A relação entre o locutor e ouvinte um estudo de caso da rádio mania

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VIII Colóquio Técnico-Cientifíco do UniFOA A relação entre o locutor e ouvinte: um estudo de caso da Rádio Mania SANTOS, Paula Jackson; SILVA,Heitor da Luz; MABEL, Elisa UniFOA– Centro Universitário de Volta Redonda Introdução: Com a ascensão da televisão a partir dos anos 1960, o então novo meio fez com que a audiência do rádio se retraísse ao copiar os seus formatos com a adição do elemento imagem (ORTRIWANO, 2002/2003, p.67). No final dos anos 1970, o rádio passou a investir em programas para jovens, copiados dos EUA. Uma das que inovou pioneiramente o cenário das rádios brasileiras foi a Rádio Cidade que tinha muitos programas que procuravam agradar o público jovem com música voltada para este segmento e uma linguagem coloquial de seus locutores, renovando a audiência do meio a partir da ascensão da freqüência modulada (SILVA, 2013, p.85). Atualmente, as emissoras musicais de rádio FM mantêm um linguajar despojado, da época em que o veículo de comunicação começou a ser inovada e a interação com o ouvinte, que hoje se apresentam de formas diferentes, com as novas tecnologias de comunicação e informação. A FM é vista até hoje como uma rádio de alcance local, enquanto as AM, em sua origem, possuíam caráter nacional, na chamada “Era de Ouro” do rádio (CALABRE, 2003). As redes alteraram um pouco esse panorama a partir dos anos 1980, mas sempre houve horários locais comandados por locutores da cidade da retransmissora, que se comunicavam mais informalmente com os ouvintes, utilizando, inclusive, gírias locais.

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A relação entre o locutor e ouvinte: um estudo de caso da Rádio Mania

SANTOS, Paula Jackson; SILVA,Heitor da Luz; MABEL, Elisa

UniFOA– Centro Universitário de Volta Redonda

Introdução:

Com a ascensão da televisão a partir dos anos 1960, o então novo meio fez com

que a audiência do rádio se retraísse ao copiar os seus formatos com a adição do

elemento imagem (ORTRIWANO, 2002/2003, p.67). No final dos anos 1970, o rádio

passou a investir em programas para jovens, copiados dos EUA. Uma das que

inovou pioneiramente o cenário das rádios brasileiras foi a Rádio Cidade que tinha

muitos programas que procuravam agradar o público jovem com música voltada

para este segmento e uma linguagem coloquial de seus locutores, renovando a

audiência do meio a partir da ascensão da freqüência modulada (SILVA, 2013,

p.85).

Atualmente, as emissoras musicais de rádio FM mantêm um linguajar despojado, da

época em que o veículo de comunicação começou a ser inovada e a interação com

o ouvinte, que hoje se apresentam de formas diferentes, com as novas tecnologias

de comunicação e informação. A FM é vista até hoje como uma rádio de alcance

local, enquanto as AM, em sua origem, possuíam caráter nacional, na chamada “Era

de Ouro” do rádio (CALABRE, 2003). As redes alteraram um pouco esse panorama

a partir dos anos 1980, mas sempre houve horários locais comandados por

locutores da cidade da retransmissora, que se comunicavam mais informalmente

com os ouvintes, utilizando, inclusive, gírias locais.

O rádio FM vem passando por diversas modificações desde a chegada da

tecnologia digital (KISCHINHEVSKY, 1998). A Oi FM, por exemplo, chegou a

abandonar a locução, testando um novo modelo sem essa tradicional forma de

comunicação com o ouvinte (MICKSELLY, 2009). Diante deste cenário atual, quanto

à locução local, ela prossegue como item importante para as retransmissoras das

redes nacionais de rádio? A linguagem e outras especificidades locais seguem

sendo de fundamental importância para o rádio, não somente em termos de locução,

mas também nas novas formas de interagir com o ouvinte, como no que se refere às

promoções nas redes sociais e no whatsapp?A problemática, sintetizada por essas

duas questões, guia o interesse do trabalho.

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Objetivos:

Contribuir para a compreensão da importância da comunicação local para a

interação entre o rádio FM e o ouvinte na atualidade; Analisar como as formas de

comunicação usadas pelo locutor e pela rádio de uma forma geral são importantes

na relação de uma retransmissora local de uma rede de emissora de rádio

tradicional com a sua audiência.

Metodologia:

Para realizar a pesquisa optamos por um estudo de caso da retransmissora de Volta

Redonda da rede de rádios Mania FM. Nesse caso, a opção se mostra mais

estratégica, porque ela é a única retransmissora na cidade de Volta Redonda de

uma cabeça de rede. Para fins de coletas de dados serão realizadas pesquisas

sobre as particularidades da programação local e levantamento complementar nas

redes sociais sobre as formas de comunicação entre profissionais da emissora e

seus ouvintes.

Resultados:

Até aqui foi possível perceber alguma relevância da programação local e dos

locutores no caso pesquisado, já que: a) vários dos horários possuem

particularidades significativas em relação à cabeça de rede (o Jornal local é

apresentado às 7:OO, com noticias da região sul fluminense, enquanto que na

cabeça de rede o jornal é voltado para notícias de Niterói e Rio de Janeiro); b) a

apresentação fica sempre a cargo de profissionais locais que interagem em cima de

promoções locais específicas, durante toda a manhã até as 11:00horas, com o

ouvinte interagindo com os locutores através do whatssap, chat do facebook e

telefone da emissora. No momento, o trabalho, que ainda se encontra em

andamento, procura investigar a forma que a emissora se comunica nas redes

sociais. Neste estágio inicial não foi possível detectar expressões locais específicas

na interação com o seu público em Volta Redonda.

Conclusões:

Apesar de considerar a relevância da programação local e dos locutores para a

elaboração de sua programação, tudo, por enquanto, indica que a Rádio Mania não

apresenta maiores particularidades locais em relação à comunicação realizada nas

redes sociais.

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Referências:

CALABRE, Lia. A era do Radiojornalismo-Memória e história. Casa Rui Barbosa, João Pessoa, 2003.

FANUCCH, Mário. O artista no rádio. REVISTA USP, São Paulo, n.56, p.22-29, dezembro/fevereiro 2002-2003.

ORTRIWANO, Gisela. Radiojornalismo no Brasil: fragmentos da história. REVISTA USP, São Paulo, n.56, p. 66-85, dezembro/fevereiro 2002-2003.

SILVA, Heitor. Rock e Rádio FM: Fluminense Maldita, Cidade Rock e o circuito musical, Edição-2013, Niterói, Ed Univali, 2013.

MICKSELLY, Jeferson. Oi FM no celular, um novo lugar para ouvir Rádio. Anais do XXXII Congresso da Comunicação: Curitiba, 2009.

Agradecimentos:

Agradeço a Deus em primeiro lugar, ao meu orientador Heitor Luz da Silva que me

ajudou na elaboração deste trabalho, a professora Elisa Mabel coorientadora que

colaborou para a pesquisa, aos meus familiares que me apoiaram muito até aqui.

Palavras-Chave: Rádio FM, Linguagem local, Rádio Mania.

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