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Revista Científica Gamaliel – Fatej / Fadisa | Vol.1 | Nº. 1 | Agosto/Novembro - Ano 2019 |
A TEORIA DA PERCEPÇÃO E SUA CORRELAÇÃO COM A TEOLOGIA E A EDUCAÇÃO – UMA CONTRIBUIÇÃO PARA O
DESENVOLVIMENTO DO ESTADO DE TOLERÂNCIA1
“A percepção do desconhecido é a mais fascinante das experiências. O homem que não tem
os olhos abertos para o misterioso passará pela vida sem ver nada”.
Albert Einstein
RESUMO
Os dilemas sociais da atualidade fazem parte do cotidiano dos educadores no Brasil,
bem como, estão de alguma maneira conectados à religião. É evidente, que muito
dos conflitos sociais no Brasil estão no âmbito das transformações e dos novos
contornos que a religião vem recebendo em meio às expressões múltiplas da fé e de
suas controvérsias. Assim, este artigo procura elucidar junto aos educadores que
atuam no ensino superior, o impacto que o contexto da experiência religiosa
protestante no Brasil tem na educação. Ajuíza a força que a religiosidade protestante
possui e que emiti opiniões delimitando convicções.
Palavra-chave: Religião, Conflito, Educação, Teologia, Tolerância.
ABSTRACT
The social dilemmas of the present day are part of the daily life of educators in Brazil,
as well as, they are somehow connected to religion. It is evident that much of the
social conflicts in Brazil are within the scope of the transformations and the new
contours that the religion has received amid the multiple expressions of the faith and
its controversies. Thus, this article seeks to elucidate with the educators who work in
higher education, the impact that the context of the Protestant religious experience in
Brazil has on education. It adjusts the force that Protestant religiosity possesses and
that it emitted opinions delimiting convictions.
Key words: Religion, Conflict, Education, Theology, Tolerance.
1 O termo “Estado de Tolerância” neste artigo tem seus pressupostos baseados na proposta de John Locke no texto intitulado
“Carta acerca da Tolerância de 1689”; neste, Locke argui que a Tolerância é uma das principais características da verdadeira religião. Para Locke a religiosidade contempla a respeitabilidade às crenças e ao relativismo filosófico que as envolve, de sorte que, para a época da produção do seu texto, Locke foi considerado um liberal, e por esta razão se tornou uma referência no tocante à reflexão entre Religião, Estado e Política.
autor Prof. Me. Marcelo Alves Dantas
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INTRODUÇÃO
Este artigo procura demonstrar a teologia, enquanto detentora de critérios
educacionais que justapõe: a compreensão de que a experiência religiosa quando
analisada é uma ferramenta que elucida as limitações racionais inerentes da mente
humana, permitindo assimilar a alienação da razão e o comprometimento da
sociedade atual; analisa a obstrução do diálogo e do respeito que retarda a
consolidação do Estado de Tolerância. Portanto, tem como interesse elucidar e
contribuir com a conscientização dos docentes que atuam no ensino superior, bem
como, auxiliar no exercício das funções pedagógicas. Argui as tensões entre a
consciência teológica e a educação no ensino superior. Atenta para a importância da
percepção que a teologia produz e sua intersecção nos Projetos Pedagógicos de
Curso (PPC). Evoca a conscientização do saber teológico como vetor necessário de
conscientização para a educação no século XXI.
Platão no Livro VII página 317, por meio da alegoria conhecida como Mito da
Caverna argui a importância libertadora da percepção, de forma que, torna-se
impreterível trazer a lembrança sua narrativa que se inicia declarando a importância
da educação, tanto quanto, os prejuízos de sua ausência. A argumentação platônica
supõe uns homens vivendo nos limites de uma caverna subterrânea, onde por uma
pequena fresta se dá uma entrada de luz abrangendo a caverna em seu todo. Os
habitantes da caverna, não conhecem outro universo, senão o da pequena caverna
em que habitam desde a infância, tendo como agravantes algemas e grilhões nas
pernas e pescoços, sendo assim, impedidos de ausentar-se do lugar e tendo a
mobilidade comprometida, de tal maneira que, lhes é facultado permanecer no
mesmo local, e tendo o olhar fixo sempre para frente. Na caverna se faz queimar ao
longe uma fogueira por detrás deles, dando-lhes certa iluminação; a sua frente
encontra-se uma parede tendo o reflexo da iluminação do fogo, nesta se faz projetar
as sombras de movimentação de trabalhadores, animais, dentre outras ocupações.
Contudo, nada mais lhes é acessível, senão as imagens projetadas na dimensão da
parede da caverna, de forma que, uma vez não transpondo o mundo subterrâneo da
caverna para o lado de fora, lhes falta o acesso e conhecimento do universo externo.
O Mito da Caverna tem a intenção de elencar o sentido e o valor da percepção por
meio da ruptura dos limites impostos a experiência humana no interior da caverna.
Portanto, dependendo do lugar e dos acessos que o ser humano possuir, aí se
estabelecerá a sua percepção e sentido da realidade, de forma que, acessível lhe é
apenas as sombras dos que passam do lado de fora da caverna. Ora, o fato é que
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vivendo desde a infância delimitados no mundo subterrâneo da caverna, nunca
tendo acesso ao lado de fora, estavam limitados, não conhecendo outra claridade,
senão à luz da fogueira e as sombras projetadas na parede, porém, sair da caverna
e conhecer a luz do Sol e o universo externo, propõe novos desafios e novas
percepções do mundo exterior a caverna.
Esta introdução, ainda que sucinta, tem como objeto a delimitação e a
importância da teoria da percepção como meio que acessa a realidade. Convém
salientar a importância da teoria da percepção no contexto da teologia, destacando o
seu papel fundamental na elaboração do discurso e no progresso do conhecimento,
viabilizando o Estado de Tolerância.
A percepção é a construção ativa de um estado neural que se correlaciona a elementos biologicamente relevantes do ambiente. Esta correlação, longe de estabelecer uma representação fiel do mundo, guia nossas ações na elaboração de comportamentos adaptativos, sendo, portanto, condicionada por fatores evolutivos. Já que a construção de um percepto é um processo intrinsecamente ambíguo, discrepâncias perceptivas podem surgir a partir de condições idênticas de estimulação (BALDO, 2003:06).
Destaca-se a relevância da percepção, enquanto aquela que constrói,
correlaciona, elabora e guia as ações humanas. Ainda é de sublimidade destacar os
termos, elaboração, adaptação, condicionamentos, evolução, ambiguidade,
discrepâncias; porquanto, assim é a percepção, um universo de sentidos, imagens,
visões e compreensões, que se integram, e que se desintegram cotidianamente,
todavia, mesmo diante de condições idênticas com suas variáveis, permite acessar
fragmentos da realidade.
I - METODOLOGIA DA PESQUISA
O método se constitui de pesquisa bibliográfica, segundo Prodanov o método
bibliográfico se define da seguinte maneira:
Pesquisa bibliográfica: quando elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de: livros, revistas, publicações em periódicos e artigos científicos, jornais, boletins, monografias, dissertações, teses, material cartográfico, internet, com o objetivo de colocar o pesquisador em contato direto com todo material já escrito sobre o assunto da pesquisa. Em relação aos dados coletados na internet, devemos atentar à confiabilidade e fidelidade das fontes consultadas eletronicamente. Na pesquisa bibliográfica, é importante que o pesquisador verifique a veracidade dos dados obtidos, observando as possíveis incoerências ou contradições que as obras possam apresentar (PRODANOV, 2013:54).
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O método comporta análise bibliográfica interdisciplinar, tanto quanto, das
comparações histórico-sociais, políticas e religiosas descritas em obras literárias.
Este artigo apetece despertar o interesse pela percepção que teologia
proporciona, enquanto teoria que parte do discurso de Deus e da vida, tendo parte
de seus pressupostos caracterizados por grupos através da experiência religiosa de
comunidade, o que de antemão aprovisiona a compreensão da força da religião,
enquanto ajuntamento da fé, considerando a sinergia dos parâmetros de
doutrinação, ou seja, a ação ou esforço simultâneos, cooperação, coesão; trabalho
ou operação associados; portanto, ao se tratar de grupos religiosos, falamos da
percepção de elos que se firmam e crenças que se enrijecem.
Contudo, considera-se que a ortodoxia protestante não é totalmente rígida,
mas de transformações lentas, as palavras do Pe. Josafá Carlos de Siqueira, S. J.,
auxilia na compreensão de que:
A história do cristianismo nos mostra que o surgimento de seitas cristãs sempre foi acompanhado de crescimento, apogeu e declínio, pois a melhoria das condições econômicas, o aumento da consciência crítica e da escolaridade, e a pouca solidez teológica, são fatores que condicionam a expansão e a retração do fenômeno religioso na sociedade (JACOB, 2013:6).
Assim, sustenta-se que o fenômeno do crescimento religioso, seu apogeu e
declínio, delineasse por meio das questões vinculadas a economia, o aumento da
consciência crítica, da escolaridade e da pouca solidez teológica, condicionando a
expansão e retração do fenômeno religioso. O quadro permite assimilar que
mudanças são partes de um processo histórico-teológico, bem como sociocultural,
de sorte que a análise bibliográfica com ênfase na percepção auxilia para melhor
compressão do fenômeno.
Ainda que o fenômeno da religiosidade no âmbito do protestantismo conte
com certa dose de ortodoxia e conservadorismo, pode se identificar uma crise de
autenticidade, nas palavras do teólogo presbiteriano Lopes, (2007:07), apesar da
grande euforia pelo expressivo crescimento, os protestantes também devem ser
compreendidos por seus problemas doutrinários, suas crises teológicas, seus grupos
sectários e extremistas, um verdadeiro paradoxo que afeta diretamente a questão da
autenticidade.
Embora o universo da experiência religiosa seja tão relativo e complexo,
torna-se necessário refletir sobre a teoria da percepção, como um dos vetores que
abaliza os planejamentos pedagógicos na contemporaneidade.
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2. O PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO A PARTIR DOS
PRESSUPOSTOS DA TEORIA DA PERCEPÇÃO
Considerando algumas autoridades no âmbito da docência no ensino
superior, optei por Agnela da Silva Giusta2, professora Adjunta do Departamento de
Ciências Aplicadas à Educação da Faculdade de Educação da Universidade Federal
de Minas Gerais (UFMG), autora de um artigo, cuja releitura atenta para as “teorias e
concepções de aprendizagem que comumente subsidiam as práticas pedagógicas,
as contradições que marcam a produção do conhecimento psicológico, sendo
desveladas através da explicitação dos pressupostos epistemológicos”. Seus
questionamentos explicitam certa complexidade na psicologia, porquanto, resume
que as teorias não definem o campo total da produção do conhecimento psicológico,
e muito menos o esgotam.
Conforme Giusta, o conceito de aprendizagem emergiu das investigações
empiristas em Psicologia, investigações cujo pressuposto, é de que todo
conhecimento provém da experiência, sendo sua expressão mais imponente o
behaviorismo. Sua reflexão postula que a Gestalt opõe-se ao behaviorismo por ter
um fundamento epistemológico de tipo racionalista, ou, mais precisamente, por
pressupor que todo conhecimento é anterior à experiência, sendo fruto do exercício
de estruturas racionais, pré-formadas no sujeito.
Tendo seu olhar voltado para os educadores do ensino superior, questiona a
tese, de que o tratamento dado à aprendizagem pelas duas correntes em foco é,
antes de tudo, reducionista. O behaviorismo, como toda teoria positivista, reduz o
sujeito ao objeto, já a Gestalt, como uma teoria racionalista, faz o contrário. Para ela
o behaviorismo acentua o primado do objeto, mas ignora a objetividade, destruindo-
se, portanto, pela sua própria prática. Assim, Giusta pressupõe que o behaviorismo
é um objetivismo sem objetividade, a Gestalt é um subjetivismo sem subjetividade, o
que dá no mesmo.
Suas observações levantam questionamentos os quais, segundo ela, devem
nortear os projetos pedagógicos, são considerações que argumentam o fracasso
das ações pedagógicas assentadas na concepção positivista de aprendizagem, as
quais silenciam os alunos, isolam-nos e os submetem à autoridade do saber dos
professores, dos conferencistas, dos textos, dos livros, das instruções programadas,
2 Agnela da Silva Giusta - Professora Adjunta do Departamento de Ciências Aplicadas à Educação da Faculdade de Educação
da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
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das normas ditatoriais da instituição, e tudo isso para chegar a um único resultado:
ao falso conhecimento e à subordinação.
Giusta, com base em (Piaget, 1976-prefácio) aprecia a aproximação dos
trabalhos iniciados por este, bem como, os que incorporam as contribuições dos
especialistas do centro de epistemologia genética, aprovisionando os elementos
necessários, e dando sustentação ao que ele qualifica como ideia central de sua
teoria: a de que "[...] o conhecimento não procede nem da experiência única dos
objetos, nem de uma programação inata pré-formada no sujeito, mas de construções
sucessivas com elaborações constantes de estruturas novas".
A teoria de Piaget é resultante da relação sujeito X objeto, relação essa em que os dois termos não se opõem, mas se solidarizam, formando um todo único. As ações do sujeito sobre o objeto e deste sobre aquele são recíprocas. O ponto de partida não é o sujeito, nem o objeto, e, sim, a periferia de ambos; assim, o desenvolvimento da inteligência vai-se operando da periferia para o centro, na direção dos mecanismos centrais da ação do sujeito (dando lugar ao conhecimento lógico-matemático) e das propriedades intrínsecas do objeto (dando lugar ao conhecimento do mundo). Essa direção no sentido do sujeito e do objeto não deve ser entendida como uma polarização: o conhecimento lógico-matemático e o conhecimento do mundo objetivo se relacionam mutualmente. O pensamento humano pretende, legitimamente, deter a possibilidade, o poder de atingir a verdade absoluta. O pensamento humano pretende possuir a soberania sobre o mundo e o direito absoluto sobre a verdade 'infinita'. O pensamento dos indivíduos não pode ter tais pretensões; é sempre finito, limitado, relativo. Mas essa contradição é resolvida pela sucessão das gerações humanas e pela cooperação dos indivíduos nessa obra coletiva que é a ciência. (LEVEBVRE, 1979:100).
Giusta, com precisão faz considerações que consentem por meio da
psicologia, delimitar o relativismo e a finitude da razão humana, auxiliando na
limitação das concepções de aprendizagem de teor mecanicista e idealista; seus
pressupostos assinalam a necessidade da averiguação no campo da Psicologia, os
quais emitam novas formulações superando as teorias mecanicistas e idealistas.
Para Giusta, a percepção no que diz respeito à aprendizagem, tem sua
demanda no campo da psicologia e da sociologia, isto se refle, quando ao
mencionar Piaget, nota que o sujeito constitui com o meio uma totalidade, sendo,
portanto, passível de desequilíbrio, em função das perturbações desse meio, de
forma que, é impossível encarar a vida psíquica, senão, sob a forma de suas
relações recíprocas. Isso o obriga a um esforço de adaptação, de readaptação, a
fim de que o equilíbrio seja restabelecido; portanto, a adversidade a que o indivíduo
está sujeito o torna escravo das circunstâncias e de uma ética circunstancial, de
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modo que, a educação atua na adaptação, ou no restabelecimento do equilíbrio,
comportando dois processos distintos, porém indissociáveis, que são a assimilação
e a acomodação.
Portanto, Giusta com base nas aproximações epistemológicas da psicologia,
contribui para a apreensão, de que os litígios educacionais e os conflitos sociais
estão estritamente ligados às questões psicológicas, sendo relevante a teoria das
percepções, enquanto fonte e recurso para sensibilização do educador no século
XXI. É sob as bases até aqui sugestionadas, que se fundamentam os argumentos
de que a teologia deve ser vista como necessária e elaboradora de percepções
contundentes para o ensino superior, cuja contribuição é condescendente para o
desenvolvimento do Estado de tolerância.
3. PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO E CONSCIENTIZAÇÃO NO
ENSINO SUPERIOR - A PERSPICÁCIA DA TEOLOGIA
Faz-se necessário levar em consideração o significado de planejamento
educacional, planejamento curricular e planejamento de ensino.
Luckesi3, (1992:121,122) apresenta as três questões de forma relevante,
sendo o "Planejamento Educacional: os procedimentos elaborados sob a lógica que
aborda cientificamente os problemas de educação; definindo prioridades e
considerando a relação entre os diversos níveis do contexto educacional.
Planejamento Curricular: - como uma tarefa multidisciplinar que delimita a
organização de um sistema de relações lógicas e psicológicas, levando-se em conta
a complexidade do conhecimento, porém viabilizando o processo ensino-
aprendizagem; procura relevar a previsão de todas as atividades que o educando
realiza sob a orientação da escola para atingir os fins da educação. Planejamento do
Ensino: - como previsão inteligente das etapas do trabalho escolar que envolvem as
atividades docentes e discentes. Segurança, economia, eficiência da relação ensino-
aprendizagem, possibilitando melhores resultados e maior produtividade. Sob essa
interconexão de educação, currículo e ensino, postula-se o dialogar dos projetos
pedagógicos para a contemporaneidade, e para tanto, a teoria das percepções, junto
à teologia, funciona como um vetor para o planejamento pedagógico e a atividade na
docência do ensino superior.
3 Doutor em Filosofia da Educação pela PUC/SP, Professor da Universidade Federal da Bahia - UFANA -e da Universidade
Federal de Feira de Santana. Planejamento e Avaliação na Escola: articulação e necessária determinação ideológica.
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De acordo com Assmann4 (1998:65) educar é [...] recriar novas condições
iniciais para auto-organização das experiências de aprendizagem [...] educar é ir
criando continuamente novas condições iniciais de transformar todo o espectro de
possibilidade pela frente.
Seguindo este modelo de educação, a EST - Escola de educação Luterana
empenhou-se na busca pelo reconhecimento do Curso de Teologia, sendo a
primeira no Brasil a gozar de seus benefícios.
Em 1985 os luteranos deram mais um passo importante, ao criarem a Escola Superior de Teologia (EST) da Igreja Evangélica de Confissão Luterana, englobando cinco institutos, ou os cinco ramos da formação teológica – Antigo Testamento, Novo Testamento, Teologia Sistemática, História Eclesiástica e Teologia Prática. Toda esta trajetória dedicada aos luteranos tem como objetivo demonstrar o importante papel que esta denominação teve com o surgimento do Parecer CNE/CES
5 nº 241/1999,
que oficializou o ensino teológico no país, pois a EST foi a primeira instituição teológica brasileira oficializada pelo Ministério da Educação, com o curso de Bacharelado em Teologia.
Entretanto, o fator mais importante na questão da Escola Luterana, está no
aproveitamento no importante papel do Parecer CNE/CES nº 241/1999, oficializando
o ensino teológico no país, sendo a partir deste ano, que a teologia passa a tomar
seu impulso e buscar um diálogo de maior impacto na sociedade brasileira. Portanto,
trata-se de uma área da educação, cujos valores e sentido são ainda desconhecidos
por muitos. De modo que, em se tratando da teologia como processo de educação
no ensino superior e o planejamento educacional na contemporaneidade, torna-se
interessante o argumento de Barbosa (2007:01) ao mencionar que a história da
Educação e a história da Igreja possuíram vínculos expressivos em determinados
momentos, sendo fonte de influências recíprocas; destaca que na Idade Média a
relação educação-igreja foi intensa, a ponto de refletir-se na Igreja como o núcleo
encarregado pela educação visando à garantia da instrução de seus clérigos, bispos
e abades, fomentando nas crianças e jovens as aspirações pela vida religiosa. De
sorte que, a igreja tornou-se responsável pela organização e manutenção da
educação. Cita que Matinho Lutero (1483–1546), monge da ordem de Santo
Agostinho, sustentou a defesa da Reforma do ensino secundário e da universidade,
junto à criação de escolas de educação elementar com acesso a população.
Segunda Barbosa, Lutero é reconhecido como um crítico do sistema educacional de
4 Apud. Edinalva Madalena Almeida Mota / Angela Notarantonio. Planejamento de Ensino Numa Perspectiva Crítica. UNOPAR
Cient., Ciênc. Human. Educ., Londrina, v. 12, n. 2, p. 63-69, Out. 2011. Acesso: 17/01/2018. 5 CNE – Conselho Nacional de Educação / CES – Câmara de Educação Superior.
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sua época, sendo suas concepções baseadas numa educação cristã; menciona que
Lutero em seus escritos ao apresentar uma nova proposta para o currículo escolar,
baseava-se nas obras de Aristóteles julgando-os como livros nocivos, e acusando de
que estes levavam as pessoas para mais longe da Bíblia, assim fazendo uma crítica
ao sistema medieval que se baseava na filosofia de Aristóteles e na qual nada de útil
se aprendia. Observa-se que Lutero fora influenciado por uma formação teológica,
cuja crítica lhe permitiu ir um pouco além de seu tempo combatendo as restrições
impostas pelo sistema religioso de seus dias, contudo seu radicalismo teológico e
sua postura essencialmente bíblica, o colocou em oposição à filosofia Aristotélica.
Evidencia-se em Lutero, o pressuposto de que a teologia atua como fonte de
percepção crítica, porém, também pode se tornar uma fonte restritiva de liberdade,
porquanto, Lutero fixou em seu espírito de Reforma Protestante, a atitude
mantenedora de um estado absolutista, deflagrando intolerâncias, como
consequência, chocou-se com as transformações sociais de seu tempo, cujas raízes
estavam subjacentes no movimento iluminista de sua época, a saber, o século XVI,
movimento este determinante para o desenvolvimento do Estado Laico.
Portanto, é fato que o espírito da Reforma Protestante em sua origem não
coaduna com o espírito, tanto quanto, com os efeitos de uma globalização. De forma
que, não é suficiente aos educadores apenas compreender os pressupostos teóricos
que envolvem o litígio, é preciso entender as questões fundamentais que dificultam a
relação ensino-aprendizagem. Assim, os argumentos da teoria da percepção, junto à
teologia, permitem opinar, de que às crenças estabelecidas no ambiente das
experiências religiosas protestantes de base reformada, fazem parte intrínseca das
barreiras que dificultam o processo de ensino-aprendizagem na história. Ainda sim,
convém avultar, que não é de natureza simplista a interpretação do que se
denomina “Protestantismo”.
Ribeiro (2007:01) discorre de forma sucinta, porém objetiva, a radicalidade
histórica do Protestantismo brasileiro, percorrendo o caminho das obras literárias
publicadas por Oliveira Vianna (1920), Alceu Amoroso Lima (1931) e Gilberto Freyre
(1933); perpassa por diversos autores e títulos, citando Batistas, Presbiterianos,
Metodistas, Igreja Congregacional, Pentecostalismo e Neopentecostalismo,
fundamentando de maneira coerente os períodos e as transformações do
protestantismo no Brasil. O artigo destaca “a diversidade institucional, litúrgica,
doutrinária, ética e política, dentre outras variáveis, indicando a quase
impossibilidade de se estudar o protestantismo brasileiro como um todo”. São bem
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estabelecidas as palavras do pesquisador Robinson Cavalcanti ao dizer que não
existe um protestantismo brasileiro, mas “protestantismos no Brasil”. Todavia, a
presença de um único livro, a Bíblia, onde todos bebem de uma mesma fonte,
unifica e planifica até certo ponto a doutrinação protestante, de maneira que o
absolutismo é a matriz que faz o sustento de pontos específicos da fé cristã. Os
apontamentos fazem menção do impacto da divulgação da Bíblia, bem como da
influência do protestantismo na educação e na cultura brasileira, ainda que haja
evidências das demandas entre católicos e protestantes. O gráfico abaixo mostra a
produção literária, permitindo uma breve percepção da produção intelectual.
Figura 1: Produção Intelectual na América Latina no
Âmbito protestante - Pentecostalismo e Carismatismo
Fonte: O Protestantismo Brasileiro: Objeto em Estudo.
REVISTA USP, São Paulo, n.73.
Uma vez que, o Protestantismo brasileiro se manifesta através do
protecionismo do fiel, sobrepõe imperativamente uma ortodoxia paradoxal marcada
muitas vezes pela falta de lucidez teológica coerente, permanecendo sob um viés
fundamentalista, o que torna evidente um tipo de comportamento, cujas concepções
são apinhadas de resistência. Sendo dada estatística, uma forma de gerir
percepções de um determinado estado ou situação, delimita-se a importância de
gráficos para aguçar e sensibilizar a questão.
Sobre a formação das concepções, Ponte (1992:185) comenta:
As concepções formam-se num processo simultaneamente individual (como resultado da elaboração sobre a nossa experiência) e social (como resultado do confronto das nossas elaborações com as dos outros). As concepções têm uma natureza essencialmente cognitiva. Atuam como uma espécie de filtro. Por um lado, são indispensáveis, pois estruturam o sentido
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que damos às coisas. Por outro lado, atuam como elemento bloqueador em relação a novas realidades ou a certos problemas, limitando as nossas possibilidades de atuação e compreensão.
A ênfase está no elemento bloqueador e limitador que inviabiliza a
compreensão, sendo este um fator preponderante que deve ser levado em
consideração para efeitos de conscientização do educador e seus desafios atuais.
Conforme Jacob (2013) sabe-se que a expansão das igrejas pentecostais
como um ramo do protestantismo se constitui no principal fator da transformação do
perfil religioso no Brasil, principalmente nos anos 1980. Na discussão está a redução
do número de católicos, destacando o crescimento dos evangélicos pentecostais e
arguindo como um dos principais fatores da diversificação religiosa brasileira.
Justapõe o fato, de pessoas que declaram pertencer a uma das religiões do grupo
pentecostal se encontrar em constante aumento no país: 3,9 milhões em 1980, 8,2
milhões em 1991, 17,6 milhões em 2000 e 25,4 milhões em 2010. Exige atenção,
por razão de que a população pentecostal dobra a cada década entre 1980 e 2000 e
no período de 2000 a 2010, o crescimento, apesar de significativo, é inferior ao das
décadas anteriores. Embora o censo e as estatísticas sejam caraterizados pelos
pentecostais delimitados como: “determinados e indeterminados”, e haja uma
variável na questão de identidade, é possível conhecer os indeterminados pelo
estado de trânsito religioso, diagnosticado pelo tipo de comportamento que lhes é
característico. Não obstante, o pentecostalismo contar com diversos grupos, ainda
sim o termo “Pentecostal” atua como força motriz da crença religiosa e mantém uma
identidade que lhes é comum, a saber: a crença numa revelação divina especial e
singular, crença essa que forja a unidade na diversidade dos grupos. Contudo,
impetra-se com clareza a força que o Protestantismo Pentecostal exerce no País, o
que deve ser considerado como relevante na condução dos projetos pedagógicos
que lidam no cotidiano com a mentalidade ortodoxa e absolutista própria do universo
do protestantismo de vertente pentecostal.
Neto6 (2014) faz notório o questionamento acerca da complexidade do
conhecimento, busca em Edgar Morin, o argumento a não existência de ciência
pura, nem verdade pura no conhecimento, partindo dessa premissa, pondera, que
desde o século XVI aspectos da teologia acastelam uma Reforma Protestante, sob a
hipótese de uma ruptura com o catolicismo; este último, interpretado como
experiência religiosa subserviente e manipuladora, subsidiada por um sistema de
6 A Visão de Complexidade de Edgar Morin para o Entendimento da Verdade nos Estudos Organizacionais.
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indulgências dissimulador da verdade; contudo, contraditoriamente, emerge-se o
movimento protestante pentecostal recriando experiências religiosas detentoras de
intepretações subjetivas, carentes de fundamentação metodológica e científica
coerentes. Logo, o argumento do contraditório se funda no que se institui como
Reforma, porquanto, é insustentável a tese da Reforma com base numa verdade
absoluta, senão, quando subsidiada pelo conceito de “revelação7”; porquanto, o
absolutismo é filosoficamente contraditório para atualidade das reflexões
acadêmicas no século XXI.
Figura 2 - Número de Fiéis das Principais Igrejas Pentecostais
Fonte: IBGE, Censo Demográficos de 1991, 2000, e 2010
O gráfico reforça a compreensão do impacto do crescimento e da força do
protestantismo pentecostal no país, entretanto, o objetivo não é criticar o
pentecostalismo em si e sua matriz doutrinária educacional delimitada pela Reforma
Protestante, mas entender o papel da teoria das percepções e da teologia no âmbito
da experiência religiosa protestante e consequentemente mensurar os pressupostos
que auxiliem o desenvolvimento dos projetos pedagógicos da educação no século
XXI. Cabe delimitar o equivocado entendimento daquilo que se apreende por
teologia no seio do protestantismo, visando o diálogo inteligente e interdisciplinar. É
importante enfrentar o litígio que se estabelece e elucidar a compreensão da
importância da teologia na educação, assim, alimentar a análise da teologia,
enquanto fonte de ciência crítica da religião, buscando entender as bases da
7 O conceito de revelação é essencial para a ortodoxia cristã. A fé reformada está alicerçada no entendimento de que a Bíblia é
a revelação especial de Deus inspirada e norma suprema de fé e prática. Após o movimento do humanismo renascentista, a Escritura deixou de ser a única fonte de autoridade para a teologia e outras fontes passaram a ser abraçadas pelos teólogos. No século 20, liberais, neo-ortodoxos e pentecostais passaram a utilizar outros critérios, como a razão, a experiência e a filosofia existencialista - FIDES REFORMATA XII, Nº 2 (2007:63-77).
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educação e da transformação social no século XXI. Não se trata de reafirmação de
fundamentalismos, mas da busca de esclarecimentos que promovam a harmonia da
existência humana levando-se em conta o universo do sagrado, através da
conscientização teológica.
Assim, torna-se indispensável aos educadores conhecer o significado e o
papel da teoria das percepções e teologia, bem como, a sua contribuição nos
projetos pedagógicos contemporâneos, visando à construção da interdisciplinaridade
e de uma cosmovisão mais coerente do mundo hodierno. Para isto, é necessário
que os projetos pedagógicos façam a inclusão das disciplinas que agucem as
percepções e que sejam consideradas relevantes para o currículo, de forma que
falem imperativamente a realidade humana contemporânea, com efeito, isto só pode
ser realizado a partir do estudo analítico em busca do sentido e do valor que a
disciplina possui, assim, esse artigo propõe a valorização e necessidade da teoria
das percepções com base na teologia para os projetos pedagógicos.
Segundo Morin (1990:11),
“Todo conhecimento opera por seleção de dados significativos e rejeição de dados não significativos: separa (distingue ou desune) e une (associa, identifica); hierarquiza (o principal, o secundário) e centraliza (em função de um núcleo de noções mestras)”.
Nos termos da teologia, enquanto percepção, a seleção de dados
significativos, bem como, sua rejeição, está conectada à reciclagem dos métodos
justapostos para a aquisição do conhecimento, tanto quanto, no acesso a
historiografia, porquanto, na teologia, os dados histórico-culturais são vetor
importante no diálogo das estruturas sociais, na percepção do conceito de tolerância
de cada geração, e no desenvolvimento da cosmovisão de cada indivíduo.
Neto, (2014:3) elenca que estudar o homem, tanto quanto o seu
comportamento, abarca dimensões complexas e específicas, sendo objeto de difícil
mensuração, cabendo ao estudo das ciências sociais e humanas a ação reflexiva
que busca desvendar os seus mistérios, a força motriz dessa empreitada está na
particular concepção de que o homem como objeto científico, é uma ideia surgida
apenas no século XIX, tendo a Filosofia como aquela que sempre assumiu esse
legado.
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Figura 3 – Pentecostais no Brasil em 2010
Fonte: IBGE - Censo Demográfico 2010
Conforme o gráfico do total dos evangélicos pentecostais que moram na
cidade de São Paulo, 44% não têm instrução ou possuem no máximo ensino
fundamental incompleto. Dados que aproximam a percepção que, embora seja
relativa, de certa forma aponta e delimita a importância do planejamento
pedagógico.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente artigo permite refletir e dar importância à teoria das percepções,
como um importante vetor na análise do fenômeno religioso do protestantismo no
Brasil, marcado pelas manifestações de crescimento, de apogeu e declínio, tanto
quanto, de mudanças lentas e falta de solidez teológica. Destaca-se a expansão e a
retração deste fenômeno religioso e suas implicações no contexto da educação. As
indicações subsidiam a teoria das percepções, enquanto instrumento dos
planejamentos pedagógicos contemporâneos, sua atualização mediante os
processos de reflexão histórica e psicológica a partir da teoria das percepções
conforme proposta por Giusta. O artigo permite a conscientização da crise de
autenticidade dos evangélicos protestantes, seus problemas doutrinários, crises
teológicas, presença de grupos sectários e extremistas, sendo este cenário um
paradoxo que afeta diretamente a educação no Brasil, a vida em sociedade, e a
questão do desenvolvimento de um Estado de Tolerância.
A teoria das percepções pondera a realidade das transformações lentas do
protestantismo brasileiro e os relaciona a conscientização, lançando as bases da
educação na contemporaneidade. Especificamente considera a vertente pentecostal
evocando a importância de uma percepção da alteridade religiosa, bem como, de
suas implicações para o contexto da educação no Brasil. Assim, os dados do artigo,
quando comparados, apontam que a teoria das concepções, junto à teologia, pode
contribuir com uma maior na percepção da realidade e aprimorar os planejamentos
educacionais. Evoca a responsabilidade dos educadores de curso superior de
teologia, uma vez que são estes os idealizadores dos princípios que norteiam as
bases da educação religiosa e do diálogo no cotidiano, de modo que, estes possam
militar diligentemente e diretamente nos projetos pedagógicos com maior exatidão.
Propõe a leitura sob o prisma da psicologia-teologia e as tensões vigentes na
contemporaneidade, em busca de soluções que atenuem as demandas e lancem luz
no desenvolvimento do Estado de Tolerância.
Assim, sugestiona que os projetos pedagógicos atuais, no exercício da
docência em nível superior, tenham em sua matriz curricular apontamentos que
valorizem a percepção da realidade como elemento intrínseco dos educadores no
século XXI.
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RIBEIRO, Lidice Meyer Pinto. O Protestantismo Brasileiro: Objeto em Estudo. REVISTA – USP. São Paulo - n.73, p. 117-129, março/maio 2007. Artigo originalmente apresentado em forma de capítulo da tese de doutorado em Antropologia Social, apresentada à FFLCH-USP, intitulada “Religião/Magia/Vida de um Protestantismo Rural”, sob a orientação da profª. Drª. Margarida Maria Moura.
Autor – Me. Marcelo Alves Dantas
Docente FATEJ / FADISA Bacharelando em Direito - UNIESP/FAPAN Mestre em Ciências da Religião - UMESP; Mestre em Teologia do Novo Test. - FTBSP; Docência do Ensino Superior - UNOPAR; Bacharel em Teologia - UMESP. E-mail: [email protected]