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A UTILIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS COMO RECURSO COMPLEMENTAR NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM: UM ESTUDO DE CASO Érica Aparecida Coelho¹, Wellington Adilson Domingos Júnior², Silvane Guimarães Silva Gomes³, Thalita Rodrigues Rossi⁴ 1 Universidade Federal de Viçosa/Coordenadoria de Educação Aberta e a Distância (CEAD/UFV), [email protected] 2 Universidade Federal de Viçosa/Coordenadoria de Educação Aberta e a Distância (CEAD/UFV), [email protected] 3 Universidade Federal de Viçosa/Coordenadoria de Educação Aberta e a Distância (CEAD/UFV), [email protected] 4 Universidade Federal de Viçosa/Coordenadoria de Educação Aberta e a Distância (CEAD/UFV), [email protected] Resumo As redes sociais podem potencializar o processo de ensino- aprendizagem, possibilitando uma compreensão mais prazerosa e dentro de um ambiente em que os alunos já estão familiarizados. Diante disso, o presente artigo tem o objetivo geral de verificar como os alunos de um curso de capacitação online compreendem a interferência das redes sociais no processo de ensino-aprendizagem. Trata-se de um estudo de caso com metodologia que apresenta aspectos qualitativos e quantitativos, também se refere a uma pesquisa descritiva. Os resultados permitiram concluir que implementar mudanças nas práticas pedagógicas num sistema de ensino ainda muito engessado gera resistências, pois exige maior preparo, conhecimento sobre os recursos tecnológicos que se deseja utilizar e objetivos bem formulados, mas quando bem aplicadas essas mudanças podem gerar benefícios que vão muito além dos conteúdos ministrados em sala de aula, colaborando na melhoria do relacionamento interpessoal, proatividade, autonomia e formação do cidadão. Palavras-chave: Recursos tecnológicos; Redes sociais; Ensino-aprendizado; Práticas pedagógicas. Abstract – Social networks can enhance the teaching-learning process, enabling a more pleasant understanding and within an environment in which students are already familiar. Therefore, the present article has the general objective of verifying how the students of an online training course understand the interference of social networks in the teaching-learning process. It is a case study with methodology that presents qualitative and quantitative aspects, also refers to a descriptive research. The results allowed us to conclude that implementing changes in pedagogical practices in a still very embedded teaching system generates resistance, since it requires greater preparation, knowledge about the technological resources to be used and well formulated objectives, but when applied well these changes can generate benefits that will much more than the contents taught in the classroom, collaborating in the improvement of the interpersonal relationship, proactivity, autonomy and training of the citizen. Keywords: Technological resources; Social networks; Teaching-learning; Pedagogical practices.

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A UTILIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS COMO RECURSO COMPLEMENTAR NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM: UM

ESTUDO DE CASO

Érica Aparecida Coelho¹, Wellington Adilson Domingos Júnior², Silvane Guimarães Silva Gomes³, Thalita Rodrigues Rossi⁴

1Universidade Federal de Viçosa/Coordenadoria de Educação Aberta e a Distância (CEAD/UFV),

[email protected] 2Universidade Federal de Viçosa/Coordenadoria de Educação Aberta e a Distância (CEAD/UFV),

[email protected] 3Universidade Federal de Viçosa/Coordenadoria de Educação Aberta e a Distância (CEAD/UFV),

[email protected] 4Universidade Federal de Viçosa/Coordenadoria de Educação Aberta e a Distância (CEAD/UFV),

[email protected]

Resumo – As redes sociais podem potencializar o processo de ensino-aprendizagem, possibilitando uma compreensão mais prazerosa e dentro de um ambiente em que os alunos já estão familiarizados. Diante disso, o presente artigo tem o objetivo geral de verificar como os alunos de um curso de capacitação online compreendem a interferência das redes sociais no processo de ensino-aprendizagem. Trata-se de um estudo de caso com metodologia que apresenta aspectos qualitativos e quantitativos, também se refere a uma pesquisa descritiva. Os resultados permitiram concluir que implementar mudanças nas práticas pedagógicas num sistema de ensino ainda muito engessado gera resistências, pois exige maior preparo, conhecimento sobre os recursos tecnológicos que se deseja utilizar e objetivos bem formulados, mas quando bem aplicadas essas mudanças podem gerar benefícios que vão muito além dos conteúdos ministrados em sala de aula, colaborando na melhoria do relacionamento interpessoal, proatividade, autonomia e formação do cidadão.

Palavras-chave: Recursos tecnológicos; Redes sociais; Ensino-aprendizado; Práticas pedagógicas.

Abstract – Social networks can enhance the teaching-learning process, enabling a more pleasant understanding and within an environment in which students are already familiar. Therefore, the present article has the general objective of verifying how the students of an online training course understand the interference of social networks in the teaching-learning process. It is a case study with methodology that presents qualitative and quantitative aspects, also refers to a descriptive research. The results allowed us to conclude that implementing changes in pedagogical practices in a still very embedded teaching system generates resistance, since it requires greater preparation, knowledge about the technological resources to be used and well formulated objectives, but when applied well these changes can generate benefits that will much more than the contents taught in the classroom, collaborating in the improvement of the interpersonal relationship, proactivity, autonomy and training of the citizen.

Keywords: Technological resources; Social networks; Teaching-learning; Pedagogical practices.

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Introdução

Convivemos com as mídias sociais diariamente e, cada dia mais, novas possibilidades de utilização dessas tecnologias nos são apresentadas. Para Junior e Oswald (2017, p. 154), “a dinamicidade e a agilidade com as quais os jovens se organizam na rede mostram o quanto as conversas online mobilizam pessoas geograficamente dispersas em torno de interesses comuns”.

Felcher, Pinto e Ferreira (2017, p. 248) destaca que, “a sociedade sofreu e está sofrendo uma revolução digital, que vem modificando as relações sociais, econômicas e o espaço educacional [...]”. Referente ao espaço educacional, os autores acrescentam que, pensar na utilização das tecnologias digitais no ensino e na aprendizagem é algo de fundamental importância, “já que todas essas transformações tecnológicas impõem novos ritmos à tarefa de ensinar e aprender, não como uma solução aos problemas da educação, mas como uma possibilidade a mais para sua utilização em sala de aula” (FELCHER; PINTO; FERREIRA, 2017, p. 249).

Para Kenski (2012, p. 67), o desafio não é fazer com a tecnologia o que poderia ser feito sem ela, mas sim “inventar e descobrir usos criativos da tecnologia educacional que inspirem professores e alunos a gostarem e aprenderem, para sempre”. A partir desta ótica, acompanhar as mídias interativas e conhecer suas possibilidades de utilização é essencial.

Dessa maneira, é imprescindível compreender o melhor modo de promover uma melhoria na capacidade de aprender, tornando o conteúdo mais atrativo, promovendo mudanças estruturais na educação, sem que haja uma descaracterização das funções e pessoas envolvidas, e, para isso, introduzir práticas educativas híbridas e alternar métodos é um caminho viável para adequar os educadores e estudantes às novas realidades dos diversos contextos sociais.

Visto que as redes sociais estão presentes na vida de grande parte dos estudantes, ela se torna um meio de comunicação favorável ao ensino, pois na interação ocorrida nela existe um fluxo de transmissão de conhecimento tanto do professor para o aluno quanto do aluno para o professor.

Assim sendo, as redes sociais podem potencializar o processo de ensino-aprendizagem, possibilitando uma compreensão mais prazerosa, dentro de um ambiente em que os alunos já estão familiarizados. Também possibilita estabelecer a cooperação e a comunicação entre professores e alunos, permitindo uma relação aberta e dinâmica entre os mesmos, proporcionando uma construção ativa do conhecimento. Ademais, contribui para troca de informações, esclarecimento de dúvidas, complementação das aulas, compartilhamento de ideias e links que motivem a construção do saber, discussões sobre assuntos da aula, interação entre os estudantes, entre outras possibilidades de utilização.

Dentre as várias abordagens e definições existentes, as redes sociais têm a capacidade de unir interesses, ampliar redes de compartilhamento e criação de fluxos de informações que podem ser transmitidos de forma instantânea. A sociedade tem se modificado em grande parte pelas novas relações estabelecidas com as transformações tecnológicas digitais, deste modo é natural que haja mudança dos moldes educacionais e na forma como o conhecimento

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passa a ser transmitido.

De acordo com Degenne e Forsé (1994, p. 7-12), “uma rede não se reduz a uma simples soma de relações, e a sua forma exerce uma influência sobre cada relação”. A partir disso, pode-se refletir sobre as novas relações estabelecidas na organização da sala de aula, na posição que o professor passa a assumir nesta situação, exercendo um papel descentralizador, fazendo-se necessária uma nova abordagem metodológica que acompanhe as inúmeras modificações que vem ocorrendo. Assim, introduzir novas tecnologias e métodos de assimilação gera a oportunidade de promover resoluções dinâmicas de situações problemas, ampliando a forma de pensar.

Diante disso, esse artigo tem o objetivo geral de verificar como os cursistas de um curso de capacitação online compreendem a interferência das redes sociais no processo de ensino-aprendizagem. Especificamente, buscou-se identificar o perfil desses cursistas; averiguar se existe um consenso entre eles sobre como deve ser a relação entre professores e alunos nas redes sociais; verificar a percepção desses cursistas sobre as implicações que as redes sociais podem ocasionar na relação em sala de aula; identificar como as redes sociais estão sendo utilizadas a favor da aprendizagem.

Referencial teórico

De acordo com Braga (2013, p.75-76) “as condições de interação da sala de aula tradicional, assim como o apoio apenas de materiais impressos têm se revelado insuficientes para atingir as metas propostas por essas orientações de ensino”. Assim, os mecanismos engessados que perpetuam por gerações já não se constituem uma metodologia apropriada para o atendimento holístico do aluno.

Compreendendo que essa nova realidade ocorreu devido a introdução de novos mecanismos e ferramentas, surge a ideia de utilizar estes mesmos recursos para resgatar o sistema de ensino, modificá-lo e torná-lo tão dinâmico quanto o contexto social o qual a população está inserida. Portanto, é imprescindível atualizar as práticas de ensino e desmistificar os preceitos que envolvem ambientes virtuais de aprendizado e dispositivos móveis, dentre outros recursos.

Lemos, Vieira e Moreira (2018, p. 49) afirmam que, a “revolução tecnológica possibilitou novas formas de comunicação e interação, novas formas de acesso à informação e formas diferenciadas de ensinar e aprender”. Dessa forma, a medida que novas mídias são introduzidas e novas práticas executadas, cria-se a necessidade de modificar a função do agente educador, que agora tem a importância de filtrar conteúdos e direcionar os alunos de acordo com os objetivos esperados em cada disciplina. “Contudo, o simples uso da tecnologia pela tecnologia não é suficiente para a melhoria dos processos educacionais, tornando-se, por isso, necessárias a reflexão e a mudança das práticas pedagógicas” (LEMOS, VIEIRA; MOREIRA, 2018, p. 49).

Para Ianhke, Botelho e Ferreira (2014, p. 9), “o compartilhamento de conhecimento realizado pelas redes sociais é muito mais amplo do que numa aula tradicional, pois um aumento da colaboração entre os discentes é esperado [principalmente] ao empregar-se o Facebook como ambiente pessoal de aprendizagem”. Em relação ao Facebook, pode-se eleger

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este recurso social e interativo como uma ferramenta dinâmica e útil de suporte em sala de aula, contudo deve-se ter objetivos bem fundamentados ao utilizá-lo para que não se torne mais um tipo de repositório de conteúdo escolar.

Iahnke, Botelho e Ferreira (2014) acrescentam que, essas ferramentas são capazes de apoiar as atividades de ensino, tornando-as mais dinâmicas e extinguindo a característica passiva do aluno, fazendo com que haja uma participação ativa da construção daquilo que está sendo ensinado, sendo então eficaz na melhoria do desempenho dos alunos.

Nesse aspecto, as redes sociais têm a capacidade de agregar experiências e abrem precedente para variadas tipologias de uso, permitindo estabelecer relações mais afinadas e próximas entre os membros da mesma, maior facilidade de contato, debates e intercâmbio de conhecimentos. Corroborando com isso, Franco (2012, p. 117) afirma que, as “redes sociais são um processo de socialização, algum tipo de interação coletiva e social, presencial ou virtual, que pressupõe a partilha de informações conhecimentos, desejos e interesses”.

Além disso, dinamizar métodos de ensino possibilita que atividades escolares possam ser realizadas fora do âmbito escolar e em horário alternativo sendo acompanhadas pelos professores, facilitando a prática do estudo e o tornando mais dinâmico, recreativo e instigante.

Freire (1997) apud Moreira e Ramos (2014, p. 326) destaca que, “só pensando criticamente a nossa ação sobre a prática de hoje ou de ontem poderemos melhorar as nossas ações amanhã”. Reforçando essa frase, Messias e Morgado (2014) reconhecem que, “o foco não deve ser em somente utilizar estas ferramentas, é imprescindível saber o melhor modo de implementá-las do ponto de vista didático, otimizando o desenvolvimento dos estudantes no processo de aprendizagem”.

Assim sendo, adaptações no processo de ensino-aprendizagem são necessárias para que se possa atender o dinamismo atual dos jovens frente às transformações tecnológicas. Em outras palavras, somente introduzindo práticas inovadoras, testando, estudando, analisando e observando as experiências adquiridas ao longo do processo, é que serão estabelecidos os caminhos que contribuirão de modo mais eficaz no processo de aprendizagem.

Estabelecer a interconexão entre as redes sociais, como formas de AVAs, introduzir dispositivos eletrônicos, desenvolver novas tecnologias e metodologias de utilização são ações necessárias e promissoras que implicam na nova forma de assimilação e temática de aprendizado.

Pode-se afirmar que este processo de transformação é inevitável e propício, porém para se obter êxito é necessário traçar objetivos, ampliar o acesso e sobretudo saber qual o melhor uso da informação que foi obtida, visto que essa é uma preocupação existente. Para Santos (2009, p. 225) os AVAs, atrelados às mídias digitais, tem como uma das funções “disponibilizar e incentivar conexões lúdicas, artísticas, navegações fluidas e simulações”. Compreende-se que estes recursos incentivam os alunos a entenderem o que está sendo abordado na prática, desta forma contribui para uma melhor assimilação.

Para Silva (2000), o AVA precisa ser uma obra aberta, na qual a imersão, a navegação, a exploração e a conversação possam fluir na “lógica da completação”. Uma vez que tais

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práticas podem ser realmente efetivadas, torna-se mais fácil “aprender a aprender” despertando sensações de “querer ensinar”, discutir e debater variados assuntos que podem enriquecer o intelectual e ao mesmo tempo o senso de comunidade.

Salienta-se que, as vanguardas da educação que evidenciam o uso das tecnologias da comunicação não excluem as questões institucionais e hierárquicas, esta tendência pretende levar aos alunos maior multiplicidade sem excluir as “relações de poder”. A intenção é manter autonomia e liberdade, porém com uma organização estabelecida de modo que não haja conflitos. Dessa forma, o ambiente torna-se mais propício para o estudo e torna-se prazeroso o saber, o aluno assume maior responsabilidade por assumir a direção das suas aprendizagens.

De acordo com Machado e Tijiboy (2005, p. 8), “as novas tecnologias de informação e comunicação podem auxiliar nessa caminhada desde que não sejam utilizadas de maneira ingênua, numa versão escolarizada, baseada no sonambulismo tecnológico”. Assim, visto as inúmeras possibilidades de emprego das tecnologias em prol da prática do aprendizado, a abordagem deve ser funcional e objetiva, livre do convencional, embasada na melhor forma de utilização e sem receio do desconhecido.

Utilizando métodos inovadores surge a oportunidade de introduzir atividades que promovem a aprendizagem diferenciada. Para Dillenbourg (2000), essa aprendizagem diferenciada ocorre de acordo com as particularidades da Internet, uma vez que os estudantes não estão restritos a somente absorver as informações da Rede, eles se tornam produtores da informação e participantes do jogo. A principal vertente que redefine as novas relações entre os agentes inseridos no contexto educacional, é o fato de, cada vez mais, a informação deixa de ser exclusiva de um só agente sendo então partilhada por várias pessoas.

Para Braga (2013) uma das principais vantagens que podem ser observadas é a amplitude da exposição do material, o baixo custo, e o número de participantes que podem se pronunciar e inferir, contribuindo para maior assimilação do conteúdo e maior capacidade de análise, ou seja, a possibilidade de se desenvolver uma aprendizagem colaborativa. O que, para Bedin e Del Pino (2018, p. 69-70), trata-se de “um conjunto de atividades desenvolvidas em parceria, isto é, um grupo de pessoas (professor e alunos) que busca atingir algo ou adquirir novos conhecimentos por meio da interação e troca de saberes e experiências”, sendo esses importantes “não somente no momento presente do estudante e na aprendizagem dos conteúdos ministrados, mas também no seu futuro como cidadão, como desenvolvimento de habilidades pessoais que podem trazer benefícios sociais e profissionais”.

Metodologia

O presente estudo apresenta aspectos qualitativos e quantitativos; portanto a metodologia é mista. Segundo Landim et al. (2006, p. 57), “em muitas circunstâncias, a utilização de única abordagem pode ser insuficiente para abarcar toda a realidade observada. Portanto, elas podem e devem ser utilizadas, em tais circunstâncias, como complementares [...]”. Além disso, também se refere a uma pesquisa descritiva, que para Vieira (2002, p. 65), “expõe as características de determinada população ou de determinado fenômeno, mas não tem o compromisso de explicar os fenômenos que descreve, embora sirva de base para tal explicação”.

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A população da análise foi formada por alunos que participaram do curso de capacitação em Mídias Interativas oferecido pela Coordenadoria de Educação Aberta e a Distância da Universidade Federal de Viçosa (CEAD/UFV). A amostra foi composta por 111 alunos que participaram do referido curso nos anos de 2017 e 2018/1.

Como instrumento metodológico utilizou-se relatos disponibilizados pelos cursistas durante o desenvolvimento de uma atividade do curso. Trata-se de um fórum avaliativo, cujo tema abordado foi a “Relação entre professores e alunos nas redes sociais”. Para o desenvolvimento da atividade os cursistas foram instruídos a assistirem o documentário “Uma escola entre redes sociais” (disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=vP2o472pjNs&feature=youtu.be), além de se apoiarem no conteúdo abordado no curso e experiências de vida.

Utilizou-se a análise de conteúdo como técnica para a análise dos dados, sendo essa “um conjunto de técnicas de análise das comunicações” (BARDIN, 1977, p.31), essa descrição analítica é realizada “segundo procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens” (BARDIN, 1977, p. 33).

Resultados e discussão

Tratando-se do perfil dos cursistas, tem-se que 69 (62%) eram do sexo feminino e 42 (38%) eram do sexo masculino. Em relação a idade, apenas 1 (1%) dos cursistas tinha idade de até 18 anos, 27 (24%) dos cursistas estavam na faixa etária de 18 a 25 anos, 50 (45%) tinham entre 26 e 35 anos, 30 (27%) tinham entre 36 e 50 anos e 3 (3%) cursistas tinham mais de 50 anos.

Sobre a escolaridade, 77 (69%) dos cursistas já haviam ingressado na pós-graduação, como evidenciado na figura a seguir:

Figura 1 - Grau de escolaridade dos cursistas, 2017 e 2018/1.

Para Macêdo e Almeida (2016, p. 2), um dos motivos para o crescimento da modalidade de ensino a distância “é a busca de maior conhecimento e aperfeiçoamento com objetivo de melhorar a empregabilidade e a colocação no mercado de trabalho, pois quanto maior o conhecimento melhor a inserção nesse mercado que tem se mostrado cada dia mais

2 (2%)

13 (12%)

19 (17%)

25 (22%)

9 (8%)

11 (10%)

10 (9%)

9 (8%)

12 (11%)

1 (1%)

0 5 10 15 20 25 30

ensino médio completo

ensino superior completo

ensino superior incompleto

pós-graduação Lato Sensu completa

pós-graduação Lato Sensu incompleta

mestrado completo

mestrado incompleto

doutorado incompleto

doutorado completo

pós-doutorado.

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competitivo”, o que condiz com o perfil dos cursistas, visto que esses estavam em idade ativa.

Em relação a existência de um consenso sobre como deve ser a relação entre professores e alunos nas redes sociais, verificou-se que esse consenso não existe, cabendo ao professor direcionar os alunos, ou mesmo um acordo entre professores e alunos para que haja uma utilização positiva dessa tecnologia, como exposto nas contribuições abaixo:

“Ainda não existe um consenso de como deve ser a relação entre professores e alunos nas redes sociais. Enquanto alguns professores e alunos pensam que a relação deve existir apenas em sala de aula com o professor [...] de forma tradicional [...] existem também aqueles que pensam que o meio social é uma boa forma de interação e afetividade entre ambos, uma nova forma de ensinar, mais atual, diversificada, um meio que possibilita mais dinâmica em relação a aprender, tirar dúvidas e procurar por algo novo, diferente do oferecido em sala de aula” (A.A.18).

“Acredito que não existe consenso sobre como deve ser a relação de professores e alunos nas redes sociais, mas é preciso encarar esse fenômeno das redes sociais como uma possibilidade educacional, com o intuito de proporcionar formas de comunicação que aproximem professores e alunos” (T. S. 38).

“Não há consenso sobre como deve ser a relação entre professores e alunos seja nas redes sociais, ou até no próprio espaço físico da sala de aula. Creio que a chave para essa reflexão esteja no bom senso” (M. G. 37).

Diante disso, salienta-se que não existe um manual contendo normas para serem seguidas, as normas vão sendo criadas de acordo com cada grupo, diante de valores, crenças e bom senso, sendo necessário planejamento por parte do professor ao usar de mídias e redes sociais e, também, é importante estar atento a essa nova forma de interação com os alunos. Para Felcher, Pinto e Ferreira (2017, p. 252), quando se utiliza as mídias sociais “é importante que o professor seja o mediador do processo educativo, levando em consideração que, nesse espaço, a comunicação e o trabalho em rede devem ser voltados para coletividade, partilha e colaboração”.

Em relação às implicações que as redes sociais podem ocasionar na relação em sala de aula, a maioria das contribuições apontaram para uma maior aproximação do professor-aluno, o que facilita a comunicação; interatividade; conhecimento da realidade vivenciada quecolabora para o desenvolvimento de aulas mais criativas, dinâmicas, instigantes e voltadaspara a realidade dos alunos; auxilia no desenvolvimento de uma maior autonomia eexpressividade do aluno; colabora para maior interação da classe no desenvolvimento deatividades; melhor relacionamento interpessoal; entre outros. O que pode ser verificado nascontribuições a seguir:

“Uma forma de humanizar relações, já que contatos presenciais em uma sala de aula podem restringir e ser limitantes, através de redes sociais surgem oportunidades interessantes de aproximação, confiança, abertura, sinceridade” (M. F. 27).

“Com o uso das redes sociais em sala de aula, os relatos das experiências dos professores soam de forma positiva e ocorre uma aproximação dos docentes com os alunos fazendo com que o ambiente escolar se torne mais prazeroso e mais dinâmico no dia a dia dos alunos [e em congruência] com a realidade de conhecimento dos

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mesmos, os professores identificam essa necessidade, além de promover a integração dos alunos, trazendo-os para um espaço onde podemos acompanhá-los” (A. N. 18).

“[...] professores e alunos devem estreitar os laços nas redes sociais. É uma forma de se conhecerem para além dos muros da escola e pensar na realidade daquela comunidade a fim de aprimorar a qualidade do ensino (A. M. 18).

“O acesso ao perfil pode ser uma forma de identificação e criação de divergências que podem extravasar as fronteiras da rede social e prejudicar a relação entre professor e aluno. No geral, verifica-se que as redes sociais podem ser muito produtivas quando atuam como uma extensão das atividades presenciais, sendo uma ferramenta de suma importância para direcionar os conteúdos para estudo e diversificar o ganho em aprendizagem dos alunos” (M. J. 28).

Assim sendo, constatou-se que a maioria dos cursistas consideram que as mídias sociais podem ser utilizadas como uma extensão do espaço da sala de aula e que alguns preferem mantê-la apenas para o uso pessoal. A realidade evidencia que o professor está aprendendo a interagir com esse novo universo que o mundo em rede proporciona. Trata-se de um período de descobertas de novas metodologias e muitos relatos evidenciaram experiências positivas com a utilização das mídias sociais, a exemplo o Facebook, como evidenciado abaixo:

“[...] vejo professores amigos meus interagindo normalmente com eles, então desde que haja respeito não há porque fugir da interação, que, como foi falado no vídeo, serve como uma aproximação do aluno, saber um pouco do que ele vive fora da faculdade (no meu caso) pode ajudar a entender seu jeito em sala de aula” (A. S. 18).

“Eu utilizo a rede social Facebook com meus alunos, mas o objetivo é abrir um espaço para esclarecimento de dúvidas, recados, exposição de novidades, lembretes sobre as atividades de sala de aula. O Facebook ajuda muito na comunicação, acredito que pode ser utilizado como complemento na aprendizagem, sendo uma ferramenta bem aceita pelos alunos, permitindo que o processo de aprendizagem esteja mais próximo da realidade dos educandos (F. S. 27).

“Utilizo muito as redes sociais para divulgar minhas aulas, sugestões de atividades, dentre diversas ações que desenvolvo na escola. O meu Facebook é quase 100 por cento profissional e tenho o cuidado de não postar coisas particulares. Meus amigos são pais, alunos, professores, colegas de profissão, amigos e profissionais da educação em geral. Acredito que essa ferramenta possa ser usada no processo ensino-aprendizagem de forma ativa, pois tenho retorno positivo de vários profissionais da educação, pais e alunos. Professores e aluno podem sim ser amigos no Facebook, devendo prevalecer a ética e ter consciência e responsabilidade nas suas postagens. As redes sociais utilizadas com objetivo claro e de forma correta influenciam positivamente nas aulas, aprendizado e relação aluno-professor” (W. S. 37).

Portanto, o Facebook é uma mídia social com grande potencial de utilização na educação, cabendo ao professor ter objetivos bem estabelecidos e que direcionam a relação professor-aluno, auxiliando a aplicação correta da tecnologia e aproveitamento das suas funções. Para Lemos, Vieira e Moreira (2018, p. 53), “[...] torna-se crucial perceber como ensinar e aprender em ambientes desta natureza, nomeadamente no Facebook, dadas as potencialidades de interação e sociabilidade que são inerentes a estas redes sociais, as quais

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possibilitam conceber a educação como um todo”.

O que se espera é que a relação entre professor e alunos nas redes sociais seja de amizade. Além disso, ela precisa ser sadia e de maneira que contribua para o crescimento dos alunos não só nas disciplinas, mas também, para os valores da vida e de respeito com o próximo. Sabe-se que uma rede social envolve informações pessoais e os conteúdos publicados podem gerar exposição indesejada, tanto por parte do professor quanto do aluno. Nestas situações, é possível utilizar os recursos de privacidade como restringir a visualização de álbuns, fotos ou marcações para uma pessoa específica ou para um grupo de pessoas.

As redes sociais podem ser utilizadas de diversas maneiras para potencializar a aprendizagem, e o desenvolvimento de sua utilização cabe ao propósito almejado. Várias contribuições dos cursistas apontaram direções para a aplicação e aproveitamento das mídias sociais no processo de ensino-aprendizagem. Como constatado a seguir:

“Acredito que a principal vantagem de se utilizar o Facebook como ferramenta de aprendizado está em se apropriar de algo que naturalmente desperta o interesse dos seus alunos e aplicá-lo em favor do ensino (F. L. 27).

“O professor pode usar ao seu favor, criar uma comunidade para debater um determinado tema ou abrir uma conversar síncrona com a turma em determinada disciplina, são exemplos práticos que podemos experimentar na sala de aula. Nesse universo a internet e as redes sociais podem ser assertivas quando nós, professores e a equipe pedagógica, traçam um planejamento eficaz destinado ao uso correto das mídias” (E. A. 18).

“O facebook, instagram, blogs, email e qualquer outro tipo de mídia que tem finalidades de criar novos amigos, acompanhar a vida particular, pode ser usada sim por professores e alunos, uma vez que pode ser uma ferramenta que ajuda na aprendizagem. Há formas de criar grupos de estudos, conversar e tirar dúvidas com professores que usam esse meio, são exemplos de como pode ser benéfico para a educação” (B. C. 17).

“[...] desde que bem administrada, há sim a possibilidade de amizade nas mídias e redes sociais, como o Facebook, entre alunos e professores. E mais ainda, se bem utilizadas, as redes sociais podem contribuir para um processo de ensino-aprendizagem mais dinâmico e atrativo aos olhos dos estudantes, por exemplo, uma página no Facebook que apresente informações sobre a disciplina e as matérias lecionadas e estudadas, informações acerca de novos locais de consulta sobre o assunto ministrado, links de eventos, são só alguns exemplos de como alunos e professores podem interagir no dia a dia fazendo uso dessas mídias, se tornando mais próximos, sem contudo quebrar as regras da ética” (S. Z. 38).

“Muitos professores criam páginas no Facebook para divulgarem o conteúdo da disciplina, compartilharem vídeos relacionados a suas matérias e ainda criam vídeos explicando resumidamente o assunto abordado. Além disso, divulgam a matéria a ser estudada para as provas, sobre os trabalhos e as datas importantes de entrega de atividades” (R. P. 38).

Diante disso, verificou-se que as redes sociais podem contribuir para troca de informações, esclarecimento de dúvidas, complementação das aulas, compartilhamento de ideias e links que motivem a construção do saber, discussões sobre assuntos da aula, interação

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entre os estudantes, sendo diversas as possibilidades que elas oferecem. Elas podem potencializar o processo de ensino-aprendizagem, possibilitando uma compreensão mais prazerosa, dentro de um ambiente em que os alunos já estão familiarizados. A possibilidade de estabelecer a cooperação e a comunicação entre professores e alunos, permite uma relação aberta e dinâmica entre os mesmos, proporcionado uma construção ativa do conhecimento.

Considerações finais

Diante dos resultados, pôde-se concluir que a utilização das redes sociais no processo de ensino-aprendizagem é uma realidade, porém ainda não existe um consenso que direcione a relação entre professores e alunos nas redes sociais. Essa relação deve partir do direcionamento do professor e acordo entre professores e alunos sobre os objetivos de se utilizar as redes sociais na educação. De forma geral, o conhecimento sobre as potencialidades de utilização das redes sociais é algo relevante, sendo elas capazes de promover diferentes interações e formas de relacionamento, proporcionando maior interação, discussão, envolvimento, satisfação e entusiasmo, ou seja, são importantes e benéficas na assimilação de conteúdo e desempenho dos alunos, além de oportunizar o desenvolvimento de talentos ainda desconhecidos.

Os resultados desse estudo evidenciam que as redes sociais podem ser utilizadas atreladas à educação, traçando novos meios de promover diálogo sobre os temas estudados, despertando autonomia no aluno e o afirmando como ser pensante e transformador do meio ao qual está inserido. Além disso, permite que o professor deixe o estigma de detentor de todo o conhecimento para assumir um papel mais próximo e impactante, que é de ser o mediadorentre todas as informações e o aluno. Surge então um campo fértil para o estabelecimento denovos vínculos, formas de interações e abordagens dinâmicas que podem gerar bonsresultados na educação.

Ademais, percebe-se que implementar mudanças metodológicas num sistema ainda muito engessado gera resistências, pois exige maior preparo, conhecimento sobre os recursos tecnológicos que se deseja utilizar e objetivos bem formulados, mas quando bem aplicadas essas mudanças podem gerar benefícios que vão muito além dos conteúdos ministrados em sala de aula, colaborando na melhoria do relacionamento interpessoal, proatividade, autonomia e formação do cidadão. Assim, as redes sociais podem ser utilizadas como recurso complementar no processo de ensino aprendizagem, visando diminuir a rigidez dos métodos tradicionais de ensino em busca de melhorar a aprendizagem.

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