caminho certo de sua riqueza e independência financeira. Mas deve começar agora. Comece

imediatamente e continue seguindo em frente. Faça um pouco todos os dias, mesmo se for algo

que leve apenas cinco ou dez minutos.”

Se você deseja ser um copywriter como Adela (que, pelo que eu saiba, ainda está

esperando ter uma inspiração para passar de aluna de seminário a copywriter em tempo integral),

um aspirante a empresário ou um alpinista morrendo de vontade de escalar o Monte Everest,

comece a fazer alguma coisa – todos os dias – para avançar em sua meta.

O SEGREDO DO VICIADO

Quando era adolescente, tinha impulsos de um cachorro de ferro-velho. Se alguém

olhasse para mim da maneira “errada”, eu começava a latir. Isso resultou em muitos conflitos – a

maioria deles contra lutadores maiores e mais habilidosos. Eu “venci” boa parte deles, no

entanto, pois conseguia entrar em contato com alguma coisa dentro de mim – algum tipo de

fúria, eu presumo – que alimentava minha agressividade.

Algo desse tipo existe no reino da construção de riquezas. Há algo que queima – ou pelo

menos brilha – dentro de você que pode – se tentar alcançá-lo – transformá-lo em um ganhador

megalomaníaco de dinheiro (GMD).

E como um GMD, você nunca:

Terá outro momento de preguiça.

Se sentirá confuso sobre o que precisa fazer.

Duvidará de sua habilidade de ganhar dinheiro.

Hesitará em ir atrás disso.

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Isso soa como algo bom? Ou assustador?

Se isso soar assustador, não se sinta mal. A maioria das pessoas tem medo de mudanças –

e mais especialmente de mudanças internas. O que falarei em seguida é, em termos gerais, sobre

a mudança interna. Isso é algo profundo. Que fica por muito tempo. E muda a maneira como

você pensa e se sente.

Quando é oferecida uma chance de mudar, a maioria das pessoas pensa: “Eu não estou

totalmente satisfeito comigo agora, mas também não me odeio. Se eu mudar de alguma maneira

que não espero, posso perder o controle ou me tornar ainda mais infeliz do que já estou agora.

Melhor continuar da maneira que sou”.

Mas, se isso soar como algo bom, você está com sorte. Vou explicar o segredo que usava

para alimentar minhas ambições de ganhar dinheiro no passado e uso hoje em dia para me

motivar a escrever livros e fazer filmes.

Eu o chamo de O Segredo do Viciado.

Considere um Simples Viciado em Cocaína

Tenha como exemplo um homem jovem de 20 anos, sem ambições ou metas. Ele não

terminou o ensino médio, o que significa que ele é um analfabeto funcional. Por não ter tido uma

boa família, ele também está passando fome e sem motivação. Para piorar as coisas, ele não é o

tipo de rapaz naturalmente inteligente mas privado de oportunidades, como vemos em filmes.

Ele é muito burro.

Deixe-me perguntar a você: o que esse homem provavelmente fará para ganhar dinheiro?

Você adivinhou: nada.

Mas se ele fosse trabalhar... se ele pudesse ser forçado a trabalhar por meio de algum

ótimo programa do governo... quanto ele poderia ganhar?

Aproximadamente US$ 48 por dia ou US$ 6 por hora – livre dos impostos.

Agora, pegue essa mesma pessoa estúpida e folgada e dê a ela um velho vício como a

cocaína.

Quanto dinheiro ele poderia ganhar?

Você está certo novamente – ele poderia fazer uma fortuna!

No começo dos anos 80, eu morava num lugar tido como um bairro “transicional” em

Washington, D.C. Por vários anos, tive a oportunidade de observar a rotina incessante, quase que

compulsiva de ganhar dinheiro dos viciados. Todos os dias, essas criaturas sem educação, sujas,

destituídas, drogadas e degeneradas saíam em um mundo muito hostil à procura de dinheiro.

Eles imploravam. Eles advogavam. Eles pediam esmola. Roubavam. Eles organizavam

jogos de cartas e crimes de todas as variedades possíveis. E ganhavam muito dinheiro.

Li um artigo meio longo no Washington Post naquela época que dizia que muitas dessas

pessoas estavam ganhando de US$ 300 a US$ 400 por dia para alimentar seus hábitos.

Isso me impressionou. Poxa, essas pessoas estavam ganhando mais dinheiro do que eu. E

eu tinha dois diplomas e três empregos.

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Quanto mais eu pensava, mais impressionante isso me parecia. Aqui temos esses totais

perdedores que estão na rua ganhando mais dinheiro do que um jovem jornalista ou um professor

de ensino médio.

Pessoas Muito Impressionantes

O fato de que eles eram viciados sem escolaridade não tornava suas conquistas menos

impressionantes. Pelo contrário.

Essas eram pessoas que tinham como meta principal na vida se anestesiar em um estupor.

Ainda assim, eles podiam sair em ruas hostis e ganhar duas ou três vezes mais dinheiro do que eu

conseguia dentro de um escritório elegante e amigável.

Quanto mais pensava, mais interessado me tornava. Eu tinha uma boa ideia do que um

viciado fazia para ganhar seu dinheiro. Mas não conseguia de maneira alguma descobrir onde ele

conseguia a força emocional para fazê-lo.

Portanto, eu decidi começar a conversar com alguns dos viciados em meu bairro. Era

fácil fazer isso. Um dólar comprava uma conversa de cinco minutos. Cinco dólares e um copo de

café poderia me comprar cinco desses bate-papos.

Eventualmente me tornei amigo dos viciados. Um homem mais velho chamado George,

que havia trabalhado para o correio, um jovem chamado Dean, que nunca tinha trabalhado de

verdade um único dia de sua vida e uma mãe de três filhos chamada Desiree. Pelo menos esse foi

o nome que ela me passou.

Eles todos trabalhavam na 14th Street, que era o principal corredor para prostitutas e

viciados. Esse era também o cruzamento que eu tinha que passar para chegar até a Sra. Phoenix,

a mulher que cuidava de nosso filho mais velho enquanto trabalhávamos no centro da cidade

todos os dias.

Após deixar o Filho Número Um (FN1) na casa da babá, eu gastava alguns minutos com

George, Dean ou Desiree. Eu perguntava casualmente sobre onde moravam, onde dormiam,

quando “trabalhavam” e assim por diante.

Gradualmente, descobri como eles podiam ganhar tanto dinheiro todos os dias. Não era

algum truque inteligente ou crime o que estavam praticando (embora eles tivessem alguns

truques que usavam quando podiam). Era uma combinação de três virtudes bem antigas.

Os três hábitos de viciados altamente bem sucedidos:

1. George, Dean e Desiree trabalhavam por mais tempo do que eu. Eu pensava que

trabalhava duro, por me dedicar 12 horas por dia. Esses três trabalhavam a cada hora que

estavam acordados – o que geralmente significava de 18 a 20 horas por dia.

2. Cada um deles trabalhava com um único propósito. Embora eles tivessem seus momentos

de “relaxamento” quando conversavam comigo, 90% de seu tempo consciente eram

focados em conseguir o dinheiro necessário para comprar mais drogas. Eu, por outro

lado, tinha uma dúzia de interesses e ambições alternadas que me levavam para longe de

meu emprego. Mas eles não. Eles nunca se afastavam de suas metas singulares.

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3. Mas a diferença mais importante entre mim e George, Dean e Desiree era relacionada

com algo mais profundo. O vício deles era muito mais forte do que minha ambição. E,

por causa disso, eles faziam o que fosse necessário para conseguir o dinheiro.

Se estudar as vidas das pessoas mais bem sucedidas nos Estados Unidos, você descobrirá que

elas também:

Trabalham duro e por muito tempo.

Focam uma meta.

Fazem sacrifícios para serem bem sucedidas.

Leia a biografia de Andrew Carnegie e verá essas três características repetidas durante a

vida dele. Veja um documentário sobre Warren Buffett ou Bill Gates e descobrirá a mesma

coisa.

É algo para se pensar, não é?

Trabalhar duro e por muito tempo é importante para o sucesso. E ter determinação e foco

também é importante. Mas para conquistar metas realmente grandes... para subir para uma nova

categoria... você tem que fazer mais do que isso.

Se tirássemos seu vício em crack, nosso chapeiro de humburgers analfabeto poderia

trabalhar o quão duro quisesse... mas nunca ganharia US$ 600 por dia. Isso pode vir somente da

disposição em fazer o que quer que seja, incluindo coisas arriscadas, desconfortáveis, novas,

preocupantes ou até mesmo perigosas.

Os viciados não têm o respeito que merecem.

Imagine como é a vida no vício. Você acorda num banco de praça cheirando a urina. Se

alonga, esfrega as feridas em seu rosto e braços e diz a si mesmo, “Hora de acordar, rapaz”. Hoje

você vai até lá – naquela cidade fria e hostil – conseguir seiscentos dólares”.

Você poderia fazer isso? Dia após dia? Eu não poderia. A não ser que fosse viciado em

alguma coisa.

Como Entrar em Contato com o Poder Mal Conhecido do Viciado

Você pode ter a virtude do viciado. E não é necessário fumar crack para consegui-la.

Em algum lugar dentro de si há um fogo queimando. É o seu desejo profundo de ser

amado e apreciado. Nós todos o temos. E ele é sempre muito forte.

Se você deixar esse fogo sozinho, ele eventualmente acabará se apagando. Sua vida

passará por você sem significado. Quando morrer, seus sonhos também morrerão.

Se você abanar as chamas de seu desejo interior, o fogo aumentará. E isso significará

uma de duas coisas: você terá o sucesso que tanto deseja. Ou não fará nada, e o calor o queimará

de dentro para fora.

Você deve encontrar esse desejo queimando dentro de seu corpo. E deve usá-lo para

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viver sua vida.

É muito difícil começar um novo empreendimento, lançar uma nova carreira ou apenas se

distanciar do passado. Isso é difícil porque é diferente. E também porque exige que você saia de

sua zona de conforto.

Observe sua lista de tarefas para o dia, como um exemplo. Há provavelmente algo ali que

não queira fazer. Você sabe que é importante. A tarefa está destacada. Ainda assim, você está

relutante ao executá-la.

Talvez seja uma ligação telefônica difícil. Ou realizar uma tarefa entediante. É

provavelmente algo com o qual não está confortável.

É por isso que ainda não a fez. E é por isso que sua concorrência provavelmente não a fez

também.

Se você deseja conquistar mais do que antes, terá que estar disposto a fazer mais do que

antes. Você precisa se comprometer, adicionar horas, se manter focado e, sim, realizar aquela

tarefa desagradável mas muito necessária.

Faça isso agora mesmo. Finja por um momento que é um viciado e conseguir suas drogas

depende de conquistar a única meta que lhe escapa. O que você faria – se seu bem-estar físico

dependesse disso – para absolutamente e positivamente (o fracasso não é uma opção) ser bem

sucedido?

Deixe suas dúvidas de lado. Ignore seus medos, pelo menos por um momento. Se nada

mais importasse, o que você faria?

Entendeu? Que bom.

Agora pergunte a si mesmo: por que você não está fazendo isso?

Você possui uma objeção moral? Uma dúvida? Um medo de falhar? Pegue esses

sentimentos e observe-os. É isso que o está impedindo de conquistar aquilo que deseja.

Confronte seus sentimentos. Pense sobre como eles estão bloqueando algo importante.

POR QUE O PENSAMENTO POSITIVO NÃO FUNCIONA PARA A MAIORIA DAS

PESSOAS

Uma das maiorias falácias na indústria da autoajuda é a noção de que você pode mudar

sua vida com “pensamento positivo”.

Os fornecedores do positivismo, começando com Napoleon Hill e incluindo pessoas que

agora promovem O Segredo, argumentam que todos nós temos, à nossa disposição, os meios de

nos transformarmos em máquinas ambulantes de sucesso.

Alguns gurus da autoajuda vendem o pensamento positivo pois eles sabem que é um dos

produtos mais lucrativos para se colocar no mercado. Mude um pensamento e você poderá

mudar sua vida! Que promessa melhor do que essa você pode fazer a um folgado fracassado que

deseja ser rico e bem sucedido?

E, puramente de um ponto de vista lucrativo, eles estão certos. Produtos de pensamento

positivo fazendo promessas rápidas e fáceis são responsáveis por mais de um bilhão de dólares

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em vendas de mala-direta e internet. E isso apenas nas empresas que conheço pessoalmente. O

número total é provavelmente um múltiplo desse.

Não estou dizendo que todos os proponentes do pensamento positivo são mercenários.

Muitos são homens e mulheres honestas que acreditam no conceito pois o usam com sucesso em

suas próprias vidas. Eles são geralmente pessoas que sempre foram bem sucedidas, indo muito

bem nos esportes, estudos ou negócios quase que desde o começo. Seus sucessos repetidos

deram a eles a confiança de que podem fazer praticamente qualquer coisa. E eles rapidamente

entram em contato com esse sentimento subjacente de confiança sempre que enfrentam um novo

desafio. Em seus corações, eles sabem que podem ter sucesso. Portanto, quando começam a fazer

algo novo, não deixam de acreditar que conseguirão seus objetivos.

Mas e o resto do mundo? Os 80% da população que tiravam nota C na escola e sentavam

no banco de reservas durantes os jogos e tinham pouco ou nenhum sucesso nos negócios? Quais

mensagens estão escritas em seus corações?

Bem, o pensamento positivo lhe dirá que a questão é exatamente essa. As pessoas que

têm dificuldade e falta de sucesso estão fracassando pois não acreditam realmente que possam

ser bem sucedidas. Se apenas mudassem seu modo de pensar, poderiam se sair melhor.

Então, a autoterapia para essas pessoas é o pensamento positivo. Fique na frente do

espelho e repita 20 vezes: “Eu sou uma boa pessoa. Eu posso fazer qualquer coisa. Eu terei

sucesso”.

Isso é muito atraente. Dois ou três minutos falando com sua imagem no espelho e um

interruptor mental será ligado. Tudo o que acontecer após isso virá até você sem esforço algum.

A realidade é diferente.

O Pensamento Positivo Funciona?

Um estudo mencionado por Julie Norem em seu livro The Positive Power of Negative

Thinking (O Poder Positivo do Pensamento Negativo) confirma a minha crença de que, embora o

pensamento positivo possa funcionar para pessoas que já tenham uma maneira positiva de

observar suas habilidades, ele não funciona para os pessimistas.

Pesquisadores dividiram as pessoas (todas identificadas como pessimistas) em dois

grupos. Eles disseram a um deles que, com base no desempenho passado, eles se sairiam bem no

teste padrão que iriam realizar. E essas pessoas indicaram numa pré-pesquisa que realmente se

sentiam otimistas sobre seus resultados. O segundo grupo não recebeu nenhum incentivo. Os

resultados? O primeiro grupo, de pessimistas temporariamente otimistas, na verdade se saiu pior

no teste.

Eu tenho sido crítico da ideia do pensamento positivo há anos, pois acredito que ele seja

inútil para as pessoas que mais precisam de ajuda para mudar suas vidas: as pessoas que têm

sentimentos profundamente negativos sobre o que podem conquistar.

O pensamento positivo funciona somente para aqueles que são emocionalmente

positivos. Normalmente, essas são pessoas que têm uma história de sucesso. Pessoas que são

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boas lutadoras, por exemplo, acham fácil acreditar que vencerão sua próxima luta. Empresários

como eu, acham fácil acreditar que seu próximo empreendimento de negócios será bem

sucedido.

Quando você é positivo emocionalmente, é inevitável se sentir positivo sobre tudo.

Portanto, o pensamento positivo ajuda. Mas apenas os 20% da população que já são

emocionalmente positivos. O resto das pessoas, os 80% do mundo que são negativos

emocionalmente, não pode ser ajudado pelo pensamento positivo.

Eu sabia que isso era verdade, embora não entendesse o porquê. Quando escrevi sobre o

assunto no passado, muitos leitores da Early to Rise contestaram. Quando falei sobre isso em

conferências, os atendentes reclamaram pra mim. Pareciam bravos. Como se eu estivesse

tentando retirar algo importante deles.

Eles acreditavam que eu estava tentando negar a melhor chance que tinham de serem bem

sucedidos. Enquanto isso, o que eu estava tentando fazer era que eles parassem de se enganar e

tomassem ações específicas que os ajudassem a conquistar suas metas.

Conforme os anos passavam, eu encontrava algumas dessas pessoas em outras

conferências. Eles ainda estavam frequentando seminários de melhora pessoal, ainda carregavam

livros de pensamento positivo e ainda estavam chateados comigo por dizer que o pensamento

positivo não mudaria seus destinos.

Ano após ano. Década após década. Eles permaneciam pobres. Eles estavam presos. Mas

não desistiam de seu sonho de mudar suas vidas de forma rápida e fácil mudando seu

pensamento.

Eu nunca conseguia articular por que o pensamento positivo nunca funcionaria para essas

pessoas. Mas então li um livro que me ajudou a entender: A General Theory of Love (Uma

Teoria Geral do Amor). Ele foi escrito por três psicoterapeutas e neurocientistas eminentes.

Deixe-me lhe dizer rapidamente o que ele me ensinou que acabou esclarecendo essa questão.

Essencialmente, nossas emoções são enraizadas profundamente na maneira como nossas

mentes pensam. Há uma base científica para muitas de nossas respostas emocionais e sobre

como nos relacionamos com outras pessoas. Ao mesmo tempo, nossas interações com o mundo e

as pessoas ao nosso redor têm um impacto profundo em nossa atitude. Essa interação, que pode

realmente alterar caminhos naturais no cérebro, começa na infância e influencia nosso

desenvolvimento.

Portanto, se você cresceu com sentimentos negativos sobre sua habilidade de conquistar o

sucesso, essa é a maneira que seu cérebro funciona. E nenhuma quantidade de pensamento

positivo vai mudar isso.

Aqui está o que os autores de A General Theory of Love (2001) têm a dizer sobre a

indústria da autoajuda:

Um movimento vigoroso de autoajuda tem defendido a mentira de que uma pessoa com

força de vontade, armada com as instruções corretas, pode selecionar bons relacionamentos.

Aqueles seduzidos pela promessa de um conserto rápido devoram essa ideia. Mas a fisiologia da

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vida emocional não pode ser dissipada com algumas palavras...

... Livros de autoajuda são como manuais de conserto de carro: você pode lê-los o dia

todo, mas fazer isso não conserta nada.

Para mudar a si mesmo e passar de negativo a positivo emocionalmente, deve-se

conseguir algum sucesso sólido. É aqui onde outra técnica do sucesso – a visualização – entra.

Mas essa funciona. A visualização é uma técnica comprovada e útil para conquistar um

desempenho alto.

Não é nenhum segredo que as pessoas mais bem sucedidas no mundo – incluindo artistas,

atletas e diretores de empresas – usaram a visualização para ajudá-los a conquistar suas metas.

Vejamos Michael Jordan...

Eu visualizei aonde queria estar, que tipo de jogador gostaria de me tornar. Eu sabia

exatamente aonde queria ir e me foquei em chegar lá.

E Jack Nicklaus, um dos maiores jogadores de golfe, disse: “Eu nunca bato em uma bola,

nem ao praticar, sem ter uma imagem em foco muito clara em minha mente. É como um filme

colorido”.

O famoso psicólogo de esportes, Bob Rotella, cobra milhares de dólares por sessão para

ajudar atletas profissionais e executivos de negócios a conquistar o sucesso através da

visualização. Além de instruir jogadores de golfe da PGA e atletas top na NBA e NFL, ele ensina

executivos de alto nível na Merrill Lynch, Morgan Stanley, General Electric, Coca-Cola e em

muitas outras empresas.

Matt Fureu, um artista marcial de nível mundial e importante comerciante na Internet,

acredita que seu sucesso é devido à visualização. O técnico de luta de Matt disse a um

adolescente magrelo e sem coordenação que ele nunca teria uma chance. Mas, usando o poder da

visualização, Matt ganhou a confiança para vencer luta após luta – e se tornou um lutador

campeão na escola e na faculdade.

Mais tarde, Matt se tornou Campeão Mundial de Kung Fu – graças, novamente, à

visualização e a uma atitude muito positiva que está agora enraizada em seu cérebro límbico (a

parte do cérebro envolvida no comportamento emocional).

Como eu disse, as pessoas que são mais positivas emocionalmente sobre suas chances de

sucesso têm um histórico de serem bem-sucedidas. Elas são realizadoras, não sonhadoras.

Portanto, esqueça o pensamento positivo. Em vez disso, comece a reprogramar seu

cérebro trabalhando em direção a uma meta que deseja alcançar ou praticando a habilidade que

deseja aperfeiçoar.

No começo, você não se sentirá muito bem sobre o que está fazendo, pois não será muito

bom nisso. Mas continue tentando. Lembre-se de que demora aproximadamente mil horas para

se conseguir competência em qualquer coisa que valha a pena.

Comece estabelecendo objetivos bem modestos. Use a visualização para ajudá-lo a se sair

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bem em tarefas específicas e superar desafios específicos. Mas não gaste seu tempo repetindo

mantras inúteis. Ações – somente ações – reprogramarão seu cérebro e o transformarão de

verdade numa “máquina de sucesso”.

MUITO ASSUSTADO PARA TENTAR? UMA FÓRMULA PARA DERROTAR O

MEDO DO FRACASSO

“Eu não danço”, disse Jane a seu primo, Ray, enquanto observavam um casal mais velho

dançando no casamento. “Tenho dois pés esquerdos. É muito vergonhoso”.

“Eu era muito ruim”, disse Ray. “Mas então fiz algumas aulas”.

“Eu não poderia nem fazer aulas”, Jane argumentou. “Teria vergonha de deixar o

professor ver o quão ruim eu sou”.

“Eu sei o que você quer dizer”, Ray respondeu. “Me sinto dessa forma sobre o golfe”.

Costumava me sentir dessa maneira sobre falar em público. Morria de medo apenas de

pensar sobre isso. E, quando forçado a discursar, o resultado era terrível – o que apenas me fazia

ter ainda mais medo do próximo discurso. Era um ciclo vicioso.

Quando me tornei diretor editorial da empresa de boletins informativos no sul da Flórida

em 1982, encontrei-me numa posição em que deveria conduzir reuniões e fazer apresentações em

eventos da indústria de forma bem regular – algo para o qual não estava preparado. Portanto,

decidi me inscrever num programa de Dale Carnegie sobre oratória pública.

Por alguma razão, me registrei no curso errado. Em vez de focar em discursos, ele tinha

uma meta mais ampla. E esse programa mudou minha vida. Ele me ensinou a importância de

estabelecer metas e tomar atitudes. Mas também, sem querer, me ensinou a ficar mais

confortável ao falar em público. Minhas habilidades de discurso melhoraram quase que

acidentalmente. Toda semana, eu lia um capítulo do livro clássico de Carnegie, How to Win

Friends and Influence People (Como Ganhar Amigos e Influenciar Pessoas) e, então, ia até a

aula e fazia uma apresentação de dois minutos sobre como colocaríamos o princípio daquele

capítulo em nossas vidas.

Nas noites de quinta-feira após o trabalho, eu dirigia meia hora até o lugar onde nos

encontrávamos. Durante esse trajeto, pensava sobre o que iria dizer. Era difícil no começo, mas a

cada semana foi ficando mais fácil.

Ao final do curso de 14 semanas, meu desempenho estava próximo a um nível

profissional. Eu tinha ganhado vários prêmios em competições e era rotineiramente tido como o

melhor da turma. A sessão final foi um tipo de cerimônia de formatura. Parentes e amigos tinham

permissão para comparecer, o que triplicou o tamanho da audiência com a qual eu estava

acostumado a falar. Todos se saíram muito bem, conforme me lembro. Eu fiz o último discurso.

Ainda estava um pouco nervoso quando cheguei até o palco, mas tinha aprendido muito até ali.

Então, respirei fundo e fiz o que tinha que fazer.

Fui aplaudido fortemente. Muitas pessoas que eu nem conhecia vieram me parabenizar e

uma sugeriu que eu me tornasse um comediante. Eu não era tolo o suficiente para seguir esse

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conselho, mas fiquei feliz em pensar que tinha feito tanto progresso num período tão curto,

começando praticamente do zero.

Como venci meu medo de falar em público? Da mesma maneira que se supera o medo de

qualquer outra coisa.

Então, do que Você Tem Medo?

Há sistemas inteiros de psicoterapia dedicados a curar as pessoas de seus medos. Os mais

eficazes são aqueles que gradualmente expõem a pessoa ao que quer que seja que ela tenha

medo. Se você tem medo de cobras, por exemplo, o tratamento pode começar observando

fotografias desses animais. Então, quando estiver confortável com isso, pode-se passar a assistir

a vídeos de cobras. E, em seguida, você poderá observá-las presas... e depois observá-las soltas,

mas à distância... e, em seguida, gradualmente, chega-se mais perto até poder segurá-las sem um

desconforto emocional.

Da mesma forma, se você tem medo de falar em público, a terapia o ajudaria a fazer um

discurso bem curto na frente de uma audiência pequena e, então, gradualmente o exporia a

discursos mais longos e a públicos maiores até que você se sentisse confortável ao falar por uma

hora na frente de um número grande de pessoas.

Foi isso o que aconteceu comigo. O curso de Dale Carnegie acabou sendo um programa

terapêutico de exposição gradual à oratória pública.

Medos de coisas específicas – cobras, de falar em público, de voar e assim por diante –

podem ser superados com uma exposição gradual. Mas e medos mais gerais... como o medo de

fracassar?

Para responder a essa questão, precisamos descobrir do que exatamente temos medo.

Imagine que esteja sozinho em um cômodo quieto tentando resolver palavras-cruzadas

difíceis. Você não consegue resolvê-las.

Como você se sente?

Agora imagine-se participando de um campeonato nacional de palavras-cruzadas. Restam

quatro finalistas – você e outras três pessoas. Os quatro estão num palco na frente de charadas

grandes com canetas na mão. Seiscentas pessoas na audiência e milhões na TV estão o

assistindo. O juiz dá o sinal e, você começa, preenchendo as respostas o mais rápido que pode.

Antes de terminar um sexto de seu enigma, o primeiro vencedor é declarado. Antes de terminar

um quarto dele, o segundo vencedor completa o trabalho. Agora é só entre você e um oponente.

Você já está na metade e se sente esperançoso. E então ouve o alarme. Ele terminou bem à sua

frente. Você está lá parado com a caneta na mão. Os outros três competidores sorrindo.

Como você se sente agora?

Quando tentei esse pequeno experimento, tive duas emoções bem distintas. Imaginar o

primeiro cenário me deixou meio bravo. Imaginar o segundo me deixou envergonhado.

No primeiro cenário, sou apenas uma pessoa comum completando um jogo comum.

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Falhei ao conquistar minha meta, mas não estou envergonhado. No segundo cenário, sou um

participante de calibre-nacional. Fracassei... mas na frente de uma audiência grande. Isso

adiciona a vergonha à minha raiva. É muito pior.

Então, talvez, podemos dizer isso sobre o medo do fracasso: uma grande parte do

que temos medo é da vergonha – de ser envergonhado na frente de outras pessoas.

Humilhação e Humildade

Quando a vergonha é extrema, nós a chamamos de humilhação. Se você solta gases num

jantar, sente-se envergonhado. Se seu maior projeto do trabalho falha terrivelmente – e você

estava se gabando de que essa seria uma “coisa certa” –, você se sentirá humilhado.

A humilhação é o que acontece à vergonha quando ela se mistura com o orgulho. Quanto

mais orgulhoso você for, mais doloroso será o fracasso.

O que nos leva a nossa cura para o medo do fracasso: humildade.

Eu também sou culpado de ser orgulhoso. Tenho orgulho dos meus livros, por exemplo e

do sucesso que tive nos negócios. Mas não tenho orgulho de tudo o que faço. Não tenho orgulho

da minha habilidade de dançar ou de falar línguas estrangeiras, pois faço todas essas coisas de

forma ruim. E, como meu ego não está envolvido, não tenho vergonha de fazer perguntas

estúpidas, de me mostrar como um iniciante e de falhar várias vezes ao tentar aperfeiçoar essas

habilidades.

A verdade é que, quando comecei nos negócios, não era muito bom neles também. Por

isso foi possível fazer muitas perguntas, parecer estúpido e cometer erros... o que acelerou minha

curva de aprendizado.

O Segredo do Fracasso Acelerado

Essa última observação nos traz a um princípio importante do sucesso. Eu o chamo de “o

segredo do fracasso acelerado”.

Esse princípio é o seguinte: para desenvolver qualquer habilidade complexa, é necessário

estar disposto a cometer enganos e lidar com as falhas. Quanto mais rápido você puder cometer

esses enganos e sofrer esses fracassos, mais rapidamente poderá aperfeiçoar a habilidade.

Na ETR, nós ensinamos esse segredo aos nossos gerentes. Nós os incentivamos a permitir

que os funcionários fracassem. Mas não fracassem estupidamente. Não cometendo os mesmos

erros várias vezes. Mas que se sintam livres para falhar em algo, desde que isso seja feito durante

a procura da sabedoria.

Se você joga golfe ou pratica jiu-jítsu, sabe que isso é verdade. Se ficar tenso e estiver

focado em evitar erros, aprenderá de maneira muito lenta. Mas, se relaxar, deixar os erros

acontecerem e aprender com eles, você avançará rapidamente.

Tudo se inicia com ser humilde. Humilde o suficiente para aceitar o fato de que quando

começa algo novo, provavelmente o fará de maneira ruim.

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A Humildade é o Primeiro Presente da Natureza

O orgulho faz com que não admitamos nossa incompetência. Mas todos nós somos

incompetentes enquanto estamos aprendendo.

Pense em como um bebê aprende a andar. Ele começa engatinhando e então avança para

“cair de traseiro” (como meu irmão fala) e, em seguida, aprende a andar como uma pessoa

bêbada e, finalmente, aperfeiçoa seu andar. Bebês não sentem vergonha pois não têm orgulho.

Há uma razão pela qual o orgulho não invade o ser humano até seis ou sete anos de idade. Há

muito a ser aprendido antes disso. Se as crianças pequenas tivessem orgulho, elas demorariam

anos ou até mesmo décadas para andar e falar adequadamente.

A humildade é uma virtude muito subestimada. Ela nos fornece pelo menos três

vantagens significantes:

1. Ela nos deixa mais cativantes. Pessoas humildes – especialmente indivíduos realizados

que permanecem simples – são muito apreciados.

2. É fácil conseguir mais cooperação. Pessoas humildes conseguem mais cooperação de

outras pessoas, pois não tentam forçar pessoas autoritárias a aceitar suas ideias.

3. É mais fácil e rápido para se aprender. Pessoas humildes conseguem fazer perguntas,

cometer enganos e vivenciar o fracasso sem se sentirem envergonhadas. Isso atrai pessoas

boas que querem ajudar. Pessoas humildes têm os melhores professores e aprendem o

máximo que podem deles.

Se a humildade é a solução, como uma pessoa orgulhosa se torna humilde?

Agora estamos chegando à parte mais importante dessa discussão – um plano prático para

derrotar o medo do fracasso. Você pode fazer isso assim:

1. Comece aceitando a verdade. Você é uma boa pessoa, mas isso não significa que seja

naturalmente bom em tudo. Olhe no espelho e pense sobre a habilidade que deseja

conquistar. Diga em voz alta: “Eu aceito agora mesmo o fato de que sou incompetente em

(diga a habilidade)”. Repita esse exercício até que não seja mais doloroso fazê-lo.

2. Admita sua incompetência para uma audiência diferente. Após falar na frente do

espelho, diga o mesmo na frente de um ser humano. Comece admitindo sua

incompetência a alguém que não se importe. Diga ao seu professor de espanhol que você

não consegue falar em público. Admita ao seu técnico de oratória que não sabe falar

espanhol. Repita esse exercício até que possa fazê-lo com graça e bom humor.

3. Admita sua incompetência a uma audiência crítica. Admita não ser bom em idiomas

para seu professor de espanhol. Admita ter dois pés esquerdos para seu instrutor de

dança. Faça isso não apenas uma vez, mas toda vez que cometer um engano ou fracassar

de alguma maneira. Faça-o com graça e bom humor. Como psicólogos populares dizem,

“tenha controle” sobre o sentimento.

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4. Admita sua incompetência a alguém que possa puni-lo. Esse é o teste principal. A

próxima vez que for voluntário para uma tarefa difícil no trabalho, admita ao seu chefe

que poderá falhar antes que consiga ter sucesso. Faça isso com graça e bom humor e

ficará impressionado com o resultado. Seu chefe não o demitirá naquele momento. (A

não ser que ele seja muito incompetente). Em vez disso, ele o admirará por sua

humildade. Afinal de contas, ele sabe que você ainda não é competente. Tudo o que ele

deseja é seu comprometimento em seguir em frente até se tornar competente.

Eu descobri que os executivos mais produtivos e bem sucedidos se sentem muito

confortáveis em dizer: “Vou tentar fazer isso e aquilo. Provavelmente, não conseguirei. Mas se

eventualmente der certo… imagine as coisas boas que conseguiremos!”

É isso que você deseja para sua empresa. É isso o que deseja para si mesmo. Derrote seu

medo do fracasso sendo feliz – e até mesmo mais ávido – tentando e falhando até que finalmente

seja bem sucedido. Foi assim que Thomas Edison inventou a lâmpada. Foi assim que Michael

Jordan, um jogador de basquete bem medíocre no ensino médio, se tornou um dos melhores

cestinhas de todos os tempos. Eles não tinham medo do fracasso. E você também não deve ter.

COMO SE TORNAR QUEM VOCÊ DESEJA SER

“Se deseja se tornar um escritor, você tem que escrever”.

Eu tinha 16 anos quando ouvi meu pai dizer essas palavras agradáveis – e cruéis – para

mim. Eu nunca as esqueci.

A primeira vez que posso me lembrar de querer ser um escritor, eu tinha 11 ou 12 anos.

Eu tinha escrito um poema para a escola. Minha quadra de rima (AABB) era intitulada,

pretensiosamente de, “Como eu sei que o mundo é real?”

Eu estava na mesa da cozinha quando meu pai começou a lê-lo sobre meus ombros. Me

senti ansioso. Meu pai era um escritor credenciado, um escritor de peças de teatro premiado, um

estudioso de Shakespeare e um professor de literatura, incluindo poesia. Eu já tinha o visto, nas

manhãs de sábado, debruçado sobre as redações dos alunos, murmurando e ocasionalmente lendo

em voz alta passagens à minha mãe, que soavam perfeitamente aceitáveis para mim, mas que

obtinham risadas sarcásticas deles.

Meu pai entendia os indícios de uma boa escrita, que eram segredo para mim. Eu não me

sentia nem um pouco confortável, com meu frágil poema sendo exposto ao grande perigo de sua

mente crítica. Portanto, eu fiquei sentado ali, esperando que ele fosse embora. Mas ele não foi.

Eu senti sua mão em meu ombro, suave e quente. “Você tem talento para a escrita”, ele disse.

Eu escrevi muita poesia nos meses que se seguiram e comecei a pensar sobre mim como

um escritor. Eu gostava desse sentimento. Mas logo, outros interesses – futebol, o clube de

polícia júnior, garotas – se acumularam em minha vida. Gradualmente, eu escrevia menos e

menos. Eu ainda queria ser escritor e então comecei a me sentir culpado por não escrever mais.

Para saciar minha culpa, eu prometi a mim mesmo que todas as outras atividades eram

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“experiências de vida” e que eu precisava delas para me tornar o bom escritor que gostaria de

ser. Ao desenvolver essa desculpa para não escrever, eu estava criando uma estrutura de

autoengano da qual muitas pessoas vivem dentro quando abandonam seus sonhos. Do lado de

fora, parece que você não está fazendo nada. Mas do lado de dentro, você sabe que está no

processo de se tornar aquilo que deseja e se convenceu de que essa é a segunda melhor coisa que

poderia acontecer.

Essa era a forma de minha ilusão quando meu pai disse: “Se você deseja ser escritor,

precisa escrever. Um escritor é alguém que escreve”.

Muitas pessoas vivem suas vidas fracassando em tornar-se o que desejam ser pois não

conseguem encontrar o tempo para começar. Quantas vezes você ouviu alguém dizer que, um

dia, fará aquilo que sempre quis fazer – viajar pelo mundo ou fazer pinturas ou escrever um

livro?

E quando você ouve coisas como essa, como se sente? Feliz, pois tem certeza de que um

dia elas conquistarão seus desejos mais profundos? Ou um pouco triste por elas, pois tem certeza

de que nunca o farão?

E você? O que é aquilo que deseja mas ainda não conseguiu? Qual meta ou projeto ou

tarefa você continuamente fala sobre realizar mas nunca faz?

Quando meu pai me disse que “escritores escrevem”, ele estava dizendo duas coisas:

1. Que eu havia perdido o direito de me chamar de escritor quando parei de escrever.

2. Eu poderia recuperar o título no momento em que começasse a escrever novamente.

Se você pudesse passar um tempo ruminando sobre isso, poderia achar tudo perturbante e

liberador ao mesmo tempo.

Eu fiquei perturbado, pois queria que meu pai dissesse que a maneira para me tornar um

escritor era ler livros sobre escrever, realizar cursos relacionados ao assunto e então talvez me

tornar um aprendiz de um escritor e aí começar a escrever pequenos textos aqui e ali. E então,

finalmente, depois de três a dez anos de educação, preparação e qualificação, eu seria

automaticamente um escritor.

Mas, desde que eu estivesse estudando ou me preparando para ser escritor – e ainda assim

não escrevendo – eu não era escritor. Simples assim.

Muitas pessoas sentem que podem manter seus sonhos vivos e conseguir um pouco da

satisfação de ego que esperam conseguir de seus sonhos simplesmente vivendo num estado de

“estar se tornando”. “Eu ainda não sou a pessoa que quero ser, mas desde que eu continue a

expressar o desejo de me tornar essa pessoa, eu mantenho essa possibilidade viva e mereço

crédito por fazer isso”.

Para me tornar escritor, a primeira coisa que tive que fazer foi recusar qualquer crédito

psicológico por querer ser escritor. Após a decepção inicial de desistir da ilusão de que “me

tornar” era tão bom quanto “ser”, eu não tive escolha a não ser pular essa parte e simplesmente

“ser”.

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Eu fiz isso escrevendo. Todos os dias. E quando aprendi o segredo de acordar cedo e

escrever pela manhã – horas antes de outras pessoas irem para o trabalho – foi aí que comecei a

realmente viver meu sonho.

Hoje em dia, eu ligo meu computador no escritório de casa às 7h30, a cada manhã. Não

há nada melhor do que a sensação de já começar a evoluir, normalmente escrevendo em meu

diário, mas às vezes fazendo algo mais complicado, como um capítulo de um livro. Dos muitos

prazeres de ser escritor – terminar um manuscrito, colaborar com editores, ver uma cópia do

livro pela primeira vez e até mesmo chegar na lista dos mais vendidos – a melhor e mais pura das

recompensas para mim sempre foram as primeiras horas da manhã quando estou empolgado com

a escrita.

A melhor parte de ser escritor, eu descobri, é a escrita. (Ela também é a pior parte, mas

essa é uma outra história). E isso é verdade, eu penso, para cada habilidade ou profissão.

A maneira mais fácil de se tornar algo especial também é a mais rápida: apenas comece a

fazê-lo. Não espere pelo momento “certo”. Não se preocupe sobre ser qualificado. E não se

preocupe em ganhar dinheiro com isso. Apenas comece a fazê-lo.

Você quer ser um músico? Comece a tocar piano.

Você quer ser um filantropo? Comece a investir seu dinheiro.

Você quer se tornar um jogador de basquete? Comece a arremessar a bola.

Não passe mais um minuto falando sobre o que você fará... um dia.

QUANDO DUVIDAR DE SI MESMO

Gurus de sucesso frequentemente falam da autodúvida com se ela fosse uma

característica condenatória. O autor inspirador Wayne Dyer explica dessa maneira em seu livro

Your Sacred Self: Making de Decision to Be Free (Seu Eu Sagrado: Tomando a Decisão de Ser

Livre): “Tenha em mente sempre que a dúvida é produzida por seu ego. A dúvida não é parte do

seu eu espiritual mais alto. Com essa consciência pode-se aprender a observar sua dúvida em vez

de escolher ser dono dela... Em seguida, observe como a dúvida literalmente o força a agir de

maneira pré-determinada e limitada”.

Na verdade, questionar sua habilidade de conquistar uma meta desejada é uma maneira

saudável e inteligente de começar qualquer objetivo desafiador, especialmente quando esse

objetivo é sua carreira. Um otimismo desenfreado ao enfrentar situações impossíveis ou quase

impossíveis é um outro termo para a insensatez.

Se você deseja levar uma vida de conquistas máximas e sofrimento mínimo, é necessário

adotar uma abordagem para desafios que seja numa parte confiança, na outra parte cuidado e em

outra entusiasmo.

Eu conheci uma mulher de 50 e poucos anos em um seminário recentemente, que me

disse que criaria uma empresa de um milhão de dólares em cinco anos escrevendo e ilustrando

poemas. Se o alvo financeiro dela não era maluco o bastante para pausá-la, a meta da empresa

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deveria ter sido. E se as metas de negócios dela não fossem loucas o bastante, uma avaliação

modesta de suas habilidades de escrita (ela me mostrou um de seus poemas) deveria tê-la

acalmado.

Quando eu sugeri que, antes de se comprometer a essa mudança de carreira, ela estudasse

o mercado de livros para crianças e/ou lesse meu livro Seven Years to Seven Figures (Sete Anos

para Sete Dígitos), ela olhou para mim como se eu a tivesse esbofeteado. “Você não acredita em

pensamento positivo?”, ela perguntou.

“Eu acredito, positivamente, nos pensamentos”, eu disse. E parei por aí.

Para dar a si mesmo a melhor chance de conquistar o possível, uma mistura mental

correta é uma ambição clara, focada e consciente com base num bom conhecimento sobre você

mesmo e sobre o que está tentando fazer.

E isso começa com algumas perguntas difíceis:

A minha meta é realista? Ela já foi feita antes? Se sim, com que frequência? Com que

frequência ela foi tentada sem sucesso? Quais são as chances estatísticas de ser bem

sucedido?

Eu tenho o que é necessário? Eu sou inteligente o suficiente? Tenho a capacidade de

aprender? Tenho a estamina emocional para ser bem sucedido?

Sobre esse assunto, Sheila, uma leitora da Early to Rise, que também é uma mulher de

meia idade, escreve:

Eu tive uma tarefa, 35 anos atrás, de escrever uma história curta e enviar um

manuscrito a um editor para receber uma nota em minha aula de Literatura Infantil. Eu

não recebi resultados favoráveis e desisti de meu sonho de escrever histórias para

crianças.

Agora estou aposentada, e a vontade de escrever é maior do que nunca. Quais

etapas devo seguir para determinar se tenho algum talento ou se deveria esquecer essa

ideia?

Que bom para a Sheila. Sua ambição de carreira, frustrada por uma única crítica ruim

quando ela era mais jovem, voltou à tona e ela tem o bom senso de fazer essa questão sensata

antes de seguir em frente.

A dúvida não é o oposto da fé; ela é um elemento da fé.

— Paul Tillich

A resposta curta para a questão dela é a seguinte: com base na pequena amostra de sua

escrita que essa carta forneceu, eu acredito que ela tem o talento necessário para escrever

histórias para crianças. A escrita é uma habilidade que pode ser aprendida. Escrever histórias

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para crianças é uma habilidade especial, com suas técnicas disponíveis em muitos livros e

programas.

Para aprender essa habilidade, Sheila precisaria dedicar entre 600 e 1000 horas para tais

livros e programas. Mas antes de fazer isso, ela deve fazer uma avaliação franca de suas chances

de conseguir ganhar uma quantidade decente de dinheiro como autora de livros para crianças e se

ela está financeiramente preparada para dedicar vários anos a esse processo sem qualquer

recompensa financeira.

Finalmente, ela deve se imaginar passando de quatro a cinco horas por dia, todos os dias,

sentada sozinha e digitando em um teclado de computador. Se ela não passou qualquer tempo

fazendo isso desde a faculdade, então pode ser necessário pegar uma semana agora e ver se a

experiência real e cotidiana de escrever é tão recompensadora como ela está imaginando.

Conversar com autores infantis é uma boa etapa preliminar para se tomar. Em algumas

poucas horas de conversação casual, Sheila pode se beneficiar da experiência de pessoas que já

fizeram o que ela deseja fazer.

Nada do que eu estou falando aqui deve impedir que Sheila se torne uma escritora para

crianças. Todos os conselhos acima mencionados foram apenas para responder à pergunta dela –

que era sobre avaliar as chances de conseguir as habilidades necessárias para transformar um

sonho em uma carreira.

Se a meta da Sheila fosse apenas se tornar autora infantil, ela deveria começar a escrever

imediatamente. Ela deveria estudar as orientações conforme progride, mas o aprendizado mais

importante aconteceria ao escrever. E a escrita pode começar agora mesmo – até mesmo antes de

ter certeza se quer fazer disso uma carreira em vez de um passatempo amado.

Sheila deve ter em mente um ponto que já citei muitas vezes: não é possível se tornar

algo, como escritor, apenas estudando para isso. Você se torna alguma coisa no momento em que

começa a fazer isso todos os dias. Se Sheila começar a escrever histórias para crianças agora e

continuar fazendo isso por um ano, no próximo ano, na mesma época, ela não somente estará

escrevendo melhor, mas poderá se chamar de escritora.

DANDO O GRANDE SALTO

Às vezes, em sua carreira de negócios, você terá uma chance de fazer algo ou vender

alguma coisa – e será óbvio como essa é uma ótima oportunidade. No entanto, você perceberá

que simplesmente não tem o tempo, o conhecimento ou os recursos para enfrentar esse desafio.

Se você for sensato, provavelmente dirá “Não, obrigado”, e se despedirá. Mas – se a

oportunidade é realmente extraordinária – você poderá querer tentar o Salto do Grand Canyon.

Estou pensando sobre o agora famoso pulo de motocicleta sobre o Grand Canyon de

Robbie Knievel. (Robbie Knievel é o filho do lendário e audacioso Evel Knievel). A história que

ouvi foi que a ideia teve base na tentativa frustrada do pai em realizar o mesmo salto.

Lembro uma das primeiras vezes que fiz um “Salto de Grand Canyon” – embora tenha

sido de uma maneira muito menos corajosa. Foi mais de 10 anos atrás.

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A Early to Rise era muito nova e eu estava aprendendo como adaptar meus

conhecimentos de marketing direto à Internet. Recebi um convite para falar num seminário sobre

o marketing na Internet. O problema foi que, eu não sabia quase nada do assunto. Certamente

não o suficiente para fazer um discurso sobre ele. (Regra número um do discurso efetivo: saiba

sobre o que está falando).

Mas eu concordei em fazer a apresentação, pois imaginei que isso me forçaria a pensar

sobre essa parte importante e crescente para os meus negócios. Eu não somente concordei em

falar, como também concordei em dar um título para o meu discurso, que era – dado a minha

experiência naquela época – audacioso (“Sete mitos sobre a Internet e sete maneiras de lucrar

com ela”).

Desde então, já fiz o salto muitas vezes. (Isso é o que está por trás da filosofia do

“Preparar, Fogo, Apontar”).

Quando quero realmente fazer alguma coisa, mas não tenho a menor ideia de como

executá-la, eu não concordo simplesmente em fazê-la – eu prometo a mim mesmo que a farei

muito bem feita. Eu estabeleço um grande obstáculo pessoal. Eu acho que o que estou fazendo é

alimentar minha vontade com o medo da humilhação.

E isso funciona. Na maior parte do tempo.

No caso do meu discurso “Sete mitos sobre a Internet”, eu me esforcei pelo dever. Lendo

o que os outros já tinham feito. Observando o que meus próprios funcionários estavam fazendo –

o que estava funcionando e o que estava falhando terrivelmente. Tentando algumas coisas

sozinho. E eu fiz um progresso notável. Na verdade, após apenas dois meses, eu tinha chegado a

um ponto onde 80% do que lia sobre o marketing na Internet me entediava por ser tão simples ou

me deixava muito bravo porque estava obviamente errado.

Conforme as semanas passavam e o dia da apresentação ficava mais próximo, eu me

encontrei pensando mais sobre o assunto. Mais do que nunca, eu tinha consciência de como as

outras mídias que eu entendia bem (mala-direta, propaganda impressa e assim por diante) me

lembravam da Internet. Pouco a pouco, as ideias começaram a se unir.

Quando o evento finalmente aconteceu, eu tinha tido aproximadamente 20 ideias e

observações úteis que pareciam corretas. Muitas delas desafiavam a sabedoria convencional. Em

seguida, quando ouvi o que os outros apresentadores estavam falando – seus relatos do que havia

dado certo ou errado para eles – tudo fez sentido.

Minha apresentação funcionou. Eu me senti bem. Estava cheio de energia enquanto

falava, pensando “Ei, isso é muito importante!”. E consegui uma boa reação da audiência. Mais

importante, eu consegui o que esperava: uma base de ideias que me ajudaram – e continuarão a

me ajudar – a ganhar dinheiro na internet.

Hoje em dia, tentar fazer qualquer coisa além de manter seu emprego parece um desafio

enorme. E com razão. Mas essa é mais uma razão para fazer seu Salto do Grand Canyon.

Pense sobre uma coisa que você não fez ou se recusou a fazer que poderia ser muito boa

para sua carreira a longo prazo. Poderia ser algo mais geral, como aprender a vender da

internet... ou algo mais específico, como fazer sua próxima apresentação de vendas ou uma

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campanha pay-per-click.

A próxima etapa é anunciar sua intenção. Contate as partes apropriadas e deixe-os saber o

que você decidiu fazer.

Finalmente, estabeleça um padrão alto para você. Estabeleça esse padrão tão alto que ele

pareça bobo ou pretencioso – e em seguida comece a pensar sobre como você pode realmente

conquistá-lo.

Não é possível mudar as leis da física. Robbie Knievel saltou sobre um segmento

“estreito” do Grand Canyon em vez de tentar uma seção mais ampla. Mas ele conseguiu. E isso

lhe forneceu não somente o incentivo de carreira, que ele estava procurando, mas também um

feito pelo qual ele seria sempre lembrado.

Então, o que vai ser? Quando – e como – você vai fazer seu Salto do Grand Canyon?

VERIFICANDO SEU PROGRESSO

Uma das ações mais importantes que pode tomar ao planejar sua vida é monitorar onde

esteve e onde está agora. Essa etapa simples pode ajudá-lo a conquistar praticamente qualquer

meta estabelecida.

Veja sua saúde, por exemplo. Se você deseja perder peso, acompanhar seu progresso

pode realmente ajudá-lo a conquistar essa meta.

O especialista em fitness, Craig Ballantyne, me mostrou um estudo sobre pesquisadores

da Brown Medical School e Drexel University. O objetivo desse estudo era determinar se pesar-

se “constantemente” afetaria a manutenção do peso.

No final do ano, as pessoas que se pesavam todos os dias perderam mais peso e o

mantiverem melhor do que aqueles que se pesavam com menos frequência. “Monitorar-se

constantemente após perder peso”, Craig observou, “é claramente um componente chave para

manter-se magro”.

Isso me lembrou de uma recomendação que fiz em meu livro Automatic Wealth (Riqueza

Automática). Se sua meta é se tornar rico, eu apontei, é uma boa ideia acompanhar seu

patrimônio líquido regularmente. Eu disse:

Eu acredito que as pessoas mais bem sucedidas em ganhar dinheiro contam seu

patrimônio... elas regularmente avaliam suas fortunas. Conforme sua renda líquida aumenta e

elas se sentem mais confortáveis com sua riqueza e mais confiantes, elas contam menos. Quando

se tornam muito ricas – no nível de Warren Buffett – elas não precisam mais contar o dinheiro.

Revistas de fortuna e inúmeras entidades fazem isso para elas. Mas até chegar lá, elas contam. E

é isso o que eu recomendo que você faça.

Especificamente, eu sugiro que você faça uma folha de balanço pessoal todo mês. Crie

uma planilha que liste todos os seus bens e todas as suas dívidas. Inclua pertences valiosos,

ações, poupanças, fundos mútuos, ouro, imóveis (além de sua casa) e assim por diante.

Você ficará surpreso com o quanto esse simples comprometimento pode afetar a maneira

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como pensa e até mesmo a sua maneira de agir.

Eu me deparei com estudos que descobriram que a mesma coisa é verdade para o

estabelecimento de metas em geral: se você escreve suas metas e as verifica regularmente,

poderá ter uma chance muito melhor de conquistá-las.

Por exemplo, um estudo recente do site DayTimer.com concluiu que trabalhadores

americanos com os maiores salários e maiores sucessos no espaço de trabalho são aqueles que

têm metas por escrito. Esses superstars também têm o hábito de escrever listas de tarefas diárias

priorizadas de uma maneira para ajudá-los a conquistar essas metas. Por outro lado, dos mais de

70% de trabalhadores que não escrevem metas de carreira ou financeiras, apenas 9% fazem o que

estabelecem para si todos os dias.

Portanto, essas são as três coisas que você deve verificar regularmente:

Seu peso (ou, melhor ainda, a composição de gordura corporal).

Seu patrimônio líquido.

Seu progresso em direção às suas metas de vida.

Vamos lá!

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Parte Seis –

HABILIDADES DOS MAIS BEM SUCEDIDOS

VOCÊ PODE APRENDER MUITO COM UM MENTOR

Um homem observa sua vida e diz: “Eu gostaria de saber, naquela época, o que sei

agora”.

Pode demorar uma década ou mais para se tornar a pessoa bem sucedida que deseja ser,

mas você pode acelerar sua curva de aprendizado – até mesmo drasticamente – usando um

mentor.

Com o conselho, a experiência e o apoio de uma pessoa experiente em sua área, é

possível evitar os enganos mais comuns que provavelmente cometerá.

Você supera os problemas mais complicados e encontra atalhos para o sucesso!

Não importa onde você está no caminho de sua carreira; encontrar um bom mentor será

extremamente valioso...

Uma pesquisa comissionada pelo Elliot Leadership Institute na Johnson & Wales

University confirma isso.

Para esse estudo específico, os pesquisadores entrevistaram executivos seniores e

gerentes médios nas indústrias de serviços de alimentos e hospitalidade sobre as competências de

liderança.

O que eles descobriram foi que líderes que tinham sido orientados sentiam que a

experiência era inestimável. Eles disseram que seus mentores os ajudaram a construir todo o tipo

de habilidade de liderança, incluindo tomada de decisões, pensamento estratégico, planejamento,

treinamento e como gerenciar outras pessoas de forma eficaz.

Quando se trata de mentores, eu sempre observo aqueles em minha própria vida de

negócios.

Do Leo, meu primeiro chefe após a faculdade, eu aprendi a importância da persistência e

da determinação obstinada.

Uma vez, Leo me fez ligar para a Honda Motors mais de 100 vezes para convencê-los a

nos dar um novo motor quando o nosso quebrou (por falta de óleo).

Nós não tínhamos nenhum argumento razoável a nosso favor, mas isso não impediu que

Leo me pressionasse.

Finalmente, após ter chegado até a diretoria, o liderança executiva da Honda decidiu que

já havia gastado tempo demais conosco e concordou em dar o motor!

Eu não me senti bem em conseguir algo que nós não merecíamos, mas nunca esqueci essa

aula sobre persistência.

Do Joel, meu segundo principal mentor, eu aprendi muito.

A primeira lição que ele me ensinou – ao despedir a mulher que queria me mandar

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embora – foi que um bom líder precisa estar rodeado das pessoas mais fortes que puder

encontrar.

Outra lição que aprendi logo após isso era relacionada com a natureza fundamental dos

negócios. “Até você realizar uma venda”, Joel explicou pacientemente, “nada mais acontece”.

Do Bill, um cliente, parceiro e mentor meio-período, eu descobri – relativamente tarde

em minha carreira – dois segredos importantes de negócios, que me tornaram um líder melhor.

Por um lado, eu não me sinto mais atraído a resolver todos os problemas colocados a

meus pés. Eu observei Bill ignorar muitas disputas e conseguir o melhor resultado delas.

Atualmente, antes de me envolver em uma disputa, eu pergunto a mim mesmo: “Essas

pessoas podem eventualmente conseguir uma solução satisfatória sozinhas?”

Se a resposta for afirmativa, eu não faço nada.

Graças ao Bill, eu agora também acredito mais na qualidade do produto.

Eu era um desses comerciantes que queriam vender neve para os esquimós.

Ao trabalhar com Bill – que tinha seu foco total sempre na qualidade – eu vi o quão

melhor uma empresa pode se tornar ao reforçar a qualidade.

Você provavelmente não tem ideia do que precisa aprender para dar o próximo salto para

frente em sua carreira...

Mas alguém que já esteve na mesma situação, e já o fez antes, sabe.

Conseguir a ajuda dessa pessoa fará uma grande diferença em seu futuro.

Como Encontrar o Mentor Certo para Você

Observe em sua indústria e encontre cinco líderes de negócios bem sucedidos que se

aposentaram dentro dos últimos dois a cinco anos.

Esse prazo de dois a cinco anos é importante.

Se eles se aposentaram há mais tempo, podem estar desatualizados. Qualquer momento

antes disso, eles podem ainda não estar entediados o bastante com a aposentadoria para ter

saudade de pensar sobre trabalho.

Escreva uma carta curta a cada uma dessas cinco pessoas expressando uma admiração

genuína por suas carreiras. Elogie-os em coisas específicas.

Em seguida, peça conselhos sobre sua própria carreira.

Ofereça um convite para almoçar. Ou, se eles não estão mais em sua área local, peça por

uma conversa telefônica de 15 minutos.

E não ofereça – eu repito, não ofereça – nenhum tipo de remuneração por essa ajuda...

ainda.

As probabilidades são que pelo menos um dos cinco responderá positivamente ao seu

convite e gastará um pouco do tempo dele com você.

Se vocês se derem bem, agora você tem um mentor.

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O QUE A DANÇA PODE LHE ENSINAR SOBRE LIDERANÇA

As três lições mais importante sobre liderança que aprendi foram todas na pista de dança.

Há aproximadamente 12 anos, eu e K decidimos fazer algo sobre nosso medo de dançar

em eventos sociais. Nós contratamos um instrutor de dança de salão para nos ensinar os passos

básicos: uma dança lenta, uma dança mais rápida e uma salsa rudimentar.

Era uma meta simples e nós fizemos um progresso rápido ao aprender os passos lado a

lado. Mas quando nosso instrutor nos fez unir nossas mãos e dançar juntos, deu tudo errado. K

tinha as ideias dela sobre como deveríamos nos mover e eu tinha as minhas.

Dentro de minutos, a dança que estávamos tentando fazer se transformava numa luta

greco-romana – ela me puxava para um lado, enquanto eu a empurrava para o outro. Nosso

instrutor tentou resolver o problema pedindo que dançássemos mais suavemente. Quando isso

não funcionou, ele nos parou e deu uma pequena palestra.

“A dança”, ele disse, “é uma parceria. Mas é uma parceira em que o homem lidera e a

mulher segue”.

Ele olhou para K. Ela estava o encarando.

“Eu sei que você não gosta de seguir”, ele disse. “Mas, se quiser dançar acompanhada,

terá de fazer isso”.

Você pode imaginar a expressão em meu rosto quando ele disse isso. Tentei de todas as

maneiras, mas não consegui suprimir um sorriso. Sim, na dança de salão – mesmo nos dias de

hoje – o homem lidera. Essa é uma contradição flagrante – não somente com relação à maneira

como um casamento funciona, mas também de senso comum.

Afinal, a maioria da mulheres sabe dançar um pouco. E a maioria dos homens parece (e

se sente) ridículo no momento em que começa.

Isso não importa. A tradição rege na pista de dança. Você pode se mover de uma maneira

mais parecida com a de Steve Martin no filme O Panaca do que com Fred Astaire, mas, se você

é o homem, então estará no controle da dança.

“É normalmente um choque”, nosso instrutor explicou. “Mas, se você tentar fazer isso,

pode dar certo”.

Foi uma tentativa quieta para K. Ela quase desistiu várias vezes durante os 30 minutos

seguintes. “Acho que não consigo fazer isso!”, ela disse com uma voz que me deu calafrios na

espinha.

“Aprender a seguir”, nosso instrutor disse de forma agradável, “não é fácil. É uma

habilidade. E, para algumas pessoas, uma habilidade difícil. Por um lado, você tem que fazer a

mesma coisa que seu parceiro está fazendo, mas ao contrário. E, tão importante quanto, você

deve seguir a liderança dele, mesmo se ele estiver indo para o lado errado”.

Isso não deixou K muito satisfeita. “Por que ele não pode aprender a dançar ao

contrário?”, ela disse.

Nosso instrutor sorriu. “Você realmente acha que ele é capaz de fazer isso?”

“Acho que não”, ela disse.

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“E, se ele aprender a liderar bem”, o instrutor prometeu, “você pode começar a gostar da

sensação de ser levada”.

“Está bem, então”, disse K. Ela fez o que pôde para seguir. Não demorou muito até que

nosso instrutor nos parou novamente e dos deu a palestra número dois.

“Ser um líder não significa empurrar seu parceiro”, ele disse severamente para mim.

“Liderar está relacionado a sensibilidade. E você, Sr. Marterson, até agora mostrou muito pouco

disso”.

Agora foi a vez de K sorrir.

Eu me defendi como pude. “Sensibilidade”, eu disse, “é uma das qualidades que sempre

evitei. Eu pensei em escrever um livro para homens assim como eu, intitulado 30 Dias para a

Completa Insensibilidade”.

Nosso instrutor não achou graça. Ele cruzou os braços na frente do peito e balançou a

cabeça negativamente devagar, olhando para mim da maneira que você olha para um cachorro

após ele ter feito xixi no carpete.

“É impossível liderar se você estiver empurrando sua parceira para todos os lados. Você

parecerá um bandido e ela não gostará nem um pouco de dançar com você. Para liderar bem é

necessário saber exatamente onde sua parceira está a cada momento. Você precisa saber em qual

pé ela está equilibrando o peso do corpo, sem olhar. Deve saber o ritmo dela, os pontos fortes e

fracos. E tem que levar em consideração todas as vezes que se mover com ela em seus braços”.

“Você pode escrever isso e fazê-lo assinar com sangue?”, K queria saber.

“Vai demorar algum tempo,” nosso instrutor respondeu. “Mas acredito que podemos

transformar esse touro em um líder se ele estiver disposto a seguir três regras”.

Eu tenho que admitir que estava interessado em saber o que eram essas três regras. Elas

acabaram sendo muito simples e ainda assim, muito poderosas. Eu me tornei um dançarino

melhor imediatamente. Mais importante, elas me ajudaram mais tarde a entender como ser um

melhor líder de negócios também.

Aqui estão as regras:

1. Saiba o que vai fazer antes de fazê-lo

Na pista de dança: “Um erro comum que os homens frequentemente fazem na pista de

dança”, nosso instrutor disse, “são decisões de última hora sobre qual movimento farão em

seguida. Isso os deixa sem tempo para sinalizar à parceira, então eles compensam isso

empurrando e jogando-as de um lado para o outro. Empurrar e puxar é o oposto de dançar bem.

E é fácil de ser evitado. Apenas saiba qual será seu próximo passo e sinalize à sua parceira no

momento certo para que ela possa segui-lo com graça”.

Para demonstrar o quão ruim eu era em liderar, nosso instrutor me filmou dançando salsa

sozinho, fingindo ter K em meus braços. Ele reproduziu o vídeo e apontou o quão irregulares

meus movimentos eram. “Você tem essa aparência pois está esperando demais antes de decidir

qual será seu próximo passo. Se parece esquisito dançando sozinho, pode imaginar o quão

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estranho vocês parecem como casal, quando ela está tentando seguir seus movimentos de última

hora”.

Nos negócios: Ter uma visão a longo prazo do que seus negócios devem se tornar é como

saber que tipo de dança deseja fazer. Mas ser um bom líder exige mais de você do que isso. É

necessário ter boas ideias sobre as tarefas de médio e curto prazo que são necessárias para

conquistar essa visão. E isso significa que você tem que comunicar essas ideias para seus

parceiros – os funcionários e fornecedores que trabalham próximo a você para conquistar sua

visão de longo prazo.

2. Sinalize suas intenções distintamente

Na pista de dança: Para desenvolver minha primeira habilidade de liderança, eu

pratiquei nossas três danças sozinho até que tivesse um repertório completo de movimentos que

poderia fazer sem nenhuma mudança rápida ou repentina. Então, eu e K voltamos a dançar

juntos.

Foi muito melhor, mas ainda havia alguns problemas. De vez em quando, K hesitava ou

tropeçava. Eu pensava: "Nossa, devo estar aprendendo mais rápido do que ela”. Nosso instrutor

tinha outra interpretação.

“Você não está liderando bem”, ele me disse.

“Mas eu sei o que irei fazer”, protestei. “E estou sinalizando a ela”.

“Eu acho que não”, ele falou. E, em seguida, dançou comigo. Nosso instrutor era um

homem grande e corpulento. Se eu quisesse dançar com homens, não seria com ele. Ainda assim,

fiz o melhor que pude e tentei direcioná-lo sem falhas.

Após apenas algumas viradas, ele me parou e disse: “Como eu suspeitava. Você não está

dando os sinais de forma forte o bastante”.

“Hein?”, eu disse. “Achei que você não quisesse que eu usasse força”.

“Certo”, ele respondeu. “E a maneira para evitar usar força é dar sinais firmes e claros”.

Ele demonstrou ao liderar enquanto dançava comigo. Eu podia sentir minha testosterona

diminuindo enquanto obedecia obrigado, K sorria feliz enquanto observava.

O que eu percebi foram que os sinais de nosso instrutor – vários tipos de toques nas

costas – eram imperceptíveis para qualquer pessoa assistindo, mas eram muito óbvios para mim,

pois eram, como ele disse, firmes e claros.

“Você não pode seguir bem se o seu líder estiver dando sinais fracos”, ele explicou.

“Quando mais firmes os sinais forem, mais fácil será segui-lo. E quanto mais fácil for para sua

parceira o seguir, melhor será sua aparência e ela dançará melhor com você”.

Nos negócios: Saber o que quer de seus parceiros (novamente, seus funcionários e

fornecedores) não é o suficiente. Você deve informar o que deseja deles comunicando isso de

forma muito clara. E deve dar a eles tempo o suficiente para fazê-lo.

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3. Lidere para demonstrar os pontos fortes de sua parceira

Na pista de dança: Nas muitas aulas que se seguiram, eu trabalhei diligentemente em

tornar meus sinais mais claros e mais distintos. E, de fato, os passos errados ocasionais de K, que

eu estava atribuindo a ela, desapareceram. Mas havia ainda mais uma lição que eu tinha que

aprender antes de nosso instrutor me considerar um “bom líder”.

“Você evoluiu bastante”, ele me disse um dia após termos feito nossas três danças com

uma razoável graça. “Mas há mais uma coisa que você tem que fazer – isso o levará ao próximo

nível”.

Nós estávamos ansiosos para descobrir o que era essa coisa. Eu esperava que ela fosse

algum tipo de trabalho complicado com os pés ou algo sobre a postura corporal ou sobre o

tempo.

“Eu posso pensar em três viradas que K faz especialmente bem”, ele me disse. “Mas não

a vejo fazendo-as muito frequentemente. O que eu vejo na maior parte do tempo são os

movimentos que você gosta de fazer, Sr. Masterson”. E, então, ele apenas me encarou.

Eu me senti, novamente, como o cachorro que fez xixi no tapete. Coloquei minha cauda

metafórica entre as pernas e perguntei, “Mas não é natural fazer o que você gosta?”

“É natural, mas é errado”, ele disse. “Na dança, o propósito do homem é liderar – mas o

propósito da dança em si é mostrar a mulher”.

“Pense sobre Fred Astaire”, ele disse, “um dos melhores dançarinos que já existiu.

Nenhuma das mulheres com as quais ele dançava tinha o mesmo nível de seu aperfeiçoamento.

Mas ele sempre as fez parecer melhor do que eram ao colocá-las no centro da dança quando

estavam realizando os melhores movimentos que elas faziam”.

Quando ele explicou dessa maneira, essa regra fez muito sentido. E, ao mantê-la em

minha mente, fui capaz de melhorar minha dança quase que imediatamente.

Nos negócios: Se você deseja que todos os seus esforços nos negócios sejam bem

sucedidos, é necessário que todos os seu parceiros (mais uma vez, seus funcionários e

fornecedores) trabalhem nos níveis de pico deles. E você deve tirar total proveito de todas as

coisas que eles fazem bem – o que significa dar a eles a oportunidade de fazer tais coisas

(especialmente quando eles são melhores nelas do que você é).

Todas essas três lições são criticamente importantes – na verdade, necessárias, para uma

boa liderança. Mas essa terceira é a mais importante para líderes de negócios que têm suas

empresas além do primeiro estágio de desenvolvimento – em outras palavras, quando o

crescimento contínuo dos negócios demanda contribuições de muitas pessoas talentosas e não

apenas a energia e a inteligência do empresário que iniciou o trabalho. (Eu explico os vários

estágios de desenvolvimento de negócios em detalhes no meu livro Preparar, Fogo, Apontar).

Ser um bom líder significa ter visão. Significa também que você deve ter um plano para

que seus parceiros saibam quais devem ser suas próximas etapas. Significa comunicar as

próximas etapas com precisão e em tempo para que eles possam responder. E significa dar aos

seus parceiros o espaço necessário para que eles façam a parte deles.

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O PODER DE UMA SIMPLES QUESTÃO

Após ouvir uma reportagem sobre o fenômeno dos Beatles na Inglaterra, a garota de 15

anos, Marsha Albert, escreveu à sua rádio local em Washington, D.C. e perguntou: “Por que nós

não podemos ter música como essa aqui na América?”

Inspirado pela questão de Marsha, o DJ Carroll James conseguiu uma cópia de I wanna

hold your hand de uma aeromoça inglesa e introduziu a música à sua audiência na Rádio

WWDC em 17 de dezembro de 1963.

Em alguns minutos, pedidos pelo disco inundaram a estação. Em alguns dias, estações de

rádio em todo o país estavam tocando a música. E a Capital Records foi forçada a lançar o álbum

em 26 de dezembro, três semanas mais cedo do que o programado.

Não é a resposta que esclarece, mas sim a pergunta.

— Decouvertes

De acordo com Bruce Spizer, autor de The Beatles Are Coming! The Birth of

Beatlemania in America (Os Beatles Estão Chegando! O Nascimento da Beatlemania na

América), quando a banda apareceu no programa de televisão de Ed Sullivan em 9 de fevereiro

de 1964, 73 milhões de pessoas – 40% da população dos Estados Unidos na época – assistiram.

“Os Beatles conquistariam os Estados Unidos de qualquer maneira”, o historiador sobre a

banda, Martin Lewis, disse ao USA Today. “Mas a velocidade e magnitude desse começo

estratosférico não poderia ter acontecido sem Marsha Albert. Se o disco tivesse sido lançado no

dia 13 de janeiro, como planejado, os jovens não o teriam escutado 20 vezes por dia, como o

fizeram durante as férias escolares. Ele nunca teria vendido um milhão de cópias em três

semanas. E não haveria 10.000 jovens no aeroporto JFK esperando para saudar os Beatles.

Marsha não começou a Beatlemania. Ela a impulsionou”.

É isso o que uma simples e única pergunta pode fazer.

Pense sobre os casais que poderiam nunca ter se conhecido e se casado se não fosse por

aquela velha e confiável questão: “Tem alguém sentado aqui?”

Pense sobre as chances que pode ter perdido em sua própria vida ao não perguntar:

“Posso fazer isso?” ou “Você faria isso?” ou “E ele?”

Em 1982, eu tinha um emprego sem futuro como jornalista para uma pequena editora. Eu

sabia que era a hora de seguir em frente, se não quisesse terminar entediado e tendo um salário

escasso para o resto da vida. Mas não sabia o que fazer.

O que aconteceu foi que K tinha planejado uma semana de férias para a família no Key

Largo, onde o irmão dela trabalhava para uma empresa de aluguel de Jet Skis. Como estaríamos

na Flórida de qualquer maneira, eu pensei em marcar algumas entrevistas de emprego. Não

porque eu tinha esperança de achar um bom emprego lá, mas porque queria deduzir as despesas

da viagem do imposto de renda.

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Eu tinha duas chances possíveis. Uma era um colega de trabalho, um editor de alto nível,

no Washington Post, que, eu imaginei, poderia conhecer alguém na Flórida. A outra era o nome e

o endereço de um editor em Boca Raton, na Flórida, que me enviava promoções para seus

boletins informativos.

Mas, para seguir essas possibilidades, eu teria que fazer perguntas – o que fui sempre

relutante a fazer, especialmente se a resposta poderia ser o que eu não queria ouvir.

Mas fiz isso de qualquer maneira.

Eu perguntei ao editor do Washington Post: “Você conhece alguém na Flórida que possa

me oferecer uma entrevista de emprego?” E escrevi ao editor de Boca Raton e perguntei: “Você

tem um lugar em sua organização para uma pessoa como eu?”

Como resultado, quando eu e K saímos para as nossas férias, eu tinha três entrevistas de

emprego planejadas. Uma era com o editor chefe do jornal St. Petersburg Times. Outra era com

o editor de notícias do Miami Herald. E a terceira era com Joel, o editor do boletim informativo

de Boca Raton.

Eu me encontrei com cada um desses homens no caminho. E quanto chegamos a Key

Largo, tinha conseguido três ofertas de emprego. Conseguir três ofertas de três entrevistas foi

uma coisa espantosa. E me deixou com um dilema.

Eu deveria seguir pela “Estrada Principal” que poderia me levar a um Prêmio Pulizter e a

uma fama perpétua como jornalista respeitado? Ou pela estrada vicinal – obscuridade jornalística

com a promessa implícita de um Grande Saco de Ouro por meus esforços?

Qual eu deveria escolher?

A única pessoa que poderia responder essa pergunta era eu mesmo. Mas isso não me

impediu de pedir opiniões até mesmo das fontes mais improváveis, incluindo um maconheiro de

17 anos, que tinha como trabalho encher os jet skis com gasolina.

Após contar minha longa história, ele pensou, tragou seu baseado e disse: “Vá para

Boca”. Acontece que, após muito pensar, eu cheguei à mesma conclusão. E essa decisão foi

gatilho para todas as coisas boas que conquistei desde então.

Mas tudo começou quando me forcei a fazer as perguntas certas à pessoas com influência

no momento certo.

DOBRE SEU PODER PESSOAL APERFEIÇOANDO UMA HABILIDADE

Em qualquer organização, o poder se move inexoravelmente para aqueles que

aperfeiçoaram a arte da persuasão. Se você se expressa on-line, no telefone ou pessoalmente não

é muito importante. O que conta é sua habilidade de convencer as pessoas de que suas ideias

valem a pena.

Pense sobre as pessoas mais ricas e mais inspiradoras do mundo. Pense em pessoas como

Warren Buffett, Oprah Winfrey e Barack Obama. Sim, eles têm inteligência, ambição e bons

instintos. E, além de tudo isso, eles trabalham duro. Mas eles também são falantes articulados. E

isso, acima de tudo, é a fonte de seu poder.

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“Falar bem é considerado a razão número um para o avanço de carreira”, Virgina Avery

diz no livro The Power of Your Speech (O Poder do seu Discurso). “Todas as vezes que você se

encontra com um cliente ou faz uma apresentação, sua imagem é afetada – para melhor ou para

pior”.

Woodrow Wilson, aponta Avery, entendia a importância de se comunicar efetivamente.

Ele começou sua carreira como professor reservado de ciências políticas, com um estilo de fala

inseguro. Quando ele decidiu entrar para a política, ele determinou que se tornaria um orador

habilidoso. Quando estava fazendo seu discurso inaugural como o 28º Presidente dos Estados

Unidos, foi dito sobre ele: “Não houve, desde Lincoln, um presidente que seja tão talentoso na

arte da expressão”.

A destreza de Lincoln como orador é belamente ilustrada em uma história contada por

Peggy Noonan no livro On Speaking Well (Sobre Falar Bem).

“Quando o famoso orador Edward Everett falou antes de Lincoln em Gettysburg, ele

discursou por mais de duas horas e usou todos os recursos de poesia e súplica e frases

retumbantes. Então, Lincoln assumiu o lugar e ofereceu uma obra-prima de compreensão, dois

ou três minutos sobre o significado da guerra e o significado do dia... Com muita graça, [Everett]

escreveu a Lincoln, “Seria bom se eu pudesse me orgulhar de ter chegado tão próximo à ideia

central da ocasião em duas horas como você o fez em dois minutos”.

Habilidades de fala persuasiva ajudaram a maioria dos presidentes mais influentes dos

Estados Unidos a “conseguir passar seus programas mais valiosos pelo Congresso e deixar seu

carimbo para o futuro”, escreveu Michael Kazin no Washington Post. “Cada presidente moderno

que saiu de seu mandato com a popularidade intacta” – de Theodore e Franklin D. Roosevelt até

John F. Kennedy a Ronald Reagan – disse Kazin, “era um habilidoso orador”.

Se a fala habilidosa pode o levar ao topo de sua área, a fala desajeitada pode deixá-lo

encrencado.

Considere esses problemas comuns causados por uma comunicação ruim:

Ser passado para trás em um emprego ou aumento que merece.

Ser rejeitado por alguém que não o entende.

Ser tratado como invisível por seu chefe.

Ser tratado com desrespeito por sua esposa e filhos.

Entrar em conflitos verbais desnecessários.

Não há dúvidas sobre isso, ser capaz de se comunicar de forma persuasiva é uma

habilidade de vida importante.

Portanto, minha questão para você é: o que está fazendo sobre isso?

O que você está fazendo, agora, para se tornar um orador mais poderoso? Que livros está

lendo? Que programas está seguindo? Quais aulas está fazendo?

Se falar bem é a única maneira mais rápida de ser bem sucedido em qualquer área, por

que você não está aprendendo a ser melhor nisso?

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Sem dúvidas, sua resposta para isso é: “Eu não tenho tempo o suficiente”. Mas esse é o

mesmo argumento que Stephen Covey falou sobre em The Seven Habits of Highly Effective

People (Os Sete Hábitos de Pessoas Altamente Eficazes). Na pressa de fazer tudo o que temos

para fazer todos os dias, ele disse, nós temos uma tendência de cuidar das tarefas urgentes

primeiro e deixar de lado as não urgentes. Porém, são as tarefas importantes – e não as urgentes –

como melhorar suas habilidades de oratória – que farão a maior diferença no longo prazo na sua

qualidade de vida. Portanto você deve torná-las prioridade.

A chave para se tornar um orador poderoso, explica Timothy Koegel no livro The

Exceptional Presenter (O Apresentador Excepcional) é a prática.

“Todas as pessoas que estudei que se tornaram excepcionais – Churchill, Reagan –

trabalharam essa habilidade”, diz Koegel. “A maioria das pessoas não sabe como soam ou se

portam ao fazer uma apresentação, estejam elas sentadas a uma mesa de conferência ou falando

para um grupo... Como eles não pensam sobre si mesmos como apresentadores, eles não

percebem o impacto dessas habilidades. Mas [falar bem] é a maneira mais simples para acelerar

uma carreira”.

É impossível superestimar o valor de falar bem. Esteja você negociando as prestações de

um carro, apresentando uma ideia numa reunião de negócios, conversando com uma pessoa

poderosa que acabou de conhecer – o que você diz e como o faz é importante.

Embora eu me considere um escritor antes de mais nada, minha habilidade de fala foi

responsável pela maioria de minhas conquistas mais importantes.

Falando a coisa certa, consegui uma participação de 25% no primeiro produto de

informação que criei. Essa participação nos negócios me transformou em milionário em

menos de dois anos.

Falar bem me proporcionou acordos de parceria adicionais nos anos que se seguiram.

Como um resultado, minha parte nos negócios cresceu para incluir um terço de um grupo

que tem rendas anuais de mais de U$135 milhões.

Menos de dois anos após eu ter me aposentado pela primeira vez com 39 anos, eu

convenci um cliente a tomar parte num negócio bem pago que tem gerado uma renda

substancial de sete zeros dígitos desde então.

Falar de forma persuasiva continua a me ajudar a fazer parcerias e alianças que são

agradáveis e rentáveis. Portanto, eu sou um grande defensor do desenvolvimento das habilidades

de fala. E é por isso que o recomendo para você.

“Se todos os meus talentos e poderes fossem retirados de mim por alguma Providência

impenetrável e eu tivesse a escolha de manter apenas uma”, disse Daniel Webster certa vez, “Eu

pediria sem hesitar que meu poder da oratória fosse mantido, pois através dele eu poderia

rapidamente recuperar todas as outras habilidades”.

Palavras são inocentes e sem poder por si só, Nathaniel Hawthorne disse, mas elas se

tornam imensamente poderosas na boca de alguém que sabe como usá-las para persuadir os

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outros a seguirem sua liderança.

E não é necessário muito. Se você melhorar suas habilidades de fala apenas 10%, você

poderá dobrar seu poder pessoal.

Pense nas muitas vezes em sua vida diária em que poderia se beneficiar de ser um orador

persuasivo. Pense nas conversas que tem com sua esposa, filhos, colegas de trabalho, chefe e

seus funcionários.

Imagine se pudesse convencer alguém sobre alguma coisa.

Imagine o quanto poderia conquistar.

Se tornar um orador poderoso não é tão difícil. Como qualquer outra habilidade, isso

pode ser adquirido se estiver disposto a praticar. Nessa seção, vou mostrar três etapas para se ter

um discurso mais poderoso. É possível realizar todas essas três etapas imediatamente. E você

perceberá as diferenças assim que começar.

A fala persuasiva envolve o pensamento estratégico. Pessoas inarticuladas sofrem do

hábito do pensamento preguiçoso, que resulta em noções mal amadurecidas e pensamentos

contraditórios. E isso, por sua vez, contribui para erros gramaticais, sintáticos e de dicção.

Etapa Um: Descubra o Que Você Quer

Digamos que você foi convidado para fazer parte de uma reunião de negócios... ou talvez

você esteja se preparando para uma conversa importante com um membro da família. Gaste

algum tempo antes do evento pensando sobre o tópico que conversarão. Descubra como você

pode se beneficiar dessa reunião. Estabeleça uma meta específica e mensurável para si mesmo.

E, então, descubra como conquistá-la.

Essa pode parecer uma etapa desnecessária. Você pode estar pensando: “Eu não preciso

pensar sobre o que quero. Eu sempre tenho consciência disso. Não é necessário fazê-lo”.

Na verdade, a maioria das pessoas não sabe o que quer. Elas têm impressões gerais sobre

serem ricas ou bem sucedidas. Mas elas não lapidam essas impressões. Elas não as desmembram.

Não entendem como conquistá-las estrategicamente.

Etapa Dois: Descubra o Que Pode Dar aos Outros

Ao contrário do que alguns gurus da melhora pessoal lhe dirão, você não conseguirá o

que quiser da vida apenas pedindo por essa coisa. (Possível exceção: você se parece com o Brad

Pitt ou com a Angeline Jolie).

Todo mundo é, no fundo, motivado por interesses próprios. Conquistar sua meta

específica é, portanto, questão de descobrir como você pode satisfazer os desejos dos outros.

Se, por exemplo, sua meta para aquela reunião é ser nomeado para chefiar um novo

projeto, planeje-se para isso fazendo uma lista mental de como sua nomeação ajudará cada

pessoa participante da reunião. Pense sobre o que cada pessoa quer. Descubra como, ao liderar o

projeto, você poderá fornecer isso.

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Mais importante, pense sobre como você pode direcionar o projeto para que ele conquiste

crescimento e rentabilidade para a empresa. Gaste algum tempo formulando as frases que usará

para enfatizar esse ponto.

Ao colocar a empresa em primeiro lugar, você conquistará respeito e apoio de quase

todas as pessoas. Você se estabelecerá como um líder natural. E, então, quando explicar como o

projeto beneficiará as pessoas individualmente, poderá ver o quão rápido elas formarão uma fila

para apoiá-lo.

Etapa Três: Tenha Tempo para Considerar as Objeções

Após descobrir como você pode conquistar sua meta fornecendo benefícios aos outros,

faça uma lista das objeções que possa vir a encontrar.

Bons copywriters fazem isso todas as vezes que escrevem um pacote promocional. Bons

oradores públicos fazem isso antes de apresentar um discurso. Você deve fazê-lo também, antes

de fazer qualquer apresentação profissional.

É claro que não é o suficiente apenas listar objeções. Você deve encontrar muitas

respostas para elas. Deve criar argumentos concisos que superarão essas objeções. Você deve

mostrar aos seus ouvintes que simpatiza com as preocupações deles e que tem um plano para

lidar com elas.

Quebre as objeções em suas partes componentes. Analise essas partes. Descubra suas

fraquezas ou encontre maneiras de minimizá-las. Baseie seu pensamento em pesquisa se tiver

tempo para isso. Mas também pense sobre suas experiências passadas. Lembre-se de que seu

objetivo final é encontrar uma meta que seja boa não somente para você mas para as pessoas

com quem estiver falando. Se você fizer isso, poderá encontrar as soluções de que precisa.

Preparar, Fogo, Apontar

A maioria das pessoas, na maior parte do tempo, fala impulsivamente. Nós somos

estimulados por algum evento ou observação e falamos a primeira coisa que aparece em nossas

cabeças. Nós não paramos para considerar o efeito que nossas afirmações terão naqueles com

quem falamos. E também não consideramos como nossas palavras nos afetarão. Embora, elas

com certeza nos afetam.

“As palavras são tudo o que temos”, disse Samuel Beckett. Quando se trata de muitos

aspectos de nossas vidas, isso é frequentemente verdade.

Você não pode forçar seus colegas de trabalho a ouvirem suas ideias. Não pode forçar seu

chefe a dar um aumento ou uma promoção. Não pode forçar sua esposa a concordar com tudo o

que você diz. Mas, se aprender a pensar estrategicamente, poderá falar de maneira persuasiva

quando precisar. E isso fará uma grande diferença em sua vida e carreira.

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A MANEIRA CORRETA DE TER FÉRIAS A TRABALHO

Você acorda as 6h30, descansado após um bom sono e olha através de sua janela de hotel

no Kensington Gardens, já clara com a luz solar. Dias de verão na Inglaterra são muito longos.

“Ótimo”, você pensa, pois este será um bom dia. Você veste seu moletom e desce de

elevador até o lobby do Hotel Milestone. A recepcionista e o porteiro lhe desejam um “Bom

dia”. Lá fora, na sombra, o ar está muito frio. Mas atravessando a rua na praça, você se aquece

no sol quente da manhã. Andando pelo lago, você está feliz por estar em Londres.

As 7h você está tomando café da manhã no restaurante do hotel. Vinte minutos mais

tarde, está num taxi passando por Westminster Abbey a caminho do trabalho. “Eu tenho que ver

isso novamente”, você se lembra. As 7h30, está sentado em sua mesa no escritório temporário

que foi arrumado para você. Sua vista do sétimo andar do Sea Containers House inclui o rio

Tâmisa.

Pelas próximas quatro horas, você ajuda a tocar essa empresa. Há reuniões para

participar, entrevistas a serem feitas, memorando a serem escritos. É um dia de trabalho comum

em alguns aspectos, mas é mais intenso e termina antes do meio-dia. Às 11h30, você está se

exercitando. Noventa minutos mais tarde, está almoçando no Wagamana’s, um restaurante

asiático moderno próximo ao hotel.

A tarde é devotada para se divertir: visitar lugares, fazer compras, ir à galerias de arte.

Você volta ao hotel às 18h para tomar uma sauna ou tirar uma soneca e, então, se veste para o

jantar num restaurante local que o porteiro recomendou. Você toma um Prosecco com a entrada

(uma salada de feijões amarelos), Bordeaux com o prato principal (uma carne de qualidade) e um

Muscat com a sobremesa (frutas e creme). Andando de volta para o hotel, passando por casas de

pedra branca que devem valer de US$ 5 milhões a 10 milhões cada, você desfruta de um charuto

Tuscanella.

Às 22h, você está confortavelmente deitado em sua cama, com um bom livro em mãos,

ansioso por outro dia maravilhoso.

Bem-vindo ao dia de trabalho de quatro horas.

O que eu descrevi foi mais ou menos a vida que tive por aproximadamente seis semanas

no verão de 2008.

No verão anterior, eu tinha feito minhas primeiras férias a trabalho. Passei o mês de

junho em Chicago, escrevendo Preparar, Fogo, Apontar pela manhã e visitando a cidade com K

na parte da tarde. Isso funcionou muito bem – ambos em termos da quantidade de trabalho que

realizei e a quantidade de diversão que eu e K tivemos. Portanto, em 2008 eu decidi estender as

“férias a trabalho” para seis semanas.

Era um cronograma agradável. Mas não estou me enganando. Isso não é algo que eu

poderia ter feito anos atrás, quando meus interesses de negócios precisavam mais de minha

atenção. Também não é algo que eu possa fazer o ano inteiro. Mas por seis (talvez oito?)

semanas ao ano, sim.

Você também pode fazê-lo – desfrutar de férias trabalhando metade dos dias. A ideia é,

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em vez de tirar férias de duas ou três semanas sem trabalhar, tire férias de quatro a seis semanas

trabalhando apenas quatro horas por dia.

Em 2007, Timothy Ferris publicou um livro chamado The 4-Hour Workweek (A semana

de trabalho de 4 horas). Foi um sucesso de vendas por meses.

O sucesso do livro é um tributo à ótima habilidade do autor em fazer propaganda em

mídias sociais. (Eu e MaryEllen Tribby observamos o que ele fez no Capítulo 4 de nosso livro de

2008 Changing the Channel: 12 Easy Ways to Make Millions for Your Business (Mudando o

Canal: 12 Maneiras Simples de Ganhar Milhões para sua Empresa)). Mas o sucesso também se

deve ao título: a ideia de poder ter uma empresa rentável trabalhando apenas quatro horas por

semana é muito tentadora. Quem não gostaria de fazer isso?

No livro, Ferris diz que conseguiu reduzir sua semana de trabalho para quatro horas

usando executivos freelance e serviços conectados pela internet. Eu acredito nele em parte.

Acredito que ele tenha conseguido manter os negócios fluindo trabalhando apenas algumas horas

por semana enquanto estava viajando pela Ásia. Mas, quando ele voltou para casa, aposto que

suas horas de trabalho voltaram a subir – talvez com semanas de 60 a 80 horas de trabalho, que

são normais para empresários bem sucedidos.

Ferris admite que gastar tão pouco tempo nos negócios quando ele viaja criou alguns

problemas – incluindo problemas de atendimento ao cliente – que tiverem que ser consertados

quando ele voltou. Essa não é uma prática de negócios que deve ser perpetuada. Um bom serviço

significa um bom serviço o tempo todo – que é o que você deve fornecer se deseja desenvolver

uma empresa de vários milhões de dólares.

Todo homem que tem a possibilidade deve se forçar a tirar férias em um mês inteiro por ano,

queira ele ou não.

— William James

A semana de trabalho de quatro horas de Timothy Ferris é um exagero. Mas é um

exagero útil, pois enfatiza um fato bem-vindo: que você não precisa trabalhar de 60 a 80 horas

por semana, 50 semanas por ano, para ter uma boa empresa. É possível ter férias estendidas. E,

durante esses períodos, pode-se trabalhar muito menos do que quando estiver em casa.

Mas não se engane achando que pode se dar bem com apenas quatro horas por semana.

Eu me contento com quatro horas por dia.

Recomendo esse livro pois ele está cheio de bons conselhos do tipo que se pode ter

somente de pessoas que foram bem sucedidas ao fazer o que estão lhe dizendo – embora eu

duvide que Ferris tenha conseguido viver seu sonho desde o lançamento do seu livro. Embora

seja verdade que se pode tocar os negócios com controle remoto quando ele é pequeno e

estagnado – se você tiver pessoas boas o ajudando a levá-lo a diante – uma vez que ele começar

a crescer, da maneira que os negócios de Ferris devem estar crescendo, não é possível

negligenciá-lo de maneira benigna. E, não se engane, trabalhar apenas quatro horas por semana é

uma negligência benigna.

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Negócios em crescimento criam problemas novos e desafiadores para o empresário. Esses

não são os tipos de problemas que podem ser delegados para as tropas. O pai fundador deve se

envolver em algum nível. E, se a empresa estiver crescendo rapidamente, essa demanda sozinha

consumirá mais do que quatro horas por semana.

Se você deseja que seus negócios cresçam – e quer desfrutar dos benefícios disso – não

sonhe com uma semana de trabalho de quatro horas. É muito mais realista assumir que você

trabalhará de 60 a 80 horas por semana. Essa é a quantidade de tempo que a maioria dos donos

de empresas e executivos bem sucedidos que conheço trabalham.

Mas após contratar alguns superstars para ajudá-lo com os negócios, você poderá

começar a reduzir as horas de 80 para 60 e, então para 40. E poderá estender suas férias de zero

para duas semanas para quatro e até oito, enquanto trabalha quatro horas por dia, como eu fiz em

2008.

Eu gosto e recomendo as férias estendidas com quatro horas de trabalho por dia. Eu gosto

mais – e muito mais – do que as pequenas férias onde não faço nada. Férias estendidas com dias

de trabalho pela metade oferecem os seguintes benefícios:

Você não tem que se preocupar com nada de ruim acontecendo em sua empresa

enquanto está de férias.

Por quatro horas diárias, você foca no trabalho de negócios mais importantes e mais

recompensadores que faz.

Você dá uma chance aos seus superstars de melhorar as habilidades e construir a

confiança (o que faz com que seja mais fácil para você tirar outras férias estendidas

no ano seguinte, possivelmente até maiores).

Se estiver passeando com um amigo ou a esposa, você dá a eles a chance de fazerem

o que quiser enquanto trabalham.

Você nunca se sente culpado por estar de férias.

Ajuda, com certeza, ter uma empresa internacional como a minha, com escritórios em

ótimos locais de férias como Paris, Londres e Buenos Aires. Mas mesmo se sua empresa for

totalmente baseada em seu país, ainda é possível ter férias a trabalho estendidas em algum outro

lugar – na Europa ou no Caribe, por exemplo – desde que o local escolhido tenha internet de alta

velocidade, que é quase universal hoje em dia.

Aqui está o que você deve fazer:

Programe o tempo. Se você planeja tirar duas semanas de férias sem trabalho,

programe quatro semanas de dias pela metade.

Identifique suas prioridades. Para continuar atualizado sobre os aspectos mais

importantes de seus negócios, analise como você atualmente gasta seu tempo e

identifique as tarefas que têm o maior efeito a longo prazo na rentabilidade.

Geralmente, 20% do trabalho feito cria 80% do lucro a longo prazo. Descubra quais

são essas tarefas. Durante suas férias, foque nelas.

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Identifique o desperdício de tempo. Enquanto estiver identificando as tarefas mais

produtivas, identifique também seu maior desperdício de tempo. Se você for como eu,

a maioria do tempo perdido é relacionada a e-mails. Portanto, antes de sair, diga a

todos que trabalham com você que estará de férias – e peça a eles que mandem e-

mails apenas se forem absolutamente necessários. (Você ficará surpreso sobre

quantas questões e preocupações as pessoas podem lidar sozinhas se der uma chance

a elas – o que você já deveria fazer de qualquer maneira).

Seja fiel ao seu cronograma. Você ficará tentado a trabalhar mais do que apenas

quatro horas por dia conforme a demanda por seu tempo aparece. Resista a essa

vontade. Férias que envolvem de seis a oito horas de trabalho não são justas para seu

parceiro de viagem e também não são muito divertidas. A melhor maneira que

encontrei para manter meu cronograma foi trabalhar antes de todas as outras pessoas

para que tenha um tempo sozinho (que é o que fiz em Londres) e marcar algo (como

meu exercício de jiu-jítsu às 12h) que me força a sair na hora certa.

Aqui está algo que você pode fazer hoje… algo divertido com um copo de vinho no

jantar. Pegue um atlas ou navegue on-line... faça um tour mental do mundo... e comece a sonhar.

Em seguida, decida onde você passará suas primeiras férias a trabalho.

LEIA PARA SER BEM SUCEDIDO

O americano comum lê aproximadamente 150 palavras por minuto. Nessa velocidade,

um livro de 500 páginas poderia ser terminado em aproximadamente 24 horas. Se você tem duas

horas por dia para dedicar à leitura, é possível ler um livro a cada duas semanas.

Vinte e seis livros por anos. Isso é apenas uma fração dos ótimos livros de negócios que

são publicados – livros que podem ajudá-lo a trabalhar de forma mais inteligente.

E quando você considera todas as outras coisa que lê – revistas, jornais, relatórios de

negócios, e-mails e assim por diante – é óbvio que não se pode reunir toda a informação

necessária abordando a questão de uma maneira convencional.

Para ler objetivando o sucesso, deve-se ter duas coisas:

1. Uma maneira de selecionar coisas boas para ler.

2. Uma maneira de ler essas coisas mais rápido.

Como Selecionar Coisas Boas para Ler

Decidir é, de longe, a parte mais importante disso. Seu cérebro é fundamentalmente um

computador sofisticado. Se você colocar coisas boas nele, poderá retirar coisas boas dele. Se

enchê-lo com lixo, seus pensamentos serão ruins.

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Ao ler para o sucesso, isso é feito com propósito. Você está procurando por ideias que

possam inspirá-lo, estratégias que possam informá-lo e fatos e números que possam ajudá-lo a

realizar um trabalho melhor. Mas como você nunca terá tempo para ler 95% do que é publicado

em sua área, é necessário garantir que os 5% lidos sejam muito bons.

Infelizmente, a maior parte dos livros disponíveis são inúteis ou banais ou ambos. E

como Ralph Waldo Emerson disse, “há muitas coisas sobre as quais um homem inteligente pode

desejar não saber”.

Em capítulos anteriores, eu apontei que quase toda experiência de vida – incluindo a

leitura – pode ser categorizada como enriquecedora, neutra ou negativa. Eu nomeei essas

categorias como douradas, vaporosas e ácidas.

Algumas coisas que escolherá ler serão ácidas – realmente ruins para você. A maior parte

da leitura será vaporosa – não o machucando e nem o ajudando. E apenas uma pequena porção

será dourada – mudando sua vida para melhor.

Prometa a si mesmo que você apenas lerá itens dourados daqui para frente. Faça uma

decisão deliberada em fazer isso criando uma lista de leitura.

Sua lista de leitura deve incluir livros (de negócios e de ficção), revistas e jornais –

impressos e/ou on-line. E ela deve ter duas partes: uma seção de “devo-ler-este-ano” e uma lista

de tudo o que gostaria de ler, mas não tem tempo.

A seção de livros necessários deve ser limitada ao que você pode realmente ler. A lista de

desejos pode ter qualquer comprimento e é útil como um recurso a ser utilizado no final do ano

ao criar a lista de leitura do ano seguinte.

Eu tenho minha lista de desejos em meu computador. Ela inclui livros como Harry Potter

e Guerra e Paz, revistas como a Nation e Esquire e jornais como o London Times e o Le Monde.

Minha lista de leituras necessárias neste ano é muito maior. Ela inclui três jornais, quatro

revistas, 24 revistas eletrônicas, 52 livros de negócios e 12 trabalhos de ficção.

Eu não leio cada edição de cada revista em minha lista “necessária”. Também não leio

todos esses jornais todos os dias. Eu desenvolvi um método rotacional entre eles a cada semana

para que possa ser continuamente estimulado com boas ideias. E quando eu leio os livros de

negócios, uso técnicas de leitura em velocidade que explicarei em um minuto.

O ponto é que ter uma lista de leitura me permite tomar uma decisão consciente uma vez

por ano sobre o que eu lerei. Não depende de um impulso. Não depende de outra pessoa. Ela é

baseada em meu próprio julgamento do que será bom para mim. Estou procurando pelo ouro.

Não tenho tempo para gastar com outras coisas.

Como Ler as Coisas Boas Mais Rápido

Quando eu era um adolescente, aprendi a ler mais rápido. Eu tripliquei meu tempo de

leitura, mas logo perdi muito dessa habilidade porque não a praticava.

Já adulto, li um número de livros e artigos com essa técnica e desenvolvi meu próprio

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sistema. Usando esse método, eu li um livro de 359 páginas sobre marketing em 55 minutos,

quatro revistas semanais em 31 minutos e o Sunday New York Times em 16 minutos (uma taxa

que nem meu professor de leitura dinâmica do ensino médio poderia conseguir). Mais

importante, eu ainda me lembro (e uso) uma ideia de um milhão de dólares que aprendi naquele

livro, uma técnica de gerenciamento de tempo que consegui em uma dessas revistas e alguns

fatos interessantes daquela edição do New York Times.

Ler coisas mais rápido, afinal, não é o que importa. Reter as informações... e usá-las... é

assim que se muda sua vida. “O valor de um livro é medido pelo que você leva dele”, como

James Bryce disse uma vez.

Veja meu sistema para ler livros e revistas de negócios:

Primeiro, observe levemente a tabela de conteúdo. Isso o dará uma ideia rápida do que

o livro ou revista tem para oferecer.

Em seguida, destaque um ou vários itens que deseja ler. Não seja ambicioso. Não há

tempo para ler tudo e seria besteira tentar. Selecione o conteúdo que acha que terá o

maior impacto a longo prazo em sua carreira.

Agora, revise os itens destacados e veja se há algum traço comum. O que deve

procurar aqui é uma Grande Ideia Útil (GIU) – um princípio ou perspectiva que seja novo

para você e possa deixá-lo mais inteligente, feliz ou mais bem sucedido.

Seu trabalho é encontrar essa GIU, entendê-la e descobrir como ela se encaixa em sua

vida. Com esse objetivo limitado em mente, você poderá passar rapidamente pelo

material – ignorando tudo que é tangencial e/ou irrelevante para seu propósito.

Quando encontrar o que estiver procurando – a GIU – destaque as seções do livro

ou do artigo que o ajudarão a entendê-la. Continue lendo rapidamente até que tenha o

que precisa. E, em seguida, pare.

Torne a GIU um ponto numa conversa ou comunicação por e-mail. Faça isso dentro

de 24 horas para que absorva a ideia e ela comece a estimulá-lo. Faça isso novamente nas

próximas 24 horas. E, então, faça isso sozinho mais uma vez.

Estudos mostram que nós esquecemos 80% do que aprendemos dentro de 24 horas e a

maior parte dos restantes 20% na semana que se segue. Ao focar nossa atenção em uma GIU e

trabalhá-la três vezes em 72 horas, você verá que ela ficará com você e eventualmente encontrará

um caminho em seu processo de tomada de decisões.

É claro que alguns livros de negócios possuem mais de uma GIU. Um bom exemplo seria

o livro que eu e MaryEllen Tribby escrevemos juntos: Changing the Channel: 12 Easy Ways to

Make Millions for Your Business (Mudando o Canal: 12 Maneiras Simples de Ganhar Milhões

para seus Negócios).

Ele é uma mina de ouro de ideias. Cada um de seus 12 capítulos o ensina como

aperfeiçoar um canal importante de marketing.

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Para ler rapidamente um livro como o Mudando o Canal, você revisaria a tabela de

conteúdo, procurando por dois ou três capítulos que podem ter um impacto imediato em sua

carreira. (Imediato é a palavra-chave aqui). Desses dois ou três, você selecionaria um e

procuraria por sua GIU.

Pode-se, por exemplo, decidir querer aprender sobre telemarketing, marketing através de

e-mail e publicidade impressa... nessa ordem. Portanto, você começaria pelo capítulo de

telemarketing, procurando pela GIU e destacando os parágrafos que melhor a explicassem a

você. Em seguida, você usaria o que aprendeu em conversas num período de três dias. Até então,

o que você aprendeu já teria se fixado. Então, poderia ler o outro capítulo sobre marketing

através de e-mails e a próxima GIU.

Esse método funciona. Tenho aplicado muito melhor o conteúdo que leio desde que

comecei a usá-lo. Frases me vêm à mente. Terminologia. Títulos e autores.

Isso torna meu pensamento mais “conectado”. Estou começando a ver como certas ideias

populares de negócios e de finanças correspondem a ideias sobre arte e literatura. Isso também

torna minha fala mais confiante. E eu acredito que dá mais credibilidade aos meus argumentos.

Estou convencido de que essa é uma maneira inteligente de adquirir informações:

1. Leia menos, aprenda mais. Não sinta que é necessário ler o conteúdo inteiro. Procure

por grandes ideias úteis. Foque em uma GIU por vez. Entenda-a. Repita-a. Aplique-a.

2. Aprenda a escanear. Ao ler livros, dê sua maior atenção a prefácio e/ou aos primeiros

capítulos, pois eles provavelmente conterão a maior parte das grandes ideias úteis. Em

seguida, leia o primeiro parágrafo do resto dos capítulos e a primeira sentença do

parágrafo seguinte. Essa técnica o ajudará a localizar as ideias úteis mais rapidamente.

3. Torne o processo divertido. O propósito de aprender não é necessariamente se divertir,

mas, se gostar do que está fazendo e fazê-lo seriamente, será agradável.

Leia menos. Leia melhor. Leia mais rápido. Divirta-se e aprenda.

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117

Parte Sete –

OS OBSTÁCULOS AO SEU SUCESSO – E COMO DERROTÁ-LOS

QUANDO O DESASTRE ACONTECE

Seu médico lê seu ECG e diz: “Nossa! Nunca vi algo assim antes!”

Você sai em direção ao seu carro pela manhã – e descobre que todas as rodas foram

roubadas.

Você deixa sua bolsa, com todos os documentos e as informações de banco, no metrô.

Às vezes, a vida nos dá esses pequenos desastres. Como você reage a eles diz muito sobre

sua personalidade e impacta fortemente sua habilidade de ter uma vida bem sucedida.

A primeira vez em que perdi minha carteira, meu primeiro pensamento foi o dia do Juízo

Final: um ladrão de muita habilidade havia a levado e já tinha esvaziado todas minhas contas

bancárias. Isso mostra como sou propenso ao pânico. K atestará isso.

Ela teve de me lembrar em inúmeras ocasiões para não entrar em pânico, que

“provavelmente tudo acabará bem”.

Ter uma disposição positiva é muito útil ao enfrentar um desafio – pequeno ou grande.

Mas eu aprendi que até mesmo pessoas sombrias como eu podem superar seus medos e

responder a uma crise de maneira positiva seguindo algumas orientações simples.

Meu sobrinho é muito parecido comigo. Recentemente, ele se encrencou na faculdade

que frequenta. Ele agiu de maneira imprudente e quebrou algumas regras. Agora ele está

enfrentando ações disciplinarias. O que começou como uma carreira promissora numa ótima

universidade se transformou num desastre em potencial.

Ele está preocupado, ele me disse – tão preocupado que não consegue pensar direito. Está

imaginando o fim do mundo. Não está dormindo bem. Distraído no trabalho.

Eu sei como ele se sente. Eu também me sentiria assim na mesma situação. Mas já tive

experiências o suficiente para saber que não se pode se entregar aos nossos medos. Ao enfrentar

um desafio ameaçador, é difícil seguir em frente, mas, se não encontrar uma maneira de fazer

isso, sua produtividade pode rapidamente cair para zero e sua vida pode ser colocada

permanentemente em espera.

Você não quer que isso aconteça. Então, da próxima vez em que o desastre acontecer,

siga o protocolo que sugeri ao meu sobrinho:

1. Seja Amigo de seu Medo

O que o está assustando? É provavelmente alguma “pior hipótese” que você continuamente

passa em sua cabeça.

Algumas pessoas o lembrarão que na maioria dos casos esses cenários não acontecem. É por

isso que os chamamos de “pior hipótese”. “Não se preocupe com isso”, eles lhe dirão. “Isso

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provavelmente não acontecerá, então pode tirar essa ideia da cabeça”.

Mas tal conselho é inútil à pessoa que já está pensando nessa situação ruim. Afinal, ela é um

filme muito assustador. E ele é a estrela desse filme. Não pensar sobre isso não é uma opção.

A solução que funciona para mim é deixar o filme passar em sua totalidade. Eu me permito

pensar na pior opção, vividamente e em detalhe. E, então, eu encontro uma maneira de me ver

vivendo de maneira satisfatória com essa triste realidade.

Se, por exemplo, eu estou imaginando ladrões roubando todos os meus bens e me deixando

na penúria, eu penso em voltar ao trabalho e começar uma nova empresa com o troco do meu

bolso e gradualmente reconstruir minha riqueza e carreira de sucesso.

Ao deixar o filme passar e dar um final feliz a ele, você pode exorcizar o medo e retornar

a um estado positivo emocionalmente. Apenas encontrando uma maneira de “aceitar” o pior é

possível encontrar a paz para tomar uma ação positiva.

Há chances de que as coisas não sejam tão ruins como você imaginou, mas, se isso

acontecer, já estará preparado emocionalmente para elas. Você não entrará em pânico. Você não

irá chorar. Você seguirá em frente de acordo com seu plano.

2. Procure pelo Lado Bom

Todo desastre tem um lado bom. Até mesmo um câncer terminal. Você tem algum tempo

para organizar o final de sua vida e dizer adeus. Isso não aconteceria se seu destino fosse

atropelado por um trem.

Identifique o que é bom em uma situação ruim e gaste algum tempo pensando sobre isso. Se

o fizer sinceramente e repetidamente, isso o trará um pouco de conforto emocional.

Eventualmente – se você for bem sucedido em fazer isso – pode até mesmo se sentirá

grato pelo problema.

3. Desenvolva um Plano

Você precisa de um plano para lidar com o problema. Esse plano deve ter vários níveis, já

que não é possível saber o resultado da situação.

Um bom plano de desastre deve lidar com pelo menos eventualidades: o pior caso, um caso

ruim ou um caso bom. Articule cada um deles claramente e com detalhes. Em seguida, encontre

soluções para cada um desses detalhes.

4. Tome Atitudes

Ser amigo de seu medo, encontrar uma coisa boa e desenvolver um plano de ação o deixarão

se sentindo 100% melhor – e você poderá fazer isso em questão de horas ou dias, no máximo.

Mas essa melhora em seu estado emocional não será duradoura a não ser que você comece a agir

em seu plano.

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A ação – assim como em outras áreas de sua vida – é crítica quando se enfrenta um desastre.

No momento em que começa a tocar seu plano de resposta em frente, você estará progredindo e

diminuindo as chances de que as coisas darão errado.

Você se sentirá melhor sobre si mesmo no momento em que começar e continuará a se

sentir assim desde que esteja realizando ações positivas.

DESISTINDO DE SEU VÍCIO PELA INFORMAÇÃO

Eu não tinha visto Dave em quase 20 anos. Ele era meu dentista quando me mudei para

Boca Raton no começo dos anos 90. Ele continuou a cuidar de K e das crianças quando nos

mudamos para Delray Beach, 10 anos mais tarde, mas eu optei por procurar cuidados dentais

mais próximos de nossa casa.

Dave me contatou quando descobriu que eu era a pessoa por trás do pseudônimo

“Michael Masterson”. Ele estava recebendo a Early to Rise por algum tempo e gostando dela.

Um dia, ele entrou no site e viu minha foto. “Conheço aquele homem!”, ele pensou. Então, ele

conseguiu meu endereço de e-mail através de K. “O que acha de sairmos para almoçar?”, ele

escreveu. “Eu tenho muitas coisas para perguntar a você”.

Várias semanas mais tarde, nós estávamos comendo chicken salad no City Oyster na

Atlantic Avenue. Dave parecia nervoso. Como se estivesse intimidado pela imagem de Michael

Masterson. Eu fiz o que pude para assegurá-lo de que era a mesma pessoa que costumava gemer

de dor quando ele limpava meus dentes. Nós conversamos um pouco sobre as novidades da

família, mas estava claro que ele tinha outras coisas em mente.

Na mente dele estava a decisão que estava tentando tomar: ele deveria gastar US$

100.000 num programa de marketing de internet no qual tinha interesse?

“Eu tenho estudado as coisas deles”, ele me disse. “É muito bom. Mas não tenho certeza

se deveria investir todo esse dinheiro”.

"Cem mil dólares é bastante dinheiro”, eu disse. Me senti como Sam Spade falando com

Gutman sobre o preço do Maltese Falcon.

“Mas você recebe muitas coisas por seu dinheiro”, Dave explicou. “Eles realizam toda a

parte técnica para você, na qual não sou muito bom. Tudo o que eu teria que fazer é ter as

ideias”.

“Bem”, eu disse, praticando um sotaque parecido com o de Sam Spade, “quais ideias

você tem?”

Na verdade, Dave não tinha nenhuma ideia. “Tudo o que sei é que estou no ramo errado”,

ele disse. Eu fiz esse teste on-line – e descobri que estou no pior tipo de emprego do mundo para

mim”.

Com quase 50 anos de idade, Dave tinha acabado de concluir que sua carreira toda tinha

sido um desperdício. “Eu queria ser dentista desde que tinha oito anos”, ele me disse. “Se eu

soubesse o quão ruim para mim esse negócio seria, teria feito outra coisa”.

“Como o quê?”, eu perguntei.

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“Como o que você faz”, ele disse. Ele estava sorrindo, mas parecia sério.

“Olhe”, eu disse a ele. “Meu ramo é ótimo – mas não acho que você deva concluir que

sua vida foi um desperdício simplesmente porque fez um teste on-line que provavelmente foi

projetado para vender alguma coisa”.

Mas estava certo”, ele insistiu. “Ele me provou algo que sempre soube mas tinha medo de

admitir”.

A garçonete encheu nossas bebidas. Nós comemos em silêncio por um tempo.

“Então, o que eu estava pensando é que, já que não entendo de coisas técnicas, esse

programa de marketing de internet seria muito bom para mim”.

“Quanto tempo você investiu em aprender sobre o marketing de internet?”, eu perguntei.

“Aproximadamente três anos”, ele respondeu.

“E quantos produtos de informação sobre o assunto você comprou nesse período de três

anos?”, eu quis saber.

Dave riu. “Não consigo nem contar”, ele disse.

“Quanto dinheiro gastou?”

“Dezenas de milhares. Provavelmente mais”.

“E você ainda não começou uma empresa de marketing de internet”, eu disse.

Ele concordou com a cabeça e então me disse os nomes de todos os programas sobre

marketing de internet que havia comprado – todos os que eu conhecia e dezenas de outros

desconhecidos.

“Isso é bastante coisa comprada”, eu disse a ele.

“Pois é”, ele disse.

Informação não é sabedoria.

— Albert Einstein

Dave explicou que quando ele lê uma propaganda falando sobre um novo programa de

marketing na internet, ele fica “totalmente tomado por ela”, mesmo percebendo que está lendo

uma “tentativa de venda”.

“Mas mesmo quando sei que estou sendo seduzido por um profissional da palavra, não

consigo evitar a compra”.

“Eu sei como se sente”, falei para ele. “Você é viciado em informações”.

“Você acha?”

“Sim”.

“E você?”, ele disse. “Ouvi dizer que você lê muitos livros informativos –

aproximadamente um por semana”.

“Sim, é verdade”, eu disse, “mas não sou viciado em informação. Sou um usuário dela”.

“E qual a diferença?”

Eu expliquei que a diferença é enorme. Um viciado em informação tem seu vício no

processo da compra de informação. Embora ele possa se iludir pensando de outra maneira, ele

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não tem a intenção de usar a informação comprada. Um usuário é muito prático sobre suas

compras. Ele compra informação por propósitos específicos e pragmáticos. Ele usa a informação

comprada para conquistar metas específicas – para começar ou crescer uma empresa, para

aprender uma nova língua, para melhorar suas habilidades de negociação.

Um viciado em informação fica mais feliz no momento em que compra os itens. No

entanto, seu entusiasmo logo desaparece. Dentro de horas ou dias após recebê-los, o viciado já

está ligado a outras coisas. O novo produto acaba na prateleira com os velhos. Ele já está

empolgado com uma coisa nova.

Um usuário da informação faz progresso. Veja-o lendo um livro sobre nutrição e há uma

boa chance (se ele gostar do livro) de que seus hábitos alimentares mudem num futuro imediato.

O viciado, em contraste, pode ter 26 livros sobre nutrição em sua sala. Ele pode até mesmo ter

lido todos eles – enquanto estava deitado no sofá comendo salgadinhos.

Um usuário da informação é alguém que consome informações para tirar proveito delas.

Se ele investir US$ 100 aprendendo sobre algum assunto, ele espera ver um retorno substancial

desse investimento – talvez mil dólares, algo material ou espiritual. O viciado consome as

informações como drogas ou doces. Isso dá a ele um prazer imediato e só. É por isso que ele

precisa comprar mais.

O usuário da informação possui expectativas a longo prazo quando se trata de sabedoria.

Ele acredita que a sabedoria adquirida agora será acumulada à medida em que aprender mais,

usando o que aprendeu para um benefício maior. O viciado só quer saber do aqui e agora. Ele

não acredita em economizar. Ele está sempre interessado na próxima moda.

E você? Você é um viciado em informação? Faça esse teste e veja:

1. No ano passado, eu comprei mais de 12 livros que não li. (Se a resposta for sim, dê 2

pontos a si mesmo).

2. No ano passado, eu comprei:

Apenas produtos de informação que usei. (Sim! 1 ponto)

Entre um e três produtos de informação de US$ 100 que não usei. (Sim! 2 pontos)

Entre três e cinco produtos de informação de US$ 100 que não usei. (Sim! 3 pontos)

Mais de cinco produtos de informação de US$ 100 que não usei. (Sim! 5 pontos)

3. No ano passado, eu comprei pelo menos US$ 1000 em produtos de informação que não

usei. (Sim! 5 pontos)

4. Fico mais empolgado com a informação comprada quando:

estou comprando-a. (Sim! 3 pontos)

a recebo. (Sim! 2 pontos)

começo a usá-la. (Sim! 1 ponto)

5. Quando leio um livro, sinto-me atraído a lê-lo de cabo a rabo. (Sim! 2 pontos).

6. Eu geralmente faço anotações quando leio alguma coisa. (Sim! 1 ponto, Não! 2 pontos)

Bem... como você se saiu?

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Se marcou 8 pontos ou mais, você realmente é um viciado em informação. Você pode pensar

que as boas pessoas na ETR gostariam disso (já que estão no ramo de vendas de informação).

Mas eles não gostam. Os funcionários da ETR sabem que os negócios crescerão de maneira mais

forte se desenvolverem uma base de clientes usuários da informação, em vez de apenas viciados.

Isso acontece pois os usuários se beneficiam da sabedoria que compram. Isso significa que eles

são mais seletivos (o que favorece os produtos da ETR, já que alguns deles são os melhores nessa

área), que compram mais produtos a longo prazo e que pedem poucos reembolsos.

Se você é um viciado na informação, não se desespere. É possível se converter num

usuário simplesmente seguindo duas regras:

1. Quando comprar um produto de informação, estabeleça prazos específicos para lê-los e

implementar o que aprender. Por exemplo, estabeleça uma meta de realizar uma das

ações recomendadas dentro de 24 horas após receber o produto. Em seguida, realize pelo

menos mais uma ação recomendada na semana seguinte.

2. Não compre outro produto até ter feito algum progresso com o anteriormente comprado.

É só isso. Obedeça a essas duas regras e você não somente quebrará seu vício, como também

melhorará sua vida radicalmente.

SOBRECARGA DE INFORMAÇÃO: COMO ESCAPAR DA COLISÃO

Stan Connors tem um problema. Como leitor regular da Early to Rise, ele está

aprendendo tantas coisas boas de nós (ele é especialmente interessado em aprender a como

“eliminar dívidas” e a se aposentar um dia) que não consegue “decidir sobre o que ler”.

“Não me entenda errado”, ele disse. “Eu amo a Early to Rise e gosto de lê-la. Mas há

muita informação de uma vez ali”.

“O que devo fazer?”, ele pergunta.

Nós vivemos num mundo absolutamente inundado de informações.

Considere esses fatos:

Uma pessoa comum recebe 32 e-mails por dia.

Há informações científicas suficientes escritas a cada dia para preencher sete

conjuntos completos da Encyclopedia Britannica.

A produção mundial de conteúdo impresso, filmes, óticos e magnéticos em

apenas um ano exigiria aproximadamente 5 exabytes (5 trilhões de megabytes) de

armazenamento, aproximadamente 800 megabytes por pessoa.

Se você – como o Stan Connors – está se sentindo sobrecarregado pela informação, você não

está sozinho. A sobrecarga de informação é um problema sério para a maioria das pessoas.

“Um dos efeitos colaterais que mais induzem a ansiedade na era da informação”, diz

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Richard Saul Wurman no livro Information Anxiety (Ansiedade da Informação), “é o sentimento

de que se deve saber tudo”. Isso é especialmente verdade para pessoas inteligentes e ambiciosas

– pessoas que querem melhorar suas vidas e percebem que ter as informações corretas é uma

grande parte do sucesso.

Como você está lendo este livro, isso provavelmente significa que você é uma dessas

pessoas.

Quando você começa um novo projeto ou se interessa por uma nova ideia, você tem um

desejo insaciável de saber mais sobre ela? Você acaba comprando – e lendo – todos os livros,

relatórios, boletins e revistas que pode encontrar sobre o assunto? (É isso o que eu faço).

No começo, é uma sensação ótima. Você está lendo com gosto. Então, de repente, você

percebe que se tornou um viciado em informação. Você tem passado tanto tempo lendo sobre um

determinado assunto que não tem mais tempo nenhum para colocá-lo em prática. É hora de pedir

ajuda.

Bob Bly chama isso de “paralisia da análise”.

“Toda a informação que está absorvendo sobrecarrega seus circuitos”, ele diz. “Não é

possível processar tudo, classificar a informação e descobrir o que fazer primeiro. Então, em vez

disso, você não faz nada. Não toma nenhuma atitude – a não ser pedir outro curso ou relatório

para ler”.

Isso soa familiar?

Bob tem uma fórmula para evitar a paralisia da análise. Ele a chama de regra 25-25-50.

Ela é baseada no fato de que há somente três maneiras de aprender um processo (por exemplo,

como começar um negócio de internet) ou uma habilidade (por exemplo, de ser copywriter):

estudando, observando e fazendo.

A regra dos 25-25-50 diz que devemos dividir o tempo como a seguir:

Não mais de 25% do tempo estudando – lendo livros, participando de workshops,

ouvindo CDs instrucionais no carro.

Não mais de 25% do tempo observando – vendo o que as pessoas bem sucedidas já

estão fazendo.

Pelo menos 50% do tempo realmente fazendo o que está estudando e observando.

Por exemplo, se deseja vender produtos de informação na internet, você gastaria 25% do

tempo estudando o material na forma como ele é feito, 25% de seu tempo observando a maneira

como outras pessoas estão fazendo isso e 50% de seu tempo criando seu primeiro produto...

projetando seu site... e montando seu mailing.

Eu gosto da regra de Bob pois ela enfatiza a ação. E quando eu a descobri, pensei se ela

poderia ser aplicada à minha vida diária de trabalho. Ao pensar sobre isso, concluí que

dependeria muito do tipo de trabalho que estivesse fazendo. Se eu estivesse aprendendo uma

nova habilidade, a regra de Bob parecia se aplicar. Mas quando estava realizando minhas

atividades normais de trabalho – criando novos produtos e trabalhando nos negócios –, meu

tempo era gasto de maneira bem diferente.

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Minha vida de trabalho diário, eu percebi, possui três componentes em comum:

1. Reunir informações.

2. Analisar as informações e usá-las para fazer planos.

3. Realizar ações.

Minha tendência é reunir as informações em momentos específicos. Eu leio os jornais pela

manhã, revistas durante intervalos e e-mails no final do dia. Eu leio para encontrar ideias úteis.

Analiso-as enquanto as leio e também mais tarde, em momentos diversos durante o dia. Eu passo

a maior parte do meu dia de trabalho – aproximadamente 80% dele – realizando ações. Isso

corresponde a regra de 80/20 de Pareto que pode ser aplicada a quase tudo.

SOBRECARGA DE INFORMAÇÃO: O PROBLEMA DO E-MAIL

Chris Schroeder – Chefe Executivo do Health Central Network – se gabou numa recente

conferência de editores de informação de que havia 2000 itens em sua caixa de entrada RSS

esperando por sua atenção. Quando li isso num artigo de Bob Bly, não pude evitar balançar

minha cabeça em reprovação.

“Tenho novidades para você, Sr. Schroeder”, Bob escreveu. “Se você possui 2000 itens

não lidos em sua caixa de RSS, isso é TUDO menos uma maneira ideal de conseguir

informações. Inscrever-se num excesso de coisas através de seu RSS é um convite para um

desastre de sobrecarga de informação – equivalente a receber um New York Times de domingo

todos os dias do ano na porta de sua casa”.

Bob não poderia estar mais certo.

A sobrecarga de informação em e-mails, em particular, é um grande problema para

empresários e donos de pequenas empresas. Infelizmente, nós costumamos ser viciados a eles de

alguma forma. Considere esses fatos de acordo com uma pesquisa do eROI:

66% dos Americanos leem e-mails sete dias por semana.

61% deles continuam a verificar os e-mails mesmo quando de férias.

41% verificam e-mails logo pela manhã.

26% dizem que não podem passar mais de dois a três dias sem verificar os e-mails.

Isso é ruim?

Eu acredito que sim. Por um lado, essa é uma causa significante de estresse. No livro Bit

Literacy: Productivity in the Age of Information and Email Overload (A Alfabetização dos Bits:

a Produtividade na Era da Informação e a Sobre Carga de E-mail), Mark Hurst diz: “Pode

parecer interessante se inscrever no mais novo boletim eletrônico de informações, mas é

desanimador ver uma pilha de capítulos esperando para serem lidos...”

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Mas o estresse é apenas um problema. Considere isso: Um psiquiatra na London’s King’s

College administrou testes de QI a três grupos. O Grupo 1 não fez nada além de realizar o teste.

O Grupo 2 estava distraído com e-mails e toques de telefone. O Grupo 3 tinha fumado maconha.

Como esperado, o Grupo 1 se saiu melhor – por uma média de 10 pontos – do que os outros dois

grupos. As pessoas respondendo a e-mails, no entanto, se saíram pior – em média – seis pontos a

menos do que as pessoas que fumavam a maconha.

Como Gertrude Stein apontou bem antes dos e-mails serem inventados, “todo mundo recebe

tanta informação o dia todo que acaba perdendo seu senso comum”.

Se você deseja trabalhar de maneira inteligente e feliz (e quem não quer?), será

necessário controlar sua caixa de entrada de e-mails.

A primeira etapa, diz o autor Timothy Ferriss, é não se sentir culpado. “Reconheça que

você recebe informações em excesso. Não é sua culpa. Apenas aceite que há mais informação do

que tempo e isso aumenta a cada dia”.

Ferris diz que há três maneiras de se lidar com a sobrecarga de e-mails. Você pode “viver

por reação” e se sentir mais estressado e confuso. Pode optar por não ler nada. Ou pode praticar a

“alfabetização dos bits” adquirindo “algumas informações – a informação correta – sem tentar

adquiri-las como um todo”.

Ele recomenda a prática de uma “dieta de mídia” – ou seja, se livrar da maioria das coisas

em sua caixa de entrada e manter apenas aquele que fornece informações úteis com uma base

regular.

Você pode então dividir as coisas boas em “as que valem a pena ler” e em “ouro sólido”.

E-mails que valem a pena serem lidos são de fontes que confiavelmente fornecem algum tipo de

informação relevante. E-mails de ouro sólido são dessas fontes raras que fornecem dicas úteis e

insights todas as vezes.

Os e-mails de ouro puro devem ser lidos primeiro. E ambos os e-mails de ouro e os que

valem a pena não devem ser completamente lidos, mas sim lidos de forma inteligente e

estratégica – da mesma maneira que sugeri para a leitura dos livros de negócios.

Mas até mesmo após dividir sua caixa de entrada nessas duas categorias e ler as

informações, pode-se descobrir que ainda está gastando muito tempo com e-mails.

Se esse for o caso, siga a regra do “Power of One” (Poder do um). Procure em seus e-

mails de ouro até encontrar uma ideia boa e útil – uma ideia que possa implementar

imediatamente. E, então pare de ler.

Lembre-se, você não deve saber tudo – ou próximo de tudo que há para se saber – para

ser bem sucedido na maioria dos empreendimentos. Há centenas de maneiras de ganhar dinheiro

na internet, por exemplo, mas você pode facilmente ter um salário de seis dígitos usando apenas

algumas delas.

E, finalmente, como já recomendei – você deve abrir seu e-mail uma vez por dia, no final

da tarde.

Eu descobri repetidamente que, se ler meus e-mails pela manhã, como muitas pessoas

fazem, estarei emocionalmente exausto ao terminar. Isso esgota minha energia quando eu mais

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preciso dela. E, então, sem energia, não quero fazer nada difícil ou importante.

Portanto, comece a cuidar das tarefas de “limpeza” ou de “preparação” – as que o fazem

se sentir organizado mas que não fazem sua carreira avançar ou que não ajudam a conquistar

nenhum de seus objetivos principais.

Também descobri que, quando tento lidar com e-mails relacionados ao trabalho pela

manhã, gasto quase duas vezes mais tempo neles do que deveria. Isso acontece pois acabo me

envolvendo em “discussões” que não são importantes ou relevantes para minhas metas.

Como já disse antes, esse tipo de e-mail é cheio de problemas que outras pessoas querem

que você resolva para elas. Se você ignorá-los até o final do dia, descobrirá que muito deles já

foram resolvidos – deixando mais tempo para aproveitar as coisas boas, os e-mails recheados de

informações de ouro que você realmente quer e precisa ler.

COMO SAIR DAQUELA ROTINA INÚTIL

Meu bom amigo e parceiro de negócios, Leonard, fez essas perguntas:

Como você sai da rotina? Obtém novamente a paixão pelo trabalho? Acorda todos os

dias? Já pensou sobre isso? Isso acontece comigo frequentemente. Acabo me sentindo muito

triste. Me sinto culpado e inútil, pois acabo desperdiçando o dia. A única maneira de conseguir

voltar ao trabalho é me empolgar com um novo projeto. Mas, às vezes, isso demora muito para

acontecer.

O que você pode dizer sobre essa experiência que Leonard descreve? Que é uma situação

ruim?

Você acorda cansado e desmotivado. Não quer ir trabalhar. Tudo parece mais interessante

do que as coisas que têm para fazer.

O sentimento pode passar em algumas horas ou pode durar por dias – até mesmo

semanas. Isso é inteiramente não produtivo – e completamente desnecessário.

Eu direi como banir essa experiência de sua vida rapidamente. Mas, antes disso, vamos

discutir por que você ocasionalmente se sente assim.

Os Próximos Três Parágrafos Podem Não Ser Adequados para Crianças e Crentes

Verdadeiros

A razão pela qual você ocasionalmente sente que seu trabalho não tem nenhum

significado é porque ele não tem realmente.

O mesmo se aplica à sua vida. O universo é – desculpe dizer – um vazio, não um reino

mágico criado para sua diversão pessoal.

O que significa que – e a paixão também se encaixa aqui – isso não é algo que existe fora

de você. Ela vem de dentro. Não é possível capturá-la. Apenas criá-la. O momento em que você

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para de criá-la, ela desaparece.

O sentimento de mal-estar que se tem ao entrar numa rotina é a falta de energia – energia

que você estava criando o tempo todo.

Certo... talvez você não acredite nisso. Um universo sem sentido pode contradizer suas

crenças. Mas não importa. Pois o que lhe direi funcionará independentemente de entender a

causa e o efeito de tudo.

Deixe-me começar dando a você duas razões para se sentir mal:

1. Você possui um desequilíbrio bioquímico. (Se você se sente mal sempre, procure ajuda).

2. Você está errando no algo/alguém/lugar.

Você deveria estar fazendo o que quer... com quem quer fazê-lo... onde deseja fazê-lo.

Se estiver fazendo algo de que não goste realmente, pode ser uma boa ideia trocar de

carreira. O mesmo é verdade para as pessoas-chaves em sua vida. Se você está rodeado por

perdedores sugadores de energia, afasta-se deles. O mesmo se aplica a seu bairro. É muito ruim

aí? Isso o deixa deprimido toda vez que pensa sobre o assunto? Você sonhou com um clima

quente e céu azul? (Venha para a Flórida!)

Por outro lado, se você gosta de seu trabalho/colegas/lugar, não perca tempo pensando

em mudá-los.

Três Estágios para Sair da Rotina

Eu disse que não há razão para ficar deprimindo. Isso é verdade. E aqui tenho notícias

ainda melhores: sair de uma situação ruim é algo relativamente fácil de ser feito.

1. Reconheça que você tem pouca energia... e energia é o que precisa ter. Imagine que

dentro de seu cérebro há um painel de motivação. Esse painel contém dúzias de fusíveis,

cada um com um condutor de energia. Quando você fica preso numa queda, muitos

desses fusíveis estouraram.

Fusíveis estourados – qualquer tipo de pensamento negativo, autodepreciador ou

autolimitador – devem ser removidos antes de serem substituídos por coisas boas.

Para retirar os fusíveis queimados:

Reconheça que a depressão passará. (Ela já passou antes, não é verdade?)

Tente não ficar bravo consigo mesmo. (Afinal, isso é basicamente um problema

bioquímico).

Lembre-se do quão sortudo você é. (Há milhões de pessoas em situação bem pior).

Se estiver preocupado com um problema específico, imagine o pior resultado possível e

então descubra como sobreviver ao problema.

Isso neutralizará a ansiedade.

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2. Faça alguma coisa – qualquer coisa – que lhe dê um pouco de carga. A ideia é

pensar/dizer/fazer um número de coisas que o energizem, como descobriu por

experiência. Algumas coisas que funcionam para mim, podem funcionar para você.

Experimente essas:

Escute música. Alta. Escolha algo que o “anime”. A seleção dessa manhã para mim foi

Help Me Rhonda, dos Beach Boys. Muito terapêutico.

Dance. (Assegure-se de que ninguém esteja vendo).

Se não conseguir dançar, faça algum tipo de exercício maluco. Polichinelos frenéticos.

Pule como um sapo pelo quarto. (Faça isso sozinho também).

Fique na frente de um espelho e sorria. Sorria 100 vezes. Você sabia que o ato físico de

sorrir libera endorfina? Você não acreditará até tentar. Vá em frente.

Se fizer o suficiente dessas coisas... e realmente se livrar de fusíveis queimados… estará

pronto para a etapa três (que é realmente a chave para o processo todo).

3. Complete uma tarefa importante – algo útil que tenha valor para você.

O truque é ter uma lista cheia de tarefas importantes que precisam ser realizadas. Se você for

uma pessoa ocupada, isso não será problema. As tarefas deixadas de lado em sua lista devem

ser relativamente pequenas no escopo – elas devem ser completadas em, no máximo,

algumas horas.

Eu não posso nem tentar adivinhar o que há em sua lista. A minha provavelmente teria algo a

ser escrito (como uma história curta, uma cena para uma peça ou uma mensagem para a

Early to Rise). Ela pode conter também algo mais simples (como substituir uma lâmpada

queimada há seis meses).

Lembre-se de que o trabalho deve ser importante – para você – e deve ser feito

adequadamente. Se a resposta for positiva, você estará fora de sua rotina quando terminar essa

tarefa.

Isso funciona todas as vezes. Sair da rotina está relacionado a esquecer os problemas que

estão esgotando sua energia e se envolver em algo energizante e bom. O segredo é sair da rotina

em estágios. Caso contrário, não terá sucesso.

Mais uma coisa: quando sentir que estiver ficando deprimido, não ignore o sentimento.

Aja imediatamente.

Você não se permitirá ter uma enxaqueca. Por que se deixar cair em desespero?

Depressões são como dor de cabeça. Elas são terríveis, mas normalmente aparecem

devagar. Se você atacá-las no começo, quando estão apenas começando, poderá derrotá-las. Se

esperar tempo demais, você acabará sofrendo.

Portanto, no momento em que se sentir chateado ou deprimido ou simplesmente sem

motivação, reconheça o sintoma de uma doença se aproximando – e comece essa cura de três

partes que acabei de demonstrar.

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QUANDO SUA VIDA DÁ UMA GUINADA PARA O PIOR

Um novo cliente que concordou em assinar com você simplesmente cancela.

Uma promoção prometida se evapora.

O prazo que seu encanador prometeu passa sem que nada seja feito.

O truque em lidar com decepções como essas é ter um plano do tipo “e se isso não

acontecer?” desde o começo.

A ideia é criar um Plano B toda vez que criar um Plano A. E, se criar um bom Plano B e

passar algum tempo visualizando-o (após visualizar o Plano A), você não se sentirá

decepcionado se o Plano A não der certo.

Se, por exemplo, você estiver esperando ir a Londres no Natal deste ano, vá em frente e

reserve o hotel – mas gaste alguns minutos pensando sobre o que poderia fazer em vez disso se,

por alguma razão, a viagem não der certo. (Um Natal especial em casa – celebrado de alguma

maneira nova e interessante – pode acabar sendo ainda melhor).

Um plano de emergência também funciona em caso de uma interrupção não prevista em

sua rotina. Sempre estar preparado com uma lista de tarefas que queria ter realizado há muito

tempo é uma boa maneira de transformar um tempo livre inesperado numa experiência rica e

recompensadora.

Alguns anos atrás, por exemplo, eu machuquei o joelho e tive que realizar uma cirurgia,

que me deixou fora do tatame de jiu-jítsu por seis meses. Para alguém com meu cronograma (e

mentalidade viciante), isso poderia ter sido muito ruim. Mas, como eu já havia tido lesões no

joelho e, portanto, sabia que algum dia teria que passar por essa cirurgia, tinha desenvolvido um

plano de emergência que fez com que meu tempo de recuperação fosse suportável.

Meu plano de emergência para as duas semanas na cama (e tomando analgésicos – o que

significava que eu não poderia realizar nenhum trabalho importante) era me atualizar em todos

os ótimos filmes que eu nunca tinha visto ou havia assistido apenas uma vez. O plano para os

seis meses de inatividade no jiu-jítsu era usar o tempo para descansar e restaurar meus ombros e

costas, que estavam seriamente lesionados.

O plano de assistir aos filmes funcionou bem. Vi de dois a três ótimos filmes por dia –

mais de 30 ao todo. Também consegui, durante a segunda semana, ler meia dúzia de publicações

de negócios que estavam acumuladas no canto da minha mesa. Longe de me sentir triste e

abusado, eu estava muito contente durante aquele período inicial de convalescência – e isso era

inteiramente devido ao fato de que estava fazendo coisas que queria fazer havia muito tempo.

Meu plano de emergência para os seis meses de inatividade foi mais desafiador. Eu ainda

ia à academia de jiu-jítsu a cada momento livre (e ocasionalmente ajudava com uma lição), mas,

na maior parte das vezes, eu estava frustrado por não conseguir treinar novamente – um

sentimento que se intensificou conforme meu joelho melhorava.

Mas, como eu usei esse tempo para trabalhar em meus ombros e costas, após deixá-los de

lado por mais de três anos, sentia que estava conquistando algo. E, devido a todo o cuidado que

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tive em curar meu corpo, quando finalmente pude treinar outra vez, pude competir pela primeira

vez em anos com um corpo sem lesões (apesar de mais velho). Isso foi muito bom.

Gaste cinco minutos por dia perguntando a si mesmo:

“Qual desenvolvimento positivo em minha carreira estou esperando agora?”

“E se ele não acontecer?”

Em seguida, pergunte-se as mesmas questões sobre sua vida pessoal.

Se você não possuir um plano de emergência, desenvolva um. Quando o fizer, assegure-

se de que esteja feliz com ele. Caso contrário, trabalhe um pouco mais nele. Você descobrirá que,

quanto mais tempo gastar refinando-o, mais atraente ele será.

E, no caso de ter inesperadamente mais tempo em suas mãos, prepare-se agora fazendo

uma lista de projetos e/ou tarefas que sempre quis fazer. (Esteve pensando em escrever um

romance? Pesquisar sobre sua árvore genealógica? Você está frustrado pois não fala uma língua

estrangeira? Não sabe dançar salsa?)

Gaste algum tempo pensando sobre seus projetos dos “sonhos”, refinando-os e

imaginando como pode torná-los realidade. Quanto mais tempo gastar fazendo isso, mas

empolgado você ficará. E então, quando a hora chegar (e ela certamente chegará), você sairá da

decepção para o entusiasmo rapidamente.

NOVE PASSOS PARA DERROTAR A DEPRESSÃO

De todas as muitas prescrições para a felicidade que habitam a mídia atualmente, a mais

popular é também a que menos ajuda. Estou falando sobre a ideia de que é possível derrotar a

depressão “prestando mais atenção a si mesmo”.

A verdade é que prestar mais atenção a si mesmo não o deixará feliz. Na verdade, quanto

mais fizer isso, menos feliz você provavelmente se tornará. Focar-se dentro de si pode perpetuar

seus sentimentos de falta de esperança.

O correspondente do Programa 60 Minutes, Mike Wallace, definiu a depressão dessa

maneira: “A luz do sol não significa nada para você. As estações, os amigos ou a boa comida não

significam nada. Tudo o que você faz é focar em si mesmo e em quão mal se sente”.

Pense sobre as pessoas mais infelizes que conhece. O que elas estão sempre falando?

Suas conquista. Seus problemas. Suas esperanças. Suas preocupações. Suas isso, suas aquilo.

Resumindo, sobre si mesmas.

Eu tenho uma amiga. Vamos chamá-la de Shelly. Shelly é uma mulher inteligente e

bonita, mas não consegue manter relacionamento de longo prazo. Ela não tem ideia do porquê

isso acontece. “As pessoas estão sempre me decepcionando”, ela diz. E ela tem muitas histórias.

Nós almoçamos juntos duas ou três vezes ao ano. E a cada encontro, Shelly fala sem

parar sobre todas as pessoas que a decepcionaram. Ela reclama do chefe. Do marido. E faz isso

com um pouco de senso de humor – mas todo o assunto é sobre ela.

Eu sugeri a Shelly que ela seria mais feliz se fizesse algum tipo de trabalho voluntário ou

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tivesse um hobby. Talvez uma animal de estimação. Mas ela não escuta.

Para alguém observando de fora, Shelly não tem nada para reclamar. Ela tem uma saúde

perfeita. Tem uma família saudável. E é financeiramente independente – o que a deixa entre as

pessoas mais sortudas na Terra. Ainda assim, da perspectiva dela – de dentro – ela não vê nada

além das coisas negativas.

Você provavelmente tem uma Shelly em sua vida. Talvez até mais de uma. O problema

com as Shellys de nosso mundo é que elas gastam muito de seu tempo valioso pensando e

falando sobre si mesmas. A vida delas nunca melhora. E elas não conseguem descobrir o porquê.

Elas acreditam que a solução está em fazer com que outras pessoas se sintam tristes por elas.

Elas não entendem que procurar atenção é uma grande parte de seus problemas.

Eu tenho uma teoria sobre o porquê isso acontece.

Há essencialmente dois impulsos no universo: contração e relaxamento. Tudo – todas as

coisas animadas e inanimadas – está, literalmente, se tornando mais ou menos denso em um dado

momento. A densidade final é o buraco negro, que suga a luz mas não fornece nada.

Como criaturas psicológicas, nossa consciência está sempre em fluxo entre a contração e

a dissolução do ego. Nossos impulsos egocêntricos são a fonte de muito do trabalho que fazemos

e da arte que criamos, mas eles também são uma fonte de tensão, doença e desespero.

Nossos impulsos de disposição são a fonte de nossos relacionamentos amorosos. Eles nos

relaxam e nos preparam para aceitar a dissolução final do ego, que é a morte.

A contração nos dá o prazer egoísta de ser amado – ser reconhecido e apreciado. O

relaxamento nos dá o prazer exocêntrico de amar – nosso trabalho, nossas vidas e as pessoas que

a habitam.

Ambos, a contração e o relaxamento, podem fornecer prazer, mas o prazer da contração

(o prazer do ego) é temporário, enquanto o do relaxamento é o prazer duradouro da alma.

É uma sensação boa ter pessoas prestando atenção em você. Mas, até mesmo em sua

intensidade máxima (imagine ser um popstar), o prazer se dissipa quase tão rápido quanto a

atenção se desvia. E, quando o prazer do ego se vai, um vácuo de tristeza toma seu lugar.

É como tomar drogas. O efeito é temporário. É viciante. Deixa-o querendo mais. E cada

vez que você consegue mais, isso já não é o suficiente. Eventualmente, isso o mata.

“Chega desse pensamento profundo”, você diz. “Como isso se relaciona comigo?”

Apenas isso: da próxima vez em que estiver se sentindo triste ou bravo, reconheça que há

uma maneira de se sentir feliz novamente. Relaxe seu ego.

Faça isso dessa forma:

1. Aceite o fato de que é perfeitamente normal se sentir mal às vezes. Apesar de sua

força interior e de suas muitas conquistas, você ocasionalmente se encontrará triste. É

natural que pessoas ambiciosas se sintam dessa maneira. Como o especialista de

produtividade, Timothy Ferriss diz: “As crises ocasionais de dúvidas e tristezas são

parte integral na construção de qualquer coisa notável”.

2. Se estiver chateado devido a algo que fez a si mesmo, perdoe-se. Não tem

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problema. Você errou. O que importa é o que você fará em seguida, não o que acabou

de fazer.

Eu, às vezes, me sinto nervoso quando estou pressionado por obrigações do trabalho.

Mas, quando examino a razão para todo esse trabalho, é normalmente por que eu me

ofereci para fazê-lo em primeiro lugar. Quando eu reconheço que meu humor está

sendo afetado por minhas próprias razões anteriores, eu me lembro de que sou

sortudo. “Não tem problema ficar bravo. Mas não há razão para isso. Você conseguirá

superar o dia de hoje. E poderá ter uma melhor disciplina amanhã”. Isso é o que digo

a mim mesmo e me sinto melhor instantaneamente.

3. Se você estiver chateado devido a algo que outra pessoa fez para você, relaxe.

Conte até 10. Reconheça que não pode controlar o comportamento de outras pessoas.

A única coisa que pode controlar é sua resposta ao comportamento delas. Ninguém

pode tirar isso de você.

“Entre o estímulo e a resposta há um espaço”, disse Viktor Frankl, autor do livro

Man’s search for meaning (A Procura do Homem pelo Significado). “Nesse espaço

está o seu poder de escolher sua resposta. Nele está nosso crescimento e nossa

liberdade”.

Eu costumava ficar chateado quando família, amigos ou colegas de trabalho cometiam

um engano. Eu percebo agora o quão estúpido isso era. Não me fazia bem algum. E me deixava

improdutivo, infeliz e desagradável de se ter ao lado. Eu mudei aprendendo a dar a outra face.

No momento em que parei de ressentir os outros por suas falhas, comecei a me sentir melhor

sobre mim mesmo.

É impressionante o quão bem isso funciona.

Alguém esbarra em você na rua e acaba torcendo seu tornozelo. Você tem uma escolha.

Pode ficar bravo com essa pessoa. Pode ficar chateado consigo mesmo por não estar mais atento

de seus arredores. Ou pode perdoar a pessoa e a si mesmo e mudar a maneira que pensa sobre

sua lesão. Em vez de lamentar a inconveniência de ficar de cama por uma ou duas semanas, veja

o período de recuperação como um presente – uma chance de começar um novo projeto ou se

atualizar na leitura.

4. Não permita que expectativas irrealistas interfiram nos seus relacionamentos.

(Essa é uma subcategoria de não permitir que o comportamento de outras

pessoas o chateiem). Em vez de ficar chateado com o hábito de sua esposa de

(preencha o espaço em branco), tenha a intenção de aceitar o fato de que ela não

mudará e encontre uma maneira de perdoá-la e até mesmo amá-la por sua fragilidade.

Em vez de ficar bravo por seu filho ser bagunceiro, encontre uma maneira de amá-lo

por seus pontos fortes enquanto suavemente o ensina (mostrando, e não dizendo) as

vantagens de ser organizado. Em vez de ficar bravo com seu parceiro de negócios

pois ele não se saiu tão bem como esperava, aprenda a apreciar o que ele traz de bom

para sua empresa e a negociar um novo acordo com ele sem raiva.

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Aceitar as pessoas como são não significa deixá-las estragar sua vida. Pelo contrário,

significa ser realista – perceber que 90% das vezes as características fundamentais de

uma pessoa não podem ser alteradas. Se achar que um certo comportamento é

inaceitável, procure mudar a maneira com a qual você lida com ele (algo que você

pode fazer) em vez de tentar mudar a pessoa (algo que você não pode fazer).

5. Se estiver chateado devido às circunstâncias fora de seu controle, relaxe

duplamente. Como Alex Green, Diretor de Investimento do Oxford Club e

presidente do Investment U, disse em seu artigo The Psychology of Optimal

Experience (A Psicologia da Experiência Ótima), é possível lidar com seus

problemas de forma mais eficaz se você defini-los como “problemas” (que podem ser

resolvidos) ou “impasses” (que podem ser lidados).

Ficar preso numa tempestade ou ter um resfriado não é razão para ficar bravo consigo

mesmo. Ficar preso num colapso mundial da economia também não.

6. Se você está infeliz no trabalho, encontre uma maneira de se importar com o que

está fazendo. Como Albert Camus disse, “mas o que é a felicidade a não ser a

simples harmonia entre um homem e a vida que ele leva?”. Você não sentirá a

felicidade se trabalhar num emprego que odeia ou se realizar um trabalho ruim num

projeto de que gosta. Mas, se aprender a gostar do trabalho que faz, descobrirá que

sua energia aumentará e você começará a se divertir.

7. Participe de algum esporte ou exercício desafiador – algo que seja tão difícil que

você não possa fazer enquanto pensa em outra coisa. Andar, se alongar e praticar

yoga são ótimas formas de exercício. Se você as fizer com uma mente tranquila, elas

o deixarão mais saudável e mais feliz. Mas, se as fizer quando está triste e sentindo

mal, elas não o aliviarão em nada. Você esquecerá o exercício e focará em

pensamentos negativos. Isso apenas deixará as coisas piores.

8. Reconheça que a saúde de seu corpo tem muita relação com seu humor. Se

estiver se sentindo mal a maior parte do tempo, provavelmente terá que realizar

algumas mudanças de estilo de vida. Ou seja:

Alimente-se de maneira saudável: Comer muitos carboidratos o deixará

maluco, emburrado e cansado. Para ter uma energia consistente o dia todo, use

os alimentos como combustível. Coma seis refeições menores por dia,

evitando porcarias e dando preferência a alimentos orgânicos, carnes magras e

bastante proteínas.

Durma bem e adequadamente. Para mim, um sono adequado é o

contribuinte principal para me sentir bem. Estudos mostram que as pessoas

que dormem sete horas por noite vivem mais, sofrem de menos doenças e

conquistam mais pois têm mais energia. Se você ficar cansado durante o dia,

tire uma breve soneca.

Receba o conselho de um bom médico sobre antidepressivos. Geralmente

sou contra colocar substâncias químicas no corpo. Prefiro muito mais curas

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naturais. Mas antidepressivos ajudaram algumas pessoas próximas a mim e

podem ajudá-lo também.

9. Realize etapas positivas para focar no “fora” em vez de “dentro” – para prestar

menos atenção a si mesmo e mais atenção aos outros. Alguns exemplos:

Faça seus amigos felizes. Sorria ao vê-los. Ouça as histórias deles. Dê os

conselhos que desejam e pare de falar quando não estiverem interessados. Seja

a pessoa a quem eles procuram quando não se sentem bem. Aprenda a amar

seus pequenos erros e incentive-os a superarem suas falhas. Acima de tudo,

seja leal.

Seja um recurso confiável e estável para seus colegas de negócios. Ajude-os a

conquistar seus objetivos – não porque deseja que eles sejam recíprocos de

alguma maneira, mas simplesmente porque você se importa e deseja que eles

sejam bem sucedidos.

Faça algo para alguém que não conhece – um estranho que encontrar, uma

criança adotiva ou uma pessoa pobre ou doente que pode se beneficiar de sua

ajuda. Gaste tempo e dinheiro.

Torne esse foco externo uma parte natural de sua vida diária. Faça-o de propósito e

deliberadamente até que se torne natural. Você saberá quando isso acontecer, pois estará

se sentindo feliz na maior parte do tempo – e, quando se tornar triste ou bravo, poderá

superar esse sentimento de maneira fácil e rápida.

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Parte Oito –

CONSTRUINDO SEU PATRIMÔNIO

DESCUBRA QUANTO VOCÊ VALE E DEIXE SUA VIDA MUITO, MUITO MAIS RICA

Uma mulher francesa, ao encontrar Picasso num restaurante parisiense, abordou o grande

mestre e insistiu para que ele deixasse seu café de lado e fizesse um rápido desenho dela.

Graciosamente, Picasso concordou. Quando terminou, ela pegou o desenho, colocou em sua

bolsa e tirou a carteira.

“Quanto lhe devo?”, ela perguntou.

“US$ 5 mil”, foi a resposta de Picasso.

“US$ 5 mil? Mas você levou apenas três minutos!”, ela exclamou.

“Não”, Picasso respondeu. “Levei minha vida toda”.

É assim que me sinto pelo trabalho que faço. Minhas habilidades – como comerciante e

pequeno construtor de negócios – são muito valiosas. Se você quer que eu o ajude a vender seus

produtos ou a fazer sua empresa crescer, pode se preparar para me pagar pelo menos US$ 2 mil a

hora.

E isso somente se eu tiver tempo… o tempo de trabalho… que sobra na minha agenda.

Se você quer que eu trabalhe durante meu tempo pessoal – noites ou fins de semana ou durante

minhas férias –, quando isso lhe custaria? Melhor nem perguntar.

Um empresário rico que já vem lendo Early to Rise por muitos anos estava tentando me

persuadir a ajudá-lo com sua empresa. Recentemente, ele ofereceu me pagar US$ 50 mil para

passar um fim de semana com ele – e “muito mais” se eu concordasse em fornecer apoio

contínuo.

Eu educadamente recusei a oferta e foi muito difícil para ele entender o porquê. “Estou

oferecendo lhe pagar US$ 3mil por hora”, ele disse.

Isso é verdade. Por 16 horas (dois dias de trabalho), US$ 50 mil corresponde a um pouco

mais do que US$ 3 mil a hora. Mas eu não aceitei a oferta, porque ele estava pedindo para usar

meu tempo pessoal – o tempo que gasto com minha família e meus amigos e o tempo que gasto

com meus hobbies. E esse tempo vale pelo menos duas vezes mais do que o meu tempo de

trabalho.

Como Calcular Seu Preço por Hora

Agora vamos falar sobre você. Vamos calcular o quanto seu tempo vale.

Aqui está a fórmula que eu uso: pegue a quantidade de dinheiro que ganha por ano. Em

seguida, divida isso por 50 semanas e, depois, por 40 horas.

Por exemplo, meu amigo Walt possui uma empresa em crescimento no mercado

imobiliário. Para convencê-lo de que ele não deveria trabalhar tanto, eu o ajudei a aplicar a

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fórmula para essa situação.

Walt ganha aproximadamente US$ 150 mil por ano. 150 mil divididos por 50 semanas

resulta em US$ 3 mil (o quanto ele ganha por semana). US$ 3 mil divididos por 40 horas

equivalem a US$ 75.

“É isso o que seu tempo vale”, disse a ele. “Portanto, nunca faça nada você mesmo que

poderia pagar menos de US$ 75 para ser feito”.

Agora, faça você mesmo. Divida seu salário anual por 50 semanas. E, então, divida-o por

40 horas.

Se o número resultante for menor do que US$50, isso me diz que você não está

praticando uma habilidade financeiramente valiosa – uma que contribua para os resultados de

sua empresa. Isso significa estar envolvido na criação do produto, marketing, vendas ou

gerenciamento de lucro. Se esse for o caso, comece a realizar um desses serviços... pois é aí onde

estão os grandes salários.

Ao mesmo tempo, torne-se o mais valioso possível em seu emprego atual. E comece a

focar no trabalho realmente importante que impulsionará sua carreira – e seu salário – para a

frente.

Antes que possa perceber, seu preço por hora será dobrado ou até mesmo triplicado com

relação ao que é hoje.

E seu tempo pessoal sempre valerá mais. Ele pode ser três vezes mais valioso do que o

tempo que passa no trabalho... cinco vezes mais valioso... ou até dez vezes mais. Só você saberá

o quanto ele vale.

Após conhecer esse número, é possível assegurar de que cada tarefa pessoal na qual tome

parte “valerá” aquela quantidade de dinheiro pra você.

Vamos dizer que, por exemplo, ao aplicar a fórmula, você calculou que o seu tempo de

trabalho vale US$ 25 por hora. E descobriu que seu tempo pessoal vale duas vezes isso: US$ 50

por hora. Agora digamos que você gaste três horas a cada fim de semana no verão trabalhando

no jardim (cortando a grama, aparando árvores, fertilizando e assim por diante).

Pergunte-se a si mesmo se acha que isso vale US$ 150 (US$ 50 vezes as 3 horas de seu

tempo pessoal). Se sentir que sim, continue fazendo. Caso contrário, contrate alguém para fazê-

lo – o que certamente custará menos de US$ 150 por semana – e deixará seu tempo livre para

atividades de que realmente gosta.

O mesmo se aplica para qualquer trabalho na casa que possa ser contratado – limpeza,

pintura, lavar o carro.

Nós todos temos o mesmo número de horas no dia. O quanto você ganha pelas horas

trabalhadas – e quanto prazer obtém das horas em que não trabalha – são ambos a seu critério.

O QUE REALMENTE É NECESSÁRIO PARA FICAR RICO

“Eu não tenho sua atitude”, Jeff disse para mim. “Apenas não tenho a mentalidade de

alguém que pode ganhar muito dinheiro”.

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“Você quer ganhar muito dinheiro?”, eu perguntei.

“Essa é a parte triste”, ele disse, sorrindo ironicamente. “Eu quero”.

“Bem”, eu disse, “por que você não esquece sua atitude e foca em seu comportamento?”

“O que quer dizer?”

“Por que você não para de pensar por que não consegue ganhar muito dinheiro e faz

alguma coisa para que isso aconteça?”

“Como?”

Eu entreguei a ele um pedaço de papel. “Comece escrevendo quanto você gostaria de

valer em 20 anos”.

Ele o fez.

“Agora”, eu disse, “vamos conversar sobre como você pode chegar até esse número, ano

a ano”.

Após uma hora, ele tinha metas de patrimônio líquido para os próximos 20 anos. O alvo

para o ano atual era bem conquistável. Ele estava motivado.

“Isso é ótimo!”, ele disse.

“Como se sente sobre isso?”

“Acho que posso cumprir”.

A atitude pode mudar um comportamento, só que o mais comum é o comportamento

mudar uma atitude.

Em outras palavras: tornar-se rico não depende tanto de ser uma pessoa negativa ou

positiva, mas sim das ações específicas que você toma ou não.

Há tanta falta de informação sobre esse assunto na indústria de autoajuda.

Os pretensiosos querem acreditar que há um interruptor mental dentro deles que, se for

encontrado, pode transformá-los instantaneamente de pessoas preguiçosas a máquinas humanas

de dinheiro.

“O interruptor está em algum lugar em seu cérebro”, eles argumentam. “Encontre-o,

ligue-o o resto será fácil”.

Sim, é fácil ficar rico... mas, se a única coisa que está disposto a fazer é pensar sobre ser

rico, acabará se decepcionando.

Você pode não gostar do que estou dizendo, mas precisa ouvir. Por favor, confie em

mim.

Não estou dizendo que não acredito em pensamento positivo. Eu acredito absolutamente

que isso ajuda de muitas maneiras.

Quando escovo meus dentes pela manhã, sorrio para mim mesmo no espelho uma dúzia

de vezes para me dar energia e me deixar com um humor produtivo. E, quando vou fazer um

discurso, participar de uma luta ou fazer uma apresentação, uso a visualização para me preparar

mentalmente para me sair bem.

Mas essas coisas não me transformarão num imã de dinheiro.

Para desenvolver o poder de criar riqueza, é necessário tomar ações muito específicas de

construção de patrimônio. E cada vez que completar uma dessas ações, você sentirá uma

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mudança profunda dentro de si mesmo.

Isso é o que você realmente precisa – uma mudança em seus hábitos e comportamentos

de construção de riqueza.

PAGUE-SE PRIMEIRO E FIQUE RICO AUTOMATICAMENTE

Pegue qualquer livro de planejamento financeiro numa livraria e verá o mesmo conselho.

Se deseja acumular dinheiro o suficiente para se aposentar algum dia, comece fazendo

orçamentos.

Ao listar despesas e limitar gastos, eles dizem, é possível ter o suficiente sobrando a cada

mês para economizar e ficar rico.

O problema é que, quando você faz o orçamento, acaba pagando todas as outras pessoas

primeiro – o locador, as empresas de cartão de crédito, a empresa de telefone e assim por diante.

E, apesar de seus melhores esforços, acaba sem nada para colocar no banco.

Então você se castiga e promete fazer melhor no mês seguinte. Mas isso nunca acontece.

Há sempre contas inesperadas a pagar, promoções imperdíveis para se tirar proveito e

aqueles R$ 200 ou R$ 300 que parecem desaparecer.

Eu tentei fazer um orçamento por aproximadamente 20 anos. Não deu certo. Mas há uma

estratégia que descobri mais tarde que funciona. Na verdade, ela funciona muito bem.

Acho que a razão para ela funcionar tão bem é porque é muito simples.

Aqui está: cada vez que você receber seu salário, conseguir um lucro ou ganhar dinheiro

de alguma forma, tire uma porcentagem fixa para poupar (ou investir) rapidamente. Guarde esse

dinheiro antes de pagar suas contas.

Pense sobre você mesmo como uma corporação. Na função de chefe dessa corporação,

seu trabalho é conseguir um lucro saudável. Todas as vezes que gastar após isso – em contas e

assim por diante –, essas serão suas despesas.

Apenas a porção que vai para sua poupança é realmente sua.

Você pode dizer: “Isso não passa de uma maneira de me enganar. Se eu tiver disciplina,

posso colocar a mesma quantidade de dinheiro no banco após pagar minhas contas”. Você pode

até pensar que fazer isso é mais responsável.

Mas não é. Sua primeira responsabilidade como indivíduo (e chefe da corporação VOCÊ)

é se tornar financeiramente independente. Ao fazer isso, você nunca terá que ser dependente de

outras pessoas ou do governo.

Você poderá tomar conta de suas necessidades e das necessidades de sua família. Essa é

uma meta muito responsável. E é uma que você poderá conquistar facilmente se pagar a si

mesmo primeiro!

Para tornar o processo quase automático, vale até programar depósitos com antecedência

se for o caso. Você pode argumentar que isso é, na verdade, pagar-se em segundo lugar, afinal, o

governo sempre ganha a primeira parte do seu salário. Não importa.

Eu me pago primeiro depositando uma porcentagem de qualquer renda que recebo em

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uma poupança.

Eu pago o governo em seguida, criando uma conta corrente separada, na qual deposito

uma porcentagem de cada taxa que me é paga – o dinheiro que terei de arcar com impostos.

Então pago minhas contas.

Se não estiver fazendo isso, experimente. Ficará surpreso em quão rápido sua conta de

lucro pessoal crescerá.

A MELHOR MANEIRA DE CHEGAR AO TOPO DE QUALQUER NEGÓCIO

Qual a melhor maneira de superar seus colegas e vencer sua concorrência?

Trabalhar mais duro do que eles.

Se isso soa desafiador, considere o seguinte: a maioria das pessoas não trabalha tão duro.

Algumas gastam seus dias de trabalho fazendo o mínimo possível. Outras se mantêm

ocupadas, mas conquistam muito pouco. Elas escrevem memorandos longos, discutem

problemas que não precisam ser discutidos, contestam pontos insignificantes e ficam entediadas.

Mas apenas alguns se aplicam – por bastante tempo e de verdade – aos desafios chaves

que determinam o sucesso.

Entendendo isso, você pode ver que até mesmo uma quantidade modesta de trabalho duro

o colocará além dos preguiçosos terminais e da multidão mediana. Apenas trabalhando nove

horas inteligentes por dia, você eventualmente chegará ao escalão superior de quase qualquer

organização.

Mas subir o último degrau dessa escada será difícil.

Nesse nível, você estará competindo com as outras pessoas inteligentes e que também

trabalham duro. E algumas delas podem ter vantagens que você não possui. Elas podem ser mais

inteligentes. Elas podem ser mais atraentes. Elas podem ter contatos melhores. Mas existe uma

coisa que ela não têm mais do que você: tempo.

Se puder gastar mais tempo do que as outras pessoas estão dispostas ou usar seu tempo de

maneira mais eficiente, você passará na frente delas.

O fato é que a vida não é justa. Quando se trata de dinheiro, beleza, inteligência e talento,

a distribuição não é uniforme, e sim arbitrária. Mas uma coisa que todos nós temos igualmente

são 24 horas por dia. O que você faz com essas horas determinará seu sucesso e sua felicidade.

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CINCO SEGREDOS PARA DOBRAR SEU DINHEIRO A CADA TRÊS ANOS

Para dobrar seu dinheiro a cada três anos, será necessário um lucro anual médio de

aproximadamente 26%. Parece um alvo fácil? Ou difícil?

Quando observo meus próprios registros de investimentos, aqui está o que vejo.

Ações: eu compro principalmente fundos de índice sem taxas de administração e algumas

ações de alto nível. Na média, através dos anos, me saí tão bem quanto o mercado nos

últimos 100 anos – ou seja, aproximadamente 10%. Eu acredito que poderia ter um

resultado melhor com as ações. Conheço muita gente que consegue isso. Se eu seguisse o

conselho delas consistentemente e cuidadosamente, acredito que poderia conseguir de

15% a 18% por ano com minhas ações. Isso não é o suficiente para dobrar meu dinheiro a

cada três anos, mas pode me fazer rico ao longo dos anos.

Ações de pequenas empresas: Eu experimentei comprá-las e perdi muito dinheiro.

Então parei.

Títulos: Eu compro bonds municipais AAA e não os troco, para que ganhe as taxas de

mercado. Em 25 anos, provavelmente consegui uma média de 4,5% – que, na minha faixa

de impostos, resulta em aproximadamente 7% brutos. Sete por cento dobra a cada nove

anos. Isso não aumentará minha riqueza significantemente, mas a protegerá de perdas do

mercado de ações e (normalmente) da inflação. Eu tenho aproximadamente 50% de meus

investimentos líquidos – 15% de meu patrimônio líquido – em títulos.

Opções: nunca as tentei.

Câmbio: Nunca fiz.

Imóveis de Renda: Tenho feito isso há aproximadamente 20 anos. Melhorei com a

experiência. Contando meus erros iniciais, minha média é 18%. Estou muito feliz com

meus investimentos de aluguel imobiliário e acho que, aplicando o que já aprendi,

poderei fazer um pouco melhor no futuro. Embora não esperaria conseguir 26% por ano

no mercado imobiliário.

Comprar – Construir – Vender imóveis: Eu entrei e sai desse jogo na hora certa. Fiz

milhões de dólares durante os anos 90 – fazer de 50 a 100% em transações individuais

parecia quase “normal”. Conforme os preços subiram muito, desisti. (Tudo isso está

documentando na Early to Rise). E, exceto pelo erro bobo de deixar um sócio comprar

três casas que eu sabia estarem acima do preço em 2002, nunca perdi dinheiro em

nenhum negócio. No geral, eu fazia em média de 30% a 35% por ano, durante 10 anos,

mas não acho que terei essa oportunidade novamente por um bom tempo. Eu gosto da

ideia de investir em outras áreas (o que Justin Ford recomenda), e estou fazendo um

pouco disso. Mas não espero conseguir 26% de lucro desses investimentos.

Investimento imobiliário passivo: Tenho investido nos negócios imobiliários de um

amigo por 15 anos. Os retornos subiram e desceram – e tive a chance de aprender muito

sobre os negócios de desenvolvimento durante esse tempo – mas meu lucro em geral foi

de aproximadamente 14% com ele.

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Desenvolvimento estrangeiro: Comprei muitos imóveis estrangeiros nos último 15 anos.

Os retornos foram geralmente muito bons nesse investimento – 50% ou mais. Mas não

farei muito disso agora. O mercado se tornou muito mais seletivo.

Pequenas empresas: A área de investimento que me deu os melhores retornos – bem

além dos 26% – tem sido a área de pequenas empresas. Embora as empresas individuais

com as quais estou envolvido variem muito (algumas perdem dinheiro, outras se mantêm

equilibradas, algumas têm lucros modestos e outras ganham muito dinheiro), minha

média anual está provavelmente acima dos 50% de retorno por ano em todos os meus

empreendimentos iniciais. Contando as empresas mais velhas também (que possuem um

crescimento mais lento) e os fracassos ocasionais, eu diria que meu lucro geral com

pequenas empresas é superior a 35%.

Empresas novas me deram muito – um crescimento estável de renda, uma base de riqueza

que dobrou a cada três anos, a oportunidade de me envolver em muitos outros investimentos

interessantes e uma vida de negócios rica e estimulante.

Devido à natureza do que fiz – me envolver em dezenas de novas empresas, incluindo dois

negócios de marteking direto que estavam essencialmente apoiando novas empresas, tive a

chance de participar de centenas de negócios lançados nos últimos 25 anos. Eu vi e cometi, cada

erro que se possa imaginar. E vi alguns lançamentos muito bem sucedidos também.

Embora eu às vezes reclame por trabalhar demais, tenho que admitir que gosto de

começar novas empresas. É muito divertido. E é algo que sei como fazer. Quando inicio

negócios hoje em dia, tenho confiança de que vão funcionar. Nem sempre tive essa confiança. E

nem sempre a mereci. Mas gradualmente, durante 25 anos, acumulei um pequeno livro de

orientações em minha mente que me dá bons conselhos sobre o que vai funcionar e o que vai dar

errado.

Em 2007, eu transcrevi esse livro mental para o papel. O resultado foi meu livro mais

bem vendido – Preparar, Fogo, Apontar, publicado pela John Wiley & Sons.

Então, se você me perguntar, “qual é a maneira absolutamente mais rápida para se tornar

rico?” Terei que responder: começando novas empresas.

Essa é minha resposta. Não significa que será a sua também. Você pode não querer

investir o tempo, a criatividade e a energia necessária para ser um empresário de sucesso. Você

pode já estar aposentado e determinado a não desistir de seu jogo diário de golfe. Se investir em

uma pequena empresa não é para você, então eu recomendo observar o investimento em ações e

no mercado imobiliário. Não acho que deva esperar dobrar com segurança seu dinheiro a cada

três anos, mas pode certamente se sair tão bem ou melhor do que eu.

Mas, se acha que gostaria de ser um empresário, você será recompensado. Não apenas

poderá dobrar seu dinheiro (ou até mesmo triplicá-lo) a cada três anos, mas também pode

desfrutar de muitos outros benefícios de ser seu próprio chefe:

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A liberdade de escolher seus próprios horários.

O poder de criar seus próprios produtos.

O entusiasmo de ser totalmente desafiado.

A satisfação de fornecer renda aos seus funcionários.

Minha amiga Anna W. me pediu para ajudá-la a começar uma empresa baseada em seu amor

pela música. Ela estava observando seu plano de aposentadoria e descobriu que, se mantivesse

seu emprego atual e continuasse a aumentar sua responsabilidade e seu salário, poderia se

aposentar confortavelmente em 14 anos (aos 67 anos).

Isso não é ruim. A maior parte das pessoas em seu grupo de idade não se sai tão bem. Mas se

ela usar energia e recursos para criar sua própria empresa bem sucedida, poderá esperar um

retorno muito maior de seu “investimento”.

Anna vai começar os negócios por fora, trabalhando à noite e nos finais de semana. Ela

encontrará um sócio para apoiá-la, desenvolver o produto e levá-lo ao mercado. Quando

observamos os números, ficou claro que essa empresa secundária de Anna – se for bem sucedida

(e tenho confiança de que será) – permitirá a ela conquistar suas metas de aposentadoria em 5

anos em vez de 14, enquanto ela está relativamente jovem.

A partir daí, ela poderá fazer o que quiser pelo resto da vida.

É isso o que uma empresa pode fazer por você.

Pense sobre sua própria situação financeira. Você está bem assim – ou seria útil triplicar seu

dinheiro a cada três anos?

Se você precisa dessa renda acima da média em sua vida, é simplesmente necessário

considerar a possibilidade de montar sua própria empresa. Não saia de seu emprego. Apenas

comece algo por fora. Não é necessário investir muito dinheiro ou trabalhar horas infinitas. Você

pode se sair bem começando com algo pequeno.

Aqui estão cinco segredos comprovados (e absolutamente verdadeiros, na minha

experiência) de empresários altamente bem sucedidos que ajudarão a transformá-lo em um gênio

da construção de negócios.

Segredo número 1: Não Gaste Muito Tempo Planejando

Ao entrar num mercado, você não sabe (e possivelmente não entende) os problemas e

desafios que enfrentará. Você não entende esses problemas até que cometa alguns erros. E não os

resolverá (para seguir em frente tendo sucesso com seus novos negócios) a não ser que seja

capaz de mudar de direção rapidamente.

A maioria das novas empresas bem sucedidas (provavelmente 90% delas) acaba seguindo

práticas diferentes das previstas. É por isso que não vale a pena gastar muito tempo e dinheiro

planejando. Faça uma quantidade razoável de pesquisa. Descubra os movimentos grandes e tenha

uma opção para se salvar. E, então, vá em frente. Aquele que se adapta melhor vence (Darwin).

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Segredo número 2: Não Gaste Dinheiro Demais

A grande maioria das novas empresas bem sucedidos têm um orçamento limitado. Quase

nenhuma delas tem o benefício de fundos de capital de risco.

As pessoas envolvidas em negócios que possuem fundos limitados devem pensar mais,

trabalhar mais duro e (mais importante) vender melhor. Seu esforço inicial primário é conseguir

dinheiro. E é assim que deve ser. Há apenas uma coisa que pode realmente parar qualquer

avanço nos negócios – a falta de dinheiro. Ironicamente, um capital limitado geralmente significa

um fluxo de caixa mais rápido e forte.

Segredo número 3: Comece a Operar Rapidamente

A razão mais comum para o fracasso de um novo produto/projeto é perder tempo se

preparando. Entre criar planos muito longos e caros, mexer sem parar no produto, participar de

grupos de foco e duvidar de si mesmo, é fácil deixar um bom produto/projeto perder seu vapor.

Pessoas com iniciativa própria não se importam em começar com uma ideia copiada

focando um mercado pequeno. A imitação diminui o custo de pesquisa e marketing – e a nova

empresa ao entrar num mercado pequeno provavelmente não terá que enfrentar a concorrência de

empresas grandes e estabelecidas.

Segredo número 4: Vá Primeiro Atrás do Dinheiro

Ao contrário do que alguns livros de negócios podem dizer, empresários bem sucedidos

admitem que seguem a rota mais curta para o dinheiro, ao lançar um novo empreendimento. Eles

fazem isso pois não têm escolha. (Ver o Segredo Número 2). Após o dinheiro começar a fluir,

eles têm tempo e fundos para melhorar o produto, realçar o atendimento ao cliente e refinar as

operações.

Tenha em mente que os melhores planos são frequentemente arrogantes. Você não sabe

ao certo como servir ao mercado. Ao lançar uma empresa ou produto novo, descubra a maneira

de recuperar o investimento mais rapidamente. Esse tipo de pesquisa o forçará a prestar mais

atenção ao mercado.

Segredo Número 5: Esqueça a Equipe do Sonhos; Você é Ela

Empresários bem sucedidos não contratam especialistas para tomar conta de seus

negócios. Eles descobrem como o fazer sozinhos. Quando se trata de criar seu novo

projeto/produto, não dependa de ninguém além de você mesmo, para garantir que ele seja feito

corretamente. Isso pode ser algo estressante e demorado, relacionado a muito trabalho extra, mas

será recompensador a longo prazo. Você entenderá o projeto de uma maneira íntima e

extremamente valiosa.

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COMO PENSAR COMO UM MILIONÁRIO

Em seu divertido livro The Prime Movers (Os Motores Principais), Edwin A. Locke dá

esse exemplo sobre o pensamento de empresários:

Uma pessoa comum observa plantas perenes crescendo nos cantos da rua e pensa como

elas são bonitas, especialmente quando estão parcialmente cobertas com neve. Nesse momento, o

pensamento para. Um empresário observa as mesmas árvores e pensa: “Essas plantas ficariam

muito bonitas numa sala de estar no Natal. Quanto será que pagariam por elas?”

E ele continua a fazer perguntas como:

O quão difícil é cultivar essas plantas?

Qual o investimento necessário?

O quão grande devem estar antes de serem cortadas?

O quão difícil seria cortá-las e transportá-las?

Quanto isso custaria?

Quanto durariam antes de perder suas folhas?

Onde seriam vendidas?

Como seria a concorrência?

É possível criar outros produtos relacionados – por exemplo, guirlandas?

É possível ganhar dinheiro num negócio tão sazonal?

Quanto?

Como posso começar?

Esse tipo de pensamento ativo e direcionado é uma das coisas que separam empresários do

resto da humanidade. Na verdade, a maioria dos empresários bem sucedidos na história – todos

eles megabilionários nos padrões atuais – parecia ter mente dinâmica e pragmática.

Locke dá exemplos de muitas pessoas, incluindo essas:

Thomas Edison: Ele tinha uma máquina de “pensamento virtual”. Quase até o dia em

que morreu, sua mente criava uma corrente de ideias e ele poderia acompanhar até 60

experimentos por vez em seu laboratório.

Steve Jobs: Ele bombardeava as pessoas com suas ideias – investidores, diretoria,

clientes, subordinados e seu chefe John Scully.

Henry Ford: “Ele se aprofundava em cada detalhe, insistindo em deixar coisas pequenas

completamente certas... Mas nunca perdia a visão do objetivo geral e final. Ele tinha uma

visão de como seu novo carro (o Modelo T) deveria ser. De toda a improvisação,

pensamentos e trabalho duro saiu uma máquina que era de uma só vez o automóvel mais

simples e mais sofisticado construído até então em qualquer lugar do mundo”.

Você pode estar pensando: “Mas eu não sou o Thomas Edison, Steve Jobs ou Henry

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Ford”. Bem, eu também não. E poderia citar uma dúzia de empresários multimilionários que

também não possuem essa capacidade cerebral.

A inteligência bruta não é a questão. Caso fosse, Einstein teria sido rico. O que importa

no mundo do comércio é como você pensa.

Algumas pessoas, devido a sua criação ou seu DNA, têm mentes milionárias naturais.

Mas todas as pessoas que são inteligentes e ambiciosas podem aprender a pensar como um

milionário.

Você pode transformar sua mente completa e permanentemente em questão de alguns

meses fazendo algumas pequenas mudanças, uma por vez. Porém, será necessário um pouco de

esforço. Como Joshua Reynolds disse uma vez, “não há expediente para o qual um homem

deixará de recorrer a fim de evitar o trabalho real do pensamento”.

Comece dedicando-se a conversar com cada pessoa bem sucedida que conhece ou com

quem se encontrar. Diga a eles como admira o que eles conquistaram e pergunte como fazem

isso.

Você poderá se surpreender sobre o quão aberto eles serão a essas questões. Nove entre

dez vezes, eles terão prazer em dizer tudo o que sabem a você.

Infelizmente, muitos dos grandes empresários do século 20 foram desacreditados por

historiadores e pela mídia, como Locke aponta no livro Os Motores Principais (2000), se você

mencionar os nomes de Andrew Carnegie ou John Rockefeller ou Conerlius Vanderbilt à maioria

das pessoas, elas pensam em “ladrões gananciosos que tiraram vantagens das circunstâncias”.

Elas não sabem nada sobre as conquistas deles. O que sabem, em sua maior parte, é baseado em

mitos persistentes que fazem com que elas não aprendam com essas figuras e não prosperem.

Locke diz:

É frequentemente dito que os Motores Principais são vistos com suspeita, na melhor das

hipóteses, e com desgosto ou repugnância no pior dos casos... O motivo mais básico [daqueles

que os invejam] é... ódio dos bons por eles serem bons... e ódio dos Motores Principais pois eles

são inteligentes e competentes e porque são melhores no que fazem do que as outras pessoas.

O objetivo final das pessoas que odeiam os bons não é elevar os outros ao nível dos mais

capazes (o que é impossível), mas rebaixar os capazes ao nível dos menos capazes – obliterando

as conquistas, destruindo suas recompensas, fazendo com que eles não possam funcionar acima

do nível de mediocridade, punindo-os e, acima de tudo, fazendo com que eles sintam uma culpa

não merecida por suas próprias virtudes.

Quando você se torna muito bem sucedido, é necessário aprender a lidar com as pessoas

que ficarão ressentidas por conquistar o que elas não conseguiram. Mas primeiro você terá que

chegar a essa posição invejável. E você faz isso praticando o pensamento de grandes empresários

que pensavam como milionários e, portanto, acumularam milhões.

Se você estudar alguém com mentalidade de milionário – descubra exatamente como eles

fazem o que fazem aprendendo como eles pensam – você pode conseguir “atualizar” seu cérebro

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para um que o permitirá ter o tipo de vida que eles têm.

Para começar, aqui estão algumas observações que fiz ao estudar grandes construtores de

patrimônio como Jobs, Edison e Ford:

1. Uma pessoa “normal” está preocupada em proteger seu ego. Ao lidar com um problema

que não entende completamente, finge entender os fatores influenciadores e não tenta

descobrir o que as outras pessoas estão pensando. Uma pessoa com uma mente milionária

faz perguntas incessantemente. Ele não tem nenhum ego quando se trata de aprender. Ele

sabe que a sabedoria é poder.

2. Uma pessoa “normal” possui uma mentalidade de consumidor. Ele olha um produto novo

e pensa o quanto gostaria de ter um daqueles. A pessoa com a mentalidade bilionária

possui uma visão empreendedora. Ele observa o item e pensa, “Como posso produzir isso

ou algo parecido em minha própria indústria?”

3. Uma pessoa “normal” é focada em desejos. Ela sonha em ganhar muito dinheiro. A

pessoa com mente milionária é baseada na realidade. Ele está sempre analisando seu

próprio sucesso e o sucesso dos outros e pensando como pode aprender com isso.

4. Uma pessoa “normal”, quando confrontada com uma ideia desafiadora, pensa em todas as

razões para ela não funcionar. Uma pessoa com mente milionária vê o potencial dela e

ignora os problemas até que tenha uma visão clara de como ter sucesso.

5. Uma pessoa “normal” resiste às mudanças. Já a com a mente de milionária a abraça.

6. Uma pessoa “normal” aceita seu status quo. Uma pessoa com mente milionária está

sempre querendo transformar as coisas – mesmo boas – em ainda melhores.

7. Uma pessoal “normal” reage. Uma pessoa com uma mente milionária é proativa.

8. Uma pessoa “normal” olha para um dono de empresa e pensa: “esse rapaz tem sorte”. Ou

“esse cara é um vigarista”. Uma pessoa com mente milionária pensa: “qual será o segredo

dele?” e “como eu também posso fazer isso?”

Comece sendo humilde e fazendo perguntas. Faça isso até se transformar num hábito. Em

seguida, absorva outras características da mente milionária – como olhar para um novo produto

bem sucedido e pensar: “como posso fazer algo desse tipo?”

Siga a lista, aperfeiçoando uma características por vez e, dentro de três meses, você

poderá criar novos negócios quase que automaticamente. Você se tornará um líder natural. O

dinheiro fluirá como a água descendo uma colina. E, então, você estará pronto para lidar com

todas as pessoas “normais” que terão ciúmes de seu sucesso incrível.

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COMO MILIONÁRIOS NATURAIS SE SENTEM SOBRE MUDANÇAS

No texto anterior, eu disse que a pessoa comum resiste às mudanças, enquanto uma

pessoa com uma mente milionária a abraça.

Isso foi um pouco simplista.

Na verdade, a maioria das pessoas – inteligentes ou não – não quer mudar. Isso acontece

pois o instinto de não confiar em mudanças está codificado profundamente em nosso DNA.

Mas nossa relutância em mudar é também uma questão de lógica. A mudança cria a

confusão e a confusão cria um trabalho extra, o que, por sua vez, cria o estresse. E o estresse é

desagradável e insalubre.

Então, por que eu disse que a pessoa comum resiste à mudança enquanto a de mente

milionária a adota?

Deixe-me lhe contar uma história…

Dez ou doze anos atrás, quando metade dos livros mais vendidos de não ficção era sobre

a internet, alguns dos jovens executivos mais inteligentes na empresa do meu maior cliente

foram até ele com um plano. Eles queriam “revolucionar” os negócios deixando-o on-line e

mudando de um modelo com base em marketing direto para um modelo com base em

publicidade.

Ele ouviu a proposta cuidadosamente. Estava animado com os prospectos que a nova

mídia oferecia e estava feliz que seus funcionários estavam cheios de novas ideias. Mas

conforme eles detalhavam o plano, ele teve uma sensação ruim na boca do estômago.

“É uma abordagem interessante”, ele disse quando terminaram a apresentação do

PowerPoint. “Mas não entendo realmente como ela seria rentável”.

Oito gerentes estavam na sala. E a maioria deles havia trabalhado com meu cliente tempo

o bastante para saber que não deviam interpretar as palavras literalmente. Eles sabiam que o que

ele queria dizer era: “essa parece a ideia mais maluca que já ouvi em muito tempo”.

Mas um deles o interpretou literalmente e começou o estabelecimento de um centro de

lucro on-line baseado no modelo de publicidade. Ele gastou milhões de dólares e mais de três

anos nisso.

Enquanto isso meu cliente começou um boletim informativo on-line. Mas ele era baseado

no modelo antigo que conhecida, marketing direto – e adivinhe o que aconteceu? Essa

gradualmente se tornou uma empresa de US$ 20 milhões e é, hoje em dia, o setor principal de

uma editora on-line de US$ 50 milhões.

Agora, se eu terminasse a história aqui, você poderia supor que o ponto é que é

inteligente resistir à mudanças e recusá-las. E que a diferença está entre uma pessoa comum e

uma pessoa que pensa como um milionário.

Isso ficará muito claro quando ouvir o resto da história...

Ao se comprometer como ele fez, meu cliente desencorajou sete dos gerentes que

estavam presentes em seguir em frente com um modelo baseado em publicidade. Mas ele não

tentou dissuadir o oitavo de perseguir sua nova ideia. Ele sabia que, se sete oitavos de sua

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empresa continuassem com o que sabiam, os negócios poderiam sustentar uma perda se a nova

ideia fracassasse completamente. E foi isso o que aconteceu.

Em outras palavras, ele estava assegurando suas apostas. Sete partes resistindo a

mudança. Uma a adotando. É assim que um milionário pensa.

Aqui tenho outra história...

Vários anos depois, meu cliente teve a oportunidade de comprar uma revista financeira

publicada na Inglaterra que estava tendo dificuldades na época. Revistas são baseadas em

publicidade. Normalmente, ele não estaria interessado. Mas, com essa, ele pensou que pudesse

reinventar a revista moderna. Então, contra todas as adversidades, ele comprou a publicação e

recriou-a usando um alimentador on-line e usando técnicas de marketing direto para vender

produtos a consumidores existentes.

O resultado? Cinco anos mais tarde, ela se tornou a revista financeira mais bem sucedida

de Londres.

Essas duas histórias são uma boa ilustração do que estou tentando explicar: a diferença

entre como a mudança afeta uma pessoa comum e como ela afeta um milionário natural.

Não é que a pessoa com a mente milionária não seja resistente à mudança. Mas ela está

disposta a adotá-la quando vir um benefício em agir dessa maneira.

Mas aqui temos outra questão.

O milionário natural não salta em cada oportunidade que vê. Ele não adota a mudança

automaticamente, ao saber que ela poderá lhe oferecer um benefício. Não. O milionário natural é

mais prático. Suas chances de se beneficiar devem ser boas.

No caso de meu cliente, ele estava disposto a arriscar a ideia de negócios on-line com

base em publicidade, mas apenas se sete de oito gerentes de centro de lucros estivessem fazendo

as coisas da maneira tradicional. Sete pessoas de oito é aproximadamente 85%. Em outras

palavras, ele estava disposto a arriscar 15% de seus recursos nessa nova ideia.

Quais são as recompensas para a pessoa com uma mente milionária?

Há duas: o dinheiro e gratificação do ego.

Esse é um ponto importante. Milionários naturais não são completamente ou até mesmo

profundamente motivados pelo dinheiro. A recompensa para eles é a sensação de conquista

quando fazem algo novo e provam ao mundo que têm o que é necessário para ser bem sucedido.

A maioria das pessoas bem sucedidas não admitirá isso, mas é verdade.

Então, agora vamos voltar ao que foi dito sobre a pessoa comum resistindo às mudanças,

quando a pessoa com a mente milionária as adotas. E vamos tentar dizer algo menos simplista e

mais útil sobre a maneira natural que um milionário pensa.

A pessoa comum resiste às mudanças completamente pois tudo o que elas representam é

trabalho e estresse extra. Mas o milionário natural enxerga além do estresse e do trabalho e vê a

recompensa potencial no final: uma bonança financeira e emocional.

Exemplos de pessoas, empresas e indústrias que resistiram à mudança e perderam são

bem numerosos para mencionar. As fábricas de automóveis em Detroit são o exemplo mais

óbvio. Mas essa também foi a história (e destino) de editores de livros, jornais e revistas – com a

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notável exceção do Wall Street Journal e do New York Times, que fizeram uma mudança

inteligente e calculada para a internet quando a oportunidade apareceu.

Essa é a chave para se pensar como um milionário. Você tem que saber quando resistir à

mudança e quando acolhê-la. Para mim, é uma questão do quão longe se está disposto a ir nas

coisas que conhece.

A pessoa comum não quer ir além daquilo que é forçada a fazer. O empresário está

disposto a ir longe – a experimentar coisas sobre as quais não sabe nada. Mas o milionário

natural dá apenas um passo a mais do que pode enxergar. Eu chamo isso de princípio do um

passo removido.

Veja o que falo sobre isso em meu livro Preparar, Fogo, Apontar:

Ao desenvolver novos produtos, não se deve cometer o erro de investir em algo que está

a dois ou mais passos de distância do que você sabe fazer.

Isso acontece pois suas chances de sucesso diminuem geometricamente a cada passo. Dê

um passo à frente e estará bem. Dois passos e estará sobre gelo fino. Três passos e você estará

até o pescoço em águas muito geladas.

Há simplesmente muitas coisas que não sabe sobre o assunto... muitos segredos internos

que estão bloqueados de sua visão.

É possível, é claro, ser bem sucedido com um produto que é totalmente diferente do que

está vendendo agora. Mas é muito improvável. Empresários de sucesso tomam riscos calculados

– ou seja, eles agem somente onde seus cálculos sugerem uma boa chance de vitória.

Para pensar como um milionário, você terá que confiar em seu instinto contra a mudança

– mas você deve também se treinar para ver a mudança como tendo um potencial para a

gratificação financeira e emocional.

Você tem que conseguir calcular as chances de conquistar a meta e calcular sua

recompensa financeira. E tem que conseguir imaginar como se sentirá quando todos os

opositores (e sempre há mais deles do que apoiadores) tiverem que comer a torta da humildade.

A CHAVE PARA DESFRUTAR DE UMA ÓTIMA APOSENTADORIA (E UMA VIDA

DE FELICIDADE)

Feche seus olhos por um momento e veja-se desfrutando sua aposentadoria ideal. Talvez

você esteja com a água pelos joelhos num rio em Montana, pescando trutas. Ou passeando pelas

ruas de Praga. Ou lendo Faulkner na varanda de casa, ouvindo os sons de seus netos brincando

no jardim.

Há muitas chances de sua aposentadoria ser diferente da maneira que a imagina. Por um

lado, as crianças brincando no quintal provavelmente serão seus bisnetos – pois você

provavelmente se aposentará muito mais tarde do que imagina. Isso se conseguir se aposentar

realmente no senso tradicional da palavra.

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Uma pesquisa da Vanguard descobriu que mais de 60% dos americanos (idades entre 40

a 69 anos) indicaram que farão algum tipo de trabalho ao se aposentarem. Um estudo da

Brookings Institution e um grupo de estudos de Washingnton tiveram descobertas semelhantes.

Como relatado pela correspondente da CBS News, Nancy Cordes, “quase 80% [dos participantes

do estudo] dizem que trabalharão meio período bem além dos 63 anos]”. E o enorme estudo da

University of Michigan Health and Retirement (que entrevista 22.000 americanos com mais de

50 anos a cada dois anos) também descobriu que a maioria deles preferiria uma “aposentadoria

gradual” – diminuindo as horas de trabalho em vez de parar totalmente – se tivessem escolha.

Em um tipo diferente de mundo – o tipo de mundo que costumava existir – a

aposentadoria não envolvia trabalho. Você fazia parte de uma família estendida. Quando ficasse

velho e quisesse parar de trabalhar, poderia fazer isso. Seus filhos estariam tomando conta da

empresa da família. Você seria consultado de vez em quando para a tomada de decisões

importantes. Sua sabedoria seria apreciada. Seus instintos seriam reverenciados. Você estaria

rodeado por seus entes queridos, desfrutando dos frutos de seu trabalho. Tudo seria muito

agradável.

No mundo em que vivemos hoje em dia, isso não acontece. Primeiro, precisa-se de

dinheiro para se aposentar bem. Muito dinheiro. Algumas pessoas mais velhas serão “forçadas” a

atrasar sua aposentadoria pois não podem arcar com as despesas de não trabalhar.

Mas mesmo se você chegar à idade da aposentadoria com milhões no banco, estou aqui

para argumentar que há uma razão mais importante para banir esses sonhos de uma vida de lazer

idílica.

Para entender o que estou prestes a dizer, você precisa entender isso: a felicidade na vida

vem não de não fazer nada, mas sim de trabalhar. Não falo de trabalhar num emprego que odeia,

mas em tarefas com as quais se importa.

Tendo isso em mente, o segredo para uma boa aposentadoria é descobrir como ganhar

dinheiro fazendo um trabalho que faria alegremente de graça – e como fazer isso quando e onde

desejar.

Talvez você queira ser escritor. Talvez sua paixão secreta seja cozinhar alimentos

gourmet. Talvez você sempre queira praticar astronomia, arqueologia ou jardinagem.

Em algum lugar em seu passado há uma profissão enterrada – algo de que desistiu muito

tempo atrás. E se pudesse retomar esse sonho?

Conheço um homem que sonhava em ser piloto profissional de avião. Após trabalhar 30

anos em negócios de papel de parede, ele seguiu meu conselho e arrumou um emprego de meio

período voando para uma pequena companhia aérea. Alguns anos depois, ele se tornou um co-

proprietário. Ele está ganhando mais dinheiro agora fazendo algo que ama do que ganhava

vendendo papel de parede. E ele “trabalha” somente 20 horas por semana.

Meu pai desistiu de uma carreira promissora na indústria do entretenimento para se tornar

professor. Cinquenta anos depois, ele voltou a atuar e se tornou ator profissional. Ele participou

de todos os tipos de comerciais e novelas, teve alguns pequenos papéis em filmes grandes e teve

alguns papéis importantes em peças de teatro fora da Broadway. Ele fez isso por 10 anos, ganhou

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dinheiro e se divertiu muito.

A internet abriu um mundo de possibilidades para os “aposentados”. Conheci um homem

que troca coisas on-line. Isso era algo que ele sempre quis fazer após parar de trabalhar. Mas,

tirando proveito do eBay e de outros sites de leilão on-line, ele já ganha mais de US$ 30.000 por

ano fazendo isso apenas nos fins de semana.

Há muitos exemplos. Você pode ser tornar copywriter, editor, agente de viagens ou

professor de internet. É possível ganhar dinheiro dando conselhos de casamento ou namoro on-

line ou até mesmo vendendo roupas íntimas. É possível usar a internet para ganhar dinheiro a

partir de seu interesse em flores selvagens ou de seu conhecimento sobre espadas do século 19,

que antes eram inúteis.

Para a melhor aposentadoria possível, desista da ideia de jogar golfe o dia todo. Em vez

disso, enriqueça sua vida com buscas que tenham um significado especial... e ganhe dinheiro ao

mesmo tempo.

É possível começar seu plano de aposentadoria agora mesmo fazendo três Grandes

Perguntas a si mesmo:

1. “O que realmente gosto de fazer?”

2. “Quem seria a melhor pessoa para fazer isso junto?”

3. “Onde eu gostaria de fazê-lo?”

Você pode não conseguir encontrar um parceiro ou se mudar imediatamente, mas pode

definitivamente aperfeiçoar as habilidades das quais precisará em sua nova linha de

“trabalho”.

TORNANDO-SE UMA PESSOA MELHOR

Para conseguir viver uma vida mais rica, saudável e mais agradável, será necessário se

comprometer a:

Prestar menos atenção a si mesmo e mais atenção aos outros.

Focar-se em oportunidades, não em problemas.

Ouvir primeiro, falar depois.

Criticar somente quando suas críticas forem úteis.

Nunca falar mal de ninguém.

Realizar um ato de bondade todos os dias.

Isso terá um efeito profundo em sua felicidade. Nada mais do que você fizer lhe trará

tranquilidade. O dinheiro não fará isso. O sucesso também não. Nem a fama.

O segredo para uma felicidade substancial e duradoura não tem nenhuma relação com

colocar-se em primeiro lugar, nutrir a criança interior ou qualquer uma das muitas formas de

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narcisismo tão populares entre os psicólogos de hoje em dia.

Como alguém que passou tempo demais em vão (e quero dizer sendo vaidoso) buscando

a autogratificação, estou aqui para lhe dizer que sua felicidade e realização na vida é

normalmente conquistada ao fazer menos para si mesmo e mais para os outros.

Esse não é um conceito revolucionário. Essa era, ao meu ver, a mensagem essencial de

Cristo e Gandhi, para nomear apenas duas pessoas.

Provavelmente não estou dizendo nada que você já não saiba. E você pode estar muito à

frente de mim em tornar a abnegação uma parte permanente de sua vida. Ainda assim, tenho

certeza de que já descobriu que colocar os outros à frente é um comprometimento que parece

exigir uma atenção constante. E é isso precisamente que estou pedindo a você – assim como

peço a mim mesmo – para renovar esse comprometimento agora.

Quando penso sobre as pessoas felizes que admiro, elas são invariavelmente aquelas que

estão sempre se preocupando com os outros. Não estou falando de missionários e humanitários

profissionais, mas de pessoas comuns que têm como hábito cuidar dos outros ao redor.

Elas são as pessoas que perguntam como você se sente e prestam atenção à sua resposta.

Elas o visitam quando se sente mal e tem palavras bondosas quando precisa delas.

Elas são as pessoas comuns com os mesmos problemas que outras pessoas comuns têm –

mas, ainda assim, não pedem a você que sinta pena delas. Quando o veem mancando devido a

um joelho machucado, elas não falam sobre as dores nas costas delas. Quando todos se levantam

da mesa na noite de Natal e vão tomar uma bebida ou fumar, elas permanecem com o anfitrião –

ajudando a limpar os pratos ou limpar a mesa.

Elas sabem o nome de seus filhos. Lembram-se de seu aniversário. Sabem como você

gosta do seu café. E, embora queiram que você seja mais forte e mais bem sucedido do que é,

nunca passam aquela sensação de que estão insatisfeitos com a pessoa que você é agora.

Eu tenho sorte de ser casado com uma pessoa assim. Minha irmã mais velha é o epítome

desse tipo. E tenho amigos e até mesmo colegas de trabalho que se encaixam nesse perfil. Fico

sempre surpreso com a bondade, humildade e força que possuem.

Eles me fazem querer me tornar, a cada ano, um homem um pouco melhor.

Comece Tentando Fazer as Pessoas de sua Família mais Felizes

Sua esposa e seus filhos, mãe e pai, tias e tios e sobrinhos e sobrinhas não foram enviados

a esse mundo para resolver seus problemas. Esse é o seu trabalho. Decida passar menos tempo

reclamando para eles e mais tempo ouvindo as reclamações deles.

Sorria ao vê-los. Forneça o tempo e atenção que precisam para compartilhar seus sonhos

e ambições com você. Dê o conselho que precisam e cale-se quando não o quiserem. Seja a

pessoa que eles procuram quando estão tristes. Aprenda a amar as faltas deles e incentive-os a

superá-las.

Acima de tudo, seja leal.

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Seja alguém confiável e estável também para seus colegas de trabalho. Ajude-os a

conquistar suas metas – não porque deseja o apoio deles, mas simplesmente porque quer que eles

sejam bem sucedidos.

E faça algo para pessoas que não conhece – um estranho na rua, uma criança adotiva ou

uma pessoa doente e pobre que pode se beneficiar com sua ajuda. Gaste dinheiro. Gaste tempo,

Mas, acima de tudo, gaste seu amor.

Faça desse foco externo uma parte natural de sua vida diária. Faça-o de propósito e

deliberadamente até que ele se torne uma segunda natureza para você.

Esse não é o tipo de meta que alguém pode conquistar em um ano. Ela está em minha

lista neste ano. Talvez esteja na sua também.

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Conclusão

No ensino médio, eu era um membro orgulhoso da Alpha Omega Theta (AOT), uma das

fraternidades de ensino médio que surgiram no Brooklyn e em Long Island durante os anos 50 e

60.

Como fraternidades de faculdade, nós tínhamos castigos, engolíamos peixes-dourados,

cantávamos músicas e vomitamos cerveja em festas. Nós também patrocinávamos ligas de

esporte para crianças e brigávamos depois da aula individualmente ou em grupo em locais de

reunião como o Rockville Centre Recreation Center ou no famoso cachorro-quente do Nathan

em Island Park.

A AOT era diferenciada entre as fraternidades de ensino médio pois não discriminava:

composta principalmente por crianças de ascendência irlandesa ou italiana, nós acolhíamos

negros, hispânicos, judeus e até mesmo protestantes em nosso meio. Esses eram grupos que não

eram bem-vindos em nossa fraternidade rival, a Omega Gamma Delta.

A maioria de nós era da classe trabalhadora (uns bem pobres), mas havia alguns membros

que viviam na parte rica da cidade. O que nos unia era nosso Weltanschauung: nós

acreditávamos na ideia de fraternidade – estar juntos para superar a adolescência.

E, em sua maior parte, fizemos isso.

Após o ensino médio, houve a desintegração natural dos formandos, mas pelo menos uns

20 mantiveram contato mais próximo. Desses, três morreram no Vietnã, um se suicidou na nossa

estação de trem ao voltar do Vietnã, quatro morreram de overdose de drogas, um foi assassinado

numa briga, um cumpre pena de prisão perpétua por assassinato e outros acabaram na cadeia por

várias razões. A maior parte dos restantes gastou seus melhores anos trabalhando em empregos

sem futuro, bebendo para esquecer e se conformando com muito menos do que queríamos

quando éramos jovens.

Mas alguns foram bem sucedidos. Peter P. e Joey M. começaram suas próprias empresas

e viveram bem com seu salário até se aposentarem. John F. se tornou vice-presidente do New

York Stock Exchange. Henry G. se tornou um rico trader de bonds. Peter W. ganhou muito

dinheiro trabalhando para a Rider Corporation. Kevin K. se aposentou aos 50 anos após uma

carreira bem sucedida em computadores e Richie B. se tornou um membro influente do Partido

Republicano.

Carl B. tinha uma boa vida nos negócios de ferragens, mas então contraiu HIV e Alec

dissipou metade de sua vida com álcool e cocaína, mas se recuperou aos 40 anos e agora tem

uma família e uma empresa de sucesso – duas coisas que nunca imaginou ter.

Minha reviravolta começou na faculdade, amadureceu na África com o Peace Corps e

então se acelerou no começo dos anos 80, quando decidi ficar rico.

Como grupo, nós não fomos, obviamente, favorecidos pelo destino. Mas metade

sobreviveu e desses, alguns conseguiram ter vidas das quais agora temos orgulho.

Eu frequentemente me pergunto quanto desse sucesso foi sorte ou destino e quanto veio

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da decisão de mudar.

Posso apenas falar por mim mesmo e devo dizer que minha transformação teve pouco em

relação à sorte. Foi uma decisão consciente que fiz ao me formar no ensino médio, uma

resolução em mudar minhas maneiras e sair do buraco que havia cavado para mim mesmo.

Eu não tinha dinheiro ou habilidades especiais ou amigos de alto nível. Tinha

desperdiçado meus estudos. Ganhava meu dinheiro pintando casas e roubando roupas. Era um

membro bem marginal da sociedade e o fato era aparente para meus pais e irmãos e também para

mim. Tinha vergonha de ser quem eu era. Eu queria mudar.

Mas sempre acreditei que um dia seria rico. E sempre tive a esperança de que algum dia

ganharia meu dinheiro escrevendo.

Esses sentimentos me levaram à mudança. Mas a única coisa que pude mudar eram os

hábitos ruins que me mantinha no fundo da ladeira social.

Eu abandonei a bebida, as brigas e as farras e me dediquei obsessivamente aos estudos.

Por oito anos trabalhei e estudei em período integral. Terminei a faculdade com honras,

conquistei um diploma de Mestre na Universidade de Michigan e completei meu doutorado na

Catholic University em Washington D.C..

E então passei dois anos ensinando literatura inglesa na Universidade de Chad, na África.

Foi lá que me tornei fluente em francês, aprendi o árabe, estudei filosofia e me tornei escritor.

Desde então escrevi quase todos os dias da minha vida, para me divertir e para avançar na

carreira. Cinco anos mais tarde, tinha acumulado mais dinheiro que eu e meus filhos haveremos

de precisar.

Minha experiência me ensinou várias coisas:

Privilégio não é garantia de sucesso.

Qualquer pessoa, independentemente de onde começar, pode mudar sua vida para

melhor.

Seus melhores amigos serão os mais velhos – aqueles que foram leais a você quando não

tinha nada.

Observando minha juventude mal gasta, está claro para mim que a principal coisa que me

impediu de ter a vida que secretamente pensava merecer foi minha própria inabilidade de mudar

meu comportamento.

Após ter aceitado esse fato e decidido mudar, tudo começou a se mover para frente. E

quando a mudança ocorreu, ela veio rápida e continuamente. Eu tive contratempos, é claro, mas

eles nunca pararam meu movimento contínuo para frente, pois não permiti que isso acontecesse.

Eu estava decidido a me tornar a pessoa mais bem sucedida a sair da minha turma do ensino

médio – e não apenas com relação aos meus irmãos de fraternidade, mas a todas as outras

pessoas ricas e privilegiadas também.

Acho que consegui isso.

E essa é a razão pela qual acredito tão fortemente na capacidade de mudança pessoal.

Não importa o quão ruim as coisas estejam no momento. Não importa se você possui um

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emprego ruim ou se não tem um emprego. Não importa se está ganhando salário mínimo ou até

mesmo desempregado. Não importa se possui dívidas e está sobrecarregado e deprimido. Você

pode mudar sua vida tão rápida e facilmente quanto quiser. Tudo começa com o momento em

que se desprende do seu velho eu e permite que sua pessoa interior se torne aquele que tem o

direito de ser.

O propósito deste livro era fornecer um plano diretor para sua mudança pessoal. Fiz o

meu melhor para criar uma estrutura que contenha cada lição importante que aprendi em minha

jornada de 40 anos desde um fracassado até a pessoa que sou hoje.

Sinto-me confiante de que, se você ouvir os conselhos deste livro seriamente e colocá-los

em prática, poderá vivenciar a transformação que está procurando.

Gostaria que você reservasse alguns minutos agora e imaginasse, o mais claramente que

puder, como seria e como você se sentiria com essa nova vida.

Imagine sua nova casa, novo carro, nova carreira e, mais importante, seu novo senso de

poder pessoal e independência financeira.

Desfrute o sentimento que tem agora de saber que possui um plano diretor em ação que

lhe dará tudo que acabou de imaginar.

E fique feliz em saber que pode começar a desfrutar do sentimento de sucesso e

conquistas imediatamente. Você sabe o que é necessário para isso. E sabe como fazê-lo.

No começo deste livro, você descobriu duas verdades importantes sobre o que é

necessário para realizar uma grande mudança em sua vida:

Não há obstáculo maior do que a inação.

Ao fazer algo ativo – mesmo que pequeno – sua vida começará a mudar imediatamente.

Você sabe que grandes mudanças exigem grandes planos. E já fez esses planos. Ao criar seu

plano diretor pessoal, você deu a si mesmo uma planta para a mudança. Você sabe agora como

conquistar todas as suas metas mais importantes. E sabe como começar a desfrutar dos

benefícios dessa nova vida imediatamente.

Para criar seu plano diretor, você começou fazendo um inventário formal de seus valores

principais. Imaginou a si mesmo no seu próprio funeral e descobriu como deseja ser lembrado

em cada uma das dimensões principais de sua vida. Usou esse experimento para identificar

coisas importantes sobre si mesmo que poderia não saber que tinha.

Sua próxima etapa foi usar o exercício do funeral para criar metas de vida. Você escreveu

essas metas e agora percebe o quão crítico era escrevê-las.

Então, seguindo o processo recomendado na Parte Dois, você dividiu essas metas de vida

em unidades menores: sete anos, um ano, um mês e, finalmente, em tarefas diárias. Compartilhei

com você a técnica que uso para classificar prioridades. Você recebeu todos os meus melhores

truques para realizar suas tarefas mais importantes a cada dia.

Compartilhei minha rotina da manhã cedo que muda vidas. Essa rotina combina a melhor

ideia que descobri sobre a produtividade pessoal com um segredo que descobri uma noite quando

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havia bebido demais.

Essa rotina é a razão principal pela qual consegui conquistar mais de uma dúzia de metas

de vida. E essas eram metas que estava ignorando por décadas!

Você aprendeu um ótimo sistema para acompanhar suas conquistas e se motivar para

realizar mais. (Todos os truques, técnicas e rotinas lidas neste livro são únicos. Embora contenha

ideias de alguns dos melhores especialistas em gerenciamento de tempo e produtividade pessoal,

o programa – o plano diretor – é original).

Ele é exatamente o que usei para quadruplicar minha produtividade pessoal – e já era

muito produtivo antes de desenvolvê-lo!

Você também aprendeu:

Que deve escrever suas metas.

Como manter um diário pode ajudá-lo a continuar no caminho certo.

As quatro regras para estabelecer metas que aumentarão em muito suas chances de

sucesso.

O porquê não se deve jamais verificar e-mails, secretária eletrônica ou sua caixa de

entrada pela manhã.

Você fez tudo isso na Parte Dois. Se colocar as ideias dessa parte em ação, tenho certeza de

que sentirá que conseguiu mais com elas do que já conseguiu de qualquer outra fonte.

Mas isso era apenas o começo!

Na Parte Três, você aprendeu mais segredos sobre minha rotina matinal e sobre como

organizar suas horas para uma produtividade máxima.

E não somente suas próprias responsabilidades, mas também todas as de seus

subordinados. (Antes de aprender esse sistema, meus funcionários estavam saindo impunes.

Agora eu sei que eles executarão cada tarefa a cada vez que eu as delegar. Isso me deu um

grande senso de alívio e fez com que cada empresa com a qual tenho que lidar seja infinitamente

mais produtiva).

E, então, você aprendeu alguns truques para dar a si mesmo algumas horas de tempo

extra diariamente. Você pode usá-las para se divertir mais ou conquistar mais coisas.

Se tudo isso não era o suficiente, você aprendeu ainda um segredo profundo para se

transformar numa máquina de sucesso e, por último, mas não menos importante, aprendeu a

como organizar o escritório perfeito. (O que faz uma grande diferença!)

Você também aprendeu:

Porque acordar cedo o deixará mais feliz, mais saudável e mais produtivo – e 12

etapas para transformar até mesmo as pessoas que mais gostam de dormir até

tarde em um madrugador.

Quanto tempo deve dedicar à preparação... e quanto tempo deve gastar agindo.

Por que não se deve passar muito tempo pensando sobre o sucesso.

Quais detalhes importam e quais podem ser ignorados.

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Mas não paramos aí.

Na Parte Quatro conversamos sobre o que muitas pessoas dizem ser o elemento mais

importante do plano diretor.

Essa foi a seção na qual compartilhei com você todas as coisas que aprendi com as

pessoas mais inteligentes que conheço sobre como transformar sua vida diária em algo

imensamente mais rico. Você aprendeu sobre as escolhas que tem a cada momento de sua vida.

Você aprendeu uma maneira de identificar instantaneamente quais escolhas deixariam

suas experiências pessoas mais ricas e mais recompensadoras. Você também aprendeu uma

maneira de identificar quais escolhas desperdiçam seu tempo ou o deixam mais “pobre”.

Ao eliminar hábitos de desperdício e/ou destrutivos de sua vida, você desenvolveu o

poder de criar uma abundância pessoal instantaneamente, independentemente de quais desafios o

mundo externo lhe dê.

Talvez a coisa mais importante do que todas as outras, você aprendeu o segredo Zen da

intencionalidade sem desejo. Aprendeu a como conquistar muito mais sem se preocupar com o

resultado. Essa é uma técnica mental que poderá usar pelo resto da vida para manter a decepção e

o desespero fora dela completamente.

Você também aprendeu:

Como superar os três obstáculos para a realização de ações.

Por que se recompensar no caminho é essencial para conquistar qualquer meta.

Cinco estratégias para viver uma vida mais simples e completa.

Quais “emergências” podem ser seguramente ignoradas em sua vida.

Na Parte Cinco você aprendeu por que o pensamento positivo não funciona para 90% da

população que o pratica (que é o motivo de 90% das pessoas que o pregam também serem

perdedoras perenes). Você aprendeu então o que tem de fazer para ser um dos 10% que se

beneficiam dele.

Eu compartilhei com você o segredo do “viciado” para ganhar tanto dinheiro quanto precisar,

mesmo se não tiver recursos para isso.

Você descobriu a usar a dúvida como vantagem, o que fazer para dar o grande salto e outro

truque para acompanhar seu progresso.

Finalmente, você aprendeu a única maneira cientificamente comprovada para se derrotar o

medo do fracasso.

Você também aprendeu:

Por que não pode esperar até que as coisas estejam “certas” antes de começar.

O segredo do fracassado acelerado.

A única coisa que deve fazer para se tornar quem gostaria de ser.

Quando é bom duvidar de si mesmo.

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Na Parte Seis compartilhei algumas ideias muito originais sobre encontrar e lucrar com um

mentor.

A maioria das pessoas não tem ideia do quanto um mentor correto pode ajudar. Eu o ensinei

a como identificar a pessoa de que precisa e a como persuadi-la em ajudar.

Foi aqui também que você aprendeu o segredo mais importante de ser um líder poderoso e

carismático e como triplicar sua compreensão de leitura (e coletar ideias que serão realmente

benéficas para você).

Você também aprendeu:

O que a dança de salão pode ensinar sobre liderança.

Como fazer uma pergunta pode mudar tudo em seus negócios e vida.

Que aperfeiçoar uma habilidade pode dobrar seu poder pessoal.

O segredo do dia de trabalho de 4 horas.

Na Parte Sete conversamos sobre todos os desafios mais importantes para o sucesso – as

armadilhas e os obstáculos que fazem com que até mesmo as pessoas mais ambiciosas e

talentosas não sejam bem sucedidas.

Conversamos sobre a sobrecarga de informações, a tirania dos e-mails, o incômodo de

interrupções indesejadas, demandas intrusivas sobre seu tempo, as rotinas nas quais podemos

cair e, finalmente, como derrotar a tristeza antes que ela se torne uma depressão debilitante.

Você também aprendeu:

O que fazer quando o desastre acontece.

Como evitar o poder destruidor da produtividade causado pela sobrecarga de informação.

Quando ignorar o pensamento positivo – e quando adotá-lo.

O segredo para recuperar a paixão por sua vida e trabalho.

E como um bônus compartilhei na Parte Oito algumas das minhas melhores ideias sobre

construção de patrimônio.

Nessa parte nós conversamos sobre o que a riqueza realmente significa, o quanto dela

realmente precisamos e como fazer para que seja fácil construí-la. Contei alguns de meus truques

para se chegar rapidamente ao topo de qualquer negócio, como dobrar seu patrimônio líquido a

cada três anos, como incorporar mudanças em sua vida pessoal e de seus funcionários e,

finalmente, como se “aposentar” imediatamente e desfrutar uma vida de abundância começando

amanhã.

Isso tudo é o que lhe foi dado nesse livro. E espero que tenha absorvido essas

informações.

Está tudo aqui. Cada ideia, estratégia e técnica que compartilhei com você tem sido

comprovada repetidamente através de minha experiência pessoal. Eu sei que elas funcionam,

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pois funcionaram para mim.

Portanto, se você não conquistou tudo isso até agora, tudo o que precisa fazer é voltar à

seção que “não entendeu”, relê-la e colocá-la em uso imediatamente.

Este é um livro, não uma pílula mágica. Ele contém todos os ingredientes necessários

para transformar sua vida, mas não funcionará a não ser que os use. Utilize-os colocando essas

ideias em ação imediatamente.

Você não precisa ter qualquer experiência ou sabedoria anterior para se beneficiar de

nenhuma dessas informações. Tudo que precisa é colocá-las em ação.

Elas funcionarão mesmo se não acreditar nisso agora. Suspenda sua descrença. Siga as

instruções. Tome atitudes. Muito logo você acreditará.

No momento em que começar a agir em seu plano diretor, sua vida começará a mudar

para melhor. Quando começar a ver os resultados tangíveis – e eles acontecerão imediatamente –

se sentirá muito feliz por ter tomado a decisão de mudar.

Conforme as coisas mudem para você e comece a desfrutar de todos os benefícios dessa

nova vida, devolva um pouco do que aprendeu compartilhando esse livro com outras pessoas.

Passe-o para aqueles que desejar ajudar, mas seria melhor para você e para eles (e para mim!) se

os convencesse a comprá-lo, para que valorizem mais essa mudança.

Lembre-se, o protocolo para o sucesso é preparar... fogo... apontar. Você leu o livro,

então está definitivamente pronto. É hora de atirar. Agora. Não perca outro dia procrastinando.

Haverá tempo suficiente no futuro para refinar seu plano diretor mudando pequenas coisas aqui e

ali. Mas o momento para agir é agora. Aproveite-o!

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Sobre o autor

Michael Masterson não é um empresário comum. Ex-voluntário do Peace Corps, ele

nunca teve aulas sobre negócios, não lê a imprensa de negócios e não gosta de conversar sobre

negócios. Ele gasta seu tempo livre escrevendo poesia, colecionando obras de arte e praticando o

Jiu-jítsu brasileiro. Seus vizinhos o chamam de boêmio. Mas ele também é um empresário.

Começou seu primeiro negócio quando tinha 11 anos de idade e, nas quase cinco décadas que se

passaram desde então, foi parte integral em dúzias de empresas bem sucedidas em uma variedade

de indústrias.

O último negócio que Michael admite ter ajudado a lançar é a EarlytoRise.com, uma

empresa com base na internet que fornece conselhos e treinamentos sobre “saúde, riqueza e

sabedoria”. Iniciada como um e-mail semanal informal para alguns de seus protegidos, ela

rapidamente se transformou num empreendimento de US$ 28 milhões.

O primeiro foco de sua vida de negócios atualmente, no entanto, é como consultor da

Agora. Inc., uma editora de produtos de informação com base em Baltimore com escritórios e

filiais na Inglaterra, França, Espanha, Alemanha, África do Sul, Austrália, Índia, Argentina e

Brasil.

Não obstante seus almoços clandestinos que se transformam em negócios de muitos

milhões de dólares, Michael insiste que gasta a maior parte de seu tempo ensinando e escrevendo

– desde que se aposentou, pela segunda vez, aos 53 anos.

Ele escreve poesia e ficção (“às vezes ruim”, diz), assim como livros sobre negócios e

construção de patrimônio (que foram todos campeões de vendas do Wall Street Journal,

Amazon.com ou New York Times). “Eu tenho um público de leitores que aprecia a maneira

como observo as coisas”, diz Michael. “E isso é gratificante”.

Seus livros de não ficção incluem Preparar, Fogo, Apontar: De Zero a US$ 100 Milhões

Rapidamente; Sete Anos para Sete Dígitos: O plano Rápido para se Tornar um Milionário;

Riqueza Automática para Graduandos... e para Qualquer Um que Estiver Começando; Riqueza

Automática: as Seis Etapas para a Independência Financeira; Poder e Persuasão: como

Comandar o Sucesso nos Negócios e em sua Vida Pessoal; Confissões de um Multimilionário

Autodidata e Mudando o Canal (com MaryEllen Tribby).

A Promessa é seu décimo-segundo livro e sétimo com a John Wiley & Sons.

Ele continua a escrever sobre como iniciar e desenvolver pequenas empresas semanalmente na

revista eletrônica EarlytoRise.com.