A SALVAÇÃO DA DOUX - avisite.com.br · ânimos dos produtores e dos fornecedo- ... partir da...

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XIII antecipa tendências e reúne a avicultura em Chapecó, SC Grupo JBS assume os negócios de aves da empresa francesa e acende uma luz de esperança para produtores e fornecedores nº 62 - ano VI junho/2012 NESTA EDIÇÃO Nono volume da Revista do Ovo A SALVAÇÃO DA DOUX:

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XIII antecipa tendências e reúne

a avicultura em Chapecó, SC

Grupo JBS assume os negócios de aves da empresa francesa e acende uma luz de esperança para

produtores e fornecedores

nº 62 - ano VIjunho/2012

NESTA EDIÇÃONono volume daRevista do Ovo

A SALVAÇÃO DA DOUX:

Uma revolucionáriatecnologia

está chegando.

Aguarde.

A inovação da efervescência

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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012 19:09:51

Produção Animal | Avicultura 3

Sumário

Ponto final

O milho no segundo semestre de 2012

João Carlos Garcia

46

Eventos

Painel do Leitor

06

08

Notícias CurtasAvisulat: Agregar conhecimento e evolução para agroindústrias 12

Estatísticas e Preços

Produção e mercado em resumoProdução de pintos de corteProdução de carne de frangoExportação de carne de frangoOferta interna decarne de frangoAlojamento de pintainhas comerciais de posturaDesempenho do frango vivo no mês de maioDesempenho do ovo no mês de maioMatérias-primas

36373839

40

41

42

4344

AviGuiaCeva lança vacina contra Doença de Newcastle 32

23AssociaçõesAsgav/Sipargs: Abastecimento de farelo no mercado entra em discussão

Portfólio AviGuia 45

Empresas

24

Ordem na casaJBS assume negócios da Doux

Eventos

28

XIII SBSADebates, reuniões e palestras sobre osetor avícola

10

WPC 2012Menos de um mês para o fim das inscrições

eDITORIAL

Ânimos renovados

Agradecimentos

Uma possível compra da Doux Fran-

gosul pelo Grupo JBS deu o que falar nes-

tes últimos meses nos meios avícolas. Em-

bora o que tenha sido firmado seja um

arrendamento, o JBS veio para renovar os

ânimos dos produtores e dos fornecedo-

res da empresa do Rio Grande do Sul. A

Revista do AviSite retrata o negócio, a

partir da página 24, mostrando que, ago-

ra, este negócio simboliza uma nova fase

para as duas empresas. Para a Doux Fran-

gosul, que se afasta de uma possível con-

cordata, e para o Grupo JBS, que faz a sua

estreia na avicultura brasileira. “Com este

negócio, o JBS aumenta em 15% a sua

capacidade de produção de aves no mun-

do, passando para cerca de nove milhões

de cabeças por dia”, revela o presidente

do JBS, Wesley Batista. Lá fora, o Grupo já

atua no segmento de aves por meio da

americana Pilgrim’s Pride, da qual adqui-

riu 64% de seu capital social em 2009.

Agora, é esperar para ver quais serão os

rumos que o Grupo JBS direcionará aos

negócios de aves da Doux Frangosul.

Nesta edição também trazemos a co-

bertura da 13ª edição do Simpósio Brasil

Sul de Avicultura, realizado em abril, em

Chapecó, SC. O evento, neste ano, dedi-

cou um amplo espaço para os debates so-

bre as salmoneloses. De acordo com um

dos especialistas e palestrantes sobre o

assunto, o setor precisa dispensar mais

atenção para a tríade da infecção: agente

etimológico, hospedeiro e ambiente. “O

assunto salmonela é interminável. Esta-

mos longe de uma solução definitiva. Pre-

cisamos estudar muito e entender muito

sobre o tema”, destacou. O evento ainda

trouxe outros tópicos de maciço interesse

da avicultura: previsões e perspectivas de

mercado da carne de frango, a importân-

cia da qualidade do milho utilizada nas ra-

ções das aves e outros desafios da avicul-

tura brasileira. Confira esta cobertura

exclusiva a partir da página 28.

Boa leitura!

À comissão organizadora do Sim-pósio Brasil Sul de Avicultura, em es-pecial à Eliana Panty, Márcia Midori, João Batista Lancini e Xyka. Também merece nosso “muito obrigado”, a assessoria de Imprensa do Grupo JBS, Francisco Turra e João Carlos Garcia.

Fomos mal O nome do produto da Vetanco

do Brasil saiu errado na notícia “Pro-grama de controle de coccidiose ga-nha reforço”. O correto é Vetribiac D Premix e Vetribiac D Solução.

4 Avicultura | Produção Animal

PublisherPaulo [email protected]

Redação Andrea Quevedo (MTB 27.007) Carla Vido Érica Barros (MTB 49.030) Mariana Almeida (MTB 62.855) [email protected]

Comercial Daniel Cannos Fernanda Bronzeado [email protected]

Diagramação e arteMundo Agro e WL [email protected]

InternetJessica Sousa Rafael Ribeiro Vinicius [email protected]

Administrativo e financeiroCaroline Esmi [email protected]

Circulação e assinaturaÉrika Guimarães(19) [email protected]

Fale com a redaçã[email protected]: (19) 3241 9292

expeDIenTeProdução Animal - AviculturaISSN 1983-0017

Mundo Agro Editora Ltda.Rua Erasmo Braga, 115313070-147 - Campinas, SP

JBS estreia na avicultura nacional e Doux se afasta de uma concordata

VACINAS BIOVET PARA AVICULTURA INDUSTRIAL.OS MELHORES RESULTADOS EM SUAS MÃOS.

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empresa que se dedica ao constante apr imoramento de

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DES

AFI

O

Eventos

6 Produção Animal | Avicultura6 Produção Animal | Avicultura

Setembro

12 a 14 de setembro IX Curso de Atualização em Avicultura para Postura ComercialLocal: Centro de Convenções da Unesp/FCAV, Jaboticabal, SP Realização: Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Extensão (Funep)Contato: (16) 3209-1300Informações: www.funep.org.br/mostrar_evento.php?idevento=259E-mail: [email protected]

Outubro

04 de outubro3º Dia do Ovo da USP de PirassunungaLocal: Anfiteatro Principal do Campus de Pirassununga, SPRealização: Departamento de Produção e Nutrição Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USPContato: (19) 3565-6710 Informações: www.usp.br/fzea/Email: [email protected]

10 a 14 de outubro I Simpósio Estadual de Avicultura do PR e Feira de Máquinas e Equipamentos Local: Centro de Eventos Ismael Sperafico, Toledo, PR Realização: Aaviopar - Associação dos Avicultores do Oeste do Paraná Contato: (45) 3055-2410

Novembro

21 a 23 de novembro AVISULAT 2012 - III Congresso Sul Brasileiro de Avicultura, Suinocultura e Laticínios e Feira de Equipamentos Serviços e TecnologiaLocal: Centro de Exposições Fundaparque, Bento Gonçalves, RSRealização: Asgav, Sips e SindilatContato: (51) 3228-8844Informações: www.avisulat.com.brE-mail: [email protected]

21 a 23 de novembro IV Simpósio de Qualidade da CarneLocal: Centro de convenções da FCAV - Unesp/JaboticabalRealização: Funep e FCAV - Unesp/Jaboticabal Contato: (16) 3209-1303Informações: www.funep.org.br/mostrar_evento.php?idevento=265E-mail: [email protected]

2012 Junho

21 de junhoAvicultorLocal: Belo Horizonte, MGRealização: Avimig (Associação dos Avicultores de MG)Contato: (31) 3482-6403Informações: www.avimig.com.br/index.phpE-mail: [email protected]

25 a 28 de junhoSIAL Brazil Local: Expo Center Norte, São Paulo, SPRealização: BTS InformaContato: (11) 3598-7800Informações: www.sialbrazil.com

Julho

13 a 15 de julho53ª Festa do Ovo de BastosLocal: Recinto de Exposições Kisuke Watanabe, Bastos, SPRealização: Sindicato Rural e Prefeitura de BastosContato: (14) 3478-9800Informações: www.bastos.sp.gov.br

Agosto

5 a 9 de agosto XXIV Congresso Mundial de Avicultura (WPC 2012) Local: Centro de Convenções de Salvador, Salvador, BA Realização: FACTA Contato: (19) 3243-6565Informações: www.wpc2012.com.brE-mail: [email protected]

21 a 23 de agostoI Simpósio Estadual de Avicultura do PR e Feira de Máquinas e Equipamentos Local: Centro de Eventos Ismael Sperafico, Toledo, PR Realização: Aaviopar - Associação dos Avicultores do Oeste do Paraná Contato: (45) 3055-2410

8 Produção Animal | Avicultura

Painel do Leitor

Caros produtores brasileiros: O previsível acon-teceu, o que nos foi dado de presente, retomado foi. Os europeus continuarão exigindo do Brasil, absurdos que nem nos seus países é cumprido e na primeira oportunidade, voltam a comprar de um país que sanitariamente está à anos luz atrás do nosso. Quando a coisa aperta, os europeus compa-ram só o preço! Lembram da crise do milho? Com-praram milho GMO e consumiram sem nenhum problema! Temos que rever nossos volumes de produção de frango urgente!Érico Pozzer – Mogi Mirim – SP

A avicultura no Brasil é cheia de experts. Um mais sabido que o outro. Os chamados “players” são pura sapiência. Entretanto, ou são cegos ou não sabem fazer conta, pois estamos já há tempos em mercado sobre ofertado indo ladeira abaixo. Não fazem muitos dias, alguém trombeteou que consu-mimos 47 Kg per capita em 2011. Pura balela, pois se esqueceu da disponibilidade interna de frango. Aqui no Estado de São Paulo o “festival” acaba solidamente ancorado em recuperações judiciais com farta distribuição de prejuízos. Os sabichões vão levar a avicultura para o buraco.Lourenço Innocentini Neto – São Carlos – SP

Estatísticas e preços: 2012 ainda não começouUm terço do ano já se passou, mas para a avicul-tura, principalmente para o segmento de produ-ção de carne de frango, o ano de 2012 parece que ainda não começou. Há explicação para isso: sem dúvida entusiasmado com os resultados do terceiro trimestre de 2011, o setor acelerou o ritmo produtivo no trimestre final do ano. Como o consumo (interno e externo) não respondeu na mesma medida, acumularam-se estoques.

Na edição de maio da Revista do AviSite trouxemos duas matérias especiais para co-memorar os cinco anos da nossa existência. Os temas abordados foram o perigo das micotoxinas e os prejuízos para os produtores e o uso de enzimas na dieta das aves.

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Lanagro-SPControle da sanidade aviária no Brasil passapor Campinas

- O perigo invisível das micotoxinas

- Os benefícios econômicos das enzimas na ração

nº 61 - ano VImaio/2012

NESTAEDIÇÃO

Oitavovolume daRevista do Ovo

Nutriçãoem foco

Participe e envie seu comentário para

[email protected]

Com investimento inicial de R$ 120 milhões e previsão de aporte de mais R$ 35 milhões para uma segunda linha de produção, a nova instala-ção da BR Frango irá abater por dia 420 mil aves até 2014. Este ano a unidade tem como meta atingir 210 mil aves abatidas diariamente.

Tive a honra de estar presente na inauguração do frigorífico em Santo Inácio, fiquei admirado com a dimensão e inovação da estrutura. Estou aqui neste espaço para em especial parabenizar o presi-dente da BR Frango, Reinaldo Moraes, não só pelo exemplo de empresário que demonstrou ser, mas pelo homem de fé que provou ser em suas palavras. Roberto Carlos de Souza – Campos Novos – SC

À BR Frango só tenho a agradecer por ter acre-ditado em minha cidade natal. A todos os diretores e colaboradores meus parabéns por este investimen-to maravilhoso.Célio Andrade da Silva – Campo Verde – MT

Empresa inaugura frigorífico, instalado em Santo Inácio, PR

Produção Animal | Avicultura 9

Leia as últimas notícias do setor em www.avisite.com.br Leia as últimas notícias do setor em www.avisite.com.br

As cinco mais lidas no AviSite em maio

As projeções para a produção de carne de frango este ano no Brasil, segundo cinco diferentes instituições

são de aproximadamente 12 a 13,5 milhões de toneladas. O AviSite realizou uma projeção com base no que foi pro-

duzido no primeiro trimestre do ano e de acordo com essa projeção o total da produção chegará aos 13,044 milhões de toneladas, cerca de 1,4% a mais apontado pelas insti-tuições para 2012.

Frigoríficos recuperam margens; mas não os avícolas

1

Ainda que pendentes de confirmação, diferen-tes indicadores de mercado sinalizam que,

após o recorde atingido em janeiro, a produção de carne de frango vem recuando mês após mês e, tende a registrar no corrente trimestre (abril-junho) o menor volume trimestral dos últimos dois anos.

Procurando justificar esse comportamento, players do mercado comentam que a origem da presente situação não é nova, remonta ao segundo semestre de 2011. Para explicá-la, lembram que, independente das condições de mercado, o consu-mo interno tem um limite.

Frango: produção cai, mas mercado não reage. Por quê?

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3

Em seu primeiro levantamento sobre as tendên-cias de produção para 2012, a Organização das

Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) comenta que o setor avícola, historicamente um dos mais dinâmicos do segmento de carnes, vem tendo seu crescimento afetado por diversos fatores. Alguns deles como os altos custos dos insumos, pelo ressurgimento de surtos de Influen-za Aviária na Ásia e por disputas comerciais. Em decorrência, a produção mundial não chega a crescer 2% e deve situar-se em torno de 103,5 milhões de toneladas.

FAO: baixa lucratividade limita crescimento da produção avícola em 2012

2

A recuperação das atividades ficou por conta dos frigoríficos de bovinos que ao contrário

dos de frango conseguem ter uma redução do custo/perda da carne bovina sem muito prejuízo. A dificuldade do frango está na questão do aloja-mento, que depois de cinco a sete semanas preci-sa seguir para o abate, diferentemente dos bois que podem ficar no pasto.

Projeções do Mapa prevêem uma expansão mé-dia de 4,20% ao ano na produção de carne de

frango. O volume previsto para dez anos é de 20,332 milhões de toneladas. Se comparada com as carnes bovina e suína, a carne de frango tem signifi-cativamente uma maior produção.

Em relação às exportações o crescimento médio deve alcançar 3,04% ao ano. Se a soma de 4,191 milhões de toneladas este ano for al-cançada, em 2022 o volume de carne de frango negociado internacionalmente pode chegar até 5,658 milhões de toneladas. Em relação ao con-sumo interno, a evolução de 2,7% ao ano é apontada para a próxima década, sendo inferior ao ano de 2011.

As tendências do frango brasileiro até 2022 na visão do MAPA

Que volume de frango o Brasil vai produzir em 2012?

4

10 Produção Animal | Avicultura

Notícias

Último mês de inscrições para o WPC 2012Evento

Falta menos de um mês para o encerramento das inscrições ante-

cipadas para o XXIV Congresso Mundial de Avicultura que acontece entre os dias 5 e 9 de agosto no Centro de Convenções da Bahia, em Salvador, Brasil. Os interessados em participar do maior evento do setor em todo o mundo têm até o dia 29 de junho para se inscrever, exclusiva-mente pelo site www.wpc2012.com.

Realizado a cada quatro anos pela Associação Mundial de Ciência Avícola (WPSA), em 2012, o evento conta com a co-organização da Fundação APINCO de Ciência e Tecnologia Avícolas (Facta) e da União Brasileira de Avicultura (Ubabef). “O WPC 2012 oferece grandes oportunidades comerciais aos congressistas, já que reúne pro-

dutores e empresários de todos os continentes”, lembra o presidente da Facta e também presidente da WPSA no Brasil, Edir Nepomuceno da Silva.

O evento oferece uma série de palestras com especialistas de reno-me internacional, permitindo o deba-te sobre as mais diversas áreas de atuação na cadeia produtiva e indus-trial de aves e ovos. O especialista em nutrição animal Antônio Mário Penz Junior, por exemplo, fará uma palestra sobre a importância do ta-manho das partículas dos ingredien-tes no desempenho dos frangos de corte e poedeiras. Outro nome de destaque é Antonio Paraguassu. O médico veterinário falará sobre as novidades da reprodução de aves e da produção de frangos com ênfase em incubação e genética.

O Programa Científico também levantará a discussão dos seguintes assuntos: Tecnologias de nutrição e de rações; Saúde das aves e biosse-guridade; Abate e Processamento; Outras Espécies de Aves e Sistemas de Produção; Segurança dos Alimentos; Economia e Marketing; Bem-estar de Aves e Ambiente; Produção Comercial e Processamento de Ovos; Produção de Matrizes Pesadas e Frangos; Genética e Reprodução; Avicultura Familiar, Educação e Extensão.

O WPC 2012 ainda sediará as comemorações do centenário da WPSA, considerada a entidade mais importante da avicultura mundial. A organização do evento preparou diversas ações em homenagem a esta data que é um verdadeiro marco para a história do setor. O público poderá conferir as principais conquis-tas da entidade ao longo desses cem anos de existência, dentro dos quais tem lutado para estimular e dissemi-nar o desenvolvimento e a criação de tecnologias empregadas em todos os aspectos da ciência avícola.

A programação completa, os valores das inscrições e outras infor-mações sobre o evento estão dispo-níveis no site www.wpc2012.com.

Salvador é sede deste grande evento

Evento oferece uma série de palestras com especialistas

de renome internacional, permitindo o

debate sobre as mais diversas áreas

de atuação na cadeia produtiva

Produção Animal | Avicultura 11

Leia as últimas notícias do setor em www.avisite.com.br

2012100 Years of

WPSA

5 - 9 Agosto 2012

Centro de Convenções da BahiaSalvador - Bahia - Brasil

Brazilian Branch

Realização: Apoio: Suporte:

Ag

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ine

Patrocinadores:

Bronze: Pedras Brasileiras:Ouro:Diamante: Prata:

Salvador - Bahia - Brasil

Patrocinadores:

Bronze: Pedras Brasileiras:Prata:

Patrocinadores:

Ouro:Diamante:

5 - 9 Agosto 2012

Centro de Convenções da BahiaCentro de Convenções da Bahia

Brazilian Branch

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1912 2012

www.wpc2012.com.brPatrocinadores:

www.wpc2012.com.brwww.wpc2012.com.brwww.wpc2012.com.brwww.wpc2012.com.brwww.wpc2012.com.brwww.wpc2012.com.br

Inscrições antecipadas para o congresso até 29/junho.

Nossa programação Científica.

Detalhes sobre a festa de encerramento.

Hotéis credenciados.

Acesse o site e confira:C

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12 Produção Animal | Avicultura

Notícias

Evento inovador e com forte adesão III Avisulat

Os representantes das entidades promotoras do III Congresso Sul

Brasileiro de Avicultura, Suinocultura e Laticínios (Avisulat), que acontece em novembro de 2012, em Bento Gonçalves, RS, se encontraram para avaliar os preparativos do evento. Na ocasião, estavam presentes José Eduardo dos Santos, coordenador geral, Rogério Kerber, coordenador da área de suinocultura, Darlan Palharini, coordenador laticínios, Patricia

Khamis, Diego Andrade, Rejane Kieling e Regina Rodrigues. A comis-são pretende inovar nessa edição com um polo logístico, onde se concentra-rá as principais empresas de transpor-tes, armazenagem e serviços. Outra inovação é a participação de compa-nhias voltadas à gestão ambiental, tratamento de efluentes e higieniza-ção de ambientes.

“Estamos trabalhando numa pro-posta de consolidação dinâmica do

Avisulat e pretendemos trazer diferen-ciais que agreguem conhecimento e evolução para agroindústrias, produ-tores e demais colaboradores que atuam nas três cadeias produtivas”, destaca José Eduardo dos Santos. A Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do RS (Sindilat) e Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do RS (Sips), almejam um grande espaço de debates, valori-zação dos setores e das agroindús-trias, produtores e trabalhadores como agentes essenciais no processo de crescimento e desenvolvimento econômico e social do RS. “Assumimos o compromisso de reali-zar um evento com base no compro-metimento com as cadeias produtivas, ou seja, além de negócios, trabalhar com propostas efetivas de desenvolvi-mento, inovação e aprimoramento dos setores”, completa dos Santos. Outras informações do evento estão disponíveis em www.avisulat.com.br.

Mapa proíbe eritromicina e espiramicina Banidos

Pela Instrução Normativa nº 14, de 17 de maio de 2012, publicada

no Diário Oficial da União da mesma data, o Ministério da Agricultura

proibiu, em todo o território nacio-nal, a importação, fabricação e uso dos antimicrobianos eritromicina e espiramicina quando tenham por finalidade a alimentação animal, como aditivo zootécnico melhorador do desempenho.

Produtos e aditivos destinados à alimentação animal que contenham as substâncias mencionadas terão seu registro cancelado até o dia 17 de junho. Mas se for do interesse da empresa manter o registro, isso po-derá ser obtido mediante substitui-ção das substâncias banidas “por outro aditivo melhorador de desem-penho à base de antimicrobianos, em conformidade com a legislação vigente”. Os estoques existentes no

comércio também devem ser recolhi-dos nessa data.

De acordo com nota do Mapa divulgada em maio, a decisão faz parte das ações desenvolvidas pelo Ministério para garantir o uso respon-sável e prudente de antimicrobianos em animais produtores de alimento e atualizar os estudos técnico-científi-cos sobre aditivos melhoradores de desempenho utilizados em animais. A tarefa vem sendo desenvolvida pelo Grupo de Trabalho do Departamento de Fiscalização de Insumos Pecuários (DFIP) desde 2003.

Acesse www.in.gov.br/imprensa/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=18&data=18/05/2012 e confira a ínte-gra da IN.

Produtos e aditivos que contenham as substâncias

mencionadas terão seu registro cancelado até o dia 17 de junho

Produção Animal | Avicultura 13

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Milho volta a empatar com a sojaPrevisões Conab 2011/2012

Se o clima não afetar o que no mo-mento é apenas uma promessa, a

produção brasileira de milho na safra 2011/2012 atinge novo e inusitado recor-de, aproximando-se dos 66 milhões de toneladas, quase 15% a mais que o pro-duzido na safra passada. Mais inusitado, porém, é essa produção estar muito pró-xima da prevista para a soja que, nas últimas previsões da Conab, deve ficar em torno dos 66,7 milhões de toneladas – o que significa enfrentar uma redução de mais de 10% em relação à safra de 2011.

Esse empate, porém, é efêmero, não tem o menor significado. Especialmente porque tende a conduzir a comportamen-tos opostos no plantio da próxima safra, que começa dentro de alguns meses.

Acima disso, no entanto, prevalece a constatação de que boa parte da safra de milho prevista permanece, por enquanto, como mera expectativa de produção. A referência se aplica à safrinha que, atra-sada, está mais sujeita às adversidades do clima frio. E o que está sob risco não é pouco, abrange uma produção (safrinha) estimada em 30 milhões de toneladas e que representa mais de 45% da safra total de milho.

14 Produção Animal | Avicultura

Notícias

Dados da Secex/MDIC indicam que no primeiro quadrimestre de 2012 as cooperativas brasileiras

exportaram perto de 121 mil toneladas de carne de frango, volume que correspondeu a um aumento de 26,9% sobre as 95.377 toneladas exportadas no mesmo período de 2011.

O aumento observado foi determinado, apenas, pelos cortes de frango, cujo volume no quadrimestre aumentou quase 40%, subindo de 71 mil/t para 99,3 mil/t. Em outras palavras, houve recuo dos demais itens, em especial da carne de frango salgada.

Apesar, porém, do significativo aumento no em-barque de cortes, o preço do produto sofreu grande recuo – de 15% em relação ao primeiro quadrimestre de 2011. Mas, neste caso, a queda não foi isolada, afetou também, ainda que em menor escala, os ou-tros três itens exportados. Em decorrência, o preço médio geral apresentou redução de 15,4%.

Em função do menor preço médio, o resultado financeiro obtido pelas cooperativas com a exporta-ção de carne de frango, embora positivo, não corres-pondeu ao maior volume embarcado, pois apenas os cortes registraram aumento (de cerca de 19%) na receita. Assim, ainda que o volume por elas exportado tenha aumentado quase 27%, o incremento da recei-ta cambial foi de apenas 7,3%.

Cooperativas exportaram 27% mais frango Primeiro quadrimestre do ano

COOPERATIVASExportação de carne de frango

1º quadrimestre de 2011 e 2012

VOLUME – MIL TONELADAS

TIPO DE PRODUTO

2011 2012VARIAÇÃO

ABSOLUTA RELATIVA

Cortes de frango

71,001 99,302 28,302 39,9%

Carne salgada

12,895 10,763 -2,132 -16,5%

Industrializa-dos de frango

5,664 5,324 -0,341 -6,0%

Frango inteiro

5,818 5,608 -0,210 -3,6%

Total 95,377 120,997 25,619 26,9%

PREÇO MÉDIO – US$/TONELADA

TIPO DE PRODUTO

2011 2012VARIAÇÃO

ABSOLUTA RELATIVA

Cortes 2.112,71 1.795,59 -317,13 -15,0%

Carne salgada

3.311,00 3.104,64 -206,36 -6,2%

Industrializa-dos

3.504,64 3.467,44 -37,20 -1,1%

Frango inteiro

1.748,36 1.576,63 -171,73 -9,8%

Média 2.335,16 1.975,44 -359,72 -15,4%

RECEITA – US$ MILHÕES

2011 2012VARIA-ÇÃO

%% DO

TOTAL*

Cortes de frango (4)

150,004 178,306 18,9% 10,6%

Carne salgada (12)

42,695 33,414 -21,7% 2,0%

Industrializa-dos (13)

19,851 18,460 -7,0% 1,1%

Frango inteiro (19)

10,172 8,842 -13,1% 0,5%

TOTAL 222,721 239,021 7,3% 14,3%

Fonte dos dados básicos: SECEX/MDIC - Elaboração e análises: AVISITE - Números entre parênteses indicam a posição do produ-

to na pauta exportadora das cooperativas* Percentual do total exportado pelas cooperativas no

quadrimestre.

Produção Animal | Avicultura 15

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Carne de frango subiu duas posições

Pauta exportadora

Quatro anos atrás, em 2008, a carne de frango in natura tornou-

-se o quarto principal produto exporta-do pelo Brasil, atrás apenas dos miné-rios de ferro, do petróleo bruto e do farelo de soja. Mas, com a eclosão da crise econômica mundial, o produto perdeu a posição no ano seguinte, caindo para o sexto posto nos últimos dois anos.

No primeiro quadrimestre de 2012,

a posição de 2008 foi recuperada. Mas ainda que a carne de frango esteja entre os cinco produtos (do ranking dos 10 principais) cuja receita cambial registrou evolução positiva no período, a retomada do quarto lugar não é devida ao aumento dessa receita e, sim, ao recuo da receita dos outros dois produtos que vinham ocupando a quarta e quinta posições – mais exata-mente, o café e o açúcar.

Por sinal, o simples fato de a recei-ta cambial da carne de frango in natu-ra ter aumentado apenas 0,7% nos quatro primeiros meses do ano indica receita cambial negativa. É que o qua-drimestre inicial de 2012 teve 83 dias úteis, contra 81 dias úteis do mesmo quadrimestre de 2011. Assim, sob o ângulo da receita média diária, o de-sempenho de 2012 é 1,7% inferior ao de idêntico período do ano passado.

EXPORTAÇÃO BRASILEIRA10 principais produtos da pauta - 1º QUADRIMESTRE DE 2012

US$ BILHÕES FOB

POSIÇÃOE PRODUTO

2012 VAR.PARTICIPAÇÃO

% VAR.

1 (1) Minério de ferro 9.362 -17,1% 12,5% -20,7%

2 (2) Petróleo em bruto 7.600 37,1% 10,2% 31,1%

3 (3) Soja em grão 5.499 36,9% 7,4% 30,9%

4 (6) Carne de frango 2.196 0,7% 2,9% -3,7%

5 (4) Café em grão 2.037 -14,7% 2,7% -18,4%

6 (11) Óleos combustíveis 1.823 46,7% 2,4% 40,3%

7 (5) Açúcar em bruto 1.740 -25,1% 2,3% -28,4%

8 (7) Farelo de soja 1.603 -2,5% 2,1% -6,7%

9 (12) Ferro/aço semiman. 1.559 26,9% 2,1% 21,3%

10 (8) Celulose 1.533 -4,4% 2,1% -8,6%

Subtotal 34.952 4,4% 46,8% -0,1%

Demais 39.694 4,6% 53,2% 0,1%

Total 74.646 4,5% 100,0% 0,0%

Fonte dos dados básicos: SECEX/MDICElaboração e análises: AVISITE

Números entre parênteses: posição no mesmo quadrimestre de 2011

16 Produção Animal | Avicultura

Notícias

Rabobank: melhora interna do mercado de frango

Só no 2° semestre

No mais recente boletim (segundo trimestre de 2012) dedicado à análise das tendências

da avicultura mundial no decorrer do corrente exercício, o Rabobank observa – em relação especificamente ao Brasil – que no primeiro trimestre do ano o mercado interno do frango foi marcado por um desequilíbrio entre oferta e procura, o que conduziu a uma baixa de preços mais sensível que a prevista para o padrão sazonal [de redução de consumo em relação ao trimestre imediatamente anterior].

Detalhando, o Rabobank observa que, entre dezembro/11 e março/12, o preço do frango resfriado recuou 6%, enquanto à época do relatório alcançava valor 4% inferior ao de um ano atrás. A previsão para o segundo e terceiro trimestres é de um mercado mais equilibrado em função, principalmente, de ajustes na ofer-ta, já que há indícios de desaceleração da pro-dução. Ao mesmo tempo, pode haver melhora das exportações, possibilidade indicada pelo aumento registrado de fevereiro para março. Internamente, a prevista baixa de preços de carne bovina na esteira do aumento da oferta deve limitar a evolução de preços do frango no decorrer do segundo trimestre. Em contraparti-da, na medida em que o calendário avançar terceiro trimestre a dentro e a produção de carne bovina registrar diminuição sazonal (en-tressafra ou período de seca), sobrará mais espaço para a reativação dos preços do frango.

Efeitos do retorno da Tailândia ao mercado O Rabobank avaliou os possíveis efeitos do retorno da Tailândia ao mercado internacional da carne de frango in natura – mais especificamente à União Europeia que, após oito anos de embargo, reabre suas portas ao produto a partir de 1º de julho de 2012.Naturalmente, os efeitos desse retorno irão recair sobre o Brasil. Em especial porque, entre os dois grandes exportadores mundiais atuais (o próprio Brasil e os EUA), só o Brasil tem acesso ao mercado europeu. Que – aponta o Rabobank – absorve 12% das exportações brasileiras de carne de frango.Mas o risco de uma eventual perda não está limitado à União Europeia: outros países podem segui-la. E o Rabobank faz menção, em especial, ao Japão, que absorve outros 12% das exportações do Brasil. O que significa dizer, em suma, que um quarto do que o Brasil exporta está sob risco iminente. Mas não só isso porque, com a reabertura, a Tailândia deve investir intensivamente no aumento de sua produção e partir para a conquista de novos mercados.

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18 Produção Animal | Avicultura

Notícias

Exportação de frango dos EUA cresce 13,5% No 1° trimestre de 2012

Graças a uma nova e consecutiva expansão, de quase 7,5% no mês de março, as expor-

tações de carne de frango dos EUA encerraram o primeiro trimestre do ano com incremento de volume de 13,5%, contra apenas 2,8% em idên-tico período do ano passado.

Nos 12 meses encerrados em março de 2012, o volume acumulado ficou muito próximo dos 3,265 milhões de toneladas, aumentando 5,61% em relação a idêntico período anterior. Porém, o que mais os exportadores comemoram é o fato de ter-se superado o recorde que vinha sendo mantido há três anos, desde que eclodiu a crise econômica disseminada dos EUA para o mundo.

Em março de 2009, as exportações norte--americanas de carne de frango atingiram, em 12 meses, o volume de 3,254 milhões de tonela-das, quantidade que não se repetiu desde então. O novo recorde está apenas 0,3% acima do recorde anterior, mas, pelo evoluir mais recente das exportações dos EUA, tende a ser superado várias vezes no decorrer deste ano.

EUAEvolução mensal das exportações

de carne de frango MIL TONELADAS

MÊS 2010/11 2011/12 VAR. %

ABR 251,828 225,421 -10,49%

MAI 242,904 256,800 5,72%

JUN 275,899 236,420 -14,31%

JUL 235,655 303,003 28,58%

AGO 231,242 314,478 36,00%

SET 278,164 289,002 3,90%

OUT 305,086 312,837 2,54%

NOV 301,051 274,969 -8,66%

DEZ 280,785 264,153 -5,92%

JAN 209,790 229,405 9,35%

FEV 233,116 288,570 23,79%

MAR 251,094 269,759 7,43%

EM 3 MESES

694,000 787,735 13,51%

EM 12 MESES

3.091,255 3.264,818 5,61%

Fonte dos dados básicos: USDAElaboração e análises: AVISITE

OBS.: Os dados, relativos apenas à carne de frango in natura, excluem também as exportações de patas de frango.

Com a eclosão da crise econômica mundial, o

produto perdeu a posição no ano seguinte, caindo para o sexto posto nos

últimos dois anos

Produção Animal | Avicultura 19

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Índia posiciona-se junto à OMCEmbargo/EUA

A pedido da indústria avícola local, o governo dos EUA requereu da Organização Mundial do Comércio

(OMC) a instalação de “panel” para avaliar a legalidade da barreira sanitária imposta pela Índia à carne de frango norte-americana.

Mas a justificativa para o pedido pode ficar totalmen-te neutralizada, dependendo da análise da OMC e de seu comitê de solução de controvérsias, a pedido dos EUA. É que, segundo o governo da Índia, a “barreira sanitária” mencionada (proibição de importação de carne de frango e demais produtos avícolas dos EUA devido à ocorrência, neste país, de casos de Influenza Aviária) foi suspensa em setembro do ano passado.

Isto, porém, não quer dizer que os EUA poderão ter acesso imediato ao mercado indiano. Segundo declara-ram fontes governamentais da Índia ao The Economic Times, diário local dedicado à economia, o país vai conti-nuar insistindo em que toda carne de frango introduzida no mercado local obedeça aos mais rigorosos padrões de qualidade e sanidade. Nesse sentido, serão utilizados “procedimentos de avaliação de risco científicos, basea-dos em normas estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE)”.

20 Produção Animal | Avicultura

Inglesa Moy Park alia-se a Jamie Oliver

Grupo Marfrig

Notícias / Empresas

Jovem e inovador chef de cozinha, o britânico Jamie Oliver tornou-se

conhecido mundialmente a partir de um programa de televisão, apresenta-do inclusive no Brasil, pela TV fechada. E, politicamente correto, é ferrenho defensor do bem-estar animal, colo-cando em xeque algumas práticas da

produção animal intensiva, inclusive da avicultura (ele já disse, no ar, que a produção de um ovo envolve o sacrifí-cio dos pintos machos).

Tal postura, naturalmente, tem causado constrangimentos a diversos segmentos da produção animal que, objetivando principalmente manter sua imagem perante a opinião pública, têm procurado corrigir os problemas apontados.

Há, porém, quem vá mais longe. Caso da (também britânica) Moy Park, uma das líderes europeias da área de alimentos, mas com enfoque principal na produção de carne de frango. Pois a empresa acaba de unir-se ao famoso chef britânico e, juntos, vêm desenvolvendo uma série de pratos à base de carne de frango que serão lançados sob a marca Jamie Oliver.

O lançamento está previsto para junho e deve alcançar todas as redes supermercadistas europeias. A Moy Park pertence à brasileira Marfrig que, por aqui, tem a sua marca (Seara) atrelada ao time de futebol brasileiro de maior destaque no momento – o Santos de Pelé e de Neymar.

Chef britânico aliou seu nome ao frango

produzido pela Moy Park

Cade aprova acordo entre BRF e Marfrig

Troca de ativos

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou

no dia 23 de maio, por unanimidade, o acordo para a troca de ativos entre a BRFoods e a Marfrig. Com o aval da autoridade antitruste, o Marfrig ficará com o bloco de ativos que a BRF teve de colocar à venda como condição imposta pelo Cade para sua criação, a partir da incorporação da Sadia pela Perdigão. Em troca, a BRF receberá da Marfrig os ativos relacionados à marca Paty na Argentina e o pagamento de R$ 350 milhões. As informações par-tem do Valor Econômico.

Com os novos ativos, a Marfrig deve elevar sua fatia no mercado brasi-leiro de industrializados de carne de 9% para 21%, criando um concorrente de peso para a própria BRF, conforme esperava o Cade quando firmou o Termo de Compromisso de Desempenho (TCD), no ano passado. Com a operação, a Marfrig espera, ainda, aumentar em R$ 1,7 bilhão por ano seu faturamento líquido, que em 2011 chegou a R$ 21,8 bilhões.

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50% a mais de produção no BRTyson Foods

Em meados de maio, companhia ameri-cana Tyson Foods divulgou que deseja

expandir a produção em três mercados fora dos EUA. Até 2014, a companhia pretende ampliar a produção em 50% no Brasil. Na China, onde a Tyson produz cerca de dois milhões de aves por semana, a empresa tenciona adicionar mais um milhão e chegar à meta dos três milhões. A afirmação veio dos executivos na Conferência do Campo para o Mercado da BMO Capital, em Nova York, e foi divulgada pela Dow Jones.

Em outros mercados, como na Índia, o objetivo é aumentar a produção em 60%.

Os executivos não alteraram suas projeções para o processamento no México, onde a companhia atualmente abate cerca de 2,7 milhões de frangos por semana. No último ano fiscal, a Tyson processou um total de 42,3 milhões de aves por semana.

Tyson quer criar 3 milhões de

frangos até 2014

Valor de mercado da BRF é duas vezes maior

João Sampaio é vice-presidente de relações institucionais

Três anos após a fusão Marfrig

Três anos após o anúncio da união entre Perdigão e Sadia, a empresa

de alimentos resultante, a BRFoods vale hoje o dobro do que eram avalia-das as empresas juntas antes da com-binação. O valor de mercado do negó-cio está próximo de R$ 30 bilhões - o dobro dos R$ 15 bilhões marcados ao fim do primeiro pregão após a Perdigão incorporar o controle da Sadia, em 8 de julho de 2009.

Logo após os compromissos firma-dos com o Cade, em julho, a BRF anunciou os planos de chegar a 2015 com R$ 50 bilhões de faturamento líquido - quase o dobro do que encer-rou o ano passado. Informações noti-ciadas pelo Valor.

Segundo o Valor, o Marfrig confir-mou a nomeação do ex-secretário

de Agricultura de São Paulo, João Sampaio para a vice-presidência de

relações institucionais da companhia. Sampaio será o responsável pela rela-ção da Marfrig com os fornecedores de matéria prima, sejam eles pecuaristas ou produtores de grãos. “O João tem acompanhado o setor, tanto do lado da indústria quanto do produtor”, afirmou Marcos Molina, presidente da compa-nhia para o jornal. Com a nomeação de Sampaio, Molina poderá se concentrar mais no lado operacional da empresa, “que toma muito tempo”. Ex-presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB) e membro do conselho de agro-negócio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Sampaio mediou, durante sua gestão à frente da Secretaria de Agricultura, as negocia-ções entre indústrias e citricultores que culminaram na criação do Consecitrus — e que ainda deve ser aprovado pelo Cade — entidade cuja função será ordenar as relações no segmento.

Ex- secretário João Sampaio agora faz parte

da direção do Marfrig

Notícias / Empresas

GTFoods terá mais quatro condomínios avícolasAmpliação

A lém dos sete em funcionamento, a GTFoods quer concluir mais

quatro condomínios até o fim deste ano. Os complexos têm de 8 a 22 aviários, são administrados por técni-cos e surgem a partir de apostas de investidores nem sempre diretamente ligados ao negócio. Eles entram

numa espécie de consórcio depois de conhecerem os projetos e as oportu-nidades de lucro. A alternativa está abrindo as portas da avicultura para outros setores, avalia o Presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins.

Investidores muitas vezes não são

diretamente ligados ao ramo avícola

Gujão recebe certificado SISBI Na Bahia

A empresa Gujão Alimentos sedia-da em São Gonçalo dos Campos,

BA, recebeu das mãos do Secretário de Agricultura da Bahia e da Superintendente do Mapa o certifica-do Sisbi-POA, Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal, que padroniza e harmoniza os procedimentos de inspeção de produ-tos de origem animal para garantir a inocuidade e segurança alimentar. Durante a solenidade de entrega, o Secretário de Agricultura do Estado da Bahia, Eduardo Salles, ressaltou a importância da avicultura baiana e principalmente o empreendedorismo da Empresa Gujão Alimentos, que

abate 70.000 frangos/dia e está apta a comercializar produtos para todo o Brasil, após receber a certificação.

Com esta certificação, a avicultura baiana demonstra o seu profissiona-lismo, pois são duas empresas baia-nas que obtiveram o Sisbi: Anteriormente o Frigorífico Avigrofora a primeira empresa a rece-ber o Sisbi. A Gujão Alimentos é uma empresa que atua há 25 anos no mercado avícola baiano. Carlos Augusto Pimenta da Silva (que já exerceu a presidência da ABA), e diretores: o Dario Oliveira II (atual Presidente da ABA) e a Joana Moreno (atual Secretária da ABA).

Dario Oliveira Neto II, Carlos Augusto Pimenta da Silva, Eduardo

Sales e Guilherme Vieira

Produção Animal | Avicultura 23

Abastecimento do mercado de farelo entra em discussão

Asgav/Sipargs

A Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) se pronunciou no começo

do mês de maio sobre a solução das dificuldades da Doux Frangosul ao enviar formalmente uma carta para a Secretaria do Desenvolvimento e Pro-moção do Investimento do Rio Grande do Sul (leia mais sobre ao assunto na página 24). Abaixo, uma parte do texto:

“Ao cumprimentá-lo inicialmente, nos dirigimos à V.Exa. na qualidade de representantes da Avicultura do Rio Grande do Sul, onde na oportunidade apresentamos nosso manifesto em relação à solução das dificuldades da Doux Frangosul. Realmente, a situação da empresa preocupava o setor como um todo, e neste sentido, gostaríamos

de enaltecer e registrar a importância da atuação e interação do Governo do RS, que resultou nesta solução comer-cial que redefine de maneira positiva os rumos da Doux Frangosul, automatica-mente tranquilizando e dando plenas condições de valorização para avicultu-ra gaúcha como um todo. Nossa mani-festação tem por finalidade, registrar a importância do Governo do Estado para o Agronegócio Gaúcho, bem como, registrar a capacidade e visão da Empresa JBS de optar por investir em uma Empresa que tem marca consoli-dada no mercado interno e externo, no caso da Frangosul. Assim, fica nosso manifesto positivo e otimista onde aproveitamos para desejar nossos votos de elevada estima e considerações.”

Associações

Mercado externo desacelera e consumo interno cresce

Acav

Mesmo diante das dificuldades, como falta de infraestrutura e

logística, a desvalorização do real, a crise nos países compradores e o alto custo da produção, entre outros, a Associação Catarinense de Avicultura (Acav) preten-de manter as vendas externas e focar simultaneamente no mercado interno. O Presidente da entidade, Clever Pirola Ávila, destaca que a avicultura estadual apresentou um aumento de 3% na produção em relação ao mesmo período no ano passado. No entanto, as exporta-ções não mostraram evoluções significa-tivas, em razão, por exemplo, da redu-ção das importações da Argentina por causa dos ajustes da balança comercial. Em contrapartida, o dirigente destaca que as vendas nacionais continuam sendo uma boa surpresa e prevalece, a seu ver, o diagnóstico obtido no ano passado quando as classes D e E que assumiram papel de consumidores.

O regime cambial também é outro

entrave para o setor catarinense. Ávila relembra que as empresas não possuem muitas alternativas a não ser trabalhar arduamente na redução dos custos já que a competitividade foi afetada pela desvalorização do real. “Como toda indústria exportadora em todos os seto-res, estamos sofrendo com a desvalori-zação do real, perdendo a competitivida-de e criando um dilema cruel: a manutenção dos mercados que conquis-tamos nas últimas décadas a um custo extremamente alto. Acredito que todos conhecem a expressão ‘de posições conquistadas não se abre mão’. Nossas conquistas de 40 anos não podem ser simplesmente abandonadas por esta valorização irreal da nossa moeda, o protecionismo dos países em crise finan-ceira e a necessidade de alguns países exportarem mais”, atesta.

A entrevista completa com o dirigen-te está no Portal AviSite: http://migre.me/9ghv8

24 Produção Animal | Avicultura

Capa

Ordem na casaGrupo JBS assume os negócios de aves da Doux Frangosul no Rio Grande do

Sul e gera boas expectativas a produtores e fornecedores

Produção Animal | Avicultura 25

Uma luz se acendeu no fim no túnel. Os produtores de aves do Rio Grande do Sul,

integrados à unidade brasileira da francesa Doux, presente no País desde 1998, já estavam perdendo as esperanças de receber da empre-sa os pagamentos pelos lotes de frangos produzidos e entregues para o abate. Muitos deles já até ha-viam abandonado a avicultura por conta dos atrasos desses pagamen-tos, que começaram a ocorrer há cerca de três anos e meio. O perío-do mais crítico foi acentuado agora em 2012, quando a Doux Frango-sul não efetuou nenhum pagamen-to aos seus 1,5 mil integrados de frangos e nem aos seus fornecedo-res. Estima-se que as dívidas da Doux Frangosul somariam R$ 466 milhões. Mas o JBS, maior grupo de proteína animal no mundo, chegou como a salvação para estes produtores. A empresa, presidida por Wesley Batista, arrendou os ne-gócios de aves da Doux no Rio Grande do Sul, no mês de maio, e anunciou a quitação dos passivos com os seus produtores até julho, um montante que chega a mais de R$ 33 milhões. Agora, seguros do pagamento, os integrados estão animados para voltar a alojar as aves em suas propriedades. “Esta é uma nova fase”, atestam em coro os produtores. Outros R$ 20 mi-lhões também serão pagos pelo JBS para quitar débitos com prestado-res de serviços.

Com o arrendamento da Doux Frangosul, o Grupo JBS faz a sua es-treia na avicultura brasileira. No exterior, o grupo já atua no seg-mento de aves com a americana Pilgrim’s Pride. Segundo Batista, o acordo de aluguel dos ativos da Doux é válido por um período de 10 anos, com opção de compra. “Com este negócio, o JBS aumenta em 15% a sua capacidade de produ-ção de aves no mundo, passando

para cerca de 9 milhões de cabeças por dia”, revela.

A manobra do arrendamento da Doux Frangosul pelo Grupo JBS está sendo bem vista pelo setor aví-cola. O próprio presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubabaef), o gaúcho Francisco Turra, se mani-festou de forma otimista. “Um gru-po como a Doux, com grande es-trutura, sendo a terceira maior empresa no Brasil em produção e exportação de aves, era importante que uma grande empresa assumis-se para continuar em frente. Esta foi uma grande sacada do JBS. Os produtores podem ficar aliviados não só hoje, pois o projeto é de ex-pansão. É o mesmo que vivenciei há algum tempo em Marau, RS, quando uma empresa quebrou e outra do setor assumiu. Foi só cres-cimento. Quem havia desistido da atividade retornou. Da mesma for-ma, muitos dos que desistiram no caso da Doux Frangosul também voltarão e muitos que ainda não es-tão, virão a integrar com essa nova empresa”, explica Turra.

O arrendamentoO Grupo JBS oficializou o ar-

rendamento dos negócios de aves da Doux Frangosul no dia 4 de maio. A transação inclui a unidade sede da empresa, localizada em Montenegro, e plantas em Caxias do Sul e Passo Fundo. Todas no Rio Grande do Sul. Além dessas, o acor-do ainda inclui a unidade de Caa-rapó, no Mato Grosso do Sul. De acordo com o anúncio do presiden-te do JBS, o grupo investirá R$ 300 milhões no negócio em seis meses, incluindo pagamento de dívidas e capital de giro. A companhia tam-bém vai incorporar os 6 mil fun-cionários da Doux Frangosul no Rio Grande do Sul e em Mato Gros-so do Sul. “Os frigoríficos de aves de Montenegro e Passo Fundo, que estão parados desde abril, voltarão

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Grupo JBS deverá quitar os passivos com os

integrados da Doux Frangosul

até o mês de julho

Wesley Batista, presidente do JBS, deu ânimo aos produtores de aves integrados da Doux Frangosul no Rio Grande do Sul

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26 Produção Animal | Avicultura

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a operar entre os dias 15 e 20 de ju-nho. Antes disto, o JBS vai reativar os alojamentos de pintos com os criadores integrados”, declarou Wesley Batista. Já a planta de Caa-rapó, MS, que vem operando em apenas um turno, retomaria o rit-mo normal a partir de 5 de junho.

Dessa forma, a produção de aves nestas unidades fica assegura-da. A maior produção encontra-se em Passo Fundo (com capacidade de 550 mil frangos por dia), segui-da pela de Montenegro (450 mil), e a de Caarapó (160 mil). Os ativos arrendados pelo grupo JBS incluem ainda fábricas de produtos proces-

sados em Montenegro e Passo Fun-do, com capacidade de 212 tonela-das por dia, além de unidades de produção de ração e incubatórios. Além dessas unidades, o JBS tam-bém assumiu a operação do frigorí-fico de suínos em Caxias do Sul, que está abatendo 3 mil cabeças por dia. A planta está produzindo exclusivamente para a BRF, que já havia tentado adquiri-la, mas foi impedida pelo Conselho Adminis-trativo de Defesa Econômica (Cade) e acabou assinando um contrato de prestação de serviços com a Doux Frangosul. Segundo informações divulgadas, este acor-do será rediscutido com a BRF.

O Grupo JBSOs negócios da família Batista

começaram de forma modesta, com um pequeno açougue, em Anápolis, GO, aberto em 1953 por José Batista Sobrinho, conhecido como Zé Mineiro. Com a ajuda de seus três filhos, Junior, Joesley e Wesley, o patriarca deu origem ao Grupo JBS, denominado Friboi até 2005, cuja receita líquida chegou a R$ 61,7 bilhões em 2011. O Gru-po é hoje um império com ativi-dades nos setores de proteína ani-mal, celulose, couros, produtos de higiene e limpeza e financeiro. No mercado de proteína animal é o maior do mundo, com o controle de empresas como a Swift Foods, Smithfield, Pilgrim’s Pride, Bertin, Vigor e Tasman.

A crise da Doux Frangosul estourou em 2009, depois que a crise internacional derrubou o consumo de carnes no mercado internacional. Desde então, a empresa aumentou o endividamento, passou a atrasar os pagamentos aos integrados (em alguns momentos em até 150 dias além do prazo normal) e várias vezes deixou de entregar ração para os animais. Em 2010, o faturamento bruto foi de R$ 1,5 bilhão, 15% a menos do

que no ano anterior, segundo o último balanço publicado. Apesar de evidente, a Doux Frangosul não se pronuncia sobre sua crise no Brasil. Segundo informações do mercado, os primeiros contatos do controlador da Doux, Charles Doux, com o JBS ocorreram há dois anos. Na época, o francês queria vender os ativos na França e no Brasil, mas o grupo brasileiro não tem interesse em operar no segmento de aves na Europa.

A ladeira da Doux

Arrendamento inclui unidades de Montenegro (foto), Caxias do Sul e Passo Fundo, no RS, e a de Caarapó, MS

Acordo de aluguel dos ativos da Doux Frangosul é válido por um período de 10 anos, com opção de compra

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28 Produção Animal | Avicultura

Eventos

De Chapecó, o melhor da avicultura

A 13° edição do Simpósio Brasil Sul

de Avicultura consolida a

tradição em antecipar

tendências, promover debates

e reunir o setor avícola

Não pode existir melhor palco para debater avicul-tura senão Chapecó, SC.

Situada no oeste do Estado, a cida-de possui a agropecuária como um dos carros chefes da renda municipal. Desde a década de 1940, as produções de alimentos agrícolas e produtos pecuários fa-zem parte da rotina chapecoense. Grandes frigoríficos como a Coo-percentral Aurora e a Sadia movi-mentam dinheiro e empregam a população. Experiência de campo não falta para esses profissionais. Cerca de 62% do PIB de Santa Catarina vem da agropecuária e a avicultura é a principal atividade. Razões fortes o suficiente para fa-zer de Chapecó sede, há 13 anos, do Simpósio Brasil Sul de Avicul-tura. O evento consagrou-se pela programação técnica de qualida-de e a edição de 2012, realizada entre os dias 17 e 19 de abril, comprovou que não é uma mera fama. As palestras discutiram te-

Em homenagem aos primeiros desbravadores que chegaram à Chapecó, o monumento com 14 metros de altura é o cartão postal da cidade

Produção Animal | Avicultura 29

mas relevantes, além de antecipar tendências, promover debates, troca de experiências e oportuni-dades de negócios.

No primeiro dia, as apresenta-ções foram inteiramente voltadas para salmoneloses. “Todos os pa-íses que têm avicultura para atender estão envolvidos e preo-cupados com o problema de sal-monela nos plantéis”, afirmou Ri-cardo Soncini, moderador da programação especial que abriu o ciclo de apresentações. Opinião endossada pelo primeiro pales-trante, Eduardo Correa Muniz, médico veterinário, coordenador Sanitário de Aves na Seara, per-tencente ao grupo Marfrig. “Tive a felicidade de visitar a avicultura de outros países e eu não tenho dúvida que as salmoneloses são um dos maiores desafios dos pato-logistas que trabalham com aves. Dispensam inúmeros recursos fi-nanceiros, portanto, é justificável passarmos meio dia discutindo este assunto”.

Muniz enfatiza a necessidade de focar na “tríade” - agente eti-mológico, hospedeiro e ambiente - para a aplicação das medidas de controle das salmonelas. “Nós focamos nossos esforços no agen-te patológico e minimizamos o fator ambiente. Isso ajuda a co-metermos alguns erros em não prestar atenção em todas as ver-tentes dos problemas (ambiente e hospedeiro)”. Muniz acrescen-tou: tanto a salmonela quanto a E.coli descendem de um ancestral comum e a história se confunde com a própria evolução da vida. Dentro do gênero existem várias doenças que se manifestam de maneiras diferentes e pedem por ferramentas de controle diferen-tes. Esse gênero é representado por um número muito grande de sorovares. “Entre 2004 e 2008, o sorovar mais presente nos plan-

téis brasileiros foi o enteritidis (47% dos casos) e essa porcenta-gem caiu para 9% em 2009. Ou-tros sorovares ocuparam esse es-paço: um deles foi o minnesota (0,96% em 2004 e 2008 para 9% em 2009). Essa dinâmica entre esses diferentes sorovares está re-latada e, muitas vezes, quem pro-voca essas relações somos nós mesmos. A indústria volta sua atenção para certos sorovares e, infelizmente, outros sorovares tomam o lugar dela”.

AberturaÀ noite, durante a cerimônia

de abertura oficial do evento, o presidente do Nucleovet, João Ba-tista Lancini, explicou que, dessa vez, a organização resolveu ino-var. “Buscamos os temas mais re-quisitados pela agroindústria e trouxemos as maiores autoridades para que repartissem nas experi-ências extraídas da nossa realida-de”. E finalizou: “A cada ano, pre-cisamos superar as dificuldades em atender as demandas por no-

Lancini discursa na solenidade de abertura

Os fatores que contribuem para aumento das exportações são o sistema de produção tecnicamente eficiente, o sistema de integração, a capacidade de explorar o potencial produtivo e a rápida adaptação às tecnologias

30 Produção Animal | Avicultura

Eventos

vos temas e inovações tecnológi-cas. Os palestrantes também pre-cisam superar as expectativas de um público cada vez mais exigen-te, em termos de conhecimento”. A palestra motivacional patroci-nada pela Novus “Não sabendo que era impossível ele foi lá e fez”, proferida por Steven Dubner, fundador da ADD, Associação Desportiva para Deficientes, en-cerrou a solenidade.

Dilvo Casagranda, gerente ge-ral de mercado externo da Coo-percentral Aurora compartilhou com o público as previsões para a avicultura brasileira, as próximas características de produção, o posicionamento da indústria, o mercado mundial globalizado e os índices de exportações. De acordo com Casagranda, um le-vantamento do período de 2007 a 2011 mostra que a produção de frango cresceu aproximadamente 20% - ocupando o posto de única proteína animal que apresentou uma pujança. A carne bovina fi-cou estagnada e a suína cresceu a “penas” 10%. Os fatores que contribuem para esse cenário são o sistema de produção tecnica-mente eficiente, o sistema de in-tegração, a capacidade de explo-rar o potencial produtivo e a rápida adaptação às tecnologias. Para Casagranda, a indústria bra-

sileira está seguindo os caminhos certos: está aberta a novas tecno-logias, à automação e às novas variações do mercado. “O merca-do mundial globalizado está tor-nando os setores mais competiti-vos. A divisão por continentes mostra que a América do Norte tem 21% da produção mundial de aves, a América Latina e Cari-be 21%, Ásia 33%, Europa 17%, África 5% e Oceania 3%, o que corresponde a 97 milhões de to-neladas de carne de aves no mundo”. No trade mundial da carne de frango, serão comercia-lizados 10 milhões de toneladas por ano. A fatia brasileira corres-ponde a quatro milhões de tone-ladas exportadas, o que reflete no

crescimento de 3,2%. Em relação ao consumo, o gerente cita Emi-rados Árabes, Kuwait, Barein, Arábia Saudita, Jamaica, Catar e o Brasil. Sobre a exportação de produtos, é enfático: há espaço para vender para todas as partes. “A Europa compra peito de fran-go, a China compra os miúdos e a asa, o Japão, os pés, e o Oriente Médio o frango inteiro”, comen-tou o palestrante. Das exporta-ções, 38% são de frango inteiro (um milhão e 500 mil toneladas), 52% de cortes, 5% de processados e 5% de carne salgada.

MilhoAntônio Mário Penz dispensa

apresentações. Subiu no palanque do segundo dia de palestras com um intuito: alertar os produtores sobre a utilização de ingredientes de má qualidade, o que acarreta em perdas produtivas profundas. Para o engenheiro agrônomo, PhD em Nutrição pela Universidade da Califórnia, nos EUA, é necessário que se “descomoditize” a compra dos macroingredientes das dietas. Estes ingredientes são os mais efi-cientes melhoradores de desempe-nho dos animais. Penz aconselha: o primeiro passo é conhecer os fornecedores e os ingredientes.

Uma das referências dentro da avicultura, Mário Penz discutiu a qualidade dos ingredientes na dieta

A presença de 1200 participantes foi recorde de público do SBSA

Produção Animal | Avicultura 31

Existe uma variação de nutrientes encontrados nos grãos de milho. “Olha que loucura: eu tenho uma variação de proteína bruta (PB) de farelo de soja que vai de 41,8 a 48% em dietas isoenergéticas e isoproteicas. Toda vez que dimi-nuímos uma proteína, diminuí-mos o resultado. Para cada unida-de a menos, eu tenho uma unidade a menos de ganho de peso. Talvez não faça sentido essa briga por dé-cimos de proteínas, mas essa dife-rença vai acumulando e a gente não vai percebendo... e um dia te-mos que pagar a conta”, pontua.

Com o milho, as variações nutricionais também são inevitá-veis, já que os cultivares podem apresentar diferenças em PB e carboidratos. A única maneira de se tirar proveito das diferenças nutricionais dos ingredientes é quando se dispõe de análises imediatas, quando se chega na fá-brica de ração e temos tempo para segregá-los. Para isso, podemos contar com a tecnologia Near In-frared Reflectance Spectroscopy (NIR). Em relação à armazena-gem, Penz deu uma bronca: o Brasil tem 70% da capacidade de armazenagem, 30% fica nos silos.

“Não podemos conviver com isso. Alguém vai comer esse milho. Eu tenho que começar com um pro-cesso de classificação. Existem modos alternativos onde podemos definir a energia desse milho. Cada caminhão vem de um jeito, não vamos amostrar todos. O que eu faço se tenho um milho ruim e não tenho tecnologia para segre-gar? Misturamos tudo”. Para Penz, aí é que começam os problemas mais simples, como o das micoto-xinas. Ao mostrar uma foto de poedeiras com desempenho zoo-técnico baixo, o especialista disse: o milho tinha quase 200 calorias a menos. “O fungo comeu essa

caloria. Temos que fazer nossa li-ção de casa, queremos a uniformi-dade de processo e as pessoas di-zem que dois milhos com uma variação enorme é natural. Na in-dústria automobilística não acon-tece isso. Não podemos conviver com essa variação louca”.

A próxima edição do Simpósio Brasil Sul de Avicultura acontece dos dias 09 a 13 de abril de 2013. Para o ano que vem, a expectativa da organização é bater o número de inscritos nessa edição: foram 1200 participantes, um recorde de público. Sinal que o evento está mais do que consolidado na ca-deia avícola.

Palestrante Steven Dubner e João Batista Lancini

32 Produção Animal | Avicultura

AviGuia: produtos, serviços e empresas

Mais uma arma

Ceva lança vacina contra Newcastle

Maio marcou o lançamento da Vectormune HVT-NDV, vaci-

na viva que garante o controle da Doença de Newcastle (NE) com somente uma dose no incubatório, em três cidades do Brasil: Maringá, PR, Indaiatuba, SP, Pará de Minas, MG. Anteriormente, o produto tinha sido lançado em Recife, PE. O programa técnico contou com a presença de Marcelo Paniago,

gerente técnico da Ceva na Ásia onde a NE é endêmica em diversos países. Na sequência, Luiz Sesti, Gerente Técnico Internacional da Ceva apresentou as características e utilização da vacina e Carlos Kneipp mostrou os resultados de campo coletados nos plantéis vacinados com o produto.

De acordo com Sesti, a nova vacina possui vantagens como con-veniência (melhor controle no pro-cesso de vacinação no incubatório), segurança (ausência de excreção de vírus vacinal de Newcastle e redu-ção do vírus circulante), eficácia (longa duração da imunidade) e desempenho e performance econô-mica (ausência de reação respirató-ria pós-vacinal e melhoria de 3,25% no índice de eficiência produtiva).

Sobre a doença No dia 15 de maio, a Ceva reu-

niu dezenas de especialistas, pes-quisadores e consultores do setor avícola brasileiro, em Campinas, SP, para debater sobre os riscos

existentes no Brasil em relação à Doença de Newcastle. Atualmente, a enfermidade está controlada e a vacinação é realizada somente em determinadas regiões, como o Nordeste e parte da região Sudeste do país. No entanto, segundo os especialistas presentes no debate, a Doença de Newcastle na forma velogênica está presente de manei-ra endêmica em vários países do mundo e uma das consequências principais diante de um surto é o bloqueio das exportações.

Trata-se de um risco que o Brasil, sendo o maior exportador de carne de frango do mundo, poderia minimizar se a vacinação no país fosse intensificada. Para o consultor Ricardo Soncini, esse seria o momento mais adequado de unir a cadeia para um debate sobre os riscos da doença, já que a Ceva está disponibilizando novas alternativas para o controle. Co-nheça as outras vantagens da Vec-tormune HVT-NDV em: www.cevabrasil.com.br.

Público durante evento em Campinas

Luiz Sesti e Paulo Lourenço durante lançamento da Vectormune HVT-NDV

Produção Animal | Avicultura 33

Leia as últimas notícias sobre as empresas do setor em www.avisite.com.br

Cobb-Vantress investe no Brasil

Investimento

A empresa de genética avícola controlada pela americana Ty-

son Foods, Cobb-Vantress, vai inves-tir cerca de R$ 35 milhões para am-pliar seu parque produtivo no Brasil. Com 75% do mercado nacional de reprodutoras (matrizes) de frangos, a divisão brasileira da Cobb-Vantress

iniciou a construção, em Itapagipe (MG), de sua mais nova granja que ajudará a transformar o país em importante plataforma de exporta-ções.

Quando estiver concluída, a gran-ja de avós de Itapagipe, a 11ª unida-de da Cobb, será responsável por 8%

do total de matrizes alojadas no país, cerca de 3,5 milhões de aves, afir-mou ao Valor Econômico, o diretor--geral da empresa no país, Jairo Arenázio. A unidade deve entrar em operação dentro de 18 meses, se-gundo o executivo. Mais sobre a empresa: www.cobb-vantress.com.

Pfizer investe no Piauí

Projeto Jovem Produtor

Resultado de uma parceria com a Pfizer e a ONG Care Brasil, o

Projeto Jovem Produtor completa seis anos colhendo resultados positivos. Além de possibilitar a geração de trabalho e renda de uma forma sus-tentável para jovens do Piauí, a inicia-tiva tem contribuído para a melhoria da alimentação dos pequenos municí-pios da região e para a redução da evasão de pessoas para as zonas urba-nas. E para

comemorar, foi inau-gurado a Unidade de Beneficiamento de Aves e Suínos em Pedro II, município distante 205 quilôme-tros da capital piauiense no início de maio. Saiba mais sobre a empresa e o projeto: www.pfizer-saudeanimal.com.br.

Projeto Jovem Produtor: seis anos ajudando o Piauí a crescer

Novos colaboradores da Aviagen reforçam equipe

Contratações

A Aviagen América Latina aumen-tou recentemente o seu quadro

de colaboradores, contratando três novos profissionais: Marco Aurélio Romagnole de Araújo, Jonivan Palos-chi e Ed Wilson Fava. O veterinário Marco Aurélio Araújo é o novo Ge-rente de Serviços Técnicos da Avia-gen América Latina, com foco no Brasil, Paraguai, Uruguai e Bolívia. Já Jonivan Paloschi foi contratado como novo Gerente de Produção.

Zootecnista, com mestrado em Pro-dução Animal, trabalhou anterior-mente na Sadia, Frangosul e Hygen. Ed Wilson Fava também é uma apos-ta da empresa. O profissional vai ocupar o cargo de Gerente de Sus-tentabilidade, Recursos Humanos e Meio Ambiente. “É com grande prazer que farei parte desta equipe, líder mundial em genética de aves”, comenta Ed Fava. Mais sobre a Avia-gen: www.aviagen.com.

Ed Fava e Jonivan

Paloschi são os novos

colaboradores

34 Produção Animal | Avicultura

AviGuia: produtos, serviços e empresas

XIII SBSA

Yes oferece palestra sobre MOS

A utilização de mananoligossaca-rídeos (MOS) foi tema de pales-

tra oferecida pela Yes no XIII Simpó-sio Brasil Sul de Avicultura que aconteceu em Chapecó, SC (17 a 19 de abril). O pesquisador Alex Mayor-ca apresentou as vantagens econô-micas da utilização de MOS na ali-mentação das aves, e o equilíbrio da flora intestinal, que melhora a imuni-dade e a redução da mortalidade dos animais. Como uma opção para os avicultores, a Yes oferece o aditi-vo YES MOS extraído da parede celular da levedura Saccharomyces cerevisiae. O produto melhora a disponibilidade de energia dietética por diminuir o pH intestinal. Para saber mais sobre os produtos da empresa, acesse o www.aviguia.com.br ou o site www.yes.ind.br.

Em Chapecó, SC

Agroceres Multimix discute micotoxinas

O impacto das micotoxinas também foi tema de apresentação durante

os dias do XIII Simpósio Brasil Sul de Avicultura, em Chapecó, SC. O professor da Universidade Federal de Santa Maria, UFSM, Carlos Mallmann, convidado pela Agroceres, destacou o impacto que as micotoxinas causam na avicultura. Ou-tros temas abordados na palestra foram: avaliação dos adsorventes de micotoxi-nas e também os fatores de contamina-ção na avicultura.

Através do site www.agroceresmulti-mix.com.br é possível saber mais sobre a empresa e os trabalhos desenvolvidos.

Novus

Nova assistente técnica ressalta crescimento

Apesar de ser a nova assistente técnica da Novus do Brasil, a

zootecnista Raquel Araújo já faz parte do corpo colaborador da empresa há quase um ano e meio. Para Raquel, fazer parte da equipe da Novus é uma experiência gratificante. “Vejo na

empresa um momento positivo de crescimento no Brasil. Temos alguns produtos já consolidados no mercado, como os oxidantes. Agora vamos investir em novas tecnologias”, com-pleta. Saiba mais sobre a empresa: www.novusint.com.

Raquel Araújo agora faz parte da equipe da Novus do Brasil

Mallmann relembrou quais os impactos das micotoxinas

Produção Animal | Avicultura 35

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No Equador

AB Vista participa de evento

O XV International Poultry Show, evento que aconteceu no mês

de abril em Quito, no Equador, con-tou com a participação do zootecnis-ta Gilson Gomes, da empresa AB Vista. Na ocasião, o profissional mos-trou os benefícios dos produtos foca-dos em fitases e carbohidrases

gerando um avanço significativo de conhecimento e aumento das nego-ciações com outros países, especial-mente América Latina. Seu artigo técnico “Puntos Críticos a ser conside-rados em el uso de enzimas para aves” foi um dos mais debatidos. “Ter a possibilidade de demonstrar nossos

estudos e sermos referência na apre-sentação dos resultados fez o Brasil se destacar dos outros grupos, nos levando a ter muita satisfação do trabalho realizado pela equipe”, relata Gilson Gomes. Para saber mais sobre o evento e também sobre a empresa visite: www.abvista.com

A Vetanco do Brasil estreou no mercado de nutrição avícola

com o produto Early Bird, um suple-mento neonatal que objetiva ofere-cer nutrientes e hidratação aos pintinhos recém-nascidos. O lança-mento aconteceu durante o XIII Simpósio Brasil Sul de Avicultura, realizado em Chapecó, SC, em mea-dos de abril. Na ocasião, a empresa, que comemora 11 anos de atuação no mercado nacional, convidou o pesquisador da Universidade do Arkansas, nos EUA, Guillermo Téllez, um dos envolvidos no desenvolvi-mento do produto. O profissional discorreu sobre a composição do

Early Bird (uma mistura balanceada de vitaminas, minerais, aminoácidos e carboidratos) e mostrou como a coloração e aspectos são atrativos para a ave. Ao estimular a alimenta-ção instintiva dos pintinhos, o uso de Early Bird ajuda a retirá-los do jejum alimentar resultando em aumento do ganho de peso inicial e melhor desenvolvimento. O lança-mento da Vetanco também é um veículo para a administração do próbiotico FloraMax-B11 que possui 11 lactobactérias atuantes na forma-ção da microbiota intestinal. Saiba mais sobre os produtos da Vetanco: www.vetanco.com.br.

Vetanco investe em nutrição neonatal

Lançamento

Early Bird: mistura balanceada de vitaminas, minerais, aminoácidos e carboidratos

Palestra de lançamento contou com grande público

36 Produção Animal | Avicultura

Estatísticas e PreçosEstatísticas e Preços

Produção de pintos de corteMarço/2012498,647 milhões | -5,35%

Produção de carne de frangoAbril/2012996,105 toneladas | -7,68%

Exportação de carne de frango Abril/2012 331,001 toneladas | 1,76%

Oferta interna de carne de frango Abril/2012665,104 toneladas | -11,76%

Alojamento de pintainhas de postura Abril/20127,059 milhões | -1,04%

Desempenho do frango vivoMaio/2012R$ 1,70 | 6,00%

Desempenho do ovoMaio/2012R$ 45,31/cxa | 5,18%

MilhoMaio/2012R$ 26,10/saca | -12,74%

Farelo de SojaMaio/2012R$ 927,00/ton | 57,38%

Produção e mercadoem resumo

Números comprovam que

produção vem desacelerando;

retomada no preço do frango

é esperada

As indicações de desaceleração da pro-dução se confirmam mês após mês. Em

março passado o Brasil produziu 498,6 mi-lhões de pintos de corte, volume 5,35% in-ferior ao registrado um ano antes, em mar-ço de 2011.

O corolário de uma produção em queda por três meses consecutivos foi o fechamen-to do primeiro trimestre do ano com um vo-lume 1,08% menor que o registrado em idêntico período do ano anterior.

Além disso, projetado o volume do tri-mestre para a totalidade do ano, chega-se a acumulado da ordem de 5,933 bilhões de pintos de corte, 5% a menos que o produzi-do em 2011.

Na carne de frango, a produção de abril recuou em relação ao mesmo mês do ano anterior (-7,68%), enquanto as exportações aumentaram (+1,76%), o maior efeito re-caindo sobre a oferta interna que, no mês, apresentou recuo de 11,76% sobre abril/11.

Decrescentes nos últimos três meses, as 665 mil toneladas disponibilizadas no quar-to mês do ano corresponderam ao menor volume de 2012.

O preço do frango vivo, comercializado no interior paulista encerrou o quinto mês do ano da mesma forma como entrou em maio: cotado a R$1,70/kg, mas sempre com negociações a valores inferiores ao que é considerado “preço de referência”.

Mas a esta altura (início de junho), em-bora qualquer projeção seja prematura, já são visualizadas mudanças de mercado ca-pazes de levar à ansiada retomada de preços e, portanto, ao rompimento da longa esta-bilidade atual.

Todas as porcentagens são variações anuais

Produção Animal | Avicultura 37

Produção de pintos de corteNo primeiro trimestre de 2012 o menor volume dos últimos oito trimestres

Evolução mENsal MILHÕES DE CABEÇAS

MÊS 2010/11 2011/12 VAR. %

Abril 497,581 513,028 3,10%

Maio 500,989 536,043 7,00%

Junho 500,788 514,100 2,66%

Julho 512,451 501,880 -2,06%

Agosto 514,822 530,405 3,03%

Setembro 496,915 515,772 3,79%

Outubro 513,130 539,183 5,08%

Novembro 511,532 544,747 6,49%

Dezembro 517,827 550,243 6,26%

Janeiro 499,350 515,465 3,23%

Fevereiro 473,309 469,206 -0,87%

Março 526,847 498,647 -5,35%

Em 3 meses 1.499,506 1.483,318 -1,08%

Em 12 meses 6.065,541 6.228,718 2,69%

Fonte dos dados básicos: APINCO – Elaboração e análises: AVISITE

As indicações de desaceleração da produção se confirmam mês após

mês. Conforme a APINCO, em março passado o Brasil produziu 498,6 milhões de pintos de corte, volume 5,35% infe-rior ao registrado um ano antes, em março de 2011.

Comparativamente ao mês anterior, fevereiro de 2012, o volume produzido aumentou 6,27%. Porém, fevereiro é mês mais curto. E isso considerado, o volume real produzido em março também foi menor que o registrado no mês anterior, apresentando recuo de pouco mais de meio por cento.

O corolário de uma produção em queda por três meses consecutivos foi o fechamento do primeiro trimestre do ano com um volume 1,08% menor que o registrado em idêntico período do ano anterior. Mas isso não é tudo, pois os cerca de 1,483 bilhão de pintos de corte produzidos entre janeiro e março de 2012 estão apenas 3,5% acima do que se pro-duziu dois anos atrás, no mesmo trimes-tre, além de corresponderem ao menor volume registrado nos últimos oito tri-mestres, ou seja, em dois anos.

Projetado o volume do trimestre para a totalidade do ano, chega-se a acumu-lado da ordem de 5,933 bilhões de pintos de corte, 5% a menos que o produzido em 2011. Aceito, porém, o princípio de que a produção do primeiro trimestre é, quase sem exceção, a menor do ano, pode-se prever volume maior que o apontado. Assim, por exemplo, tomando--se como base o comportamento médio dos últimos três anos tem-se volume superior a 6,3 bilhões de pintos de corte, 1% a mais que no ano passado.

No entanto, previsão do gênero é, desta vez, temerária. Porque, em vista das condições enfrentadas no semestre que ora se encerra, o volume do segundo trimestre de 2012 pode ficar abaixo daquele registrado no primeiro trimestre. Assim, a hipótese de uma produção negativa em relação a 2011 não pode ser totalmente descartada.

Produção trimestralBilhões de Cabeças

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1.4001.400

1.500

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2009I II III IV

2010I II III IV

2011I II III IV

2012I II

38 Produção Animal | Avicultura

Estatísticas e Preços

Produção de carne de frangoacumulado em 12 meses fecha primeiro quadrimestre

com a menor variação anual desde 2009

Evolução mENsalMIL TONELADAS

MÊS 2010/11 2011/12 VAR. %

Maio 1.072,142 1.121,019 4,56%

Junho 1.041,178 1.089,220 4,61%

Julho 1.067,354 1.094,724 2,56%

Agosto 1.056,971 1.032,743 -2,29%

Setembro 997,524 1.048,767 5,14%

Outubro 1.070,510 1.104,318 3,16%

Novembro 1.030,498 1.067,411 3,58%

Dezembro 1.112,104 1.138,387 2,36%

Janeiro 1.088,307 1.156,403 6,26%

Fevereiro 950,589 1.051,621 10,63%

Março 1.048,702 1.053,124 0,42%

Abril 1.078,983 996,105 -7,68%

Em 4 meses 4.166,581 4.257,253 2,18%

Em 12 meses 12.614,862 12.953,842 2,69%

Fonte dos dados básicos: APINCO – Elaboração e análises: AVISITE

Baseada na produção anterior de pintos de corte, no mix de carne de

frango exportada e no rendimento médio do frango vivo, a APINCO esti-mou que em abril de 2012 a produção brasileira de carne de frango ficou pró-xima, mas ligeiramente aquém, do milhão de toneladas.

Esta vem sendo ocorrência rara, pois, nos últimos dois anos, foi regis-trada em apenas duas ocasiões: em setembro de 2010, quando o volume produzido foi similar ao de abril pas-sado; e, mais recente, em fevereiro do ano passado; mas o volume real acabou superando o milhão de toneladas.

Mas o fato principal é que em abril passado o volume estimado, de pouco mais de 996 mil toneladas, além de apresentar redução de 7,68% sobre o mesmo mês do ano passado, recuou quase 5,5% em relação ao mês anterior, caracterizando-se como o menor volume produzido em 25 meses.

Como resultado, o total acumulado no primeiro quadrimestre de 2012 soma 4,257 milhões de toneladas, estando apenas 2,18% acima do que foi produ-zido no mesmo período de 2012. A média daí decorrente – perto de 1,065 milhão de toneladas mensais – repre-senta, em um ano, volume global de 12,780 milhões de toneladas, o que, se confirmado, configuraria redução de pouco mais de meio por cento sobre o que o que foi produzido em 2011.

Embora difícil de concretizar, essa hipótese não deve ser ignorada. Pois há um indicador apontando para a possibilidade de uma eventual redução da produção em 2012. Esse indicador é a evolução da produção acumulada em 12 meses que registrou em abril passado o mais baixo nível de variação não só dos últimos 13 meses, mas desde o final de 2009. Pois a tendência atual é de continuidade de declínio. E, no curto prazo, o volume produzido deve ficar negativo em relação ao mesmo período anterior.

11.250

11.500

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12.000

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abr/

11

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12.500

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12.000

12.250

12.500

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11

ou

t/11

no

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mar

/12

abr/

12

Acumulado em 12 meses e variação anual

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7%

8%

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Acu

mu

lad

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m 1

2 m

eses

(m

il / t

)

Var

iaçã

o a

nu

al (

%)

Produção Animal | Avicultura 39

Dados da SECEX/MDIC apontaram que em abril de 2012 o Brasil

exportou pouco mais de 331 mil tonela-das de carne de frango, volume 1,76% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado.

É verdade que, em relação ao mês anterior, março de 2012, o volume exportado apresentou recuo de cerca de 9%. É oportuno lembrar que abril é mês mais curto. E, no caso dos dias úteis a redução foi de 10%. Assim, na prática, os embarques do bimestre praticamente se equivaleram.

O mais importante, porém, é que, excetuado fevereiro, os volumes exporta-dos têm sido superiores aos do mesmo mês do ano passado. Com isso, o pri-meiro quadrimestre do ano foi encerrado com uma expansão de 3,72% em relação a idêntico quadrimestre do ano passado. E o volume total embarcado no período – 1,305 milhão de toneladas – fez com que este tenha sido o melhor primeiro quadrimestre de toda a história do setor.

O volume médio registrado nos pri-meiros quatro meses de 2012 – 326,3 mil toneladas mensais – projeta para o ano embarque total da ordem de 3,915 milhões de toneladas, o que configura-ria redução (de pouco mais de meio por cento) em relação ao que foi exportado em 2011.

É necessário convir, no entanto, que os embarques do primeiro quadrimestre têm sido, com raras exceções, os meno-res do ano. Assim, levando em conta que nos últimos seis anos corresponde-ram a 31,3% do total anual, chega-se a cerca de 4,170 milhões de toneladas, quase 6% a mais que o exportado no ano passado.

Ressalve-se, de toda forma, que o acumulado nos últimos 12 meses registra desempenho mais modesto: apresenta evolução de 1,76% e anda próximo dos 3.990 milhões de toneladas. Ou seja: ainda falta alguma coisa (mas muito pouco) para que se atinjam os 4 milhões de toneladas em 12 meses.

Exportação de carne de frangoa despeito da expansão modesta (+3,72%), o melhor de todos os primeiros quadrimestres

Evolução mENsalMIL TONELADAS

MÊS 2010/11 2011/12 VAR. %

Maio 322,151 338,523 5,08%

Junho 325,272 331,321 1,86%

Julho 360,526 310,874 -13,77%

Agosto 347,921 354,337 1,84%

Setembro 337,637 304,591 -9,79%

Outubro 333,406 335,733 0,70%

Novembro 319,802 358,704 12,16%

Dezembro 315,316 350,252 11,08%

Janeiro 295,398 328,877 11,33%

Fevereiro 296,585 281,674 -5,03%

Março 341,055 363,613 6,61%

Abril 325,263 331,001 1,76%

Em 4 meses 1.258,301 1.305,165 3,72%

Em 12 meses 3.920,332 3.989,500 1,76%

Fonte dos dados básicos: SECEX/MDIC / Elaboração e análises: AVISITE

Acumulado em 12 mesesMil Toneladas

2012Jan

3.97

6

Fev

3.96

13.

961

Mar

3.98

43.

984

Abr

3.98

9

3.92

0

Abr

3.92

0

Mai

3.93

73.

937

3.94

3

Jun

3.94

3

Jul

3.89

33.

893

3.90

0

Ago

3.90

0

Set

3.86

63.

866

3.86

9

Out

3.86

9

3.90

8

Nov

3.97

6

3.90

8

Dez

3.94

3

2011

40 Produção Animal | Avicultura

Estatísticas e Preços

oferta interna de carne de frangoDisponibilidades recuam, mas formação de

estoques impede reativação do mercado

Como a produção de abril recuou em relação ao mesmo mês do ano

anterior (-7,68%), enquanto as exporta-ções aumentaram (+1,76%), o maior efeito recaiu sobre a oferta interna que, no mês, apresentou recuo de 11,76% sobre abril/11.

Decrescentes nos últimos três meses, as 665 mil toneladas disponibili-zadas no quarto mês do ano correspon-deram ao menor volume de 2012. Assim, enquanto nos últimos dois anos a expansão da oferta interna foi explosiva, em 2012 apresenta crescimento apenas vegetativo, mal acompanhando o cresci-mento da população. Então, por que o frango não reage?

O AviSite abordou essa questão em matéria de maio passado, breve-mente reproduzida nesta edição à página 9. Mas talvez seja possível sim-plificar ainda mais a questão utilizando o gráfico abaixo e lembrando que, independente das variações mensais e sazonais, o consumo se mantém den-tro de uma média que, em circunstân-cias normais e supondo-se que seja continuamente crescente, se amplia lentamente em função do aumento vegetativo da população e da agrega-ção de novos consumidores.

Dessa forma, supondo-se que o consumo mensal ande pela casa das 720 mil toneladas, toda produção excedente se transformaria em esto-que repassado para o mês seguinte. Assim, em nove dos últimos treze meses pode ter ocorrido formação de estoques que, acumulados, neutraliza-ram eventual redução da oferta.

Contava-se, ainda, que em maio passado a oferta estaria mais ajustada à demanda, o que – enfim! – propor-cionaria a aguardada adequação do mercado. Mas o aumento de produti-vidade observado no mês em função da queda das temperaturas também terminou por neutralizar a menor oferta. Espera-se que junho propor-cione melhores resultados.

Evolução mENsalMIL TONELADAS

MÊS 2010/11 2011/12 VAR. %

Maio 749,991 782,496 4,33%

Junho 715,906 757,899 5,87%

Julho 706,828 783,850 10,90%

Agosto 709,050 678,406 -4,32%

Setembro 659,887 744,176 12,77%

Outubro 737,104 768,585 4,27%

Novembro 710,696 708,707 -0,28%

Dezembro 796,786 788,135 -1,09%

Janeiro 792,908 827,526 4,37%

Fevereiro 654,004 769,947 17,73%

Março 707,647 689,511 -2,56%

Abril 753,720 665,104 -11,76%

Em 4 meses 2.908,279 2.952,088 1,51%

Em 12 Meses 8.694,527 8.964,342 3,10%

Fonte dos dados básicos: APINCO e SECEX/MDIC / Elaboração e análises: AVISITE

2012Jan

800,

832

Fev

796,

497

796,

497

796,

497

Mar

667,

269

667,

269

Abr

665,

10475

3,72

075

3,72

0

757,

254

757,

254

757,

899

757,

899

758,

565

Abr Mai Jun Jul Ago

656,

522

Set Out Nov

744,

176

744,

176

744,

176

743,

792

708,

707

Dez

800,

832

800,

832

762,

711

2011

Oferta real Volume nominal mensalajustado para mês de 30 diasMil toneladas

Produção Animal | Avicultura 41

Levantamento efetuado pela UBABEF mostra que em abril passado foram

alojadas em todo o País perto de 7,060 milhões de pintainhas destinadas à pro-dução de ovos de consumo, três quartos delas representadas por linhagens pro-dutoras de ovos brancos. O total alojado correspondeu a uma redução de 1,04% sobre o mesmo mês do ano passado e de 3,19% sobre o mês anterior.

Permanecendo acima dos 7 milhões de cabeças pelo segundo mês consecu-tivo, o alojamento atual faz com que o acumulado nos quatro primeiros meses do ano – 27,240 milhões de cabeças – fique 5,23% acima do acumulado em idêntico período de 2011, índice sem dú-vida elevado para as condições econô-micas atuais.

Isso não aparece quando se projeta o alojamento atual para todo o exercício de 2012. Assim, tomada a média mensal do quadrimestre – 6,810 milhões de ca-beças – tem-se para a totalidade do ano volume da ordem de 81,720 milhões de pintainhas de postura, quantidade que, se confirmada, representa aumento de não mais que 2,7% sobre 2011 – expan-são, sem dúvida, palatável.

Considerando-se, porém, que o alojamento do primeiro quadrimestre é, historicamente, o menor do ano, pode-se contar com um volume global maior que o apontado na projeção aci-ma. Ou, adotando o índice citado, algo em torno de 83,7 milhões de pin-tainhas de postura.

Nos 12 meses encerrados em abril de 2012, volume acumulado e índice de expansão anual foram relativamen-te menores. O total de pintainhas alo-jadas somou 80,9 milhões de cabeças e o incremento anual ficou em 0,78%. Mas, considerado o índice médio de incremento observado entre janeiro e abril deste ano, superior a 2%, essa si-tuação tende a mudar no curto prazo, resultando na formação de um poten-cial de produção bem superior ao exis-tente atualmente.

alojamento de pintainhas de posturaProssegue com grande estabilidade o alojamento de pintainhas de postura

Evolução mENsal(OVOS BRANCOS E VERMELHOS) - MILHÕES DE CABEÇAS

PINTAINHAS COMERCIAIS DE POSTURA % OVO BRANCO

MÊS 2010/11 2011/12 VAR.% 2010/11 2011/12

Maio 6,551 6,474 -1,17% 76,99% 73,28%

Junho 7,156 6,587 -7,96% 78,25% 76,27%

Julho 7,241 6,716 -7,25% 77,20% 76,55%

Agosto 7,193 7,115 -1,07% 76,09% 73,23%

Setembro 6,818 6,935 1,72% 77,35% 75,96%

Outubro 6,595 6,622 0,42% 75,47% 75,52%

Novembro 6,708 6,707 -0,01% 75,07% 74,38%

Dezembro 6,131 6,507 6,12% 72,19% 75,02%

Janeiro 6,613 6,641 0,42% 75,28% 75,68%

Fevereiro 5,586 6,249 11,86% 75,18% 76,54%

Março 6,554 7,292 11,26% 73,14% 75,89%

Abril 7,134 7,059 -1,04% 72,99% 74,73%

Em 4 meses 25,886 27,240 5,23% 74,08% 75,69%

Em 12 meses 80,279 80,904 0,78% 75,48% 75,25%

Fonte dos dados básicos: UBABEF – Elaboração e análises: AVISITE

2012Jan

79,5

77

Fev

80,2

4080

,240

80,2

40

Mar

80,9

7880

,978

Abr

80,9

04

79,5

7779

,577

79,5

77

80,2

4080

,240

80,2

40

79,5

49

DezAbr

80,2

7980

,279

Mai

80,2

0280

,202

Jun

79,6

3279

,632

Jul

79,1

07

Set

79,1

47

Out

79,1

75 79,5

7779

,577

79,5

77

79,5

4979

,549

79,1

75

Nov

79,1

74

79,1

07

79,1

47

79,1

75

Ago

79,0

30

2011

Acumulado em 12 MesesAbr/2011 à Abr/2012Milhões de cabeças

42 Produção Animal | Avicultura

Estatísticas e Preços

Média mensal e variaçãoanual e mensal em treze meses

MÊS. MÉDIA R$/KG

VARIAÇÃO % ANUAL MENSAL

MAI/11 1,60 14,56% -10,27%

JUN 1,62 19,70% 0,76%

JUL 1,77 12,69% 9,41%

AGO 2,08 28,49% 17,65%

SET 1,97 1,87% -5,55%

OUT 1,98 7,73% 0,71%

NOV 2,07 12,18% 4,69%

DEZ 2,11 1,47% 1,57%

JAN/12 1,58 -19,38% -25,11%

FEV 1,60 -20,31% 1,60%

MAR 1,80 -11,28% 12,35%

ABR 1,77 -0,76% -1,45%

MAI 1,70 6,00% -4,17%

Desempenho do frango vivo em maio

Contínua estabilidade de preços marcou o mês

Fonte dos dados básicos: JOX - Elaboração e análises: AVISITE / Obs.: valores finais arredondados, daí eventuais diferenças nos percentuais

FRANGO VIVOEvolução de preços na granja, interior paulista – R$/KG

Média anual em uma década2003 a 2012*

*2012: 01/Jan a 31/Mai

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2003 a 2012*

R$ 1,45R$ 1,45

R$ 1,49R$ 1,49

2005

2006

2007

2008

*2012: 01/Jan a 31/Mai*2012: 01/Jan a 31/Mai

R$ 1,35

R$ 1,16

R$ 1,55

R$ 1,63

R$ 1,63

R$ 1,92

R$ 1,65

R$ 1,69

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Preço relativo no ano em comparação à média mensal de 10 anosPreço em Dezembro do ano anterior = 100

Média 2002/11

2012

100%

91%

88% 90% 95

% 99% 10

5% 109% 110%

107% 10

8%

97%

75%

76%

85%

84%

81%

O frango vivo comercializado no interior paulista encerrou o quinto mês do ano da mesma forma

como entrou em maio: cotado a R$1,70/kg, mas sempre com negociações a valores inferiores ao que é conside-rado “preço de referência”.

Por sinal, o produto chegou a essa cotação antes que o mês começasse. Com isso, no último dia de maio com-

pletou 37 dias de contínua estabilidade de preço, o que poderia sugerir estar em vias de alcançar o recorde anterior registrado recentemente – 53 dias de preço estável em

R$1,80/kg, entre março e abril de 2012.Mas a esta altura (início de junho), embora qualquer pro-

jeção seja prematura, já são visualizadas mudanças de merca-

do capazes de levar à ansiada retoma-da de preços e, portanto, ao rompimento da longa estabilidade atual.

É justo e necessário que essa reto-mada ocorra no mais curto prazo pos-sível pois – verdade seja dita – grande parte do setor está sem condições de permanecer por mais tempo nas con-dições que vêm prevalecendo desde o início do ano – raros momentos de lu-cratividade, insuficientes para cobrir os custos de produção que, em sua essência (matérias-primas) retrocede-ram com o milho mas subiram signifi-cativamente com o farelo de soja, um produto neutralizando o possível ga-nho proporcionado pelo outro.

E se o custo é problema de base, pior ainda é a situação de ponta, a que determina o preço pago ao pro-dutor. Pois ainda que o valor médio recebido em maio tenha sido superior ao de janeiro e fevereiro (dois meses trágicos para o setor), continuou infe-rior ao do bimestre março/abril, até aqui os melhores do ano. Com isso, a média alcançada nos cinco primeiros meses de 2012, da ordem de R$1,69/kg, apresenta recuo de 10% em rela-ção à média de R$1,88/kg registrada em idêntico período de 2011.

Esse índice de perda torna impos-sível fechar o semestre com resultado positivo. Ainda que em junho ocorra boa retomada de preços.

Produção Animal | Avicultura 43

De toda forma – e convindo que 2012 vem sendo desa-fiante para todo e qualquer produto de consumo – o ovo vem apresentando desempenho que se pode considerar nor-mal, como demonstra o gráfico abaixo. Em maio, por exemplo, deveria alcançar um preço médio que, historicamente, corres-ponderia a 103% do valor registrado em dezembro de 2012. Mas seu valor efetivo no mês foi pouco superior a 100% do valor de dezembro, ficando apenas 2,8 pontos percentuais da média histórica.

A tendência, para o mês de junho, é de retomada dos pre-ços. Mas frente à já comentada limitação do poder aquisitivo do consumidor parece ser difícil alcançar os ganhos apontados pela média histórica.

O ovo passou pelo Dia das Mães (um dos melhores momentos de consu-

mo do ano) e atravessou o mês de maio sem conseguir repetir o desempenho do bimestre março/abril, meses em que (com a Quaresma) o produto obteve sua melhor remuneração do ano até aqui. Com isso, encerrou o quinto mês do ano alcançando valor médio 5% superior ao de um ano antes, mas 2% menor que o do mês anterior, abril de 2012. O que, se não foi bom, pelo menos foi bem melhor que o ocorrido em maio de 2011, quan-do o preço do mês retrocedeu 18,5% em apenas um mês.

Isto, aliás, poderia ter se repetido também em 2012. Mas o setor, à vista do que enfrentou na segunda quinzena de abril, agiu rapidamente efetuando maci-ços descartes de poedeiras mais velhas. E isso, combinado com as quedas de tem-peratura registradas no mês, assegurou a estabilidade do mercado, que só não re-munerou melhor o produtor porque, aparentemente, foi alcançada a capaci-dade aquisitiva limite. Ou não?

Qualquer que seja a resposta, o fato é que vem sendo difícil repassar ao pro-duto o aumento de custos enfrentado ou, mesmo, a inflação acumulada no pe-ríodo. Assim, o ovo completou os cinco primeiros meses do ano com um preço médio 1% inferior ao de idêntico perío-do de 2011, enquanto em relação à tota-lidade do ano que passou o ganho foi de apenas 0,3%.

Média mensal e variaçãoanual e mensal em treze meses

MÊS\ANO.

MÉDIA R$/CXA

VARIAÇÃO % ANUAL MENSAL

MAI/11 43,08 10,11% -18,53%

JUN 48,08 16,81% 11,61%

JUL 47,00 24,04% -2,25%

AGO 46,04 23,92% -2,05%

SET 41,52 11,97% -9,81%

OUT 40,72 10,83% -1,93%

NOV 40,17 9,06% -1,36%

DEZ 45,11 16,39% 12,31%

JAN/12 38,35 3,41% -15,00%

FEV 44,71 0,94% 16,59%

MAR 49,07 -0,01% 9,76%

ABR 46,25 -12,53% -5,75%

MAI 45,31 5,18% -2,04%

Desempenho do ovo em maio

No mês, valor médio 5% superior a 2011 e 2% menor que abril/2012

Fonte dos dados básicos: JOX - Elaboração e análises: AVISITE / Obs.: valores finais arredondados, daí eventuais diferenças nos percentuais

OVO BRANCO EXTRAEvolução de preços no atacado paulistano - R$/CAIXA DE 30

DÚZIAS

Média anual em uma década2003 a 2012*

*2012: 01/Jan a 31/Mai

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2003 a 2012*

R$ 39,67R$ 39,67

R$ 34,47R$ 34,47

2005

2006

2007

2008

*2012: 01/Jan a 31/Mai*2012: 01/Jan a 31/Mai

R$ 33,48

R$ 27,48

R$ 39,42

R$ 43,62

R$ 38,63

R$ 44,61

R$ 37,93

R$ 44,75

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Preço relativo no ano em comparação à média mensal de 10 anosPreço em Dezembro do ano anterior = 100

Média 2002/11

2012

110% 114%

104%

103% 11

1%

106%

104%

96%

95% 98

%

110%

88%

85%

99% 10

8%

102%

100%

Estatísticas e Preços

Matérias-PrimasDepois de queda em abril, milho registra aumento

Preço do farelo de soja sobe pelo sexto mês

Fonte das informações: www.jox.com.br

O farelo de soja (FOB, interior de SP) tem novo aumen-to em seu preço, sendo comercializado em maio de

2012 ao preço médio de R$ 927/tonelada, valor 13,74% maior que o de abril passado – R$ 815,00. Na comparação com maio de 2011 – quando o preço médio era de R$589/t – a cotação atual registra aumento de 57,38%.

Valores de troca – Farelo/Frango vivoCom a diminuição do frango vivo em relação à valo-

rização do farelo de soja, em maio de 2012, foram ne-cessários 545,3kg de frango vivo para adquirir uma to-nelada do insumo, significando piora de 15,56% no poder de compra em relação a abril de 2012, quando foram necessários 460,4kg de frango vivo para obter uma tonelada do produto.

Valores de troca – Farelo/OvoDe acordo com os preços médios dos produtos, em

maio de 2012 foram necessárias aproximadamente 23,6 caixas de ovos (valor na granja, interior paulista) para ad-quirir uma tonelada de farelo de soja. O poder de com-pra do avicultor de postura em relação ao farelo caiu na comparação com abril de 2012: piora de 14,05% já que em abril 20,2 caixas de ovos adquiriam uma tonelada de farelo. Em relação a maio de 2011, a piora no poder de compra é de 31,72%, pois naquele período a tonelada de farelo de soja custou, em média, 16,1 caixas de ovos.

O preço do milho registrou leve aumento em maio de 2012. O preço médio do insumo da saca de 60 kg, interior de SP,

fechou o mês cotado a R$ 26,10 – valor 0,38% maior que a mé-dia de R$ 26,00 obtida pelo produto em abril de 2012. A dispa-ridade de preços do milho em relação ao ano anterior permane-ce negativa pelo quarto mês consecutivo. O valor atual é 12,74% menor, já que a média de maio de 2011 foi de R$29,91/saca. .

Valores de troca – Milho/Frango vivoO frango vivo (interior de SP) fechou maio a R$1,70/kg – mé-

dia 4,17% menor que a de abril de 2012. A desvalorização do produto contribuiu para a diminuição do poder de compra do avicultor. Nesse mês, foram necessários 255,9 kg de frango vivo para se obter uma tonelada de milho, considerando-se a média mensal de ambos os produtos em maio. Este valor representa queda do poder de compra de 4,32% em relação ao mês ante-rior, pois em abril a tonelada do milho “custou” 244,8kg de frango vivo.

Valores de troca – Milho/OvoO preço do ovo, na granja (interior paulista, caixa com 30

dúzias), encerrou maio cotado à média de R$ 39,31, diminuição de 2,24% sobre o mês anterior.

Em conseqüência, o poder de compra diminuiu. Em maio foram necessárias 11,1 caixas de ovos para adquirir uma tonela-da do cereal. Em abril foram necessárias 10,7 caixas/t, uma piora de 2,61 % na capacidade de compra do produtor.

44 Produção Animal | Avicultura

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Produção Animal | Avicultura 45

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46 Produção Animal | Avicultura

Ponto Final

46 Produção Animal | Avicultura

O milho no segundo semestre de 2012

João Carlos Garcia é um dos autores desta análise, é agrônomo e doutor em Economia Rural

Dentre os aspectos já definidos, está o ta-manho da segunda safra de milho, que deve ser analisado sob dois ângulos. O primeiro é se a segunda safra será suficiente para cobrir a redução da produção verificada na primei-ra safra. Como não se consegue consumir toda uma safra anual em poucos meses, uma eventual redução na primeira safra, que seja compensada na segunda, tem pou-co efeito sobre os preços no segundo semes-tre, embora o déficit verificado na safra de verão certamente exerça uma influência so-bre os preços no primeiro semestre (quando ainda não se tem segurança sobre a produ-ção a ser obtida na safrinha). Como esta si-tuação está praticamente resolvida para os Estados da região Sul (a produção estimada pela Conab, na primeira e na segunda sa-fras, é cerca de 600 mil toneladas inferior à do ano passado na região), podem-se espe-rar preços semelhantes (talvez um pouco su-periores) aos verificados no segundo semes-tre de 2011 na região. Do ponto de vista dos consumidores, a expectativa de preços está-veis é o que interessa.

O outro ângulo é o que vai acontecer com os preços da super segunda safra do Centro-Oeste. Neste caso, o 1,7 milhão de toneladas a mais, a ser colhido nos Estados de Goiás e Mato Grosso do Sul, pode ser es-coado com certa facilidade, pois está relati-vamente perto dos consumidores de milho do Sudeste e do Sul do Brasil e pode contri-buir para reduzir os preços no segundo se-mestre. O problema é o que vai acontecer com os 12 milhões de toneladas de milho a serem colhidas no Mato Grosso (4,1 mi-lhões de toneladas a mais do que em 2011). Estas quantidades têm um potencial imen-so de fazer um estrago considerável nos

preços do mercado regional (em-bora isto possa ser reduzido com a grande quantidade de milho já comercializada previamente no Estado de Mato Grasso), fato que certamente provocará uma de-manda por intervenção do gover-no federal no mercado, com vis-tas a segurar um pouco os preços. Existem instrumentos que viabi-

lizarão a transferência de parte deste mi-lho para o Nordeste (que, até onde se indi-ca, terá problemas de abastecimento em decorrência de problemas climáticos), po-rém parte considerável deste milho terá que ser exportado.

Agora, vem a parte não definida. A situ-ação de produção no hemisfério Norte se mostra até agora com perspectivas muito favoráveis nos Estados Unidos e na Ucrâ-nia (que penetra cada vez mais no merca-do internacional), porém os preços do mi-lho se encontram em um patamar ainda elevado. Com a recente elevação da cota-ção do dólar frente ao real, as condições para exportação podem se tornar seme-lhantes às do ano passado. Porém, os pre-ços internacionais podem desabar, caso as previsões de colheitas de milho nos países do Norte se tornem realidade.

Se por um lado as condições se mos-tram muito favoráveis (ou potencialmen-te), do lado do consumo as perspectivas são de estabilidade. Em recente avaliação postada no Avisite (“Que volume de frango o Brasil vai produzir em 2012?”, em 15 de maio), a projeção de aumento da produção de carne de aves (que comanda o consumo interno de milho) se mostra modesta, com um incremento na casa de 1,4%, o que di-ficilmente exercerá alguma pressão sobre a quantidade ofertada, que cresce em um percentual muito superior.

De um modo geral, as perspectivas de preços para o segundo semestre se mos-tram favoráveis para os consumidores, pois os aspectos que podem conduzir a preços mais baixos são mais prováveis de acontecer e de magnitude superior do que os de sentido contrário.

Como estarão os preços do milho no mercado interno do Brasil nos próximos meses? Qualquer previ-

são sobre valores inclui a análise de ce-nários possíveis de mercado que incluem aspectos já definidos, como também as-pectos que se encontram em processo de desenvolvimento.

Autores: Rubens Augusto de Miranda e João Carlos Garcia - pesquisadores da Área de Economia Agrícola da Embrapa Milho e Sorgo, de Sete Lagoas, MG

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