A Supremacia de Deus na Pregação1

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INDICE

I. A Supremacia de Deus na Pregação............................................................2

I.1 Como o pastor pode mostrar seriedade e alegria na pregação.....................3

1.2 As principais características da pregação....................................................3

II. A Centralidade deve esta em Deus...............................................................4

II.1“Para ele são todas as coisas” – O Alvo da Pregação..................................4

II.2“Dele” – A Base da Pregação......................................................................4

II.3“Por meio dele” – O poder do Espírito........................................................5

CONCLUSÃO.............................................................................................................7

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1- “A Supremacia de Deus na Pregação”

John Pipper

O autor relata sua experiência ainda jovem ao ouvir uma pregação que tocou sua

vida, tornando-o um pregador, posteriormente. Para ele ficou claro que a Palavra nunca

volta vazia e produz frutos.

“O alvo de Deus é glorificar a si mesmo e não o pregador, ou seja, é a supremacia de

Deus na pregação”. O começo, o meio e o fim da pregação são: Deus Pai, Deus filho e

Deus Espírito Santo, porque Dele, por meio Dele e para Ele são todas as coisas (Rm.

11:36). O autor cita exemplos de pregadores do passado que enfatizavam que todo

pregador tem o objetivo principal restaurar o trono de Deus e seu domínio sobre os

homens.

O propósito mais profundo de Deus em relação ao mundo é mostrar sua glória na

vida do povo. O autor ressalta que: se o alvo da pregação é glorificar a Deus, ela precisa

tornar prazerosa a submissão ao reino Dele. É desta forma que se garante a supremacia

de Deus. Para o autor há dois obstáculos à pregação: o orgulho do homem e a justiça de

Deus. O orgulho não se satisfaz na glória de Deus; a justiça de Deus não deixará sua

glória escarnecida.

Precisou haver a morte de Cristo para que houvesse um reparo quanto a honra e

glória de Deus. Segundo o texto, mesmo as pessoas desprezando a glória de Deus, Ele

deu o seu Filho para restaurar essa glória entre os pecadores. Em I Coríntios, Paulo já

mostrava que o maior obstáculo da pregação era o orgulho e que ninguém deveria se

vangloriar. Devemos nos vangloriar no Senhor, evidenciando a sua grandeza.

Nossa fé deve se basear no poder de Deus e não na sabedoria humana. “A cruz de

Cristo provê fundamentos que validam a pregação e nos habilita a proclamar a boa

nova, sendo que Deus será glorificado diante da submissão dos pecadores”.

Nosso objetivo na pregação é “expor e engrandecer a glória de Deus”. O pregador

não pode ter auto-exaltação e deve se inspirar pelo Espírito Santo. A Escritura é

inspirada por Deus, que usou homens para escrevê-la. A pregação eficaz precisa:

Sempre apontar na Bíblia onde está o versículo a qual se refere à pregação;

Fazer o pregador admitir sua impotência diante de Deu;

Suplicar por ajuda, humildade, sabedoria e poder;

Confiar em Deus e no cumprimento de Sua promessa e

Agradecer.

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Diz o autor que “o contentamento na pregação é um ato de amor e o pastor busca a

felicidade do seu rebanho pela Palavra”. O ministério deve ser feito com alegria. O texto

de I Pe. 5:2-3 atenta para isso, “pastoreie com vontade e não por obrigação”.

Os pregadores precisam ser alegres, engraçados para descontrair o público e ao

mesmo tempo transmitir o Evangelho. Na pregação pode haver humor e risos, mas na

medida certa para não cair na leviandade. O autor reforça que seriedade e sinceridade

são apropriadas na pregação: para preservar os santos porque a pregação é instrumento

de Deus para salvar vidas, reavivar a Igreja. “Deus usa os meios de graça (Palavra) para

manter seu povo seguro”. II Timóteo 2:10 diz que: “tudo suporto pelos eleitos”.

1.1 - Como o pastor pode mostrar seriedade e alegria na pregação

Seja um tipo de pessoa; o mesmo todos os dias;

Tenha uma vida de comunhão com Deus, fique na presença Dele e sempre em

oração;

Leia livros confiáveis;

Reflita sobre a morte;

Se humilhe diante de Deus.

No capítulo seis, fica claro que a soberania de Deus ocorre quando a nossa mente

pode descansar confiantemente. A finalidade de tudo que Deus faz é confirmar e

manifestar sua glória. Deleite na glória de Deus inclui:

o Ódio com o pecado;

o Medo de desagradar a Deus;

o Esperança nas promessas;

o Desejo pela revelação final do Filho de Deus;

o Exultação na redenção;

o Tristeza por falhas no amor;

o Gratidão e zelo pelos desígnios de Deus.

Não há verdadeira religião sem sentimentos santos. Sem isso há morte espiritual e nos

deixa destituídos de influências vivificantes do Espírito Santo. “Deve haver

perseverança, que é a marca dos eleitos, e necessária para a salvação final”. O que é a

fé? É a alma confiando plenamente na revelação de Jesus como salvador. A fé surge de

um começo de amor a Deus (I Co 13:7). Somos justificados pela fé na conversão, mas

temos que perseverar nos sentimentos santos. A pregação é um meio de graça.“Nossa

obrigação é nos moldar a este objetivo e refletir o valor da glória de Deus glória”.

1.2 - O capítulo sete cita as principais características da pregação:

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Despertar sentimentos santos: usar o comportamento para transformar a fonte de

ações (os sentimentos); a pregação deve tocar o coração.

Iluminar a mente: o pregador deve arder e iluminar a mente dos ouvintes com a

verdade divina.

2- A Centralidade deve esta em Deus.

“Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém” (Romanos 11.36)

Uma das grandes falhas dos pregadores, hoje em dia, é a falta de ênfase na majestade e grandeza de Deus. Vivemos em tempos em que as mensagens valorizam mais a cura ou algo que vem de Deus, do que o próprio Deus. Embora a aplicação na vida dos ouvintes seja importante na pregação, muitos sermões não passam de apenas aplicações.

2.1 - “Para ele são todas as coisas” – O Alvo da Pregação

“Quão formosos são, sobre os montes, os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, do que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, do que diz a Sião: O teu Deus reina!”. (Isaías 52.7)

Se o alvo de Deus é glorificar a Si mesmo, o alvo do pregador não pode ser outro senão glorificar a Deus - A todos os que são chamados pelo meu nome e os que criei para a minha glória, os formei, e também os fiz (Isaías 43.7). Portanto, antes de tentar esclarecer a Igreja sobre determinado assunto, trazer um reavivamento à juventude, evangelizar homens perdidos, o pregador deve ter em mente que o seu objetivo principal do qual se derivam todos esses nobres objetivos secundários é exclusivamente a glória de Deus.Infelizmente, vivemos em uma época em que a pregação busca mais o lado emocional das pessoas que o homem por inteiro. Além disso, o pragmatismo reina, uma necessidade de que o culto dê resultados, traga transformação de vidas de uma hora para outra. As pessoas querem saber se essa igreja “funciona” ou não. Sem falar a clássica pergunta sobre “quantas almas foram ganhas” na sua pregação.

2.2 - “Dele” – A Base da Pregação

“Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado.” (1 Coríntios 2.2)

John Piper nos fala de dois obstáculos bem conhecidos, para que a pregação atinja o seu alvo:

•  A justiça de Deus – que deve ser satisfeita

•  O orgulho do homem – que deve ser destruído

A única forma de responder a estes dois pontos satisfatoriamente é a Cruz de Cristo. Ao derramar seu cálice de ira santa sobre Seu Filho, Deus não deixa qualquer espaço para orgulho ou vaidade, pois sabemos que nada fizemos para merecer a salvação.

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Um pregador que não tem como base um Deus santo e justo, nem o orgulho destruído pelo sacrifício de Cristo, será incapaz de expôr o Evangelho corretamente aos seus ouvintes. De modo oposto, um pregador que conhece bem a doutrina da Cruz, sabe que esta é a única forma pela qual somos libertos do pecado e de o homem alcançar a salvação; o pregador que conhece a Cruz de Cristo sabe que, se há algum justo na Terra hoje, é porque sua justiça procede de Deus, por meio de Cristo Jesus.

Um erro moderno é esquecer-se que Deus nos ama não porque merecemos, mas por Seus próprios desígnios insondáveis. Além disso, mais que dar sua própria vida em resgate de muitos, o principal propósito de Jesus ao se rebaixar à forma de servo foi também a glória de Seu Pai. Assim, não podemos subverter o sentido do sacrifício de Jesus com a idéia de que éramos tão precisosos que Deus teve de dar Seu único Filho para nos salvar.

Em toda Escritura vemos que Paulo deixava bem claro que sua mensagem se baseava no Cristo crucificado. Ele fazia isso para que as pessoas tivessem fé em Deus, e não nele. Em um trecho de Coríntios ele afirma que não chegou à cidade demonstrando grande oratória, e que apenas expôs o Cristo crucificado. Ultimamente vemos pastores que possuem excelentes técnicas de discurso e retórica, mas são incapazes de ser fiéis à Palavra – este é apenas um reflexo de uma visão distorcida da Cruz de Cristo. Uma pessoa que tem um verdadeiro entendimento do que aconteceu ali se torna incapaz de colocar qualquer palavra sua junto à mensagem do Evangelho.

2.3 - “Por meio dele” – O poder do Espírito.

“O Espírito do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos” (Isaías 61.1)

Mais uma vez, ao nos focalizarmos no Espírito Santo, Deus também será glorificado, pois o pregador saberá que as palavras de sua boca durante um sermão não são frutos de esforço pessoal, mas da Graça Divina - “Eu crio os frutos dos lábios: paz, paz, para o que está longe; e para o que está perto, diz o SENHOR, e eu o sararei.” (Isaías 57.19). É evidente que as palavras mais importantes já deixadas pelo Espírito de Deus aqui na Terra estão contidas na Bíblia, por isso é inaceitável que abracemos qualquer pregador cristão que não se utiliza primordialmente da Palavra de Deus, a Espada do Espírito,para suas mensagens.

Sabemos que o ministério do Espírito Santo é muito abrangente na vida dos pregadores (na verdade, tudo na vida de um pregador deveria ser movido pelo Espírito), por isso nos concentraremos especialmente na Revelação de Deus aos homens.

Outra forma de demonstrar confiança no Espírito Santo é depender completamente de sua ajuda para interpretar a Palavra. Antes de sermos protestantes, evangélicos, batistas, presbiterianos, tradicionais, ou qualquer outro termo, temos de ser bíblicos, aceitar e entender o que nos foi escrito. O único meio para alcançarmos esta humildade e compreensão é através do poder do Espírito Santo, pois o homem espiritual interpreta

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coisas espirituais. Se Lutero tivesse sua mente cativa à Igreja Católica antes de tê-la cativa à Palavra de Deus, ele jamais seria o homem que foi, e sofreria até o dia de sua morte a culpa e as dúvidas geradas pela teologia anti-bíblica das indulgências.

Como disse o Apóstolo Paulo, toda Escritura é proveitosa, e não apenas alguns trechos mais agradáveis ao público que nos ouvirá, e a nós mesmos. Que estejamos submissos a este Livro tão maravilhoso.

 

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Conclusão

A Bíblia é clara quanto ao tipo de palavra que deve sair de nossa boca – “apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ouvem” (Ef 4.29). Assim, especialmente no momento em que estiver pregando, o crente não deveria falar outra coisa se não o assunto que Deus realmente deseja, que realmente O glorifique, e que seja um meio de graça para seus ouvintes. Só conseguiremos isto se formos submissos de todo o coração ao Senhor e à Sua Palavra. Um homem incapaz de reconhecer-se como um simples servo, como apenas o encarregado de trazer a mensagem, nunca glorificará a Deus com seu discurso.

“Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus (...) para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e poder para todo o sempre. Amém” (1 Pedro 4.11).

 

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