A Romanização na Península Ibérica

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A Romanização na Península Ibérica

Luís Carlos Sousa Coelho

7ºA

N:16

Luís Carlos Sousa Coelho

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Índice:

Índice…………………………………………………………..2

Introdução……………………………………………………3

Romanização na península Ibérica...4,5,6,7,8,9

Conclusão…………………………………………………….10

Luís Carlos Sousa Coelho

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Introdução:

Neste trabalho vou tentar esclarecer as minhas dúvidas sobre a romanização na Península Ibérica.

Espero que goste.

Romanização na Península Ibérica:

Luís Carlos Sousa Coelho

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Nos finais do século IV a. C. uma nova potência assume protagonismo no

Mediterrâneo Ocidental: Roma.

A primeira grande diferença entre o Império Romano e os que o precederam reside

no facto do processo expansionista deste ter sido progressivo e lento mas, contudo,

seguro. O Império Romano não é obra de uma dinastia, mas sim de um longo

processo territorial, garantido por numerosas gerações de dirigentes políticos e

militares.

Uma outra característica que diferencia este império dos antecedentes é o facto de

Roma não submeter pela força os povos que vai conquistando ao longo da sua

expansão; o seu domínio é feito através de implementação de novas realidades

administrativas, que, no entanto, tentam adaptar-se às diferentes formas de

exercício do poder dos distintos locais.

Em termos gerais, o processo de romanização pode ser definido como a criação de

uma nova ordem territorial. Esta nova ordem territorial incluía novas realidades

político-administrativas e um processo de complexificação social. A eficácia do

exercício do poder e a circulação das directivas saídas dos diferentes órgãos do

Estado foram asseguradas pela criação de um bom sistema de comunicações.

Ruína de casa romana, Conímbriga.

Na Península Ibérica, sob a designação genérica de "período do domínio romano",

incluem-se fases de desenvolvimento distintas, apesar de existir a tendência de

considerar a presença romana (mais de seis séculos) como uma única realidade.

Os Romanos começaram a conquista da Península Ibérica pelo ano 218 a. C.,

durante a Segunda Guerra Púnica, entre Roma e Cartago, em que as tropas

comandadas por Cneu Cipião desembarcaram em Ampúrias. Durante vários anos

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lutaram contra o domínio dos Cartagineses, acabando por expulsá-los da Península

em 206 a. C., com a conquista de Cádis, passando a dominar o litoral mediterrânico.

Seguiram-se as lutas contra os povos peninsulares.

Durante os anos de 206 e 205 a. C. as tropas de Roma enfrentaram e venceram

algumas sublevações dos poderios indígenas no Sul da Península. Desde estas

datas considerou-se a administração efectiva romana no extremo ocidental do

Mediterrâneo. Uma vez instaurada a paz, em finais do século III a. C., a Península

Ibérica teve inicialmente uma ocupação romana de cariz militar, garantindo assim o

controlo e exploração do território. Só em 197 a. C. se pôs em marcha o primeiro

projecto de criação de uma administração provincial. Nesse mesmo ano, o território

ocupado foi dividido em duas províncias: a Hispânia Ulterior, a ocidente, e a

Hispânia Citerior, a oriente. Nesta altura, as regiões administradas deveriam

somente abranger a faixa litoral, dos Pirenéus até às faldas da Sierra Morena. O

novo sistema administrativo manteve-se por bastante tempo com as duas

províncias.

A partir de 194 a. C. há notícias dos primeiros confrontos entre Lusitanos e

Romanos, entre os chefes Lusitanos sobressaíam Viriato e Sertório. Os Lusitanos

acabaram por sofrer sucessivas derrotas durante os anos seguintes, reforçando

estes a sua presença através da ocupação de novas regiões. No entanto, a primeira

grande campanha romana no actual território português só se efectuou em 138 a.

C. A iniciativa desta investida esteve a cargo do novo governador da Ulterior, Décio

Júnio Bruto. Este fixou o seu quartel-general junto à cidade de Morón, no vale do

Tejo, e fortificou Olisipo, possibilitando assim um fácil abastecimento às tropas em

campanha por via marítima. Júnio Bruto avançou em direcção ao norte, mas

contornou as regiões montanhosas do interior, evitando desta forma confrontos

com as populações das montanhas. Tudo leva a crer que a campanha se tenha

desenvolvido ao longo da faixa litoral portuguesa, traçando, provavelmente, o

percurso que mais tarde iria dar origem à estrada que ligaria Olisipo a Bracara. Uma

vez terminada a campanha, as tropas dirigem-se para sul e tudo indica que não

deixaram qualquer guarnição no Noroeste. Nos anos que se seguem não existem

indícios de conflitos entre Romanos e os povos autóctones.

Nos princípios do século I a. C., Públio Crasso, à data governador da Ulterior,

comanda uma campanha ao Noroeste (96 a 94 a. C.) em que logra a identificação

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das fontes de estanho peninsulares. É provável que esta descoberta tenha

contribuído para a intensificação das navegações atlânticas, facto, aliás,

comprovado pelo registo arqueológico ao longo de todo o século I a. C.

Aproximadamente dez anos mais tarde, 81 a. C., a guerra generaliza-se, mas não

tem qualquer relação com as velhas inimizades entre Romanos e Lusos, sendo tão-

só um reflexo das guerras civis romanas. As hostilidades prolongam-se por um

longo período de tempo e só têm fim em 72 a. C. Após a morte de Sertório (72 a. C.)

e da derrota de Perperna, a Península Ibérica vive novamente um período de

acalmia. Porém, esta situação foi alterada com a nomeação de Júlio César para

governar a Ulterior (61 a. C.). César desencadeou um grande ataque contra os

Lusitanos que habitavam o monte Hermínio. As campanhas de Júlio César não se

limitariam somente às regiões montanhosas entre Douro e Tejo, mas também às

costas da Galiza.

Em 56 a. C., Júlio César, Marco Licínio Crasso e Cneu Pompeio (ou Pompeu)

estabelecem um acordo para a partilha dos territórios sob administração romana. A

Marco Crasso foi atribuída a província da Síria, a Júlio César as Gálias e a Cneu

Pompeio a Hispânia. Contudo, Pompeio acabou por entregar as Hispânias a três

legados, que repartiam entre si o governo das províncias. A Citerior foi atribuída a

Lúcio Afrânio e a Ulterior a Marco Varrão e Petreio.

Entretanto, e como consequência dos desentendimentos entre Júlio César e

Pompeio, ambos com aspirações ao trono, são infligidos vários ataques à Hispânia e

os legados de Pompeio acabam por ser derrotados. Em 44 a. C., com a saída dos

opositores a César do território, os governadores ocuparam-se da pacificação total

da região.

Neste mesmo ano, Júlio César é assassinado e Octaviano, seu filho adoptivo,

assume o poder vitalício em Roma (27 a. C.), inaugurando-se desta forma a etapa

imperial, propriamente dita, da história de Roma. Todavia, as hostilidades na

Hispânia haviam recomeçado (29 a. C.), e Roma concentrou uma grande força

militar na Península Ibérica contra os Vascos, Cântabros e Ástures. Durante 10 anos

estas populações resistiram aos ataques, acabando toda a Hispânia por ser

completamente dominada em 19 a. C.

Conforme os Romanos chegaram iam dominando as várias regiões peninsulares,

assim impunham as suas estruturas sociais, a sua forma de vida, as suas leis,

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acabando por dominar e influenciar profundamente, e para sempre, toda a

Península Ibérica.

É a toda esta acção e influência da civilização de Roma que se chama

romanização.

A sua influência fez-se sentir em todos os sectores. De uma economia rudimentar

passou-se a uma economia agrícola com bom aproveitamento dos solos e das

várias culturas, como o trigo, oliveira, fruta e vinha. A língua latina acabou por se

impor como língua oficial, funcionando como factor de ligação e de comunicação

entre os vários povos. As povoações, até aí predominantemente nas montanhas,

passaram a surgir nos vales ou planícies, habitando casas de tijolo cobertas com

telha. Como exemplo de cidades que surgiram com os Romanos, temos Braga

(Bracara Augusta), Beja (Pax Iulia), Conímbriga e Chaves (Aquae Flaviae). A

indústria desenvolveu-se, sobretudo a olaria, as minas, a tecelagem, as pedreiras, o

que ajudou a desenvolver também o comércio, surgindo feiras e mercados, com a

circulação da moeda e apoiado numa extensa rede viária (as famosas "calçadas

romanas", de que ainda há muitos vestígios no presente) que ligava os principais

centros de todo o Império.

A influência romana fez-se sentir também na religião e nas manifestações artísticas.

Tratou-se, pois, de uma influência profunda, sobretudo a sul, zona primeiramente

conquistada. Os principais agentes foram os mercenários que vieram para a

Península, os grandes contingentes militares romanos aqui acampados, a acção de

alguns chefes militares, a imigração de romanos para a Península, a concessão da

cidadania romana.

Umas das principais realizações romanas em solo hispânico foi a implantação de um

novo modelo de sociedade, em que os centros urbanos eram formados como pólos

do Governo regional, estratificados e submetidos a um poder mais amplo. Este

cenário não era de todo inédito em algumas regiões da Península Ibérica, mas a sua

extensão à totalidade do território peninsular foi uma criação

romana.

No ano em que Octaviano assume o poder, a província Ulterior

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foi dividida em duas, Bética e Lusitânia. A Bética abrangia a actual região da

Andaluzia e a Lusitânia corresponderia, sensivelmente, ao actual território

português.

Chão em mosaico nas ruínas romanas de Conímbriga.

~

Octaviano teve um papel relevante na criação de grandes colónias, tais como Pax

Julia (Beja), Augusta Emerita (Mérida), e também apoiou a urbanização de alguns

dos antigos povoados indígenas, como aconteceu com Conimbriga (Condeixa) ou

Selium (Tomar). Uma outra importante concretização da administração provincial

romana são os conventus iuridici. O conventus consistia numa actividade de

carácter jurídico. Anualmente, o governador de cada província reunia-se em

diferentes cidades com os seus respectivos representantes, para ministrar justiça e

transmitir as novas directrizes da administração romana. No âmbito dos conventus

prestava-se também o culto ao Poder de Roma, personificado na pessoa do

imperador e da sua família. Esta função religiosa parece ter sido uma das principais

atribuições destes actos públicos.

O período de guerra civil que se seguiu ao reinado de Nero, por volta de 68, traz

novamente uma vaga de conflitos para a Península Ibérica.

Em 69, depois de derrotar as forças do seu adversário (Vitélio), Vespasiano assume

o império e funda a dinastia dos Flávios. Sob a dinastia dos Flávios, últimos

decénios de I d. C., deu-se o processo de divisão administrativa das Hispânias, com

a municipalização efectiva de todas as sedes regionais: as civitates. A prosperidade

flávia prolongou-se na Península Ibérica nos reinados antoninos, cuja dinastia se

iniciou em 98 com Trajano, o primeiro imperador romano natural da Hispânia. Esta

dinastia, que ocupou quase todo o século II, é normalmente celebrada como a

"Idade de Ouro" do Império Romano. Foi uma época caracterizada por uma grande

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prosperidade económica e desenvolvimento regional.

Ao longo do século III, o Império viveu dias difíceis com o início do chamado

"período de anarquia" (235), durante o qual se sucederam querelas entre chefes

militares e conturbações a nível político.

Entre 284 e 288, com Diocleciano (284-304), opera-se uma nova reorganização das

províncias hispânicas. O território peninsular é dividido em cinco províncias:

Tarraconense, Cartaginense, Bética, Lusitânia e Galécia. Esta nova divisão irá

vigorar até à perda dos territórios da Península Ibérica por Roma.

Nos finais do século IV, o império é governado no Oriente por Teodósio, que detinha

grande prestígio em toda a extensão do império. Este facto deve-se à fraqueza

demonstrada por Augusto do Ocidente, Valentiniano III, e pela origem hispânica

daquele. Em 380 d. C., com o Édito de Tessalónica, o Cristianismo é adoptado como

religião de Estado, desmoronando-se assim um dos últimos bastiões da ideologia

imperial. O imperador deixa de ser o chefe supremo dos cultos, para dar lugar à

hierarquia da Igreja.

A partir de 409 a situação política na península altera-se radicalmente com a

invasão dos povos germânicos, e sobretudo com a fixação dos vândalos e suevos

na Galécia, em 411. A aplicação dos decretos imperiais foi impedida e, nas zonas

rurais, a influência dos bispos ortodoxos foi reduzida.

Com a morte de Teodósio, em 395, o império é dividido pelos seus dois filhos,

Honório, que passou a governar o Ocidente, e Arcádio, a querer o Oriente. Em 407,

um usurpador autoproclama-se nas ilhas britânicas, com o nome de Constantino III.

O seu projecto de poder pessoal revelou-se de extrema importância para a história

da Hispânia. Em 411, e face à situação criada pelos usurpadores na Hispânia (o

território tinha sido invadido por Constante, filho de Constantino III), Honório

estabeleceu um pacto com os "bárbaros" aqui instalados. Deu-lhes a Galécia, a

Lusitânia e a Cartaginense, mantendo para o império a província Tarraconense. A

partir desta data assiste-se ao gradual desmoronamento da influência do Império

Romano na península.

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Coliseu construído pelos romanos

Império romano

Conclusão:

Neste trabalho fiquei a saber que os romanos tinham um grande império e que deixaram marcas em PORTUGAL.

Espero que tenha gostado.

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Bibliografia:

Romanização da Península Ibérica.

Diciopédia 2009 [DVD-ROM]. Porto : Porto

Editora, 2008.

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