A TEORIA DO CONCEITO APLICADA À DETERMINAÇÃO DE LINKS HIPERTEXTUAIS: considerações sobre...

Universidade Federal de Minas GeraisUniversidade Federal de Minas GeraisEscola de Ciência da InformaEscola de Ciência da Informaççãoão

I Encontro Brasileiro de Arquitetura de I Encontro Brasileiro de Arquitetura de InformaInforma çção ão –– I EBAII EBAI

São Paulo, SP São Paulo, SP -- BrasilBrasil19 de outubro de 200719 de outubro de 2007

TTíítulo do Artigotulo do Artigo

A teoria do conceito aplicada A teoria do conceito aplicada ààdeterminadetermina çção de ão de linkslinks

hipertextuaishipertextuais : considera: consideraçções ões sobre modelagem conceitual. sobre modelagem conceitual.

SumSumáário da Apresentario da Apresentaççãoão

�� Autoria;Autoria;

�� Objetivo do Artigo;Objetivo do Artigo;

�� Superestrutura do Artigo;Superestrutura do Artigo;�� Sistemas de Hipertextos;Sistemas de Hipertextos;

�� Rede Hipertextual e Rede Semântica;Rede Hipertextual e Rede Semântica;

�� RepresentaRepresentaçção da Informaão da Informaçção no Hipertexto;ão no Hipertexto;

�� Teoria do Conceito e Sistemas de Hipertextos;Teoria do Conceito e Sistemas de Hipertextos;

�� Conclusões;Conclusões;

�� Referências.Referências.

AutoriaAutoria

Rafael dos Santos NonatoRafael dos Santos Nonato –– GraduaGraduaçção em ão em Biblioteconomia (ECIBiblioteconomia (ECI--UFMG). Mestrando em Ciência da UFMG). Mestrando em Ciência da InformaInformaçção (ECIão (ECI--UFMG)UFMG)EE--mail: mail: [email protected]@gmail.com / / [email protected]@ufmg.br ;;

GercinaGercina Ângela Ângela BorBor éémm de O. Limade O. Lima –– Doutora em Ciência Doutora em Ciência da Informada Informaçção (ECIão (ECI--UFMG). Professora adjunta do UFMG). Professora adjunta do departamento de Organizadepartamento de Organizaçção e Uso da Informaão e Uso da Informaçção da ão da ECIECI--UFMG. UFMG. EE--mail: mail: [email protected]@ufmg.br

Objetivo do ArtigoObjetivo do Artigo

Apresentar a relação existente entre os sistemas de hipertexto, através do processo de determinação de links, e o processo de representação temática, oriundo da Ciência da Informação e Biblioteconomia.

IntroduIntroduççãoão

As transformaAs transformaçções na comunicaões na comunicaçção humana ão humana atatéé o surgimento da o surgimento da webweb;;

Esse trabalho justificaEsse trabalho justifica--se pela inexistência de se pela inexistência de critcritéérios consolidados de criarios consolidados de criaçção de ão de documentos hipertextuais. documentos hipertextuais. ÉÉ um subprojeto um subprojeto da pesquisa da pesquisa Modelagem Conceitual para Modelagem Conceitual para OrganizaOrganizaçção de Documentos Acadêmicos ão de Documentos Acadêmicos (MHTX)(MHTX) de Lima (2004). de Lima (2004).

Sistemas de HipertextosSistemas de Hipertextos

Foram implementados, em grande escala, no Foram implementados, em grande escala, no final da dfinal da déécada de 1980 atravcada de 1980 atravéés da crias da criaçção da ão da webweb ((World Wide Web);World Wide Web);

A primeira menA primeira mençção ão àà ididééia de nãoia de não--linearidade linearidade e fragmentae fragmentaçção da informaão da informaçção foi feita por ão foi feita por VannevarVannevar Bush atravBush atravéés de seu artigo s de seu artigo As As wewethinkthink, em 1945., em 1945.


Na dNa déécada de 1960, Ted Nelson foi o cada de 1960, Ted Nelson foi o responsresponsáável pela cunhagem do termo vel pela cunhagem do termo ‘‘HipertextoHipertexto’’;;

‘‘CombinaCombinaçção de texto em linguagem natural ão de texto em linguagem natural com a capacidade do computador de fazer com a capacidade do computador de fazer pesquisa interativa e exibipesquisa interativa e exibiçção dinâmica de um ão dinâmica de um texto nãotexto não--linearlinear’’..


Em tais Em tais sistemassistemas os documentos são os documentos são dispostos em uma base de dados repleta de dispostos em uma base de dados repleta de conexões, formando uma conexões, formando uma rede hipertextualrede hipertextual . . Nesta rede, cada unidade de informaNesta rede, cada unidade de informaçção da ão da base de dados (nbase de dados (nóós) s) éé conectada por conectada por linkslinks, de , de acordo com as associaacordo com as associaçções entre seus ões entre seus conteconteúúdos. dos.


FIGURA 1 - Composição do Sistema de HipertextoFonte: Desenvolvido pelo autores.


DefiniDefiniçção de Marques (1995, p.85):ão de Marques (1995, p.85):

... ... documentos eletrônicosdocumentos eletrônicos que permitem uma leitura que permitem uma leitura não seqnão seq üüencialencial , mais de acordo com o racioc, mais de acordo com o raciocíínio nio humano. Propõe uma maneira de interconectar humano. Propõe uma maneira de interconectar porporçções de informaões de informaçção e de acessão e de acessáá--las, seguindo o las, seguindo o curso natural do racioccurso natural do raciocíínio do usunio do usuáário, que executa a rio, que executa a pesquisa, elabora um documento ou realiza uma spesquisa, elabora um documento ou realiza uma séérie rie de tarefas que envolvem o uso do computador como de tarefas que envolvem o uso do computador como suporte suporte àà recuperarecuperaçção de informaão de informaçção ...ão ...


Problemas do Hipertexto (LIMA, 2004):Problemas do Hipertexto (LIMA, 2004):

�� DesorientaDesorienta çção do usuão do usu ááriorio : n: níível de vel de complexidade maior que os limites da complexidade maior que os limites da cognicogniçção visual do usuão visual do usuáário;rio;

�� Transbordamento cognitivoTransbordamento cognitivo : grande : grande nnúúmero de opmero de opçções apresentadas ao ões apresentadas ao usuusuáário em curto espario em curto espaçço de tempo. o de tempo.


As imagens moviam-se a medida que os usuários

moviam o mouse sobre a página

Fonte: Nielsen; Loranger, 2007, p. 186


Fonte: Nielsen; Loranger, 2007, p. 190

Links duplicados complicam desnecessariamente o site do

United Postal Service

Rede Hipertextual e Rede Rede Hipertextual e Rede SemânticaSemântica

�� Principal produto de um sistema de hipertexto: Principal produto de um sistema de hipertexto: Rede Rede HipertextualHipertextual ;;

�� Redes semânticasRedes semânticas são representasão representaçções grões grááficas ficas utilizadas na representautilizadas na representaçção do conhecimento;ão do conhecimento;

�� A A rede hipertextualrede hipertextual pode ser encarada como uma pode ser encarada como uma forma de implementaforma de implementaçção das redes semânticas para o ão das redes semânticas para o ambiente eletrônico. ambiente eletrônico.

Rede Hipertextual e Rede Rede Hipertextual e Rede SemânticaSemântica

FIGURA 2 – Equivalência necessária entre a Rede Hipertextual e a organização do conhecimento na mente humana.Fonte: Desenvolvido pelos autores.

RepresentaRepresentaçção da Informaão da Informaçção no ão no HipertextoHipertexto

Para Lima (2004), se a estrutura do Para Lima (2004), se a estrutura do hiperdocumento apresentar uma trilha hiperdocumento apresentar uma trilha de navegade navegaçção desorganizada ou ão desorganizada ou designdesigncognitivamente pobre, a pesquisa e o cognitivamente pobre, a pesquisa e o folheio (folheio (browsingbrowsing) pelo usu) pelo usuáário se torna rio se torna deficitdeficitáária. ria.


PodePode--se dizer que o processo de se dizer que o processo de representarepresentaçção temão temáática da informatica da informaçção, ão, oriundo da Ciência da Informaoriundo da Ciência da Informaçção/ ão/ Biblioteconomia, Biblioteconomia, éé ideal na ideal na identificaidentifica çção de conceitosão de conceitos e e relacionamentos entre nrelacionamentos entre nóós s hipertextuais. hipertextuais.


Em Ciência da InformaEm Ciência da Informaçção/ Biblioteconomia ão/ Biblioteconomia a representaa representaçção temão temáática de informatica de informaçção, ão, tambtambéém chamada de indexam chamada de indexaçção, ão, éé um um processo dividido em duas etapas: processo dividido em duas etapas:

1.1. AnAnáálise de Assunto;lise de Assunto;

2.2. TraduTraduçção de conceitos nos termos de uma ão de conceitos nos termos de uma linguagem de indexalinguagem de indexaçção (UNISIST, 1981). ão (UNISIST, 1981).


Campos (2001, p. 146Campos (2001, p. 146--160) propõe 160) propõe sete requisitossete requisitos para o para o desenvolvimento de uma metodologia desenvolvimento de uma metodologia de elaborade elaboraçção de modelos conceituais ão de modelos conceituais em sistemas de hipertextos. Os sete em sistemas de hipertextos. Os sete requisitos estão divididos em requisitos estão divididos em três três nnííveis de organizaveis de organiza ççãoão. .


NNíível de entendimento da forma de vel de entendimento da forma de abordagem do assunto do hiperdocumentoabordagem do assunto do hiperdocumento. . Tem como requisitos:Tem como requisitos:

1.1. DeterminaDeterminaçção do domão do domíínio do conhecimento;nio do conhecimento;2.2. MMéétodo de racioctodo de raciocíínio utilizado na nio utilizado na

representarepresentaçção das unidades do ão das unidades do conhecimento;conhecimento;

3.3. Tipo de leitor;Tipo de leitor;4.4. Tipologia documental do hiperdocumento.Tipologia documental do hiperdocumento.


FIGURA 03 - Separação de parte da realidade do universo do discurso

Fonte: CAMPOS, 2001, p.5


NNíível da organizavel da organizaçção das unidades de ão das unidades de conhecimento na construconhecimento na construçção da ão da narrativa do hiperdocumentonarrativa do hiperdocumento. Como . Como requisitos:requisitos:

1.1. Natureza do conteNatureza do conteúúdo das unidades do das unidades de conhecimento;de conhecimento;

2.2. Relacionamento entre essas Relacionamento entre essas unidades.unidades.


FIGURA 4 - Análise da abstração, determinação dos conceitos e sua estruturação em domínios de conhecimento pelo método ‘bottom-up’



NNíível de estabelecimento de um vel de estabelecimento de um veveíículo de comunicaculo de comunicaçção e expressão ão e expressão sobre a temsobre a temáática do hiperdocumentotica do hiperdocumento. . Tem como requisito:Tem como requisito:

1.1. ElaboraElaboraçção dos não dos nóós conceituais e s conceituais e seus relacionamentos em rede.seus relacionamentos em rede.


FIGURA 5 - Síntese da abstração com seus nós (conceitos) e relacionamentos em rede


Teoria do Conceito e Sistemas de Teoria do Conceito e Sistemas de HipertextosHipertextos

A teoria foi descrita por A teoria foi descrita por DahlbergDahlberg (1978) e considera (1978) e considera que:que:

�� Um conceito Um conceito éé uma suma sííntese de enunciados ntese de enunciados verdadeiros sobre um objeto;verdadeiros sobre um objeto;

�� Cada enunciado verdadeiro pode ser considerado Cada enunciado verdadeiro pode ser considerado uma caracteruma caracteríística de um objeto;stica de um objeto;

�� Se um conceito tem caracterSe um conceito tem caracteríísticas semelhantes sticas semelhantes ààoutro, podeoutro, pode--se falar em relacionamentos entre se falar em relacionamentos entre conceitos.conceitos.


Exemplo:Exemplo:

TêmTêm--se três se três objetosobjetos ::

1.1. Floresta;Floresta;

2.2. Floresta Tropical;Floresta Tropical;

3.3. Floresta Amazônica.Floresta Amazônica.FIGURA 6 – Floresta Amazônica

Fonte: www.google.com


Objeto 1: Objeto 1: FlorestaFloresta

�� ÁÁrea de alta densidade de rea de alta densidade de áárvores;rvores;

�� FormaFormaçção natural;ão natural;

�� Habitat de animais e plantas;Habitat de animais e plantas;

�� Ecossistema Terrestre.Ecossistema Terrestre.


Objeto 2: Objeto 2: Floresta TropicalFloresta Tropical

�� ÁÁrea de alta densidade de rea de alta densidade de áárvores;rvores;�� FormaFormaçção natural;ão natural;�� Habitat de animais e plantas;Habitat de animais e plantas;�� Ecossistema Terrestre;Ecossistema Terrestre;�� Presente em três regiões terrestres: Presente em três regiões terrestres:

americana, africana e americana, africana e indoindo--malaiamalaia. .


Objeto 3: Objeto 3: Floresta AmazônicaFloresta Amazônica

�� ÁÁrea de alta densidade de rea de alta densidade de áárvores;rvores;�� FormaFormaçção natural;ão natural;�� Habitat de animais e plantas;Habitat de animais e plantas;�� Ecossistema Terrestre;Ecossistema Terrestre;�� Presente em três regiões terrestres: Presente em três regiões terrestres:

americana, africana e americana, africana e indoindo--malaiamalaia;;�� Localizada na Região Norte do Brasil.Localizada na Região Norte do Brasil.


Os objetos: Os objetos: FlorestaFloresta , , Floresta Floresta TropicalTropical e e Floresta AmazônicaFloresta Amazônica , se , se relacionam a partir de suas relacionam a partir de suas caractercaracter íísticas.sticas.

Floresta

Floresta Tropical

Floresta Amazônica

Relação Hierárquica


Os princOs princíípios da Teoria do Conceito pios da Teoria do Conceito podem ser aplicados nos dois podem ser aplicados nos dois úúltimos ltimos nnííveis de compreensão da veis de compreensão da metodologia de Campos (2001).metodologia de Campos (2001).


No segundo nNo segundo níível, organizavel, organizaçção das ão das unidades de conhecimento na construunidades de conhecimento na construçção ão da narrativa do hiperdocumento, auxilia na:da narrativa do hiperdocumento, auxilia na:

�� ‘‘ModularizaModularizaççãoão’’ das unidades de informadas unidades de informaçção ão do hiperdocumento;do hiperdocumento;

�� DeterminaDeterminaçção de ão de linkslinks..


Fonte: www.mre.gov.br/cdbrasil

Determinação de link a partir de

análise de conceitos


No terceiro nNo terceiro níível, estabelecimento de vel, estabelecimento de um veum veíículo de comunicaculo de comunicaçção e ão e expressão sobre a temexpressão sobre a temáática do tica do hiperdocumento, proporciona:hiperdocumento, proporciona:

�� Um deslocamento mais confortUm deslocamento mais confortáável vel das iddas idééias para o plano ias para o plano representacional. representacional.

ConclusõesConclusões

FIGURA 7 – Contribuições das teorias da CI à criação do hiperdocumento.Fonte: Desenvolvido pelos autores.

ReferênciasReferênciasCAMPOS, Maria LuCAMPOS, Maria Luííza de Almeida. za de Almeida. A organizaA organiza çção de unidades do conhecimento em ão de unidades do conhecimento em hiperdocumentoshiperdocumentos : o modelo conceitual como um espa: o modelo conceitual como um espaçço o comunicacionalcomunicacional para realizapara realizaçção da ão da autoria. 2001. 190p.Tese (Doutorado em Ciência da Informaautoria. 2001. 190p.Tese (Doutorado em Ciência da Informaçção) CNPq/ IBICT/ UFRJ/ECA: ão) CNPq/ IBICT/ UFRJ/ECA: Rio de Janeiro, 2001.Rio de Janeiro, 2001.

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