A Ressurreicao Da Agricultura
-
Upload
seccaodeagricultura -
Category
Documents
-
view
221 -
download
0
Transcript of A Ressurreicao Da Agricultura
8/4/2019 A Ressurreicao Da Agricultura
http://slidepdf.com/reader/full/a-ressurreicao-da-agricultura 1/10
8/4/2019 A Ressurreicao Da Agricultura
http://slidepdf.com/reader/full/a-ressurreicao-da-agricultura 2/10
© Alvaro Santos Pereira/Gradiva Publicacoes, S. A.
Revisao de texto Rita Almeida Simoes
Capa Armando Lopes (concepcao grafica) 1 © PixtallAIC (imagem)
Forocomposicao Gradiva
Impressa» e acabamento Multitipo - Artes Graficas, L.ci .
Reservados os direitos para Portugal por Gradiva Publicacoes, S. A.
Rna Almeida e Sousa, 21- ric esq. -1399~041 Lisboa
Telef. 213933760 - Fax 21 3953471
Dep, comercial Telefs. 2139740 67/S - Fax 21 39714 11
[email protected]. pt Iwww.gradiva.pt
1.a edir;ao Abril de 2011
2.a edicao Maio de 2011
Deposito legal 326 70S/2011
ISBN 978-9S9~616~413~3
grad i vaEditor GUILHERME VALENTE
8/4/2019 A Ressurreicao Da Agricultura
http://slidepdf.com/reader/full/a-ressurreicao-da-agricultura 3/10
COMO FOMENTAR A COMPETITIVIDADE 395
A ressurreicdo da agricultura?
Ate ha muito pouco tempo, a grande maioria dos portugueses
tinha a sua vida ligada aos rendimentos da terra. Ha 50 anos, na
vespera da nossa industrializacao, mais de metade da populacfio
portuguesa vivia da agricultura, uma percentagem que desceu nas
decadas seguintes, mas que ainda rondava 25% da populacao
total em 1974, e 12% na vespera da nossa adesao a Uniao
Europeia+P, A adesao a CEE em 1986 fez diminuir ainda mais a
importancia da agricultura, nao so devido a reestruturacao e ao
encerramento de certos sectores agricolas, mas tambern gra(j:as areconversao e ao abandono de areas de cultivo consideradas menos
estrategicas ou produtivas. Muitas dessas reconversoes e reestrutu-
racoes fizeram sentido, mas muitas outras nao, Foram urn erro
ou, no minima, mal pensadas, na nossa pressa de nos moderni-
zarmos e de deixarrnos para tras urn sector que pouco orgulho
nos clava. De qualquer maneira, 0 que interessa e que, nos anos
scguintes, a mao-de-obra agricola decresceu de 850 mil trabalha-
dares em 1989 para cerca de 340 mil em 2007. Esta tendencia de
diminuicao da importancia da agricultura reflectiu-se igualmente
numa reducao do valor acrescentado bruto do sector agricola e
da producao do sector desde a nossa entrada ria CEE.
E foi assim que em 2008 produzirnos menos urn milhfio de
toneladas de vegetais do que em 1986. Porern, nem to das as
producoes foram afectadas de igual forma. Assirn, enquanto a
maier reducao da producao agricola ocorreu no sector dos cereais
e das batatas, tanto os bens agricolas para a industria como a
fruta viram as suas producoes crescer nas ultimas decadas. Por
sua vez, a producao de vinho e de azeite praticamente estagnou
desde 0inicio dos anos 1990, embora nos ultimos dois ou tres
anos estes sectores tenham vindo a recuperar com os fortes inves-
tirnentos que se tern registado, prevendo-se que continuern a
8/4/2019 A Ressurreicao Da Agricultura
http://slidepdf.com/reader/full/a-ressurreicao-da-agricultura 4/10
396 0 QUE FAZER PARA VENCER A CRIS.E ECON6MICA NACIONAL
creseer nos tempos mais proximos tanto no mercado internocomo
no externo. Finalmente, 0 sector pecuario tern vindo a crescer
quase ininterruptamente desde 0 inicio da decada de 1990,ape-
sar de as taxas de crescimento medias continuarem modestas
(pois sao inferi ores a 2% a0 ano).
Outro indicador que re£lecte 0 declinio da agricultura nas ulti-
mas decadas e a diminuicao da area agricola do pais. Norneada-
mente, entre 1989 e 2007, a area cultivada foi reduzida em cerca
de 500 mil hectares, a que corresponde a cerca de urn oitavo da
area agricola total existente ha duas decadas, No entanto, se
analisarmos com rnaisporrnerror a area cultivada par tamanho
medic da propriedade, verificamos que esta tendencia nao foi
uniforme. Como vemos no grafico 7.4, a area cultivada pelas
micro, pequenas e medias propriedades, baixou nas ultirnas deca-
das, com especial relevo para as micro e as pequenas proprie-dades, que viram a sua area de cultivo ser reduzida em quase
30%. Este fenorneno explica-se nao s o pela consolidacao agricola
que oeorreu ap6s a nossa entrada na CEE (cujos subsidies. e
incentivos beneficiam as propriedades de maior dimensao), mas
tambern pela baixa produtividade das propriedades com dimensoes
mais reduzidas. Simplesmente, a maior concorrencia interna e
externa e 0 aparecimento de mais oportunidades de emprego
noutros sectores da economia, levaram a que muitos dos nossos
pequenos agriculrores abandonassem au vendessern as suas tetras
e se dedicassem a outras actividades economicas, Porern, a redu-
c ; a o da area cultivada foi contrariada pelo aumento da areaagrf-
cola das propriedades com maior dimensao, que nao so benefi-
ciaram rnais das ajudas comunitarias, mas tarnbern se mostraram
bern rnais resistentes em relacao a concorrencia internacional,/. :
Perante esta tendencia geral de aparente declinio, podiamos
facilmente pensar que 0 sector esraria condenado, com a possivel
8/4/2019 A Ressurreicao Da Agricultura
http://slidepdf.com/reader/full/a-ressurreicao-da-agricultura 5/10
COMO FOM8:NTAR A COMPETITIVIOADE 397
Crafico 7.4 - Area cultivada por tamanho media da propriedade,
1989-20071600- - - -- - r _, T-- --- -,_.-----."1"----_'-- _- --.-.-- -- ,,--
I I ; • i ~
I !~~~- ~ ~ ~ ~ { ~ ~ ~ ~i: ~ :
= ~ ' - ~ : F ~ ~ ~ ~ ~ ~ -.~ - = - r ~ = ~ ~ r ~ . = - - f ~ ~ = - 1 = ~ = - ~
~ 800 - - - - · - - · - J - ; ; . - - - I - ~ - - : :" r . - : - - - - - 1 - . : - - . .r - ; - - : ---i-·--1700':, ~ " - - l ~ · ~ - r - ~ - - ~ r - - · · ~ . f . - . - - . · - r · r ~ · ~ I · ! ; : "t I ; · ~ - : · : - - ~ ~II'
600 '" - I •
1999 1993 1995 1997 1999 2003 2005 2007
••ouMI,(:roPt¢pr;ieda~ - Pequene prcpriedade - - Media prcprledade ..........r a nd e proprtedade
Ponte: INE.
A area cultiuada nacional desceu de forma significativa desde 1986, acentuando
a tef/deneia regisiada nas decadas anteriores. 0maior declinio da area agricola
ocorreu nas micro e pequenas p ro prieda des, E m contrasts, a area cultiuada
p eta s g ra nd es p ro pried ad es aumen tou desde 0 inicio dos anos 1990
excepcao de duas ou tres producoes mais dinamicas, Alias, essa
parece ser exactamentc a conclusao a que chegaram muitos dos
nossos governos, visto que poueo ou nada tern feiro para tentar
inverter 0mal-estar do sector agricola, apesar de toda a ret6rica
de apoio geralmente a ele associada. Porque? Porque e que os
governos tern negligenciado 0 sector prirnario? Porque, infe-
lizrnente, investir na agricultura e bern menos sonante do que
apostar nas altas tecnologias e bem menos visivel do que cons-
truir auto-estradas ou TGV. Porque a agricultura e feita fora das
luzes das grandes cidades. E porque, para rnuitos de nos, 0 sector
agricola faz lembrar 0Portugal provinciano e poueo desenvalvido
que ·caracterizou grande parte cia nossa Historia, 0 Portugal do
interior esquecido que se deserrifica e despovoa, E e assim que,
8/4/2019 A Ressurreicao Da Agricultura
http://slidepdf.com/reader/full/a-ressurreicao-da-agricultura 6/10
3~8 0 QUE FAlER PARA VENCER A CRISE ECONOMICA NACIONAL
nas trltirnas decadas, temos olhado para a agricultura como urn
sector menor, como um sector atrasado de urn pais que nao maisquer ser atrasado. Urn sector que nos faz lembrar 0passado, a
po breza, 0 atraso e 0 subdesenvolvimento. E, par isso, fizemos
tudo para que 0 pais se desenvolvesse nao par causa da agricul-
tura, mas apesar da agricultura, De modo que ha muita genre que
prefere desprezar implicit a ou explicitamente 0 sector.
Obviarnente, nada poderia estar mais errado. Com efeito, se
as ultirnos anos demonstraram alguma coisa e que as potencia-
lidades do sector agricola ainda estao muito subaproveitadas ..
Para perceberrnos porque, vale a pena lembrar que as exporta-
~6es de produtos agrfcolas permanecem meramente residuais,
constituindo cerca de 1-2% das exportacoes totais, Ou seja, muito,
muito pouco. Ainda assirn, nem tudo vai mal no sector. Bern pelo
contrario. Alias, e cada vez mais patente que, apesar do desprezodado ao sector, a agricultura corneca a dar mostras de uma nota-
vel vitalidade. Como podernos observar no proximo gra fiea , as
exportacoes agricolas tern vindo a crescer tanto a nfvel absoluto,
como em percentagem das exportacoes totais. Este crescimento
das exportacoes ocorreu principalmente na ultima decada, quando
o valor das exportacoes agrfcolas nacionais mais do que triplicou
em relacao a 19J9 , enquanto a percentagem das exportacoes
agricolas nas exportacoes totais tarnbem aumentou de forma con-
sideravel, ainda que permanec;a bastante modesta .. Na categoria
mais abrangente dos produtos alimentares, bebidas c tabaco, 0
peso dos produtos primaries nas exporracoes totals e maier, ron-
clando os 10% do total exporrado. Repare-se que este extraor-
dinar io crescimento das exportacoes agr icolas nacionais aconte-ceu num periodo de apreciacao da taxa de cambia real e de
estagnacao economica , E muito natural que 0 dcsempenho do
sector agricola pudesse ter sido ainda mais irnpressionante se as
8/4/2019 A Ressurreicao Da Agricultura
http://slidepdf.com/reader/full/a-ressurreicao-da-agricultura 7/10
COMO FOMENTAR A COMPETITIVIDADE 3 9 9
condicoes economicas tivessern sido mais propfcias, Noentanto,
as recentes indicadores positives do sector agricola nao se ficarnpor aqui. Nos ultimos anos, a rendimento dos factores produti-
vas (a trabalho e a capital) agrfcolas tern vindo a aumentar em
relacao ao inicio dos anos 1990, tal como a investimento no sec-
tor. Mais concretamente, entre 1999 e 2008, a formacao bruta de
capital fixa anual no sector agricola aumentou quase 40% em
relacao ao periodo entre 1989 e 1998U-l . 0 aumento do investi-mento e especialmente de saudar, pais decerto as empresarios
agricolas nao investiriam tao significarivarnente se nao estivessem
convictos das potencialidades do sector.
Dois dos sectores que mais tern contribuido para a ressurreicao
da agricultura portuguesa sao as dos vinhos e do azeite. No sec-
Gnifico 7.5 - Exportacoes agricolas totais e em percentagem das expor-
tacoes totais, 1995-2008
:li
f--+---+'''-I 1,6 ]l1- 4 , 8
1,2I. r !; > ! <
0,8 . g~
0,6 :f I
'"80,4 . f !
0,2 !
199519% 199719981999200020012002 2003 ~004200S 200G2007 ZOOS
-Exporta9fi<'S 'W!""I,. (mIlM••,de 0.".0') -Il><p,o,t.,<>"" 'griool .. em % ~as ""p 0,,",0•• retats
Fonte: TNE, Anuario Estarfstico.
Desde 1998, as exportacoes -agricolas (a cmzento e no eixo a esquerda) mais
do que triplicaram. A percentagem da s exportacoes agricolas nas exportacires
totais (a preto e no eixo a direita) amda e dsmmuta , mas tern vindo a crescer
8/4/2019 A Ressurreicao Da Agricultura
http://slidepdf.com/reader/full/a-ressurreicao-da-agricultura 8/10
400 a QUE FAZER PARA VENeER A CRISE ECON6MICA NACIONAL
tor vinicola, apesar de Portugal ter a regiao demarcada de vinhos
mais antiga do munda (0 Douro), ate ha . poueo tempo.ios vinhos
portugueses eram, de urn modo geral, de baixa qualidade e pouco
conheeidos no mundo, com as excepcoes do Mateus Rose e do
vinho do Porto222• Por isso, e apesar de todo a nosso potencial,
a exportacao dos vinhos nacionais permaneceu bastante diminuta.
Quem visitar urn supermercado ou uma loja de vinhos da Europa
Oeidental ou da America do Norte, facilmente podera verificar
que os nossos vinhos estao muito pouea implementados nesses
mercados. Por isso, 0sucesso do sector viticola e a aposta nas
suas exportacoes tern de passar por uma melhoria das redes de
comercializacao e de distribuicao dos nossos vinhos nos varies
continentes do rnundo, Em parte, ja comecamos a fazer isso,
pelo menos ao nivel do marketing. Assirn, nos ultimos anos, a
ViniPortugal e associacoes similares tern promovido a divulgacac
dos vinhos portugueses em pafses onde as nossas mareas eram
quase desconhecidas. Todavia, nos pr6ximos anos, e preciso fazer
muito mais, intensificando os esforcos de cornercializacao, de
marketing e de distribuicao dos vinhos portugueses. S e nao 0
fizerrnos, a aposta neste sector sed em vao,
o mesmo se passa com 0 azeite, que quase nao e conhecido
fora do mundo lusofono, 0 azeite portugues tarnbern conheceu
urn Impeto renovador nos iiltimos anos, com a aparecirnento de
novas marcas, investimentos avultados em novos olivais, bern
como a rnelhoria dos criterios de qualidade e das estrategias de
marketing ja implernentadas nonosso mercado interne. Foi assirn
que os nossos azeites comecararn a apostar na diferencia~ao do
produto, na melhoria da qualidade, bern como na realizacao deeampanhas de marketing mais agressivo. Ora, ap6s a cons ali-
dacao no rnercado interno, 0 proximo passo tera de passar pela
internacionalizacdo. 0 azeite portugues sirnplesmente nao e
8/4/2019 A Ressurreicao Da Agricultura
http://slidepdf.com/reader/full/a-ressurreicao-da-agricultura 9/10
COMO FOMENTAR A COMPETITIVIDADE 401
conhecido no estrangeiro, com a possivel excepcao do Brasil e
dos pafses africanos de expressao oficial portuguesa, Contudo, ecomo e 6bvio, as nossas exportacfies poderao naturalrnente
aumentar se levarmos a cabo uma campanha de marketing agres-
siva sobre as qualidades do nosso azeite, se explorarmos mais e
melhores canais de distribuicao, e se nos apresentarmos nos mer-
cados internacionais com urn produtoa precos competitivos e de
boa qualidade. Par outras palavras, hi muito au quase tudo por
fazer em relacao a internacionalizacao do nosso azeite, que tern,
porem, enormes qualidades e potencialidades que continuam a
nao ser bern aproveitadas. Os proximos anos serao certarnente
decisivos para alterarrnos este estado de coisas,
Por tudo isto, vale a pena reforcarmos a aposta no sector agri-
cola nos proximos anos, pais este tern potencial para se tornar
urn verdadeiro cluster deexcelencia. Reitero, portanto, a ideia de
que apostar na agricultura nao nos deve causar nenhum senti-
mento de culpa ou de inexplicavel inferioridade. Afinal, basta
observar que rnuitos outros paises e regi6es avancadas e com
sucesso 0 fazem e tornaram a agricultura urn dos seus maiores
sectores exportadores. S6 para dar alguns exemplos mais proerni-
nentes, e 0que se passa em Espanha, em Franca, no Canada e atemesmo na California, que, apesar de Silicon Valley, e uma das
maiores regioes de produtos agricolas do mundo. Contrariamente
ao que a s vezes se pensa, investir na agricultura nao e sinonimo
de provincianismo au tacanhice. Bern pelo contrario: provin-
cianismo au tacanhice e desperdicar as nossas potencialidades
agricolas ou pensar que a desenvolvimento de urn pais se faz soa custa do betao au das tecnologias mais avancadas. A verdade
e que nero todos as parses do mundo tern de produzir naves
espaciais, carros, computadores au fibras opticas. 0 desenvolvi-
menta e a riqueza de urn pals passam par aproveitar da melhor
8/4/2019 A Ressurreicao Da Agricultura
http://slidepdf.com/reader/full/a-ressurreicao-da-agricultura 10/10
402 0 QUE FAZER PARA VENCER A CRISE ECONCMICA NACIONAL
maneira OS recurs os a sua disposicao, aumentando a produtivi-
dade dos factores produtivos e a competitividade -das diversas
industrias. Par i5S0, se temos potencialidades em sectores como
a agricultura, 0 que. temos a fazer e apoiar esse potencial, tanto
no desenvolvimento de produtos de mais qualidade, como na
comercializacao e internacionalizacao dos nossos produtos, quer
sejam vinhos, quer seja azeite. E quem diz 0 vinho e 0 azeite, diz
alfaces e tomates, diz frutas e legumes, diz ate outros produtos
tradicionais como as pasteis de nata ou de Belem,
A verdade e que 0 sector agricola tem enormes potencialidades
para se tornar urn dos maiores exportadores nacionais e contri-
buir assim para diminuir 0 elevado defice externo portugues.
Outros paises ja ha muito· que compreenderam e exploram .as
suas potencialidades agrfcolas. Cabe-nos a nos fazer 0 mesmo.
Sem complexos. A verdade e que, mesmo se aproveitarrnos s6
uma pequena porcao das potencialidades do nosso sector agrico-
la, nao nos sera. extraordinariamente dificil tamar 0 nosso sector
agricola tao produtivo, tao eficiente e tao concorrencial como 0
espanhol. Nao temos de procurar muito longe para perceber que
exemplo au modelo seguir.
o exemplo das energtas renoudueis
Em Outubro de 2008, a televisao publica canadiana CBC trans-
mitiu urn documenrario intitulado «The little country that could
go green ... and is», no qual urn pequeno pais era retratado comoexemplo a seguir na promissora e importante area das energias
renovaveis, 0 pequeno pais era Portugal e 0 documentario apre-
sentava-nos como urn dos paises que mais tern investido neste
sector. Documentaries sobre 0 nosso pais nao sao de todocomuns
no Canada, muito menos com elogios rasgados, 0que so demons-