A Sexualidade e a Escola

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A Sexualidade e a EscolaUma vivência afectiva e

sexual plena é uma condição fundamental

para o equilíbrio de qualquer indivíduo. A

Educação Sexual assume assim um papel

importante na formação e informação

de todos os jovens como forma de

fazermos nascer em cada Ser a consciência e a responsabilidade

perante as suas escolhas.

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Remontando à criação do homem, o processo ritual da iniciação dos jovens na

vida sexual é acompanhado de uma particular importância.

É um percurso individual, onde cabe o amor, a insegurança, a expectativa, a

emoção e as sensações físicas. A maturidade, tanto emocional como física, passa por várias fases e as influências da

família, dos amigos, companheiros e mesmo das mensagens implícitas ou

impostas pelos meios de comunicação e grupos sociais podem originar reacções

muito diferenciadas, o que poderá afectar a auto-estima do jovem.

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A Sexualidade e a Escola Remontando à criação do homem, o processo ritual da iniciação dos jovens na

vida sexual é acompanhado de uma particular importância.

É um percurso individual, onde cabe o amor, a insegurança, a expectativa, a

emoção e as sensações físicas. A maturidade, tanto emocional como física, passa por várias fases e as influências da

família, dos amigos, companheiros e mesmo das mensagens implícitas ou

impostas pelos meios de comunicação e grupos sociais podem originar reacções

muito diferenciadas, o que poderá afectar a auto-estima do jovem.

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A transição para a fase adulta e as mudanças consequentes, podem

provocar tanto sensações de felicidade, êxtase e orgulho, mas também, de

ansiedade, tensão, confusão e mesmo de algum desespero. É ainda uma fase

de procura de informação fiável de busca de resposta para muitas questões. Neste processo de maturação, é decisiva

a liberdade de escolha, a confidencialidade e o recurso a um

apoio compreensivo.

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É importante salientar que o jovem poderá não se sentir ou

não querer ser sempre sexualmente activo.

Na maioria da sociedades, é um momento marcante, para a

rapariga, a chegada da primeira menstruação: a menarca. O seu comportamento poderá sofrer

com as mudanças hormonais e as adaptações do seu corpo, num

primeiro embate com a entrada nas responsabilidades do mundo

adulto.

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O ingresso neste mundo está intimamente ligada a ritos de iniciação, que se

diferenciam entre regiões do mesmo país ou entre países, mas constituem

uma importante parte da cultura, tendo lugar na puberdade e de formas

separadas para rapazes e raparigas.

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Esse momento pode ser traduzido numa conversa entre um dos pais e o filho(a), ou adquirir a dimensão uma

cerimónia comunitária, pretendendo-se ensinar a lidar com a sexualidade e

outros aspectos da vida adulta, ajudando a compreender um conjunto

de mudanças ocorridas no corpo. Numa preparação para os desafios da vida em

sociedade, os ensinamentos são transmitidos, consoante a tradição ou a oportunidade, pelos pais, pela família,

por educadores, por pessoas mais velhas e de experiência reconhecida...

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Um dos aspectos mais importantes do rito de iniciação, em algumas comunidades, é a circuncisão dos rapazes; um procedimento que deverá

ser executado em segurança numa clínica com condições higiénicas e instrumentos esterilizados. É muito importante que os praticantes

estejam a par dos riscos para a saúde e da dor associada a este procedimento.

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Segundo a Organização Mundial da Saúde, a Sexualidade é uma energia que nos motiva para encontrar amor, contacto, ternura e intimidade. Integra-se no modo como nos

movemos, tocamos e somos tocados. Influencia pensamentos, sentimentos, acções

e interacções e, por isso, influencia a nossa saúde física e mental.

Ou ainda segundo Merleau Ponty (1975), a sexualidade é todo o nosso ser, um ser

humano sem sistema sexual é tão incompreensível quanto um ser humano sem

pensamento.

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As atitudes e as crenças face à sexualidade são predisposições que

vão sendo consolidadas, em particular na adolescência, através das experiências de vida ou da

aprendizagem com os pares. De acordo com Félix López, esta

predisposição pode ser subdividida em crenças (componente cognitiva da

atitude), sentimentos (componente afectiva da atitude), e ainda numa disposição para o comportamento (componente comportamental).

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Durante a adolescência a estrutura valorativa entra muitas vezes em

ruptura, e as atitudes entram muitas vezes em contradição com o sistema de

crenças. O comportamento nesta fase do ciclo de vida contraria um sistema

valorativo muitas vezes imposto por pais e educadores. A procura de um próprio

mapa valorativo conduz o jovem a atitudes contraditórias e a uma

constante procura de harmonia entre crenças e atitudes. A Educação Sexual

procura de certa forma capacitar para a reflexão, responsabilização e para o

desenvolvimento de atitudes positivas face à sexualidade.

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As atitudes podem mudar ao longo da vida e podem ir desde uma atitude

conservadora – erotofóbica - em que a sexualidade é vista unicamente no sentido da reprodução, até uma atitude liberal –

erotofílica -, na qual a sexualidade é entendida como dimensão humana com múltiplas possibilidades. A mudança num ou noutro sentido depende de numerosos

factores, todavia, conhecendo-se a estrutura de determinada atitude, é mais

fácil compreender certos comportamentos sexuais e levar a cabo intervenções que facilitem a mudança

(López, 1999).

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A atitude de mudança social face à sexualidade afastou-nos de uma perspectiva de negação, interdição, proibição e obsessão dominada

pela ideologia judaico-cristã. Esta perspectiva assentava num modelo dualista de corpo (matéria impura) e alma (matéria pura), dando

origem ao modelo biomédico, a uma estrutura social e legislativa de proibição e recriminação da sexualidade. Todavia, para muitos, as atitudes socais face à sexualidade, confrontadas com um boom da comercialização da imagem e do sexo, mudaram-se do campo da interdição para o campo da permissividade. Aqui nasce uma certa

preocupação social face à importância do meio escolar como campo propício à correcta e equilibrada Educação Sexual.

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Bibliografia