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A SAÚDE DA MULHER E A CONTRIBUIÇÃO DE ENFERMAGEM FRENTE A MULHER QUE SOFREU ABORTO 1 Eloisa Salete Bezerra 2 Jaqueline Valeria Ribeiro 3 Fabiana Waterkamp 4 RESUMO: O aborto é um procedimento físico, que provoca um choque no sistema nervoso e pode desenvolver um impacto na personalidade da mulher. Dessa forma, a mulher que sofre aborto, além das dimensões psicológicas, necessita entender a morte de seu filho como uma realidade social, emocional, intelectual e espiritual. A Organização Mundial de Saúde (OMS) entende como aborto a expulsão do concepto com peso inferior a 500 g, ocorre de forma precoce, antes da 13ª semana, e tardia, entre a 13ª e a 22ª semanas de gestação, sendo classificado por sua etiologia como espontâneo ou provocado. O estudo busca verificar os principais fatores de riscos que levam a ocorrência do aborto espontâneo e provocado, a saúde da mulher e a contribuição de enfermagem frente a mulher que passa por esse processo. Dessa forma, a revisão e estudo de literaturas de forma descritiva realizada por meio de pesquisa bibliográfica, contribuindo para o conhecimento sobre a saúde da mulher, a assistência de enfermagem frente a paciente que sofreu aborto, seja espontâneo ou provocado, bem como dos cuidados e das condutas éticas ao atendimento prestado por esses profissionais à mulher em situação de abortamento. O tratamento humanizado pela equipe de saúde, em especial pela enfermagem é fundamental, devendo ser demonstrado por meio do respeito à opção pelo aborto. Palavras-Chave: Saúde da Mulher. Enfermagem. Aborto espontâneo e provocado. INTRODUÇÃO A gravidez é um momento de felicidade, e tem um significado particular para cada mulher, e varia de acordo com a sua estrutura de personalidade e subjetividade, associado ao histórico de vida social e cultural e o momento atual de cada uma. No entanto, o abortamento espontâneo é de processo natural e sem influência de agentes externos, ele provoca na mulher uma perda física e também emocional, porque além do filho que perdeu ela vê seus sonhos e desejos ir embora (BENUTE, et. al., 2009). O aborto é um tema que gera polêmica e discussão, onde consequentemente é um grande problema de saúde pública no mundo, responsável por manter altas _______________________________ 1 Artigo Científico apresentado a Faculdade de Pimenta Bueno-FAP. Como requisito obrigatório para conclusão do curso de Bacharel em enfermagem. 2 Graduanda de Enfermagem da Faculdade de Pimenta Bueno- FAP. Email: 3 Psicóloga Especialista Docente Orientadora de trabalho de conclusão de curso. Email: [email protected] 4 Co-Orientadora: Enfermeira Obstetra Especialista em Unidade terapia Intensiva. E-mail: [email protected]

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A SAÚDE DA MULHER E A CONTRIBUIÇÃO DE ENFERMAGEM FRENTE A MULHER QUE SOFREU ABORTO1

Eloisa Salete Bezerra2

Jaqueline Valeria Ribeiro3

Fabiana Waterkamp4

RESUMO: O aborto é um procedimento físico, que provoca um choque no sistema nervoso e pode desenvolver um impacto na personalidade da mulher. Dessa forma, a mulher que sofre aborto, além das dimensões psicológicas, necessita entender a morte de seu filho como uma realidade social, emocional, intelectual e espiritual. A Organização Mundial de Saúde (OMS) entende como aborto a expulsão do concepto com peso inferior a 500 g, ocorre de forma precoce, antes da 13ª semana, e tardia, entre a 13ª e a 22ª semanas de gestação, sendo classificado por sua etiologia como espontâneo ou provocado. O estudo busca verificar os principais fatores de riscos que levam a ocorrência do aborto espontâneo e provocado, a saúde da mulher e a contribuição de enfermagem frente a mulher que passa por esse processo. Dessa forma, a revisão e estudo de literaturas de forma descritiva realizada por meio de pesquisa bibliográfica, contribuindo para o conhecimento sobre a saúde da mulher, a assistência de enfermagem frente a paciente que sofreu aborto, seja espontâneo ou provocado, bem como dos cuidados e das condutas éticas ao atendimento prestado por esses profissionais à mulher em situação de abortamento. O tratamento humanizado pela equipe de saúde, em especial pela enfermagem é fundamental, devendo ser demonstrado por meio do respeito à opção pelo aborto.

Palavras-Chave: Saúde da Mulher. Enfermagem. Aborto espontâneo e provocado.

INTRODUÇÃO

A gravidez é um momento de felicidade, e tem um significado particular para

cada mulher, e varia de acordo com a sua estrutura de personalidade e subjetividade,

associado ao histórico de vida social e cultural e o momento atual de cada uma. No

entanto, o abortamento espontâneo é de processo natural e sem influência de agentes

externos, ele provoca na mulher uma perda física e também emocional, porque além

do filho que perdeu ela vê seus sonhos e desejos ir embora (BENUTE, et. al., 2009).

O aborto é um tema que gera polêmica e discussão, onde consequentemente

é um grande problema de saúde pública no mundo, responsável por manter altas

_______________________________

1 Artigo Científico apresentado a Faculdade de Pimenta Bueno-FAP. Como requisito obrigatório para conclusão do curso de Bacharel em enfermagem. 2 Graduanda de Enfermagem da Faculdade de Pimenta Bueno- FAP. Email: 3 Psicóloga Especialista Docente Orientadora de trabalho de conclusão de curso. Email: [email protected] 4 Co-Orientadora: Enfermeira Obstetra Especialista em Unidade terapia Intensiva. E-mail: [email protected]

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taxas de mortalidade materna em muitos países em desenvolvimento. Dessa forma,

o aborto induzido ou provocado consiste também em um problema de saúde pública

no Brasil, devido sua ilegalidade levando à prática clandestina, provocando conflitos

sociais, de religião, de cultura, morais e éticos.

A incidência de óbitos por complicações do aborto, de acordo com o Sistema

Único de Saúde (SUS), aproximadamente em torno de 12,5%, ficando na posição de

terceiro lugar entre as causas de mortalidade materna com variações entre os estados

brasileiros (DOMINGOS, 2010).

O processo de abortamento espontâneo não é algo que a mulher está

preparada para vivenciar já que depois da descoberta da gestação ela consegue

imaginar sua vida com seu filho e começa a realização de planos, mesmo aquelas que

não planejaram a gestação (ASSUNÇÃO, 2003).

A incidência do aborto, também costuma provocar, além das possíveis

consequências físicas, consequências psicológicas. Pinto (2003) como crises de

arrependimento, remorso e culpa, e reações psiconeuróticas ou mesmo psicóticas

graves. Também oscilações de ânimo e depressões; choro imotivado, medos e

pesadelos.

A enfermagem deve oferecer tratamento assistencialista de qualidade e

competente desde o momento que ela esteja sendo diagnosticada e medicada, com

base em seu diagnóstico, até sua recuperação. Transmitindo confiança e segurança

ela irá encarar com mais facilidade o que aconteceu e se sentirá mais segura e

preparada para uma futura gestação (ALFARO-LEFEVRE, 2005).

Para Franco, et al. “A atuação do(a) enfermeiro(a) nos casos de aborto, seja

ele espontâneo ou planejado, tem importância significativa para a recuperação da

paciente”, (2009, p.1). Em função das consequências físicas e psicológicas que

podem ocorrer, essas mulheres necessitam de uma atenção especial dos

profissionais de saúde, e como a enfermagem está mais próxima dessas mulheres,

tem maior missão de ajuda-las entender, compreender e o que de fato acontece.

Preconiza-se que no atendimento a essas mulheres os profissionais de

enfermagem promovam uma escuta qualificada, pois o abortamento é considerado

como uma situação de enfrentamento na qual os diversos sentimentos vivenciados

expõem a mulher a um momento de fragilidade pessoal, ressalta (SILVA, 2015).

As consequências emocionais desencadeadas pelo abortamento são muito

particulares, muitas vezes é o final de um sonho, de uma gestação, de uma etapa, e

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uma angústia. Dentro dessa perspectiva, este trabalho preocupa-se em conceituar o

aborto espontâneo e provocado, quais os principais fatores, incidências,

consequências do abortamento, e a contribuição da enfermagem frente a saúde da

mulher que passa por esse processo. O enfermeiro tem oferecido assistência e

acolhimento humanizado as mulheres que sofrem aborto? E qual tem sido sua

contribuição?

Os aspectos metodológicos desse trabalho, foi feito a revisão e estudo de

literaturas na forma descritiva, realizada por meio de pesquisa bibliográfica, com a

utilização de livros, revista, dissertações, sites e artigos científicos para responder a

questão norteadora da problemática levantada e dos objetivos traçados

1 REVISÃO DE LITERATURA

1.1 CONCEITO DE ABORTO

A expressão aborto, que cientificamente, corresponde o produto do

abortamento é popularmente utilizado como sinônimo deste, confundindo‐se, assim,

o significado da ação com o resultado. “O aborto, ou abortamento, seria a expulsão

do concepto antes da sua viabilidade, seja ele representado pelo ovo, pelo embrião

ou pelo feto” Silveira (2016, p. 1).

Segundo Pinto (2003) a palavra aborto vem do latim abortus, étimo que

transmite a ideia de privação do nascimento. Dessa forma, aborto é a interrupção

intencional da gravidez, resultando a morte do nascituro ou nascente.

O abortamento pode ser espontâneo ou provocado, espontâneo ocorre tanto

por fatores físicos ou psicológicos, onde o concepto não se desenvolve e é expulso

do corpo da mãe naturalmente, e essa situação vivenciada pode trazer grandes

frustrações e medo de uma nova gestação. Enquanto o provocado, é quando a

gestante utiliza métodos para induzir ou retirar o feto (SILVEIRA, 2016).

Enquanto Andrade et. al. (2014) conceitua aborto ou abortamento como sendo

morte, com ou sem expulsão do feto antes da 22ª à 28ª semana de gestação, ou

quando o feto pesar menos de 500g. O aborto induzido ou provocado consiste num

problema de saúde pública no Brasil devido sua ilegalidade levando à prática

clandestina do mesmo, gerando conflitos morais, éticos, sociais, legais culturais e

religiosos

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2. INCIDÊNCIA DO ABORTO E SUAS CONSEQUÊNCIAS

Cerca de setenta mil mulheres por ano em todo o mundo morrem em

consequência de abortos espontâneos ou provocados em condições de risco. Mesmo

em países que o aborto já é legalizado, existem mulheres que morrem por causa de

más condições operatórias. Há poucos lugares em que as condições são favoráveis

e não apresentam risco à mulher, além disso, o custo é altíssimo, fazendo com que

muitas procurem métodos mais baratos, porém mais perigosos (MOREIRA, 2007).

Silveira (2016) escreveu que na América do Sul está com o maior índice em

números de abortos realizados clandestinamente por ano, vindo ficando em segundo

lugar a América Central e em terceiro a África. Quando 48% dos abortos realizados

são em meninas de até 19 anos. Enquanto no Brasil, de cada mil adolescentes

grávidas, trinta e duas fazem aborto.

Segundo dados da (OMS), o Brasil lidera os altos índices nas estatísticas sobre

abortamento provocado. No entanto, em todo o mundo, é um índice alarmante

totalizando aproximadamente em quatro milhões por ano. Em um contingente de 36

milhões de mulheres, representando uma em cada nove mulheres brasileiras realiza

procedimento abortivo como meio para interromper a gravidez, quando não foi

planejada (BRASIL, 2005). Representando uma grande discussão para a saúde

mundial.

Aproximadamente entre 9,5% a 29,2% das mulheres que abortam não tinham

filhos, um dado que leva muitos estudos a inferir que o aborto é um instrumento de

planejamento reprodutivo importante para as mulheres com filhos quando os métodos

contraceptivos falham ou não são utilizados adequadamente, levando a incidência de

abortamento por essas mulheres (BRASIL, 2009).

De acordo com o Sistema Único de Saúde (SUS), a incidência no Brasil de

óbitos por complicações do aborto oscila em torno de 12,5%, ocupando o terceiro

lugar entre as causas de mortalidade materna com variações entre os estados

brasileiros, com maior índice nas regiões norte e nordeste (MARIUTTI, et. al., 2005).

O aborto causa sérios danos físicos à mulher que o pratica. Quando é realizado

o procedimento de abortamento, a praticante tem que estar sabendo de todas as

consequências possíveis que irá acompanhá‐la durante o ato e após o processo de

abortamento. No entanto as consequências físicas, dependendo do método usado,

podem ser muito sérias para a mulher, inclusive por ela correr risco de morte. Assim,

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o aborto, quando não determina em morte, pode deixar consequências irreparáveis

no corpo físico e no psicológico (MOREIRA, 2001).

Dependendo do método utilizado, da clínica utilizada, do profissional que irá

realizar o procedimento, essa mulher corre um grande risco como de: Perfurações do

útero, hemorragias, infecções, lesões intestinais, complicações renais e hepáticas

pelo uso de produtos tóxicos, esterilidade e abortos espontâneos em próximas

tentativas de ter outro filho. Porém, quando o aborto é feito em condições boas e

decentes, alguns desses riscos podem diminuir (BENUTE, et. al., 2002).

No Brasil, onde a legislação só permite o aborto intencional e, em poucas

exceções, acaba sendo um conflito de dever estabelecido moralmente, pois o

significado particular de cada gestação faz parte do contexto individual, no qual, por

vezes, a expectativa social da maternidade é vista como vivência maravilhosa, ideal,

e a mãe deve desempenhar seu papel com perfeição (BENUTE, et. al., 2002).

A violação das leis sociais e morais, resultam em conflitos internos nos quais

uma das saídas é a própria culpa, pois estes conflitos exigem que a mulher desperte

e reorganize a consciência. Para tanto, Benute et. al. (2006) afirma que no aborto por

anomalia fetal letal, a autorização judicial ameniza o sentimento de culpa, conferindo

ao casal, ou para a mulher quando assume o ato sozinha, também sentimento de

adequação social. O abortamento pode ser provocado quando a interrupção da

gravidez é decisão transformada em alguma ação com essa finalidade, ou

espontâneo, quando a perda do feto não é consequência de manipulação voluntária.

Segundo Perez (2016) também pode sofrer danos psicológicos graves, onde

muitas mulheres acabam ficando com a autoestima baixa, perdem o desejo sexual,

passam a ter comportamentos autodestrutivos e entram em uma profunda depressão.

Além disso, ainda existe bastante preconceito para com a mulher que pratica o aborto,

causando assim sérios danos aos relacionamentos sociais desta mulher.

Segundo Pinto (2003) as consequências psicológicas para a mãe levam a

queda na autoestima pessoal pela destruição do próprio filho, frigidez perda do desejo

sexual, aversão ao marido ou ao amante, culpabilidade ou frustração de seu instinto

materno, desordens nervosas, insônia, neuroses diversas e doenças

psicossomáticas.

Outra consequência do aborto é o fator social, quando este interfere no

relacionamento interpessoal, frequentemente, ficando comprometido depois do aborto

provocado. Entre os esposos ou futuros esposos: Antes do matrimônio: muitos jovens

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perdem a consideração ou o respeito pela jovem que abortou, diminuindo a

possibilidade de casamento; depois do casamento: hostilidade do marido contra a

mulher, se não foi consultado sobre o aborto; hostilidade da mulher contra o marido

se foi obrigada a abortar, deixando grandes consequências, no meio da família

(PINTO, 2003).

3. A CONTRIBUIÇÃO DO TRABALHO DE ENFERMAGEM EM RELAÇÃO AS MULHERES QUE SOFRERAM ABORTO

Ao entrar no século XXI, a questão sobre o aborto ainda constitui um grave e

sério problema na saúde pública, pois é um dos temas que gera maior polêmica,

quando envolvem a área da saúde da mulher e, especificamente, o alto índice de

mortalidade materna e infantil. Trata-se de um assunto grave e atual que promove

diferentes opiniões entrando em posições e conflitos pessoais, culturais, religiosos e

sociais (DOMINDOS, 2010).

Enfermagem, o exercício profissional inclui a atuação do enfermeiro na

promoção da recuperação da saúde e reabilitação das pessoas, tendo como base

princípios legais e éticos. Soares, et. al. (2012) escreveu que o exercício profissional

deve resguardar o respeito à dignidade e aos direitos da pessoa humana em todo o

seu ciclo vital, sem discriminação de qualquer natureza.

É de grande importância que a equipe de enfermagem, saiba identificar

algumas das principais informações sobre o aborto espontâneo na vida da mulher, a

equipe deve planejar e realizar com cuidado humanizado para minimizar alguns dos

danos que possa vir acontecer.

A qualidade da atenção pelo profissional de enfermagem, precisa de um

espaço integrado e sinérgico com todos os níveis gestores para que ofereça serviços

que garantam um bom acolhimento, que tenha todas as informações necessárias

sobre o aborto, também o aconselhamento, e fundamental os recursos humanos que

é a competência profissional de enfermagem, como a tecnologia adequada e

disponível e relacionamento pessoal pontuado no respeito à dignidade e

procedimentos humanizados (DOMINGOS, 2010).

Algumas das contribuições do profissional da enfermagem frente a mulher que

sofreu aborto, seja espontâneo ou provocado como afirma Monteiro (2016) observar

o sangramento; as dores são provocadas pelas metrossístoles, fulgazes,

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intermitentes; solicitar repouso relativo; proibição absoluta do coito, enquanto perdurar

a ameaça; procurar tranquilizar a paciente; administrar substâncias antiespasmódicas

e analgésicas; ainda manter a paciente em repouso e aquecida; verificar e registrar

os sinais vitais; observar e registrar o sangramento vaginal e comunicar ao médico,

caso a paciente apresente sinais de choque.

Dessa forma, o processo de enfermagem possibilita planejar e abordar uma

assistência de qualidade, mas, para isso basta ter o conhecimento e capacitação para

oferecer um atendimento de qualidade e satisfatório tanto para o paciente quanto para

a sua família. Então, a mulher que passou pelo processo de abortamento ter uma

assistência de qualidade, pode fazer toda a diferença, tanto física quanto psicológica

e social. É fundamental que o atendimento seja realizado por profissionais que

estejam capacitados a lidar com esse tipo de paciente, possibilitando o cuidado

necessário que a mulher precisa desde o cuidado técnico até psicológico (MARIUTTI,

2005).

Precisando estar apto a cuidar desta mulher, conhecer suas alterações físicas

e emocionais de forma a auxiliá-la na hospitalização como no desenvolvimento de

ações educativas de contracepção e de promoção da saúde para famílias e clientes

em escolas, instituições de saúde e comunidade em geral (PERES, et. al., 2016).

O profissional de enfermagem precisa buscar entender a história da paciente

de acordo com suas limitações, é através da confiança e assistência prestada que o

profissional conseguirá ajudar da melhor maneira possível, pois entendendo os fatos

o que levou ao abortamento. Dentro desse contexto é fundamental que passe

confiança e credibilidade para a paciente, realizando assim, um bom trabalho com

essas mulheres. Realizando um trabalho de qualidade, não tem que está só nas

ações, na parte prática e técnica mais sim, no saber agir no cotidiano, nas práticas

vivenciadas (MARIANA, et. al., 2007).

A equipe de enfermagem tem como papel educar e orientar. Para que ocorra

um trabalho assistencial de qualidade à mulher, os profissionais necessitam estar

integrados quanto aos aspectos técnicos, éticos e legais do aborto, evitando-se o

julgamento e o preconceito. A comunicação é um instrumento fundamental para uma

educação efetiva, representando a base de sustentação das ações de enfermagem,

e é apresentada nos aspectos éticos profissionais e jurídicos da Atenção Humanizada

ao Abortamento (BRASIL, 2011).

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É fundamental, ter um olhar voltado para os direitos humanos, sobretudo,

acreditar na construção do protagonismo das mulheres em busca da conscientização

e do exercício dos seus direitos. Essa perspectiva favorecerá a produção da

cidadania, da autonomia, e de relações mais justas entre homens e mulheres,

influenciando positivamente os modos de compreender e buscar a saúde da mulher

como um todo.

É importante e necessário não esquecer que a mulher é um ser humano que

com todas as emoções aflora e que está sofrendo, não fazendo julgamentos próprios,

mas sim, procurar realizar o procedimento de forma humanizada. Pois, todas as

mulheres devem ter acesso e orientação aos métodos anticoncepcionais eficazes.

Tornando-se essencial um trabalho com responsabilidade e competência e

humanizada, onde priorize todos os aspectos dessa paciente, sejam culturais, sócias

ou educativos. (LIPINSKI, et. al. 2000).

De acordo com, Mariana, et. al. (2007, p. 7), “a finalidade é proporcionar

assistência de qualidade a essas mulheres, conscientizando-as, informando-as e

ajudando-as numa situação que não tem retorno”. A enfermagem precisa trabalhar

com essa mulher para que ela consiga aceitar o fato acontecido para que lá na frente

quando se deparar com uma possível gestação seja tranquila e sem medo de uma

nova perda.

Dentre as principais causas de gestações não planejadas que culminam em

aborto induzido, destaca Strefling, et. al. (2015, p. 170) “as necessidades insatisfeitas

de planejamento familiar e as precárias condições de atenção à mulher nos serviços

de saúde”. Em vista disso, considera-se importante que os profissionais de saúde, em

especial a enfermagem, que proporcionem um atendimento responsável e satisfatório

à mulher que sofreu aborto, que precisa do atendimento hospitalar. Dessa forma, faz-

se necessários ações de promoção da saúde e interação a fim de promover a

autonomia da mulher, prevenir a reincidência de gestações não planejadas, qualificar

o cuidado e contribuir na redução da demanda e dos custos destinados ao tratamento

do processo abortivo.

De acordo com Silva et. al. (2015, p. 457) “A escuta é considerada uma forma

de acolhimento, que faz parte de um tratamento digno e respeitoso oferecido à

mulher”. A atenção às necessidades psicossociais da mulher que passa por um aborto

seja espontânea ou provocado permite um cuidado integral, contemplando o

atendimento humanizado. Nesse contexto, a equipe de enfermagem possui um

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importante papel pois, geralmente, é quem recebe a mulher no centro obstétrico e a

acompanha nos procedimentos e recuperação clínica.

Portanto, neste momento a escuta qualificada caracteriza-se como um

instrumento fundamental de contribuição ao atendimento humanizado. Nesse sentido,

aconselha-se ao profissional de enfermagem a adoção de abordagens comunicativas

que respeitando a autonomia das mulheres que abortaram e seu poder de decisão,

procurando estabelecer uma relação de confiança no atendimento à mulher em

processo de abortamento vai ao encontro da atenção humanizada e qualificada

(SILVA, et. al., 2015).

O profissional precisa saber identificar isso, apesar de ser algo que muitas

vezes não precisa de nenhuma conversa para saber que essa mulher sofre com que

esta vivenciando e tem muito medo de possíveis consequências, como não poder

mais engravidar ou até mesmo ficar ansiosa para querer uma nova gestação ou ficar

se culpando pelo o que aconteceu (ASSUNÇÃO, 2003).

4 METODOLOGIA

Os aspectos metodológicos utilizados neste trabalho foram, a revisão de

estudos em literaturas, por meio de pesquisa bibliográfica com a utilização de livros,

revista, dissertações, sites e artigos científicos, publicados entre o ano de 2000 até

2016. Foi realizada de forma descritivo para responder questão norteadora da

problemática levantada e dos objetivos traçados sobre a questão da saúde da mulher

e a assistência de enfermagem frente a mulher que sofreu aborto espontâneo, as

palavras chaves usadas foram, enfermagem, aborto espontâneo, provocado e Mulher.

O estudo foi complementado por uma pesquisa bibliográfica, centrada nas

contribuições teóricas de vários autores : Assunção (2003); Benute (2009); Brasil

(2009); Mariana (2007); Mariutti (2005); Peres (2011); Santos (2008); Silva (2015) e

Strefling (2015), SILVEIRA (2016) que realizaram estudos sobre assuntos como, a

saúde da mulher, abortamento espontâneo e provocado, atenção humanizada ao

abortamento, aborto e saúde pública no Brasil, complicações de aborto, atenção à

mulher em processo de abortamento induzido: a percepção de profissionais de

enfermagem, o cuidado de enfermagem na visão de mulheres em situação de

abortamento e obstetrícia diagnóstico e tratamento.

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As publicações encontradas foram organizadas como pesquisa de revisão e,

posteriormente, categorizadas de forma descritiva. Segundo Souza (2007) a revisão

bibliográfica será feita mediante análise acurada da literatura aplicada, extraindo-se

os pontos relevantes ao tema explicitado, com o fim de justificar as ações

apresentadas.

Conforme Andrade (2005, p. 49) a pesquisa descritiva “é onde os fatos são

observados, registrados, analisados, classificados e interpretados, sem ao menos que

o pesquisador provoque interferência nos mesmos, ou seja, eles são estudados e não

manipulados pelos pesquisadores”. Para Marconi e Lakatos (2002) toda pesquisa

deve basear em uma teoria, que serve como ponto de partida para investigação bem

sucedida de um problema. A teoria, sendo instrumento de ciência, é utilizada para

conceituar os tipos de dados a serem analisados.

A coleta e o registro de dados são momentos imprescindíveis para a pesquisa,

pois através dela que o pesquisador irá elaborar seu trabalho. Assim sendo, após

escolher o tema da pesquisa, o próximo passo é a leitura de vários materiais

bibliográficos, e neste momento da leitura, será destacada toda a informação

pertinente à pesquisa (RICHARTZ, 2010).

Para tal pesquisa de cunho bibliográfica, a técnica escolhida para coleta e

registro de dados por meio de fichamento, que segundo Richartz (2010) consiste em

registrar em fichas anotações importantes oriundas das leituras para a descrição da

pesquisa.

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Demostrou-se por meio de estudos a temática sobre a saúde da mulher,

abortamento espontâneo e provocado, atenção humanizada ao abortamento pelo

profissional de enfermagem. Dessa forma, levou a compreensão que o aborto ainda

é uma prática clandestina que carrega a marca da reprovação da sociedade (TOCCI,

2003).

Preocupou-se em conceituar o aborto espontâneo e provocado, tendo como os

principais fatores, incidências, consequências do abortamento, e a contribuição da

enfermagem frente a saúde da mulher que passa por esse processo. Verificou-se, que

o ato do aborto representa um desgaste, tanto no quesito psicológico, como físico e

emocional da mulher, capaz de trazer sérios problemas, que podem ser vivenciados

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de formas bem diferentes por cada mulher acometida, sendo o aborto espontâneo ou

provocado (BRITO, 2012).

É importante frisar a dificuldade em calcular sobre a incidência de abortamentos

em uma população visto que um considerável número das perdas ocorre antes

mesmo de o diagnóstico de gravidez estar estabelecido. Quanto ao aborto

espontâneo, a boa parte deles é resultado de um feto com poucas chances de

sobrevivência até o final da gravidez ou que não se encontra em desenvolvimento

saudável (BRITO, 2012)

Enquanto as consequências sociais do aborto provocado, fica comprometido o

relacionamento interpessoal, entre os esposos ou futuros esposos: antes do

matrimônio, muitos jovens perdem a estima pela jovem que abortou, diminuindo a

possibilidade de casamento; depois do casamento: hostilidade do marido contra a

mulher, se não foi consultado sobre o aborto; hostilidade da mulher contra o marido

se foi obrigada a abortar, podendo complicar seriamente a estabilidade familiar

(PINOTTI, 2007).

É fundamental que o enfermeiro desenvolva um trabalho humanizado,

oferecendo uma assistência e acolhimento responsável e profissional para as

mulheres que sofrem aborto. Onde a contribuição do enfermeiro é de suma

importância na assistência por meio do diálogo e compreensão. O profissional de

enfermagem precisa estar capacitado para se envolver nessa relação a fim de acolher

e atender essa paciente de forma mais humanizada, pois é no momento da dor, da

perca que a mulher se encontra mais vulnerável e sensível (BARBOSA, et. al., 2011).

Deve-se considerar que humanizar o acolhimento não é apenas chamar a

paciente pelo nome ou estar permanentemente ao seu lado, mas sim compreender

seus medos e angústias dando apoio e atenção necessários. A capacitação dos

profissionais envolvidos na promoção da saúde é fundamental para um cuidar

verdadeiramente humanizado. Em relação ao enfermeiro, esse profissional tem um

papel relevante no que tange à humanização durante o processo do procedimento.

(BARBOSA, et. al., 2011).

Verificou-se por meio deste estudo que é fundamental no acompanhamento da

mulher, tanto na situação de aborto espontâneo quanto na de aborto provocado e que

é fundamental um bom planejamento de assistência multiprofissional, visto que a

mulher se sentirá fragilizada em vários aspectos. Observou-se ainda a importância de

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a enfermagem realizar a sistematização da assistência de enfermagem com cada

mulher, compreendendo-as e realizando um bom atendimento individual e

humanizado (BRITO, 2012)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Compreende-se que o aborto é um ato conceptual eliminado, e que pode

provocar consequências na personalidade da mulher, onde, além do campo

psicológico, a mulher que sofreu um aborto deve encarar a perca de um filho que

não nasceu como uma realidade social, emocional, intelectual e espiritual. Alguns

terapeutas trabalharam com mulheres que tentaram ignorar os efeitos do aborto e

acreditam que quanto maior a rejeição, maior a dor e a dificuldade quando a mulher

resolve finalmente enfrentar a realidade da experiência abortiva.

O abortamento espontâneo está relacionado a idade materna, mulheres com

idade superior a 40 anos possui um risco maior de acometer um abortamento

comparando com uma mulher aos 20 anos. O tabagismo consumo de álcool e cocaína

também são fatores de risco. Outros fatores que também pode evoluir para o

abortamento espontâneo são os fatores maternos, hormonais e imunológicos.

No entanto, para nortear as ações de contribuição de enfermagem com

mulheres que sofreram o aborto espontâneo ou provocado é importante que o

atendimento humanizado à mulher contemple os princípios fundamentais da bioética.

Dessa forma, é fundamental e pertinente que os profissionais de enfermagem

desenvolvem habilidades que favorecessem o estabelecimento de uma escuta ativa

e de uma relação de empatia, bem como adotem uma postura que possibilitasse a

comunicação sintonizada com as demandas de cada mulher.

Compreende-se que é fundamental, o tratamento humanizado pelos

profissionais de saúde, em especial pela enfermagem para as mulheres que sofre

aborto espontâneo ou provocado, é imprescindível, o enfermeiro demonstrar

demostrar preocupação, afeto e cuidados profissionais de qualidade a mulher que

está hospitalizada com procedimentos de aborto.

No entanto, a contribuição da enfermagem com a mulher que está em processo

de abortamento por meio do tratamento humanizado contribui para a recuperação da

paciente. Oferecer um tratamento de qualidade, é fundamental que passe confiança

e credibilidade para a paciente, realizando assim, um bom trabalho com essas

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mulheres. A assistência de qualidade, não tem que está só nas ações, na parte prática

e técnica mais sim, no saber agir no cotidiano, nas práticas vivenciadas pelo

profissional de enfermagem.

Conclui-se que este estudo contribui para a reflexão sobre a saúde da mulher

e a contribuição de enfermagem frente a mulher que sofreu aborto seja espontâneo

ou provocado, bem como dos cuidados e das condutas éticas frente ao atendimento

prestado pelos profissionais de enfermagem à mulher em situação de abortamento.

Por conseguinte, aconselha-se para a prática na enfermagem a

instrumentalização por meio de continuas formações profissionais que desenvolvam

habilidades e conhecimentos acerca de um atendimento humanizado, que provoque

a sensibilização ao atender com respeito aos direitos humanos sexuais, reprodutivos

e os princípios bióticos, para oferecer assim um serviço de qualidade e dignidade.

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