A TEORIA

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Teoria

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Page 1: A TEORIA

A TEORIA, HISTÓRIA, CRÍTICA E PRÁTICA NO ATO SE PROJETAR UMA OBRA PRIMA

Para evitar a arbitrariedade adquirida na prática projetual, tem-se que levar em consideração o conhecimento adquirido no curso de arquitetura pautado na informação por atividades de teoria, histórica e crítica. O objetivo da escola de arquitetura é a preparação do espírito crítico do estudante.

Entretanto, isso já se discute nos documentos oficiais escolares até mesmo em encontros que visam discutir as suas inter-relações, teoria, história, crítica e prática de projeto são estreitamente vinculadas, sendo o projeto o fio condutor que deve guiar os demais.

É perigoso tratar a história da arquitetura como história geral, porque houve uma sucessão de fatos arquitetônicos ao longo do tempo é preciso situá-los num contexto em que todos os extratos estejam presentes. A história é uma forma de acesso ao conhecimento da nossa disciplina: experiências, estratificação de hipóteses, soluções, êxitos e fracassos.

A história da arquitetura explica porque determinadas obras são como elas são. Daí surge a relação teoria e prática: duas concepções. Uma delas separa os teóricos e os práticos. A outra diz que existe uma teoria geral separada da prática realizada em ateliê: ora a teoria é vista como diletantismo inconsequente, ora a prática é classificada como repetição mecânica de fórmulas recebidas. De nada serve a mais atilada observação teórica se não contribui para a intensificação do entendimento visual, condição necessária da capacidade de julgar e, portanto, de conceber.

Teoria e prática se complementam. A teoria se apoia nos resultados da prática, já a reprodução mecânica se apoia na reflexão de caráter teórico. As teorias são simplesmente tentavas de explicar os fatos que resistem à abordagem do mero sentido comum. Ela está sempre aberta ao mundo: dele extrai confirmação, e se modifica caso surjam dados que a contradizem. Em relação a crítica de arquitetura, é importante ao mesmo tempo entender para que ela serve e os limites da sua atuação.

Toda atividade crítica necessita da base de uma teoria da qual possa deduzir os juízos que sustentam as interpretações. A missão da crítica é a de interpretar e contextualizar. A inter-relação da teoria, história, crítica e projeto fica aparente quando procuramos entender as atividades que são desenvolvidas em um típico ateliê de projetos. Nas fases de um projeto, sempre são submetidas a críticas dos professores. Essas intervenções auxiliam o aluno a solucionar problemas.

Portanto, se o ensino de história da arquitetura se utilizar da teoria e da crítica, não corre o risco de se tornar uma recitação aborrecida de nomes, datas e ilustrações de edifícios. A teoria, a história e a crítica da arquitetura se encontram na base de toda metodologia para fazer arquitetura, por isso sua separação oficial da prática de projetos não pode ter bons resultados para o estudante de arquitetura sendo necessária à sua compreensão e desenvolvimento.