A UNIÃO ENTRE A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E PROJETO … · Conferência Internacional para a Educação...
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PARÁ
A UNIÃO ENTRE A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E PROJETO POLÍTICO - PEDAGÓGICO: UM ENFOQUE SOBRE A TRANSVERSALIDADE DA QUESTÃO.
Autora: Márcia Nágem Krag
Orientadora: Profa. MSc. Ana Cláudia Boadana da Paixão / UFPA
Belém-PA 2007
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PARÁ
A UNIÃO ENTRE A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E PROJETO POLÍTICO - PEDAGÓGICO: UM ENFOQUE SOBRE A TRANSVERSALIDADE DA QUESTÃO.
Autora: Márcia Nágem Krag
Orientadora: Profa. M.Sc. Ana Cláudia Boadana da Paixão/UFPA
Trabalho de Curso apresentado como pré-requisito para obtenção do título de Graduação em Licenciatura em Biologia.
Belém – PA2007
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CPI) Biblioteca Setorial do CESUPA – Unidade Nazaré
Krag, Márcia Nágem
A União entre a Educação Ambiental e o Projeto Político-Pedagógico: um enfoque sobre a transversalidade da questão/ Márcia Nágem Krag; orientadora: profa. MSc. Ana Cláudia Boadana da Paixão – Belém: [i. n], 2007. 66 p.
Trabalho de Curso - Centro Universitário do Pará. Curso de Licenciatura em Biologia, 2007.
3
´´ No final, só se conserva o que se ama. Amamos apenas o que
compreendemos. Compreendemos somente
aquilo que nos é ensinado``
(Babr Dioun)
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RESUMO
A partir do reconhecimento de que é necessário compreender as questões ambientais para além de sua dimensão biológica e da exigência de fomentar a conscientização ambiental fundamentada no conhecimento do meio ambiente através das inúmeras ciências, este relatório tem por finalidade analisar o enfoque da Educação Ambiental (EA) de forma transversal, ressaltando o papel da escola na educação formal, desde a construção do seu projeto político-pedagógico (PPP), enfatizando a importância deste instrumento na difusão e efetivação da EA em todo o currículo escolar. O presente trabalho compreendeu três etapas importantes: o levantamento bibliográfico, a coleta de dados técnicos e específicos e a análise e interpretação dos dados perpassando a construção do PPP, suas aplicações e seu alcance dentro do que se propõe nos objetivos da EA, com intuito de contribuir para uma maior compreensão das relações entre a educação e o meio ambiente como tema transversal. Ressalta-se que os envolvidos na pesquisa tanto de modo cooperativo como participante, são não apenas o objeto de estudo, mas elementos ativos do processo de pesquisa ação, evidenciando que a informação e a vivência participativa são recursos indispensáveis no processo de ensino-aprendizagem voltado para o desenvolvimento da consciência e educação ambiental.
Palavras-chaves: Educação Ambiental, projeto político-pedagógico, escola.
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LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 Praticidade da Educação Ambiental ----------------------------- 16
FIGURA 2 A Transversalidade entendida como uma espada ------------ 21
FIGURA 3 A Transversalidade entendida como uma lente ambiental - 22
FIGURA 4 A Transversalidade entendida como uma infusão ------------ 22
FIGURA 5 Relações ambientais harmônicas -------------------------------- 25
FIGURA 6 Lixeiras Ecológicas --------------------------------------------------- 25
FIGURA 7 Frases reflexivas no interior da escola -------------------------- 25
FIGURA 8 Capa da Agenda escolar -------------------------------------------- 25
FIGURA 9 Temas ambientais mais vistos pelas crianças nos meios de comunicação ------------------------------------------------------- 38
FIGURA 10 Problemas ambientais locais que costumam ser debatidos na escola na percepção das crianças --------------------------- 39
FIGURA 11 Atitudes que podem ser tomadas para melhorar a qualidade de vida no planeta, na opinião das crianças ----- 40
FIGURA 12 Ilustrações das crianças de um ambiente perfeito e outro imperfeito para os seres viverem --------------------------------- 40
FIGURA 13 Atividade de Matemática e sua relação com a transversalidade da EA ---------------------------------------------- 41
FIGURA 14 Atividade de Português/Matemática/Ciências e sua relação com a transversalidade da EA -------------------------- 41
FIGURA 15 Atividade de Geografia e sua relação com a transversalidade da EA ---------------------------------------------- 41
FIGURA 16 Atividade de História e sua relação com a transversalidade da EA --------------------------------------------------------------------- 42
FIGURA 17 Atividade de Português/Redação e sua relação com a transversalidade da EA ---------------------------------------------- 42
FIGURA 18 Atividade de Artes e sua relação com a transversalidade da EA --------------------------------------------------------------------- 42
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LISTA DE QUADROS
QUADRO 1 Síntese das principais linhas educacionais identificadas no PPP consideradas pertinentes a Educação Ambiental ------ 29
QUADRO 2 Objetivos Gerais propostos para as Ciências Naturais enfatizando a Educação Ambiental de forma transversal -- 30
QUADRO 3 Objetivos Gerais propostos para as Ciências Sociais, História e Geografia enfatizando a Educação Ambiental de forma transversal ------------------------------------------------------
31QUADRO 4 Projetos desenvolvidos no contexto interdisciplinar e
transversal com ênfase aos problemas ambientais ---------- 43
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LISTA DE TABELAS
TABELA 1 Técnicas mais utilizadas pela escola para trabalhar a Educação Ambiental ---------------------------------------------------- 33
TABELA 2 Fatores que vêm contribuindo para inserção da Educação Ambiental de forma transversal -------------------------------------- 34
TABELA 3 Os resultados que têm sido mais significativos ------------------ 35
TABELA 4 As maiores dificuldades encontradas para trabalhar a Educação Ambiental com crianças --------------------------------- 36
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LISTA DE SIGLAS
CESUPA: Centro Universitário do ParáEA: Educação AmbientalLDB: Lei de Diretrizes e Bases da EducaçãoMEC: Ministério da Educação e do DesportoPCN: Parâmetros Curriculares NacionaisPPP: Projeto Político-PedagógicoSECAD: Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e
Diversidade.
SUMÁRIO
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1. INTRODUÇÃO ----------------------------------------------------------------------- 111.1 Breve Histórico Ambiental: o porquê da urgência --------------------------- 121.2 O Contexto da EA no ensino formal -------------------------------------------- 141.3 O papel da escola na EA formal e a autonomia do PPP na difusão e
efetivação da EA --------------------------------------------------------------------- 171.4 Interdisciplinaridade e Transversalidade -------------------------------------- 20
2. METODOLOGIA --------------------------------------------------------------------- 242.1 Ambiente da pesquisa
--------------------------------------------------------------24
2.2 Participantes -------------------------------------------------------------------------- 252.3 Instrumentos/Materiais/Equipamentos ----------------------------------------- 262.4 Procedimentos operacionais e éticos da coleta de dados ---------------- 272.5 Cronograma
---------------------------------------------------------------------------28
3. RESULTADOS ----------------------------------------------------------------------- 293.1 A teoria: como vem sendo pensada -------------------------------------------- 293.2 A prática: como vem sendo praticada ------------------------------------------ 32
3.2.1 A importância do PPP na inclusão de temas sociais urgentes como a Educação Ambiental --------------------------------------------------------------- 37
3.2.2 As percepções das Crianças ---------------------------------------------------- 38
3.2.3 Seis metodologias de sucesso observadas na escola no trabalho da Educação Ambiental de forma transversal ---------------------------------- 41
4. DISCUSSÃO ------------------------------------------------------------------------ 44
5. CONSIDERAÇÔES FINAIS------------------------------------------------------- 48
6. REFERÊNCIAS ---------------------------------------------------------------------- 50
APÊNDICES
ANEXOS
1 – INTRODUÇÃO
Em virtude da rápida degradação do planeta e da conseqüente ameaça
à qualidade de vida, têm se tornado cada vez mais emergencial a abrangência
da Educação Ambiental (EA) no sentido transdisciplinar e/ou transversal,
sentido este, que possibilitará conduzir e aplicar os objetivos da Educação
11
Ambiental nos mais diversos âmbitos sociais sejam políticos, culturais,
religiosos, profissionais, educacionais formais e informais, dentre outros.
No âmbito educacional formal, a proposta dos Parâmetros Curriculares
Nacionais - PCN1 - em relação à temática transversal Meio Ambiente, afirma
que “a Educação Ambiental deve permear todas as disciplinas do currículo
escolar” e que quando bem realizada provoca mudanças no comportamento
pessoal e nas atitudes e valores de cidadania com fortes conseqüências
sociais. Isto fomenta no discente, a reflexão crítica/analítica sobre o exercício
pleno da cidadania (PCN – Transversalidades, 1997. p.27).
Em nossa sociedade, é atribuída a escola a função de transmitir os
conhecimentos sistematizados ao longo do tempo, por ser um local onde se
reúnem várias pessoas por um período diário razoável. Neste tempo o aluno
aprende vários saberes disciplinares, além de ser preparado para atuar em um
contexto social diversificado, é nesta totalidade de diferenças culturais, raciais,
dogmáticas que as Instituições de Ensino Básico, mais especificamente as de
Ensino Fundamental, desenvolvem a Educação Ambiental formal, contudo
muitas vezes as atividades de sensibilização ambiental se restringem as ações
disciplinares do professor de Ciências e/ou Biologia.
Em 1999, a Lei n° 9795/992 que dispõe da Política Nacional de
Educação Ambiental, redimensionou e facilitou a inclusão da proposta dos PCN
em relação à EA de forma obrigatória, em todos os níveis de ensino: básico e
superior; sendo considerada pelo Ministério da Educação e do Desporto – MEC
– componente urgente e essencial, principalmente no ensino fundamental,
envolvendo todas as disciplinas.
Além dessa, outras leis vem contribuindo para a construção formal da
consciência ambiental, através de “atividades experimentais interdisciplinares
que envolvem assuntos sobre a crise ecológica, os aspectos sócio-ambientais
1 PCN - instrumento de apoio às discussões pedagógicas da escola, e referência na organização do sistema educacional do país. Ver em: www.mec.gov.br/sef/estrut2/ pcn /pdf/livro01.pdf .
2 Lei n 9795/99 – Ver em: LARA, P.T. Legislação Ambiental Federal. 3ª ed. Curitiba: Juruá, 2006.
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dentre outros, de forma a produzir reflexões e reformulações de
concepções” (CARVALHO, 2006.p.25) em que o professor mediador facilita a
construção de novas bases de conhecimento e valores ecopedagógico sociais,
políticos, culturais, e naturais para com seus alunos.
1.1 – Breve Histórico Ambiental: o porquê da urgência.
Após a reunião do Clube de Roma3 em 1968 e da Conferência de
Estocolmo em 1972, a problemática ambiental passou a ser analisada na sua
dimensão planetária. Segundo Reigota (2002. p.9) uma das resoluções da
Conferência de Estocolmo, “apontava para a necessidade de se realizar a
educação ambiental tendo em vista a participação dos cidadãos nas soluções
dos problemas ambientais”.
As primeiras manifestações que reconheciam o desenvolvimento da
Educação Ambiental (EA) como elemento crítico para o combate à crise
ambiental, ganhou destaque no “Primeiro Congresso Mundial de Educação
Ambiental” em Tibilisi, em 1977, na Geórgia, (país pertencente à ex-União
Soviética) que se caracterizou pela realização de exposições e discussões de
trabalhos e projetos desenvolvidos pelos países participantes, visando
sensibilizar os governantes dos diversos países a respeito do equilíbrio
ambiental (ZEPPONE, 1999. p.18).
Outro evento de extrema importância para a Educação Ambiental foi a
Conferência Internacional Rio / 92 ou Conferência das Nações Unidas sobre
Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável que ficou conhecida, também,
como “Cúpula da Terra”, isto porque reuniu o maior número de governantes de
todos os tempos e de toda a história das conferências da ONU (179 países), no
qual resultou a elaboração do tratado de Educação Ambiental para Sociedades
Sustentáveis e Responsabilidade Global. Neste documento, conforme o
SECAD/MEC (2007. p.12), foram estabelecidos princípios fundamentais da
educação para sociedades sustentáveis, destacando a necessidade de
3 Reunião de cientistas de países desenvolvidos, com objetivo de colocar o problema ambiental em nível planetário, através de discussões pertinentes sobre consumo e reservas de recursos naturais não-renováveis, assim como o crescimento demográfico da população mundial até meados do século XXI.
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formação de um pensamento crítico, coletivo e solidário, de
interdisciplinaridade, de multiplicidade e diversidade.
Estabeleceu-se ainda, relações entre as políticas públicas de Educação
Ambiental e a sustentabilidade, apontando princípios e um plano de ação para
educadores ambientais, enfatizando os processos participativos voltados para
a recuperação, conservação e melhoria do meio ambiente e da qualidade de
vida, reconhecendo a Educação Ambiental como um processo político
dinâmico, em permanente construção, orientado por valores baseados na
transformação e melhoria da qualidade de vida na Terra. (SECAD/MEC, 2007.
p.12).
Durante a RIO 92, foi concebida e aprovada a Agenda 21, um plano de
ação para ser adotado em nível global, nacional e local pelas organizações
estatais e privadas e, pela sociedade civil em geral. Porém, em 1997, na
Conferência Internacional para a Educação Ambiental, em Tessaloniki, na
Grécia, foi reconhecido que passados cinco anos da RIO 92, o
desenvolvimento da EA foi insuficiente. Como conseqüência, configurou-se a
necessidade de uma mudança curricular nas instituições de ensino, de forma a
contemplar as premissas básicas que norteiam uma educação “em prol da
sustentabilidade”, motivação ética, ênfase em ações cooperativas e novas
concepções de enfoques diversificados (SECAD/MEC, 2007. p.13).
Ainda neste âmbito, a iniciativa das Organizações das Nações Unidas –
ONU – de implantar entre os anos 2005 a 2014 a “Década da Educação para o
Desenvolvimento Sustentável”, cuja instituição representa uma conquista para
a Educação Ambiental. Segundo a SECAD/MEC (2007. p.13), essa ação
ganha sinais de reconhecimento de seu papel no enfrentamento da
problemática sócio ambiental, na medida em que reforça mundialmente a
sustentabilidade a partir da Educação formal e informal.
A Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável
potencializa as políticas, os programas e as ações educacionais já existentes,
além de multiplicar as oportunidades inovadoras para um ensino formal
socialmente situado.
14
1.2 - O Contexto da EA no ensino formal.
A importância da educação, a ação dos professores e o papel da escola
em relação à sociedade passam por constantes transformações,
“acompanhando mudanças no âmbito local e global, provocando feições às
inúmeras práticas de ensino e aprendizagem ao longo do tempo” (MARTINEZ,
2006. p.83).
As atuais iniciativas pedagógicas procuram responder às novas
demandas sociais, reorientando as práticas educacionais, revendo conteúdos,
metodologias e incentivando a formação continuada dos professores, entre
outras medidas de interação e mudanças sócio-educacionais (MARTINEZ,
2006).
Em 1990, buscando a sintonia entre educação e sociedade foi proposto
através dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), uma iniciativa
pedagógica que segundo Martinez (2006), busca projetar vínculos entre
educação e cidadania, conferindo às escolas um papel de destaque na
formação dos futuros cidadãos brasileiros.
Em face do surgimento desses novos paradigmas, a questão ambiental
vem compondo a lista dos temas de grande relevância nacional e internacional,
levando ao posicionamento quanto às decisões ambientais de alcance mundial.
Contudo, nesse contexto a temática ambiental emerge como
possibilidade de provocar inovações metodológicas no processo de ensino-
aprendizagem envolvendo, desafiando e comprometendo professores, alunos e
toda a comunidade escolar em atividades interdisciplinares com assuntos que
permeiam a rotina dos envolvidos no espaço temporal e global.
Para Silva (2004), A Educação Ambiental deve estar inserida num
projeto educacional que tenha como metas as transformações das relações
entre Ciência, Sociedade, Tecnologia e Ambiente, em direção a
sustentabilidade. Entretanto, para garantir a inserção da temática ambiental, há
necessidade de reflexão sobre conceitos e pressupostos ambientais e
educacionais que norteiam as políticas e práticas de Educação Ambiental,
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dentro de um espaço curricular próprio face à situação atual que provoque a
interação dos envolvidos.
Nos anos 60, Paulo Freire4 já colocava em prática um método
educacional que partia da interação entre o aluno e seu meio, sua comunidade,
sua visão de mundo; fatores importantes no processo de ensino-aprendizado
na/para educação ambiental. No entanto, os métodos educacionais de Paulo
Freire, em sua pedagogia libertadora e humanística, podem ser transportados à
Educação Ambiental, segundo SATO (2004. p.30), em duas fases:
1) Considerar a possibilidade de transformar a sociedade através
das ações participativas e políticas dos estudantes;
2) A pedagogia escolar cessa e tende a se transformar na pedagogia
humana, num processo permanente de libertação de puro movimento.
A descoberta de “libertação”, no entanto, não pode ser puramente
intelectual, precisa envolver a ação com a reflexão, a qual Paulo Freire chamou
de práxis. Essa práxis identifica duas dimensões (ação e reflexão), que são
análogas às duas esferas do desenvolvimento sustentável (necessidade e
limitação), a qual destacada na figura 1 a seguir:
4 Paulo Freire - Sua pedagogia mostra um novo caminho para a relação entre educadores e educandos consolidando uma proposta político-pedagógica elegendo-os como sujeitos do processo de construção do conhecimento mediado pelo mundo, visando à transformação social. Ver mais em: http://www.paulofreire.org e http://www.pucsp.br/paulofreire.
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Figura 1-Praticidade da Educação Ambiental.Fonte: Sato, (2004. p. 36) - Adaptado
A interação entre essas dimensões (envolvendo aspectos biofísicos e
sociais) significa que, se uma é sacrificada, mesmo em parte, a outra
imediatamente sofre conseqüências.
Reforçando esse pressuposto, os PCN em seu capítulo Meio Ambiente
(1996, p.4), justifica que “a Educação Ambiental consiste num modo de ver o
mundo em que se evidenciam as inter-relações e a interdependência dos
diversos elementos” na constituição e manutenção da vida.
Em termos de educação, essa perspectiva contribui para evidenciar a
necessidade de um trabalho vinculado aos princípios da dignidade do ser
humano, da participação, da co-responsabilidade e da eqüidade. Assim, fica
evidente a importância de se educar-sensibilizar os futuros cidadãos para que
venham agir de modo responsável no presente, promovendo reflexões
significativas de equilíbrio ambiental para gerações futuras.
Reflexões
Práxis
Participação política
Necessidade
Limitações Ambiente
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Ações Educação
Desenvolvimento Sustentável
O texto dos PCN reitera que o ensino de Educação Ambiental deve
considerar as esferas locais e globais, favorecendo tanto a compreensão dos
problemas ambientais em termos macros (político, econômico, social, cultural)
como em termos regionais.
Desse modo, os conteúdos de Educação Ambiental integram-se no
currículo escolar a partir de uma relação de transversalidade, a fim de
impregnar a prática educativa, exigindo do professor uma readaptação dos
conteúdos abordados na sua disciplina, condizendo com a resolução do
Conselho Federal de Educação e de conferências nacionais e internacionais
que reconhecem a Educação Ambiental como temática a ser inserida no
currículo de modo diferenciado, não se configurando como uma nova disciplina
(CASTRO, 2001. p.51).
Continuando com Castro (2001), os temas transversais, oriundos das
problemáticas sociais atuais, para serem mais bem compreendidos,
necessitam da abordagem dos diferentes campos do conhecimento. Portanto,
não devem ser tratados por uma única área ou disciplina, a fim de não se
descaracterizar sua complexidade interdisciplinar.
1.2 - O papel da escola na educação ambiental formal e a autonomia do PPP
como ferramenta de inserção e efetivação da EA.
De acordo com o PCN (1997), a preocupação em relacionar a educação
com a vida do aluno, seu meio, sua comunidade, não é novidade. Ela veio
crescendo especialmente desde a década de 60 no Brasil. No entanto, a partir
da década de 70, com o crescimento dos movimentos ambientalistas, passou-
se a adotar explicitamente a expressão “Educação Ambiental” para qualificar
iniciativas de escolas, universidades, instituições governamentais e não-
governamentais pelas quais se busca conscientizar setores da sociedade para
questões ambientais.
Pádua (2001.p.77) afirma que todo indivíduo tem a capacidade de
desempenhar papéis importantes na melhoria do planeta e reitera que aos
educadores, cabe a responsabilidade de despertar no aprendiz o senso de
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auto-estima e confiança indispensáveis para que acredite o suficiente em seus
potenciais e passe a exercer plenamente sua cidadania. Para o autor, essa
crença em si próprio, pode desencadear maior engajamento e posturas ativas
diante dos problemas socioambientais, resultando em processos de contínuas
mudanças.
Nesse olhar, a Educação Ambiental torna-se chave na medida em que
cada um desperte seu potencial de contribuir para um mundo mais ético,
aumentando sua responsabilidade de se engajar em processos que visem a
um bem maior que priorize o respeito à vida (STAPP, 1996, apud PÁDUA,
2001. p.78).
Desta forma, a Educação ambiental contribui para a tentativa de
implantar um “padrão civilizacional e societário distinto e vigente, pautado
numa nova ética da relação sociedade-natureza” (LOUREIRO, 2005. p.69).
Assim sendo, para a real transformação do quadro de crise ambiental, a EA,
por definição, é o elemento estratégico na formação de ampla consciência
crítica das relações sociais e de produção que situam a inserção humana na
natureza (LOUREIRO, 2000 – apud LOUREIRO, 2005. p.69).
Concordamos com Andrade (2001), quando destaca que se o objetivo
maior da Educação Ambiental é o de promover uma mudança de
comportamentos que contribua na transição para o desenvolvimento
sustentável, o ideal é que esses novos comportamentos sejam desenvolvidos e
exercitados no ambiente imediato que é a escola, em situações reais.
A grande idéia é que a Educação Ambiental seja incorporada nas
políticas e programas de educação formal de maneira planejada e estratégica e
não fique dependendo de compromisso ou entusiasmo individual. Nos
seguintes termos Gadotti & Gutierrez dizem que:
“A escola é importante motor de mudança, ela possui os principais atributos para promover a organização e a comunicação, colocando em prática novas metodologias de educação que estimulem hábitos e costumes domésticos e comunitários que garantam o exercício da cidadania e a melhoria da qualidade de vida” (GADOTTI & GUTIERREZ, 1993).
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Compartilhando com esses autores, “em relação às novas metodologias
de educação que estimulem hábitos e costumes domésticos e comunitários
que garantam o exercício da cidadania” há um reconhecimento de que a
Educação Ambiental é necessária para se alcançar o ideal das sociedades
sustentáveis, e isso vêm ganhando força por meio de inúmeras políticas
formuladas que defendem a difusão do tema ambiental em diferentes
movimentos sociais, assim como a associação de forma interdisciplinar e
transversal das questões ambientais associadas à Ciência, Tecnologia e
Sociedade (C, T & S) na educação formal e informal.
Nesse contexto, no projeto político-pedagógico (PPP) da escola, o
ensino deve afirmar sua intenção educativa, consciente de que se dirige para o
fazer educação, no sentido de vivenciar e pesquisar para conhecer como o ser
humano aprende a respeitar as necessidades do grupo social, do seu local, e
desafiando os aprendizes a compreender a dinâmica das causas e efeitos.
A escola estabelece seus princípios, diretrizes e propostas de ações
para melhor organizar, sistematizar e significar as atividades desenvolvidas
pela própria escola, através de seu Projeto Político-Pedagógico. Buscando,
direções de sentido amplo com via dupla, onde, de acordo com VEIGA (1995.p.
13) “é uma ação intencional com compromisso definido coletivamente”.
Assim, o projeto político-pedagógico, “no espaço da autonomia
pedagógica da escola, revela-se um importante instrumento de mobilização e
de atuação da escola” (AZEVEDO, 2004. p. 38).
O projeto político-pedagógico se constitui em um parâmetro importante
que contribui para a formação de novos paradigmas metodológicos que
transpassem o positivismo que vivenciamos em algumas instituições escolares,
formando diretrizes sócio-ambientais construtivistas.
Desta forma, a inserção da Educação Ambiental no PPP da escola
possibilita que os conteúdos ambientais permeiem todas as disciplinas do
currículo e seja contextualizada com a realidade da comunidade; assim, a
escola está ajudando os alunos a perceberem a correlação dos fatos e
20
possibilitando nos mesmos, o desenvolvimento de visões integradas do mundo
em que vivem. Por isso a Educação Ambiental deve ser abordada de forma
transversal, em todos os níveis de ensino, para que possa assegurar a
presença da dimensão ambiental de forma transdisciplinar e/ou transversal nos
currículos das diversas disciplinas e das atividades escolares através da
autonomia do seu Projeto Político-Pedagógico.
Assim, fica evidente o papel da ação educativa orientada para o
ambiente. É neste ponto, que segundo CARVALHO (2002. p.58), se inscreve o
espaço privilegiado de uma educação ambiental cidadã, entendida como
intervenção político-pedagógica que tem como ideário a afirmação de uma
sociedade de direitos, ambientalmente justa.
1.4 - Interdisciplinaridade e Transversalidade.
A qualidade de vida em nosso planeta tem sido rapidamente deteriorada,
com o comprometimento não somente dos aspectos físicos ou biológicos, mas
principalmente dos fatores sociais, econômicos e políticos. Neste contexto, o
ambiente não pode ser considerado um objeto de cada disciplina isolado de
outros fatores. Ele deve ser abordado com uma dimensão que sustenta as
atividades e impulsiona os aspectos físicos, biológicos, sociais e culturais dos
seres humanos (SATO, 2004. p.24). Por esta razão a Educação Ambiental têm
sido identificada como transdisciplinar e/ou transversal, isto é, deve permear
todas as disciplinas do currículo escolar.
Desta forma, para alcançar a meta de desenvolvimento sustentável, a
Educação Ambiental deve colaborar com a formação de um novo sujeito social,
no contexto de uma cultura ambiental, que possibilite a geração de novas
formas de organização social e redefina a relação da pessoa consigo mesma,
com as outras e com seu entorno.
Para tal, surge a necessidade de reconceitualização da educação,
problematizando objetivos, estruturas curriculares e estratégias didáticas.
Considerando que a realidade não é disciplinar, os problemas que nela
emergem, não estão cuidadosamente classificados em relação às disciplinas
21
escolares, desta forma, para compreendê-los é necessária uma abordagem
interdisciplinar, pois as problemáticas ambientais têm gerado a necessidade de
enfoques integrados dos conhecimentos para compreender as causas e as
dinâmicas dos processos sócio-ambientais, que por sua complexidade
ultrapassam a capacidade de conhecimento dos paradigmas científicos
dominantes, dando uma recomposição holística, sistemática e interdisciplinar
do saber; o que condiz com os objetivos da EA de forma transversal
(MARTINEZ, 2006).
Leff (2002) comenta sobre a interdisciplinaridade com enfoque
ambiental, no termos:
A interdisciplinaridade surge como uma necessidade prática de articulação dos conhecimentos, mas constitui um dos efeitos ideológicos mais importantes sobre o atual desenvolvimento das ciências, justamente por apresentar-se como o fundamento de uma articulação teórica. Dessa forma, os fenômenos não são captados a partir do objeto teórico de uma disciplina científica, mas surgem da interação das partes constitutivas de um todo visível. (LEFF, 2002, p.36).
No entanto, para LUZZI (2003. p.5), existem diferentes visões do que
pode e deve ser um eixo interdisciplinar transversal, citado nas figuras abaixo:
Figura 2 – A transversalidade entendida como uma espada.Fonte: www.puc.br
22
Fonte: www.puc.br
Como demonstra a figura 2, a transversalidade pode ser entendida como
uma espada que atravessa todas as áreas de conhecimento, afetando uma só
parte do currículo de cada área, como um tratamento pontual, sem modificar a
essência da disciplina nem sua relação com as demais. Já na figura 3, a
transversalidade pode ser entendida também, como uma lente ambiental, onde
os docentes “vêem” cada uma de suas disciplinas, problematizando-as em
função da realidade ambiental.
Figura 3 – A transversalidade entendida como uma lente Fonte: www.puc.br
Na figura 4, a transversalidade é compreendida como uma infusão, onde
o eixo transversal é a substância, que se distribui de maneira homogênea pelo
líquido que é o currículo, ambientalizando as disciplinas na interação
interdisciplinar. Esta visão de transversalidade, com todas suas dificuldades, é
considerada a mais adequada já que permite que a disciplina seja permeável
aos emergentes socioambientais, possibilitando a construção de uma visão
globalizadora das questões ambientais.
Figura 4 - A transversalidade entendida como uma infusão.
23
Analisando as três figuras acima, percebe-se que elas se completam,
demonstrando que a transversalidade é necessária para tratamento dos
problemas sociais, pois envolvendo esses temas a escola se abre para a
comunidade e possibilita a interação entre elas.
Diante as perspectivas, acredita-se que a EA deve estar presente em
todas as disciplinas, para que se defina como educação permanente. Desta
forma, a temática ambiental poderá transcender o envolvimento não apenas de
profissionais das áreas específicas (biólogos, ecólogos, ambientalistas, etc.),
mas de todas as áreas educacionais, uma vez que cada um de nós está sujeito
aos efeitos das ações antrópicas. Por essas razões, vê-se a importância da
inclusão da Educação Ambiental no Projeto Político-Pedagógico da escola, de
forma a fomentar sua execução em todas as ciências como tema transversal,
permeando assim, em toda a prática educacional.
Nesse olhar foi que buscou-se desenvolver esse trabalho, investigando
uma instituição da rede particular de ensino, que respondesse o problema da
pesquisa: como as diversidades de ações ambientais implantadas no Projeto Político-Pedagógico das escolas podem contribuir na inclusão e difusão da Educação Ambiental nos currículos escolares de forma transversal a garantir a formação crítica/reflexiva do futuro cidadão do ensino infantil e fundamental?
A instituição escolhida está localizada no Bairro de Batista Campos, no
município de Belém - Pa, na qual damos o codinome de escola S.R. A escolha
dessa escola se depara por ser considerada pela sociedade belenense uma
instituição tradicional.
Com o objetivo de verificar se as ações desenvolvidas pela escola viabilizam a formação de cidadãos multiplicadores de práticas sócio-ambientais fortalecendo suas posições críticas diante as problemáticas ambientais, pesquisou-se de que forma estão inseridas em seu PPP, ações
pedagógicas que visem o desenvolvimento da educação ambiental nos níveis
educacional Infantil (Jardim I e II) e Fundamental 1° ciclo (Alfabetização a 4 ª
série).
24
2 – METODOLOGIA
2.1 – Ambiente da pesquisa
A escola S.R., coordenada por uma congregação católica, é reconhecida
como tradicional pela sociedade belenense. Geralmente seus alunos
costumam permanecer grande parte do seu tempo diário na escola, tendo em
vista as inúmeras atividades esportivas e de lazer ofertadas à comunidade
escolar onde se faz necessário ampliar as ações educacionais para além da
sala de aula.
Possui localização privilegiada, no Bairro nobre de Batista Campos, em
frente a uma das praças consideradas entre as mais belas do Brasil, a Praça
Batista Campos, que obedece ao plano de “Jardins sem grades”, onde podem
ser apreciadas diversas espécies de plantas, como árvores centenárias da
floresta amazônias, e alguns animais de fauna regional, além de lagos coretos,
pontes etc.
A praça frequentemente é utilizada como espaço para atividades da
escola como campanhas de proteção aos animais, camihadas ecológicas com
cartazes que despertem o público sobre problemas ambientais, caminhadas
cívicas, dia da árvore, dentre outras.
O interior da escola como um todo é muito agradável em seus aspectos
de higiene, paisagem, com pracinha ajardinada, pequeno lago (com algumas
espécies de quelônios, etc).
A área destinada á educação infantil e ensino fundamental do 1º ciclo,
ambiente delimitado para a pesquisa, apresenta gravuras nas paredes que
exaltam a convivência harmoniosa entre vários elementos do meio ambiente
como plantas, animais, seres humanos (Figura 5).
Em todo entorno desta área, há muita vegetação, lixeiras ecológicas
(Figura 6), frases nas paredes que remetem à reflexão sobre necessidade de
preservação e conservação do ambiente natural e social (Figura 7).
25
Além destes, existem outros elementos do dia-a-dia, como a agenda
escolar (Figura 8), onde a capa ilustrando um ambiente amazônico, orienta as
crianças para o respeito e a necessidade da preservação e conservação da
mesma para o futuro do planeta.
Dialogando com os alunos observou-se que esses simples atos e
aspectos são de fundamental importância para o cotidiano de crianças que
estão recebendo as primeiras bases educacionais, construindo sua
personalidade, seus costumes através de suas práticas diárias e de seus
relacionamentos com o meio ambiente em seus inúmeros aspectos, o que
também justifica a escolha desta escola como o ambiente da presente
pesquisa.
2.2 - Participantes
Envolveram-se nesta pesquisa, tanto de modo cooperativo quanto
participantes, alunos, professoras e a coordenadora pedagógica da educação
infantil e ensino fundamental 1° ciclo, do turno vespertino.
26
Figura 5 – Relações ambientais harmoniosas Figura 6 – Lixeiras ecológicas
Figura 7 – Frases reflexivas Figura 8 – Agenda escolar
A escolha dos participantes para a aplicação dos instrumentos de coleta
de dados foi feita de acordo com o interesse surgido durante a pesquisa-ação,
ou seja, direcionados ao público alvo específico (professoras, alunos,
coordenadora) e que também dependeu da disponibilidade de tempo dos
mesmos no momento de aplicação dos instrumentos de coleta.
Assim, as perguntas semi-estruturadas foram aplicadas, através de
questionários dirigidos, a uma coordenadora pedagógica (apêndice A), quatro
professoras (apêndice B), sendo duas da educação infantil e duas do ensino
fundamental, e cinco crianças (apêndice C) do ensino fundamental 1° ciclo.
2.3 - Instrumento/Materiais/Equipamentos
Os dados utilizados neste trabalho foram coletados através de estudos
bibliográficos específicos e na prática diária vivenciada na instituição além da
aplicação de questionários dirigidos e ainda por meio de análise de registros de
algumas atividades executadas na escola em diversas disciplinas e em
diferentes contextos (disciplinares, interdisciplinares, transversais, etc).
Os materiais de apoio utilizados durante a execução da pesquisa foram
organizados em tópicos abaixo descritos:
Papel A4 (resmas);
Impressos em geral (material didático, fotos, atividades realizadas pelas
crianças etc);
Canetas esferográficas;
Lápis;
Pasta plástica para documentos;
Computador;
Impressora;
Cartuchos de tinta preta e colorida;
Máquina fotográfica;
Caderno de anotações, dentre outros;
CD´s;
27
2.4 – Procedimentos Operacionais e Éticos de coleta de dados
A presente pesquisa se deu através de uma pesquisa-ação que,
segundo Thiollent (2002. p.14), é um tipo de pesquisa social com base
empírica e que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação
coletiva e no qual, os pesquisadores e os participantes representativos da
situação estão envolvidos de modo cooperativo e/ou participativo.
A pesquisa foi realizada em todo âmbito da escola S.R., entretanto,
envolveu exclusivamente alunos, professoras e coordenadora da educação
infantil (Jardim I e II) e ensino fundamental 1° ciclo (Alfabetização a 4ª série),
turno vespertino, no qual houve a oportunidade de observar o comportamento e
a vivência dos envolvidos na pesquisa, frente à problemática ambiental.
A partir de observações livres e do contato direto com os envolvidos, foi
possível que outras características de interesse surgissem durante o processo
de coleta e que posteriormente foram alvo de análise e interpretação desta
investigação. Desta forma, a pesquisa compreendeu três momentos principais:
1°- Levantamento de dados técnicos: envolvendo o perfil da escola
investigada, regimento, plano de desenvolvimento da escola, PPP,
projetos específicos voltados para educação e sensibilização ambiental
etc.;
2° - Coleta e análise dos dados específicos: conversas/observações
informais, identificação das metodologias utilizadas diariamente por
alguns professores de diferentes ciências, para o ensino da Educação
Ambiental transversal (ex: palestras, oficinas, excursões, debates,
produção de textos específicos, feiras cultural e/ou científica etc.);
3° - Análise e Interpretação dos dados. As análises ocorriam sempre
após as anotações/informações/observações referentes às atividades
propostas e através da avaliação dos resultados de algumas atividades
realizadas pelos participantes, desta forma, a interpretação envolveu a
interação de todos estes processos e sua relação com os objetivos da
Educação Ambiental.
28
Os dados foram coletados principalmente por meio de análises do
projeto político-pedagógico, de observações empíricas, anotações e descrições
claras das vivências das coordenadoras, professoras e dos alunos frente à
problemática ambiental.
Alguns instrumentos de coleta como as perguntas semi-estruturadas
dirigidas, foram elaborados visando à obtenção de informações pertinentes ao
objeto de estudo de interesse, assim como a escolha, para registros (por meio
de fotos e/ou cópias) de atividades propostas, considerando seus objetivos, o
processo de ensino-aprendizagem e de seu posterior alcance dentro do que se
propõe no projeto educativo.
Os dados amostrais foram descritos mediante representação tabulares e
organográficas, utilizando os programas Microsoft Excel 2003 e Microsoft Word
2003 para análises descritivas.
Ressaltamos que os sujeitos investigados foram codificados garantindo
o anonimato e resguardando sua integridade e em fase do acordo firmado
através da carta para obtenção de consentimento livre e esclarecido (apêndice
D, F) e do termo de consentimento livre e esclarecido - TCLE (apêndice E, G),
os envolvidos foram informados gradativamente sobre os resultados obtidos.
Com a elaboração e aprovação do documento final da pesquisa, os
resultados foram socializados com toda comunidade escolar através de uma
palestra.
2.5 – Cronograma de Execução
O tempo estipulado para conclusão da pesquisa e conseqüentemente
elaboração documental, foi de dez meses, especificamente de fevereiro a
novembro de 2007 conforme detalhado no quadro de cronograma físico de
atividades (anexo 1).
29
3. RESULTADOS
3.1 - A Teoria: como vem sendo pensada
Todo planejamento educacional, para qualquer sociedade, tem de responder às marcas e aos valores dessa sociedade. Só assim, é que pode funcionar o processo educativo, ora como força estabilizadora, ora como fator de mudança. (FREIRE, 1959, p.57).
O quadro-síntese a seguir (quadro 1) demonstra, de forma superficial,
algumas características pertinentes a pressupostos educacionais identificados
no PPP, dando ênfase na interação do indivíduo com o meio, onde acredita-se,
são importantes subsídios para a EA.
Quadro 1- Quadro-síntese dos principais linhas educacionais identificadas no PPP, pertinentes a EA.
• Pesquisadores e seus pressupostos teóricos em educação:• Jean Piaget• Pressupostos básicos de sua teoria: o interacionismo, a idéia de construtivismo seqüencial e os
fatores que interferem no desenvolvimento. A criança é concebida como um ser dinâmico, que a todo momento interage com a realidade, operando ativa-mente com objetos e pessoas. Essa interação com o ambiente faz com que construa estrutura mentais e adquira maneiras de fazê-las funcionar. O eixo central, portanto, é a interação organismo-meio e essa interação acontece através de dois processos simultâneos: a organização interna e a adaptação ao meio, funções exercidas pelo organismo ao longo da vida.
• Lev Vigostsky• Construiu sua teoria tendo por base o desenvolvimento do indivíduo como resultado de um
processo sócio-histórico, enfatizando o papel da linguagem e da aprendizagem nesse desenvolvimento, sendo essa teoria considerada histórico-social. Sua questão central é a aquisição de conhecimentos pela interação do sujeito com o meio.
• Paulo Freire• Defendia uma relação horizontal e de igual participação dialógica entre educador e
educando, onde além da necessidade de uma ´´ação criadora`` em que o educador deve se aliar ao educando em suas atividades prática educativa no cotidiano escolar(...) Paulo Freire provou que é possível educar para responder aos desafios da sociedade, onde a educação deve ser um instrumento de transformação global do homem e da sociedade, tendo como essência a dialogicidade.
• Maria Madalena Freire• Filha do educador Paulo Freire, Madalena Freire inspirou várias escolas consideradas inovadoras
nos anos 80. Em sua concepção da educadora, retomando os pilares da teoria de seu pai, defende que "só se aprende em comunhão com o outro." Pode-se, no máximo, estudar individualmente, mas só se cria saber em grupo. Para ela, os atores necessários a essa construção são o grupo, o educador e o educando: "A liberdade com autoria e autonomia se dá no grupo. Essa trama delicada de organizar a liberdade só acontece se existe alguém que sabe mais`` afirma ainda que a definição da figura e do papel do educador é de extrema importância.
• Moacir Gadotti• Possui um grande número de publicações em que desenvolve uma proposta educacional
cujos eixos são a formação crítica do educador e a construção da Escola Cidadã, numa perspectiva dialética integradora da educação e orientada pelo paradigma da planetariedade.
Os PCN´s (1997) dispõe que as áreas de Ciências Naturais, História e
Geografia vêm ser as principais parceiras para o desenvolvimento de temas
30
pertinentes às questões ambientais, pela própria natureza de seus objetos de
estudos, nesse contexto, o quadro 2, demonstra na íntegra, os objetivos gerais
das Ciências Naturais (anexo 2) do planejamento anual da Educação Infantil
(Jardim I e II) e do Ensino Fundamental 1° ciclo (Alfabetização a 4 ª séries),
enfatizando a EA como tema transversal.
Quadro 2 – Objetivos Gerais propostos para Ciências Naturais enfatizando a EA transversal.
A EA através dos objetivos gerais das Ciências Naturais
Jardim I e II Alfabetização 1 ª Série
J I - Objetivo Geral: Despertar o interesse e curiosidade pelo mundo natural, manifestando opiniões próprias sobre o meio ambiente e as formas de vida existentes.
J II - Objetivo Geral: Reconhecer e compreender a natureza, sendo sujeito integrante e transformador do meio em que vivemos, respeitando a construção do conhecimento do aluno.
Objetivo Geral: Observar as formas de vida que existem no nosso planeta, estabelecendo relações de convivência do homem com o meio ambiente.
Criar condições necessárias para que o aluno desenvolva competências que lhes permitam compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humano parte integrante e agente de transformação do mundo em que vive, através de observações, investigações, pesquisas e experiências, levando-os a agir de forma responsável tanto em relação ao ambiente quanto a nós mesmos e refletir sobre as questões éticas que estão implícitas na relação entre ciências e sociedade
2 ª Série 3 ª Série 4 ª Série
Proporcionar ao aluno condições de desenvolver uma postura crítica e consciente em relação às questões ambientais, permitindo compreender o mundo, suas transformações e atuar como indivíduo e cidadãos capazes de preservar o ambiente para o seu futuro e o das próximas gerações.
Compreender a Ciência como um conjunto de noções claras e organizadas sobre os seres vivos e sua interação com o ambiente e sua transformação, assim como reconhecer e compreender o mundo em que se vive em sua evolução histórica.
Compreender a Ciência como um conhecimento que colabora para a compreensão do mundo e suas transformações, assim como reconhecer o homem como parte do universo e como indivíduo integrante e agente de transformação do mundo em que vive em sua evolução histórica.
Fonte: Plano anual das séries (PPP da escola).
O quadro 3 vem demonstrar na íntegra, os objetivos gerais das Ciências
Sociais no planejamento anual da Educação Infantil (Jardim I e II) e das
31
Disciplinas História e Geografia (anexo 3) do Ensino Fundamental 1° ciclo
(Alfabetização a 4ª série), enfatizando a EA com tema transversal.
Quadro 3 – Objetivos Gerais propostos para as Ciências Sociais, História e Geografia, enfatizando a EA transversal.
A EA através dos objetivos gerais das Ciências Sociais (Educação Infantil), História e da Geografia (Ensino Fundamental 1° Ciclo)Jardim I e II Alfabetização 1 ª Série
I - Objetivo Geral: Integrar a criança ao contexto social, onde ela possa crescer e trabalhar sua autonomia e auto-confiança, a fim de adquirir e trocar conhecimentos no processo aprendizagem em Ciências Sociais. II - Objetivo Geral: Reconhecer e compreender a evolução do desenvolvimento do educando levando o mesmo a perceber que é um ser integrante da sociedade. Respeitando os direitos e deveres do meio em que vive.
Objetivo Geral: Reconhecer o meio social em que vive, permitindo-se descobrir a existência de realidades diferentes, expressando-se de forma crítica diante dos problemas sociais
Reconhecer semelhanças e diferenças sociais, econômicas e culturais nas vigências cotidianas das famílias, da escola e da coletividade, no tempo e no espaço de convivência. Analisar como o homem produz e organiza o seu espaço e de que modo se apropria dele; reconhecer a importância de uma atitude responsável de cuidado com o meio ambiente, evitando desperdício e percebendo os cuidados que se deve ter na preservação e na manutenção da natureza.
2 ª Série 3 ª Série 4 ª Série
Proporcionar ao educando a constituição da noção de sua identidade, estabelecendo relações individuais, sociais e coletivas, entre as quais, as que se constituem como nacionais. Ressaltar a importância da compreensão do “eu”, a percepção do “outro” e a relação história e temporal do homem em vários aspectos como trabalho, moradia, vestuário, costumes, etc. Proporcionar aos educandos a percepção do espaço em que vive, a relação dos objetos com este espaço e seu próprio corpo.
Compreender o espaço geográfico como construção humana, ou seja, resultado da relação homem-meio, evidenciando os diferentes arranjos espaciais que se configuram historicamente a partir das relações de produção e do desenvolvimento das forças produtivas. O conhecimento histórico passa a ser entendido como um elemento para a transformação, reconstrução da sociedade a partir da inserção dos valores cristãos na mentalidade de seus componentes.
Despertar no aluno a consciência de sua individualidade e o reconhecimento da individualidade do outro, participando do processo do conhecimento histórico e da compreensão das transformações na sociedade e/ ou na natureza como um todo, elaborando gradualmente uma nova maneira de se relacionar com o mundo, a partir das ampliações, das experiências, no processo de compreensão das relações sociais.
Ainda de acordo com os PCN (1997), a Língua Portuguesa e a
Matemática, assim como Artes, se configuram como instrumentos básicos
32
Fonte: Plano anual das séries (PPP da escola investigada).
investigadainvestigada).
importantes para que o aluno conduza o processo de construção do
conhecimento sobre meio ambiente.
Neste contexto, evidenciou-se através de seis (6) metodologias
utilizadas pela escola SR, para a implantação da EA, ações originais de
iniciativas pedagógicas direcionadas para a formação de sujeitos mais
comprometidos com as causas ambientais (figuras 13 a 18, páginas 40 e 41).
3.2 - A Prática: como vem sendo praticada´´Conta-me e eu vou esquecer;Mostra-me e eu vou lembrar;
Envolva-me e eu vou entender``
Confúcio.
Os dados abaixo demonstram que na prática educativa da escola há a
preocupação em desenvolver o senso sócio-ambiental crítico dos alunos, o que
requer engajamento e contribuição de todos os envolvidos, considerando as
vivências de cada um. Para Santos (1987), essas ações metodológicas
envolvem senso crítico local e total, saindo do simples olhar disciplinar para um
olhar holisticamente temático com a participação de todos para formação de
uma consciência cidadã.
Essas considerações o autor reporta nos termos:
“O conhecimento local e total constitui-se em redor de temas que em dado momento são adaptados por grupos sociais concretos, como projetos de vidas locais, seja ele, reconstituir a história de um lugar, manter um espaço verde, construir um ambiente natural adequado às necessidades locais dentre outras, Afinal a fragmentação pós-moderna não é disciplinar, é temática, é ambiental – É cidadãl”. (SANTOS, 1987, p.47).
As tabelas a seguir demonstram: as técnicas mais utilizadas pela escola
SR para trabalhar a EA, os fatores que segundo as professoras vem
contribuindo na inserção e difusão da educação ambiental de forma
transversal, os resultados mais relevantes que tem sido observado, as
dificuldades encontradas para trabalhar educação ambiental, dentre outros
aspectos pertinentes ao objeto de estudo. Assim, os dados revelaram:
33
Tabela 1: Técnicas mais utilizadas pela escola investigada para trabalhar a EA.
Público
Alvo
Posição Pergunta: Quais técnicas são utilizadas para aplicação da EA como eixo transversal, no dia-a-dia escolar?
Total de
citações
(%)P C *
R O
O O
F R
E e D
S E
S N
O A
R Ç
A Â
S O
1° Diálogo no dia-a-dia; falas do professor e do aluno; 30%
2°
Pesquisas (Livros, Internet, Jornais, Revistas,
Biblioteca etc); 20%
3°
Projetos (Feira Cultural e Científica, Caminhadas
Cívicas, Datas Comemorativas, etc); 20%
4°
Leitura, interpretação e Produção de textos
(Produção); 20%
5° Atividades extra classes (passeios ecológicos,
excursões etc);
10%
Citado por todas as entrevistadas, e vindo a ocupar a primeira posição
entre as técnicas utilizada para o trabalho da EA, concentra-se o diálogo, e
esse se configura como importante ferramenta para o trabalho educacional, por
se tratarem de crianças há a necessidade de diálogos constantes e isso facilita
que na fala das professoras e mesmo dos alunos, encontrem-se víeis para
explanações de temas pertinentes a educação ambiental, e a cada dia vir
fortalecer a importância de bons hábitos e atitudes em relação ao meio
ambiente.
A figura revela ainda que outros importantes subsídios são as pesquisas
e os projetos (20% cada), onde os alunos são os protagonistas das atividades,
vindo a induzir pesquisas, leituras, seleção de temas, conhecimentos,
habilidades, etc. Paralelo as atividades estão as leituras, interpretações e
produções de textos (20%) que instiga o aluno a pensar, a criticar, a se
posicionar, a defender suas idéias, a questionar e investigar, dando a base
necessária para as pesquisas e para os projetos.
As atividades extraclasses (10%) vêm para fundamentar na prática a
teoria e fazer o aluno vivenciar experiências, ter percepções em contatos
diretos com o meio estudado, mas é uma atividade que demanda muito
34
planejamento, organização, estudo, e que de preferência trabalhe a
multidisciplinaridade, para abranger um maior aproveitamento desta atividade
que requer, sobretudo, responsabilidade, cuidados redobrados com as crianças
e custos financeiros para a instituição.
Tabela 2 - Fatores que vêm contribuindo para inserção da EA:
Público
Alvo
Posição Pergunta: Que fatores vêm contribuindo para a inserção da EA como eixo transversal?
Total de
citações
(%)
P
R
O
F
E
S
S
O
R
A
S
1°
Exposição da Mídia (Jornal, internet, filmes,
documentários, etc); 30%
2°
Material pedagógico contextualizado de forma
interdisciplinar, multidisciplinar, etc; 25%
3° Capacitação dos professores; 25%
4°
Releituras de atividades, de projetos, atualizações do
PPP de acordo com as tendências e abordagem na
educação formal, etc;
10%
5°
Campanhas Temáticas (Secretarias de Meio Ambiente,
Igreja, Jardim Botânico, Museu Paraense Emílio Goeldi,
etc); 10%
Um dos fatores que mais vem contribuindo para a inserção da EA
formal, citada em primeiro lugar pelas entrevistadas (30%), são as constantes
informações veiculadas a mídia, que aliados aos fatores da realidade local são
utilizados como ponto de partida para a realização de inúmeras atividades,
além de possibilitar que conteúdos sejam mesclados.
Em segundo lugar nas citações e com significativa contribuição está à
utilização de material pedagógico contextualizado e interdisciplinar (25%) que
aliado a capacitação dos professores (25%) permite definir e/ou redefinir,
aplicar, adaptar metodologias diferenciadas para a inserção da EA de forma
transversal.
35
As redefinições de projetos, atividades, atualizações dos planos
educativos aparecem com um total de 10% nas citações relacionadas às
contribuições, pois dependem diretamente e indiretamente dos três itens
antecedentes, se considerado que, uma vez detectada a necessidade de
alterações, mudanças em seus planejamentos se faz imprescindível a
capacitação dos profissionais que pretendem fomentar a realização dessas
mudanças, necessitando estar aptos também, a produção de materiais
pedagógicos e/ou metodológicos que auxiliem nas atividades educativas,
ressaltando que muitas delas podem ser produzidas a partir de informações
expostas na mídia (falada, escrita, televisionada, eletrônica /internet, etc).As
campanhas temáticas realizadas entre instituições que trabalham a EA de
maneira formal e não formal, também vem contribuindo, representando um total
de 10% das citações.
Tabela 3 - Os resultados mais relevantes.
Público
Alvo
Posição Pergunta: Quais resultados acreditam serem os mais relevantes?
Total de
citações
(%)P C *
R O
O O
F R
E e D
S E
S N
O A
R Ç
A Â
S O
1°
Gestos e atitudes concretas dos alunos em suas
ações diárias; 25%
2° Participação nos projetos propostos pela escola; 25%
3°
Manutenção do ambiente (sala de aula e outros);
20%
4°
Relatos dos pais em relação a ações positivas dos
alunos fora da escola; 15%
5° Datas comemorativas (Dia da árvore, Dia do meio
ambiente, Dia internacional da água, etc);
15%
Analisando as respostas, observou-se que um total de 85% das citações
estão diretamente relacionados como resultados mais relevantes, aqueles onde
os próprios alunos protagonizam as ações, seja através de seus gestos
individuais e coletivos (25%), seja através de suas participações efetivas nos
projetos da escola, também como protagonistas (25%), seja na manutenção do
ambiente escolar como um todo (20%) ou através dos relatos dos pais e/ou
36
responsáveis (15%) sobre comportamentos dos alunos em determinadas
ocasiões que já demonstrem uma postura responsável com o meio ambiente.
Com 15% das citações em termos de resultados significativos, está a
reflexão que alguns alunos já demonstram em relação a determinadas datas
comemorativas, principalmente no interesse de compreender o porquê de suas
definições.
Tabela 4 - Maiores dificuldades para trabalhar a EA de forma transversal:
Público
Alvo
Posição Pergunta: Quais as dificuldades encontradas para trabalha a EA como tema transversal com crianças?
Total de
citações
(%)P C *
R O
O O
F R
E e D
S E
S N
O A
R Ç
A Â
S O
1° A mudança de hábitos, atitudes, como fator de
transformação é lenta;
40%
2°
A não participação efetiva dos pais no auxilio as
atividades propostas na escola (ou por falta de tempo,
ou de iniciativa, ou de recurso, ou de paciência, ou de
interesse, etc);
30%
3° A não compreensão por parte dos responsáveis, da
importância das atividades;
30%
Com 40% das citações sobre as dificuldades encontradas para o
trabalho da EA, a tabela demonstra a sintetize do ponto de vista daqueles que
já utilizam abordagens educacionais visando o desenvolvimento da
conscientização ambiental. Esses dados reafirmam o que muitos
pesquisadores da área relatam sobre a dificuldade de construção de
conhecimentos que dependem da mudança de hábitos, de atitudes, de valores
culturais, e que se tornam extremamente essenciais como fatores de
transformação, mas que, encontram-se completamente interligados ao modo
de viver da população. Por esse e outros motivos é que a EA se configura
como uma abordagem educativa a ser trabalhada de forma contínua e
permanente, ou seja, em constantes movimentos.
37
Compreendendo 30% das citações está um dos pontos mais relevantes,
em termos de dificuldade, que se trata da “não” participação efetiva dos pais no
auxilio as atividades ou dando continuidade ao que foi trabalhado na escola e
que reflete diretamente na outra questão paralela que é a “não” compreensão
da importância das atividades (30%) para desenvolvimento cognitivo das
crianças.
3.2.1 - A Importância do PPP na inclusão dos temas sociais urgentes, como a
EA.
Considerando os resultados acima demonstrados era de se esperar que
fosse destacado como de fundamental importância à utilização estratégica do
Projeto Político-Pedagógico enquanto instrumento de democratização da
escola, de aperfeiçoamento da educação por ela proposta e de sua
responsabilidade para com os cidadãos que pretende ajudar a formar. Em uma
das respostas das entrevistadas, destacamos a que resume, de forma clara e
objetiva, as percepções que se tem do PPP enquanto ferramenta de
organização das práticas educativas e do seu real alcance na escola
investigada.
Tendo em vista que a elaboração das diretrizes e dos objetivos, que irão
nortear todas as ações da escola, a resposta da professora pressupõe que o
PPP da instituição orienta, e provoca ações com participação coletiva entre os
seguimentos da instituição, tornando-se maior a possibilidade de que seus
pressupostos sejam contemplados e que seu alcance seja o mais extenso
possível.
38
Resposta extraída do questionário dirigido aplicado a uma professora que atua na Educação Infantil
Lixo / Como vamos viver ao longo dos
anos se não ocorrerem as mudanças;
Desmatamentos / Queimadas / Retiradas
de madeiras;Tremores, erosões e
enchentes;
Poluição dos rios / Ar / Uso da Água /
Aquecimento Globa;l
Em se tratando da EA, a diversidade de ações implantadas no PPP pode
subsidiar que ela seja compreendida através das inúmeras Ciências e que
permeie em todo âmbito escolar, se fundamentando como educação
transversal, como propõe os PCN.
Desta forma, as ações propostas no PPP da escola SR são viáveis e
possíveis de serem executadas e estão de acordo com as condições concretas
da referida escola, tendo sempre a execução de trabalhos coletivamente
organizados de modo processual, no qual a avaliação pode ser repensada por
todos os seguimentos que estão vivenciando o cotidiano escolar (professoras,
alunos, coordenadores, pais, etc).
3.2.2 - As percepções das crianças
Abaixo em método de organograma a figura 9, reflete as temáticas
ambientais veiculadas nos meios de comunicação, segundo o olhar dos alunos
investigados.
Figura 9 - Temas sobre meio ambiente que tenham visto através dos meios de comunicação.
Os meios de comunicação: escritos, televisionados, Internet, dentre
outros; vem se configurando como instrumentos de auxílio na difusão dos
problemas ambientais ressaltando a presença humana nos acontecimentos de
degradação, quanto nas buscas de minimizar os impactos ambientais, que
fazem todos os seres vivos sofrerem com as conseqüências em nível global.
39
Lixo nas ruas;
Desmatamento; Poluição do ar e dos rios;
Falta de arborização / Calor;
Tratar o nosso lixo;
Racionamento de luz; Não desperdiçar a água;Não destruir a Amazônia
e sim preservá-la;
Segundo os alunos investigados que cursam o ensino fundamental (1ª a
4ª série), os assuntos que envolvem problemáticas ambientais que geralmente
são discutidos ou re-discutidos na escola SR, os fazem refletir sobre situações
do seu cotidiano, provocando-os a buscar soluções, melhorando sua qualidade
de vida. Alguns temas encontram-se relacionados na figura 10 a seguir.
A utilização de problemas ambientais locais como ponto de partida para
a educação ambiental tem-se demonstrado bastante presente dentre as ações
pedagógicas desenvolvidas na escola investigada, observou-se dentre as
citações das crianças, a indicação de problemas mais comuns encontrados na
comunidade em que vivem. Sendo estes, alvo de constantes debates locais,
nacionais e internacionais relacionados diretamente com as ações antrópicas
sem responsabilidade ambiental.
Dentre as soluções pensadas e discutidas pelos alunos, com a
mediação da professora destaca-se:
40
Figura 10 – Problemas ambientais locais que costumam ser discutidos na escola
Figura 11 – Atitudes que podem ser tomadas para melhorar a qualidade de vida em nosso planeta, na opinião das crianças.
A figura 11 revela a sensibilidade dos alunos em relação aos problemas
ambientais de maiores impactos para a manutenção da qualidade de vida no
planeta e que vem sendo reforçadas diariamente através de atividades
interdisciplinares e transversais. Essas percepções dos alunos investigados os
fazem ter uma visão do que seria um ambiente perfeito e do que seria um
ambiente imperfeito, como demonstrado na figura 12, abaixo:
Ambiente perfeito (criança da alfabetização, 6 anos) Ambiente imperfeito (criança da 4ª série, 10 anos)
Figura 12 – Ilustrações de como as crianças imaginam ser um ambiente perfeito para que todos os seres possam viver e outro que não seja perfeito.
Observou-se que em suas concepções a interação de meio ambiente
considerando aspectos biológicos, físicos, sociais estão intimamente
envolvidos, nos quais o desequilíbrio ambiental afeta diretamente e
drasticamente os outros, suas vidas e as nossas vidas.
3.2.3 - Seis Metodologias de sucesso observadas na escola SR, durante a
execução de atividades que contemplam a Educação Ambiental.
As figuras a seguir, expressam atividades realizadas pelas professoras
investigadas, envolvendo assuntos de todas as disciplinas, enfatizando a
41
Trabalha as operações da matemática paralela ao desenvolvimento sustentável;
educação ambiental interdisciplinarmente e no olhar transversal.
Figura 13 - Atividade de Matemática e sua relação com a transversalidade da EA.
Figura 14 - Atividade de Português/Matemática/Ciências e sua relação com a transversalidade
da EA
Figura 15 - Atividade de Geografia e sua relação com a transversalidade da EA.
Atividade: Contas de água e/ou de Luz
Estimula o racionamento de energia elétrica e/ou da água, além do fator econômico;
Utiliza o conhecimento produzido para além da sala de aula, aplicando na vida real;
Enfoca a importância do gerenciamento sustentável dos recursos naturais;
Atividade: Maquete da sala de aula
Tem-se idéia de como os alunos vêem a identidade da escola em relação ao meio;
Instiga a criatividade do aluno que passa a protagonizar a experiência e às multiplicam;
Utilizam materiais recicláveis na confecção induzindo o reaproveitamento;
42
Trabalha as operações da matemática paralela ao desenvolvimento sustentável;
Contextualiza conteúdos;
Observam e contextualizam elementos diários do seu meio;
Atividade: Visita ao supermercado
Relacionam os símbolos da matemática nas embalagens;
Investigar o gerenciamento de Lixo local;
Identifica as embalagens recicláveis;
Utiliza a realidade local como ponto de partida;
Figura 16 - Atividade de História e sua relação com a transversalidade da EA.
Figura 17- Atividade de Português/Redação e sua relação com a transversalidade da EA.
Figura 18 - Atividade de Artes e sua relação com a transversalidade da EA.
Atividade: identificação de elementos dos meios
urbanos e rurais
Reconhecem diversidades culturais, animais, vegetais dos meios e suas diferenças entre eles;
Identifica elementos naturais de elementos construídos pelo homem;
Percebem a ação do homem na modificação da paisagem induzindo mudanças de atitudes;
Atividade: produção e/ou interpretação de
textos
Induz os alunos a realizarem pesquisas para construção do conhecimento e para formação de opinião;
Subsidia conhecimentos para debates, identificando a diversidade de opiniões dos alunos sob um tema centralizado;
Envolve o aluno com o tema, levando-os à reflexões e possíveis mudança de atitudes;
Atividade: Colagem -
Pintura
Identificam-se diferentes olhares e percepções das crianças frente ao tema proposto;
Constroem-se painéis de sensibilização;
Os alunos compartilham os conhecimentos entre si;
43
Exercita o vocabulário e conceitos pertinentes;
Podem-se mesclar as questões ambientais e a realidade local;
As figuras acima descritas, revelam iniciativas pedagógicas originais
desenvolvidas para trabalhar a EA de maneira contextualizada, interdisciplinar,
multidisciplinar e transversal.
Dentre os Projetos presentes no planejamento anual das séries,
direcionados principalmente para a educação infantil e ensino fundamental 1º
ciclo, e que são voltados para a educação num contexto interdisciplinar dando
ênfase aos problemas ambientais de maneira transversal, destacamos a
seguir. Ressaltamos que estes projetos foram aplicados durante este ano letivo
de 2007 e também foram alvos de observações e subsidiaram a coleta de
dados pertinentes ao objeto de estudo.
Quadro 4 – Projetos desenvolvidos num contexto interdisciplinar e transversal com ênfase aos problemas ambientais.
Titulo do Projeto Objetivo
Vivendo e convivendo com as normas da escola
Vivenciar nos educandos a prática de hábitos de higiene,
limpeza do ambiente, respeitar as regras, normas da
escola de convivência com o próximo;
Campanha da Saúde e da Higiene
Vivenciar com os educandos o cultivo de bons hábitos
alimentares, de higiene pessoal, mental, ambiental e
espiritual;
Água fonte de vida
Despertar nos educandos um maior compromisso com o
futuro do Planeta Terra, numa proposta interdisciplinar e
contextual;
Feira Cultural “Um olharpara a Amazônia”
Mostrar o contexto amazônico através das lendas e
folclores, despertando nos discentes e visitantes a
necessidade de preservação e conservação nos
diferentes aspectos sociais, culturais, ambientais, voltados
para a Amazônia;
Mutirão da Solidariedade
Ajudar os menos favorecidos com ênfase o benefício das
comunidades carentes onde as Filhas de Sant´Ana
dinamizam trabalhos de evangelização, promoção
humana, acompanhamento e apoio as crianças
desnutridas; Caminhada Cívica
Ecológica
Sensibilizar o público interno e externo para a
preocupação com os problemas ambientais.
44
As perspectivas da escola SR, em desenvolver esses projetos,
congregam no querer inserir de forma contínua e permanente a EA no
cotidiano da escola dentro e fora de seus muros. Isto para procurar garantir, ou
pelo menos contribuir na formação do sujeito ecológico5 que acompanhe as
inovações e reestruturações sociais.
Para isso, a escola investigada, junto com seu corpo técnico e docente,
busca acompanhar tais transformações através de inovações metodológicas,
com ações pedagógicas interdisciplinar, multidisciplinar, transdisciplinar em
uma linha tênue a transversalidade. Nesse processo de ensino e aprendizagem
a escola SR, fomenta a formação de um novo sujeito social, comprometido com
as causas ambientais, em direção à sustentabilidade do planeta.
4 - DISCUSSÃO
No âmbito educacional, a construção do Projeto Político-Pedagógico
(PPP) pressupõe a busca de autonomia da escola ao passo que procura
viabilizar condições que possibilitem o exercício da cidadania ativa. Dentro
deste contexto, uma característica marcante observada no ambiente da
pesquisa, foi à garantia de participação, nos processos de planejamento do
PPP, de vários seguimentos da escola, visando à tomada de decisões de
maneira socializada.
Em duas reuniões anuais, são definidos os aspectos principais a serem
trabalhados no decorrer do ano letivo, direcionados a cada série. Além dos
objetivos gerais construídos para cada série, em que se identificam os objetivos
da EA de forma transversal, os projetos existentes têm reforçado a introdução
dos temas sociais urgentes dando enfoque a realidade local e em um
panorama nacional e mundial.
Condizendo com Azevedo (2004 p. 27) que afirma que “o Projeto
Político-Pedagógico é relevante e crítico na tomada de decisões sobre a prática
pedagógica da escola”, complementamos dizendo que seus objetivos, promove
5 Sujeito ecológico – aquele que possui um modo ideal de ser e viver orientado pelos princípios do ideário ecológico [...] é um ideal de ser que condensa a utopia de uma existência ecológica plena, o que também implica uma sociedade plenamente ecológica (CARVALHO, 2006 p.65).
45
um melhor gerenciamento das atividades educacionais e a formação de
espírito de equipe efetivo no exercício da cidadania.
Assim, o trabalho participativo garante um processo educativo mais
contínuo, consciente e permanente, e norteia as ações e decisões da escola
investigada, tornando-se um instrumento eficiente de intervenção na realidade
escolar.
Evidenciou-se que o Projeto Político-Pedagógico institucional implica a
tomada de decisões, definição de intencionalidades e perfis profissionais,
análise das condições reais e objetivas de trabalho, otimização de recursos
humanos, físicos e financeiros, além de coordenar os esforços em direção a
objetivos e compromissos futuros.
Desta forma, entende-se que a construção do PPP é um compromisso
que se concretiza a partir de uma atitude dialógico estabelecida com instâncias,
seguimentos, entidades do movimento social, político e cultural.
É fato que um Projeto Político-Pedagógico, para manter-se vigente,
precisa superar o caráter meramente documental e se constituir em um
instrumento, uma ferramenta ativa de desenvolvimento e avaliação interativa e
permanente de seus princípios, de sua autonomia, de sua democratização pela
comunidade escolar.
O PPP para além de ser um documento, deve-se constituir-se também
num amplo processo de vivência, de diálogo, de construção coletiva.
Em um contexto transversal as políticas educacionais identificadas no
PPP da escola SR, vêm se baseando em propostas que seguem as linhas de
renomados pesquisadores e educadores nacionais e internacionais, como
Paulo Freire, Moacir Gadotti, Jean Piaget, dentre outros, e esses pressupostos
educacionais abrigam características pertinentes a uma educação mediatizada
pelo mundo, ou seja, considerando o contexto ao qual o indivíduo se insere.
46
As linhas pedagógicas citadas ao longo da exposição dos resultados,
enfatizam a interação do indivíduo com o meio, sendo importantes subsídios
para a EA.
Observou-se por meio desses pressupostos teóricos uma série de
possibilidades de inserção de ações educativas voltadas para a construção de
uma sociedade consciente de seus direitos e deveres que conduzam a uma
forma de viver orientada para uma sadia qualidade de vida em termos
planetários.
Ressalta-se que no projeto educativo considerou-se indispensável
incorporar a EA não apenas entre as áreas disciplinares específicas, como
também em outras disciplinas consideradas não afins, e em seus projetos e
suas ações de intervenções na realidade.
Desta forma, como proposto por Sato (2004), compreende-se que a
maneira como o currículo é oferecido permite um arranjo flexível para que os
docentes possam implementar a dimensão ambiental em suas aulas.
Entretanto, há a necessidade de que o desenvolvimento do currículo escolar
seja amplamente discutido com direção, coordenação, professores, alunos,
comunidade, garantindo tempo e espaço para as discussões que definirão a
estrutura escolar.
Para isso é importante e necessário rever conteúdos para encontrar um
objeto de convergência entre as disciplinas, isso remete a necessidade de
planejamentos, ações interdisciplinares e transversais. Neste âmbito, Sato
(2004) afirma que a EA é um “fantástico” mecanismo de auxílio na promoção
da educação, em geral porque está diretamente relacionada à ética, aos
direitos e deveres, à solidariedade, à sensibilidade, à consciência, à cidadania,
dentre outros aspectos importantes nas relações individuais e coletivas.
As observações diárias do convívio da escola demonstraram que as
experiências na construção do conhecimento e perspectiva de intervenção na
realidade contribuem significativamente para associar a teoria e a prática na
formação dos alunos. Assim, ressalta-se que as experiências que estão em
47
curso na escola SR e as quais apóiam as diversidades de relações
disciplinares, experiências, contextos, direcionados a prática educativa nos
processos de ensino-aprendizagem, nos permitem afirmar que há uma
preocupação e um compromisso voltados para o desenvolvimento de
sensibilização ambiental nos discentes.
As iniciativas originais propostas no projeto político-pedagógico escolar,
associadas às intervenções na realidade local também vêm sendo expressas
através de seus projetos intermediários.
Observou-se que não são trabalhados apenas a parte conceitual
pertinente ao entendimento sobre a Educação Ambiental como também
atitudes, formação de valores, solidariedade, respeito, hábitos culturais,
convivência harmoniosa, tendo em vista a filosofia da escola religiosa em
“Formar todo o homem e o homem todo”.
A autonomia da escola investigada é um instrumento de grande
importância e que se mostra crescente, refletindo, não em uma tendência, mas
uma necessidade educacional que deve permear em todas as instituições de
ensino (públicas e privadas).
Sua aceitação e seguimento implicam numa ruptura no modo tradicional
de compreender e atuar na realidade essa autonomia que impõem um novo
padrão de política, planejamento e gestão educacionais, tanto do ponto de vista
da escola como dos sistemas de ensino.
A globalidade do processo educativo e sua complexidade tornam
imperioso que se busque um nível de interdisciplinaridade e de
complementaridade para dar conta da consecução dos fins educacionais.
Desta forma, ressalta-se aqui a importância da atuação do serviço de
coordenação pedagógica que trabalha diretamente com a equipe pedagógica e
corpo docente, de educação infantil, ensino fundamental no cumprimento da
realização de todas as atividades pedagógicas interdisciplinares de classe e
extraclasse, que visem à construção da cidadania do educando, sempre
48
procurando inovações em iniciativas pedagógicas que respondam as
demandas sociais e busquem a sintonia entre ambas.
Sabe-se que não existem fórmulas nem receitas para o trabalho da
Educação muito menos da educação ambiental, pois o seu desenvolvimento
depende de processos, de condições existenciais que circundam a sociedade,
e que afetam em muitas circunstâncias a inclusão e efetivação da mesma.
Portanto, através desta pesquisa, evidenciando as experiências aqui
descritas, ressaltando as relações de ações pedagógicas voltadas a EA,
desenvolvidas na escola SR, entende-se que estas diversidades de ações
possam servir de base ou de referências para outras escolas; como subsídios
para implantações de novas ações metodológicas que visem a construção de
conhecimento pertinentes a EA considerando o contexto contínuo, permanente
e transversal do processo de ensino-aprendizagem.
5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
A presente pesquisa teve como propósito maior verificar a diversidade
de ações implantadas no projeto político-pedagógico da escola que venham
contribuir na inclusão e difusão da Educação Ambiental no currículo escolar de
forma transversal.
Neste sentido é relevante afirmar que o enfoque dado à Educação
Ambiental pela escola SR manifesta-se por meio de projetos que provocam
ações sócio-ambientais, que privilegiam o conteúdo curricular e as proposta
pedagógica da escola condizendo com seu PPP, com as diretrizes do MEC e
com os PCN.
Assim, evidenciou-se que, na escola investigada, a Educação Ambiental
está sendo pensada e praticada, com a visão de fomentar seus discentes no
olhar crítico/reflexivo a respeito das constantes transformações sociais,
políticas, culturais e ambientais.
As ações identificadas indicaram e afirmaram que antes de qualquer
ação ambiental, a escola têm procurado pensar e repensar em como, quando e
49
de que forma irão promover suas atividades ambientais. O retrato dessa
responsabilidade está inserido, registrado e oficializado no seu PPP,
considerando que ele é tão produto (documento) quanto processo e é tão
político quanto pedagógico, pois abrange o sentido de estar comprometido e
planejado.
O processo de expansão da EA na escola investigada encontra-se bem
acelerado. O conjunto de resultados apresentados contemplou os objetivos
propostos na pesquisa, e ainda revelou que se está buscando caminhos
integradores de Educação Ambiental em diferentes disciplinas
transversalmente, através de iniciativas pedagógicas e ações originais que
privilegiam as vivências, as experiências, o trabalho coletivo, a ética, a
realidade como ponto de partida para a interdisciplinaridade.
É pertinente destacar que a principal dificuldade encontrada para
realização desta pesquisa, se restringiu à obtenção de autorizações dos
responsáveis das crianças para aplicação dos instrumentos de coleta de dados
e ainda a inviabilidade de participação dos mesmos na pesquisa, o que
permitiria uma maior visibilidade do alcance da EA também com o público
externo (neste caso os pais e responsáveis).
A apresentação de alternativas metodológicas enfatizadas nesta
pesquisa tem o mero propósito de contribuir para que outras escolas reforcem
seu papel enquanto agentes de transformação social e tomem iniciativas de
implantação de ações pedagógicas que permitam a inclusão, o
desenvolvimento e a efetivação da educação ambiental de forma transversal
permeando o currículo escolar como um todo.
Os resultados aqui demonstrados motivam a realização de novas
pesquisas na busca de conhecimentos que nos conduzam a maior
compreensão das relações entre a educação e o meio ambiente como tema
transversal, principalmente na formação de novos sujeitos sociais cientes de
seus direitos e deveres e ativos nos processos de transformação em direção a
sustentabilidade ambiental.
50
6. REFERÊNCIAS
ANDRADE, D. F. Implementação da Educação Ambiental em escolas: uma reflexão. Rev. Eletrônica de Mestrado em Educação Ambiental (ISSN 1517-1256): UFRG, 2001. Disponível em <www.fisica.furg.br/mea/remea/vol4c/daniel.htm> Consultado dia 25.04.2007.
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CARVALHO, I. C. M. A questão Ambiental e a Emergência de um campo de ação político-pedagógico. In: LOUREIRO, C. F. B.; LAYRARGUES, P. P.; CASTRO, R. S. (orgs). Sociedade e Maio Ambiente: a educação ambiental em debate. 3ª. ed. São Paulo: Cortez, 2002
CASTRO, R. S. (orgs). Sociedade e Maio Ambiente: a educação ambiental em debate. 3ª. ed. São Paulo: Cortez, 2002.
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GADOTTI, M.; GUTIERREZ, F. (Org.). Educação Comunitária e economia popular. São Paulo: Cortez, 1993.
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51
LUZZI, D. Planejamento de projetos de Educação Ambiental. São Paulo: USP, 2003. Disponível em <www.cidade.usp.br/educar/2003/mod6/aula3> Consultado dia 25.04.2007.
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PENTEADO, H. D. Meio Ambiente e a formação de professores. 5ª ed. São Paulo: Cortez, 2003.
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TEIXEIRA, E. As três metodologias: acadêmica, da ciência e da pesquisa. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005.
THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo: Cortez, 2002.
VEIGA, I. P. A. (Org). Projeto político-pedagógico da escola: Uma construção possível – Campinas: Papirus, 1995.
ZEPPONE, R. M. O. Educação Ambiental: Teorias e Práticas Escolares. 1ª ed. Araraquara: JM Editora, 1999.
53
APÊNDICE A – Questionário dirigido aplicado à coordenação pedagógica.
CENTRO UNVERSITÁRIO DO PARÁCURSO DE LICENCIATURA EM BIOLGIA
Pesquisa para Trabalho de Conclusão de Curso – TCC.
TEMA: A UNIÃO ENTRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E PROJETO POLÍTICO- PEDAGÓGICO: UM ENFOQUE SOBRE A TRANSVERSALIDADE DA QUESTÃO.
Aluna: Márcia Nágem Krag
Orientadora: M.Sc. Ana Cláudia Boadana da Paixão/ CESUPA
Ressaltamos ser de extrema importância sua participação, pois, os envolvidos na
pesquisa tanto de modo cooperativo como participante, são não apenas o objeto de estudo,
mas elementos ativos do processo desta pesquisa ação, evidenciando que a informação e a
vivência participativa são recursos indispensáveis no processo de ensino-aprendizagem
voltado para o desenvolvimento da consciência ambiental.
- Questionário dirigido: Coordenação pedagógica
1) Que modelos já foram testados e/ou vem sendo testados pela escola, para trabalhar a Educação Ambiental como eixo transversal, como propõe os Parâmetros Curriculares Nacionais?
2) Qual (ou quais) modelo(s) foi ou está sendo o mais adequado?
3) Qual a maior dificuldade encontrada na aplicação dos modelos testados?
4) Dentro deste contexto a que se propõe os objetivos da Educação Ambiental ´´ ... abordagem educacional que vise uma mudança de paradigma rumo ao desenvolvimento sustentável...``; a escola vem sendo o ´´agente de mudança`` ou ela também vem sendo um ´´objeto de mudança``?
5) Como a escola busca reduzir a distância que há entre aquilo que se pretende na teoria e o que de fato será feito na prática?
6) Quais os programas e/ou projetos existentes na escola, relacionados à EA?
7) Dentro do contexto transversal, qual a importância do PPP, enquanto instrumento de mobilização e de atuação da escola, na inserção dos temas sociais urgentes, como a EA?
8) Como vem sendo analisadas as alternativas de inserção de educação ambiental como eixo transversal?
55
APÊNDICE B – Questionário dirigido aplicado às professoras de educação infantil e ensino fundamental 1° ciclo.
CENTRO UNVERSITÁRIO DO PARÁCURSO DE LICENCIATURA EM BIOLGIA
Pesquisa para Trabalho de Conclusão de Curso – TCC.
TEMA: A UNIÃO ENTRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: UM ENFOQUE SOBRE A TRANSVERSALIDADE DA QUESTÃO.
Aluna: Márcia Nágem Krag
Orientadora: M.Sc. Ana Cláudia Boadana da Paixão/ CESUPA
Ressaltamos ser de extrema importância sua participação, pois, os envolvidos nesta
pesquisa tanto de modo cooperativo como participante, são não apenas o objeto de estudo,
mas elementos ativos do processo de pesquisa ação, evidenciando que a informação e a
vivência participativa são recursos indispensáveis no processo de ensino-aprendizagem
voltado para o desenvolvimento da consciência ambiental.
- Questionário dirigido: Professoras ( ) De educação Infantil ( ) De Ensino Fundamental
1) Quais técnicas são utilizadas para aplicação da Educação Ambiental como eixo transversal, no dia-a-dia em sala de aula?
2) Quais resultados acreditam serem os mais relevantes? Por quê?
3) Quais as dificuldades encontradas para trabalhar a EA como tema transversal, com crianças?
4) Que alternativas, acredita, serem as mais adequadas para trabalhada a EA no contexto diário das crianças?
5) Dentro do contexto transversal, qual a importância do PPP, enquanto instrumento de mobilização e de atuação da escola, na inserção dos temas sociais urgentes, como a EA?
6) Qual a importância de trabalhar a EA desde as séries iniciais?
7) Que fatores vêm contribuindo para inserção da EA como eixo transversal?
8) Acredita ser possível que a EA se faça presente de forma contínua e permanente e permeie toda a prática educacional?
56
APÊNDICE C – Questionário dirigido aplicado às crianças.
CENTRO UNVERSITÁRIO DO PARÁCURSO DE LICENCIATURA EM BIOLGIA
Pesquisa para Trabalho de Conclusão de Curso – TCC.
TEMA: A UNIÃO ENTRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E PROJETO POLÍTICO- PEDAGÓGICO: UM ENFOQUE SOBRE A TRANSVERSALIDADE DA QUESTÃO.
Aluna: Márcia Nágem Krag
Orientadora: M.Sc. Ana Cláudia Boadana da Paixão/ CESUPA
Ressaltamos ser de extrema importância a participação de seu (a) filho (a), pois, os
envolvidos na pesquisa tanto de modo cooperativo como participante, são não apenas o objeto
de estudo, mas elementos ativos do processo desta pesquisa ação, evidenciando que a
informação e a vivência participativa são recursos indispensáveis no processo de ensino-
aprendizagem voltado para o desenvolvimento da consciência ambiental.
- Questionário dirigido: às crianças.
1) Que temas sobre Meio Ambiente você tem visto em jornais, revistas, internet ou em casa recentemente?
2) Dê exemplos de alguns dos problemas ambientais existente em nossa cidade que costumam ser discutidos na escola.
3) Em sua opinião que atitudes devemos tomar em nosso dia-a-dia, para melhorar a qualidade de vida em nosso planeta sem destruí-lo?
4) Se você pudesse enviar uma mensagem a muitas pessoas para que ajudassem a cuidar do meio ambiente, o que você diria?
5) Como você imagina ser um meio ambiente perfeito para que todos os seres possam viver e outro ambiente que não seja perfeito? Desenhe.
57
APÊNDICE D – Carta para obtenção do Consentimento Livre e Esclarecido -TCLE (para adultos – coordenadora e professoras).
Carta para obtençãode Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para pesquisas que envolvam adultos e questionários.
Prezada Senhora,
Eu, Márcia Nágem Krag, graduanda do curso de Licenciatura em Biologia do Centro Universitário
do Pará - CESUPA, sob matrícula 04160201, portadora do CPF: 656.257.652-00, RG: 2431707, residente
na Tv: Padre Eutíquio, n° 2264, apto 2102, na cidade de Belém, cujos telefones de contato são ( 91 )
3223-0407 / 9146-2310 e e-mail [email protected] , estou desenvolvendo uma pesquisa cujo título é " A união entre Educação Ambiental e Projeto Político-Pedagógico: um enfoque sobre a transversalidade da questão.
O objetivo desta pesquisa é de verificar como as diversidades de ações ambientais implantadas no Projeto Político-Pedagógico desta escola vêm contribuir na inclusão e difusão da Educação Ambiental no currículo escolar de forma transversal a garantir a formação crítica/reflexiva de seus alunos, tornando-os multiplicadores dessas práticas ambientalmente justas; e necessito da sua
participação respondendo a algumas questões, cujas perguntas estão em anexo, devendo ocupá-la por
pouco tempo, para completar as respostas.
Sua participação nesta pesquisa é voluntária, o único risco ou desconforto que pode lhe trazer é o
constrangimento no momento de responder as perguntas referentes a educação ambiental, do questionário
proposto, pois não manterei qualquer outro contato com você, ficando a coleta dos dados restritos a esta
entrevista. Sua participação não trará qualquer benefício direto, mas proporcionará um melhor
conhecimento a respeito da Educação Ambiental desenvolvida na escola e suas impressões sobre o tema, no
entanto somente no final do estudo poderemos concluir a presença de algum benefício.
Informo que o Sra. tem a garantia de acesso, em qualquer etapa do estudo, sobre qualquer
esclarecimento de eventuais dúvidas. Se tiver alguma consideração ou dúvida sobre a ética da pesquisa,
entre em contato com a Profa. M.Sc. Ana Cláudia Boadana da Paixão, orientadora desta pesquisa, nos fones:
(91) 3244-3532 /99842079 e e-mail [email protected].
Também é garantida a liberdade da retirada de consentimento a qualquer momento e deixar de
participar do estudo, sem qualquer prejuízo, punição ou atitude preconceituosa. Garanto que as informações
obtidas serão analisadas em conjunto com as de outras crianças, não sendo divulgada a identificação de
nenhum dos participantes. A Sra. tem o direito de ser mantida atualizada sobre os resultados parciais das
pesquisas e caso seja solicitado, darei todas as informações que solicitar.
Eu me comprometo a utilizar os dados coletados somente para pesquisa e os resultados serão
apresentados ao CESUPA em forma de um relatório de pesquisa para obtenção do título de graduação
em Biologia e posteriormente veiculada através de artigos científicos em revistas especializadas e/ou em
encontros científicos e congressos, sem nunca tornar possível a sua identificação.
Anexo está o consentimento livre e esclarecido para ser assinado caso não tenha ficado qualquer
dúvida.
58
Pesquisadora: Márcia Nágem Krag
APÊNDICE E – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE (para adultos – coordenadora e professoras).
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Acredito ter sido suficiente informado a respeito das informações que li e/ou que foram
lidas para mim, descrevendo a pesquisa de tema ´´ A união entre Educação Ambiental e Projeto Político-Pedagógico: um enfoque sobre a transversalidade da questão.``
Eu discuti com a pesquisadora Márcia Nágem Krag sobre a minha decisão em
participar nessa pesquisa. Ficaram claros para mim quais são os propósitos do estudo, os
procedimentos a serem realizados, seus desconfortos e riscos, as garantias de
confidencialidade e de esclarecimentos permanentes.
Ficou claro também que a minha participação é isenta de despesas e que tenho
garantia do acesso aos resultados e de esclarecer minhas dúvidas a qualquer tempo.
Concordo voluntariamente em participar da pesquisa e poderei retirar o meu
consentimento a qualquer momento, antes ou durante a mesma, sem penalidade ou prejuízo
ou perda de qualquer benefício que eu possa ter adquirido.
___________________________________ Data _______/______/______Assinatura do entrevistadoNome:RG.Fone: ( )
__________________________________ Data _______/______/______Assinatura da pesquisadora
59
APÊNDICE F – Carta para obtenção do Consentimento Livre e Esclarecido -TCLE (para crianças).
Carta para obtençãode Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) par a pesquisas que envolvam crianças e questionários.
Prezada Senhora,
Eu, Márcia Nágem Krag, graduanda do curso de Licenciatura em Biologia do Centro Universitário
do Pará - CESUPA, sob matrícula 04160201, portadora do CPF: 656.257.652-00, RG: 2431707, residente
na Tv: Padre Eutíquio, n° 2264, apto 2102, na cidade de Belém, cujos telefones de contato são ( 91 )
3223-0407 / 9146-2310 e e-mail [email protected] , estou desenvolvendo uma pesquisa cujo título é " A união entre Educação Ambiental e Projeto Político-Pedagógico: um enfoque sobre a transversalidade da questão.
O objetivo desta pesquisa é de verificar como as diversidades de ações ambientais implantadas no Projeto Político-Pedagógico desta escola vêm contribuir na inclusão e difusão da Educação Ambiental no currículo escolar de forma transversal a garantir a formação crítica/reflexiva de seus alunos, tornando-os multiplicadores dessas práticas ambientalmente justas; e necessito da sua
participação respondendo a algumas questões, cujas perguntas estão em anexo, devendo ocupá-la por
pouco tempo, para completar as respostas.
A participação de seu (sua) filho (a) nesta pesquisa é voluntária, o único risco ou desconforto que
pode lhe trazer é o constrangimento no momento de responder as perguntas referentes a educação
ambiental, do questionário proposto, pois não manterei qualquer outro contato com seu (sua) filho (a),
ficando a coleta dos dados restritos a esta entrevista. A participação de seu (sua) filho (a) não trará
qualquer benefício direto, mas proporcionará um melhor conhecimento a respeito da Educação Ambiental
desenvolvida na escola e suas impressões sobre o tema, no entanto somente no final do estudo poderemos
concluir a presença de algum benefício.
Informo que o Sra. tem a garantia de acesso, em qualquer etapa do estudo, sobre qualquer
esclarecimento de eventuais dúvidas. Se tiver alguma consideração ou dúvida sobre a ética da pesquisa,
entre em contato com a Profa. M.Sc. Ana Cláudia Boadana da Paixão, orientadora desta pesquisa, nos fones:
(91) 3244-3532 /99842079 e e-mail [email protected].
Também é garantida a liberdade da retirada de consentimento a qualquer momento seu (sua) filho (a)
pode deixar de participar do estudo, sem qualquer prejuízo, punição ou atitude preconceituosa. Garanto que as
informações obtidas serão analisadas em conjunto com as de outras crianças, não sendo divulgada a
identificação de nenhum dos participantes. A Sra. tem o direito de ser mantida atualizada sobre os resultados
parciais das pesquisas e caso seja solicitado, darei todas as informações que solicitar.
Eu me comprometo a utilizar os dados coletados somente para pesquisa e os resultados serão
apresentados ao CESUPA em forma de um relatório de pesquisa para obtenção do título de graduação
em Biologia e posteriormente veiculada através de artigos científicos em revistas especializadas e/ou em
encontros científicos e congressos, sem nunca tornar possível a identificação de seu (sua) filho (a).
Anexo está o consentimento livre e esclarecido para ser assinado caso não tenha ficado qualquer
dúvida.
60
Pesquisadora: Márcia Nágem Krag
APÊNDICE G – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE (para crianças).
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Acredito ter sido suficiente informado a respeito das informações que li e/ou que foram
lidas para mim, descrevendo a pesquisa de tema ´´ A união entre Educação Ambiental e Projeto Político-Pedagógico: um enfoque sobre a transversalidade da questão.``
Eu discuti com a pesquisadora Márcia Nágem Krag sobre a minha decisão em permitir
a participação de minha filha nessa pesquisa. Ficaram claros para mim quais são os propósitos
do estudo, os procedimentos a serem realizados, seus desconfortos e riscos, as garantias de
confidencialidade e de esclarecimentos permanentes.
Ficou claro também que a participação de meu (minha) filho (a) é isenta de despesas e
que tenho garantia do acesso aos resultados e de esclarecer minhas dúvidas a qualquer
tempo.
Concordo voluntariamente em permitir a participação de meu (minha) filho (a) nessa
pesquisa e poderei retirar o meu consentimento a qualquer momento, antes ou durante a
mesma, sem penalidade ou prejuízo ou perda de qualquer benefício que eu possa ter
adquirido.
___________________________________ Data _______/______/______
Assinatura do pai e/ou mãe ou responsável
Nome:
RG.
Fone: ( )
__________________________________ Data _______/______/______
Assinatura da pesquisadora
61
ANEXO 1 – Cronograma físico de execução de atividades.
ATIVIDADES2007
FEV MAR ABR MAIO JUN JUL AGO SET OUT NOVLevantamento Bibliográfico X X
Revisão Bibliográfica X XConstrução e
Revisão do Pré-Projeto e do
ProjetoX X
Coleta de Dados X X X X
Análise dos Dados X X X X
Produção Documental da
PesquisaX X X X X
Entrega do Relatório
Final X
63
ANEXO 2 – Objetivos das Ciências Naturais para Educação Infantil (Jardim I e II) e Ensino Fundamental 1° Ciclo ( Alfabetização a 4ª série) extraído do PPP da escola.
64
1ª Série
2ª Série
3ª Série 4ª Série
ANEXO 3 – Objetivos das Ciências Sociais para Educação Infantil (Jardim I e II) e História e Geografia para o Ensino Fundamental 1° Ciclo ( Alfabetização a 4ª série), extraído do PPP da escola.
ANEXO 3 –
Continuação...
65
2ª Série
3ª Série2ª Série
1ª Série
4ª Série