A RELAÇÃO DAS AÇÕES SOCIAIS E O FILME CRASH NO LIMITE.docx

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A RELAÇÃO DAS AÇÕES SOCIAIS E O FILME CRASH NO LIMITE Ação social todo comportamento cuja origem depende da reação ou da expectativa de reação de outras partes envolvidas. Conceito de um grande estudioso das ações sociais Marx Weber diz que ação é o comportamento humano no qual os indivíduos se relacionam de maneira subjetiva e a ação social caracteriza-se por ser uma ação que possui um sentido visado, determinado pelo comportamento alheio. A análise da teoria weberiana como ciência tem como ponto de partida a distinção entre quatro tipos de ação: 1. Ação social tradicional, que tem como fonte motivadora os costume ou hábitos enraizados. 2. Ação social afetiva, em que a conduta é movida por sentimentos, tais como orgulho, vingança, loucura, paixão, inveja, medo, etc. Motivada por sentimentos do agente pelo seu interlocutor. 3. Ação social racional em relação a valores, na qual não é o fim que orienta a ação, mas o valor seja este ético, religioso, político ou estético; Atitudes que envolvem um planejamento orientado pelos princípios do agente. 4. Ação social racional em relação a fins ou objetivos, na qual a ação é estritamente racional. Toma-se um fim e este é, então, racionalmente buscado. Escolha dos melhores meios para se realizar um fim; Atitudes cujo planejamento é orientado pelos resultados que serão alcançados com sua realização. As ações dos personagens do filme “Crash no limite” estão inteiramente relacionadas com os tipos de ações sociais de Weber. “Crash no limite” retrata a cidade de Los Angeles no estado da Califórnia (EUA), uma das mais multiculturais do mundo. São várias culturas que vivem nessa cidade:

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A RELAO DAS AES SOCIAIS E O FILME CRASH NO LIMITEAo social todo comportamento cuja origem depende da reao ou da expectativa de reao de outras partes envolvidas. Conceito de um grande estudioso das aes sociais Marx Weber diz que ao o comportamento humano no qual os indivduos se relacionam de maneira subjetiva e a ao social caracteriza-se por ser uma ao que possui um sentido visado, determinado pelo comportamento alheio. A anlise da teoria weberiana como cincia tem como ponto de partida a distino entre quatro tipos de ao: 1. Ao social tradicional, que tem como fonte motivadora os costume ou hbitos enraizados.2. Ao social afetiva, em que a conduta movida por sentimentos, tais como orgulho, vingana, loucura, paixo, inveja, medo, etc. Motivada por sentimentos do agente pelo seu interlocutor.3. Ao social racional em relao a valores, na qual no o fim que orienta a ao, mas o valor seja este tico, religioso, poltico ou esttico; Atitudes que envolvem um planejamento orientado pelos princpios do agente.4. Ao social racional em relao a fins ou objetivos, na qual a ao estritamente racional. Toma-se um fim e este , ento, racionalmente buscado. Escolha dos melhores meios para se realizar um fim; Atitudes cujo planejamento orientado pelos resultados que sero alcanados com sua realizao.

As aes dos personagens do filme Crash no limite esto inteiramente relacionadas com os tipos de aes sociais de Weber. Crash no limite retrata a cidade de Los Angeles no estado da Califrnia (EUA), uma das mais multiculturais do mundo. So vrias culturas que vivem nessa cidade: Brancos, Negros, Latino-americanos, Persas e Orientais. Os personagens comeam a se interligar quando um carro de luxo de um dos promotores de Los Angeles roubado. Os personagens se interligam pelos preconceitos que possuem e de alguma forma so prejudicados por eles. Os conflitos de origem racista e social acontecem de vrias formas, batidas de carro at assassinatos, o preconceito e o racismo existente no filme esto retratados de maneira muito real. Suas histrias se entrelaam, so repletas de frustraes. Pessoas completamente diferentes compartilhando o mesmo espao, entrando em conflitos, sendo obrigadas a compreenderem-se. O filme demonstra com realismo que o preconceito e a discriminao no so fundamentos de apenas uma cultura, e sim de todos os tipos de cultura, cada uma possui suas prprias particularidades, seus receios em relao aos outros povos e porque no dizer: seus prprios preconceitos.

A relao dos dois bandidos negros, o promotor e sua esposa: Racional em relao a fins, os bandidos se retiram da lanchonete discutindo sobre os brancos, serem mais privilegiados que os negros em estabelecimentos, devido a sua cor ao seu poder econmico, a partir deste momento planejam assaltar o promotor e a esposa, eles acham que por serem brancos e terem um poder aquisitivo maior devem ser assaltados. Para os dois bandidos no se deve assaltar os negros, pois so pobres. Afetiva, os bandidos alimentam raiva e expectativas ruins da parte das pessoas brancas, isso se torna um valor moral para eles. Racional em relao a valores, onde o branco superior tem poder aquisitivo, tem privilgios na sociedade e preconceitos, por isso devem ser punidos.

A relao da esposa, do promotor e do chaveiro latino: Tradicional, afetiva e racional em relao a fins, tendo em vista que por ter sido assaltada por homens negros, de baixo nvel econmico, toda pessoa de pele escura e pobre vai ser considerada marginal. Tradicional, ela acredita que todas as pessoas pobres so marginais. Afetiva, tambm cria raiva e medo por esse tipo de pessoa. Racional em relao a fins, para ela o chaveiro ir fazer o mesmo ento seria melhor contratar uma empresa com trabalhadores brancos.

A relao do promotor com seus agentes pessoais e o detetive: Racional em relao a fins, visando que eles devem preservar sua imagem diante da sociedade de homem sem preconceitos e limpo.

A relao do detetive, a me e o irmo: Afetiva tendo em vista que o irmo um bandido, mas para o detetive h esperana de mudana para o irmo caula, sente pena e sofrimento pela me que acredita que o filho mais novo no bandido. Para a me seu filho detetive o culpado por tudo isso j que estava sempre ausente.

A relao dos bandidos: Afetiva e racional em relao a fins, por que eles se ajudam na hora dos crimes mais no momento que algo sai errado cada um por si.

A relao do diretor de cinema e do policial: Racional em relao a valores, pois para o diretor o policial a lei e no deve ser questionado, com um agravante de ele prprio ser negro e o policial ser branco.

A relao do policial e a esposa do diretor de cinema: Afetiva, pois no momento em que o policial a molesta ela sente raiva e nojo do policial, porm quando ele tenta salv-la do acidente de carro ela se recusa a ser salva porque tem medo do ocorrido anterior acontecer novamente, mas aceita e logo depois cria um sentimento de dvida e admirao misturadas ao mesmo tempo.

A relao do Persa e do Latino: Afetiva, tradicional, racional em relao a fins e racional em relao a valores, o Persa acredita que os ocidentais querem engan-lo, que o Latino foi o culpado pelo roubo de sua loja, tenta puni-lo, mas logo em seguida entende o que realmente aconteceu e que a culpa no do Latino.

A partir do filme e do assunto Ao Social, o filme Crash no limite tem em seu roteiro muitas relaes com aes sociais, aes estas que esto presentes no nosso dia a dia e so muitas vezes repassadas de gerao para gerao.