A Selva n.º 7 (Dezembro 2008)

16
A Selva | Jornal da Escola Secundária Ferreira de Castro | nº 7 - série III o milénio | Dezembro de 2008 Feliz Natal! É Natal! Flores e Pão Desde que chegaram, alguns Cursos de Educação e Formação têm vindo a transformar a nossa escola, tornando-a um local mais agradável à vista e, agora, ao paladar. Ao longo do ano passa- do, as alunas do curso de Florista embelezaram o re- cinto escolar com arranjos florais que trouxeram um agradável colorido, quer ao bloco A, quer às várias salas onde se realizaram eventos ou actividades especiais. Este ano lectivo, ao per- fume das flores junta-se o aroma de “mimos” acabados de fazer. São os alunos de Panificação e Pastelaria que nos brindam com os seus “testes” e “fichas de avalia- ção”: pão quente, bolinhos de coco, suspiros, bolo-rei… Ai, que delícia! Fazemos votos para que estas novidades tenham vin- do para ficar! Obras na Escola Nos últimos dias têm-se registado mais alguns movimen- tos da actual fase preparatória das obras que a nossa escola iniciará já no próximo ano e que consistem na verificação da estrutura dos edifícios existentes e respectivas fundações. A fotografia regista uma dessas verificações, no dia 12 de Dezembro, no Bloco D (vendo-se ao fundo o bloco A). Tronco de Natal confeccionado pelos alunos do CEF de Panificação e Pastelaria Presépios que decoraram a entrada do Bloco A durante a quadra natalícia realizados pelas alunas do CEF de Arte Floral MENSAGENS

description

Jornal da Escola Secundária Ferreira de Castro

Transcript of A Selva n.º 7 (Dezembro 2008)

Page 1: A Selva n.º 7 (Dezembro 2008)

A Selva | Jornal da Escola Secundária Ferreira de Castro | nº 7 - série IIIo milénio | Dezembro de 2008

Feliz Natal!É Natal!

Flores e PãoDesde que chegaram,

alguns Cursos de Educação e Formação têm vindo a transformar a nossa escola, tornando-a um local mais

agradável à vista e, agora, ao paladar.

Ao longo do ano passa-do, as alunas do curso de Florista embelezaram o re-cinto escolar com arranjos florais que trouxeram um agradável colorido, quer ao

bloco A, quer às várias salas onde se realizaram eventos ou actividades especiais.

Este ano lectivo, ao per-fume das flores junta-se o aroma de “mimos” acabados de fazer. São os alunos de Panificação e Pastelaria que

nos brindam com os seus “testes” e “fichas de avalia-ção”: pão quente, bolinhos de coco, suspiros, bolo-rei… Ai, que delícia!

Fazemos votos para que estas novidades tenham vin-do para ficar!

Obras na Escola

Nos últimos dias têm-se registado mais alguns movimen-tos da actual fase preparatória das obras que a nossa escola iniciará já no próximo ano e que consistem na verificação da estrutura dos edifícios existentes e respectivas fundações. A fotografia regista uma dessas verificações, no dia 12 de Dezembro, no Bloco D (vendo-se ao fundo o bloco A).

Tronco de Natal confeccionado pelos alunos do CEF de Panificação e Pastelaria

Presépios que decoraram a entrada do Bloco A durante a quadra natalícia realizados pelas alunas do CEF de Arte Floral

MENSAGENS

Page 2: A Selva n.º 7 (Dezembro 2008)

Jornal da Escola Secundária Ferreira de CastroDezembro de 2008

2

EditorialResponsabilidade, liberdade e democraciaO primeiro período do presente ano escolar foi rico de experiências e de situações diferentes das que têm caracterizado os anos lectivos anteriores.

Os movimentos de professores e de alunos, a luta pela dignificação de uns e de outros e a unidade conseguida são demonstração de força e de razão, são um exercício de liberdade e de responsabilidade cívica e atendem à consagração dos direitos democráticos que queremos continuar a ter.

Os professores, na sua larga maioria, contestam a polémica avaliação que lhes querem impor e cujo propósito não é, com certeza, a melhoria da qualidade de ensino. Trata-se de um sistema que, mesmo com as sucessivas adaptações e supostas simplificações, oferece poucas garantias do rigor, equidade ou credibilidade requeridos por qualquer processo avaliativo. O modelo apresenta-se com consequências mais punitivas (na medida em que impedirá mais de dois terços dos professores de acederem aos últimos escalões da sua carreira profissional) do que para premiar o mérito e a qualidade (como se apregoa). Falta-lhe a componente formativa que estimule a melhoria de práticas e a desinteressada partilha de saberes e materiais. Aguardemos com calma os próximos movimentos.

Os alunos protagonizaram uma manifestação de que não há memória recente na nossa escola e fizeram-no também (pelo menos em grande parte) com um sentido de responsabilidade que apraz registar. Independentemente das opiniões que se possam ter em relação a este tipo de iniciativas, não há dúvida de que, neste caso, elas foram tão adequadas e eficazes que, quase de imediato, provocaram uma alteração legislativa que resolveu parte das suas reivindicações relativamente ao estatuto do aluno recentemente publicado.

Neste jornal encontramos vastas evidências da dedicação e do empenho dos alunos que nele decidiram participar. São admiráveis os pensamentos, as crónicas, as reflexões, a poesia, as notícias, enfim, os textos de amor que todos sentimos, mas que eles ainda têm o privilégio de manifestar de forma livre. Entre outras, aqui está uma prova da qualidade de ensino que temos e que A Selva deseja demonstrar. É preciso mais? Claro que sim. Temos sempre de ir mais além, lutar por melhor e conseguir novos objectivos, mas no equilíbrio produtivo, no sentido humanista, na solidariedade e no bom ambiente que deve caracterizar a vida escolar.

O direito da liberdade e o dever da responsabilidade democrática nunca estiveram tanto na ordem do dia. E, hoje, o nosso instrumento mais poderoso contra assomos de autoritarismo e limitações da liberdade democrática é a conjugação de esforços no sentido de manter uma voz colectiva que cale quem nos quer calar. Estaremos à altura de provar que não será possível implementar reformas, sistemas, modelos de avaliação ou outros contra quem os terá de aplicar no terreno? Temos esperança que sim.

Uma coisa, no entanto, é certa: não se conseguirá melhorar a educação e o ensino afrontando os professores, os alunos e a comunidade escolar. Lá diz o ditado antigo e que aqui se aplica bem: não se pode ter sol na eira e chuva no nabal.

E, nesta quadra de alegria, votos de um excelente Natal e de um melhor Ano Novo. Até sempre.

Manuel Borges &

Na noite de quinta-feira, tudo estava combinado. Che-gavam mensagens como sopros de vento e a noite funcio-nou como o suspiro antes do grito.

Gostei de apreciar a coragem por parte dos alunos, ou talvez não. Havia vários tipos de protestantes: os que real-mente se sentiam injustiçados pelo estatuto do aluno; os que aderiam à greve para pertencerem à massa de estudan-tes e, talvez, em menor número, pessoas que pensam como eu.

Acho que o estatuto do aluno não me afronta de ma-neira alguma e submetia-me a ele sem qualquer problema. Protestar contra algo sem ainda não o ter sentido na prática é, no mínimo, hilariante. É preciso dar tempo à legislação, é preciso deixá-la surtir efeito e só depois protestar com fun-damento. Além disso, não preciso de protestar “fisicamen-te” para me opor a qualquer assunto.

Em extrema verdade, aderi à greve de sexta-feira porque sou bastante malandro e, como tive desculpa para faltar às

aulas, aproveitei. Gosto de observar e de estar no meio das massas com consci-ência. Na minha opinião, não é preciso alguém pôr-se de parte para mostrar de-sagrado. Isso seria uma atitude tão cor-recta e tão racional que acabaria por ter muitos efeitos negativos. Aqueles que foram às aulas são uns “meninos boni-tos” talvez menos conscientes do que eu. Esses meninos têm de conhecer o mundo, adaptar-se a ele e viver com ele. Marginalizar-se é incorrecto por muito

que, teoricamente, soe heróico.Termino dizendo “contrariar” não é ser coerente. E este

contrariar físico é inútil.C a r o

aluno, fun-cionário e professor : faça um p r o t e s t o mental e beneficiará mais o país!

André Gomes

Era sexta-feira, 14 de Novembro, acordei com a notícia de que os alunos da minha escola, a Escola Secundária Ferreira de Cas-tro, estavam a fazer greve. Já tinha recebido uma men-sagem no dia anterior, mas nunca pensei que os alunos aderissem em massa.

Decidi então aderir ao protesto. No fundo, o que eu queria mesmo era ir às aulas pois era a última aula de Português antes do teste e estava com algumas dúvi-das. Mas greve é greve, tinha de aderir!

Passei o dia em casa, não fui protestar para a frente da Câmara Municipal como os meus amigos e colegas. Não me sentia muito bem por isso, pois, se estava a fazer greve, era suposto protestar e lutar junto dos meus co-legas. Quantos mais melhor! Mas penso que pelo facto de não ter ido às aulas já con-tribuí, por muito pouco que tenha sido.

O que é certo é que no dia seguinte acordei de novo com uma notícia, mas desta vez, era a Srª Ministra que

nos tinha ou-vido e mudado o Estatuto do Aluno; cedeu à reivindicação por que mais lutávamos!

Fábio Rodrigues,

10º D

No passado dia 14 de Novembro, assistiu-se a uma greve dos alunos em Olivei-ra de Azeméis. Inédito! Uma greve dos alunos em Olivei-ra de Azeméis?! Que feito histórico!

A meio da manhã, já as SMS circulavam de euforia, não pela greve, mas sim por-que não ia haver aulas. Os alunos caminhavam pelas ruas principais de Oliveira de Azeméis entoando can-ções de protesto e exibindo cartazes extremamente ape-lativos contra o Estatuto do aluno. Mas, ao mesmo tempo, estes sabiam por que razões estavam a pro-testar? Talvez 50%, ou 51% soubesse. Outros estavam apenas a “curtir” um dia sem aulas conseguido. Esta greve devia ser vista de uma maneira mais consciente e reflectida, procurando saber o motivo da mesma e não apenas para se ausentarem das aulas.

Já pelo início da tarde, os alunos começavam a dis-persar, e muitos deles já se encontravam em casa a aproveitar o dia sem aulas alcançado. Toda-via, pensemos. Será que para os alunos é benéfico que a Ministra deixe o seu cargo? Pelo modo com a greve foi enca-rada, é melhor que a Srª Ministra continue a exercer funções, para que nós, alunos, continuemos a fazer greves, de modo a con-seguir fins-de-semana pro-longados.

Fica assim o apelo a to-dos os que exercitam a ac-tividade de aprender para que, quando fizerem greve, façam primeiro o trabalho de casa.

Miguel Cruz Costa, 10ºD

GREVE DOS ALUNOSTrês pontos

de vista

Page 3: A Selva n.º 7 (Dezembro 2008)

3

Jornal da Escola Secundária Ferreira de CastroDezembro de 2008

No dia 01 de Outubro come-morou-se o dia nacional da água. A água é um bem essencial à vida e esgotável, talvez o recur-so mais precioso da Terra, pelo que é necessário saber poupá-la e conservá-la.

Sem ela a vida não seria possível, já que todos os seres vivos precisam dela para so-breviver. É verdadeiramente impossível imaginar a Terra sem água: não existiriam rios nem oceanos, nem árvores, os animais morreriam à sede... Sabe-se que apenas 3% de toda a água existente no pla-neta é água doce, ou seja, água que depois de tratada poderá ser utilizada pelo ho-mem. Mas muita dela está nos pólos em forma de gelo... e apenas 1% está nos rios, lagos e em poços subterrâne-os. É esta minúscula porção deste maravilhoso líquido que podemos então utilizar! Apesar de há muito tempo se conhecer este facto, muito poucas pessoas pensam nisso e conti-nuamos a deitar lixo ou produtos peri-gosos para os rios, a gastar sem neces-sidade, enfim a DESPERDIÇAR!

A equipa da BECRE não podia deixar de lembrar este dia. Para tal, preparou uma exposição alusiva ao tema.

Será que esta água um dia pode acabar? Eis uma questão sobre a qual vale mesmo a pena reflectir!

Projecto “ESCOLA COM SAÚDE”

Saúde sem limites 2008/2009

Dia 16 de Outubro

Dia Mundial da Alimentação

Pela manhã começa o dia e, no dia 16 de Outubro, o Projecto Escola Com Saú-de surpreendeu, bem cedo, toda a Comunidade educa-tiva com um belo pequeno-almoço. Quer dizer, um saudável pequeno-almoço. Desde o dia 13 que no pla-card se tentava adivinhar o significado de um cérebro pequenino, mirradinho…

Uma alimentação saudá-vel é a melhor atitude para combater o stress das aulas, testes, trabalhos….

A Equipa do projecto “ESCOLA COM SAÚDE” pretendeu chamar a atenção para a mais importante re-feição do dia já que o suces-so escolar depende em boa parte da alimentação das cé-lulas cerebrais, após o jejum da noite.

Sejam saudáveis, tomem o Pequeno-Almoço.

A Equipa do Projecto

Também a BECRE se associou a esta saudável comemoração oferecendo um reconfortante chá aos professores que visitaram a Biblioteca pela manhã. Para além de provarem a bebi-da e degustarem as iguarias preparadas pela equipa do Projecto “Escola com Saú-de”, os presentes receberam um folheto explicativo rela-tivo ao funcionamento deste espaço de trabalho e lazer e ficaram ainda a conhecer a história do chá.

BECRE

Dia da Água

Comemorações

Page 4: A Selva n.º 7 (Dezembro 2008)

Jornal da Escola Secundária Ferreira de CastroDezembro de 2008

4

DIA EUROPEU DAS LÍNGUASNo passado dia 26 de Setembro, Dia Europeu das Lín-

guas, o Departamento de Línguas decidiu assinalar este dia com a actividade de trava-línguas nas disciplinas de Portu-guês, Inglês, Francês e Espanhol, bem como a realização de uma palestra, na Biblioteca, organizada pelas professoras de Inglês. A palestra contou com a colaboração de docen-tes nativos de língua inglesa vindos da Escola Inglesa de São João da Madeira. O público alvo foram algumas turma de 11º ano e uma turma de 9º ano. As docentes sensibili-zaram os alunos para a importância da Língua Inglesa no mundo de hoje e fomentaram a oralidade e participação sistemática dos alunos usando várias estratégicas lúdicas. Os alunos interagiram muito bem com as docentes colaboran-do nas actividades propostas, mostrando-se motivados para a aprendizagem da língua inglesa. As professoras de inglês consideraram a actividade muito positiva, esperando poder repeti-la num futuro próximo.

She sells sea shells by the sea shore. The shells she sells are surely seashells. So if she sells shells on the seashore, I’m sure she sells seashore shells.

If two witches were watching two watches, which witch would watch which watch?

HALLOWE’EN 2008

On the 31st October Hallowe’en was celebrated once again in our school. With the help of very committed stu-dents and teachers, this school was transformed into a creepy space where coffins, witches, spider webs, ghosts and many other horrifying creatures could be seen everywhere.

At the main gate, wonderfully crafted horror masks cre-ated by some talented students gave the motto for the day.

The whole school stopped at 10.00 a.m. to watch the frightening dance ghostly performed by 2ºASC. Those deadly scary girls astounded us with their bloody faces. Just great!

In the teacher’s room the dreadful atmosphere surprised everyone. No one was indifferent to it. It really was a very different room which attracted all curious eyes.

Needless to say that none of it would have been possible without the priceless contribution of many students and teachers who have spent hours and hours working very hard on each project. Indeed, the result was amazing!

But, as words don’t come easy to describe it, nothing better than looking at the terrific photos on the school web page. Don’t miss it!

Next year, the witches will be back and we’re count-ing on you to give Hallowe’en your very personal bloody touch.

The English teachers

Centenário da linha do Vale do Vouga

Inaugurada pelo último Rei de Portugal, D. Manuel II, a Linha do Vale do Vouga já foi a liga-ção mais importante da região. Lembranças diziam que partiam tantas mercadorias que o comboio ti-nha que voltar atrás para ganhar lanço, e por vezes acontecia que os sacos pousados na entrada faziam com que as portas se abrissem o que obrigava a pa-ragem do comboio.

A inauguração oficial do troço Espinho - Oliveira de Azeméis realizou-se em Outubro de 1908, iniciou-se a ex-ploração até à estação de Ser-nada do Vouga em 1911; de Sernada a Vouzela e Bodiosa a Viseu, em 1913; de Vou-zela a Bodiosa, em 1914. A extensão total da via-férrea é de 175 kms, incluindo o Ramal de Aveiro. Foi, sem dúvida, o melhoramento mais imponente concedido a esta região, melhoramen-to de que há muito neces-sitava, devido à fertilidade do seu solo, à sua indústria e comércio. Antes da cons-trução do caminho-de-ferro, o transporte de mercadorias para Aveiro e outras locali-dades, era feito por via flu-vial, utilizando o Rio Vouga, com algumas limitações; no Verão, pela escassez de água; no Inverno, devido às inun-dações, ou seja, quase sem-pre difícil, moroso e sujeito a deterioração.

A via possui um perfil bastante acidentado, com rampas e declives que chegam a atingir os 25‰ e muito sinuoso, com curvas e contra-curvas, tendo algumas delas raios que não ultrapassam os 90 metros. Algumas trincheiras atingem 12 metros de cota (Vila da Feira). A obra de arte mais notá-vel é a Ponte do Poço de Santiago, construída em alvenaria, cujo vão tem um comprimento de 55 metros. Até Dezem-bro de 1989 era possível ir até Viseu, utilizando as automo-toras Allan, a uma velocidade máxima de 45 kms/h. No dia 1 de Janeiro de 1990, o troço Sernada - Viseu fechou as suas portas para sempre.

Rezava a História que durante a época balnear havia e ainda hoje se verifica uma grande afluência de população, essencialmente jovem, no troço que faz ligação Oliveira de Azeméis – Santiago Riba Ul – Couto de Cucujães – Faria – S. João da Madeira – Arrifana – Escapães – Vila da Feira – Sanfins – Cavaco – S. João de Vêr – Rio Meão – Paços de Brandão – São Paio de Oleiros – Lapa – Monte de Paramos – Silvalde-Vouga – Espinho, também a Feira de Espinho que se realiza todas as segundas-feiras, revela-se uma das

Dia das Línguas/Hallowe’en

Page 5: A Selva n.º 7 (Dezembro 2008)

5

Jornal da Escola Secundária Ferreira de CastroDezembro de 2008

Proposta de viagem pela Linha do Vouga

Inaugurada a 23 de No-vembro de 1908, por D. Manuel, a linha do Vouga ligava, num primeiro tro-ço, Espinho a Oliveira de Azeméis em via estreita. Actualmente, é uma linha secundária, registando al-gum movimento nos troços Aveiro – Águeda e Oliveira de Azeméis – Espinho.

Para vos dar a conhecer todas as passagens e respectivas paragens, apresentamo-vos o roteiro da linha do Vouga:

6.09 – O Vouguinha, como é apelidado, parte da esta-ção de Sernada do Vouga. Funciona apenas duas vezes por dia, uma pela manhã e outra pela tarde. Mal a viagem tem início, somos envolvidos por um vasto eucaliptal da Serra da Gralheira, onde quase não se sente a presença humana.

6.22 – Na primeira paragem, em Albergaria-a-Velha, dá-se o primeiro contacto com a civilização.

6.48 – A viagem continua no meio de eucaliptos e minifúndios. Assim se chega à estação do Pinheiro de Bem-posta.

7.15 – É a hora de chegada a Oliveira de Azeméis, a nossa cidade!

7.19 – Ainda no concelho de Oliveira de Azeméis, o comboio pára em Santiago de Riba-Ul e parte para a estação de Couto de Cucujães.

7.23 – Chegada a Couto de Cucujães.7.30 – Paragem em S. João da Madeira, uma

cidade industrial e desenvolvida, apesar do seu pequeno tamanho. É ainda conhecida pela pro-dução na área do calçado e da chapelaria.

À medida que nos aproximamos do destino, os eucaliptos servem o seu lugar a cidades e so-mos invadidos pela brisa do mar.

8.18 – Finalmente, Espinho! A última paragem tem lu-gar nesta cidade tão apreciada pelas pessoas do Norte, vis-to contemplar praia, casino e esplanadas que fervilham de emoção.

VouguinhaA propósito da celebração do centenário

da linha do Vale do Vouga, relembramos todo o seu percurso ao longo da história.

Os estudos feitos para o estabelecimento do caminho-de-ferro do Vale do Vouga de-terminaram a sua implantação numa linha mais ou menos paralela ao rio, no troço com-preendido entre Sernada e Viseu.

Era um terreno muito acidentado ao lon-go do seu percurso, onde eram constantes os desníveis acentuados, além dos meios finan-ceiros para satisfazer os avultados encargos e a emaranhada teia de curvas para contornar as dificuldades do terreno.

Vencidos os embaraços administrativos e financeiros, assente e inaugurada aos pe-daços, chegou a Viseu em 5 de Fevereiro de 1914, depois de concluída a sua extensão, incluindo o ramal de Sernada a Aveiro. Con-tudo, a eclosão da primeira Grande Guerra

(1914/1918) impediu a sua normal exploração.Até 1 de Janeiro de 1947 manteve ao serviço do público

as suas 33 estações, servindo as gentes da região, com espe-cial relevância no difícil período da segunda Grande Guerra (1939/1945). Na altura, com uma via reduzida e dotada de máquinas a vapor, o comboio ia vagarosamente, penetran-do a paisagem enquanto chegava ao destino. Foi apelidado pelo povo como “Vouguinha”.

Depois de alguma época de prosperidade, veio o declí-nio. Não se fez a conveniente manutenção, nem a gradual e necessária substituição do material circundante, deixando-se ao arbítrio do tempo a sua progressiva degradação.

Em 1972, procede-se ao encerramento da via. Isto não trouxe vantagens à população, que se revoltou e incitou vá-rios pedidos para a reabertura da via. Em 1975 foi restabele-cida a circulação ferroviária com o troço da linha do Vouga compreendido entre Sernada do Vouga e Viseu e o ramal de Sernada a Aveiro.

Em 1983, comemora-se a ligação Sernada a Viseu. En-tretanto, fomenta-se a ligação de Albergaria-a-Velha-Aveiro, com a promoção de ponto vista turístico e histórico-cultu-ral.

Mais tarde, preconizou-se a construção de uma linha que, partindo de Estarreja, entroncava em Santa Comba Dão a Vouzela e São Pedro do Sul. Posteriormente, foi incluída a parti-da de Aveiro para Estarreja, com passagem por Sever de Vouga e Oliveira de Frades, Vouzela e São Pedro do Sul.

Em Dezembro de 1908 deu-se início à exploração do troço entre Espinho e Olivei-

ra de Azeméis, inaugurado com a presença de D. Manuel II e, mais tarde, de Ul a Albergaria.

Actualmente a linha faz o percurso de Espinho a Avei-ro, atravessando concelhos como Santa Maria da Feira, São João da Madeira, Oliveira de Azeméis, Albergaria-a-Velha e Águeda.

Para diminuir o percurso entre Porto e Viseu, a linha partia de Espinho, fazendo-se um ramal de Sever do Vouga a Aveiro. Incidentes surgidos posteriormente determinaram a supressão deste ramal.

Ana Anunciaçâo; Daniela Mota; Joâo Xará; Luciano Santos

Centenário da linha do Vale do Vougagrandes atracções turísticas.

No início do ano de 1990, o troço Sernada-Viseu foi encerrado ao serviço de passageiros e mercadorias, sendo substi-tuída a velhi-nha automo-tora “Allan” por autocar-ros, os quais não foram do agrado das populações, apesar da si-nuosa e bela p a i s a g e m ao longo do Rio Vouga. Inicialmente, estes auto-carros eram propriedade da CP, mas como também era extremamente penosa a via-gem pela EN nº 16, cheia de curvas e em alguns troços muito estreita, não sendo possível praticar uma velo-cidade superior a 40 kms/h, o serviço foi-se degradando ao longo dos anos e acabou mesmo por ser encerrado. As viaturas foram compradas pela Empresa Guedes, com sede em Castro Daire e Cai-ma, com sede em Oliveira de Azeméis, e actualmente o serviço é praticamente escas-so. Se hoje, alguém pensasse em reabrir esta via, iria depa-rar com um sem número de dificuldades, já que, só exis-tem as pontes e a plataforma (em alguns troços). Parte da plataforma foi invadida pelo asfalto, dando ori-gem a no-vas estradas e noutros casos exis-tem casas implantadas! Re-sumindo, apenas em pleno ano 2008 resta-nos viajar entre Espinho e Aveiro, pas-sando por Sernada do Vou-ga. O troço Sernada-Aveiro, não faz parte da Linha do Vale do Vouga, é apenas um ramal, designado inicial-mente, por Ramal de Avei-ro, com início em Sernada.

André Barros, Bárbara Martins, Daniela Silva, Diana Patrícia (12.º F)

Page 6: A Selva n.º 7 (Dezembro 2008)

Jornal da Escola Secundária Ferreira de CastroDezembro de 2008

6

No dia 9 de Outubro, Dia Mundial dos Correios, assistimos a uma palestra apresentada pelos CTT de Oliveira de Azeméis.

Na biblioteca da nossa escola, visionámos um Power Point so-bre “As voltas que uma carta dá” até chegar ao seu destino. Uma carta em correio normal demora três dias, ou menos, para chegar

ao destino. Mas os CTT têm hipóteses mais rápidas, o Cor-reio Azul e o Correio Verde, que demoram até um dia a percorrer o seu caminho.

Para as empresas e privados, os CTT criaram uma es-pécie de e-mail, só que é mais seguro, pois só recebemos correspondência de quem queremos. É de adesão gratuita

e essa é uma das razões para ter 200 mil utiliza-dores.

Um outro serviço inovador

é o “Meu Selo”, que é um serviço em que podemos criar os nossos próprios selos, com a imagem que achamos mais adequada. Este serviço teve tanto sucesso junto do público privado como junto das empresas.

Como agora as tecnologias evoluíram, as pessoas dei-xaram de escrever tantas cartas e os CTT decidiram inovar para tentar conseguir novos clientes. Uma aposta séria do grupo que tem tudo para ser bem sucedida.

Eduardo Carneiro, José Barros (7ºB)

No dia 17 de Novembro, comemorou-se o Dia Mundial do Não Fumador.Os professores responsáveis pelo projecto “Escola com Saúde”, juntamente com os alunos e professores do primeiro

ano de Panificação e Pastelaria, ofereceram “cigarros doces” a toda a comunidade escolar, durante o primeiro intervalo da manhã.

De seguida, os mesmos alunos, foram até à “área de fumadores” da esco-la tentar negociar a troca de cigarros de tabaco por cigarros de biscoito! O negócio não foi muito lucrativo, mas ainda conseguiram adquirir alguns exemplares que foram destruídos em público, conforme mostram as fo-tos.

Os professores de Português e os alunos do Ensino Básico e do 11º ano também se associaram às comemorações, sugerindo a substituição dos cigarros por textos de diferentes autores e géneros literários (desde textos narrativos a poemas diversos, passando por letras de canções).

Estes “poemarros” foram recolhidos, enrolados e dis-tribuídos pelos alunos do 7º, 8º e 9º ano, enquanto os slogans para a campanha de sensibilização a favor da leitura e contra o uso do tabaco foi feita pelos alunos do 11º ano.

Esperamos que a campanha tenha sur-tido algum efeito e que aumentem os lei-tores na mesma proporção em que dimi-nuam os fumadores!

A Área Disciplinar de Filosofia dinamizou, no pas-sado dia 26 de Novembro, uma palestra subordinada ao tema Biodiversidade, Água e Vida, no âmbito dos conteúdos programáticos da disciplina de Área de Inte-gração, do 2º ano dos Cur-sos Profissionais.

Foi convidado para pa-lestrante o Professor Doutor Jorge Paiva, licenciado em Ciências Biológicas e dou-torado em Biologia, que foi investigador principal no Departamento de Botânica e professor convidado da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, bem como no Departamen-to de Biologia das Universi-

DIA MUNDIAL DOS CORREIOS

Dia do não fumador

Biodiversidade, Água e Vida

dades de Aveiro e Madeira.Publicou mais de cinco

centenas de trabalhos e pro-feriu mais de um milhar de comunicações e conferên-cias.

É uma voz respeitada como ambientalista, sendo membro de diversas associa-ções nacionais e estrangei-ras, com mais de um milhar

de acções de Educação Am-biental desenvolvidas de for-ma graciosa em todo o país.

Os principais objecti-vos desta palestra eram, es-sencialmente, sensibilizar os alunos para as questões ambientais e proporcionar momentos de reflexão e de-bate.

A avaliação global desta actividade considera-se mui-to boa, uma vez que, tanto alunos como professores de diversas áreas disciplinares, se envolveram activamente nesta iniciativa.

Área Disciplinar de Filosofia

Dia dos CorreiosNo dia 9 de Outubro comemorámos, na nossa bibliote-

ca, o Dia Mundial dos Correios. Para realizar esta activida-de, contámos com a colaboração dos CTT de Oliveira de Azeméis que cederam material (marcos de correio, fardas, envelopes…) que foi exposto na BECRE e proferiram uma palestra sobre o tema “As voltas que a carta dá”.

Também tivemos um carteiro a distribuir cartas escritas por alunos e destinadas a alguém da escola.

Os alunos que participaram nas actividades receberam surpresas gentilmente oferecidas pelos CTT de Oliveira de Azeméis.

Anthony Pinho

Comemorações

Page 7: A Selva n.º 7 (Dezembro 2008)

7

Jornal da Escola Secundária Ferreira de CastroDezembro de 2008

O 1º ASC conta histórias aos meninos do infantário que almoçam habitualmente na nossa escola.

A representação do 1º ASC, inspirada no livro “Ninguém

Dá Prendas ao Pai-Natal”, inseriu-se no plano de

animação da Feira do Livro que, à semelhança de anos anteriores, se realiza nesta

altura na biblioteca.

Histórias e livros

Page 8: A Selva n.º 7 (Dezembro 2008)

Jornal da Escola Secundária Ferreira de CastroDezembro de 2008

8

Para quem chega de novo à escola

O novo ano lectivo começou. Ao longe, conseguia já ver o aglomerado de alunos junto ao portão. Os meus pés colaram-se ao chão: como é que eu conseguiria passar além daqueles portões? Iria ser olhada como um ser de outro pla-neta? O meu cérebro fervilhava, pensava nos professores, na turma, nos colegas. Pensava neste novo mundo para o qual eu tinha acabado de entrar; pensava no que tinha ficado para trás, no que antes eu tinha vivido.

Lembrava-me das tardes que passava a estudar, a ler e a escrever, em como essa tarefas, antes tão presentes, es-tavam agora tão esquecidas. Pensava na mudança. Mudança essa, muito significativa, apesar de tudo.

Este ano, assim como todos os outros, o meu ob-jectivo é esforçar-me ao máximo para conseguir obter bons resultados. O meu desejo é aprender cada vez mais, é evoluir no saber. Espero, um dia, ter uma profissão do meu agrado, uma profissão que exija uma aprendizagem contínua, que não seja monótona. Para isso, durante estes três anos vou ter que trabalhar, esforçadamente, para alcançar a minha meta.

Dirigi-me para o portão e, empurrada por aquela multidão, consegui entrar.

14/10/2008

Tiffany Pinho, 10º C

Setembro de 2008 significou para mim mudança de professores, de disciplinas e, claro, de escola, uma nova escola.

Sobre esta nova escola, ouvi vários comentários. Diziam que nela existiam bons professores, simpáticos pro-fissionais, boas funcionárias e, acima de tudo, um excelente ambiente. Por acaso, até hoje, tenho de admitir que esses comentários são verdadeiros, e espero que assim seja até ao fim.

Como é óbvio, não me informei somente sobre a escola, mas também sobre o 10º ano. Na verdade, foi neste aspecto que me foquei mais.

Sobre ele ouvi de tudo. Ouvi dizer que era fácil, e também ouvi dizer que era bastante complicado. Com todas estas opiniões sobre a dificuldade deste ano, op-tei por não lhes ligar muito porque cada aluno é como é, e nenhum aluno é igual a mim. Então disse para mim próprio que iria esforçar-me bastante para obter resulta-dos excelentes.

As minhas expectativas são muitas para este ano, e,

sinceramente, tenho medo, porque este é daqueles três anos que contam para o meu futuro, e, como é evidente, quero ter um futuro risonho.

14/10/2008

Marc da Silva, 10º C

Mais um novo ano lectivo, uma escola nova, professores e colegas novos e com tudo isto, mais ansiedade e expectativas. Ao início, não gostei muito desta mudança, mas tenho

andado a familiarizar-me com este novo ambiente e aprovo todas estas mudanças.

Já estava farta de ver cinco dias por semana a minha an-tiga escola. Sempre os mesmos professores, sempre os mes-mos funcionários, os mesmos azulejos de parede…

Enfim, estava mesmo a precisar de novos ares! Já tinha perdido todo o interesse em percorrer aqueles corredores e, ao entrar de manhã naqueles portões verdes, rogava pra-gas à escola por ter de acordar cedo todas as manhãs para entrar naquela rotina extenu-ante.

A g o r a , acordo todos os dias (por enquanto) à espera de no-vas matérias e de conhecer cada vez mais pessoas novas. Anseio tirar boas notas e fazer mais amigos e sinto toda a agitação que apenas sentia quando entrei para o 5º ano na minha antiga escola. Oxalá este encantamento dure até ao fim e que eu consiga finalizar a missão a que me propus.

14 /10/2008

Sandra Silva, 10º C

SOBRE O ESTATUTO DO ALUNO

As alterações ao Estatuto do Aluno dos Ensinos Básico e Secundário, publicadas no Diário da República, reforçam a autoridade dos professores e a autono-mia das escolas, ao mesmo tempo que simplificam e agilizam procedimentos, conferindo maior responsabilidade aos pais e encarregados de educação.

Nos últimos quatro anos, a experiên-cia da aplicação da Lei n.º 30/2002, de 20 de Dezembro, permitiu verificar que, em muitos aspectos, o papel dos professores não era valorizado, não se tinha em conta a ne-cessidade de uma actuação célere em situações de alteração do clima de trabalho nas escolas e não havia um contributo eficaz para o desenvolvimento de uma cultura de responsa-bilidade de alunos e de pais.

As alterações agora introduzidas são orientadas pelos se-guintes princípios:

• Reforço da autoridade dos professores e da autonomia das escolas;

• Maior responsabilização e envolvimento dos pais e en-carregados de educação no controlo da assiduidade dos seus educandos;

• Simplificação e agilização de procedimentos; • Distinção clara e precisa entre medidas correctivas, de

cariz dissuasor, preventivo e pedagógico, e medidas disci-plinares sancionatórias.

Reforçar a autoridade dos professores e a autonomia das escolas significa transferir maior poder de decisão para os docentes e para os órgãos de gestão dos estabelecimen-tos de ensino.

Passará a ser da responsa-bilidade dos conselhos exe-cutivos das escolas o juízo de valor relativamente à even-tual aplicação de medidas disciplinares sancionatórias, sem prejuízo de a decisão que se traduz na aplicação da medida de transferência de

escola competir às direcções regionais de educação.O reforço da responsabilidade dos pais e dos encarrega-

dos de educação passa pela maior exigência com o controlo, a prevenção e os efeitos da falta de assiduidade dos alunos.

Neste sentido, aumenta-se a frequência da informação a prestar aos encarregados de educação relativamente às fal-tas dadas pelos seus educandos, independentemente de as mesmas terem ou não sido justificadas, determinando-se a obrigatoriedade da tomada de medidas correctivas sempre que tais faltas sejam injustificadas.

Institui-se, igualmente, a realização de uma prova de re-cuperação por parte do aluno que atingir um determinado número de faltas, independentemente de as mesmas serem justificadas ou injustificadas, competindo ao Conselho Pe-dagógico fixar os termos e as condições daquela realização,

Tudo novo

Page 9: A Selva n.º 7 (Dezembro 2008)

9

Jornal da Escola Secundária Ferreira de CastroDezembro de 2008

System Of A Down

System of a Down is an alternative metal band from Los Angeles, California, USA formed by Serj Tankian (vocals, keyboards), John Dolmayan (drums), Daron Malakian (guitar, vocals) and Shavo Odadjian (bass), and known for their social and political views in songs. All of the four members are descendant of Armenian.The band began to compose singles that made success in the USA, and later on they compose their first album that also had much success and was the first in the USA top. The success continued and the band composes more four albums that made much success in the tops of twelve countries. At the moment, the band is out of activity, but the fans expect the band to return.

Discography AlbumsSystem of a Down (30 June 1998) Toxicity (4 September 2001) Steal This Album! (26 November 2002) Mesmerize (17 May 2005) Hypnotize (27 September 2005)

InventosCerto dia, estava em casa

e tinha uma embalagem de plástico na mão para colocar no lixo. Como é óbvio, eu faço a separação do lixo doméstico para posterior reciclagem e a ideia de ter quatro caixotes e ter que andar a escolher o que queremos é mesmo cha-to, portanto, decidi fazer uma invenção – um caixote único que reconhece os diferentes tipos de material e faz a se-paração do lixo. Não é mais prático? Eu penso que sim. O contentor faz a leitura do ma-terial quando o colocamos e encaminha-o para o respectivo recipiente. É mais rápido e prático e penso que não tem qualquer tipo de desvantagem.

André Silva, 11ºB

Super--ífero

Jovem estudante, estás saturado de tentar copiar nos testes, sem resulta-do, devido ao olho atento dos abor-recidos professores? Relaxa! A famosa empresa chinesa Kywkshoung® vol-ta a revolucionar o mercado, depois do tão bem sucedido “bate-na -avó” eléctrico, com os novos comprimidos “Super-íferos”!

Esta pequena invenção, criada pelo Dr. Takeshi Ingenhokas, consiste num pequeno comprimido que con-tém uma substância soporífera que só afecta os professores. Basta misturar o “Super-ífero” na máquina de café da sala de professores e, na aula seguinte, eles vão parecer algo como um Zom-bie (mas morto!)

“O “Super-ífero” está a revolucio-nar as escolas do mundo. O sucesso escolar aumentou abruptamente em Itália, no Egipto e no deserto do Saha-ra” – explicou o Dr. Takeshi.

Diogo Xará, 11º F

em moldes tais que seja ga-rantido que o aluno adqui-riu as aprendizagens e as competências consagradas nos currículos em vigor.

Deve ter-se em conside-ração, no momento da sua aplicação e tendo em vista a medida e a graduação das mesmas, a idade do aluno, o grau de culpa, o seu apro-veitamento escolar anterior, o meio familiar e social em que o mesmo se insere e os seus antecedentes discipli-nares.

Tais medidas poderão configurar a repreensão re-gistada, a suspensão da esco-la até 10 dias úteis e a trans-ferência de escola.

Opinião pessoal

Quem considera que o estatuto do aluno é o respon-sável por tudo o que acontece nas escolas é porque nunca o leu. Efectivamente, o novo es-tatuto do aluno, ao contrário do anterior, proíbe ao aluno que leve para dentro da sala de aula o telemóvel ligado e os professores devem ser res-ponsáveis pelo cumprimento desta norma dando eles pró-prios os exemplos, o que nem sempre acontece. Também o novo estatuto permite que os Conselhos Executivos possam tomar medidas de imediato quando ocorram situações como esta, ao contrário do que acontecia com o anterior estatuto, em que os procedi-mentos eram morosos e com-plicados. Mas não se deve só dizer mal; devem conhecer-se os documentos antes de falar! Ou seja, concordando com alguns “métodos”, podemos dizer que em maioria as no-vas regras não foram muito apoiadas por parte dos alunos e, sinceramente, não as consi-deramos “fortes” o suficiente ao ponto dos alunos desistirem assim tão facilmente de terem novas regras. Sendo nós alu-nos, podemos dizer que estão “agendadas” inúmeras greves para tentar mudar novamen-te o estatuto do aluno.

Trabalho realizado por:José Silva,

Sara Agostinho, 10ºG

Alternativas

Page 10: A Selva n.º 7 (Dezembro 2008)

Jornal da Escola Secundária Ferreira de CastroDezembro de 2008

10

Interacção discursiva

Page 11: A Selva n.º 7 (Dezembro 2008)

11

Jornal da Escola Secundária Ferreira de CastroDezembro de 2008

O Amor também dói?

Aquela pessoa que conheciMudou a minha forma simples de viver,E quando me apercebiSem ela só me apetecia morrer.

A partir desse diaSó queria a minha vida complicada,E com toda aquela alegriaPercebi que estava apaixonada.

E se isto não é realidadeEntão não quero acordar,Pois assim tenho liberdadePara poder sonhar.

Ao contrário do que toda a gente dizO Amor também dói no coração.Mas quem é felizSem a dor e a paixão?

Tânia Marques (9ºC)

O velho Outono A chegada do velho Outono, com seus efeitos melancólicos e a sua-vidade das chuvas, faz enamorar qualquer poeta pela beleza da Na-tureza…Um espectáculo multicolor onde a tristeza não tem lugar, mas sim a sensação de liberdade e bem es-tar…As andorinhas não apreciam muito este idoso devido à sua frieza…

Mas, devido também à sua pressa, que as leva a dar pouca importância às coisas belas da vida… Pondo de parte inúmeras sensações e expe-riências que nos ensinam o significado da vida…Por entre parques e jardins, crianças vão para a rua com seus cachecóis da moda, adoles-centes e adultos em seu romantismo à moda antiga achado piroso e ridículo aos olhos de quem não desfruta do mesmo… E os mais velhos, cidadãos que em tempos fizeram grandes feitos, reúnem-se à porta da tasca para partilhar experiências vividas e discutir os resultados da bola… Ai a beleza do Outono…A Natureza adormece coberta por um man-to de folhas anunciando a chegada do In-verno…

Daniel Chino, 10º G

Poema ao avô

Eu tenho a eterna felicidade,Que ninguém pode roubar,É a felicidade de te ter,A felicidade de te amar.

Eu tenho a eterna felicidade,A felicidade de te chamar avôE de ter a tua amizade,A tua inteligência, A tua esperteza.

Eu tenho a eterna felicidade,De estar sempre no teu coraçãoE ter a alegria de te ter a morar,No meu pequeno/grande coração.

Eu tenho a eterna felicidade,De estar (quase) a chorar,Porque em cada lágrima Está o meu amor por ti a morar.

Eu tenho a eterna felicidade,De estar aqui a escrever,Quem foi que me ensinou?Foi o avô fantásticoPara quem estou a escrever!

Eu tenho a eterna felicidade,De desde pequenina te ter,A ti e ao teu coração,Desde o nascer ao pôr- do - sol,Desde o começo até a fim da noite.

Eu tenho a felicidade,De te ver quando chego da escola,Pois sei que há duas pessoas à minha espera Que me provam a toda a hora o seu puro,Belo e verdadeiro amor.

Eu tenho a eterna felicidade,De querer e não saber o que escrever,Porque o amor não se diz,Sente-se e ouve-se,No nosso coração,No coração do outro.

C.S.P.C. (10ºA)

Uma tempestade que se acalmou no teu coração

Chegou a tempestade.Caiu neve,Caiu chuva,Caíram lágrimas no teu céuMas soubeste limpá-las;Mas soubeste iluminar o teu céu,O teu rosto,Com uma luz mais brilhante que o SolQue arrancaste do teu coração;E a tempestade tornava a passar,Havia mais um tratamento Para ultrapassar.A dor teimava em ficar.A chuvaA neveAs lágrimas do teu céu, Teimavam em cair.«-Que hei-de fazer agora?Se já arranquei do meu coraçãoAs forças que me restavam?Olhei para DeusOlhei para Minha Mãe do CéuE esperança Pedi.RezeiSorriChorei.E mais especial ainda,Mais especial e mágicoQue todas as outras vezesUma nova luz,Ainda mais forte que a anteriorSurgiu.Colhi-a do meu coração,Como se de uma flor se tratasse,Uma flor que precisa de ser cuidadaAmadaE regadaCom fé,Com esperança,Com AMOR!

E assim,Como por magiaSempre que um novo tratamento surgiaJesus e Minha MãeRiam,Riam para seus filhos,Todos os que atravessamAs dificuldadesQue a doença lhes traz.E assim, Com a esperança dos Homens,E com a compaixão de DeusSempre, antes de vacilar,Lá estava a florPronta para iluminarE a tempestade parar!»

C.S.P.C. (10ºA).

À Minha Melhor Amiga

A vaguear na escuridão e no vazioNós nos encontrámos, E o destino traçou os caminhosQue ambas cruzámos.

Corações feridosDe amizades partidas,És o penso perdido Destas feridas antigas.

Jamais poderia imaginarQue no meio de uma procura sem fimA ti eu ia encontrar,És a peça que faltava em mim.

E neste puzzle de emoçõesQue os nossos humildes corações Ansiavam,A união fez-nos durar até à eternidade,Para dar um exemplo de fidelidade.

Sabes o quanto agradeçoPor estares agora comigo?Sabes o quanto padeçoPor nunca antes teres sido meu amigo?

Agora mudei de casaDo cais para o paraísoFui na Barca do Anjo albergada Para estar enfim com um sorriso.

Tantos sonhos tenho para realizarTantas aventuras e barreiras para travar,Agora o nó da malha desapareceuA confiança renasceu.

Olhares, sonhos e beijos ainda cá estãoNão foram embora, nem vão!Eles são precisos aquiPara a melhor amizade que eu já vi.

Tudo passa mas esta nossa foliaPara sempre vai ficar Para que os risos e a alegria Fiquem em nós sempre a morar.

Contigo tudo é anormal,“De doidos”, podem alguns pensar.Mas a verdade é que nunca ouviram proferir Que uma Foqui Pudesse com uma Canichii Amar e rir.

C. S. P. C. (10ºA)

Poesia

Page 12: A Selva n.º 7 (Dezembro 2008)

Jornal da Escola Secundária Ferreira de CastroDezembro de 2008

12

Cartas de amores

Oliveira de Azeméis, 12 de Outubro de 2008

Querida S,

Estou a escrever-te para expressar o sentimento que nu-tro por ti. É difícil de descrever aqui neste papel, mas muito fácil de sentir.

Conto cem booms dentro de mim a cada segundo que te vejo, o meu cérebro pára sempre que me perguntas algo, todos os meus órgãos deixam de funcionar quando nos des-pedimos…É isto, o amor. É o ruído no cérebro, a dor no coração e a mistura de tristeza e alegria na cara.

Com um sorriso na cara,V. (10ºE)

Cucujães, 11 de Outubro de 2008

Bernardo,

Pensei muito antes de escrever esta carta, embora um pouco reticente, decidi escrever-te. Não sei como encarar-te frente-a-frente, por isso esta é a forma mais fácil de te dizer o que pretendo sem ter de olhar-te nos olhos.

Podes considerar antigo escrever uma carta, agora que temos ao nosso dispor as mensagens no telemóvel. No en-tanto, o que tenho para te dizer não cabe numa pequena mensagem.

Esta carta não é uma carta normal, é uma carta onde vou confessar-te os meus sentimentos. Sim, é ridículo, eu sei, já o poeta o considerava, mas será ridículo alguém que-rer exprimir o que sente?

Naquela tarde de Primavera, enquanto conversávamos, o meu olhar fixou-se no brilho dos teus olhos, e por mais que tentasse abstrair-me, não conseguia, pois esse brilho envolvia-me.

Quando regressei a casa, não consegui tirar-te do pen-samento. Tentei durante vários dias esquecer-me deste epi-sódio da minha vida. Não consegui! Tentei perceber o que estava a passar-se comigo e depois de muito pensar, per-cebi que estava apaixonada. Não sabia o que era isso, mas os “sintomas” eram os de uma paixão. Contigo descobri o amor, apesar de não te teres apercebido disso, e afastei-me de ti com medo de me denunciar. Mesmo que deixes de ser meu amigo, quero que saibas que…gosto de ti.

Um beijo.Mónica

Oliveira de Azeméis, 12 de Outubro de 2008

D.,

Se eu fosse capaz de dizer tudo o que sinto por ti, es-creveria a mais bela carta de amor. Mas tu sabes que eu sou tímido e que, além do mais, não tenho muita intimidade com as palavras, especialmente na hora de demonstrar os meus sentimentos.

No entanto, se eu fosse capaz de dizer tudo, com certeza que começaria por dizer que te amo. Se eu fosse capaz de dizer tudo, diria, sem sombra de dúvidas, que és magnífica para mim, pois fazes-me mais contente, mais feliz e, prin-cipalmente, mais vivo. És o que de melhor aconteceu na minha vida.

Amo-te,C. (10ºE)

Ovar, 24 de Abril de 2002

Meu querido Mateus…

Escrevo esta carta para te dizer que, desde que te vi, nunca mais consegui esquecer o calor do teu olhar…

Ando já há algum tempo para te escrever e dizer-te quão especial és para mim… mas muitas vezes me tem faltado a coragem.

No entanto, hoje ganhei coragem para te dizer que és um raio de sol na minha vida, que me aquece e ilumina. Eu andava “perdida” até ao dia em que te avistei pela primeira vez.

Sempre que os nossos olhos se cruzam fico sem saber o que fazer, mas isso é porque te adoro demais e és único no meu mundo!

Quero que saibas que ocupas o lugar mais especial e má-gico no meu coração.

Tu, para mim, és como o pincel para o pintor; a pena para o escritor; o gesso para o escultor, … és essencial para que eu me sinta viva!

Espero que sintas o mesmo por mim e, apesar de todos os obstáculos ao nosso amor, encontres, tal como eu, força para lutar por nós…

Espero que consigas perceber que és o único que me faz feliz e que nunca deixarei de gostar de ti.

Adoro-te…

Muitos beijinhos da tua eternaMaria

P.S. Espero que possamos ver-nos em breve!E. (10ºE)

Madaíl, 24 de Setembro de 2008

Meu querido amor:

É com o meu coração, com o meu verdadeiro sentimen-to que te escrevo esta carta.

A verdade é que poderia ter-te mandado um e-mail, sempre era mais moderno, mas o que sinto por ti é muito mais que falar, descrever os meus sentimentos por uma coi-sa chamada computador, e outra coisa chamada e-mail.

Hoje, no silêncio e paz do meu quarto, lembro-me como tudo começou, lembro-me exactamente daquele teu sorri-so, lembro-me exactamente daquele teu olhar profundo, lembro-me exactamente daquele teu jeito, lembro-me exac-tamente do cheiro do teu perfume tão forte mas ao mesmo tempo tão suave, lembro-me exactamente do teu toque, das tuas suaves mãos a aconchegar a minha face húmida de lá-grimas do passado, lembro-me exactamente do tom da tua voz, um tom que me encantou! E tu amor? Lembras-te?

Talvez te lembres, talvez penses, talvez sintas, mas o que eu sei é que este meu amor por ti tem de ser como uma brisa forte de vento que chega, permanece de forma turbulenta e vai embora. Por vezes chego a pensar que esta brisa forte de vento chegou e pode permanecer no meu coração até à eter-nidade, chego a pensar que virás até mim, irás dizer que não tens sido correcto, irás dizer que me Amas tanto ou mais do que eu a ti, irás roubar-me o coração e ficar com ele para sempre, mas… são meros pensamentos, simples ilusões que o meu inconsciente faz escapar, pois eu sei que nunca virás, que nunca estarás, que nunca sentirás.

Amor, se estou a dizer as palavras erradas, se estou a di-zer a mentira que não quero ouvir, nem saber, nem dizer, então vem… vem, abre a porta e corre até mim, corre até ao meu amor, até ao meu coração. Mas, que ideia a minha… claro que não vens, estás tão longe, distante, mas tão per-to! Amar-te sabendo que não passas de um simples amigo, Amar-te sabendo que não me amas, Amar-te como nunca amei ninguém tão especial, tão queri-do, tão fofo, tão preocupado como tu, meu amigo, meu amor, minha fonte de força, de coragem, eu Amo-te Tanto!

Poderia dizer-te isto tudo nos teus lindos olhos se isso não implicasse pôr o meu coração a correr lágrimas ao longo da minha face, do meu corpo, da minha alma como a água num rio cheio de pedras.

Meu Amor, despeço-me desta carta com um enorme beijo, com um enorme Amo-te Imenso!!

Assinatura:Pétala Escondida (1º TG)

Cotuvieiras de Cima, 20 de Maio de 1931

Meu amor:Aqui estou eu, sentada na velha cadeira poeirenta da

avó, a escrever-te esta carta. O Sol brilha lá fora (qual estrela numa noite escura) fazendo-me recordar as noites que pas-sámos ao luar, a olhar o céu infinito, a contemplar as estrelas lá em cima…

Ó meu amor, tudo isto só me traz ainda mais saudades tuas (se é que isso é possível) e uma ânsia enorme de te ver. Eu sei que ainda só passaram dois dias desde que te foste embora, mas o meu coração já chora de saudades, por den-tro e por fora…!

A nossa vila vai indo, com a graça de Nosso Senhor: as macieiras estão a dar muito fruto, já nasceu mais uma ninhada de coelhos e já começara os preparativos para o “Quadringentésimo Décimo Sexto Festival da Apanha da Maçã com Maior Número de Lagartas”!

E tu, como vais, meu amado? Estás a dar-te bem com esse clima? Não apanhaste nenhuma doença? Agasalha-te bem que aí faz muito vento!

Espero ansiosamente a tua resposta, pois, se a tua parti-da me entristece, alegra-me a esperança do teu regresso, tão depressa quanto possível, espero.

Beijinhos cheios de amordeste coração que é meu e teu,Laurentina Emilinha (10º G)

Page 13: A Selva n.º 7 (Dezembro 2008)

13

Jornal da Escola Secundária Ferreira de CastroDezembro de 2008

Oliveira de Azeméis31 de Outubro de 2008

Iris,

Hey, como tens passado?Resolvi voltar a comunicar à moda antiga, para ver se

gasto menos dinheiro. Estou a brincar!Eu estou a escrever-te porque a minha professora de

português, como trabalho para avaliação, pediu-me que es-crevesse uma carta de amor, mas como eu não estou apaixo-nada, nem para lá caminho decidi, de uma maneira criativa, escrever para ti Iris. Isto de eu viver no Norte e tu no Sul tem muito que se lhe diga, pois as saudades apertam. É bom quando estamos juntas, gosto de falar contigo e por isso te escolhi a ti. Eu vou contar-te como tenho passado os meus dias, embora sejam quase todos iguais é sempre escola-casa, escola-casa, catequese, dança e também tenho ido passear, dentro dos possíveis. Sabes que isto de entrar para o 10ºano dificulta os momentos de brincadeira, pois temos de nos tornar muito mais responsáveis e aplicados. E tu o que tens feito?!

Espero ansiosamente pela tua resposta, por carta é cla-ro.

Um beijo muito grande, adoro-te!Até breve.I. (10º A)

Bruno MartinsRua Juca Lopes - 3720 O. AzeméisTel.: 914598638

Exmº Sr. Pai Natal Rua Do Pólo Norte - 7930-710 Antárctida

Exmº Senhor Pai Natal,

Como tem passado? Espero que tenha passado um bom ano e que esteja preparado para voltar a trabalhar, porque a lista de este ano é um bocado grande, apesar de não ser muito dispendiosa. Mas espero, como tenho feito para o merecer, que consiga arranjar um bocado de tempo na sua ocupada agenda para fabricar os presentes. Para este ano, desejo que me traga o seguinte:

• um lápis e uma resma de papéis, para que com eles, possa escrever e desenhar as coisas mais ma-ravilhosas e especiais que nunca ninguém se lem-brou de desenhar;

• uma borracha para que possa “apagar”, da mente das pessoas, alguns dos actos maliciosos e incor-rectos que fiz e cometi;

• e, por fim, amigos. Não daqueles amigos por uma hora, mas amigos verdadeiros, que não falem mal de mim nem de ninguém nas costas.

Só preciso destes simples objectos e destas pessoas para ser feliz.

Na esperança de vir a poder receber tais coisas, aguardo uma simples carta sua.

Subscrevo-me com a maior consideração,Bruno Martins (10ºA)

Oliveira de Azeméis, 14 de Outubro de 2008

Meu querido amigo,

Normalmente estas cartas começam sempre da mesma forma: “Olá como estás? Espero que esteja tudo bem con-tigo.”

Eu não percebo porquê e, sinceramente, prefiro uma coisa diferente; aliás esta é uma carta diferente, pois escrevo- -te todos os dias e já é habitual.

Não tenho muito a dizer a não ser que ontem fui até àquela esplanada onde me levavas quando era pequena e lembrei-me de ti e de como nos ríamos juntos quando me contavas os teus segredos e as tuas histórias: sempre ali, ao fim da tarde, dia sim, dia não.

Só tu sabes tão bem o que quero dizer, só tu me enten-des! Tenho obviamente saudades tuas e de tudo, mas estás longe, muito longe, e isso parte-me o coração. Talvez por isso te escreva todos os dias estas cartas de amor, pois ouvir a tua voz sufocar-me-ia de saudades.

Nós não somos vulgares porque já ninguém escreve car-tas informais quanto mais de amor! Só te peço que voltes depressa por favor.

Assim me despeço de ti, meu querido pai.

Com amor,a tua Rosa

P.S. A mãe liga-te no final da semana, já que ela não gosta de escrever.

Carta de amor

Ainda não esqueci aquele sorriso que me mostravas, no início, a tua palavra, o teu grito, as tuas prosas. Só sei que um pensamento meu estacou no tempo, pois tudo o que de melhor aconteceu na minha vida foi tão inesperado, tão inesperado que não deu para compreender como era afinal. Porém, não me arrependo da luta que dei. Posso ter sofrido e feito sofrer, mas presentemente noto que valeu a pena, porque agora sou feliz, porque estou contigo.

Tu sabes que és a minha vida, a minha força de viver e a razão dela. Tu sabes que és tudo para mim, que sem ti per-maneceria desaparecida por aí, e nada mais seria. Era como uma bicicleta sem arranjo.

Torno as minhas palavras bastante gastas, mas não me canso de te dizer o que sinto, pois já desperdicei tempo de-mais a contestar tudo e mais alguma coisa, perdi muito, e desnecessariamente. O tempo em que só imbecilidades per-corriam a minha cabeça foi longo, mas finalmente reconhe-ci os meus ideais e valorizei o que tinha. Tinha-te a ti, uma das pessoas mais importantes da minha vida, aquela que, no fundo, vou amar para sempre e que nada nem ninguém me fará esquecer.

C.O.

Oliveira de Azeméis, 29 de Setembro de 2008

Minha querida Diana,Desde que surgiste no meu caminho, tornou-se impos-

sível para mim imaginar a vida sem a tua presença cons-tante. Quando não estás por perto vem-me uma profunda sensação de vazio, um estranho sentimento de vácuo, de total desorientação.

Sem ti falta-me o chão, falta-me a segurança que me transmites através de um simples sorriso de concordância ou consentimento, falta-me sempre a certeza de estar a fazer o mais correcto ou o melhor. Sem ti também me falta o céu e os sonhos. É da tua presença que me vem a inspiração para projectar o futuro ou mesmo a força para ultrapassar as dificuldades quotidianas.

A minha vida é o amor. É por ele que procuro fazer-me melhor a cada dia, é por ele que me torno uma pessoa mais carinhosa e gentil, e é nele que os meus pulmões encontram a força para respirar e me manter vivo.

O meu amor é alguém especialmente maravilhoso. É ele quem mais me admira as virtudes e quem mais me compre-ende os pecados, vícios e manias que carrego.

O meu amor reconhece as nossas afinidades e respeita as nossas diferenças. Traz-me calma e paz. Toca-me a alma com doçura e generosidade.

A minha vida é o meu amor. E o meu amor és tu!

Muitos beijosAdónis…

Oliveira de Azeméis, 24 de Setembro

Meu amor,

Muita coisa podia ser dita no silêncio de quatro paredes, mas o que nos une é mais forte do que o silêncio. A voz que perdura do nosso amor dá-me força para continuar a lutar por tudo aquilo que nos quer separar.

Sinto-te tão perto de mim, sinto-te sempre na capacida-de do meu olhar e coração. És tudo! Sim, és tudo aquilo que eu sonhei. O Príncipe Encantado que um dia me iludiu. O príncipe que completa o meu coração.

Estás a ouvir músicas românticas. O teu modo de ser é algo unicamente meu. A sério, não há noite que passe entre quatro paredes do teu quarto e que não chore agarradinha a ti.

Carinhos, abraços, conversa, passeios, beijos, cada um especial, cada momento lembrado com ternura. Momentos que quero passar, só contigo, podem acontecer. Não fujas, fica bem junto a mim, continua a dar-me a metade de ti que me completa. Não vás, vem dar-me o teu amor.

Beijinhos grandes, meu amor. Amo-te.

Andreia Cardoso

Cartas de amores

Page 14: A Selva n.º 7 (Dezembro 2008)

Jornal da Escola Secundária Ferreira de CastroDezembro de 2008

14

Pensamentos

PeripatetasSíntese – 10/10/2008

Num continente muito longínquo, existiam quatro comunidades distintas. A comunidade A, a E, a I e a O.

Perguntam-me agora o porquê de estas terem o nome de quatro vogais!

Vou contar-vos um segredo! Mas, chiuuuuuu… ninguém mais pode saber… Todos os nomes dos habitantes de cada comu-nidade iniciam-se pela vogal que dá o nome à comunidade.

Elas têm características em comum. A A e a E em termos de quantidade, ambas são universais, pois têm habitantes de todas as partes do mundo. O contrário acontece com a comunidade I e O, que são particulares, pois estas só englobam nelas a região a norte do equador, apenas parte do todo. Mas a A e a I têm o hábito de afirmar, enquanto a E e a O têm o hábito de negar.

Bem, são quatro comunidades muito engraçadas. Todas as sextas-feiras à noite, as quatro comunidades juntam-se e fazem um grande bailarico. Organizam karaokes,

jogos tradicionais de todo o mundo e bailes de troca de identidades. Estas costumam imitar as outras comunidades, ou seja, por exemplo a Dª Alice veste-se como a Dª Isabel, o Sr. António imita o Sr. Elias e a menina Antonieta dança como a bela bailarina Olívia. E assim estabelecem relações umas com as outras. É lindo de se ver. Há habitantes que ficam com-pletamente o oposto do que eram na sua comunidade.

Mas, numa sexta-feira, no meio do bailarico, chegou um senhor de uma comunidade desconhecida que se chamava Aristóteles. Era um senhor com um conhecimento filosófico incrível. Este andava a divulgar o seu mais recente estudo: Silogismo categórico regular; uma forma particular de raciocínio dedutivo.

Mais conhecimentos adquiridos, mais momentos de brilho, mais momentos de aprendizagem.

Fim

Ana Vanessa de Pinho Bastos (11ºD)

A descoberta começou. Ao longe, conseguia já distinguir o edifício onde eu mais ansia-va ir: o Louvre.

Corri até à pirâmide de vidro e, en-trando, percorri apressada o caminho até à bilheteira. Mal consegui o meu bilhete, entrei numa das muitas salas que constituem o museu. Procurei e, finalmen-te, lá estava ela: a Gioconda. Uma série de perguntas afloraram-me a mente: o que é o belo? O que é a arte? Há arte sem beleza? Quais são as características da obra de arte? Como é que um objecto de torna artístico?. Inconscientemente, formulava na minha cabeça, questões filosóficas que certamente seriam +respondidas pela estética. Questões estas, construídas ao nível univer-sal que não admitiam pressupostos.

A tarde foi decorrendo normalmente. Tinha passado agora, para uma outra sala, igualmente fantástica. Olhava com atenção cada obra, demorando-me um pouco mais naquelas que considerava mais especiais.

Contudo, sentia-me triste. Tinha partido nesta viagem completamente sozinha. Seria assim, também, um fim-de-se-mana para pensar nalgumas questões que persistiam na minha mente: será que a vida faz sentido? Como a devemos viver? E qual o seu valor? O que é um valor? De onde provêm? São obstáculos? Relativos??. Tudo questões susceptíveis à argu-mentação. Questões, cujas respostas serão fundamentadas. Questões para as quais eu precisava de obter uma resposta.

Continuando a admirar as obras de arte presentes naquela segunda sala, pensava naqueles que as tinham concebido. Com certeza seriam génios; conheceriam o mundo. Mas, podemos conhecer tudo o que há? De onde vêm as nossa ideias? – perguntas estas que só o pensamento pode responder.

Olhei atentamente para um quadro. Parecia um sonho: tão distante, mas simultaneamente tão real. Será que um so-nho, o valor de uma mercadoria e uma pedra são igualmente reais? O que é a realidade?.

O meu cérebro fervilhava. Desde que ali cheguei, não parava de me questionar. Quando chegasse a casa, iria, certamen-te, procurar na minha biblioteca, a ajuda de Kant, Descartes ou Aristóteles.

São quatro. Andam aos pares. É bem fácil notar a igualdade das suas expressões iguais de duas em duas. No entanto, muitas vezes a “embalagem” en-gana.

Foi assim que parti em descoberta das diferenças por detrás das igualdades destes dois pares de gémeos. Os pri-meiros, A e E, têm feições em bruto. Os típicos olhos cas-tanhos e cabelos desalinhados. Nem são altos nem baixos, nem gordos nem magros. São uma coisa que não é coisa nenhuma. Confundem-se com a multidão, passam des-percebidos. São os Universais de quem vos falo. Depois de uma conversa com ambos, compreendo que as parecenças só provêm daquelas “carapaças” copiadas uma a partir da outra. O Universal afirmativo acompanha os meus pensa-mentos movimentando a cabeça em tom de aprovação. Já o Universal negativo usa o “não” entre todas as palavras e olha de revés sempre que abro a boca.

Conheci o segundo par de gémeos quando estes esprei-tavam pela janela enquanto trocava experiências com os Universais. Pelos vistos, vivem todos na rua dos Juízos, aqui em Lógica. Não resisti em conhecê-los também. Ambos com um porte fino, rostos alongados e detalhados. Tudo era diferente do aceite como comum, mas completamente idêntico entre si. Os Particulares têm a capacidade de pôr quaisquer olhos postos neles devido ao seu aspecto nada ge-neralizado. Contrariamente ao que esperava, estes segundos também só sabem o que são parecenças por causa dos seus atributos físicos. O Particular afirmativo, o I, pensa quase da mesma maneira que o A, tal como o O e o E gostam mais do “não” que de chocolate.

Mais tarde, os quatro contaram-me que se adoram dis-farçar uns dos outros. Para isso recorrem às roupas velhas do sótão dos Particulares. Por exemplo, o A usa uma peru-ca, a subalterna, e transforma-se logo no I. Também pode pôr uns óculos velhos ou uma camisa às flores, ou seja, os contrários ou a contraditória e tornar-se o E e o O. O mes-mo se passa com os outros, que, com pequeninas alterações parecem logo outro gémeo.

Depois disto ganhei amigos. São quatro. Andam aos pa-res. É bem fácil notar a igualdade das suas expressões iguais de duas em duas. No entanto, neste caso, a “embalagem” engana.

Esta síntese remete para a aula de filosofia do dia dez de

Outubro de 2008, disciplina leccionada pela professora Cristina Costa. É retratada a Formalização dos Juízos, as-sunto que integra o tema “Argumentação e lógica formal”

Joana Guimarães de Pinho, 11ºD

“Aristóteles” - Pintura de Francesco Hayez

Page 15: A Selva n.º 7 (Dezembro 2008)

15

Jornal da Escola Secundária Ferreira de CastroDezembro de 2008

There are between 6000 and 7000 languages in the world - spoken by six billion people divided into 189 independent states.

Existem entre 6000 e 7000 línguas no mundo – faladas por seis biliões de pessoas, distribu-ídas por 189 estados indepen-dentes.

Plusieurs Européens croient que la plupart des gens ne parle qu’une langue, mais la vérité est qu’au moins la moitié de la po-pulation mondiale est bilingue ou plurilingue, c’est-à-dire qu’ils parlent deux ou trois langues.

Many Europeans think most people speak only one language, but in actual fact at least half of the world’s population are bi-lingual or plurilingual, i.e., they speak two or more languages.

Muitos europeus pensam que a maioria das pessoas fala apenas uma língua, mas, na re-alidade, pelo menos metade da população mundial é bilingue ou plurilingue, isto é, fala duas ou mais línguas.

No language is in itself more difficult than any other – all children, in fact, learn their mo-ther tongue in the same natural way and with equal ease.

Nenhuma língua é mais difícil do que outra – todas as crianças, na verdade, aprendem a sua língua materna do mesmo modo natural e com a mesma facilidade.

Many languages have 50,000 words or more, but individual speakers normally know and use only a fraction of the total vocabulary: in everyday conver-sation people use the same few hundred words.

Muitas línguas possuem 50.000 palavras ou mais, mas cada falante normalmente co-nhece e usa apenas uma parte da totalidade do vocabulário: na conversação diária, as pessoas fazem uso das mesmas centenas de palavras.

Plusieurs langues ont 50 000 mots, ou plus, mais d’habitude chacun connaît et n’utilise qu’une part de la totalité du vocabulaire : dans une conversa-tion quotidienne, les gens utili-sent les mêmes mots.

Languages are constantly in contact with each other and affect each other in many ways:

English borrowed words and expressions from many other languages in the past. European languages are now borrowing many words from English.

Les langues sont constam-ment en contact entre elles et s’influencient de plusieurs fa-çons :

L’Anglais a emprunté des mots et des expressions d’autres langues dans le passé. Et main-tenant, ce sont les langues euro-péennes qui le font à l’Anglais.

As línguas estão em constan-te contacto umas com as outras e influenciam-se mutuamente de múltiplas formas: o Inglês absorveu palavras e expressões de muitas outras línguas no passado, e as línguas europeias estão a absorver muitas palavras do Inglês.

The mother tongue is usu-ally the language one knows best and uses most. But there can be “perfect bilinguals” who spe-ak two languages equally well. Normally, however, bilinguals display no perfect balance be-tween their two languages.

A língua materna é nor-malmente a língua que cada um de nós conhece melhor e usa com mais frequência. Mas existem pessoas que são “bilin-gues perfeitos” e que dominam duas línguas igualmente bem. No entanto, normalmente, os bilingues não dispõem de um equilíbrio perfeito entre ambas as línguas.

Bilingualism brings with it many benefits: it makes the le-arning of additional languages easier, enhances the thinking process and fosters contacts with other people and their cultures.

O bilinguismo tem muitas vantagens: torna a aprendizagem de outras línguas mais fácil, me-lhora o processo de raciocínio e incentiva os contactos com ou-tros povos e as suas culturas.

Être bilingue emporte plu-sieurs aspects positifs: cela fa-cilite l’apprentissage d’autres langues, perfectionne la capa-cité intellectuelle et favorise les contacts aves d’autres peuples et d’autres cultures.

Languages are related to each other like the members of a family. Most European lan-guages belong to the large Indo-European family.

As línguas estão relaciona-

Sabias que… Did you know… Savais-tu que…?Ser felices

¿Cuántas veces nos damos cuenta que no tene-mos tiempo para ser felices?

¿Cuántas veces hemos oído la expresión “¡Eso era para ayer!”?

Es imposible vivir en un mundo donde tenemos que hacer todo corriendo. Es imposible vivir en un mundo donde no tenemos tiempo para ser noso-tros mismos. Todos tenemos derecho a hacer lo que nos hace feliz, lo que nos da en la gana.

¿Cómo es posible que una madre no tenga tiem-po para sus hijos?

¿Cómo es posible que un padre no tenga tiempo para jugar al fútbol con sus hijos?

Tenemos que parar para pensar en lo que es re-almente importante para nosotros. ¿Será que son nuestros amigos y nuestra familia o es el dinero? Pero, ¿de que sirve el dinero si no tenemos a nadie con quién compartirlo?

Ya es tiempo de pensar en nuestra vida y pensar se merece la pena estar lejos de todos los que que-remos para tener un poco más de sueldo al final del mes.

¿Valdrá mismo la pena?D. C., 10º A

Os dilemas de Rita e Companhia

O dia estava a terminar. Tinha sido um dia solarengo com uma leve brisa.Embora essas características nos permitissem dizer que as pessoas andavam todas con-

tentes e não havia motivos de tristezas, existia alguém que estava muito triste. Rita, uma rapariga de 15 anos, não se sentia muito bem e não entendia o porquê das

pessoas andarem todas felizes, naquele dia tão cinzento para ela.Os seus pais e a sua irmã estavam a acabar de jantar, quando Rita, que não comera mui-

to, pediu licença para se levantar da mesa, com a desculpa de ter traba-lhos de casa para fazer. Mas estaria ela a dizer a verdade? Não.

Ao chegar ao seu quarto, a rapa-riga deixou-se cair na cama a olhar pela janela, que ainda continuava aberta, para que a brisa entrasse e lhe batesse na cara.

Enquanto olhava pela janela o pôr-do-sol que se ia formando, criando uma paisagem magnífica, as lágrimas apareceram nos olhos de Rita e percorreram o seu rosto sem pedirem autorização e sem motivo aparente.

Por momentos tentou conter as lágrimas de maneira a esquecer aquela tristeza profunda que sentia, e para a qual não conseguia encontrar explicação, mas não conseguiu.

Vendo-se vencida pela tristeza que sentia, Rita deixou que as lágrimas percorressem o seu rosto e caiu num choro desmedido. Depois de ter chorado tudo, sentiu-se mais aliviada e começou a questionar-se sobre o motivo daquela tristeza: seria normal este tipo de coisas? Nunca tinha sentido nada assim! Como era possível esta tristeza profunda?

Começou a pensar nas possíveis razões da sua mudança de humor tão repentina. Aper-cebeu-se, enquanto pensava, que estava a passar por uma mudança tão repentina de humor característica dos adolescentes.

Decidiu pegar numa caneta e em papel e começou a escrever o que achava serem dile-mas dos jovens. Depois da lista pronta deu-lhe o título: “Os dilemas de Rita e Companhia”. Então, sempre que estava triste escrevia mais um capítulo de uma lista que, com o tempo, se tornou um diário.

Mónica Pereira, 10º G

das umas com as outras como os membros de uma família. A maioria das línguas faladas na Europa pertence à grande famí-lia das línguas Indo-europeias.

The Romance languages in-clude Italian, French, Spanish, Portuguese and Romanian, among others.

As línguas românicas in-cluem o Italiano, o Francês, o Espanhol, o Português e o Ro-meno, entre outras.

Les langues romaniques in-cluent l’Italien, l’Espagnol, le Portugais, le Roumain, entre autres.

Most European languages use the Latin alphabet. Some Slavic languages use the Cyrillic alphabet. Greek, Armenian, Ge-orgian and Yiddish have their own alphabet.

A maior parte das línguas europeias usa o alfabeto latino. Algumas línguas eslavas recor-rem ao alfabeto cirílico. O Gre-go, o Arménio, o Georgiano e o Iídiche possuem o seu alfabeto próprio.

The mother tongues spoken by most people in Europe are Russian, German, English, French and Italian, in that or-der.

Les langues maternelles par-lées par la plupart des gens en Europe est le Russe, l’Allemand, l’Anglais, le Français et l’Italien, suivant cet ordre.

As línguas maternas faladas pela maior parte das pessoas na Europa são o Russo, o Alemão, o Inglês, o Francês e o Italiano, por esta ordem.

Most countries in Europe have a number of regional or mi-nority languages – some of these have obtained official status.

Plusieurs pays en Europe ont un grand nombre de langues minoritaires et régionales – que-lques unes ont réussies un status officiel.

A maioria dos países euro-peus possui línguas regionais ou minoritárias – algumas delas já obtiveram o estatuto de língua oficial.*

* No caso de Portugal, te-mos o Mirandês. Se quiseres sa-ber mais sobre esta outra língua oficial do nosso país, consulta os sites:

http://mirandes.no.sapo.pt/http://www.mirandes.net/

Page 16: A Selva n.º 7 (Dezembro 2008)

Jornal da Escola Secundária Ferreira de CastroDezembro de 2008

16

Ficha TécnicaPropriedade:

Escola Secundária Ferreira de CastroRua Dr. Silva Lima

3720-298 Oliveira de AzeméisTel. 256 666 070 FAX. 256681314

[email protected]

Presidente do Conselho Executivo: Ana Maria Quental Rio

Professores responsáveis pela edição, redacção e composição deste número:

Maria João Moreira e Manuel Borges

Agradecemos a todos quantos contribuíram para que este número fosse possível.

Impressão:Reprografia da Escola Secundária

Ferreira de Castro

Tiragem da versão impressa: 500 ex.

*****Os artigos assinados são da responsabilidade dos seus autores e não vinculam a ESFCastro.

UNIÃO EUROPEIAFundo Social Europeu

VIDA DE ESTUDANTEA importância dos livros

Mesmo antes de ter aprendido a ler, já os livros desempenha-vam um papel fundamental na minha vida. Sempre que o meu pai me vinha contar uma história, eu deitava-me na cama e ia lentamente fechando os olhos enquanto, interiormente, abria as portas para o mundo dos sonhos.

Quando finalmente aprendi a ler, fiquei felicíssima. Pouco a pouco, fui lendo cada vez mais livros: “Uma Aventura”, “Os Cin-co”, “O Principezinho”, o “Harry Potter”… lia tudo o que po-dia. Tornei-me uma “devoradora” de livros, sempre ansiosa pela próxima aventura. Tornei-me uma heroína, uma detective, uma princesa e, até, uma feiticeira. Enfim, tudo quanto quisesse.

Hoje, onze anos depois de ter aprendido a ler, continuo as-sim. Sou, agora, mais selectiva em relação ao que leio, mas a ver-dade é que continuo a ser aquela “minorca” que usava os livros como ponte para o mundo imaginário, em que podia ser aquilo que bem entendesse, ainda que apenas por algumas páginas.

Andreia, 12º C

Tenho de confessar que a minha relação com os livros é algo estranha. Posso dizer que já passámos por desavenças e já vivemos períodos – como é que hei-de dizer – prósperos.

A minha mãe é comparável a uma, vá lá, pequena “fanática” por livros infantis, pelo que a minha infância está repleta de his-tórias ao adormecer, ao acordar e, até, ao jantar!

No entanto, já mais crescido, anos passaram em que rara-mente tocava em livros. Eles simplesmente não me seduziam. Porém, mais recentemente, voltei a despertar um velho interesse por estes amigos cheios de letras que tinha abandonado na pra-teleira e descobri a verdadeira utilidade que eles me garantem. Posso dizer que estamos a viver um desses momentos prósperos: eles até me levam a viajar!

João, 12º C

Os livros são a minha maneira de viajar e conhecer o mundo sem sair de casa, pois, ao abri-los, entro numa nova realidade.

Posso viajar pela cultura reluzente dos países asiáticos ou embrenhar-me nas relações interpessoais de dois colegas de labo-ratório, polícias, viajantes, tudo o que quiser.

Assim descobri que não quero seguir uma carreira de inves-tigação. Assim descobri um fascínio pela cultura tibetana. Assim descobri os interesses ocultos da política. Assim descobri outras maneiras de viver a vida. Assim melhorei as minhas capacidades de interpretação e alarguei o meu léxico. Assim consegui escrever este texto.

Ana Barros, 12º C

Na nossa vida, há coisas de que nunca prescindiríamos, em caso algum, e há outras que nos são indiferentes, é para nós irre-levante que elas existam ou não. Os livros, para mim, não são uma coisa nem outra.

A leitura (de livros, não a de jornais, revistas ou legendas da te-levisão) é uma actividade que eu posso passar consideráveis perío-dos de tempo sem exercer e sem que me sinta incomodado. Não é que não goste de ler, porque gosto, mas a verdade é que nem sempre sinto necessidade disso e acabo por não o fazer, por vezes, durante muito tempo.

Não são, por isso, muito im-portantes os livros na minha vida, mas são agradáveis, e eu posso suportar partilhar algum do meu tempo com eles.

José Costa, 12º C

Testemunhos

VALEU A PENA

FOI UM DIA NO MÊS DE AGOSTOE, PORQUE A MINHA ESPOSA MUITO INSISTIA,VIM À FERREIRA DE CASTRO, A CONTRAGOSTO,E LÁ ME DIRIGI À SECRETARIA

FIQUEI A PENSAR, MAS PARA QUÊ?PORQUE ME VIM CÁ INSCREVERNESTE PROCESSO DO RVCC?AI Ó ZÉ, NO QUE TE FOSTE METER

MAS O «MAL» JÁ ESTAVA FEITOE EU TRATEI DE ME CONFORMARAGORA NÃO HAVIA OUTRO JEITOIA TER MESMO DE ESTUDAR

MAS JÁ ESTAVA PREOCUPADO,TANTO TEMPO SEM PEGAR NUM LIVROPENSEI: AI VOU FICAR TÃO CANSADOVOU-ME SENTIR MAIS MORTO QUE VIVO

E, LOGO ALI NO COMEÇO,ENTREI MEIO DESCONFIADOOLHA, EU ATÉ VOS CONFESSOQUASE ME SENTIA ENVERGONHADO

NÃO É QUE ISTO ME ABORREÇA,MAS NÃO TINHA NECESSIDADEDE VIR DAR CABO DA CABEÇA,AGORA COM ESTA IDADE

COMO ESTAVA ENGANADO AQUI O ZÉEU QUE JULGAVA TUDO ISTO UMA CHATICEAGORA QUE SEI O QUE REALMENTE É,PEÇO DESCULPA, E RETIRO O QUE DISSE

AGORA SEI, SÓ DEPENDO DE MIMTRABALHAR, TRABALHAR, VAI SER O MEU LEMAPARA QUE POSSA CHEGAR AO FIM E SENTIR QUE VALEU A PENA

JOSÉ OLIVEIRA

Momentos ASC

Os alunos de Animação Sociocultural têm espalhado pela escolas vários momentos de franca alegria e encanto mu-sical e coreográfico. Aqui fica um aspecto desses momentos.

ROUPAS | BRINQUEDOS | ALIMENTOSTodos notámos a presença destes caixotes decorados a con-

vidar à generosidade e ao sentido solidário da comunidade esco-lar (e não só). São parte de um vasto projecto levado a cabo no âmbito da disciplina de Sociologia por alunos do 12º ano que lançaram uma campanha de combate à pobreza e de luta pela melhoria das condições de bem-estar da comunidade envolvente. Entre outras iniciativas para ajudar instituições e pessoas caren-ciadas, estes alunos têm apresentado danças e desenvolvido ac-ções de divulgação que mostram consciência das necessidades da população e vontade de minimizar as privações dos mais pobres. Um notável testemunho da força e do empenho na causa social que a juventude sabe ter também na Escola.