A V ALIAÇÃO DE UM ENXERTO BIOLÓ INTRODUÇÃO...
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Artigo Original
A V ALIAÇÃO DE UM ENXERTO BIOLÓGICO COMO "BY -P ASS" AORTOAÓRTICO EM UM MODELO ANIMAL
José Dalmo de Araújo, * Domingo Marcolino Braile, ** Marco Antonio Rossi, ***
. Sueli Suzigan, **** Doroteia Rossi Silva Souza, ***** Maria Inês Martins, ******
Os autores apresentam os resultados de estudo experimentai com enxerto biológico de artéria "mamária" bovina com seguimento de até 6 meses e estudo histológico completo até 3 meses (microscopia eletrônica).
Relatam 100% de permeabilidade nos 18 cães operados, utilizando enxertos de 6 cm de comprimento, 4 mm de diâmetro em posição aorto-aórtica. Descrevem a evolução dinâmica da pseudo-mtima, que se espessa até o 14g dia, a partir de quando sofre uma espécie de "limpeza". Esses fenômenos estariam relacionados com a variação da resistência periférica, e teriam como objetivo a diminuição ou aumento do diâmetro do enxerto, para aumentar ou diminuir a velocidade de fluxo, respectivamente.
Discutem outras causas que podem influir na permeabilidade dos enxertos longos de pequeno calibre, principalmente aquelas relacionadas com a Lei de Poiseuílle (raio, comprimento e viscosidade), a influência da carga elétrica da íntima e das técnicas de semeadura de endotélio.
Unitermo: Enxerto vascular
Trabalho Realizado no Depto. de Cirurgia Experimental da IM C-Biomédica de São José do Rio Preto - SP e no laboratório de Microscopia Eletrônica do Depto. de Patologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP.
* Cirurgião Vascular do Instituto de Moléstias Cardiovasculares de São José do Rio PReto.
** Chefe do Serviço de Cirurgia Cardíaca do Instituto de Moléstias Cardiovasculares de São José do Rio Preto.
*** ProL Titular de Patologia, Depto. de Patologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, Ribeirão Preto.
**** Chefe do Laboratório de Anatomia Patológica e Citopatologia S/C Ltda (LARP AC), São José do Rio Preto.
***** Bióloga, responsável pela Divisão de Pesquisas e Publicações (DPP) da IMC Biomédica, São José do Rio Preto.
****** Assessora da Divisão de Pesquisas e Publicações da IMC Biomédica, São José do Rio Preto.
CIR. VASCo ANO. 1 (5): 7,12,1989
INTRODUÇÃO
A veia safena interna permanece ainda hoje como o material preferido na reconstrução vascular periférica. Nos últimos anos tem sido intensa a investigação sobre enxertos arteriais ou venosos que substituam satisfatoriamente os vasos naturais. Os pesquisadores nessa área concordam em reconhecer a dificuldade de se obter um enXerto ideal.
Em face dos vários pontos a serem esclarecidos a nível de enxertos biológicos, na tentativa de se chegar o mais próximo possível do ideal, o presente estudo tem como objetivo a avaliação do enxerto de artéria torácica posterior bovina ou a artéria "mamária" bovina em um modelo experimental animal como "by-pass" aorto-aórtico. A palavra "mamária" é usada entre aspas porque esta artéria corresponde anatomicamente à artéria mamária do homem; a artéria mamária nos bovinos tem outra localização.
MATERIAIS E MÉTODOS'
Para este estudo, foi avaliado um grupo de 18 cães mestiços, pesando de 12 a 15 kg, divididos em 9 grupos, 2 a 2, os quais foram sacrificados após 24 e 48 h. e 7, 14, 21 e 28 dias após o implante e, a médio prazo, após 3 meses e 2 animais para controle (28 dias) . (TABELA 1) Nestes últimos, foi feito implante da carótida do cão em posição idêntica á dos enxertos.
Os enxertos biológicos bovinos em avaliação· são processados como segue. As artérias são obtidas de animais em frigorífico, logo após o abate. A coleta é feita com técnicas especiais para que o material não seja danificado. Posteriormente, as arté-
TABELA 1: Evolução da amostra estudada.
LOTE Nt DE CÃES EVOLUÇÃO
2 24 horas
2 2 48 horas
3 2 7 dias
4 2 14 dias
5 2 21 dias
6 2 28 dias
7 2 3 meses
8 2 6 meses
9 2 controle (28 d )
TABELA 1: Evoluçio da amostra estudada.
• Enxerto de Artéria Mamária Bovina IMC-BIO - fabricado por IMC Biomédica Indústria Comércio e Representações SI A - São José do Rio Preto - SP
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José Dalmo de Araújo e cals.
rias passam por um processo de tanagem em solução de glutaraldeído (GDA) a 0,5070. Durante essa fase são realizadas duas dissecções para a retirada do material em excesso e feita ligadura dos ramos.
Em uma etapa seguinte, são feitos os testes de controle de qualidade para a avaliação da elasticidade e conservação da parede da bioprótese, entre eles o teste de encolhimento, que permite qualificar a ação do GDA conferindo a preservação do tecido, o teste de tensão superficial crítica (CST), o teste de resistência máxima à pressão (RMP) e o teste de resistência máxima à sutura. Para uma seleção mais segura, são realizados estudos histológico e histoquímico em cada uma delas. Ao término da curtição em GDA, as artérias passam pelo teste de liberação final; se aceita, terá seu processamento concluído com preservação em solução de etanol a 50%. Periodicamente, é feita, por amostragem, uma bateria de testes em ratos para estudo de biocompatibilidade. Finalmente, são realizados testes bacteriológicos; a seguir a embalagem é feita em tubos de vidro vedados com tampas de silicone galvanizado, mantendo sempre a condição estéril.
Assim processados, os bioenxertos foram implantados na posição já citada ("by-pass" aortoaórtico). Utilizaram-se enxertos de 6 cm de comprimento e 4 mm de diâmetro. Os animais foram adequadamente preparados para esse tipo de cirurgia. A anestesia foi feita com thionembutal (2 mg/kg de peso), curarizado, intubado e mantido sob anestésico com fluothane por inalação. Aberto o abdome longitudinalmente, a aorta abdominal foi dissecada abaixo das artérias renais. Para o implante do enxerto foram realizadas anastomoses término-laterais em chuleio contínuo com prolene 5-0, seguido de ligadura da aorta entre as anastomoses (Fig. 1). Utilizou-se heparinização sistêmica com 2 mg/kg. O fechamento da cavidade foi feita por planos. Após o implante o animal permaneceu no biotério com antibiótico (peRicilina 1.200.000 U .1.) por 2 dias. Posteriormente, foi transportado para o seu alojamento natural com acompanhamento até o prazo previsto para a recuperação de cada enxerto.
As biopróteses resgatadas foram estudadas macro e microscopicamente ao nível de microscopia óptica e eletrônica de transmissão e de varredura. Para o estudo microscópico, amostras da porção média de cada enxerto e das anastomoses foram obtidas e fixadas por imersão em glutaraldeído a 2,5% em tampão fosfato de sódio pH 7,3 durante 4 horas. Para microscopia eletrônica de transmissão as amostras foram pós-fixadas com tetróxido de ósmio a 1 % durante 2 horas, desidratadas em concentrações ascendentes de acetona e incluídas em araldite. Secções semifinas de cada fragmento foram obtidas em ultramicrótomo Sor-
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Enxerto biológico
FIG. 1: Esquematlzação do "by-pass" aorto-aórtlco realizado com a artéria mamária bovina no grupo de cães estudados (em cima). Implante da artéria mamária bovina com anastomoses término-laterais com chulelos contlnuos e ligadura da aorta entre as anastomoses (em baixo). L = Ligadura aórtlca; M = artéria mamária bovina.
vali IC-4A, coradas com azul de toluidina e examinadas em microscópio óptico. Secções ultra finas foram obtidas em ultramicrótomo Sorvall MT-5000 com navalha de diamante, duplamente corados com acetato de uranila e citrato de chumbo e examinadas em um microscópio eletrônico Zerss EM 109. Para microscopia eletrônica de varredura, completada a fixação com glutaraldeído, os fragmentos eram desidratados em concentrações ascendentes de acetona, aderidos a um suporte de cobre com pasta à base de prata, levados ao evaporador a vácuo Jeol JEE 4IS, vaporizados com carvão e recobertos com ouro. As preparações recobertas eram examinadas no Scanning Device JEM 100 C/ ASID-4D em aumento padronizado de 2000x.
RESULTADOS
O estudo das amostras resgatadas 48 horas e 7 dias após o implante demonstrou claramente uma pseudo-íntima revestindo a superfície do enxerto. Esse revestimento, total ou parcial, era composto de células mononucleares, caracterizáveis como macrófagos, superpostas a depósitos de proteína. No 142 dia demonstrou-se deposição de plaquetas,
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José Dalmo de Araújo e cals. Enxerto biológico
FlG.:!: Microscopia eletrônica de transmlssio da porçio média do enxerto (3500 X). Artéria "mamária" bovina nio Implantada (a); Implante de 48 horas (b) e de 7 dias (c). Células mononucJeares (macrófaaos) revestem a superflcle lumlual do enxerto; Implante de 14 dias (d). Flbrlnas e erltrócltos são observados revestindo a superflcle luminai do enxerto. Implante de 18 dias (e) e de 3 meses (f). A superflcle lumlnal do enxerto apresenta-se "lavada". Os clrculos abertos Indicam a luz vascular.
fibrinas e eritrócitos na superfície vascular. Aos 28 dias e 3 meses após o implante, observou-se uma "lavagem" da superfície do enxerto (Figuras 2 e 3). Nos enxertos recuperados após 3 meses de implante, o estudo de microscopia eletrônica de transmissão mostrou parede em boas condições,
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presença de fibras elásticas, colágenas e musculares lisas e ausência de endotélio. Na zona limítrofe aorta-implante, após 3 meses, notou-se além de parede em boas condições, tecido cicatricial, fibroblastos, fibras musculares lisas e elásticas, pequenas calcificações e ausência de endotélio completo.
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José Dalmo de Araújo e cols.
FIG. 3: Microscopia eletrllnlc de varredura da porçAo média do enxerto (2500 X). (a) 48 após Implante. SuperIlcle lumlnal do enxerto revestido por células com caracterlstlca padrio de cristas e valres; (b) 7 dias após o Implante. PadrAo de cristas e valres parcial e áreas com ausência de revestimento celular de aspecto flbrllar. (c) 28 dias após o Implante. SuperIlcle lumlnal de aspecto flbrllar, sem revestimento de células.
Foram observadas células endoteliais iniciando seu crescimento sobre o tecido cicatricial a partir do vaso receptor (Figura 4). Não pudemos, por razões técnicas, obter o estudo histológico de 6 meses, embora o enxerto estivesse clinicamente não obstruído.
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Enxerto biológico
FlG. 4: Microscopia eletrllnlca de transmlssio da zona IImltrofe aorta enxerto de amostras 3 meses após o Implante (3500 X). (a) Notar parede do Implante em boas condições e a presença de fibras musculares lisa e elástica; (b) tecido cleatrl· clal com pequenas calcificações; (c) na zona de anastomose células endotellals crescem sobre o tecido clcatrlclaI. O circulo aberto Indica aluz vascular.
DISCUSSÃO
O mecanismo de formação da pseudo-íntima é dinâmico. No início do processo, tanto pelo manuseio, quanto pelas anastomoses, há um certo grau de espasmo arterial e o fluxo pelo enxerto é mais
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José Dalmo de Araújo e cols.
difícil, havendo um maior depósito de proteínas, de modo a diminuir o calibre, e assim aumentar a velocidade do fluxo através do enxerto. Trata-se de um mecanismo de defesa contra a obstrução precoce do enxerto, pois num diâmetro menor, o mesmo volume de sangue necessita de uma velocidade maior para passar no mesmo tempo. Assim sendo, o organismo tenta estreitar o conduto para aumentar a velocidade do fluxo (8). Por outro lado, a captação de proteínas pelo subendotélio do enxerto ocorre para que o mesmo se torne menos hostil às hemácias e demais células sangüíneas.
Infelizmente, a diminuição do calibre, dependendo da causa, ocorre sem freios, atingindo o nível crítico de estenose e obstrução. Portanto, permanecerão desobstruídos os enxertos que tiverem preservados os seus desagües (sem extensão da doença arteriosclerótica para a periferia) (1), e também os que não desenvolverem estenoses das anastomoses (por hiperplasia fibromuscular da íntima) (3).
É evidente que há outros fatores influindo na permeabilidade dos enxertos dependentes de leis hemodinâmicas, principalmente a Lei de Poiseuille(7). De acordo com essa lei, o fluxo é diretamente proporcional à quarta potência do raio, e inversamente proporcional ao comprimento do enxerto e a viscosidade do sangue (F =~). Na experi-
LV ência em animais, o resultado foi ótimo, devido ao pequeno comprimento do enxerto, a baixa viscosidade, a baixa resistência periférica (Fluxo ~ e pelo estado saudável do animal. reSiStenc ..
Entretanto, nas revascularizações distais dos membros inferiores com enxertos de pequeno calibre, os resultados são esperadamente insatis:atórios, principalmente se analisarmos que além de o enxerto ser de pequeno diâmetro e longo, a resistência periférica geralmente é aumentada, e a viscosidade sangüínea do paciente idoso e arterosclerótico, geralmente é alta. O~ resultados clínicos com esses enxertos bovinos serão comunicados em trabalho à parte.
Alguns autores têm ressaltado a importância da carga elétrica das mesmas (4,5,6,9,11,12) no senti-do de torná-las o mais semelhante possível à íntima das artérias naturais. Isto nos parece importante quanto às fases iniciais, pois no processo de manufatura há destruição do endotélio com alteração de sua dupla camada elétrica. Entretanto, segundos após o implante, já há depósito de células e proteínas, o que supostamente torna a íntima novamente carregada negativamente; tenta-se alcançar o mesmo objetivo com a técnica de semeadura de endotélio em enxertos sintéticos e biológicos (2,10), que parece ser, no momento, a pesquisa mais promissora nesse campo.
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Enxerto biológico
CONCLUSÕES
a. Taxa de permeabilidade de 100070 em cães até 6 meses de implante, em posição aorto-aórtica para enxertos de comprimento curto (+ ou - 6 cm) e diâmetro de 4 mm.
b. Ausência de reações histológicas adversas. c. A evolução da pseudo-íntima é um fenômeno
dinâmico relacionado com a variação da resistência ao fluxo.
d. Testes toxicológicos e de biocompatibilidade negativos (ratos).
e. Esse tipo de bioenxerto é satisfatório para implantes de pequena extensão, particularmente nos de alto fluxo, como no aorto-aórtico desta experiência.
EXPERIMENTAL STUOY DF BIDGRAFTS AS "BY-PASS" ADRTO-ADRT/C
SUMMARY
The authors present experimental results with a bovine "mammary" artery grafts with a 6 months follow-up and hystological study up to 3 months (transmission electron microscopy). They report a 100% patency in the 16 dogs operated on (there were 2 contro/s) . Grafts used were 6 cm long, had a diameter of 4mm and were implanted as aortoaortic by-passes. Dinamic evolution of the pseudo-intimais described as thickening up to the 14th day, when it is "cleaned". This can be related with variation in the peripheral resistence and due to the narrowing or widening of the graft in order to accelerate or slow the flow velocity. Factors related to Poiseuille's law (diameter, lengt, viscosity) are mentioned as important elements for the patency rate of long small diameter grafts. Also, the electrical charge of the intima and the endothelial seeding are discussed.
Uniterms: Vascular grafts
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