A Técnica de Imagem por RM é o state of the art na imagiologia de diagnóstico. A sua evolução...
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“A Técnica de Imagem por RM é o “state of the art”na imagiologia de diagnóstico. A sua evolução permite já uma avaliação histológica de fenómenos patológicos.”
João Martins PiscoMédico Radiologista
- 1984: aprovação da utilização da RM para aplicação clínica como método de diagnóstico
APARENTEMENTE INÓCUO PARA OS HUMANOS
Não utilização de rad. Ionizante, baseando-se nas propriedades físicas intrínsecas dos tecidos
Excelente resolução espacial e de contraste tecidular pelas distintas composições de água nos tecidos
Imagens multiplanares
1. Sistema Músculo-Esquelético
Cortesia “Philips Sistemas Médicos”
Indicações
2. Estudos cardíacos, elevada resolução espacial,estudos funcionais (não invasivos) em tempo real
2. Estudos cardíacos, elevada resolução espacial,estudos funcionais (não invasivos) em tempo real
3. Estudos neurorradiológicos
Cortesia “Philips Sistemas Médicos”
3. Estudos Abdominais, Pélvicos
4. Estudos Vasculares
Cortesia “Philips Sistemas Médicos”
Contraste das estruturas consoante a sequência de pulso e a ponderação seleccionadas
•Material ferromagnético:
–Artefactos nas imagens
–Efeitos biológicos locais indesejáveis
•Pacemaker
•Clips aneurismáticos, stents
•Próteses metálicas osteoarticulares (anca, joelho)
•Mecanismos de fixação interna (varetas, parafusos)
Características do Campo Magnético:
Uniformidade
Estabilidade
O campo magnético
A forma mais comum que o campo magnético apresenta é a helicoidal ou solenóide. O ISOCENTRO deve ser o mais uniforme possível.
Efeito míssil – atracção de materiais ferromagnéticos: Acontece o sentido em que está aplicado o campo.
A atracção dos objectos far-se-áno sentido horizontal.
O campo magnético
O campo magnético
Campo marginal – obriga à existência de uma protecção (gaiola/rede de Faraday) para evitar a “contaminação” dos espaços adjacentes
1. O sinal de RMNuclear é originado no núcleo
2. Se nº electrões = nº protões carga eléctrica neutra
3. O EQUILÍBRIO PROTÕES/NEUTRÕES DETERMINA O MOMENTO ANGULAR DO NÚCLEO
• H1+ - elemento mais simples com apenas 1 protão;
Nº n Nº p spin e momento angular efectivo
bastante magnéticoEstá presente nas moléculas da água
Os núcleos mais importantes em R.M.:
Núcleo Abundância relativa Sensibilidade relativa
H1 99.98 1.0H2 0.015 0.0096C13 1.11 0.016Na23 100 0.093P31 100 0.066F19 100 0.830
Os “spins” do Hidrogénio formam um pequeno mas forte pólo magnético, pelo que são facilmente excitáveis quando na presença de um campo magnético externo (Bo).
Campo Magnético Radiofrequência Núcleos de H1+
Absorção de Energia: RESSONÂNCIALibertação de Energia: RELAXAÇÃO RELAXAÇÃO
SINAL
IMAGIOLOGIA POR R.M.
PRINCÍPIOS FÍSICOS
•Os protões absorvem energia quando expostos a energia electromagnética na frequência da sua oscilação.•O núcleo liberta ou re-irradia essa energia de modo a retornar a um estado energético inferior ou de descanso/equilíbrio – sinal de ressonância recebido pelas antenas. •O retorno do núcleo ao equilíbrio não acontece instantaneamente, demorando algum tempo .
A Ressonância entre os tecidos e o campo induzido é reconhecida sob a forma da emissão de uma onda de Radiofrequência A RESPOSTA de cada um dos tecidos que constitui o SINAL.
O FENÓMENO DE RESSONÂNCIA
Um campo magnético adicional (excita) os protões de todo o corpo, especificamente da região a estudar.
Os equipamentos abertos permitem a realização de exames facilitada em doente claustrofóbicos e exames dinâmicos (ex: ombro)
Tipologias de Equipamento
A conjugação de parâmetros técnicos (Tempo de Eco e Tempo de Repetição) permite a obtenção de diferentes ponderações, sempre tendo em conta os conteúdos de água dos tecidos. Pela análise conjunta das várias imagens consegue obter-se informação morfo-fisiológica que permite caracterizar as estruturas/lesões em causa.
PONDERAÇÕES DAS IMAGENS
Densidade Protónica
Baixa Densidade de Protões (HIPOSSINAL) – cálcio, ar, osso, tecido fibroso
Elevada Densidade de Spins (HIPERSINAL) – líquor, tecido edemaciado
Sinal em ponderações T1
Baixa Intensidade de Sinal (HIPOSSINAL) – tecidos com T1 longo: edema, inflamação, líquor, bilis, urina, cistos...
Elevada Intensidade de Sinal (HIPERSINAL) – tecidos com T1 curto: lípidos, líquidos ricos em proteínas, gadolínio (característica intrínseca de encurtar os tempos T1)...
Sinal em ponderações T2
Baixa Intensidade de Sinal (HIPOSSINAL) – tecidos com T2 curto: fígado, tecido musculo-esquelético...
Elevada Intensidade de Sinal (HIPERSINAL) – tecidos com T2 longo: edema, inflamação, líquidos puros, líquor, gliose...
As imagens T1 evidenciam os conteúdos gordos dos tecidos, pela selecção de parâmetros TR e TE curtos, ou seja, adequados para que os protões de macromoléculas de gordura (pesadas, com precessão mais “preguiçosa”), tenham já relaxado.
A gordura subcutânea vai apresentar-se com hipersinal
O LCR, constituído por protões mais simples e rápidos, ainda não vai emitir sinal com TE e TR curtos. Para os “observar-mos” deveremos obter sequências com tempos mais longos, de modo a que todo o processo de relaxamento T1 e T2 para a água tenham acontecido.
A existência de fibras mielinizadas na SB faz com que esta tenha hipersinal em T1 e hiposinal em T2, permitindo a sua distinção.
Placas de EM
Lesão inflamatóriaInfiltração peri-
venular por linfócitos e plasmócitos
Lesão da BHEFluxo de água e
proteinas edema Alteração da
composição no tecido cerebral aumenta o tempo de relaxamento T2 hipersinal
exemplo
•Técnicas que permitem codificar o sinal de fluxo (spins em movimento) por oposição aos spins estáticos.•Codifica fluxo arterial e venoso•Suprime tecidos moles e crânio•Mesmas indicações da Angio-TC
ANGIO-RM
O contraste da Imagem é a diferença de intensidade de sinal entre dois tecidos.
1. Manipulação dos parâmetros.2. Agentes de contraste.
Meios de Contraste
Inicialmente houve dúvidas qto à necessi-dade da administração e.v. de contraste Pela sua natureza não invasiva e capacida-de e resolução espacial e de contraste entre as diferentes estruturas Gadolínio-DTPA, em 1983 Beneficiar a imagem, a sensibilidade e aespecificidade
Meios de Contraste
Alteração da densidade protónica – preenchimento de cavidades orgânicas, ou o nº de protões existentes na amostra:gel de ecografia, urina, água no estômago Alteração dos T.Relaxamento – forma de actuação indirecta
Os agentes de contraste vão alterar a intensidade de sinal emitido num vóxel
IS(TRxTE)=e-TE/T2 (1-e-TR/T1)
Meios de Contraste
Substâncias químicas que a acuidadedas imagens O Gadolínio altera o sinal dos tecidos cap-tantes, influenciando o fenómeno de RM e encurtando os Tempos de Relaxamento T1 e T2 de cada tecido
Meios de Contraste
Positivos As estruturas vascularizadas ou em quebra da BHE surgem hiperintensas quendo em imagens ponderadas em T1Gadolínio Gadolínio PARAMAGNÉTICOPARAMAGNÉTICO
EFEITOS BIOLÓGICOSINERENTES À RM
Campo Principal
REACÇÕES BIOQUÍMICAS
Este efeito não foi mensurável em humanos
Campo Principal
EFEITO DE HALL
Campo eléctrico gerado num condutor(doente)Perturbar o potencial de acção neuromuscular De peq significado em exames clínicos
Campo Principal
SENSIBILIDADE MAGNÉTICA
3,7 gr de ferro num adulto de 70 Kg estão ligados e dispersos pela: hemoglobina, ferritina e hemossi-derinaNenhum efeito biológico significativo foi demons-tradoA força de torção/deflecção depende da forma dos substractos em questão
Campo Principal
EFEITOS SENSORIAIS
Náuseas, vertingens: observados em > 4TEm Bo não se observaram estes efeitos
EFEITOS BIOLÓGICOS
•FORÇA ATRACTIVA ou TRANSLACCIONAL•FORÇA DE TORÇÃO ou ROTACIONAL ou DEFLECTIVA
Um objecto ferromagnético tenta realinhar-se com BoEste movimento é mais forte e perigoso que a força atractiva Directamente proporcional a BoDepende das dimensões do objecto e do ângulo que faz com o alinhamento de Bo
TÉCNICAS
ESTUDOS CEREBRAIS
• Devem incluir ponderações T1 e T2, adquiridas nos 3 eixos ortogonais• A administração e.v. de contraste (gadolínio) está indicada para patologias infecciosas, tumorais…
As imagens localizadoras permitemo planeamento dos cortes segundomarcas anatómicas definidas
Posicionamento dos cortes
O aspecto heterogéneo e o padrão de captação periférica é característico de tumores da série glial.
Lesões neoplásicas primárias
ESTUDOS COLUNA
• Devem incluir ponderações T1 e T2, adquiridas nos planos sagital e axial• A administração e.v. de contraste (gadolínio) está indicada para patologias infecciosas, tumorais…