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A QUALIDADE DA ALIMENTAÇÃO DOS ADOLESCENTES NA EDUCAÇÃO BÁSICA

Autora: Rosilei de Fátima Vieira de Freitas1

Orientadora: Maria das Graças Neves Correa2

Resumo

O objetivo deste artigo é verificar o consumo e a qualidade da alimentação dos alunos da 7ª série do 8º ano, turma 2011, do Colégio Estadual “Professor Segismundo Antunes Netto, em Siqueira Campos Pr, enfatizando recomendações nutricionais saudáveis; adequações dos alimentos no dia a dia; cálculos do IMC (Índice de Massa Corpórea) individual do aluno; valorização da merenda escolar e compreensão do funcionamento dos sistemas biológicos. O desenvolvimento do projeto e sua implementação foi motivado pela observação constante dos alunos com relação à alimentação, em especial no momento do intervalo trocando lanches e guloseimas trazidos de casa ou comprados na cantina escolar, desvalorizando os alimentos preparados pelas merendeiras e oferecidos pelo PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar). O critério para a inclusão do tema partiu de uma pesquisa individual sobre a alimentação diária do adolescente no lar e na escola, suas preferências alimentares e quantidades de refeições. As abordagens para a compreensão entre o padrão alimentar atual com a formação de hábitos saudáveis dos alunos deu-se por meio de estudos de textos retirados de artigos e livros didáticos; análise de vídeos baixados da Internet; análise de rótulos de alimentos industrializados; palestra com o profissional (nutricionista); cálculo do IMC; pesquisas em grupo sobre os alimentos fast-foods; conhecimentos da Lei das Cantinas e experimenos em laboratório dos grupos nutricionais como as proteínas, carboidratos, lipídios e vitaminas.

Palavras-chave: alimentação; hábitos saudáveis; proteínas; merenda escolar

1Pós-graduação, “Lato-Sensu”- Especialista em Educação Especial, área de Deficiência Mental, Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Jacarezinho, Estado do PR, Professora atuante no Colégio Estadual “Prof. Segismundo Antunes Netto”-EFMN

2Mestre em Química Aplicada pela Universidade Estadual de Maringá- Pr, Orientadora e Coordenadora de Estágio Supervisionado no Colegiado de Biologia da UENP, Campus de Jacarezinho, PR

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Introdução

O momento das abordagens sobre a qualidade da alimentação dos adolescentes

dentro da escola permitiu ao professor verificar e perceber a dificuldade do aluno em

compreender sua postura perante uma alimentação saudável.

Os alimentos industrializados e geralmente preferidos pelos adolescentes

assustam o educador que acredita na conscientização e na valorização de uma

alimentação equilibrada . São nos momentos escolares que o educador poderá interferir

na rotina alimentar do aluno gerando elementos que garantirão o bom funcionamento do

organismo através da compreensão dos valores nutricionais dos alimentos e suas

propriedades benéficas no sentido de previnir doenças.

(Custódio, 2008, p.03) em sua publicação relata que dentre os fatores que podem

influenciar o desenvolvimento intelectual do indivíduo, hoje se acredita que a força da

nutrição pode desenvolver o cérebro, melhorando a inteligência e combatendo desgates

caudados pelos dias modernos.

De acordo com o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar), através da

medida provisória 455, de 28 de janeiro de 2009, Lei nº 10.880, de 09/06/2004, dispõe

sobre o atendimento da alimentação escolar e do Programa Dinheiro Direto na Escola,

artigo 4º, o PNAE tem por objetivo contribuir para o crescimento e desenvolvimento

biopsicossocial, a aprendizagem, o rendimento escolar e a formação de hábitos

alimentares saudáveis dos alunos, por meio de ações de educação alimentar e nutriconal

e da oferta de refeições que cubram às suas necessidades durante a permanência em

sala de aula.

O tema enfatizado e desenvolvido atuou em situações variadas do cotidiano do

aluno no lar e na escola, previu que os alimentos industrializados preferidos e

consumidos levam o indivíduo às carências nutricionais como o baixo IMC calculado nos

adolescentes e à obesidade, associada a má alimentação, causada principalmente pelo

consumo excessivo e constante desses alimentos.

O projeto gerou elementos que interferiu em situações e atitudes dos adolescentes

levando-o a perceber a importância de uma alimentação adequada, de que é fator

essencial para se obter uma boa constituição física, social e intelectual, favorecendo a

aprendizagem e capacidade crítica com relação ao caminho a trilhar na sociedade.

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A formação de bons hábitos e práticas alimentares não se efetiva unicamente na

escola, principalmente se for com ações isoladas, sem interferência da família e da

sociedade. A conscientização e esclarecimentos sobre a alimentação adequada pode se

estender na escola nos momentos da oferta de alimentos nutritivos da merenda escolar,

durante estudos de textos de aulas interdisciplinares, palestras com especialistas da

saúde nutricional e questionamentos por meio de materiais midiáticos variados. Unindo

essa conjuntura de situações educacionais, pretendeu-se agir quanto à formação de

atitudes nos hábitos alimentares dos adolescentes e consequentemente permitindo

futuramente a promoção da saúde, fator essencial para sua vivência e desempenho

rendável na sociedade.

A saúde de uma pessoa é garantida através de uma alimentação saudável e

equilibrada à sua faixa etária e a escola é o espaço privilegiado para a promoção da

saúde das crianças, adolescentes, jovens e desempenhando papel fundamental

na formação de hábitos e estilos de vida, formação de valores, entre eles o da

alimentação.

Segundo o especialista em nutrição, Jacobson (1998, p.01) em seu trabalho

intitulado “Aspectos Nutricionais na Adolescência” identificou queA adolescência é um tempo de intenso e rápido crescimento e desenvolvimento físico, psíquico e social, demandando um aumento das necessidades nutricionais assim como a habilidade do indivíduo em satisfazer estas necessidades. Os desequilíbrios no balanço entre o conteúdo alimentar e o gasto de energia, durante esta fase, causam um impacto sobre a saúde dos adolescentes e em consequência os principais problemas: a obesidade, a anorexia nervosa, a bulimia, a aterosclerose, a hipertensão e o aumento de recém-nascidos de baixo peso. Os hábitos alimentares e a rotina de exercícios, adquiridos enquanto o adolescente alcança progressivamente sua independência, podem potencializar ou prejudicar os estilos de vida saudáveis para o resto da vida adulta. Os desvios nutricionais podem representar uma forma de comportamento de risco, portanto é uma questão que sempre deve ser investigada por pessoas que lidam com os adolescentes e suas famílias.

Pelas razões expostas pelo especialista Jacobson, é de grande importância que os

professores enfatizem questões relacionadas ao consumo alimentar , atuando em

situações que necessitam de atenção específica, a obesidade e outras doenças

associadas a má alimentação, causada principalmente pelo consumo excessivo

e constante de alimentos industrializados, para que assim possa evitar situações

de dificuldades de concentração nos estudos que poderão interferir no

rendimento da aprendizagem.

Mediante a realidade em que vivemos, percebemos que cada vez mais o tempo da

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família juntos tem sido curto, não havendo tempo para realizar as refeições e como

orientar os adolescentes no sentido de realizarem refeições saudáveis se mesmo os pais

não dispunham dessa atenção específica por motivos variados que a sociedade nos impõe?

Se o tema a ser trabalhado for de forma significativa e utilizar-se das diferentes

metodologias, despertará o interesse e a criatividadedos alunos levando-os a terem uma

visão crítica da realidade em questão.

Atualmente o processo educativo para os adolescentes tem se tornado um desafio

para o educador , principalmente ao fato de serem facilmente influenciados pela mídia;

e com a correria do dia a dia, a distância de casa ao trabalho, a comodidade em

adquirir alimentos prontos e rápidos, poucas pessoas optam em preparar suas refeições,

alimentando-se dos famosos fast-foods.

O Guia Nutricional elaborado por Sartori (2006, p. 28) relata que os alimentos das

redes de fast-foods apresentam alta quantidade de gordura, sal, açúcar:“Gordura: geralmente, os pratos são frituras regadas a muita maionese e outros molhos. Esse excesso de gordura saturada na alimentação resulta em um aumento da taxa de colesterol sanguíneo, que por sua vez, pode causar o entupimento das artérias, o enfarte e o derrame cerebral. Sal: além do sal já presente na maioria dos pratos, muitos costumam acrescentar mostarda, ketchup e outros molhos. O resultado pode ser hipertensão arterial, um dos fatores de risco para as cardiopatias. Açúcar: geralmente o acompanhamento do prato é um refrigerante, o que faz engordar, além de provocar cáries, Dê preferências a sucos naturais.”

Com o avanço da indústria química na indústria alimentícia, bem como atender a

grande demanda de alimentos e ao crescimento populacional, passou-se a utilizar um

número maior de aditivos alimentares que segundo Polônio (2009, p.1-2)“Além de a dieta ter sofrido modificações ao longo do tempo, a tecnologia aplicada pela indústria de alimentos com o intuito de aumentar o tempo de vida útil desses produtos tem gerado questionamentos quanto à segurança do emprego de aditivos alimentares, fundamentalmente quando se trata de corantes artificiais. A avaliação dos aditivos alimentares no âmbito mundial é boa enquanto se dá no controle das IDAs (Ingestão Diária Aceitável), desenvolvida pelo Comitê de Expertos em Aditivos Alimentares da Organização Mundial da Saúde (OMS)/Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) The Joint FAO/WHO Expert committee on food additives – JECFA]. Esse comitê define aditivo alimentar como qualquer substância que tal não se consome normalmente como alimento, nem tampouco se utiliza como ingrediente básico em alimentos, tendo ou não valor nutritivo, e cuja adição intencional ao alimento .

Em virtude dessas considerações relatadas pelos autores é de se esperar que

hoje, temos conhecimento de sobra para embasarmos em nossas aulas de muitos

conhecimentos voltados à area nutricional, do mesmo modo que encontraremos

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obstáculos que poderão nos levar ao desânimo e desmotivação no desenvolvimento do

conteúdo em vista da insistência da divulgação dos alimentos de baixa nutrição pelos

meios midiáticos.

Análise dos resultados

O resultado da pesquisa sobre a “Qualidade da alimentação dos Adolescentes na

Educação Básica” foi realizada com 35 educandos da 7ª série ( 8º ano) , No entanto, 29

alunos concordaram em responder o questionário , os demais não estavam respondendo

de forma condizente com sua rotina.

Constatou-se que a preferência dos escolares, recai sobre grande parte de

alimentos de baixo valor nutricional , ricos em carboidratos e lipídios que se consumidos

em excesso acarretam problemas de saúde futura como obesidade, hipertensão e

diabetes e outras doenças associadas à má alimentação.

Elaborou-se 10 grupos de alimentos variados, conforme a tabela 1, contendo em

cada grupo dois alimentos ofertados na escola como a merenda escolar e três outros

encontrados no comércio ou preparados no lar. Cada aluno deveria marcar apenas dois

alimentos de sua preferência.

Tabela 1

Grupo 1 macarrão com molho, batata frita, arroz com feijão, lasanha (fastfood), feijoada.

Grupo 2 helma-chips, biscoito de polvilho, bolacha recheada, arroz doce, cachorro quente.

Grupo 3 refrigerante, vitamina de frutas, leite com chocolate, suco de garrafinha, todinho.

Grupo 4 carne bovina, pastel de vento, salada de alface, salada de repolho, sopa de legumes.

Grupo 5 pão caseiro com doce, bolo recheado de padaria, bolachas doces, x-salada, esfiha de carne.

Grupo 6 sopa de legumes, pamonha, pizza, salgados fritos, arroz com frango.

Grupo 7 bolo cuca de banana, bolo recheado com cobertura, cereal com leite, waffer recheado, pão com hambúrguer.

Grupo 8 iogurte com granola, suco artificial de sabores, chá mate, refrigerante, café com leite.

Grupo 9 pamonha, canjica, pão com hambúrguer, salsicha, x-salada.

Grupo 10 polenta com molho, salgadinhos tipo helma-chips, bolacha água e sal, sardinha e atum, batata frita.

Fonte: elaborado pela autora, 2011.

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Analisando o gráfico do primeiro grupo, conferiu-se ou seguintes resultados:

48,28% responderam preferência pelo macarrão com molho; 51,72% batata frita; o maior

número de preferências, 55,17% arroz com feijão; 44,83% preferem lasanha do tipo fast-

food e as menores escolhas pela feijoada, com 34,48%.

Do segundo grupo de alimentos, a maior parte dos adolescentes, 32,76%

responderam ter preferência por salgadinhos do tipo helma chips; 15,52% biscoito de

polvilho; 10,34% arroz doce. Houve um empate quanto às preferências por bolacha

recheada e cachorro quente, ou seja, 20,69%.

Fonte: Elaborado pela autora, 2011.

Macarrão com molhoBatata frita

Arroz com feijãoLasanha (fast food)

Feijoada

0

5

10

15

20

25

30

Gráfico 1- Alimentos preferidos do grupo 1

Número de alunosPorcentagem

Fonte: Elaborado pela autora, 2011.

Helma chips (salgadinhos)Biscoito de polvilho

Bolacha recheadaArroz doce

Cachorro quente

0

5

10

15

20

25

30

35

Gráfico 2- Alimentos preferidos do grupo 2

Número de alunosPERCENTUAL

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No terceiro grupo de alimentos, 27,69% dos alunos responderam preferência por

refrigerante, 22,41% vitamina de frutas; um maior número de preferências, 29,31% por

leite com chocolate; um baixo número, 3,45% por suco de garrafinha (artificial) seguidos

por 17,24% para o todinho.

No quarto grupo de alimentos, constatou-se que grande número de adolescentes,

ou seja, 39,66% preferem a carne bovina; 22,41% pastel de vento; 27,59% salada de

alface; 8,62% salada de repolho e uma baixa escolha, 1,72 % pela sopa de legumes.

Fonte: Elaborado pela autora, 2011.

refrigerante

vitamina de frutas

leite com chocolate

suco de garraf inha

todinho

0 5 10 15 20 25 30 35

Gráfico 3- Alimentos preferidos do grupo 3

Número de alunosPERCENTUAL

Fonte: Elaborado pela autora, 2011.

carne bovina

pastel de vento

salada de alface

salada de repolho

sopa de legumes

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

Gráfico 4- Alimentos preferidos do grupo 4

Número de alunosPERCENTUAL

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Para o quinto grupo de alimentos selecionados, responderam : 24,14% preferem

pão caseiro com doce; a preferência de 59% por bolo recheado da padaria; 17,24%

bolachas doces; 17,24% preferem X-salada; 13,79% esfilhas de carne.

Quanto ao sexto grupo de alimentos escolhidos para pesquisa, um baixo número

de alunos 5,17%, disseram que consomem sopa de legumes na escola; ; grande parte

dos alunos, 34,48% preferem a pizza; 20,69% salgados fritos e 18,97% preferem arroz

com frango oferecido na escola. Houve um empate nas escolhas de lanches como a

pamonha e os salgados fritos num percentual de 20,69%.

Fonte: Elaborado pela autora, 2011.

pão caseiro com doce

bolo recheado da padaria

bolachas doces: coco, chocolate

x- salada

esf iha de carne

0 5 10 15 20 25 30

Gráfico 5- Alimentos preferidos do grupo 5

Número de alunosPERCENTUAL

Fonte: Elaborado pela autora, 2011.

sopa de legumes

pamonha

pizza

salgados fritos

arroz com frango

0 5 10 15 20 25 30 35 40

Gráfico 6- Alimentos preferidos do grupo 6

Número de alunosPERCENTUAL

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Quanto ao sétimo grupo, um baixo número de alunos, 13,79% responderam gostar

de bolo cuca de banana; grande número responderam optar pelo bolo recheado e com

cobertura, 34,48% ; 22,41 % cereal com leite; 15,52% wafer recheado e 17,24% pão

com hamburguer.

No oitavo grupo selecionado, 12,07% responderam consumir iogurte com granola;

17,24% suco artifical de sabores; 13,79% chá mate; um grande número, 37,93%

refrigerantes e 18,97% optaram pelo café com leite.

Fonte: elaborado pela autora, 2011.

Fonte: Elaborado pela autora, 2011.

Bolo cuca de banana

bolo recheado com cobertura

cereal com leite

w affer recheado

pão com hambúrguer

0 5 10 15 20 25 30 35

Gráfico 7- Alimentos preferidos do grupo 7

Número de alunosPERCENTUAL

Iogurte com granola

suco artif icial de sabores

chá mate

refrigerante

café com leite

0 5 10 15 20 25 30 35 40

Gráfico 8- alimentos preferidos do grupo 8

Número de alunosPERCENTUAL

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Para o nono grupo de alimentos escolhidos, 25,86% preferem a pamonha; 13,79%

canjica; 17,24% pão com hamburguer; 22,41% salsicha e 20,69% preferem X- salada.

No último grupo de alimentos selecionados, 20,69% preferem polenta com molho

oferecido na merenda; 17,24% salgadinhos tipo helma chips; 12,07% bolacha água e sal;

13,79% sardinha e atum e o maior número responderam , 36,21% preferem batata frita.

Fonte: Elaborado pela autora, 2011.

Pamonha

canjica

pão com hambúrguer

salsicha

x-salada

0 5 10 15 20 25 30

Gráfico 9- Alimentos preferidos do grupo 9

Número de alunosPERCENTUAL

Fonte: Elaborado pela autora, 2011.

Polenta com molho

salgadinhos tipo helma ships

bolacha água e sal

sardinha e atum

batata frita

0 5 10 15 20 25 30 35 40

Gráfico 10- Alimentos preferidos do grupo 10

Número de alunosPERCENTUAL

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No capítulo publicado por Setian (2007, p.214) relata que,A alimentação normal deve ser balanceada e equilibrada com alimentos que contenham todos os nutrientes para atender as funções vitais do corpo. A base de uma alimentação deve conter alimentos construtores, energéticos e reguladores.” As proporções de nutrientes favorecem o equilíbrio do corpo para o desenvolvimento de todas as funções do do organismo.

De acordo com Barbosa (2009, p.117), Para perfeito equilíbrio dos alimentos é fundamental considerar a variedade dos alimentos, a moderação no consumo e a proporcionalidade. É fundamental promover a combinação dos nutrientes que contém carboidratos, gorduras, proteínas, vitaminas, fibras alimentares e sais minerais.

Os autores mencionados, relatam que a base fundamental de uma alimentação

requer do consumidor atitudes de alerta quanto aos nutrientes e suas proporções diárias

no consumo. E para comprovar se os adolescentes estavam se alimentando com

frequência normal e com qualidade nutricional, questionou-se uma pesquisa envolvendo

nessa etapa 29 alunos, elencando sugestões de alimentos e seus respectivos números

de dias da semana que consumiam, chegando ao seguintes resultados:

Com relação ao café da manhã , 3,45% disseram tomar apenas duas vezes por

semana, 20,69% três vezes; 65,52% tomam todos os dias e 10,34% disseram não tomar

café da manhã.

Seguiu-se com o almoço semanal: um grande número de alunos, 75,86%

responderam que almoçam todos os dias, sendo que 3,45% para os alunos que

responderam almoçar de três a cinco vezes na semana; 10,34% disseram almoçar

Fonte: Elaborado pela autora, 2011

20,69

10,34

65,52

3,45Gráfico 11- Café da manhã

Três vezesCinco vezesTodos os diasOutro valor

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menos de três vezes na semana.

Seguiu-se as questões para o consumo do lanche da tarde, tendo como resultado:

Lancham apenas três vezes por semana 17,24%; cinco vezes 10,34%; todos os dias

58,62%, e disseram lanchar menos de três vezes 20,69%.

Para o hábito de jantar contínuo durante a semana, conclui-se que: consomem

apenas cinco vezes na semana 6,9%; todos os dias somaram-se 89,66%; responderam

que consomem menos de três vezes na semana 3,41%.

Fonte: Elaborado pela autora, 2011

Gráfico 12- Lanche da tarde

Três vezesCinco vezesTodos os diasOutro valor

Fonte: Elaborado pela autora, 2011

Gráfico 13- Lanche da tarde

Três vezesCinco vezesTodos os diasOutro valor

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Colocou-se a questão do consumo de refrigerantes, até quantos estavam

acostumados a consumi-los diariamente por se tratar de um alimento artificial. Chegou-se

à seguinte conclusão: 31,03% três vezes; 6,9% cinco vezes; 27,59% consomem todos

os dias e 34,48% responderam ingerir menos de três vezes na semana.

A pesquisa realizada questionou-se sobre o consumo de sucos naturais durante as

refeições ou lanches realizados durante a semana. Constatou-se que 20,69% consomem

três vezes e cinco vezes durante a semana, ao passo que 24,14% consomem sucos

todos os dias; 27,59% corresponde ao consumo de menos de três vezes na semana.

Fonte: Elaborado pela autora, 2011.

Gráfico 14- Jantar

Três vezesCinco vezesTodos os diasOutro valor

Fonte: Elaborado pela autora, 2011

Gráfico 15- Ingestão de refrigerantes

Três vezesCinco vezesTodos os diasOutro valor

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Segue-se três sugestões de alimentos referentes à sua composição nutricional com

base nas proteínas: peixe, queijo, carnes e leite. No que se refere ao consumo de peixe,

obteve-se como resultados: 27,59% consomem apenas três vezes por semana; 10,34%

todos os dias e 62,07% responderam ingerir peixes menos de três vezes na semana, um

número muito alto para o alimento peixe considerado saudável no cardápio semanal.

Para o alimento queijo, responderam: 24,14% três vezes; 3,45% cinco vezes;

13,79% todos os dias ; 58,62% disseram ingerir menos de três vezes durante a semana.

Fonte: Elaborado pela autora, 2011.

Gráfico 16- Consumo de sucos naturais

Três vezesCinco vezesTodos os diasOutro valor

Fonte: elaborado pela autora, 2011.

Gráfico 17- Peixes

Três vezesCinco vezesTodos os diasOutro valor

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Quanto à proteína contida no alimento como as carnes em geral, responderam :

10,34% consomem apenas três vezes por semana; 24,14% cinco vezes; e disseram que

consomem todos os dias 62,07%; outros porém, 3,45% disseram que consomem menos

de três vezes na semana.

Finalizando com o alimento protéico do leite, conclui-se que: 17,24% três vezes;

6,9% cinco vezes; 62,07% consome todos os dias da semana e 13,79% responderam

consumir menos de três vezes na semana.

Fonte: Elaborado pela autora, 2011.

Gráfico 18- Queijo

Três vezesCinco vezesTodos os diasOutro valor

Fonte: Elaborado pela autora, 2011.

Gráfico19- Carnes

Três vezesCinco vezesTodos os diasOutro valor

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Fonte: elaborado pela autora, 2011

Os vegetais em geral, necessitam compor a mesa das refeições todos os dias.

Pesquisou-se a frequência do consumo de saladas no cotidiano do aluno e chegou-se

aos seguintes resultados: consomem apenas três vezes por semana 10,34%; cinco

vezes 10,69%; todos os dias 41,38% e consomem menos de três vezes na semana

27,59%.

Quanto ao consumo de frutas, verificou- se que: 27,59% consomem três e cinco

vezes na semana; 24,14% consomem todos os dias , bem como os demais, 24,14%

também consomem menos de três vezes na semana.

Gráfico 20- Leite

Três vezesCinco vezesTodos os diasOutro valor

Fonte: Elaborado pela autora, 2011.

Gráfico 21- Saladas

Três vezesCinco vezesTodos os diasOutro valor

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Com relação aos legumes cozidos, constatou-se o consumo correspondente a três

vezes por semana 34,48%; cinco vezes 3,45%; todos os dias 17,24% e responderam

ingerir menos de três vezes na semana este tipo de vegetal 44,83%, valor muito alto,

considerando a importância do alimento para a saúde.

Surgiu a necessidade da verificação de como os alunos estão se alimentando de

produtos industrializados como os salgadinhos/ bolachas recheadas , chocolates/ doces,

obtendo as seguintes conclusões:

Para o consumo de salgadinhos, bolachas recheadas, 37,93% três vezes; 3,45%

Fonte: Elaborado pela autora, 2011.

Gráfico 22- Frutas

Três vezesCinco vezesTodos os diasOutro valor

Fonte: Elaborado pela autora, 2011.

Gráfico 23- Legumes cozidos

Três vezesCinco vezesTodos os diasOutro valor

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quatro vezes; 17,24% cinco vezes; 10,34% todos os dias e 6,9% disseram não ingerir

muito, menos de três vezes na semana, ou seja, 34,48%.

Quanto às guloseimas de chocolates e doces variados constatou-se que 20,69%

responderam ter o hábito de consumir três vezes na semana, bem como os demais

20,69% cinco vezes; 13,79 % consomem todos os dias e 48,28% não ingerem

diariamente, apenas inferior a três dias semanais.

Fonte: Elaborado pela autora, 2011.

Três vezes

Cinco vezes

Todos os dias

Outro valor

0 5 10 15 20 25 30 35 40

Gráfico 24- Salgadinhos, bolachas recheadas

Número de alunosPorcentagem

Fonte: Elaborado pela autora, 2011.

Três vezes

Cinco vezes

Todos os dias

Outro valor

0 10 20 30 40 50 60

Gráfico 25- Chocolates/doces

Número de alunosPorcentagem

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Após serem perguntados sobre o consumo de grelhados ou assados consumidos

durante a semana, obteve-se as seguintes respostas: 34,48% três vezes e 3,45%

ingerem todos os dias, ao passo que, grande número responderam ingerir um número

inferior a três dias na semana, 62,07%.

A partir do estímulo do marketing observados continuamente no cotidiano, houve a

necessidade da verificação deste quesito, comida rápida (fast-food), visando a

interferência com questionamento e debates quanto aos pontos positivos da ingestão

desse tipo de produto. Após serem questionados sobre a frequência com que se

alimentavam, obte-se como respostas: 6,9% se alimentam três vezes na semana; 13,79%

cinco vezes na semana; todos os dias da semana apenas 3,45%, ao passo que 75,86%,

grande número, consomem menos de três vezes ou nem compram esta linha linha de

alimentos.

Fonte: elaborado pela autora,2011.

Três vezes

Cinco vezes

Todos os dias

Outro valor

0 10 20 30 40 50 60 70

Gráfico 26- Grelhados/ assados

Número de alunosPorcentagem

Fonte: elaborado pela autora, 2011.

Três vezes

Cinco vezes

Todos os dias

Outro valor

0 10 20 30 40 50 60 70 80

Gráfico 27- Comida Fast-food

Número de alunosPorcentagem

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20

Os alimentos da linha integral como arroz, bolachas, pães são pouco divulgados,

além de serem considerados menos acessíveis à grande maioria dos consumidores.

Pretendeu-se então avaliar como está o consumo dos integrais no âmbito dos

adolescentes e chegando-se aos seguintes resultados: ingerem 13,79% , três vezes na

semana; 3,45% cinco vezes, outros 3,45% ingerem todos os dias e grande número dos

adolescentes, 79,31% responderam consumir apenas um número inferior a três dias.

De acordo com os estudos realizados pela Professora Titular em Nutrição, Salgado

(2004, p. 78), “A adolescência é um período crítico para iniciar ou agravar a obesidade

preexistente devido ao aumento fisiológico do tecido adiposo, que ocorre principalmente

no sexo feminino, além do maior consumo de lanches com alto teor calórico e também por

instabilidades emocionais frequentes nesse período”.

Para a obtenção de um diagnóstico que pudesse verificar a possibilidade de

sobrepeso ou mesmo nos adolescentes que estivessem com baixo peso, realizou-se o

cálculo do IMC dos estudantes em conjunto com os dados transferidos na tabela de

medidas do professor de Educação Física.

As medidas foram feitas e tabulados. Encontrando os resultados, fez-se

comparações com tabelas de percentis, segundo sexo, idade e raça. Cujos valores de

IMC acima de percentil 85 (P85) e abaixo do percentil 95 (P95) é considerado como

sobrepeso e, a partir do P95, como obesidade. No percentil 50, encontramos os valores

Fonte: Elaborado pela autora, 2011

Três vezes

Cinco vezes

Todos os dias

Outro valor

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

Gráfico 28- Alimento integral

Número de alunosPorcentagem

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21

médios de IMC para a idade e sexo.

Resumindo: ADOLESCENTES (idade ≥ 10 anos e< 20 anos):– IMC < p50: baixo peso– IMC ≥ p50 e < p85: peso adequado/eutróficoIMC ≥ p85: sobrepeso

Tabela 2

Foram analisados no decorrer da aula, um total de 30 alunos. Os resultados do

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22

IMC obtidos foram os seguintes: de um total de 14 alunos do sexo masculino, 57,14%

estavam com o peso adequado; 14,29% se encontravam com sobrepeso e 28,57%

apresentaram índice de IMC abaixo do peso adequado.

De um total de 16 alunas, 31,25% estavam com o peso adequado; no entanto,

68,75% se encontravam com índice avaliativo de IMC abaixo do peso; logo, não houve

caso de alunas apresentarem o quadro de sobrepeso.

Levando-se em consideração a finalidade da pesquisa, de forma a discutir,

Fonte: Elaborado pela autora, 2011.

Gráfico 29- IMC Masculino

Menor ou igual a 50 (Abaixo do peso) 4Maior ou igual 50-85 (Peso adequado)Maior ou igual 85-95 (Sobrepeso)

Fonte: Elaborado pela autora, 2011.

Gráfico 30- IMC Feminino

Menor ou igual a 50 (Abaixo do peso) Maior ou igual 50-85 (Peso adequado)Maior ou igual 85-95 (Sobrepeso)

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23

questionar e conscientizar o educando a reconhecer a importância de uma alimentação

equilibrada para a manutenção da saúde e perceberem seus próprios hábitos

alimentares para que assim modifiquem alguns, saber que a alimentação, aliada à

prática de esportes, é fator essencial de vida saudável, realizou-se uma pesquisa com

questionários a fim de obter respostas concretas sobre o cotidiano alimentar de cada um.

Os resultados da pesquisa “Será que comemos de forma saudável” foram

computados e analisando os dados obtidos com 29 alunos, chegou-se aos seguintes

resultados: ao se perguntar sobre o rendimento salarial da família, analisou-se que 6,9%

ganhavam menos de um salário mínimo; 48,28% ganhavam um salário mínimo; 31.03%

ganhavam dois salários e 13,79% disseram receber mais de dois salários mínimos.

Perguntando sobre o número de refeições que constumavam fazer, observou-se

que 6,9% faziam menos de três refeições diárias; 48,28% faziam quatro refeições e

31,03% faziam cinco refeições diárias.

Fonte: Elaborado pela autora, 2011.

Menos de 1 salário 1 salário 2 salários 3 ou mais salários0

10

20

30

40

50

60

Gráfico 31- Rendimento salarial

Número de alunosPercentual

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24

Sabemos que a água é um elemento importante para o processo metabólico do

corpo humano, que deve ser reposta diariamente pelo fato de perdermos grande parte

dela pela transpiração. Perguntou-se sobre a quantidade da ingestão da água e

constatou-se que 37,93 % consomem menos de 1 litro/dia; 51,72% tomam 2 litros/dia;

3,45% tomam 3 litros/dia e disseram outra quantidade de ingestão de água, 6,9%

litro/dia.

A questão da quantidade da caloria é preocupante quando o adolescente ingere de

forma demasiadamente exagerada no decorrer do dia, acumulando-a no organismo e

Fonte: Elaborado pela autora, 2011.

Menos de 3 4 refeições 5 refeições0

10

20

30

40

50

60

Gráfico 32- Número de Refeições

Número de alunosPercentual

Fonte: elaborado pela autora, 2011.

Menos de 1 litro 2 litros 3 litros outro valor0

10

20

30

40

50

60Gráfico 33- Ingestão de água/dia

Número de alunosPercentual

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25

levando ao aumento de peso com o passar do tempo. Quando perguntado sobre sua

preocupação com o valor calórico dos alimentos que consome, 34,98% disseram não se

preocupar com a caloria dos alimentos; 44,83% se preocupavam e 20,69 disseram que

poucas vezes pararam para pensar sobre as calorias ingeridas.

Sabe-se que a publicidade tem um imenso poder de divulgação dos produtos que

compramos, desde o vestuário até os alimentos. Somos invadidos por muitas

propagandas, que muitas vezes poderão influenciar em nossas escolhas alimentares.

Quando perguntado aos adolescentes sobre sua opinião com relação à publicidade nas

propagandas de alimentos constatou-se os seguintes resultados: 10,34% responderam

ser a publicidade informativa; 51,72% disseram ser útil e indispensável; 37,903%

manipuladora e nenhum aluno questionou ser inútil e dispensável.

Fonte: Elaborado pela autora, 2011.

Não Sim Às vezes05

101520253035404550

Gráfico 34- Preocupação com o valor calórico dos alimentos Número de alunosPercentual

Fonte: Elaborado pela autora, 2011.Informativa Útil e indispensável Manipuladora Inútil e dispensável

0

10

20

30

40

50

60Gráfico 35- Publicidade nas propagandas

Número de alunosPercentual

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26

A mídia desempenha um papel negativo perante a transmissão da imagem

corporal, dos padrões de magreza ou beleza a seguir, sem questionar a saúde e bem

estar do interlocutor, no caso o adolescente. Visando analisar esse efeito sobre os

adolescentes, a pesquisa apontou as seguintes respostas: 13,79% disseram não se

preocupar com a aparência estética; 62,07% respondeu que sim e 24,14% disseram que

às vezes se preocupam.

A aparência estética combina com a prática de atividade física como correr,

caminhar, jogar, andar de bicicleta ou qualquer outra atividade que faça aumentar a

respiração. Quando questionado sobre estas práticas cotidianas para melhorar o

desempenho físico e a saúde em geral, 3,45% dos adolescentes responderam que não

gostam de atividades físicas, logo não praticam; 82,76% praticam e 13,79% não são

assíduos, praticam às vezes.

Fonte: Elaborado pela autora, 2011.

Não Sim Às vezes0

10

20

30

40

50

60

70Gráfico 37- Aparência estética

Número de alunosPercentual

Fonte: Elaborado pela autora, 2011.

Não Sim Às vezes0

10

20

30

40

50

60

70

80

90Gráfico 38- Atividade física

Número de alunosPercentual

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27

Quanto à questão da ansiedade e a vontade de comer mais, perguntou-se se

quando está ansioso ou ansiosa ingere maior quantidade de alimentos, obtendo-se como

resposta: 17,24% responderam que acontece algumas vezes na vida em que sentem

querer comer mais num quadro de ansiedade; e coincidiram o mesmo valor nos casos

positivos e negativos com 41,38% .

A segurança nutricional pode ser garantida através do PNAE (Programa Nacional

da Alimentação Escolar, e com relação ao consumo da Merenda Escolar os adolescentes

responderam à pesquisa e como resultado do consumo fechou-se que: 24,14% não

consomem; 20,69% que consomem e 55,17% responderam que às vezes preferem a

merenda da escola.

Fonte: Elaborado pela autora, 2011.

Sim Não Às vezes0

5

10

15

20

25

30

35

40

45Gráfico 39- Comida/ansiedade

Número de alunosPercentual

Fonte: Elaborado pela autora, 2011.

Não Sim Às vezes0

10

20

30

40

50

60Gráfico 40- Merenda Escolar

Número de alunosPercentual

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28

Outra opção de alimentação do escolar, refere-se à Cantina, alimentos vendidos

dentro do estabelecimento afim de assegurar ao aluno que ele não fique sem se alimentar

durante o período de aula desde que ele custeie o produto a ser consumido. Quando

perguntado se eles consomem os lanches da Cantina Escolar, 17,24% responderam que

não consomem; 13,79% que sim e 68,97% disseram que às vezes consomem os lanches

da cantina.

Com relação às questões de saúde familiar do educando, muitas doenças e

problemas de saúde foram citados, dentre elas a que mais se destacaram foi ocorrências

de gastrite, apresentando o percentual de 20,69% e diabetes com 17,24% ; por outro

lado grande número de alunos responderam não terem problemas de saúde na família,

valor referente a 20,69%.

Fonte: Elaborado pela autora, 2011.

Não Sim Às vezes0

10

20

30

40

50

60

70

80Gráfico 41- Cantina Escolar

Número de alunosPercentual

Fonte: Elaborado pela autora, 2011.

DiabetesGastrite

Gastrite e diabetesHipertensão

Hipertensão e diabetesHipertensão e gastrite

ColesterolColesterol e hipertensão

ObesidadeGastrite, hipertensão, colesterol, úlcera,bulimia

Obesidade, hipertensão e anorexiaNenhuma doença

0 5 10 15 20 25

Gráfico 42- Problemas de saúde

Número de alunosPercentual

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29

A conscientização sobre a importância de uma alimentação saudável prevê que o

educando mude sua postura perante o que lhe é oferecido constantemente de alimento

em seu dia a dia como a diminuição de açúcares e gorduras, considerados saborosos

pelos adolescentes. A questão refere-se à auto-avaliação do aluno perante uma

alimentação de qualidade nutricional, dessa forma, 24,14% disseram não ter uma

alimentação saudável; não se preocupam com isso 27,59% e ; acreditam ter uma

alimentação saudável para se ter boa saúde 48,28%.

Finalizou-se a entrevista abordando a qualidade de uma alimentação; esta

dependerá até no momento da compra. A identidade do alimento consiste em ler o

rótulo, sua composição nutricional de forma a permitir que leve para casa alimentos

nutritivos, com poucos aditivos químicos e bem conservados. Para saber se o

adolescente se conscientiza desse ato, perguntou-se o que faz quando compra um

produto: 34,48% responderam que olham somente o preço do produto e compra o mais

barato; 13,79% lê o rótulo para ver a composição nutricional do alimento e 51,72% olham

a embalagem, mas não se preocupam em ler a composição contida no rótulo do alimento.

Fonte: Elaborado pela autora, 2011.

Não me preocupo com isso Sim Não0

10

20

30

40

50

60Gráfico 43- Alimentação saudável

Número de alunosPorcentagem

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30

Em virtude de citarmos o ítem da pesquisa sobre o questionamento do aluno

quanto à sua autoavaliação na aprendizagem dos conteúdos , e em razão disso, obteve-

se as seguintes respostas: 17,24% responderam serem ótimos alunos; 48,28% bons

alunos; 24,14% consideram-se regulares e 10,34% fracos de conteúdos e aprendizagens.

Fonte: Elaborado pela autora, 2011.

Olha a embalagem Olha o preço Lê o rótulo0

10

20

30

40

50

60 Gráfico 44- Atitude do consumidor

Número de alunosPorcentagem

Fonte: Elaborado pela autora, 2011.

Ótimo Bom Regular Fraco0

10

20

30

40

50

60Gráfico 45- Autoavaliação do aluno

Número de alunosPERCENTUAL

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31

Tendo por base todas as informações acerca do adolescente com relação à sua

alimentação e outros dados obtidos em sua conduta perante questões de

conscientização, sistematizou-se a compreensão dos processos de Digestão, Respiração

e Circulação mediante textos didáticos, confeção do pulmão com materiais de reciclagem

e repasse de informações por meio de vídeos. Considerou-se esses sistemas como um

todo integrado, cada órgão possui uma função específica, mas todos eles trabalham

juntos para desempenhar uma função mais ampla.

O funcionamento interligado e harmonioso desses sistemas são garantidos pela

nutrição das células, de uma composição nutricional de componentes químicos saudáveis

nos alimentos que consumimos, e para complementar essas informações, os alunos

foram encaminhados ao laboratório de ciências para realizarem atividades experimentais.

As atividades foram com base em testes químicos feitos em alguns alimentos,

reconhecendo assim, quais deles continham em sua composição: amidos, vitamina C,

proteínas e lipídios. Primeiramente verificou-se a presença do amido nos alimentos

fazendo o teste químico com uma solução de iodo, agindo como um indicador. A solução

de iodo possui cor marrom ferrugem e, quando ela interage com o amido, sofre

transformação química, apresentando cor azul, roxa ou preta.

Outra verificação realizou-se com alimentos que sofrem uma reação química. O

teste se baseia em uma reação química que ocorre entre o iodo e o ácido ascórbico

(Vitamina C ). Nessa reação formaram-se produtos incolores que não reagem com o

amido; assim as cores azul, roxo ou preto não apareceram nas experiências. Concluiu-se

que o iodo, ao entrar em contato com a vitamina C, não muda de cor, ao contrário de

quando existe o amido.

Para a identificação das proteínas, realizaram-se dois experimentos: o primeiro foi

para o reconhecimento da albumina, proteína encontrada na clara do ovo. Procedeu-se

em pinguar gotas da solução de hidróxido de sódio em tubos de ensaio contendo clara de

ovo, seguida de pingos de sulfato de cobre. Como resultado, percebeu-se uma

modificação na cor natural da clara do ovo para violeta, indicando a presença da proteína.

A segunda demonstração foi para testar a proteína do leite, a caseína. Preparou-se

um tubo de ensaio contendo leite em seu interior, colocando em seguida gotas de ácido

nítrico e gotas de hidróxido de amônio, sendo aquecido por instantes até ficar amarelo.

Esperou-se esfriar e constatou-se que o leite coagulou, ou seja, formou-se um

precipitado que recebe o nome de caseína, a proteína do leite.

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32

Para o teste do lipídio (gordura) dos alimentos, necessitou-se de papel absorvente

e alimentos como o bacon, margarina, linguiça, nata do leite, óleo e outros gordurosos.

Esfregando ou pinguando o alimento sobre um papel branco levou-se ao calor de uma

chama para secar. Colocando o papel contra a luz, observou-se manchas transparentes

que deixavam a luz passar mais facilmente. Para melhor constatação, pinguou-se no

papel gotas de água. Depois de aquecer o papel com água, verificou-se que a mancha

desapareceu, isto é explicado pela evaporação da água; quando aquecida o processo é

mais rápido.

Numa aula posterior, analisou-se rótulos de alimentos industrializados visando

conhecer sua composição química. Entendeu-se que existem composições naturais ,

úteis e saudáveis ao organismo e outras porém, adicionadas ao alimento, os aditivos

químicos, são substâncias não nutritivas adicionadas intencionalmente ao alimento,

geralmente em quantidades pequenas para melhorar a aparência, o sabor, a textura e as

propriedades de armazenamento.

Após compreensão das substâncias presentes nos alimentos, os nutrientes e suas

funções, os alunos passaram a questionar sobre sua alimentação diária como o café da

manhã, almoço, lanche e jantar, verificando se o que estavam ingerindo diariamente

estava equilibrado com quantidade de nutrientes favoráveis ao organismo, sem riscos de

levá-lo à desnutrição, problemas de avitaminoses, obesidade, ateriosclerose e outros

distúrbios relacionados à falta ou excesso de nutrientes. Aproveitou-se o momento para

conhecer a Resolução da rotulagem nutricional, a tabela referente às necessidades

nutricionais e tabela de conteúdos calóricos de alguns alimentos. Leu-se a resolução que

obriga a rotulagem nutricional em todos os rótulos de alimentos, Resolução RDC números

359 e 360, de 23 de dezembro de 2003 esclarecendo aos alunos a sua importãncia ao

comprar determinado produto. A questão trata das informações nutricionais como os

carboidratos, proteínas, gordura total, gordura saturada, gorduras trans, fibra alimentar,

sódio e outros nutrientes. A informação dos conteúdos calóricos indicam a quantidade de

energia que determinada porção do alimento é capaz de fornecer ao nosso corpo, a Cal

(caloria). No caso, quando o alimento fornecer energia além do que a pessoa gasta, o

corpo não descarta o excesso de alimento, ao contrário, ele usa a energia excedente para

produzir gordura e a armagena, formando o tecido adiposo.

Quanto aos conteúdos calóricos dos alimentos, são variáveis, dos alimentos

observados e selecionados, possuia mais calorias em 100 g dos alimentos que eram do

Page 34: A QUALIDADE DA ALIMENTAÇÃO DOS ADOLESCENTES NA … · 2 Introdução O momento das abordagens sobre a qualidade da alimentação dos adolescentes dentro da escola permitiu ao professor

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grupo dos lipídios: óleo e manteiga. O chocolate, o arroz e o pão, sendo grupo dos

carboidratos também possuiam muitas calorias; valores intermediários de calorias para as

proteínas como o leite, ovos e carnes e menos calorias nos vegetais: tomate, alface e

cenoura.

Os alunos foram agrupados com o objetivo de confeccionar paineis dos sistemas

digestório, respiratório e cardiovascular, como também a pirâmide de alimentos com

figuras ilustrativas de alimentos diversificados.

Para melhor enfatizar a alimentação saudável e balanceada, a presença do

profissional em nutrição foi favorável. A nutricionista apresentou em sala de aula a

ferramenta pirâmide alimentar, Sua fala foi dirigida aos adolescentes com relação aos

seus hábitos alimentares, demonstrando os alimentos que compõem a pirâmide alimentar

que representa um guia para compor uma alimentação saudável e balanceada. A

nutricionista frizou também quanto ao controle do consumo de alimentos industrializados,

principalmente os chamados fast-foods que em excesso leva os adolescentes a

aumentarem o peso corporal (obesidade) e consequentemente acompanhado da elevada

taxa de colesterol.

Os alunos fizeram seus questionamentos e com certeza puderam se conscientizar

sobre uma alimentação mais saudável e com qualidade nutricional. Aproveitaram a

oportunidade e mostraram seus trabalhos realizados sobre o tema Alimentação nos dias

anteriores.

A pirâmidade alimentar ajudou o aluno a visualizar o equilíbrio dos alimentos que

são agrupados de acordo com as suas funções e nutrientes; e que nenhum grupo pode

ser usado como única fonte de nutrientes, pois este não possui todos os nutrientes

necessários ao organismo.

Com informações obtidas durante a palestra do profissional em nutrição, bem como

os textos discutidos em sala, sugeriu-se a elaboração de um cardápio nutritivo para o

aluno seguir em casa.

Sugeriu-se também um cardápio a ser adotado pela Cantina Escolar, antes disso

houve a leitura e discussão sobre a Lei das Cantinas, publicada em Diário Oficial no ano

de 2004. A Lei das Cantinas obedece a padrões de qualidade nutricional e de vida

indispensáveis à saude dos alunos. Os alimentos não permissíveis incluem bebidas

alcoólicas, balas, pirulitos, regrigerantes, sucos artificiais, salgadinhos industrializados,

salgados fritos, pipocas industrializadas, gomas de mascar e outros .

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34

Muitos alimentos industrializados possuem em sua composição substâncias que

quando ingeridas diariamente passa a agir sobre o organismo alterando suas funções e

acarretando riscos à saúde, são os aditivos alimentares, as gorduras saturadas e o sal.

Esses componentes estão presentes nos alimentos chamados fast-foods,

compostos basicamente por pizzas, hambúrgueres, batata frita e refrigerantes. Conclui-se

que o que leva o indivíduo a consumir fast-foods muitas vezes é a influência da mídia,

comodidade, rapidez e a falta de tempo em preparar alimentos caseiros.

Os alunos da 7ª série, turma D, pesquisados no decorrer do ano de 2011, permitiu-

nos um trabalho em perceber que a maior parte deles residem na zona rural, tem pouco

contato com alimentos industrizalizados do tipo fast-foods. Os salgadinhos do tipo helma

ships, chocolates e doces, bolachas recheadas são consumindos moderadamente por

custarem mais caro, visto que a maior parte do rendimento salarial corresponde a um

salário mínimo dificultando o acesso ao alimento pronto; os alimentos integrais não são

valorizados e consumidos pelo maior número de alunos. O número de refeições são

consumidos normalmente, perfazendo um total de quatro refeições diárias iniciando pelo

café da manhâ, almoço, lanche da tarde e jantar todos os dias. No entanto, o consumo

de líquidos como os refrigerantes fazem parte da rotina alimentar de forma moderada,

sem exageros, também constatado a ingestão dos sucos naturais, desta vez, consumido

poucas vezes durante a semana, valendo o alerta aos alunos em valorizar as frutas

cítricas e aumentar o consumo dos mesmos. As proteínas encontradas no peixe e queijo

são consumidos menos de três vezes por semana; com exceção da carne (bovina, suína,

frango) e leite que são consumidos todos os dias, fato comprovado pela habitação rural

do aluno e a facilidade em adquirir e consumir o alimento, A forma de preparação das

carnes como os grelhados ou assados não são tão valorizados, consumindo menos de

três vezes por semana. As saladas verdes e as frutas são bem aceitos pelos alunos,

conforme já mencionado, supõe-se a facilidade de encontrar em suas residências, já que

na zona rural constuma-se conservar pomares e hortas domésticas, tendo o privilégio de

consumir até mesmo as frutas de época. Já os legumes cozidos não são os preferidos,

consumindo menos de três vezes por semana. Os adolescentes também optaram em

suas preferências, caso esteja ao alcance consumir alimentos calóricos como o bolo

recheado da padaria, as pizzas, os refrigerante, os salgadinhos helma-chips e as batatas

fritas. Ficaram em segundo plano vários alimentos como o pão caseiro, cereal com leite,

café com leite, polenta com molho, todos servidos na escola. Somente houve preferência

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35

pelo arroz com feijão, carne bovina e pamonha.

A água é consumida diariamente em torno de 2 litros, número considerado

adequado às necessidades diárias. Preocupam-se com a aparência física e gostam de

exercitar o corpo durante as aulas de educação física ou em momentos de lazer.

Pretendem manter uma alimentação saudável dentro de suas condições financeiras, e

quanto à merenda escolar relataram que às vezes preferem consumir e outras vezes

recorrem à cantina da escola, portanto, houve equilíbrio nas duas opções de lanche.

Quando foi questionado sobre a influência das propagandas na compra de

produtos, ressaltou-se que estas são úteis e indispensáveis na divulgação, e ao ser

comprado no comércio não se preocupam em ler o rótulo e analisar a composição

química do alimento a ser consumido, apenas olham a embalagem .

Percebeu-se que grande número de alunas se encontravam com baixo peso;

enquanto os do sexo masculino estavam dentro dos padrões de IMC adequados, apenas

dois alunos se encontravam acima do peso.

A alimentação saudável é aquela que visa uma dieta equilibrada, através da

qualidade , quantidade, harmonia e adequação dos alimentos, evitando-se doenças e

mantendo o peso adequado.

Quando questionados sobre a ansiedade e o consumo maior de alimentos

ingeridos, houve uma percentual de igualdade nas respostas entre o sim e o não. Quanto

às questões de problemas de saúde ocorridos no âmbito familiar citaram a gastrite como

doença de maior incidência, seguida do diabetes, hipertensão e colesterol. No entanto,

citaram também que a família não possui nenhum tipo de doença.

Grande parte do encaminhamento das atividades realizadas foram acompanhadas

de relatórios individuais feitos em sala de aula em caderninhos preparados pelos próprios

alunos para uma melhor concretização dos assuntos tratados, servindo de apoio para

futuras consultas no seu dia a dia.

Por conseguinte, na tentativa de obter respostas quanto ao rendimento escolar do

aluno, não foi possível obter dados que comprovassem o rendimento na aprendizagem, e

se o fato da alimentação interferia na concentração dos estudos e nesse rendimento.

Somente apurou-se uma autoavaliação do mesmo com relação à sua conduta como

aluno, concluindo que a maioria considera ser bom aluno, acreditando estar

acompanhando os conteúdos ministrados pelos professores.

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36

Conclusão

Neste trabalho que realizei busquei por vários caminhos debater a questão da

alimentação do adolescente e demonstrar como podemos ser mais críticos em relação a

esta realidade nutricional, tentando transformá-la e propagá-la, para que muitos de

nossos alunos tenham conhecimento e conscientização perante o que lhe é oferecido

constantemente, seja no lar, na escola ou em outros locais por onde passar. Dessa forma,

por intermédio dos educadores passam a valorizar mais os alimentos saudáveis, a terem

um conhecimento claro a respeito dos nutrientes encontrados nos alimentos e suas

funções que exercem no organismo; a valorização da merenda escolar que garante a

qualidade nutricional dos alunos com equilíbrio na ingestão dos alimentos energéticos,

reguladores e construtores durante o periodo letivo; melhor rendimento na aprendizagem

dos conteúdos ministrados devido a boa nutrição e estado de saúde corporal; melhor

aproveitamento das aulas de educação física e outras atividades físicas que harmonizam

o corpo , pois a atividade física regular associada a uma alimentação saudável mantém o

equilibrio no peso corporal e do percentual de gordura conforme a idade e o sexo.

O padrão alimentar adotado por todos determina a nossa saúde e a qualidade de

vida, garantindo a capacidade para o trabalho físico e mental.

Os alimentos saudáveis são responsáveis em fornecer a energia necessária em

exercer nossas atividades físicas, responsáveis em repor as células corporais mantendo

o crescimento, a manutenção e construção de nosso organismo e permitindo o bom

funcionamento e proteção de nosso corpo. Portanto, alimentar-se bem resgata em nós a

possiblidade de manter um padrão de vida mais equilibrado.

A experiência no desenvolvimento do trabalho demonstrou que é preciso

desenvolver em todas as disciplinas encaminhamentos metodológicos que contemplam

os sistemas biológicos, principalmente os relacionados à Nutrição, pois tais

encaminhamentos possibilitarão ao educando de analisar sua conduta pessoal com

relação à sua alimentação; lembrando que a escola é um dos lugares favoráveis a

desenvolver essa formação.

Houve também durante o desenvolvimento do projeto, um contato virtual com o

grupo de oito professores que colaboraram com ele, mantendo-me incentivada durante

todo o processo, o GTR (Grupo de Trabalho em Rede). Chegado ao final desta etapa de

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trabalho de comunicação virtual, posso dizer que o GTR é um dos exemplos de que a

EaD (Educação à Distância) me oportunizou a crescer profissionalmente com a

comunidade virtual em que nós, professores de diversas regiões do Paraná pudemos, ao

longo do período de 2011, trocar experiênciasa relativas à area de estudo na disciplina de

Ciências.

Toda a interação inicial e final dos trabalhos apresentados, desde a apresentação

do projeto e material didático-pedagógica na escola até às ações de implementação foram

valiosos para as discussões e interações de nosso grupo de professores e com minha

pessoa, professora-tutora.

Portanto, deixo aqui expresso meus agradecimentos de estima e consideração aos

meus companheiros e companheiras de luta na Educação. Percebi que contribuimos para

a formação de opiniões, tornamo-nos colaboradores na formação de cidadãos

conscientes que certamente faremos a diferença na sala de aula, no espaço educacional,

na sociedade enfim. E acredito que o objetivo maior do GTR é oportunizar a todos nós

professores o acesso ao conhecimento e às trocas de experiências através dos grupos

virtuais.

O projeto realizado não termina aqui, ao contrário, todo esforço e dedicação

oferecidos trouxeram mudanças no espaço educacional, poucas, mas é necessário que

se comece e que dê continuidade, mesmo que lentamente.

Fechando esse texto cito a frase de Clarice Lispector que reflete exatamente o que

penso após findado esse momento: “Mude, mas comece devagar, porque a direção é

mais importante que a velocidade.”.

Por fim, esse percurso só me foi possível realizar pela integração do Programa

Educacional do Paraná- PDE/PR em conjunto com a UENP (Universidade do Norte do

Paraná) , Núcleo Regional de Educação de Ibaiti e do colégio onde leciono, Colégio

Estadual Professor “Segismundo Antunes Netto”.

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REFERÊNCIAS

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