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A TAXONOMIA DE BLOOM

Eliza Redondo FerreiraMarta Maria Salmazo

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A pedra

O distraído nela tropeçou...O bruto a usou como projétil...

O empreendedor, usando-a, construiu...

O camponês, cansado da vida, dela fez assento...

Para meninos, foi brinquedo...Drummond a poetizou...

Já Davi matou GoliasE Michelângelo extraiu-lhe a mais

bela escultura...E em todos esses casos, a diferença

não esteve na pedra, mas sim no homem!

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O QUE É AVALIAR?

Medir? Quantificar? Examinar? Emitir uma nota? Classificar o aluno?

ou

Constatar o que o aluno aprendeu?

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• a) Exploração exagerada da memorização

• b) Falta de parâmetros para correção

• c) Utilização de palavras e comando sem precisão de sentido no contexto

Características das provas na perspectiva construtivista

• Contextualização• b) Parametrização• c) Exploração da

capacidade de leitura e de escrita do aluno

• d) Proposição de questões operatórias e não apenas transcritórias

Características das provas na linha tradicional

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Devem ser elaborados conforme a proposta da disciplina, tendo como base a utilização dos critérios finais dos quais resultam progressivamente as respostas de aprendizagem esperada. Para se traçar objetivos é necessário considerar todo e qualquer objeto de aprendizagem. Os conteúdos devem ir além do conteúdo específico da disciplina; sendo assim incluem-se os conteúdos:

• Conceituais (saber: fatos, conceitos, princípios);• Procedimentais (saber fazer);• Atitudinais (ser: valores, normas e atitudes);• Metacognitivos.

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• São metas estabelecidas ou resultados previamente determinados. Indicam aquilo que o aluno deverá ser capaz de fazer como consequência de seu desempenho em determinadas atividades.

• O estabelecimento de objetivos orienta o professor para selecionar o conteúdo, escolher as estratégias de ensino e elaborar o processo de avaliação. E orienta também o aluno.

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A  ideia central da taxonomia é a de que aquilo que os professores querem que os estudantes saibam (definido em declarações escritas como objetivos educacionais) pode ser arranjado numa hierarquia do menos para o mais complexo.

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A)Conhecimento: a aprendizagem se dá pela pura memorização de teorias. Verbos aplicáveis: definir, repetir, apontar, marcar, etc.

Ex: Decorar nomes, datas e fatos repetindo-os fielmente.

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B) Compreensão: através do raciocínio o educando traduz para a sua língua o conhecimento, utilizando seu próprio vocabulário para decodificá-lo sem necessariamente relacioná-lo com outra teoria ou implicação mais complexa.Verbos aplicáveis: traduzir, reafirmar, descrever, transcrever, etc.

Ex: A capacidade para compreender uma ironia, metáfora ou simbolismo .A capacidade de captar a ideia de uma obra. A capacidade de explicar a ideia de uma obra.

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Para atingir a habilidade de compreender, o educando necessita praticar e alcançar os seguintes modos de agir: adquirir a habilidade da translação (habilidade de traduzir o que fora compreendido pormeio de outra expressão ou outra forma de expressão), da interpretação (habilidade de submeter a informação a uma reordenação, redisposição ou reconstrução da informação, sem fugir do seu significado original) e da extrapolação (concluir para além das informações presentes, predizer a partir de uma base de informações).Assimilar significa tornar próprio aquilo que vem de fora; é tornar semelhante a si mesmo aquilo que recebe.

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C) Aplicação: O uso de abstrações e regras científicas em situações concretas.Verbos aplicáveis: empregar, usar, demonstrar, etc. Ex: Aplicação de conceitos usados em um trabalho em outro trabalho. A capacidade de aplicar uma regra científica aprendida numa situação nova. A capacidade de predizer o efeito provável de uma modificação num fator, em uma situação biológica anteriormente em equilíbrio.

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D) Análise: Esmiuçar uma teoria em partes para melhor compreende-la permitindo, inclusive, novas pesquisas sobre aqueles dados desdobrados. Verbos aplicáveis: analisar, diferenciar, comparar, investigar, etc. Ex: Habilidade para distinguir fatos de hipóteses a partir de informações e fatos apresentados. A habilidade para compreender as inter-relações das ideias de um trecho.

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E) Síntese: Combinar elementos e partes esmiuçadas pela análise para formar um todo que constitua um padrão ou estrutura que antes não estava evidente.Verbos aplicáveis: compor, planejar, esquematizar, construir, organizar, etc. Ex: Habilidade para escrever, organizando as ideias e expressões de forma clara e objetiva. Capacidade de relatar uma experiência pessoal verbalmente de forma objetiva. Capacidade de planejar uma unidade didática para uma determinada situação de ensino.

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F) Avaliação: Julgamento a respeito do valor de um material a partir de critérios próprios ou fornecidos. Verbos aplicáveis: julgar, avaliar, selecionar, medir, etc. Ex: A capacidade de avaliar a probabilidade geral de precisão no registro de fatos, a partir da atenção dada à exatidão do enunciado, documentação, prova, etc.

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A classificação dos objetivos permite também ao professor analisar a estreita relação entre nível de desempenho e grau de autonomia e participação do aluno.

O que se percebe é que quanto mais o aluno atinge níveis mais complexos de raciocínio, maior grau de autonomia e participação ele consegue. Um aluno que sabe avaliar seu trabalho, certamente está muito mais preparado, em termos de aprendizagem, do que um aluno que apenas desenvolve uma tarefa sem julgá-la.

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Baixo nível de autonomia e participação

Alto nível de: autonomia e participação

1- conhecimento

2-compreensão

3- aplicação

4- análise

5- síntese

6 - avaliaçãoMaior capacidade crítica

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No entanto, hoje o mundo é diferente daquele representado na Taxonomia de Bloom em 1956. Os educadores aprenderam muito mais sobre como os alunos aprendem e os professores ensinam, e agora reconhecem que o ensino e a aprendizagem abrangem muito mais do que o simples raciocínio. Eles envolvem os sentimentos e as crenças de alunos e professores, bem como o ambiente sociocultural da sala de aula.

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Taxonomia de Bloom revisada

Em 1999, Dr. Lorin Anderson, um antigo aluno de Bloom, e seus colegas publicaram uma versão atualizada da Taxonomia de Bloom que considera uma gama maior de fatores que afetam o ensino e a aprendizagem. Essa taxonomia revisada tenta corrigir alguns problemas da taxonomia original. Diferentemente da versão de 1956, a taxonomia revisada diferencia “saber o quê” (o conteúdo do raciocínio) de “saber como” (os procedimentos para resolver problemas).

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A dimensão Processo Cognitivo da Taxonomia de Bloom revisada, como na versão original, possui seis capacitações. Da mais simples à mais complexa, são elas:

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Lembrar Lembrar consiste em reconhecer e recordar informações importantes da memória de longa duração. Entender Entender é a capacidade de fazer sua própria interpretação do material educacional, como leituras e explicações do professor. As subcapacitações desse processo incluem interpretação, exemplificação, classificação, resumo, conclusão, comparação e explanação. Aplicar O terceiro processo, aplicação, refere-se a usar o procedimento aprendido em uma situação familiar ou nova. Analisar O processo seguinte é a análise, que consiste em dividir o conhecimento em partes e pensar como essas partes se relacionam com a estrutura geral. A análise dos alunos é feita por meio de diferenciação, organização e atribuição. Avaliar A avaliação, que é o item mais avançado da taxonomia original, é o quinto dos seis processos da versão revisada. Ela engloba verificação e crítica. Criar Criação, um processo que não fazia parte da primeira taxonomia, é o principal componente da nova versão. Essa capacitação envolve reunir elementos para dar origem a algo novo. Para conseguir criar tarefas, os alunos geram, planejam e produzem.

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Emile Durkheim (1858-1917)Criou regras que fizessem com que a Sociologia

fosse capaz de estudar os acontecimentos sociais.Principais conceitos:Fatos sociais: Fenômenos que poderiam ser

estudados por uma ciência da sociedade.Características dos fatos sociais são:•Coletivo ou geral – significa que o fenômeno é

comum a todos os membros de um grupo;•Exterior ao indivíduo – ele acontece

independente da vontade individual; •Coercitivo – os indivíduos são “obrigados” a

seguir o comportamento estabelecido pelo grupo.Ex: casamento, trabalhar, ir a escola, etc.

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Para responder às questões, leia o fragmento a seguir:

(...)Fiz de mim o que não soube,E o que podia fazer de mim não o fiz.O dominó* que vesti era errado.Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.Quando quis tirar a máscara,Estava pegada à cara.(...) (Fernando Pessoa [1888 – 1935], fragmento de “Tabacaria”,

poema atribuído ao heterônimo Álvaro de Campos.)* dominó: traje usado em baile de máscaras ou fantasia carnavalesca

a) Existem, no texto, duas palavras usadas para indicar a situação do sujeito que não se comporta, socialmente, da maneira como ele gostaria de se comportar. Quais são?b) O eu lírico avalia essa situação de maneira positiva ou negativa? Explique sua resposta.c) Que nome a Sociologia dá a essa “força social” que nos leva a seguir determinados padrões de comportamento, mesmo quando não concordamos com eles? Quais suas principais características?

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Observe as três fotografias a seguir. Cada uma delas retrata uma situação típica da nossa sociedade.

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A partir das observações e dos registros elaborados para cada imagem na questão anterior, relacione o que há de comum e de semelhante nas três imagens.

Em todas as imagens, há um processo de intervenção do ser humano com o objetivo de organizar as relações sociais. As imagens sugerem padrões estabelecidos, cada um para a sua função: trânsito, família, trabalho no campo.

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“Enquanto o planejamento é o ato pelo qual decidimos o que construir, a avaliação é o ato crítico que nos subsidia na verificação de como estamos construindo o nosso projeto”.

Luckesi